Este documento discute os princípios da conservação preventiva em museus. A conservação preventiva envolve ações para detectar, evitar e retardar o aparecimento de deteriorações em bens culturais, como controlar as condições ambientais e realizar manutenção. Ela é uma estratégia importante para a preservação do patrimônio cultural, sendo mais eficaz e econômica do que intervenções curativas. O documento também descreve estratégias de planejamento, formação de especialistas e gestão da conservação preventiva em instituições m
4. DefiniçãoDefinição
Os museus devem custodiar eOs museus devem custodiar e
conservar os objetos e bensconservar os objetos e bens
culturais.culturais.
5. conservação preventivaconservação preventiva
A conservação preventiva é umA conservação preventiva é um
conjunto de ações destinadas aconjunto de ações destinadas a
detectar, evitar e retardar odetectar, evitar e retardar o
aparecimento de deteriorações nosaparecimento de deteriorações nos
bens culturais.bens culturais.
7. manutençãomanutenção
A ação preventiva tem sucessoA ação preventiva tem sucesso
mediante a aplicação dos meiosmediante a aplicação dos meios
necessários, externos aos objetos,necessários, externos aos objetos,
que assegurem a corretaque assegurem a correta
manutenção.manutenção.
8. As ações devem começar pelaAs ações devem começar pela
segurança dos mesmos (contrasegurança dos mesmos (contra
incêndios, roubos)...incêndios, roubos)...
até o controle das condiçõesaté o controle das condições
ambientais adequadas (iluminação,ambientais adequadas (iluminação,
clima, contaminação ambiental)clima, contaminação ambiental)
10. A Conservação Preventiva emA Conservação Preventiva em
instituições museológicas tornou-seinstituições museológicas tornou-se
uma realidade a partir dauma realidade a partir da
Resolução de Vantaa (Finlândia) noResolução de Vantaa (Finlândia) no
ano 2000, uma reunião auspiciadaano 2000, uma reunião auspiciada
pelo ICCROM.pelo ICCROM.
12. MetodologiaMetodologia
A Conservação Preventiva deA Conservação Preventiva de
Acervos é parte de GestãoAcervos é parte de Gestão
Museológica.Museológica.
13. protocolo museológicoprotocolo museológico
Do conhecimento e cumprimento doDo conhecimento e cumprimento do
protocolo museológico, aprotocolo museológico, a
conservação preventiva depende daconservação preventiva depende da
manutenção das coleçõesmanutenção das coleções
(conteúdo) e do(s) edifício(s)(conteúdo) e do(s) edifício(s)
(continente).(continente).
15. Podemos definir como uma estratégiaPodemos definir como uma estratégia
baseada em um método de trabalhobaseada em um método de trabalho
sistemático que tem por objetivosistemático que tem por objetivo
identificar, avaliar e controlar osidentificar, avaliar e controlar os
riscos de deterioração dos bensriscos de deterioração dos bens
culturaisculturais
16. Os riscos podem ser de naturezaOs riscos podem ser de natureza
externa ao bem cultural e procedemexterna ao bem cultural e procedem
principalmente do meio ambienteprincipalmente do meio ambiente
circundante.circundante.
17. Trata-se de uma estratégia deTrata-se de uma estratégia de
conservação que não requer aconservação que não requer a
intervenção direta nos bensintervenção direta nos bens
culturais, apoiada na idéia daculturais, apoiada na idéia da
manutenção.manutenção.
18. Este aspecto a torna diferente daEste aspecto a torna diferente da
conservação curativa,conservação curativa,
(ou procedimentos de restauração),(ou procedimentos de restauração),
de natureza diferenciada, pois éde natureza diferenciada, pois é
necessário intervir no próprio bemnecessário intervir no próprio bem
cultural de forma urgente paracultural de forma urgente para
evitar a perda ou deterioraçãoevitar a perda ou deterioração
irreversível.irreversível.
19. estabilizarestabilizar
Portanto a estratégia preventivaPortanto a estratégia preventiva
trata de estabilizar ao máximo otrata de estabilizar ao máximo o
ritmo da deterioração dos bensritmo da deterioração dos bens
culturais, e em conseqüência éculturais, e em conseqüência é
mais eficaz e econômica que amais eficaz e econômica que a
intervenção mecânica ouintervenção mecânica ou
conservação curativa.conservação curativa.
21. As instituições responsáveis pelaAs instituições responsáveis pela
preservação do patrimônio culturalpreservação do patrimônio cultural
devem estabelecer prioridades emdevem estabelecer prioridades em
conservação preventiva baseadasconservação preventiva baseadas
em estudos de museus e coleçõesem estudos de museus e coleções
públicas, gerando as normas e aspúblicas, gerando as normas e as
especificações técnicas.especificações técnicas.
O mesmo vale para as instituiçõesO mesmo vale para as instituições
e coleções privadas.e coleções privadas.
22. Estratégias de desenvolvimentoEstratégias de desenvolvimento
Implantação de estratégias deImplantação de estratégias de
conservação preventiva através deconservação preventiva através de
grupos multidisciplinares com o fimgrupos multidisciplinares com o fim
de realizar estudos de avaliação dede realizar estudos de avaliação de
riscos.riscos.
23. Formação de especialistasFormação de especialistas
Promover o conhecimento daPromover o conhecimento da
conservação preventiva medianteconservação preventiva mediante
cursos profissionalizantes e criarcursos profissionalizantes e criar
estímulos para a pesquisa básica eestímulos para a pesquisa básica e
aplicada nessa área.aplicada nessa área.
25. DifusãoDifusão
Intercambio de informaçãoIntercambio de informação
preventiva a través das tecnologiaspreventiva a través das tecnologias
da informação como internet,da informação como internet,
congressos e reuniões nacionais econgressos e reuniões nacionais e
internacionais.internacionais.
26. Gestão da conservação preventivaGestão da conservação preventiva
Aplicação de novas metodologias para oAplicação de novas metodologias para o
controle ambiental nos museus, como ocontrole ambiental nos museus, como o
PH.PH.
27. Aplicação das estratégiasAplicação das estratégias
estabelecidas pelo Conselhoestabelecidas pelo Conselho
Internacional de Museus (ICOM) eInternacional de Museus (ICOM) e
o Centro de Conservação de Benso Centro de Conservação de Bens
Culturais (ICCROM), entre outrosCulturais (ICCROM), entre outros
centros de pesquisa.centros de pesquisa.
28. EstratégiasEstratégias
Desenho e desenvolvimento de umDesenho e desenvolvimento de um
método de trabalho para identificar,método de trabalho para identificar,
avaliar, controlar e diminuir osavaliar, controlar e diminuir os
riscos potenciais de degradaçãoriscos potenciais de degradação
nas coleções expostas ounas coleções expostas ou
armazenadas.armazenadas.
29. manutenção: limpeza mecânica, retirada de pómanutenção: limpeza mecânica, retirada de pó
e outras partículas do ambiente expositivo ee outras partículas do ambiente expositivo e
reserva técnica,reserva técnica,
observação visual constante identificandoobservação visual constante identificando
agentes de decomposição, alterações deagentes de decomposição, alterações de
cores, presença de pátina, resíduos decores, presença de pátina, resíduos de
insetos,insetos,
organizar exposições sobre a conservaçãoorganizar exposições sobre a conservação
das coleções no museu.das coleções no museu.
30. atelier infantil de conservação preventiva no Museo Cerralbo (2013).atelier infantil de conservação preventiva no Museo Cerralbo (2013).
Fotografía Arquivo de Fernando Suárez, Instituto del PatrimonioFotografía Arquivo de Fernando Suárez, Instituto del Patrimonio
Cultural de España, MECD.Cultural de España, MECD.
31. AdministraçãoAdministração
A Administração do museu deveA Administração do museu deve
desenvolver a estratégia organizando osdesenvolver a estratégia organizando os
registros dos objetos de maneiraregistros dos objetos de maneira
ordenada, contribuindo para aordenada, contribuindo para a
preservação das coleções.preservação das coleções.
A conservação requer uma ampla gamaA conservação requer uma ampla gama
de conhecimentos técnicos, desde ode conhecimentos técnicos, desde o
diagnóstico da decomposição químicadiagnóstico da decomposição química
incluindo as formas de detenção eincluindo as formas de detenção e
reversão, assim como as habilidadesreversão, assim como as habilidades
necessárias para o tratamento físico (anecessárias para o tratamento físico (a
restauração).restauração).
33. manejo de coleçõesmanejo de coleções
O ambiente da conservaçãoO ambiente da conservação
preventiva equivale em termospreventiva equivale em termos
museológicos modernos, aomuseológicos modernos, ao
controle ambiental e ao manejo decontrole ambiental e ao manejo de
coleções.coleções.
A Administração pode estabelecerA Administração pode estabelecer
as normas de armazenamento,as normas de armazenamento,
manutenção e manejo de coleções.manutenção e manejo de coleções.
34. 1. Controle da temperatura1. Controle da temperatura
2. Controle de umidade2. Controle de umidade
3. Controle de oxigênio e composição3. Controle de oxigênio e composição
gasosagasosa
4. Exclusão de pó4. Exclusão de pó
5. Controle de luz e iluminação5. Controle de luz e iluminação
6. Controle da poluição6. Controle da poluição
7. Controle de elementos de7. Controle de elementos de
contaminaçãocontaminação
35. PlanejamentoPlanejamento
A pesar da aparente simplicidadeA pesar da aparente simplicidade
dessas ações, resulta impossível adessas ações, resulta impossível a
boa execução de um plano de ação,boa execução de um plano de ação,
se não houver:se não houver:
36. PlanejamentoPlanejamento
Objetivos e estratégias amplasObjetivos e estratégias amplas
EspecificaçõesEspecificações
Identificação das ações necessáriasIdentificação das ações necessárias
RegistrosRegistros
SeguimentoSeguimento
Condições adequadas de armazenamento eCondições adequadas de armazenamento e
visualizaçãovisualização
Normas básicas para a conservação preventiva dosNormas básicas para a conservação preventiva dos
bens culturais em museusbens culturais em museus
Identificar as causas de deterioração dos objetosIdentificar as causas de deterioração dos objetos
Controle da deterioraçãoControle da deterioração
Eliminar causas de deterioraçãoEliminar causas de deterioração
37. 1. Objetos de materiais orgânicos1. Objetos de materiais orgânicos
Os objetos de natureza orgânica estãoOs objetos de natureza orgânica estão
compostos por materiais procedentes docompostos por materiais procedentes do
reino animal ou vegetal.reino animal ou vegetal.
Entre os objetos de origem vegetalEntre os objetos de origem vegetal
podemos mencionar a madeira, têxteispodemos mencionar a madeira, têxteis
de algodão, juta ou linho e o papel.de algodão, juta ou linho e o papel.
Dentro dos de origem animalDentro dos de origem animal
encontramos peças de marfim e osso,encontramos peças de marfim e osso,
têxteis de seda e lã, documentos detêxteis de seda e lã, documentos de
pergaminho, objetos de couro e peças depergaminho, objetos de couro e peças de
arte plumária.arte plumária.
39. 2. Objetos de materiais inorgânicos2. Objetos de materiais inorgânicos
Os objetos de natureza inorgânica estãoOs objetos de natureza inorgânica estão
constituídos por materiais provenientesconstituídos por materiais provenientes
do reino mineral, isto é, são materiaisdo reino mineral, isto é, são materiais
inertes, sem vida, como as rochas, osinertes, sem vida, como as rochas, os
metais, as argilas entre outros.metais, as argilas entre outros.
O envelhecimento dos materiais queO envelhecimento dos materiais que
conformam os objetos é um processoconformam os objetos é um processo
natural lento ou aceleradonatural lento ou acelerado
(deterioração), que depende dos(deterioração), que depende dos
procedimentos técnicos da suaprocedimentos técnicos da sua
manufatura, dos materiais empregados,manufatura, dos materiais empregados,
das condições ambientais e usos aosdas condições ambientais e usos aos
quais estão expostos.quais estão expostos.
40. Protocolos museológicos internacionais:Protocolos museológicos internacionais:
a.) primeiro princípio elementar: “os processosa.) primeiro princípio elementar: “os processos
de envelhecimento não podem ser impedidos,de envelhecimento não podem ser impedidos,
mas podem ser atrasados”.mas podem ser atrasados”.
““El deterioro de las colecciones también puedeEl deterioro de las colecciones también puede
ser propiciado por los seres humanos. Esteser propiciado por los seres humanos. Este
deterioro puede producirse por ignorancia,deterioro puede producirse por ignorancia,
negligencia, vandalismo, por no mantener lasnegligencia, vandalismo, por no mantener las
medidas ambientales adecuadas, por unmedidas ambientales adecuadas, por un
almacenamiento incorrecto, por un inadecuadoalmacenamiento incorrecto, por un inadecuado
montaje, mantenimiento, traslado y manejo demontaje, mantenimiento, traslado y manejo de
las colecciones, así como por la falta delas colecciones, así como por la falta de
estrategias a seguir en casos de siniestrosestrategias a seguir en casos de siniestros
como son los sismos, inundaciones ocomo son los sismos, inundaciones o
incendios”.incendios”.
(pág. 10 e 11) Manual do INAH.(pág. 10 e 11) Manual do INAH.
41. b.) segundo principio elementar: “Yab.) segundo principio elementar: “Ya
que la conservación del edificio es unque la conservación del edificio es un
aspecto fundamental para laaspecto fundamental para la
preservación de las coleccionespreservación de las colecciones
podemos decir que: una colección serápodemos decir que: una colección será
bien conservada sólo en un museo bienbien conservada sólo en un museo bien
conservado”. Por esto es necesarioconservado”. Por esto es necesario
localizar los daños parciales que sufrenlocalizar los daños parciales que sufren
el inmueble y las fuentes que losel inmueble y las fuentes que los
provocan, ya que pueden poner enprovocan, ya que pueden poner en
riesgo la estabilidad del edificio o de lasriesgo la estabilidad del edificio o de las
colecciones.colecciones.
42. Organizando a estratégia de ConservaçãoOrganizando a estratégia de Conservação
Preventiva em MuseusPreventiva em Museus
formação do grupo de seguimentoformação do grupo de seguimento
definição de pautas de funcionamentodefinição de pautas de funcionamento
equipe multidisciplinar para abordar asequipe multidisciplinar para abordar as
tarefas de seguimento e prioridadestarefas de seguimento e prioridades
aplicação de uma política deaplicação de uma política de
conservação preventiva no museuconservação preventiva no museu
utilizar as Plataformas de Consultas eutilizar as Plataformas de Consultas e
Documentação de Profissionais emDocumentação de Profissionais em
Conservação Preventiva.Conservação Preventiva.
44. Plan Nacional de Conservación PreventivaPlan Nacional de Conservación Preventiva
(março 2011)(março 2011) ((
https://ipce.mecd.gob.es/dam/jcr:2b2035de-685f-467d-bb68-32https://ipce.mecd.gob.es/dam/jcr:2b2035de-685f-467d-bb68-32
))
García Heras, Manuel, Villegas Broncazo,García Heras, Manuel, Villegas Broncazo,
Maria Ángeles. Innovación y gestión de laMaria Ángeles. Innovación y gestión de la
conservación preventiva en museos: un ejemploconservación preventiva en museos: un ejemplo
con colecciones de vidrio y materialescon colecciones de vidrio y materiales
cerámicos.cerámicos.
Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico.Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico.
España. 2015España. 2015.(.(www.iaph.eswww.iaph.es//revistaphrevistaph//index.phpindex.php //
revistaphrevistaph //articlearticle /.../4027/.../4027))
45. http://fundacaomar.org.br/wordpress/http://fundacaomar.org.br/wordpress/
Museo Maritimo de AsturiasMuseo Maritimo de Asturias ((
https://www.turismoasturias.es/descubre/cultura/museos-y-esphttps://www.turismoasturias.es/descubre/cultura/museos-y-esp
))
Noções básicas de Conservação Preventiva.Noções básicas de Conservação Preventiva.
Fundação Museu de História, Pesquisa eFundação Museu de História, Pesquisa e
Arqueologia do Mar. São Sebastião, SP (2018).Arqueologia do Mar. São Sebastião, SP (2018).
(archives.icom.museum/ethics_spa.html)(archives.icom.museum/ethics_spa.html)
Código de deontología del ICOM para losCódigo de deontología del ICOM para los
museos (2006).museos (2006).