SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
PRESERVANDO A HISTÓRIAPRESERVANDO A HISTÓRIA
PARA AS FUTURASPARA AS FUTURAS
GERAÇÕESGERAÇÕES
Profa. Dra. Teresa BockProfa. Dra. Teresa Bock
 Viollet-le-Duc (1814) foi um arquitetoViollet-le-Duc (1814) foi um arquiteto
parisiense considerado como um dosparisiense considerado como um dos
primeiros teóricos da preservação doprimeiros teóricos da preservação do
Patrimônio Histórico – famoso por suaPatrimônio Histórico – famoso por sua
“restauração interpretativa” dos edifícios“restauração interpretativa” dos edifícios
medievais, planejou e executou, entremedievais, planejou e executou, entre
outras, a restauração da Catedral deoutras, a restauração da Catedral de
Notre Dame.Notre Dame.
 A teoria básica da preservação histórica,A teoria básica da preservação histórica,
com referencia especial aos monumentoscom referencia especial aos monumentos
construídos, envolve o dualismo daconstruídos, envolve o dualismo da
retenção do “status quo” versus aretenção do “status quo” versus a
restauração, adicionando algum elementorestauração, adicionando algum elemento
inexistente no passado.inexistente no passado.
 Entre outras obras significativas de le-Entre outras obras significativas de le-
Duc, (mencionamos a publicação doDuc, (mencionamos a publicação do
Dicionário da Arquitetura Francesa desdeDicionário da Arquitetura Francesa desde
os séculos XI ao XVI), Viollet éos séculos XI ao XVI), Viollet é
considerado como o primeiro teórico daconsiderado como o primeiro teórico da
arquitetura moderna.arquitetura moderna.
 Sua teoria consiste em encontrar asSua teoria consiste em encontrar as
formas ideais para materiais específicos,formas ideais para materiais específicos,
e usar essas formas para criare usar essas formas para criar
edificações, baseada na idéia de usoedificações, baseada na idéia de uso
“honesto” dos materiais.“honesto” dos materiais.
 Estes critérios incluíram a criação de umEstes critérios incluíram a criação de um
edifício perfeito – no caso, o estiloedifício perfeito – no caso, o estilo
medieval (não é só manter, reparar oumedieval (não é só manter, reparar ou
reconstruir, mas restabelecer sua formareconstruir, mas restabelecer sua forma
completa).completa).
 Na maioria dos casos, os museusNa maioria dos casos, os museus
europeus estão instalados em edifícioseuropeus estão instalados em edifícios
antigos;antigos;
 antigas fortificações (Finlândia),antigas fortificações (Finlândia),
fortificações transformadas em castelos,fortificações transformadas em castelos,
que tornaram-se prisões (Loire na França)que tornaram-se prisões (Loire na França)
e finalmente museus.e finalmente museus.
 Por isso, no âmbito do estudoPor isso, no âmbito do estudo
museológico, o estudo da Arquitetura demuseológico, o estudo da Arquitetura de
Museus, torna-se uma matéria acadêmicaMuseus, torna-se uma matéria acadêmica
recente e moderna, que se divide em doisrecente e moderna, que se divide em dois
momentos:momentos:
 os edifícios antigos (de vieja planta) e osos edifícios antigos (de vieja planta) e os
novos edifícios construídos para essanovos edifícios construídos para essa
função, isto é, salvaguardar coleções,função, isto é, salvaguardar coleções,
estudar e exibir, quero dizer, museus.estudar e exibir, quero dizer, museus.
 No caso das edificações antigas o estudoNo caso das edificações antigas o estudo
da Arquitetura de Museus prevê, além dosda Arquitetura de Museus prevê, além dos
aspectos conceituais desenvolvidos poraspectos conceituais desenvolvidos por
le-Duc e John Ruskin (Londres, 1819)le-Duc e John Ruskin (Londres, 1819)
entre outros, a medida do “impactoentre outros, a medida do “impacto
ambiental” - um termo moderno queambiental” - um termo moderno que
explica que os edifícios antigosexplica que os edifícios antigos
transformados em museus (castelos,transformados em museus (castelos,
fortalezas) merecem redobrada atenção.fortalezas) merecem redobrada atenção.
1.1. Ruskin escreveu “podemos viver sem aRuskin escreveu “podemos viver sem a
arquitetura de uma época, mas nãoarquitetura de uma época, mas não
podemos recordá-la sem a suapodemos recordá-la sem a sua
presença”.presença”.
Sendo assim, a localização rural ouSendo assim, a localização rural ou
urbana de um museu, joga um fatorurbana de um museu, joga um fator
essencial, porque em situação urbana,essencial, porque em situação urbana,
sofrem os efeitos da poluição, da aberturasofrem os efeitos da poluição, da abertura
de avenidas, passagem de veículos, ade avenidas, passagem de veículos, a
proximidade com os rios, situações deproximidade com os rios, situações de
risco que muitas vezes não podem serrisco que muitas vezes não podem ser
evitadas, mas certamente minoradas eevitadas, mas certamente minoradas e
que, definitivamente, devem ser levadasque, definitivamente, devem ser levadas
em consideração.em consideração.
 Por exemplo, os centros históricos dePor exemplo, os centros históricos de
Madri, Curitiba, Atenas, Roma tiveramMadri, Curitiba, Atenas, Roma tiveram
setores transformados em ruas desetores transformados em ruas de
pedestres, diminuindo sobremaneira ospedestres, diminuindo sobremaneira os
efeitos do tráfego urbano na preservaçãoefeitos do tráfego urbano na preservação
do casco histórico dessas cidades, entredo casco histórico dessas cidades, entre
outras.outras.
 Essas áreas urbanas desenvolveram oEssas áreas urbanas desenvolveram o
comércio turístico planejado, com hotéis,comércio turístico planejado, com hotéis,
lojas com produtos locais, restauranteslojas com produtos locais, restaurantes
típicos, bares emblemáticos... e ostípicos, bares emblemáticos... e os
passeios a pé ou em bicicleta, quepasseios a pé ou em bicicleta, que
permitem a apreciação da cidade,permitem a apreciação da cidade,
contribuindo para a revitalização doscontribuindo para a revitalização dos
centros históricos.centros históricos.
 Também são preservados os jardinsTambém são preservados os jardins
adjacentes às edificações e comadjacentes às edificações e com
freqüência o entorno ambiental - natural.freqüência o entorno ambiental - natural.
 Conhecidos são os Jardins do Palácio deConhecidos são os Jardins do Palácio de
Buckingham (1703) ocupando 17 hectaresBuckingham (1703) ocupando 17 hectares
de Londres, o Castelo de Versaillesde Londres, o Castelo de Versailles
(1661) com 700 hectares e próximo a(1661) com 700 hectares e próximo a
Paris ou os Jardins de Sabatini (anos 30)Paris ou os Jardins de Sabatini (anos 30)
com 2,54 hectares, contornando o Paláciocom 2,54 hectares, contornando o Palácio
Real de Madri, no centro histórico daReal de Madri, no centro histórico da
cidade.cidade.
 A manutenção dos jardins (isto é, oA manutenção dos jardins (isto é, o
entorno imediato) em relação ao edifícioentorno imediato) em relação ao edifício
(museu) é um critério basilar do estudo(museu) é um critério basilar do estudo
museológico, assim como a Arquitetura demuseológico, assim como a Arquitetura de
Museus é matéria comum nos estudos deMuseus é matéria comum nos estudos de
Museologia e Museografia.Museologia e Museografia.
 Dessa forma entendemos o continenteDessa forma entendemos o continente
(edifício - museu)(edifício - museu)
 e o conteúdo (coleções - acervo)e o conteúdo (coleções - acervo)
 em relação ao edifício-museu e seuem relação ao edifício-museu e seu
entorno imediato (jardins - sistemasentorno imediato (jardins - sistemas
naturais - ambientais)naturais - ambientais)
 e sua localização (urbana ou rural) comoe sua localização (urbana ou rural) como
um critério básico dos estudos sobreum critério básico dos estudos sobre
museus.museus.
 Alertamos para os critérios da perspectivaAlertamos para os critérios da perspectiva
arquitetônica, certamente os museusarquitetônica, certamente os museus
instalados em edifícios antigos,instalados em edifícios antigos,
necessitam uma atenção redobrada.necessitam uma atenção redobrada.
 As intervenções “invasivas” comoAs intervenções “invasivas” como
reformas, novas instalações, inclusão dereformas, novas instalações, inclusão de
áreas internas ou exclusão de áreasáreas internas ou exclusão de áreas
externas, adaptações de sótão ou porões,externas, adaptações de sótão ou porões,
escavações ou demolições podemescavações ou demolições podem
comprometer os atributos estruturais docomprometer os atributos estruturais do
edifício de maneira definitiva.edifício de maneira definitiva.
 Estes são alguns dos critérios daEstes são alguns dos critérios da
arquitetura e da engenharia civil, quearquitetura e da engenharia civil, que
alimentam a formação teórica daalimentam a formação teórica da
Museologia, uma disciplina científicaMuseologia, uma disciplina científica
voltada para a gestão dos museus.voltada para a gestão dos museus.
Artigo publicado no Jornal Agora, sob a direção deArtigo publicado no Jornal Agora, sob a direção de
Guto Favacho, em agosto de 2013, Peruíbe, SP.Guto Favacho, em agosto de 2013, Peruíbe, SP.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...
Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...
Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...Paula Bianchi
 
Museu Da áGua Das Caldas Da Rainha
Museu Da áGua Das Caldas Da RainhaMuseu Da áGua Das Caldas Da Rainha
Museu Da áGua Das Caldas Da Rainhacaldaswelcome
 
As Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de Barcelos
As Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de BarcelosAs Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de Barcelos
As Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de BarcelosJoaquim Flores
 
Arquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferArquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferAline Ferreira
 
08:. 3 manzanas
08:. 3 manzanas08:. 3 manzanas
08:. 3 manzanasARQ210AN
 

Mais procurados (11)

Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...
Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...
Patrimônio Histórico: Carta de Washington análise Centro Histórico de Ouro Pr...
 
Museu Da áGua Das Caldas Da Rainha
Museu Da áGua Das Caldas Da RainhaMuseu Da áGua Das Caldas Da Rainha
Museu Da áGua Das Caldas Da Rainha
 
As Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de Barcelos
As Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de BarcelosAs Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de Barcelos
As Intervenções da D.G.E.M.N. na Cidade de Barcelos
 
Morfologia da arquitetura
Morfologia da arquiteturaMorfologia da arquitetura
Morfologia da arquitetura
 
Álvaro Siza Vieira
Álvaro Siza VieiraÁlvaro Siza Vieira
Álvaro Siza Vieira
 
Question�rio02
Question�rio02Question�rio02
Question�rio02
 
Cartas patrimoniais
Cartas patrimoniaisCartas patrimoniais
Cartas patrimoniais
 
Arquitetura Eclética
Arquitetura EcléticaArquitetura Eclética
Arquitetura Eclética
 
Hau2 aula09
Hau2 aula09Hau2 aula09
Hau2 aula09
 
Arquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kieferArquitetura de museus kiefer
Arquitetura de museus kiefer
 
08:. 3 manzanas
08:. 3 manzanas08:. 3 manzanas
08:. 3 manzanas
 

Semelhante a Preservando o passado para o futuro

Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...
Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...
Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...CamilaGarciaAguilera
 
Museus e museologia II - O conceito de Museologia
Museus e museologia II - O conceito de Museologia Museus e museologia II - O conceito de Museologia
Museus e museologia II - O conceito de Museologia Teresa Cristina Bock
 
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...Artur Filipe dos Santos
 
Museu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveMuseu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveJosé Mesquita
 
O fenômeno do coleccionismo
O fenômeno do coleccionismoO fenômeno do coleccionismo
O fenômeno do coleccionismoTeresa Bock
 
Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...
Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...
Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...Artur Filipe dos Santos
 
Património à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Património à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do PortoPatrimónio à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Património à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do PortoArtur Filipe dos Santos
 
Proteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte Medievais
Proteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte MedievaisProteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte Medievais
Proteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte MedievaisFernando Pereira de Macedo
 
Fonte de informações em Museus
Fonte de informações em MuseusFonte de informações em Museus
Fonte de informações em MuseusIngridy Dias
 
Manual de Museografia - O Seminário - Parte III
Manual de Museografia - O Seminário - Parte IIIManual de Museografia - O Seminário - Parte III
Manual de Museografia - O Seminário - Parte IIITeresa Cristina Bock
 
Praça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Praça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do PortoPraça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Praça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do PortoArtur Filipe dos Santos
 
Programa visita de estudo
Programa visita de estudoPrograma visita de estudo
Programa visita de estudoeb23sroque
 
Glossário
GlossárioGlossário
Glossárioturmab
 
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Andressa Damasceno
 

Semelhante a Preservando o passado para o futuro (20)

Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...
Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...
Aula 1- Introdução à Importância da Conservação, Reabilitação e Restauro na A...
 
Museus e museologia II - O conceito de Museologia
Museus e museologia II - O conceito de Museologia Museus e museologia II - O conceito de Museologia
Museus e museologia II - O conceito de Museologia
 
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...
 
Clc 6 10_12
Clc 6 10_12Clc 6 10_12
Clc 6 10_12
 
Rotura paisagística - Edificação
Rotura paisagística - EdificaçãoRotura paisagística - Edificação
Rotura paisagística - Edificação
 
Museu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveMuseu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
Museu Antonino de Faro e o turismo no Algarve
 
O fenômeno do coleccionismo
O fenômeno do coleccionismoO fenômeno do coleccionismo
O fenômeno do coleccionismo
 
Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...
Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...
Património à volta da Sé do Porto- Arqueossíteo da Rua D. Hugo - Artur Filipe...
 
Património à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Património à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do PortoPatrimónio à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Património à volta da Sé do Porto - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
 
Circuit Branché à Paris
Circuit Branché à Paris Circuit Branché à Paris
Circuit Branché à Paris
 
REF EP Proposta
REF EP PropostaREF EP Proposta
REF EP Proposta
 
Proteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte Medievais
Proteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte MedievaisProteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte Medievais
Proteção e Valorização de Paisagens Associadas às Casas-forte Medievais
 
Fonte de informações em Museus
Fonte de informações em MuseusFonte de informações em Museus
Fonte de informações em Museus
 
Manual de Museografia - O Seminário - Parte III
Manual de Museografia - O Seminário - Parte IIIManual de Museografia - O Seminário - Parte III
Manual de Museografia - O Seminário - Parte III
 
Praça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Praça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do PortoPraça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
Praça da Batalha - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
 
Porto
PortoPorto
Porto
 
Porto
PortoPorto
Porto
 
Programa visita de estudo
Programa visita de estudoPrograma visita de estudo
Programa visita de estudo
 
Glossário
GlossárioGlossário
Glossário
 
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
Legado moderno na cidade contemporanea (riegl)
 

Último

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 

Último (20)

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 

Preservando o passado para o futuro

  • 1. PRESERVANDO A HISTÓRIAPRESERVANDO A HISTÓRIA PARA AS FUTURASPARA AS FUTURAS GERAÇÕESGERAÇÕES Profa. Dra. Teresa BockProfa. Dra. Teresa Bock
  • 2.
  • 3.  Viollet-le-Duc (1814) foi um arquitetoViollet-le-Duc (1814) foi um arquiteto parisiense considerado como um dosparisiense considerado como um dos primeiros teóricos da preservação doprimeiros teóricos da preservação do Patrimônio Histórico – famoso por suaPatrimônio Histórico – famoso por sua “restauração interpretativa” dos edifícios“restauração interpretativa” dos edifícios medievais, planejou e executou, entremedievais, planejou e executou, entre outras, a restauração da Catedral deoutras, a restauração da Catedral de Notre Dame.Notre Dame.
  • 4.  A teoria básica da preservação histórica,A teoria básica da preservação histórica, com referencia especial aos monumentoscom referencia especial aos monumentos construídos, envolve o dualismo daconstruídos, envolve o dualismo da retenção do “status quo” versus aretenção do “status quo” versus a restauração, adicionando algum elementorestauração, adicionando algum elemento inexistente no passado.inexistente no passado.
  • 5.  Entre outras obras significativas de le-Entre outras obras significativas de le- Duc, (mencionamos a publicação doDuc, (mencionamos a publicação do Dicionário da Arquitetura Francesa desdeDicionário da Arquitetura Francesa desde os séculos XI ao XVI), Viollet éos séculos XI ao XVI), Viollet é considerado como o primeiro teórico daconsiderado como o primeiro teórico da arquitetura moderna.arquitetura moderna.
  • 6.  Sua teoria consiste em encontrar asSua teoria consiste em encontrar as formas ideais para materiais específicos,formas ideais para materiais específicos, e usar essas formas para criare usar essas formas para criar edificações, baseada na idéia de usoedificações, baseada na idéia de uso “honesto” dos materiais.“honesto” dos materiais.
  • 7.  Estes critérios incluíram a criação de umEstes critérios incluíram a criação de um edifício perfeito – no caso, o estiloedifício perfeito – no caso, o estilo medieval (não é só manter, reparar oumedieval (não é só manter, reparar ou reconstruir, mas restabelecer sua formareconstruir, mas restabelecer sua forma completa).completa).
  • 8.  Na maioria dos casos, os museusNa maioria dos casos, os museus europeus estão instalados em edifícioseuropeus estão instalados em edifícios antigos;antigos;  antigas fortificações (Finlândia),antigas fortificações (Finlândia), fortificações transformadas em castelos,fortificações transformadas em castelos, que tornaram-se prisões (Loire na França)que tornaram-se prisões (Loire na França) e finalmente museus.e finalmente museus.
  • 9.  Por isso, no âmbito do estudoPor isso, no âmbito do estudo museológico, o estudo da Arquitetura demuseológico, o estudo da Arquitetura de Museus, torna-se uma matéria acadêmicaMuseus, torna-se uma matéria acadêmica recente e moderna, que se divide em doisrecente e moderna, que se divide em dois momentos:momentos:  os edifícios antigos (de vieja planta) e osos edifícios antigos (de vieja planta) e os novos edifícios construídos para essanovos edifícios construídos para essa função, isto é, salvaguardar coleções,função, isto é, salvaguardar coleções, estudar e exibir, quero dizer, museus.estudar e exibir, quero dizer, museus.
  • 10.  No caso das edificações antigas o estudoNo caso das edificações antigas o estudo da Arquitetura de Museus prevê, além dosda Arquitetura de Museus prevê, além dos aspectos conceituais desenvolvidos poraspectos conceituais desenvolvidos por le-Duc e John Ruskin (Londres, 1819)le-Duc e John Ruskin (Londres, 1819) entre outros, a medida do “impactoentre outros, a medida do “impacto ambiental” - um termo moderno queambiental” - um termo moderno que explica que os edifícios antigosexplica que os edifícios antigos transformados em museus (castelos,transformados em museus (castelos, fortalezas) merecem redobrada atenção.fortalezas) merecem redobrada atenção.
  • 11. 1.1. Ruskin escreveu “podemos viver sem aRuskin escreveu “podemos viver sem a arquitetura de uma época, mas nãoarquitetura de uma época, mas não podemos recordá-la sem a suapodemos recordá-la sem a sua presença”.presença”.
  • 12. Sendo assim, a localização rural ouSendo assim, a localização rural ou urbana de um museu, joga um fatorurbana de um museu, joga um fator essencial, porque em situação urbana,essencial, porque em situação urbana, sofrem os efeitos da poluição, da aberturasofrem os efeitos da poluição, da abertura de avenidas, passagem de veículos, ade avenidas, passagem de veículos, a proximidade com os rios, situações deproximidade com os rios, situações de risco que muitas vezes não podem serrisco que muitas vezes não podem ser evitadas, mas certamente minoradas eevitadas, mas certamente minoradas e que, definitivamente, devem ser levadasque, definitivamente, devem ser levadas em consideração.em consideração.
  • 13.  Por exemplo, os centros históricos dePor exemplo, os centros históricos de Madri, Curitiba, Atenas, Roma tiveramMadri, Curitiba, Atenas, Roma tiveram setores transformados em ruas desetores transformados em ruas de pedestres, diminuindo sobremaneira ospedestres, diminuindo sobremaneira os efeitos do tráfego urbano na preservaçãoefeitos do tráfego urbano na preservação do casco histórico dessas cidades, entredo casco histórico dessas cidades, entre outras.outras.
  • 14.  Essas áreas urbanas desenvolveram oEssas áreas urbanas desenvolveram o comércio turístico planejado, com hotéis,comércio turístico planejado, com hotéis, lojas com produtos locais, restauranteslojas com produtos locais, restaurantes típicos, bares emblemáticos... e ostípicos, bares emblemáticos... e os passeios a pé ou em bicicleta, quepasseios a pé ou em bicicleta, que permitem a apreciação da cidade,permitem a apreciação da cidade, contribuindo para a revitalização doscontribuindo para a revitalização dos centros históricos.centros históricos.
  • 15.  Também são preservados os jardinsTambém são preservados os jardins adjacentes às edificações e comadjacentes às edificações e com freqüência o entorno ambiental - natural.freqüência o entorno ambiental - natural.
  • 16.  Conhecidos são os Jardins do Palácio deConhecidos são os Jardins do Palácio de Buckingham (1703) ocupando 17 hectaresBuckingham (1703) ocupando 17 hectares de Londres, o Castelo de Versaillesde Londres, o Castelo de Versailles (1661) com 700 hectares e próximo a(1661) com 700 hectares e próximo a Paris ou os Jardins de Sabatini (anos 30)Paris ou os Jardins de Sabatini (anos 30) com 2,54 hectares, contornando o Paláciocom 2,54 hectares, contornando o Palácio Real de Madri, no centro histórico daReal de Madri, no centro histórico da cidade.cidade.
  • 17.  A manutenção dos jardins (isto é, oA manutenção dos jardins (isto é, o entorno imediato) em relação ao edifícioentorno imediato) em relação ao edifício (museu) é um critério basilar do estudo(museu) é um critério basilar do estudo museológico, assim como a Arquitetura demuseológico, assim como a Arquitetura de Museus é matéria comum nos estudos deMuseus é matéria comum nos estudos de Museologia e Museografia.Museologia e Museografia.
  • 18.  Dessa forma entendemos o continenteDessa forma entendemos o continente (edifício - museu)(edifício - museu)  e o conteúdo (coleções - acervo)e o conteúdo (coleções - acervo)  em relação ao edifício-museu e seuem relação ao edifício-museu e seu entorno imediato (jardins - sistemasentorno imediato (jardins - sistemas naturais - ambientais)naturais - ambientais)  e sua localização (urbana ou rural) comoe sua localização (urbana ou rural) como um critério básico dos estudos sobreum critério básico dos estudos sobre museus.museus.
  • 19.  Alertamos para os critérios da perspectivaAlertamos para os critérios da perspectiva arquitetônica, certamente os museusarquitetônica, certamente os museus instalados em edifícios antigos,instalados em edifícios antigos, necessitam uma atenção redobrada.necessitam uma atenção redobrada.
  • 20.  As intervenções “invasivas” comoAs intervenções “invasivas” como reformas, novas instalações, inclusão dereformas, novas instalações, inclusão de áreas internas ou exclusão de áreasáreas internas ou exclusão de áreas externas, adaptações de sótão ou porões,externas, adaptações de sótão ou porões, escavações ou demolições podemescavações ou demolições podem comprometer os atributos estruturais docomprometer os atributos estruturais do edifício de maneira definitiva.edifício de maneira definitiva.
  • 21.  Estes são alguns dos critérios daEstes são alguns dos critérios da arquitetura e da engenharia civil, quearquitetura e da engenharia civil, que alimentam a formação teórica daalimentam a formação teórica da Museologia, uma disciplina científicaMuseologia, uma disciplina científica voltada para a gestão dos museus.voltada para a gestão dos museus.
  • 22. Artigo publicado no Jornal Agora, sob a direção deArtigo publicado no Jornal Agora, sob a direção de Guto Favacho, em agosto de 2013, Peruíbe, SP.Guto Favacho, em agosto de 2013, Peruíbe, SP.