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O significado
dos desenhos
das crianças
Professora Doutora Teresa Andrade
Saber compreender a
linguagem das crianças
• O crescimento de uma criança é acompanhado pelo
aparecimento de diferentes modos de expressão da sua
personalidade, das suas capacidades e das suas emoções
face ao que a rodeiam
• Nos primeiros sete anos de vida, predominam os sentidos e
as emoções como meio privilegiado de comunicação da
criança. À medida que a criança cresce, o intelecto, a
linguagem verbal e a escrita vão-se revelando meios de
aceder ao mundo da criança.
• Assim podemos observar o seu desenvolvimento cognitivo,
emocional e relacional através de algumas ferramentas
preferenciais.
Observar
• Os meios predominantes para conhecer a criança e o
que ela vive são:
• 1) Observação sem interferência das interacções das
crianças em diferentes contextos para compreender o
seu comportamento predominante e personalidade, as
diferenças de comportamento com diferentes pessoas e
com os seus pares e para conhecer o que a motiva ou
frustra, o que gosta ou não de fazer . A forma como
brinca e o que escolhe mais para brincar.
Brincar
• Criar contextos que permitem à criança brincar adequando os
brinquedos à sua idade e preferências, ou a temas que nos
interessem observar com mais atenção, é uma ferramenta
extraordinária para conhecer os medos, as rotinas, as
dificuldades relacionais. Chama-se Ludoterapia e muitas
vezes cria o ambiente que a criança necessita para se relaxar
face a temas difíceis para si. Também no processo de brincar
podemos introduzir provas de avaliação do desenvolvimento
como as de Piaget, formuladas com este pressuposto de que
através do brincar nos aproximamos mais da criança.
Fazer desenhos
• A criança que começa a ganhar autonomia e a controlar
os seus movimentos, descobre muitas vezes por
imitação a expressão gráfica. Primeiro apenas a mão se
move e mais tarde o olho acompanha-a. Por volta dos
12 meses surgem os primeiros rabiscos, pelos dois anos
os círculos e pelos três as formas complexificam-se
ganhando expressão com olhos e boca no círculo, do
qual evoluem pernas, braços, troncos, detalhes e
significados. O desenho acompanha toda a infância e
tende a declinar quando a criança adquire mestria na
escrita. É uma ferramenta de eleição no estudo do
mundo da criança.
Contar Histórias
• Ao brincar e ao desenho adiciona-se um significado, um
sentido maior que é conferido pela história. As histórias
são uma forma de transmissão de aprendizagens
importantes através primeiro da expressão oral e depois
da expressão gráfica. As histórias que as crianças
constroem com os seus brinquedos e com os seus
desenhos são formas de compreender as expectativas
da criança face às circunstâncias que a rodeiam.
• Os seus sonhos também são histórias que a criança
teme ou deseja que aconteçam de um modo menos
consciente.
A evolução do Desenho
Rabisco ( 12-24meses)
Círculos Irregulares (24
aos 36 meses)
Traçado misto
Foco no rosto
( durante o terceiro ano )
Fase de Girino
( 4º e 5º ano)
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períodos
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Transição Fase do Tronco
completo ( 6 anos)
Transição para a Escrita
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Género
A Família
Um desenho é sempre um
pretexto para uma conversa
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posição, e de detalhes
Cores predominantes
Conflito Explícito
Família e Luto
Variações na perda
Introdução da árvore como
elemento significativo
Ansiedade na criança
Isolamento e doença
ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD
WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All
rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA
15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD
WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All
rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA
15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
Conflitos e Tragédias
Abd al-Rahman, Age 13
“I am looking at the sheep in the wadi [riverbed, or oasis]. I see Janjaweed coming—
quickly, on horses and camels, with Kalashnikovs—shooting and yelling, ‘kill the
slaves, kill the blacks.’ They killed many of the men with the animals. I saw people
falling on the ground and bleeding. They chased after children. Some of us were
taken, some we didn’t see again. All our animals were taken: camels, cows, sheep, and
goats. Then the planes came and bombed the village.”
Salah, Age 13
“There were soldiers from Sudan, Janjaweed, and planes and bombs. I saw the Janjaweed
take girls and women. The women were screaming. They seized them, they took them by
force. The pretty ones were taken away…Girls were taken, small girls too, I think 5 and 7 and
14. Some came back after four or five hours…some we haven’t seen again.”
Jamil, Age 12
“The Janjaweed came on camels and horses, very fast. Sometimes two on one camel, with
guns. Many soldiers, with guns. This one is a machine gun. They were shooting us.”
In the same exercise book, Jamil had drawn a man with a radio transmitter, drawn larger than
the man: “We needed help. There was no one to protect us.”
Magda, Age 9
“We were running from the burning houses. Janjaweed and soldiers with guns and planes and bombs came,
all together, quickly. They were shooting…my uncle was shot. I saw them taking women and girls away. All
of us—my family—we were screaming and running from the Janjaweed to hide in the wadi [riverbed or
oasis]…holding each other by the arms to keep together. Here in camp we are safe, but my father…he was
lost.”
Leila, Age 9
Human Rights Watch: What is going on here?
Leila: My hut burning after being hit by a bomb.
Human Rights Watch: And here? [Pointing to the drawing of what looks like an upside-down woman]
Leila: It’s a woman. She is dead.
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Desenho infantil

  • 1. O significado dos desenhos das crianças Professora Doutora Teresa Andrade
  • 2. Saber compreender a linguagem das crianças • O crescimento de uma criança é acompanhado pelo aparecimento de diferentes modos de expressão da sua personalidade, das suas capacidades e das suas emoções face ao que a rodeiam • Nos primeiros sete anos de vida, predominam os sentidos e as emoções como meio privilegiado de comunicação da criança. À medida que a criança cresce, o intelecto, a linguagem verbal e a escrita vão-se revelando meios de aceder ao mundo da criança. • Assim podemos observar o seu desenvolvimento cognitivo, emocional e relacional através de algumas ferramentas preferenciais.
  • 3. Observar • Os meios predominantes para conhecer a criança e o que ela vive são: • 1) Observação sem interferência das interacções das crianças em diferentes contextos para compreender o seu comportamento predominante e personalidade, as diferenças de comportamento com diferentes pessoas e com os seus pares e para conhecer o que a motiva ou frustra, o que gosta ou não de fazer . A forma como brinca e o que escolhe mais para brincar.
  • 4. Brincar • Criar contextos que permitem à criança brincar adequando os brinquedos à sua idade e preferências, ou a temas que nos interessem observar com mais atenção, é uma ferramenta extraordinária para conhecer os medos, as rotinas, as dificuldades relacionais. Chama-se Ludoterapia e muitas vezes cria o ambiente que a criança necessita para se relaxar face a temas difíceis para si. Também no processo de brincar podemos introduzir provas de avaliação do desenvolvimento como as de Piaget, formuladas com este pressuposto de que através do brincar nos aproximamos mais da criança.
  • 5. Fazer desenhos • A criança que começa a ganhar autonomia e a controlar os seus movimentos, descobre muitas vezes por imitação a expressão gráfica. Primeiro apenas a mão se move e mais tarde o olho acompanha-a. Por volta dos 12 meses surgem os primeiros rabiscos, pelos dois anos os círculos e pelos três as formas complexificam-se ganhando expressão com olhos e boca no círculo, do qual evoluem pernas, braços, troncos, detalhes e significados. O desenho acompanha toda a infância e tende a declinar quando a criança adquire mestria na escrita. É uma ferramenta de eleição no estudo do mundo da criança.
  • 6. Contar Histórias • Ao brincar e ao desenho adiciona-se um significado, um sentido maior que é conferido pela história. As histórias são uma forma de transmissão de aprendizagens importantes através primeiro da expressão oral e depois da expressão gráfica. As histórias que as crianças constroem com os seus brinquedos e com os seus desenhos são formas de compreender as expectativas da criança face às circunstâncias que a rodeiam. • Os seus sonhos também são histórias que a criança teme ou deseja que aconteçam de um modo menos consciente.
  • 7. A evolução do Desenho
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Foco no rosto ( durante o terceiro ano )
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Fase de Girino ( 4º e 5º ano)
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 29. Transição Fase do Tronco completo ( 6 anos)
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 36.
  • 38.
  • 39.
  • 41.
  • 43. Um desenho é sempre um pretexto para uma conversa
  • 44. Diferenças de Tamanho, de posição, e de detalhes
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 50.
  • 52.
  • 54. Introdução da árvore como elemento significativo
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 64.
  • 65. ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA 15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
  • 66. ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA 15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74. Abd al-Rahman, Age 13 “I am looking at the sheep in the wadi [riverbed, or oasis]. I see Janjaweed coming— quickly, on horses and camels, with Kalashnikovs—shooting and yelling, ‘kill the slaves, kill the blacks.’ They killed many of the men with the animals. I saw people falling on the ground and bleeding. They chased after children. Some of us were taken, some we didn’t see again. All our animals were taken: camels, cows, sheep, and goats. Then the planes came and bombed the village.”
  • 75. Salah, Age 13 “There were soldiers from Sudan, Janjaweed, and planes and bombs. I saw the Janjaweed take girls and women. The women were screaming. They seized them, they took them by force. The pretty ones were taken away…Girls were taken, small girls too, I think 5 and 7 and 14. Some came back after four or five hours…some we haven’t seen again.”
  • 76. Jamil, Age 12 “The Janjaweed came on camels and horses, very fast. Sometimes two on one camel, with guns. Many soldiers, with guns. This one is a machine gun. They were shooting us.” In the same exercise book, Jamil had drawn a man with a radio transmitter, drawn larger than the man: “We needed help. There was no one to protect us.”
  • 77. Magda, Age 9 “We were running from the burning houses. Janjaweed and soldiers with guns and planes and bombs came, all together, quickly. They were shooting…my uncle was shot. I saw them taking women and girls away. All of us—my family—we were screaming and running from the Janjaweed to hide in the wadi [riverbed or oasis]…holding each other by the arms to keep together. Here in camp we are safe, but my father…he was lost.”
  • 78. Leila, Age 9 Human Rights Watch: What is going on here? Leila: My hut burning after being hit by a bomb. Human Rights Watch: And here? [Pointing to the drawing of what looks like an upside-down woman] Leila: It’s a woman. She is dead. Human Rights Watch: Why is her face colored in red? Leila: Oh, because she has been shot in the face. Human Rights Watch: What is this vehicle? Who is this in green? Leila: That is a tank. The man in green is a soldier
  • 79. Musa, Age 15 Musa drew this picture of Antonovs bombing his village. His mother, father, and brothers were all killed