Enviar pesquisa
Carregar
Modelo keynesiano
•
Transferir como DOC, PDF
•
6 gostaram
•
4,636 visualizações
Título melhorado com IA
zeramento contabil
Seguir
Denunciar
Compartilhar
Denunciar
Compartilhar
1 de 15
Baixar agora
Recomendados
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Felipe Leo
Custo de capital ii
Custo de capital ii
controladoriacontab
Adm capital de giro - questões com respostas
Adm capital de giro - questões com respostas
Leandro Trelesse Vieira
8 gestão financeira
8 gestão financeira
Afins Cosméticos
Slides aula 3_economia-1
Slides aula 3_economia-1
Cátia Pascoal
Exercício
Exercício
sergiofukuda
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
marioferreiraneto
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Reginaldo Santana
Recomendados
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Felipe Leo
Custo de capital ii
Custo de capital ii
controladoriacontab
Adm capital de giro - questões com respostas
Adm capital de giro - questões com respostas
Leandro Trelesse Vieira
8 gestão financeira
8 gestão financeira
Afins Cosméticos
Slides aula 3_economia-1
Slides aula 3_economia-1
Cátia Pascoal
Exercício
Exercício
sergiofukuda
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
marioferreiraneto
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Reginaldo Santana
Riscos financeiros
Riscos financeiros
luzienne moraes
Aulas de Investimentos (payback)
Aulas de Investimentos (payback)
Adriano Bruni
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
Jenny Fortes
Economia aula 5 - o balanço de pagamentos e a taxa de câmbio
Economia aula 5 - o balanço de pagamentos e a taxa de câmbio
Felipe Leo
Exercícios mankiw cap_13_e_14
Exercícios mankiw cap_13_e_14
Thaís Ferreira
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Felipe Leo
Decisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolista
Luciano Pires
Despesas e receitas públicas
Despesas e receitas públicas
rene-de-jesus
05 tópico 4 - multicolinearidade
05 tópico 4 - multicolinearidade
Ricardo Bruno - Universidade Federal do Pará
Matemática Financeira - Inflação
Matemática Financeira - Inflação
guest20a5fb
Contabilidade nacional 2011
Contabilidade nacional 2011
Ribeiro Miguel
Custos de Produção
Custos de Produção
Luciano Pires
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Brígida Oliveira
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Luciano Pires
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Luciano Pires
Apostila 07 ponto de equilíbrio e grau de alavancagem
Apostila 07 ponto de equilíbrio e grau de alavancagem
zeramento contabil
Rácios
Rácios
Martinho Doce
Títulos de Renda Fixa
Títulos de Renda Fixa
Eder Nogueira
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Ismael Miambo
Os 10 princípios básicos da economia
Os 10 princípios básicos da economia
Alexandre Cunha Gomes
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Vanessa Alves
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Vanessa Alves
Mais conteúdo relacionado
Mais procurados
Riscos financeiros
Riscos financeiros
luzienne moraes
Aulas de Investimentos (payback)
Aulas de Investimentos (payback)
Adriano Bruni
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
Jenny Fortes
Economia aula 5 - o balanço de pagamentos e a taxa de câmbio
Economia aula 5 - o balanço de pagamentos e a taxa de câmbio
Felipe Leo
Exercícios mankiw cap_13_e_14
Exercícios mankiw cap_13_e_14
Thaís Ferreira
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Felipe Leo
Decisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolista
Luciano Pires
Despesas e receitas públicas
Despesas e receitas públicas
rene-de-jesus
05 tópico 4 - multicolinearidade
05 tópico 4 - multicolinearidade
Ricardo Bruno - Universidade Federal do Pará
Matemática Financeira - Inflação
Matemática Financeira - Inflação
guest20a5fb
Contabilidade nacional 2011
Contabilidade nacional 2011
Ribeiro Miguel
Custos de Produção
Custos de Produção
Luciano Pires
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Brígida Oliveira
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Luciano Pires
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Luciano Pires
Apostila 07 ponto de equilíbrio e grau de alavancagem
Apostila 07 ponto de equilíbrio e grau de alavancagem
zeramento contabil
Rácios
Rácios
Martinho Doce
Títulos de Renda Fixa
Títulos de Renda Fixa
Eder Nogueira
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Ismael Miambo
Os 10 princípios básicos da economia
Os 10 princípios básicos da economia
Alexandre Cunha Gomes
Mais procurados
(20)
Riscos financeiros
Riscos financeiros
Aulas de Investimentos (payback)
Aulas de Investimentos (payback)
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
4 aula 9 - 4 procura e oferta (meu)
Economia aula 5 - o balanço de pagamentos e a taxa de câmbio
Economia aula 5 - o balanço de pagamentos e a taxa de câmbio
Exercícios mankiw cap_13_e_14
Exercícios mankiw cap_13_e_14
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Economia aula 3 – a elasticidade e suas aplicações
Decisão da empresa monopolista
Decisão da empresa monopolista
Despesas e receitas públicas
Despesas e receitas públicas
05 tópico 4 - multicolinearidade
05 tópico 4 - multicolinearidade
Matemática Financeira - Inflação
Matemática Financeira - Inflação
Contabilidade nacional 2011
Contabilidade nacional 2011
Custos de Produção
Custos de Produção
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Sebenta contabilidade analitica i 2014 2015 (1)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 23 (superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Respostas Mankiw - Capítulo 13 (Superior)
Apostila 07 ponto de equilíbrio e grau de alavancagem
Apostila 07 ponto de equilíbrio e grau de alavancagem
Rácios
Rácios
Títulos de Renda Fixa
Títulos de Renda Fixa
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Os 10 princípios básicos da economia
Os 10 princípios básicos da economia
Semelhante a Modelo keynesiano
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Vanessa Alves
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Vanessa Alves
Resumo de Fórmulas Financeiras
Resumo de Fórmulas Financeiras
Isabelly Sarmento
Vendas
Vendas
simuladocontabil
Matemática financeira aula 4
Matemática financeira aula 4
Augusto Junior
Exerc mat financ pmsp
Exerc mat financ pmsp
Valmir
Introdução aos Derivativos Exóticos
Introdução aos Derivativos Exóticos
Augusto_Carvalho
Macro cap 2
Macro cap 2
Sandra Correia
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
Ricardo Bruno - Universidade Federal do Pará
Matematica uniformes
Matematica uniformes
gabaritocontabil
Matematica uniformes
Matematica uniformes
educacao f
Prova de Matemática fuzileiro naval 2011
Prova de Matemática fuzileiro naval 2011
thieresaulas
Semelhante a Modelo keynesiano
(12)
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Cap4macro 110223114451-phpapp01
Resumo de Fórmulas Financeiras
Resumo de Fórmulas Financeiras
Vendas
Vendas
Matemática financeira aula 4
Matemática financeira aula 4
Exerc mat financ pmsp
Exerc mat financ pmsp
Introdução aos Derivativos Exóticos
Introdução aos Derivativos Exóticos
Macro cap 2
Macro cap 2
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
Matematica uniformes
Matematica uniformes
Matematica uniformes
Matematica uniformes
Prova de Matemática fuzileiro naval 2011
Prova de Matemática fuzileiro naval 2011
Mais de zeramento contabil
Contabilidade 11
Contabilidade 11
zeramento contabil
Contabilidade 01
Contabilidade 01
zeramento contabil
Contabilidade 02
Contabilidade 02
zeramento contabil
Contabilidade 03
Contabilidade 03
zeramento contabil
Contabilidade 04
Contabilidade 04
zeramento contabil
Contabilidade 05
Contabilidade 05
zeramento contabil
Contabilidade 06
Contabilidade 06
zeramento contabil
Contabilidade 07
Contabilidade 07
zeramento contabil
Contabilidade 08
Contabilidade 08
zeramento contabil
Contabilidade 09
Contabilidade 09
zeramento contabil
Contabilidade 10
Contabilidade 10
zeramento contabil
Contabilidade 12
Contabilidade 12
zeramento contabil
Contabilidade 13
Contabilidade 13
zeramento contabil
Contabilidade 15
Contabilidade 15
zeramento contabil
Razonetes cap i 2015
Razonetes cap i 2015
zeramento contabil
Caderno de-exercicios-contab-ii
Caderno de-exercicios-contab-ii
zeramento contabil
Livro contabilidade intermediaria 2
Livro contabilidade intermediaria 2
zeramento contabil
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00
zeramento contabil
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00
zeramento contabil
Rosa dos ventos
Rosa dos ventos
zeramento contabil
Mais de zeramento contabil
(20)
Contabilidade 11
Contabilidade 11
Contabilidade 01
Contabilidade 01
Contabilidade 02
Contabilidade 02
Contabilidade 03
Contabilidade 03
Contabilidade 04
Contabilidade 04
Contabilidade 05
Contabilidade 05
Contabilidade 06
Contabilidade 06
Contabilidade 07
Contabilidade 07
Contabilidade 08
Contabilidade 08
Contabilidade 09
Contabilidade 09
Contabilidade 10
Contabilidade 10
Contabilidade 12
Contabilidade 12
Contabilidade 13
Contabilidade 13
Contabilidade 15
Contabilidade 15
Razonetes cap i 2015
Razonetes cap i 2015
Caderno de-exercicios-contab-ii
Caderno de-exercicios-contab-ii
Livro contabilidade intermediaria 2
Livro contabilidade intermediaria 2
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00
Rosa dos ventos
Rosa dos ventos
Modelo keynesiano
1.
Macroeconomia - 554 Capítulo
2 – O Mercado de Produto Objectivos de Aprendizagem: Após a leitura deste capítulo, o estudante deverá estar apto a: • Enunciar a função consumo keynesiana, distinguindo a propensão marginal e média a consumir; • Justificar a especificação do investimento como variável exógena; • Escrever os modelos keynesiano (com e sem Estado) na forma estrutural; • Identificar as variáveis exógenas dos modelos keynesianos estudados; • Escrever os modelos na forma reduzida; • Compreender o conceito de “rendimento” de equilíbrio e calculá-lo; • Distinguir o equilíbrio “ex-ante” do equilíbrio “ex-post”; • Compreender os conceitos de multiplicador, determinando os seus valores; • Calcular variações das variáveis endógenas resultantes da variação de uma variável exógena; • Especificar a função de impostos, identificando os “impostos autónomos” e a “taxa marginal de imposto”; • Determinar as despesas e receitas do Estado, bem como o saldo orçamental; • Mostrar que, e compreender porque razão, os multiplicadores no modelo com Estado são inferiores aos multiplicadores no modelo sem Estado; • Mostrar que, e compreender porque razão, o multiplicador das transferências é inferior ao multiplicador dos gastos do Estado. • Mostrar que o multiplicador do orçamento equilibrado é igual a 1. (St. Aubyn. (1996). Macroeconomia. Caderno de Apoio 114. Universidade Aberta) © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
2.
Macroeconomia - 554 Glossário: •
Despesa autónoma – é o numerador da fracção que representa a forma reduzida do modelo económico. Normalmente é representada por: A (pp21). • Equilíbrio “ex-ante” –é o equilíbrio antes de realizada a produção, que no âmbito deste capítulo se traduz pela condição: I (planos de investimento) = S (poupança planeada). pp 19 • Equilíbrio “ex-post” –é o equilíbrio depois de realizada a produção, ou seja, para a economia estar em equilíbrio a poupança efectuada tem de ser igual ao investimento efectivo. pp19 • Propensão marginal a consumir – é o montante adicional de consumo quando se recebe uma unidade monetária (u.m.) adicional de rendimento disponível. • Propensão média a consumir – é o rácio (ou seja, a divisão) entre o consumo e o rendimento disponível total. • Multiplicador – dá-nos a variação do valor de equilíbrio de uma variável endógena quando existe uma variação unitária de uma variável exógena ou parâmetro, com tudo o resto constante. pp 19 • Variável endógena – é uma variável determinada pelo funcionamento interno do sistema económico (Ex: Y, C, i). • Variável exógena - é uma variável determinada por condições exteriores ao modelo económico. (Ex: C , I , G ). Errata do livro Página 26 resolução da b) ∂Y ∆Y = × ∆I = 2,5 × 50 = 125 ∂I Página 27 forma reduzida da e) C+I Y= 1− c © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
3.
Macroeconomia - 554 Página
29 b) a 3ª equação deve ser: ∂Y − cY = ∂t 1 − c(1 − t ) Explicações adicionais: Modelo de uma economia (e equações) O modelo de uma economia pretende ser uma representação simplificada do funcionamento dessa economia, forma a podermos entender os mecanismos dessa economia e a forma como as variáveis se relacionam e influenciam. Temos 3 tipos de equações: as equações de equilíbrio, as equações de definição e as equações de comportamento. Utilizando o modelo (8) da página 21 temos: D = C + I + G equação de definição da despesa C = C +cYd equação de comportamento do consumo Yd = Y – T + TR equação de definição do rendimento disponível T = T + tY equação de comportamento dos impostos TR = TR equação de comportamento das transferências I = I equação de comportamento do investimento G = G equação de comportamento dos gastos (ou consumo público) Y = D equação de equilíbrio que nos diz que o rendimento é igual à despesa Dedução da equação 3 página 18 Y = D (começamos sempre pela equação de equilíbrio) Y = C + I (foi substituído D pela sua equação de comportamento) Y = C + cY + I (foram substituídos C e I pelas respectivas equações de comportamento) Y – cY = C + I (os termos com Y passaram para o 1º membro) (1-c) Y = C + I (Y foi posto em evidência) C+I Y= (a constante que estava a multiplicar por Y passou para o segundo membro a 1− c dividir) © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
4.
Macroeconomia - 554 Dedução
da equação 4 página 18 Y=D Y=C+I C = C + cY (vamos recorrer a esta equação porque pretendemos a forma reduzida em relação ao C) C = C + c(C+I) (Y foi substituído pela sua equação) C = C + cC + cI C – cC = C + c I (os termos com C passaram para o 1º membro e I foi substituído pela sua equação de comportamento) (1-c) C = C + c I (C foi posto em evidência) C + cI C= (a constante que estava a multiplicar por C passou para o 2º membro a 1− c dividir) Passagem da equação (9) para (11), páginas 21 e 22 C − cT + cTR + I + G Y= 1 − c(1 − t ) ∂Y é a derivada parcial de Y em ordem à variável I ∂I Quando determinamos a derivada parcial em ordem a uma variável todas as outras variáveis são consideradas como se fossem constantes. Assim, para esta derivada vamos considerar I como variável e C , T , TR , G , c, t são consideradas constantes. ∂Y 1 = porque a derivada de uma variável a multiplicar por uma constante é ∂I 1 − c(1 − t ) essa constante. © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
5.
Macroeconomia - 554 Passagem
da equação (18) para (20), página 24 SO = T – G – TR C − cT + cTR + I + G SO = T + tY − G − TR e Y= 1 − c(1 − t ) C − cT + cTR + I + G SO = T + t − G − TR 1 − c(1 − t ) ∂SO 1 =t −1 ∂G 1 − c(1 − t ) Para chegar a este resultado tem de recorrer às regras de derivação, desta forma: G é a nossa variável C , T , TR , I , c, t são consideradas constantes a derivada de G é 1 (porque é a derivada da variável que estamos a considerar), e C − cT + cTR + I + G 1 a derivada de t é t 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) Efectuando as operações matemáticas temos: ∂SO 1 =t −1 ∂G 1 − c(1 − t ) Multiplicadores: Vamos começar com os multiplicadores do modelo simples do Mercado de Produto (capítulo 2, modelo (1) da página 18). A forma reduzida do modelo em relação a Y é: C+I Y= (ver página 18 dedução (3)) 1− c © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
6.
Macroeconomia - 554 Temos
duas variáveis exógenas, isto é, variáveis que não são determinadas no modelo, e que podem sofrer alterações que vão ter algum impacto no rendimento. São as variáveis C e I , logo podemos calcular multiplicadores destas duas variáveis em relação ao rendimento. Assim, o multiplicador do investimento em relação ao rendimento é obtido a partir da expressão da forma reduzida de modelo em relação a Y, por derivação em ordem a I . Ou seja, o multiplicador fica: ∂Y 1 I = porque estamos a derivar a função ∂I 1 − c 1 − c onde I é a variável. Para determinar o multiplicador do consumo autónomo em relação ao rendimento procedemos da mesma forma. Ou seja, ∂Y 1 C = porque estamos a derivar a função ∂C 1 − c 1 − c onde C é a variável. Em relação ao modelo (9) da página 21, a forma reduzida do modelo em função de Y é: C − cT + cTR + I + G Y= 1 − c(1 − t ) Podemos deduzir daqui 5 multiplicadores, o multiplicador do consumo, o multiplicador do investimento e o multiplicador dos gastos, que são todos iguais, e os multiplicadores dos impostos e das transferências. Vamos deduzir estes dois últimos: ∂Y c cT =− porque estamos a derivar a função − ∂T 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) onde T é a variável. ∂Y c cTR = porque estamos a derivar a função ∂ TR 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) onde TR é a variável. Multiplicador do Investimento em relação ao rendimento, página 19 ∂Y é a derivada parcial de Y em ordem à variável I ∂I Para calcular esta derivada temos de recorrer à forma reduzida do modelo em relação a Y, que foi deduzida na página 18: © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
7.
Macroeconomia - 554
C+I Y= 1− c Quando determinamos a derivada parcial em ordem a uma variável todas as outras variáveis são consideradas como se fossem constantes. Assim, para esta derivada vamos considerar I como variável mas C e c são consideradas como constantes. C+I Vamos então começar a derivar Y = 1− c , , ∂Y C I ∂I = 1 − c + 1 − c , ou seja, a derivada de uma soma é igual à soma das derivadas das parcelas. Assim: C a derivada de é zero, porque a derivada de uma constante é zero; e 1− c I 1 a derivada de é porque a derivada de uma variável a multiplicar por uma 1− c 1 − c constante é essa constante. ∂Y 1 =0+ ∂I 1− c ∂Y 1 = ∂I 1 − c Exercício 2.1. resolvido página 26 C = 100 + 0,6Y I = 300 O enunciado do exercício apresenta as duas equações de comportamento de uma economia sem estado e sem relações com o exterior. Correspondem às equações do modelo da pág. 18: C = C + cY (equação de comportamento do Consumo) © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
8.
Macroeconomia - 554 I=I
(equação de comportamento do Investimento) Logo, podemos identificar: C = 100 (consumo autónomo) c = 0,6 (propensão ao consumo) I = 300 (investimento autónomo) Para responder à questão do exercício necessitamos ainda das outras equações do modelo da pág. 18: D = C + I (equação de definição) Y=D (equação de equilíbrio) Destas duas equações temos que Y = C + I, donde se obtém por dedução matemática a forma reduzida do modelo: C+I Y= (equação 3 da pág. 18) 1− c Substituindo os valores do enunciado nesta equação temos: 100 + 300 Y= = 1000 este é o rendimento de equilíbrio 1 − 0,6 Para calcular o consumo de equilíbrio utilizamos a equação de comportamento do consumo e substituindo os valores dados e o valor de Y, que fica: C = 100 + 0,6× 1000 = 100 + 600 = 700 Para calcular a poupança S, temos: S = Y – C = 1000 – 700 = 300 c) S=Y C = C + cY C = 100 – 0,6 Y substituindo na equação da poupança fica: S = Y – 100 – 0,6Y S = Y (1-0,6) – 100 (colocando o Y em evidência) S = 0,4Y-100 Como S = I temos: 0,4Y – 100 = 300 © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
9.
Macroeconomia - 554 0,4Y
= 300+100 Y = 400 : 0,4 = 1000 As equações são as da pág. 19. d) A poupança é o complemento do consumo. Assim, S = 0,4Y-100; porque a propensão a poupar é s = (1-c) = 1-0,6 = 0,4 e C = 100, portanto este valor de 100 é sempre consumo, nunca é poupado. Logo: C = C + cY S = (1-c)Y - C Se a poupança aumenta de 10 u.m. esse valor sai do consumo autónomo e temos: S = (1-c)Y-( C -10) S = sY- C +10 S = 0,4 – 100 + 10 S = 0,4Y-90 e) A propensão a consumir passa de 0,6 para 0,8, logo a nova equação de comportamento do consumo é: C = 100 + 0,8Y Retomando a forma reduzida do modelo: C+I Y= (equação 3 da pág. 18) 1− c Temos: 100 + 300 Y= = 400 : 0,2 = 2000 o novo rendimento de equilíbrio 1 − 0,8 Exercício 2.3 resolvido página 28 TR – são exógenas O que acontece ao saldo orçamental nas seguintes situações: a) Os impostos lump-sum são aumentados Isto é o mesmo que dizer que existe um aumento da parte autónoma dos impostos. © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
10.
Macroeconomia - 554 SO
= T – G – TR SO = T + tY − G − TR Pretendemos saber se a um acréscimo positivo de T corresponde um acréscimo positivo ou negativo do SO. Para tal temos de deduzir o multiplicador de T em relação ao SO, ou seja, deduzir a derivada parcial do SO em ordem a T . C − cT + cTR + I + G Y= 1 − c(1 − t ) C − cT + cTR + I + G SO = T + t − G − TR 1 − c(1 − t ) C − cT + cTR + I + G Recorrendo a esta equação SO = T + t − G − TR temos: 1 − c(1 − t ) ∂SO −c =1+ t , para chegar a este resultado tem de recorrer às regras de ∂T 1 − c(1 − t ) derivação, desta forma: a derivada de T é 1 (porque é a derivada da variável que C − cT + cTR + I + G −c estamos a considerar), e a derivada de t é t , pois 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) nesta derivada parcial t funciona como constante. Efectuando as operações matemáticas temos: ∂SO ct 1− c = 1− = ∂T 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) Este multiplicador tem de ser sempre positivo, pois: 0<c<1 0<t<1 logo: 0<1-c<1 ou seja, o numerador é positivo 0<1-t<1 0<c(1-t)<1 0<1-c(1-t)<1 ou seja, o denominador também é positivo Conclusão: Um aumento na parte autónoma dos impostos vai provocar um aumento do saldo orçamental. © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
11.
Macroeconomia - 554
b) Aumenta a taxa marginal de imposto Pretendemos saber se a um acréscimo positivo de t corresponde um acréscimo positivo ou negativo do SO. Para tal temos de deduzir o multiplicador de t em relação ao SO, ou seja, deduzir a derivada parcial do SO em ordem a t. Recorrendo a esta equação SO = T + tY − G − TR temos: ∂SO ∂Y =t + Y , o que nos interessa agora é apenas derivar a parcela tY (pois a nossa ∂t ∂t derivada parcial é em ordem a t), recorrendo às regras de derivação do produto. ∂Y Mas ainda temos de deduzir a derivada parcial de Y em ordem a t, ou seja, . Vamos ∂t recorrer à equação: C − cT + cTR + I + G Y= , uma vez que a nossa variável está no denominador temos de 1 − c(1 − t ) recorrer às regras de derivação de fracções. Aplicando as regras temos ( ) ( ∂Y 0 × [1 − c(1 − t ) ] − c × C − cT + cTR + I + G − c × C − cT + cTR + I + G = = ) ∂t [1 − c(1 − t )] 2 [1 − c(1 − t )] × [1 − c(1 − t )] ∂Y − cY = ∂t 1 − c(1 − t ) ∂SO Voltando ao cálculo de vamos ter: ∂t ∂SO − cY (1 − c ) Y =t× +Y= ∂t 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) Este multiplicador tem de ser sempre positivo, pois: 0<c<1 0<t<1 (ver a resposta da a)) Conclusão: Um aumento da taxa marginal de imposto vai provocar um aumento do saldo orçamental. c) Transferências aumentam © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
12.
Macroeconomia - 554 Pretendemos
saber se a um acréscimo positivo das transferências corresponde um acréscimo positivo ou negativo do SO. Para tal temos de deduzir o multiplicador de TR em relação ao SO, ou seja, deduzir a derivada parcial do SO em ordem a TR . A dedução deste multiplicador é idêntica à da a), apenas o resultado será simétrico. ∂SO ct c −1 = −1 = ∂ TR 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) Este multiplicador é negativo, pois 0<c<1 0<t<1 Se c é inferior a 1 então c-1 terá de ser sempre negativo, ou seja, temos o numerador negativo e o denominador positivo o que irá dar como resultado um valor negativo. Conclusão: Um aumento das transferências do Estado para os particulares vai provocar uma diminuição do saldo orçamental. d) Quantificar as alíneas anteriores. Considere os valores que são dados no enunciado e os multiplicadores deduzidos nas alíneas anteriores, para resolver as seguintes equações: ∂SO ∆SO = ∆ T × ∂T ∂SO ∆SO = ∆t× ∂t ∂SO ∆SO = ∆ TR × ∂ TR Exercício 2.10 página 34 Para responder a esta questão temos pensar o que pode fazer aumentar o consumo privado. Assim: C = C + cYd © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
13.
Macroeconomia - 554 Yd
= Y – T + TR O consumo privado aumenta se aumentar o rendimento disponível (Yd), e por sua vez o rendimento disponível aumenta se aumentar o rendimento de equilíbrio (Y), se diminuírem os impostos (T) ou se aumentarem as transferências. Para responder a esta questão necessitamos ainda de comparar multiplicadores. Na a) é dito que para aumentar o consumo privado é preferível aumentar os gastos do que aumentar as transferências no mesmo montante. Ao aumentar os gastos vamos ter aumento do rendimento: ∂Y ∆Y = ×∆G ∂G Ao aumentar o rendimento temos aumento do Yd: ∂Y 1 ∆Yd = ×∆G = ×∆G ∂G 1 − c(1 − t ) Quando aumentamos as transferências temos aumento do rendimento: ∂Y ∆Y = ×∆ TR ∂ TR E aumenta o YD, por duas razões, porque aumentou o rendimento e porque aumentaram as transferências: ∂Y c c ∆Yd = ×∆ TR + ∆ TR = ×∆ TR + ∆ TR = 1 − c(1 − t ) + 1 ×∆ TR = ∂ TR 1 − c(1 − t ) c + 1 − c(1 − t ) c + 1 − c + ct ) 1 + ct 1 − c(1 − t ) ×∆ TR = 1 − c(1 − t ) ×∆ TR = 1 − c(1 − t ) ×∆ TR Considerando que ∆G = ∆ TR , temos de comparar o valor dos multiplicadores e concluímos que 1 + ct 1 é maior do que 1 − c(1 − t ) 1 − c(1 − t ) Logo não é verdade que seja preferível aumentar os gastos do que aumentar as transferências no mesmo montante. Na b) é dito que para aumentar o consumo privado é preferível diminuir os impostos autónomos em vez de aumentar as transferências no mesmo montante. © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
14.
Macroeconomia - 554 Esta
afirmação também não verdadeira, pois os multiplicadores dos impostos autónomos e das transferências são simétricos, logo a diminuição dos impostos ou o aumento das transferências no mesmo montante vai ter o mesmo efeito sobre o rendimento, ou seja, o rendimento aumenta no mesmo montante. Em relação ao efeito directo no Yd podemos verificar que também é indiferente diminuir os impostos autónomos ou aumentar as transferências no mesmo montante, pois: Yd = Y – T + TR Logo a opção correcta é a d) que diz que a) e b) não são verdadeiras. Exercício 2.13 página 35 a) Forma estrutural: D = C + G + I + Ex - IM C = C + cYd ---------------- Atenção que o enunciado do exercício está mal! A equação tem de ser esta para dar a forma reduzida igual à das soluções. Yd = Y – T + TR T = T + tY TR = TR I= I G= G Ex = Ex Im = Im + mY Y=D Forma reduzida: C − cT + cTR + I + G + Ex − Im Y= 1 − c(1 − t ) + m b) Para calcular Y temos de recorrer à forma reduzida da a) e substituir os valores: C − cT + cTR + I + G + Ex − Im Y= 1 − c(1 − t ) + m 50 − 0,75 × 0 + 0,75 × 80 + 250 + 200 + 100 − 150 Y= 1 − 0,75 × (1 − 0,2) + 0,1 510 Y= 0,5 © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
15.
Macroeconomia - 554 Y
= 1020 SO = T-G-TR SO = 0,2Y – 200 – 80 SO = -76 NX = Ex – Im NX = 100 – (150 + 0,1Y) NX = - 152 c) ∂Y ∂Y 1 1 = = = =2 ∂ G ∂ I 1 − c(1 − t ) + m 0,5 ∂Y c 0,75 = = = 1,5 ∂ TR 1 − c(1 − t ) + m 0,5 ∂Y −c − 0,75 = = =-1,5 ∂ T 1 − c(1 − t ) + m 0,5 d) m passa a ser igual a 0,2 C − cT + cTR + I + G + Ex − Im Y= 1 − c(1 − t ) + m 50 − 0,75 × 0 + 0,75 × 80 + 250 + 200 + 100 − 150 Y= 1 − 0,75 × (1 − 0,2) + 0,2 510 Y= 0,6 Y = 850 Se Y diminui, então vão aumentar os défices orçamental (SO) e da balança comercial (NX) ∂Y 1 1 = = = 1,67 ∂ G 1 − c(1 − t ) + m 0,6 © Maria do Rosário Matos Bernardo – Outubro 2006
Baixar agora