SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
1
Iracema - lenda do Ceará
José de Alencar
Prof. Welington Fernandes, 2017
2
Introdução – prosopopeia, apóstrofe e metonímia:
Verdes mares bravios de minha terra natal
3
Espaço/tempo: Mecejana, séc. XVII
(atualmente, Ceará)
4
Caracterização – o ser e a paisagem:
Iracema ‹―› América
Inspiração
Intertextualidade
Crítica: Nabuco; M Assis, A. Peixoto
IRACEMA:  anagrama  de  AMÉRICA.  A 
descrição  identifica/funde  personagem  e 
paisagem
Influências: Caramuru (Morte de Moema); 
O  Uraguai  (Natureza);  Norma,  de  Bellini 
(encontro de ‘raças’).
Moema
Lindóia
IRACEMA – Cap. I
“VERDES  MARES  BRAVIOS  de  minha  terra  natal, 
onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda 
aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias 
ensombradas de coqueiros;
Serenai,  verdes  mares,  e  alisai  docemente  a  vaga 
impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale 
à flor das águas.” 
PROSA POÉTICA 
IRACEMA – Cap. VIII
­Teu hóspede fica, virgem dos olhos negros; ele fica 
para ver abrir em tuas faces a flor da alegria e para 
sorver, como o colibri, o mel de teus lábios.
Iracema soltou­se dos braços do mancebo, e olhou­o 
com tristeza:
­Guerreiro branco, Iracema é filha do Pajé e guarda 
o  segredo  da  Jurema  (bebida  sagrada,  prepara  o 
espírito  dos  guerreiros  para  a  batalha).  O  guerreiro 
que possuísse a virgem de Tupã morreria.
­ E Iracema?
­ Pois que tu morrias!...
IRACEMA – Cap. II
Além, muito além daquela serra, que ainda azula 
no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os 
cabelos  mais  negros  que  a  asa  da  graúna  e  mais 
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem 
a  baunilha  rescendia  no  bosque  como  seu  hálito 
perfumado. 
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem 
corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua 
guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil 
e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que 
vestia a terra com as primeiras águas.
IRACEMA – Cap. XI
­Araquém  (chefe  religioso),  a  vingança  dos  tabajaras 
espera  o  guerreiro  branco;  Irapuã  (chefe  guerreiro)  veio 
buscá­lo.
­O hóspede é amigo de Tupã, quem ofender o estrangeiro, 
ouvirá rugir o trovão.
­O  estrangeiro  foi  quem  ofendeu  Tupã,  roubando  sua 
virgem, que guarda os sonhos da jurema.
­Tua  boca  mente  como  o  ronco  da  jibóia:  exclamou 
Iracema.
Martim disse:
­Irapuã é vil e indigno de ser chefe de guerreiros valentes!
O Pajé falou grave e lento:
­Se a virgem abandonou ao guerreiro branco a flor de seu 
corpo, ela morrerá; mas o hóspede de Tupã é sagrado: ninguém 
o ofenderá; Araquém o protégé.
IRACEMA – Cap. XV
­Vai e torna com o vinho de Tupã!
Quando Iracema foi de volta, já o Pajé não estava 
na cabana; tirou a virgem do seio o vaso que ali trazia 
oculto sob a carioba de algodào entretecida de penas. 
Martim  lho  arrebatou  das  mãos  e  libou  as  gotas  do 
verde e amargo licor.
Agora  podia  viver  com  Iracema  e  colher  em  seus 
lábios  o  beijo,  que  ali  viçava  entre  sorrisos  como  o 
fruto  na  corola  da  flor.  Podia  ama’la  e  sugar  desse 
amor o mel e o perfume, sem deixar veneno no seio da 
virgem.
O gozo era vida, pois o sentia mais forte e intenso; 
o mal era sonho e ilusão, que da virgem não possuia 
senão a imagem.
(...)
IRACEMA – Cap. XV​​
Quando  veio  a  manhã,  ainda  achou  Iracema  ali 
debruçada  qual  borboleta  que  dormiu  no  seio  do 
formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo 
vivo  rubores;  e  como  entre  os  arrebóis  da  manhã 
cintila  o  primeiro  raio  do  sol,  em  suas  faces 
incendidas  rutilava  o  primeiro  sorriso  da  esposa, 
aurora de fruído amor.
Alegoria e antítese: 
“borboleta X cacto”
Duas jovens: uma guajajara e uma amazônica
A velha luta entre a carne e o espírito
Martim se embala docemente; e como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de
um a outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a
virgem morena dos ardentes amores.
Iracema recosta-se langue ao punho da rede; (...)
Já o estrangeiro a preme ao seio; e o lábio ávido busca o lábio que o espera, para
celebrar nesse ádito d’alma, o himeneu do amor.
No recanto escuro o velho pajé, imerso em sua contemplação e alheio às cousas deste
mundo, soltou um gemido doloroso. Pressentira o coração o que não viram os olhos?
Ou foi algum funesto presságio para a raça de seus filhos, que assim ecoou n’alma de
Araquém?
Ninguém o soube.
O cristão repeliu do seio a virgem indiana. Ele não deixará o rastro da desgraça na
cabana hospedeira. Cerra os olhos para não ver; e enche sua alma com o nome e a
veneração do seu Deus: — Cristo!... Cristo!...
A serenidade volta ao seio do guerreiro branco, mas todas as vezes que seu olhar
pousa sobre a virgem tabajara, ele sente correr-lhe pelas veias uma centelha de ardente
chama. (...)
A velha luta entre a carne e o espírito
Fecha os olhos o cristão, mas na sombra de seu pensamento surge a imagem da
virgem, talvez mais bela. Embalde chama ele o sono às pálpebras fatigadas; elas se
abrem, malgrado seu.
Desce-lhe do céu ao atribulado pensamento uma inspiração:
— Virgem formosa do sertão, esta é a última noite que teu hóspede dorme na cabana
de Araquém, onde nunca viera, para teu bem e seu. Faze que seu sono seja alegre e
feliz.
— Manda; Iracema te obedece. Que pode ela para tua alegria?
O cristão falou submisso, para que não o ouvisse o velho pajé:
— A virgem de Tupã guarda os sonhos da jurema que são doces e saborosos!
Um triste sorriso pungiu os lábios de Iracema:
— O estrangeiro vai viver para sempre à cintura da virgem branca; nunca mais seus
olhos verão a filha de Araquém; e ele quer que o sono já feche suas pálpebras, e o
sonho o leve à terra de seus irmãos!
— O sono é o descanso do guerreiro, disse Martim; e o sonho a alegria d’alma. (...)
— Vai, e torna com o vinho de Tupã.
A Jurema liberta o espírito (só o espírito?)
Quando Iracema foi de volta, já o pajé não estava na cabana; tirou a virgem do seio o
vaso que ali trazia oculto sob a carioba de algodão entretecida de penas. Martim lho
arrebatou das mãos, e libou as poucas gotas do verde e amargo licor.
Não tardou que a rede recebesse seu corpo desfalecido.
Agora podia viver com Iracema, e colher em seus lábios o beijo, que ali viçava entre
sorrisos, como o fruto na corola da flor. Podia amá-la, e sugar desse amor o mel e o
perfume, sem deixar veneno no seio da virgem.
O gozo era vida, pois o sentia mais vivo e intenso; o mal era sonho e ilusão, que da
virgem ele não possuía mais que a imagem. Iracema se afastara opressa e suspirosa.
Abriram-se os braços do guerreiro e seus lábios; o nome da virgem ressoou docemente.
A juruti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho do companheiro; bate as asas, e
voa para conchegar-se ao tépido ninho. Assim a virgem do sertão, aninhou-se nos
braços do guerreiro.
Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali debruçada, qual borboleta que dormiu
no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo vivos rubores; e como
entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio do Sol, em suas faces incendidas
rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor. (…) As águas do rio
depuraram o corpo casto da recente esposa.
A jandaia não tornou à cabana.
Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras.
IRACEMA – Cap. XXX
Estreitou­se  com  a  haste  da  palmeira.  A  dor 
lacerou suas entranhas; porém logo o choro infantil 
inundou sua alma de júbilo.
A jovem mãe, orgulhosa de tanta ventura, tomou 
o tenro filho nos braços e com ele arrojou­se às águas 
límpidas do rio. Depois suspendeu­o à teta mimosa; 
seus olhos o envolviam de tristeza e amor.
­Tu és Moacir, o nascido de meu sofrimento.
Observe: Moacir (filho da dor).
Representação simbólica do 1o
 brasileiro
IRACEMA – Cap.
XXXI— Caubi partirá quando a sombra deixar o rosto de Iracema.
— Como vive estrela da noite, vive Iracema em sua tristeza. Só
os olhos do esposo podem apagar a sombra emseu rosto. Parte,
para que eles não se turvem com tua vista.
— Teu irmão parte para agradar tua vontade; mas ele voltará
todas as vezes que o cajueiro florescer para sentir e seu coração
o filho de teu ventre.(…)
A jovem mãe suspendeu o filho à teta; mas a boca infantil não
emudeceu. O leite escasso não apojava o peito.
O sangue da infeliz diluía-se todo nas lágrimas incessantes que
não estancavam dos olhos; nenhum chegava aos seios, onde se
forma o primeiro licor da vida. Ela dissolveu a alva carimã e
preparou ao fogo o mingau para nutrir o filho. Quando o sol
dourou a crista dos montes, partiu para a mata, levando ao colo a
criança adormecida.
IRACEMA – Cap.
XXXINa espessura do bosque está o leito da irara ausente; os tenros
cachorrinhos grunhem enrolando-se uns sobre os outros.
A formosa tabajara aproxima-se de manso. Prepara para o filho
um berço da macia rama do maracujá; e senta-se perto.
Põe no regaço um por um os filhos da irara; e lhes abandona os
seios mimosos, cuja teta rubra como a pitanga ungiu do mel da
abelha. Os cachorrinhos famintos precipitam gulosos e sugam os
peitos avaros de leite.
Iracema curte dor, como nunca sentiu; parece que lhe exaurem a
vida, mas os seios vão-se intumescendo; apojaram afinal, e o
leite, ainda rubro do sangue, de que se formou, esguicha.
A feliz mãe arroja de si os cachorrinhos, e cheia de júbilo mata a
fome ao filho. Ele é agora duas vezes filho de sua dor, nascido
dela e também nutrido.
IRACEMA – Cap.
XXXII-Iracema! ...
A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada.
Com esforço grande, pôde erguer o filho nos braços e
apresentá-lo ao pai, que o olhava extático em seu amor.
-Recebe o filho de teu sangue. Era tempo; meus seios
ingratos já não tinham alimento para dar-lhe! (..)
Iracema não se ergueu mais da rede onde a pousaram os
aflitos braços de Martim. O terno esposo, em quem o amor
renascera com o júbilo paterno,a cercou de carícias que
encheram sua alma de alegria, mas não a puderam tornar à
vida: o estame de sua flor se rompera.
-Enterra o corpo de tua esposa ao pé do coqueiro que tu
amavas. Quando o vento do mar soprar nas folhas, Iracema
pensará que é tua voz que fala entre seus cabelos.
O doce lábio emudeceu para sempre; o último lampejo
despediu-se dos olhos baços.
Duas jovens Awa-Guajá amamentando
Mamíferos sobrevivendo
U.F. Uberlândia-MG-Modificada Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer
que:
1. as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o
leitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita.
2. em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema
e
Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara.
3. Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele
representa o homem brasileiro, fruto do negro e do branco.
4. A linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em
prosa.
Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens,
comparações sobre comparações.
Assinale:
a) se apenas 2 e 4 estiverem corretas;
b) se apenas 2 e 3 estiverem corretas;
c) se 2, 3 e 4 estiverem corretas;
d) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.
Questão de vestibular
O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação
e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer:
O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao
estrangeiro um olhar baço. Depois o peito arquejou e os lábios
murmuraram:
– Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o
gavião branco junto da narceja.
O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem
mais se moveu.
(José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro:
MEC/INL, 1965, p. 171-172.)
A) Quem é Batuiretê?
B) Identifique os personagens a quem ele se dirige e indique os
papéis que desempenham no romance.
C) Explique o sentido da metáfora empregada por Batuiretê em
sua fala.
Resposta:
A) Batuiretê é avô de Poti e Jacaúna. Foi guerreiro valente e chefe dos
pitiguaras; depois de velho passou o poder da tribo para seu filho
Jatobá, pai de Poti. Viveu sua velhice retirado e solitário nas matas.
B) Batuiretê dirige-se ao neto Poti, nobre guerreiro pitiguara,
companheiro e amigo de Martim, que mais tarde foi batizado católico
com o nome de Antônio Felipe Camarão. O primeiro nome se refere a
Santo Antônio, pois ganhou o nome cristão no dia do santo. O segundo
nome significa o poder real (domínio espanhol), e o último, a tradução
de Poti para o português. Dirige-se também ao estrangeiro Martim
Soares Moreno, guerreiro e colonizador português aliado dos pitiguaras
e objeto da paixão de Iracema, com quem teve um filho, Moacir,
símbolo da união das raças.
c) Batuiretê chama Martim de gavião branco e Poti de narceja (uma
pequena ave), profetizando nesse paralelo a destruição total ou parcial
da raça nativa pelos brancos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Semana da Poesia em Miranda do Corvo
Semana da Poesia  em Miranda do CorvoSemana da Poesia  em Miranda do Corvo
Semana da Poesia em Miranda do Corvocriscouceiro
 
Memento Mori V Noite De Poesia Arádia Raymon
Memento Mori   V Noite De Poesia   Arádia RaymonMemento Mori   V Noite De Poesia   Arádia Raymon
Memento Mori V Noite De Poesia Arádia RaymonMemento Mori
 
Lp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiraLp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiracavip
 
Castro alves espumas flutuantes
Castro alves   espumas flutuantesCastro alves   espumas flutuantes
Castro alves espumas flutuantesEMSNEWS
 
Arcadismo no brasil - autores e obras
Arcadismo no brasil  - autores e obrasArcadismo no brasil  - autores e obras
Arcadismo no brasil - autores e obrasCynthia Funchal
 
COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdf
COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdfCOUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdf
COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdfDeborah Kash
 
Revisão 2o bimestre 2012 primeiros anos
Revisão 2o bimestre 2012   primeiros anosRevisão 2o bimestre 2012   primeiros anos
Revisão 2o bimestre 2012 primeiros anosDomenicosturiale
 
Christian jacq juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)
Christian jacq   juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)Christian jacq   juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)
Christian jacq juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)Ariovaldo Cunha
 
Romantismo - Gerações Poéticas
Romantismo - Gerações PoéticasRomantismo - Gerações Poéticas
Romantismo - Gerações PoéticasEntrelinhas Curso
 
As minas de_prata_segunda_parte
As minas de_prata_segunda_parteAs minas de_prata_segunda_parte
As minas de_prata_segunda_parteMClara
 
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)Susana Sobrenome
 
A viagem do amor bianca das neves
A viagem do amor   bianca das nevesA viagem do amor   bianca das neves
A viagem do amor bianca das nevesDaniel Ferreira
 
Samba Folia e Carnaval
Samba Folia e CarnavalSamba Folia e Carnaval
Samba Folia e CarnavalJorge Halen
 

Mais procurados (19)

Ladino
LadinoLadino
Ladino
 
Semana da Poesia em Miranda do Corvo
Semana da Poesia  em Miranda do CorvoSemana da Poesia  em Miranda do Corvo
Semana da Poesia em Miranda do Corvo
 
Mós - Aldeia Medieval
Mós - Aldeia MedievalMós - Aldeia Medieval
Mós - Aldeia Medieval
 
Tigana trecho
Tigana trechoTigana trecho
Tigana trecho
 
Memento Mori V Noite De Poesia Arádia Raymon
Memento Mori   V Noite De Poesia   Arádia RaymonMemento Mori   V Noite De Poesia   Arádia Raymon
Memento Mori V Noite De Poesia Arádia Raymon
 
Lp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiraLp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileira
 
Contos e crônicas do cotidiano
Contos e crônicas do cotidianoContos e crônicas do cotidiano
Contos e crônicas do cotidiano
 
Castro alves espumas flutuantes
Castro alves   espumas flutuantesCastro alves   espumas flutuantes
Castro alves espumas flutuantes
 
Arcadismo no brasil - autores e obras
Arcadismo no brasil  - autores e obrasArcadismo no brasil  - autores e obras
Arcadismo no brasil - autores e obras
 
COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdf
COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdfCOUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdf
COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdf
 
Revisão 2o bimestre 2012 primeiros anos
Revisão 2o bimestre 2012   primeiros anosRevisão 2o bimestre 2012   primeiros anos
Revisão 2o bimestre 2012 primeiros anos
 
Poetas da I República
Poetas da I RepúblicaPoetas da I República
Poetas da I República
 
Christian jacq juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)
Christian jacq   juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)Christian jacq   juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)
Christian jacq juiz do egito - volume iii - a justiça do vizir (242 pg)
 
Últimas Águas
Últimas ÁguasÚltimas Águas
Últimas Águas
 
Romantismo - Gerações Poéticas
Romantismo - Gerações PoéticasRomantismo - Gerações Poéticas
Romantismo - Gerações Poéticas
 
As minas de_prata_segunda_parte
As minas de_prata_segunda_parteAs minas de_prata_segunda_parte
As minas de_prata_segunda_parte
 
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
 
A viagem do amor bianca das neves
A viagem do amor   bianca das nevesA viagem do amor   bianca das neves
A viagem do amor bianca das neves
 
Samba Folia e Carnaval
Samba Folia e CarnavalSamba Folia e Carnaval
Samba Folia e Carnaval
 

Semelhante a Iracema - a lenda do amor entre índia e português

iracema.pdf1222222222222222222222222222222222
iracema.pdf1222222222222222222222222222222222iracema.pdf1222222222222222222222222222222222
iracema.pdf1222222222222222222222222222222222miguelmv076
 
Avaliação i racema
Avaliação i racemaAvaliação i racema
Avaliação i racemaVERA OLIVEIRA
 
Aula definitiva iracema
Aula definitiva iracemaAula definitiva iracema
Aula definitiva iracemaZofia Santos
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencarvestibular
 
05 iracema 1183555388
05 iracema 118355538805 iracema 1183555388
05 iracema 1183555388taluane
 
Figuras de linguagem - PPTX.pptx
Figuras de linguagem - PPTX.pptxFiguras de linguagem - PPTX.pptx
Figuras de linguagem - PPTX.pptxMICHELLEPIRESROCHA
 
Iracema material
Iracema   materialIracema   material
Iracema materialrafabebum
 
Segunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticaSegunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticama.no.el.ne.ves
 
Iracema, de José de Alencar - análise
Iracema, de José de Alencar - análiseIracema, de José de Alencar - análise
Iracema, de José de Alencar - análisejasonrplima
 
A canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilke
A canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilkeA canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilke
A canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilkeRenata Amaro
 
E-book de Almeida Garrett, Camões
E-book de Almeida Garrett, CamõesE-book de Almeida Garrett, Camões
E-book de Almeida Garrett, CamõesCarla Crespo
 
Homenagem a Francisco Neves de Macedo
Homenagem a Francisco Neves de MacedoHomenagem a Francisco Neves de Macedo
Homenagem a Francisco Neves de MacedoConfraria Paranaense
 
Trabalho de açao e mediaçao
Trabalho de açao e mediaçaoTrabalho de açao e mediaçao
Trabalho de açao e mediaçaoAbel Marcelino
 
Caderno digital de Literatura
Caderno digital de LiteraturaCaderno digital de Literatura
Caderno digital de Literaturadavidaaduarte
 
14 maria de magdala
14 maria de magdala14 maria de magdala
14 maria de magdalasidneyjorge
 
Bocage a morte de dona inês
Bocage   a morte de dona inêsBocage   a morte de dona inês
Bocage a morte de dona inêsAriovaldo Cunha
 
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018Sérgio Pitaki
 

Semelhante a Iracema - a lenda do amor entre índia e português (20)

iracema.pdf1222222222222222222222222222222222
iracema.pdf1222222222222222222222222222222222iracema.pdf1222222222222222222222222222222222
iracema.pdf1222222222222222222222222222222222
 
Avaliação i racema
Avaliação i racemaAvaliação i racema
Avaliação i racema
 
Aula definitiva iracema
Aula definitiva iracemaAula definitiva iracema
Aula definitiva iracema
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 
05 iracema 1183555388
05 iracema 118355538805 iracema 1183555388
05 iracema 1183555388
 
Figuras de linguagem - PPTX.pptx
Figuras de linguagem - PPTX.pptxFiguras de linguagem - PPTX.pptx
Figuras de linguagem - PPTX.pptx
 
Iracema material
Iracema   materialIracema   material
Iracema material
 
Segunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticaSegunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia romântica
 
Iracema, de José de Alencar - análise
Iracema, de José de Alencar - análiseIracema, de José de Alencar - análise
Iracema, de José de Alencar - análise
 
A canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilke
A canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilkeA canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilke
A canção de amor e de morte do porta estandarte cristóvão rilke
 
E-book de Almeida Garrett, Camões
E-book de Almeida Garrett, CamõesE-book de Almeida Garrett, Camões
E-book de Almeida Garrett, Camões
 
Iracema
IracemaIracema
Iracema
 
Contos sertanejos
Contos sertanejosContos sertanejos
Contos sertanejos
 
Homenagem a Francisco Neves de Macedo
Homenagem a Francisco Neves de MacedoHomenagem a Francisco Neves de Macedo
Homenagem a Francisco Neves de Macedo
 
Trabalho de açao e mediaçao
Trabalho de açao e mediaçaoTrabalho de açao e mediaçao
Trabalho de açao e mediaçao
 
Iracema
IracemaIracema
Iracema
 
Caderno digital de Literatura
Caderno digital de LiteraturaCaderno digital de Literatura
Caderno digital de Literatura
 
14 maria de magdala
14 maria de magdala14 maria de magdala
14 maria de magdala
 
Bocage a morte de dona inês
Bocage   a morte de dona inêsBocage   a morte de dona inês
Bocage a morte de dona inês
 
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
 

Mais de Welington Fernandes

Unic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsf
Unic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsfUnic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsf
Unic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsfWelington Fernandes
 
Unic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsf
Unic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsfUnic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsf
Unic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsfWelington Fernandes
 
Unic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsf
Unic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsfUnic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsf
Unic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsfWelington Fernandes
 
Unic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsf
Unic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsfUnic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsf
Unic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsfWelington Fernandes
 
13 Amor - clarice lispector - pwsf
13   Amor - clarice lispector - pwsf13   Amor - clarice lispector - pwsf
13 Amor - clarice lispector - pwsfWelington Fernandes
 
14 Lisbela e o Prisioneiro - pwsf
14   Lisbela e o Prisioneiro - pwsf14   Lisbela e o Prisioneiro - pwsf
14 Lisbela e o Prisioneiro - pwsfWelington Fernandes
 
04 Til - José de Alencar1872-pwsf
04   Til - José de Alencar1872-pwsf04   Til - José de Alencar1872-pwsf
04 Til - José de Alencar1872-pwsfWelington Fernandes
 

Mais de Welington Fernandes (7)

Unic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsf
Unic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsfUnic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsf
Unic 04 - espelho m assis-1882-2019-pr-wsf
 
Unic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsf
Unic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsfUnic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsf
Unic 03 - coração cabeçaestômago-1862-2019-prwsf
 
Unic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsf
Unic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsfUnic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsf
Unic 02 - sermão4afeira cinza-pevieira-1672-2019-prwsf
 
Unic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsf
Unic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsfUnic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsf
Unic 01 - camoes sonetos-2018-pr wsf
 
13 Amor - clarice lispector - pwsf
13   Amor - clarice lispector - pwsf13   Amor - clarice lispector - pwsf
13 Amor - clarice lispector - pwsf
 
14 Lisbela e o Prisioneiro - pwsf
14   Lisbela e o Prisioneiro - pwsf14   Lisbela e o Prisioneiro - pwsf
14 Lisbela e o Prisioneiro - pwsf
 
04 Til - José de Alencar1872-pwsf
04   Til - José de Alencar1872-pwsf04   Til - José de Alencar1872-pwsf
04 Til - José de Alencar1872-pwsf
 

Último

COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 

Último (20)

CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 

Iracema - a lenda do amor entre índia e português

  • 1. 1 Iracema - lenda do Ceará José de Alencar Prof. Welington Fernandes, 2017
  • 2. 2 Introdução – prosopopeia, apóstrofe e metonímia: Verdes mares bravios de minha terra natal
  • 3. 3 Espaço/tempo: Mecejana, séc. XVII (atualmente, Ceará)
  • 4. 4 Caracterização – o ser e a paisagem: Iracema ‹―› América
  • 5.
  • 6.
  • 8. Crítica: Nabuco; M Assis, A. Peixoto IRACEMA:  anagrama  de  AMÉRICA.  A  descrição  identifica/funde  personagem  e  paisagem Influências: Caramuru (Morte de Moema);  O  Uraguai  (Natureza);  Norma,  de  Bellini  (encontro de ‘raças’).
  • 11. IRACEMA – Cap. I “VERDES  MARES  BRAVIOS  de  minha  terra  natal,  onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda  aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias  ensombradas de coqueiros; Serenai,  verdes  mares,  e  alisai  docemente  a  vaga  impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale  à flor das águas.”  PROSA POÉTICA 
  • 13. IRACEMA – Cap. II Além, muito além daquela serra, que ainda azula  no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os  cabelos  mais  negros  que  a  asa  da  graúna  e  mais  longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem  a  baunilha  rescendia  no  bosque  como  seu  hálito  perfumado.  Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem  corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua  guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil  e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que  vestia a terra com as primeiras águas.
  • 14. IRACEMA – Cap. XI ­Araquém  (chefe  religioso),  a  vingança  dos  tabajaras  espera  o  guerreiro  branco;  Irapuã  (chefe  guerreiro)  veio  buscá­lo. ­O hóspede é amigo de Tupã, quem ofender o estrangeiro,  ouvirá rugir o trovão. ­O  estrangeiro  foi  quem  ofendeu  Tupã,  roubando  sua  virgem, que guarda os sonhos da jurema. ­Tua  boca  mente  como  o  ronco  da  jibóia:  exclamou  Iracema. Martim disse: ­Irapuã é vil e indigno de ser chefe de guerreiros valentes! O Pajé falou grave e lento: ­Se a virgem abandonou ao guerreiro branco a flor de seu  corpo, ela morrerá; mas o hóspede de Tupã é sagrado: ninguém  o ofenderá; Araquém o protégé.
  • 15. IRACEMA – Cap. XV ­Vai e torna com o vinho de Tupã! Quando Iracema foi de volta, já o Pajé não estava  na cabana; tirou a virgem do seio o vaso que ali trazia  oculto sob a carioba de algodào entretecida de penas.  Martim  lho  arrebatou  das  mãos  e  libou  as  gotas  do  verde e amargo licor. Agora  podia  viver  com  Iracema  e  colher  em  seus  lábios  o  beijo,  que  ali  viçava  entre  sorrisos  como  o  fruto  na  corola  da  flor.  Podia  ama’la  e  sugar  desse  amor o mel e o perfume, sem deixar veneno no seio da  virgem. O gozo era vida, pois o sentia mais forte e intenso;  o mal era sonho e ilusão, que da virgem não possuia  senão a imagem. (...)
  • 16. IRACEMA – Cap. XV​​ Quando  veio  a  manhã,  ainda  achou  Iracema  ali  debruçada  qual  borboleta  que  dormiu  no  seio  do  formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo  vivo  rubores;  e  como  entre  os  arrebóis  da  manhã  cintila  o  primeiro  raio  do  sol,  em  suas  faces  incendidas  rutilava  o  primeiro  sorriso  da  esposa,  aurora de fruído amor. Alegoria e antítese:  “borboleta X cacto”
  • 17.
  • 18. Duas jovens: uma guajajara e uma amazônica
  • 19. A velha luta entre a carne e o espírito Martim se embala docemente; e como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes amores. Iracema recosta-se langue ao punho da rede; (...) Já o estrangeiro a preme ao seio; e o lábio ávido busca o lábio que o espera, para celebrar nesse ádito d’alma, o himeneu do amor. No recanto escuro o velho pajé, imerso em sua contemplação e alheio às cousas deste mundo, soltou um gemido doloroso. Pressentira o coração o que não viram os olhos? Ou foi algum funesto presságio para a raça de seus filhos, que assim ecoou n’alma de Araquém? Ninguém o soube. O cristão repeliu do seio a virgem indiana. Ele não deixará o rastro da desgraça na cabana hospedeira. Cerra os olhos para não ver; e enche sua alma com o nome e a veneração do seu Deus: — Cristo!... Cristo!... A serenidade volta ao seio do guerreiro branco, mas todas as vezes que seu olhar pousa sobre a virgem tabajara, ele sente correr-lhe pelas veias uma centelha de ardente chama. (...)
  • 20. A velha luta entre a carne e o espírito Fecha os olhos o cristão, mas na sombra de seu pensamento surge a imagem da virgem, talvez mais bela. Embalde chama ele o sono às pálpebras fatigadas; elas se abrem, malgrado seu. Desce-lhe do céu ao atribulado pensamento uma inspiração: — Virgem formosa do sertão, esta é a última noite que teu hóspede dorme na cabana de Araquém, onde nunca viera, para teu bem e seu. Faze que seu sono seja alegre e feliz. — Manda; Iracema te obedece. Que pode ela para tua alegria? O cristão falou submisso, para que não o ouvisse o velho pajé: — A virgem de Tupã guarda os sonhos da jurema que são doces e saborosos! Um triste sorriso pungiu os lábios de Iracema: — O estrangeiro vai viver para sempre à cintura da virgem branca; nunca mais seus olhos verão a filha de Araquém; e ele quer que o sono já feche suas pálpebras, e o sonho o leve à terra de seus irmãos! — O sono é o descanso do guerreiro, disse Martim; e o sonho a alegria d’alma. (...) — Vai, e torna com o vinho de Tupã.
  • 21. A Jurema liberta o espírito (só o espírito?) Quando Iracema foi de volta, já o pajé não estava na cabana; tirou a virgem do seio o vaso que ali trazia oculto sob a carioba de algodão entretecida de penas. Martim lho arrebatou das mãos, e libou as poucas gotas do verde e amargo licor. Não tardou que a rede recebesse seu corpo desfalecido. Agora podia viver com Iracema, e colher em seus lábios o beijo, que ali viçava entre sorrisos, como o fruto na corola da flor. Podia amá-la, e sugar desse amor o mel e o perfume, sem deixar veneno no seio da virgem. O gozo era vida, pois o sentia mais vivo e intenso; o mal era sonho e ilusão, que da virgem ele não possuía mais que a imagem. Iracema se afastara opressa e suspirosa. Abriram-se os braços do guerreiro e seus lábios; o nome da virgem ressoou docemente. A juruti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho do companheiro; bate as asas, e voa para conchegar-se ao tépido ninho. Assim a virgem do sertão, aninhou-se nos braços do guerreiro. Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali debruçada, qual borboleta que dormiu no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo vivos rubores; e como entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio do Sol, em suas faces incendidas rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor. (…) As águas do rio depuraram o corpo casto da recente esposa. A jandaia não tornou à cabana. Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras.
  • 22. IRACEMA – Cap. XXX Estreitou­se  com  a  haste  da  palmeira.  A  dor  lacerou suas entranhas; porém logo o choro infantil  inundou sua alma de júbilo. A jovem mãe, orgulhosa de tanta ventura, tomou  o tenro filho nos braços e com ele arrojou­se às águas  límpidas do rio. Depois suspendeu­o à teta mimosa;  seus olhos o envolviam de tristeza e amor. ­Tu és Moacir, o nascido de meu sofrimento. Observe: Moacir (filho da dor). Representação simbólica do 1o  brasileiro
  • 23. IRACEMA – Cap. XXXI— Caubi partirá quando a sombra deixar o rosto de Iracema. — Como vive estrela da noite, vive Iracema em sua tristeza. Só os olhos do esposo podem apagar a sombra emseu rosto. Parte, para que eles não se turvem com tua vista. — Teu irmão parte para agradar tua vontade; mas ele voltará todas as vezes que o cajueiro florescer para sentir e seu coração o filho de teu ventre.(…) A jovem mãe suspendeu o filho à teta; mas a boca infantil não emudeceu. O leite escasso não apojava o peito. O sangue da infeliz diluía-se todo nas lágrimas incessantes que não estancavam dos olhos; nenhum chegava aos seios, onde se forma o primeiro licor da vida. Ela dissolveu a alva carimã e preparou ao fogo o mingau para nutrir o filho. Quando o sol dourou a crista dos montes, partiu para a mata, levando ao colo a criança adormecida.
  • 24. IRACEMA – Cap. XXXINa espessura do bosque está o leito da irara ausente; os tenros cachorrinhos grunhem enrolando-se uns sobre os outros. A formosa tabajara aproxima-se de manso. Prepara para o filho um berço da macia rama do maracujá; e senta-se perto. Põe no regaço um por um os filhos da irara; e lhes abandona os seios mimosos, cuja teta rubra como a pitanga ungiu do mel da abelha. Os cachorrinhos famintos precipitam gulosos e sugam os peitos avaros de leite. Iracema curte dor, como nunca sentiu; parece que lhe exaurem a vida, mas os seios vão-se intumescendo; apojaram afinal, e o leite, ainda rubro do sangue, de que se formou, esguicha. A feliz mãe arroja de si os cachorrinhos, e cheia de júbilo mata a fome ao filho. Ele é agora duas vezes filho de sua dor, nascido dela e também nutrido.
  • 25. IRACEMA – Cap. XXXII-Iracema! ... A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada. Com esforço grande, pôde erguer o filho nos braços e apresentá-lo ao pai, que o olhava extático em seu amor. -Recebe o filho de teu sangue. Era tempo; meus seios ingratos já não tinham alimento para dar-lhe! (..) Iracema não se ergueu mais da rede onde a pousaram os aflitos braços de Martim. O terno esposo, em quem o amor renascera com o júbilo paterno,a cercou de carícias que encheram sua alma de alegria, mas não a puderam tornar à vida: o estame de sua flor se rompera. -Enterra o corpo de tua esposa ao pé do coqueiro que tu amavas. Quando o vento do mar soprar nas folhas, Iracema pensará que é tua voz que fala entre seus cabelos. O doce lábio emudeceu para sempre; o último lampejo despediu-se dos olhos baços.
  • 26.
  • 27. Duas jovens Awa-Guajá amamentando
  • 29. U.F. Uberlândia-MG-Modificada Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que: 1. as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita. 2. em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara. 3. Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele representa o homem brasileiro, fruto do negro e do branco. 4. A linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa. Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens, comparações sobre comparações. Assinale: a) se apenas 2 e 4 estiverem corretas; b) se apenas 2 e 3 estiverem corretas; c) se 2, 3 e 4 estiverem corretas; d) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. Questão de vestibular O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer: O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao estrangeiro um olhar baço. Depois o peito arquejou e os lábios murmuraram: – Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o gavião branco junto da narceja. O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem mais se moveu. (José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965, p. 171-172.) A) Quem é Batuiretê? B) Identifique os personagens a quem ele se dirige e indique os papéis que desempenham no romance. C) Explique o sentido da metáfora empregada por Batuiretê em sua fala.
  • 38. Resposta: A) Batuiretê é avô de Poti e Jacaúna. Foi guerreiro valente e chefe dos pitiguaras; depois de velho passou o poder da tribo para seu filho Jatobá, pai de Poti. Viveu sua velhice retirado e solitário nas matas. B) Batuiretê dirige-se ao neto Poti, nobre guerreiro pitiguara, companheiro e amigo de Martim, que mais tarde foi batizado católico com o nome de Antônio Felipe Camarão. O primeiro nome se refere a Santo Antônio, pois ganhou o nome cristão no dia do santo. O segundo nome significa o poder real (domínio espanhol), e o último, a tradução de Poti para o português. Dirige-se também ao estrangeiro Martim Soares Moreno, guerreiro e colonizador português aliado dos pitiguaras e objeto da paixão de Iracema, com quem teve um filho, Moacir, símbolo da união das raças. c) Batuiretê chama Martim de gavião branco e Poti de narceja (uma pequena ave), profetizando nesse paralelo a destruição total ou parcial da raça nativa pelos brancos.