1. 1
GABARITO
Pré-vestibular extensivo | caderno 2
GABARITo
Língua Portuguesa I
Módulo 8
1 a) A inocuidade da vaidade.
b) Por meio da destruição dos elementos rosa, planta e
nau, o eu lírico afirma a destruição da própria vaidade.
2 Desvalorização da matéria.
3 a) Fuga (poesia, amor) x Presença (casas, bondes, automó-
veis)
b) O segundo movimento, que se refere à necessidade,
traz consigo uma informação fundamental: só o poe-
ma satisfaz a necessidade de poesia. O vazio do título,
portanto, não é absoluto, mas relativo.
4 Há um aumento significativo no número de sílabas métricas
por verso, o que sugere o preenchimento do vazio.
5 A matéria poética vira o cerne principal do texto.
6 a) Transição: mas que ao se fazer montanha 1o
movimento:
a água imita a mulher 2o
movimento: a mulher imita a
água.
b) O título é ambíguo em virtude desses dois movimentos.
7 a) cume
b) frágil
8 O verso é: na praia cama, finita,
9 Nesses versos, o passado é idealizado (tem valor positivo),
e o presente é desvalorizado (assume valor negativo). Os
adjetivos que exemplificam essa recriação da ambiência
romântica são “apagada” e “merencória” para o presen-
te e “áureos” e “épicos” para o passado. (O candidato
poderá escolher entre uma das oposições seguintes: pas-
sado positivo x presente negativo ou passado idealizado
x presente desvalorizado ou insatisfatório. Poderá, ainda,
apontar apenas um adjetivo para a caracterização de cada
uma das marcações temporais – passado e presente.)
10 Nos tercetos do poema, o sujeito é definido como um
ser acentuadamente idealista, sonhador, passional, arre-
batado, sentimental, combativo, aventureiro, heroico. No
primeiro terceto, os substantivos que definem o sujeito
de acordo com a perspectiva romântica são “campeão”,
“trovador” e “herói”. (O candidato deverá assinalar apenas
dois aspectos definidores do sujeito no poema. Bastará,
ainda, ao candidato registrar dois substantivos retirados
do primeiro terceto.)
11 Após uma leitura atenta do poema Teresa, de Manuel Ban-
deira, depreende-se que o eu lírico vai do alheamento à
paixão pela moça, numa gradação sentimental ascendente,
que recebe, também, o nome de clímax. Já no poema de
Castro Alves, o envolvimento amoroso do eu lírico dá-se
numa gradação descendente, ou anticlímax. Conhece a
moça, apaixonam-se e depois ela o trai com outro.
12 a) O texto 6 parodia o texto 5. Utilizando-se de elementos
do poema de Castro Alves (o nome da amada, a estraté-
gia de gradação sentimental, o primeiro verso), o texto
de Bandeira desconstrói os mitos do amor à primeira
vista e da impossibilidade amorosa. Com isso, realiza
plenamente o projeto modernista de romper com o pas-
sado, em busca de novos temas e novas intensidades
sentimentais (menos idealizadas e mais verdadeiras).
b) No texto 5, há regularidade métrica (versos decassílabos),
presença de rimas em um esquema regular (AABCCB),
linguagem bem cuidada (vocabulário “poético”, inver-
sões frasais) e pontuação emotiva (reticências e exclama-
ções). No texto 6, os versos são livres (sem regularidade
métrica) e brancos (sem rima), o vocabulário é mais co-
loquial (“vi” em vez de “fitei”, “estúpidas”, “cara”) e a
sequência frasal é fragmentária (sem coesão didática).
13 a) O impacto da modernidade, representado pela antena,
provoca o encolhimento do mundo, ou seja, a possibi-
lidade de o contato entre as pessoas ser mais intenso e
a troca de informações poder ser agilizada.
b) Perplexidade.
14 Trata-se de um tempo de ordem psicológica, incontrolável,
que precisa ser vivenciado pelo “eu”, numa atitude típica
da lírica moderna.
15 B
16 C
17 D
18 B
19 A
20 a) O cemitério é comparado aos seguintes termos: “hotel
funéreo”, “nau do sepulcro” e “porão profundo”.
b) A personificação da cova atende perfeitamente ao es-
pírito romântico, que aplica sua subjetividade a seres
inanimados, em vez de trata-los objetivamente, como
conviria a uma mente racional.
21 a) O eu lírico afirma, ao final, que os sentimentos das pes-
soas enterradas no cemitério ficam com os vivos. Por
isso, não quer ser enterrado, o que está em harmonia
com o sentimentalismo romântico.
b) A postura do eu lírico, por ser sentimental, foge do
estereótipo neoclássico, mais racional.
22 a) E um deles vos dirá que o deixou há pouco de sua aman-
te no lascivo leito. (Pode-se colocar o trecho na ordem
direta: E um deles vos dirá que o deixou há pouco no
lascivo leito de sua amante.)
b) A primeira forma corresponde ao futuro do subjuntivo
e a segunda, ao infinitivo.
23 C
24 A
25 A
26 O título do poema de Cacaso e seus dois primeiros versos
remetem a um amor predestinado, idealizado. O desejo
de realização desse amor, entretanto, é desmontado pelo
terceiro verso, que traz a contingência da realidade. Essa
ironia destrutiva é característica do discurso paródico.
27 B
28 A
29 B
30 C
Módulo 9
1 Uma das formas abaixo:
apagou o teu fanal do sentimento no coração.
apagou o fanal do sentimento no teu coração.
apagou o fanal do teu sentimento no coração.
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2. 2 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
2 Uma das possibilidades a seguir:
– no primeiro trecho, o autor preferiu não seguir a regra
que recomenda a próclise com pronomes relativos, en-
quanto no segundo respeitou a regra que proíbe começar
frase com pronome átono.
– o primeiro trecho representa um registro menos formal
de colocação do pronome do que o segundo.
3 Lembrar-me-ei (de) que havia uma pedra no meio do ca-
minho. ou Lembrar-me-ei (de) que uma pedra existia no
meio do caminho.
4 B
5 O título “A Classe” estabelece uma ambiguidade pois pode
ser interpretado tanto como uma referência à classe social,
no caso a classe média, quanto como uma referência a um
padrão de comportamento esperado.
6 Veja:
1) “(...) a ponto de a classe média brasileira ser hoje classi-
ficada pelas Nações Unidas como uma espécie em ex-
tinção, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde.”
2) “(...) – só uma determinada parcela da classe média
poderia ser abatida durante uma temporada – (...)”
7 Porque o uso do pronome oblíquo “certo”, isto é, de acor-
do com a norma gramatical, poderia ser interpretado como
uma incapacidade de o falante se ajustar ao novo grupo,
mantendo-se numa posição de destaque em relação aos
demais. “– Já viram ela num ônibus?”
8 a) Seria bom que todas as escolas tivessem o mesmo ní-
vel de qualidade. Aí todos os alunos teriam as mesmas
oportunidades.
b) Não deixe a bicicleta aí, porque atrapalha a passagem.
9 Garçom, traga uma média, por favor.
10 A preservação natural da classe média brasileira evitaria
coisas constrangedoras como a recente reunião da classe
realizada em São Paulo. A essa reunião, de vários pontos
do Brasil, compareceram dezessete pessoas.
11 a) Jatene, utilizando um registro mais formal, produz um
tom solene e distanciado. FHC, utilizando um registro
informal, produz um efeito de intimidade.
b) FHC utiliza o pronome fora do padrão estabelecido na
norma culta, como sinônimo de “com você”.
c) Uma coisa é “tornar possível o necessário”, como diz
FHC, outra é “tornar o possível necessário”, como diz
Jatene.
12 E
13 seu: paciente (usuário) da medicação. Por se tratar de um
remédio manipulado, é nome do usuário que deve constar
no rótulo do produto.
14 “... pôr em confronto essas ideias...” = pô-las em confronto;
“... avaliar melhor o peso dessas ideias...” = avaliar-lhes
melhor o peso; avaliar melhor o peso delas; “... que vem
regendo as mesmas ideias...” = que as vem regendo ou
que vem regendo-as.
15 a) O termo “nosotros” contém o traço de sentido da
“alteridade” (“alter”, em latim, significa “outro”),
uma vez que resulta da combinação de “nós” com
“outros”: reconhecer a existência do outro, segun-
do o texto, é desfazer a “quase barreira que separa”
os diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de
inclusão.
b) Em “Nós brasileiros falamos português”, o “nós” se
refere exclusivamente aos brasileiros, falantes do por-
tuguês. O “nós”, nesse caso, exclui os que não são bra-
sileiros.
16 a) O título do curta-metragem vale-se de um jogo de
palavras entre o sobrenome de Miécio – Caffé, um
substantivo próprio – e o substantivo comum café. Essa
paronomásia sugere a informalidade, a intimidade da
abordagem pretendida no filme.
b) O pronome possessivo sua, na expressão sua obra,
pode ter como referência a obra de Miécio Caffé, a
marchinha de Malfitano e Frazão e até mesmo a obra
do cantor Orlando Silva.
c) As partículas que ocorrem no texto da seguinte forma:
em “que raiva danada” – o que é um pronome indefini-
do que funciona como um intensificador do substantivo
raiva, exercendo função sintática de adjunto adnominal;
em “que eu tenho” – é um pronome relativo cujo an-
tecedente é raiva danada e, portanto, um anafórico,
introduzindo oração subordinada adjetiva (restritiva);
em “que não me deixa ser original” – é pronome relati-
vo cujo antecedente é povo e, portanto, um anafórico,
introduzindo oração subordinada adjetiva (explicativa).
d) Tanto a expressão músico baiano como cineasta
paulistano são elementos de coesão referencial por
expansão lexical, retomando respectivamente os termos
Caetano Veloso e Carlos Adriano.
17 a) A primeira estrofe se refere ao tempo, que inexoravel-
mente “passará”, “tem passado” e que “passa com sua
fina faca”. A expressão “fina faca” remete à morte, já
associada ao tempo no título. O sentido de absoluto
relacionado à passagem do tempo e à morte é refor-
çado pela reiteração do verbo “passar”. Apresentado
no futuro do presente, refere-se a algo que necessaria-
mente acontecerá. Já no pretérito perfeito composto do
indicativo, com aspecto durativo, traduz a ideia de ação
contínua, de algo que tem ocorrido com frequência.
Por fim, no presente atemporal ou epistêmico, retrata
o tempo que sempre passa, sem exceções, absoluto.
b) “Fecha feridas, é unguento. / Mas pode abrir a tua
mágoa / Com a sua fina faca.”
O pronome sua, de terceira pessoa, refere-se ao tempo.
O pronome tua, de segunda pessoa, refere-se ao re-
ceptor ou enunciatário do texto, em outras palavras, o
leitor.
18 a) O pronome “você”, que é utilizado normalmente para
designar o interlocutor, na frase dada apresenta um re-
ferente genérico, incluindo até mesmo quem está falan-
do. Esse uso do pronome é próprio de uma variedade
informal, em que se pretende criar um efeito de sentido
de intimidade, de proximidade entre os interlocutores.
b) Sem dúvida, o trecho “como se você fosse uma em-
pregada” pressupõe discriminação social, por sugerir
que aquilo que uma empregada fala não é digno de
atenção.
19 a) Uma sugestão de resposta seria: Atualmente, quando a
obesidade mórbida atinge índices alarmantes, atribui-
-se àqueles que adotam um estilo de vida sedentário
e hábitos alimentares inadequados a responsabilidade
pelo sobrepeso.
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3. GABARITO
3Pré-vestibular extensivo | caderno 2
b) Tanto faz para os microrganismos se o organismo que
lhes oferece condições de sobrevivência pertence à ves-
tal ou ao pecador contumaz. Outras alternativas de res-
posta poderiam ser as seguintes: É indiferente para os
microrganismos se o organismo que lhes oferece condi-
ções de sobrevivência pertence à vestal ou ao pecador
contumaz. Dá no mesmo para os microrganismos se o
organismo que lhes oferece condições de sobrevivência
pertence à vestal ou ao pecador contumaz.
20 C
21 D
22 B
23 a) Eu acho que vou te buscar / te
b) Construção do sujeito em terceira pessoa do plural (su-
jeito indeterminado), sem antecedente claro, apagando
um possível referente textual.
c) Exemplos:
Registro familiar Registro padrão
Não dá pra falar
muito não
Aqui tá fazendo calor
Vidrou na minha
calça Lee
Pintou uma chance legal
Um lance na capital
Tô afim de encarar
um siri
Não posso falar muito
Aqui está fazendo/faz calor
Interessou-se pela(-s)
minha(-s) calça(-s) Lee
Apareceu uma boa
oportunidade
Uma possibilidade de emprego/
trabalho na capital
Estou com vontade
de comer um siri
24 Não existe oposição entre os termos “você” e “nós”, já que
ambos os grupos são desejáveis para a produção de uma
peça publicitária. Ao contrário do que se afirma no texto
I, o texto publicitário une dois grupos que se complemen-
tam, sem estabelecer uma relação de poder entre eles.
25 Enquanto o artigo indefinido expressa uma ideia genérica
de pluralidade, sugerindo que a identidade normal repre-
senta uma entre outras identidades (uma parte do todo),
o artigo definido, delimitando o nome, sugere a ideia de
singularidade, de tal modo que a identidade normal é ca-
racterizada como um padrão único e “natural”.
26 a) O autor conclui que o poder hegemônico estabelece os
padrões sociais e identifica os grupos, conferindo-lhes
valores positivos ou negativos a partir da sua perspec-
tiva particular.
b) A identidade e a diferença estão, portanto (assim, dessa
forma), em estreita conexão com relações de poder.
27 B
No segundo quadro, o pronome pessoal “eles” é inade-
quado, pois deve ser usado para desempenhar função de
sujeito. Como o verbo “arrasar” é transitivo, o pronome
deveria ser substituído pelo pronome oblíquo “os” em fun-
ção de objeto direto. Segundo a norma padrão da língua,
a frase deveria ser substituída por “Vamos arrasá-los!”.
28 B
O professor, ao enunciar o prejuízo à saúde dos trabalha-
dores como uma consequência das mudanças das relações
laborais da sociedade atual, acrescenta um item aos que
já haviam sido apresentados anteriormente: “retrabalho,
danificação de máquinas e queda de produtividade”.
29 D
O pronome demonstrativo “isso” refere-se à expressão
mencionada anteriormente “interesse de que os estranhos
vos gabem”.
30 C
Ao usar o advérbio “muito” seguido de reticências, o autor
acentua a ironia, pois infere-se que o barbeiro não entendia
nada de cirurgias. As outras alternativas contêm afirmações
erradas: “gente” tem valor de pronome pessoal (“nos”)
com função de objeto direto, o vocativo “Homem” acen-
tua a informalidade do tratamento, “nosso” é pronome
possessivo usado com valor afetivo e “fortuna” significa,
no contexto, “destino”.
Módulo 10
1 a) A palavra que permite concluir que o fragmento apresen-
tado não é o início do texto é o pronome demonstrativo
“essa”.
Apenas com o trecho dado, não é possível determinar
a qual atividade o partido X se dedica, pois o pronome
“essa” – de caráter anafórico – só adquire sentido pleno
confrontado com um termo anterior a que faz referência.
b) A incoerência do trecho estabelece-se pela seguinte
passagem: “falta (...) de incapacidade”. Se falta incapa-
cidade ao partido, significa dizer que ele é capaz para
resolver o problema ao qual se tem dedicado.
Entre as maneiras de se eliminar a incoerência, eis duas:
Seja por falta de vontade, de vocação ou de capacidade.
Seja por falta de vontade, de vocação ou por incapacidade.
c) Entre as passagens que apontam uma postura pessimis-
ta (crítica) em relação ao partido X, pode-se destacar:
“está longe do desejado”. Essa passagem, em coesão
com “dedica-se a essa atividade mais do que nunca”,
permite concluir que o texto tem uma postura pessimis-
ta, já que a não realização de uma intenção decorreu da
incompetência, e não da falta de empenho do sujeito.
2 O técnico Carlinhos admira Fábio Baiano, que conhece
desde garoto, quando o treinou nas categorias de base.
3 Sim, pois “toda a semana” significa a semana inteira e
“toda semana”, qualquer semana.
4 a) O filme, de cujo final poucos gostaram, era de Fellini.
b) O rio Barigui, em cujas margens costumava brincar com
meus irmãos, marcou minha infância.
5 a) Segunda função.
b) Trata-se do “Natal”, expresso no título.
6 Otimista. Transformação positiva da vida.
7 a) O eu lírico, ao mesmo tempo, afirma sentir e não sentir
b) sinto muito
8 a) “Essa” se refere à segunda pessoa, e não à primeira
pessoa.
b) Estratégia de distanciamento do eu lírico
9 a) O pronome “ninguém” significa “pessoa sem impor-
tância”.
b) Se o pronome (sujeito) é anteposto ao verbo, não ocorre
a dupla negação: “Ninguém veio”. Se, porém, ele é
posposto ao verbo, a dupla negação ocorre: “Não veio
ninguém”.
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4. 4 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
10 C
11 A
12 A
13 B
14 B
15 a) qualquer
b) inteiramente
16 A
17 B
18 I. Estes são alguns dos equipamentos cuja entrada no país
não era permitida pela reserva de mercado sem autori-
zação do DEPIN.
II. Fazer pesquisa insinuando que 64% dos brasileiros
acham que existe corrupção no governo Itamar não é
um ato inteligente de um jornal que todos gostamos e
por cuja isenção é nosso dever lutar.
19 Várias opções. (Sugestão: Não encontrei esquina alguma.)
20 Amigo algum me ajudará.
21 A
22 a) Que ele, L.A.N., rasgou sua ficha de filiação ao PDT de
Brizola.
b) Que ele, L.A.N., rasgou a ficha de filiação de Brizola.
c) O leitor deve saber quem é Leonel Brizola, fundador e
principal liderança política do PDT. A partir dessa infor-
mação, percebe-se a interpretação “estranha”: alguém
rasgando a ficha de filiação de Brizola ao PDT.
23 pronome relativo (v.33) e conjunção subordinativa inte-
grante (v.36)
24 a) “Todo homem” quer dizer todos os homens ou qual-
quer homem; “homem todo” significa homem inteiro.
b) Em “Todo homem”, todo é pronome indefinido e ge-
neraliza o sentido de homem. Em “homem todo”, todo
é adjetivo e caracteriza o substantivo homem.
25 A expressão “este borrão” refere-se ao navio negreiro e a
todo o sofrimento ali imposto aos escravos. Na estrofe em
questão, remete especialmente ao verso 4, “tanto horror
perante os céus”.
26 a) Os pronomes demonstrativos demonstram a posição
de um elemento qualquer em relação à pessoa do dis-
curso, situando-o no espaço, no tempo ou no próprio
discurso. Assim, a compreensão do texto II depende da
visualização da imagem que acompanha o texto verbal,
dependência estabelecida pelo pronome demonstrativo
“este”, elemento catafórico, que antecede o que vai ser
revelado posteriormente.
b) O pronome “eles” do texto I relaciona-se, cataforica-
mente, com a expressão “animais do fundo do mar”,
transcrita posteriormente. Já no texto II, o pronome
“eles” é elemento anafórico, pois está relacionado com
o termo “filhotes”, citado anteriormente.
27 a) Em i, a palavra que é um pronome relativo – introduz a
oração adjetiva e substitui “loucura divina” nessa ora-
ção. Em ii, a palavra que é uma conjunção integrante
- serve como elo sintático, ligando as orações.
b) O Iluminismo endossou a fé na razão. Durante a se-
gunda metade do século XVII, efetuaram-se críticas,
condenações e massacres a qualquer coisa que fosse
considerada irracional.
28 a) No seu primeiro emprego a palavra se é conjunção inte-
grante, introduz uma oração subordinada substantiva e
traz o sentido de possibilidade. No segundo emprego,
a palavra se é pronome pessoal oblíquo com valor re-
flexivo.
b) Raros eram os seus pensamentos: ou rememorava as
léguas que andara/tinha andado, ou computava as que
tinha que vencer para chegar ao término da viagem.
c) O verbo encontra-se na 3ª pessoa do singular para con-
cordar com o sujeito “o Sol”.
29 a) A expressão “por que”, junção da preposição “por” +
pronome interrogativo, tem o significado de por qual
razão ou por qual motivo e é usada em perguntas dire-
tas ou indiretas. O termo “porque”, conjunção causal
ou explicativa com valor aproximado de pois, uma vez
que, é usado em respostas.
b) A expressão “por que”, por ser usada em perguntas, su-
gere a curiosidade de quem se interessa pela realidade
e busca o sentido da existência. Já o termo “porque”,
por ser usado em respostas, sugere a vaidade de quem
julga ter sempre a verdade.
30 B
Ao contrário do que se afirma em A e C, o uso do pro-
nome “se” e do verbo “ter” indica marcas de oralidade,
típicas da linguagem informal, demonstrativa do cotidiano
simples que o poema pretende retratar. Para se adaptarem
ao registro culto, recomendado pelas regras da gramática
normativa, as expressões em que estão inseridos deveriam
ser substituídas por nós vamo-nos balançar ou nós vamos
balançar-nos e não há quem não caia. Diminutivos e ex-
pressões idiomáticas não fazem parte do registro formal
da língua, usado em documentos oficiais ou sermões re-
ligiosos, o que invalida também as afirmações em D e E.
Assim, é correta a opção C, pois a grafia da palavra “veia”
reproduz a pronúncia comum em algumas regiões do Bra-
sil, o que exemplifica uma variação fonética.
31 a) Segundo o narrador, a mãe apresentava aflição e ner-
vosismo diante dos perigos que ele havia de passar. A
sequência de verbos ajuda a concretizar a imagem aflita
e ansiosa da mãe, que se movimenta de um lado para
o outro (ir e vir) e realiza várias ações (remover, coser,
futicar).
b) O período destacado é marcado pelo uso de vários adje-
tivos e locuções adjetivas, que retratam as contradições,
as variações e as ambiguidades do sentimento materno.
Exemplos: “raro”, “excepcional” e “delicado”/ “perigo-
so”, “de amor e espanto”/ “de piedade e orgulho”.
Módulo 11
1 a) Lírico e narrativo.
b) O título remete a uma visão poética de “Lixeira”, ligada
à ideia de delicadeza e ternura.
2 a) Na fala do patrão está subentendido que o empregado
não deveria cometer nenhum erro.
b) Porque apresenta uma situação, um retrato da explora-
ção de classe: o patrão espera do empregado servidão
plena e impecável.
3 a) Embora o termo tragédia aqui em nada se identifique
com o seu sentido clássico. Millôr o emprega para ca-
racterizar os 40 anos de servidão do empregado.
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5. GABARITO
5Pré-vestibular extensivo | caderno 2
b) “Meu filho”, no contexto do diálogo do patrão com o
empregado, é uma forma paternalista e condescendente
de tratamento, que põe o empregado em situação infe-
rior e sugere uma atitude protetora por parte do patrão.
4 B
5 C
6 C
7 E
8 C
9 A
10 a) Dois dentre os aspectos:
– resgate da poesia
– resgate do uso lúdico da linguagem
– divulgação da obra poética ou da produção literária
b) Dois dentre os exemplos:
Os poemas de Apollinaire em que se desenhavam ob-
jetos com os versos.
Os caligramas gregos em que se desenhava um objeto
com letras e frases.
A frase latina “Sator arepo tenet opera rotas”, que po-
dia ser lida de trás para frente, na horizontal, de cima
para baixo e vice-versa.
11 a) Duas dentre as características:
– caráter circunstancial
– uso da linguagem coloquial
– tema ligado à realidade imediata
– extensão do texto que permite uma leitura ligeira
b) Uma dentre as circunstâncias:
A crônica acompanhou a modernização da cidade e do
país, impulsionada pelo advento da República e o fim
da escravidão.
O sucesso da crônica jornalística deve-se à influência
das transformações urbanas por que passou a cidade
do Rio de Janeiro neste período.
O Rio de Janeiro, capital política e cultural do país, na
transição do século XIX para o século XX, foi palco de
um considerável aumento da produção jornalística, em
que se destacavam vários de nossos melhores escritores.
12 Função metalinguística.
Uma dentre as justificativas:
Os parágrafos explicam os significados de palavras.
Os parágrafos contêm definições de palavras por outras
palavras.
13 A
14 E
15 a) Que os não há superiores / Na cidade de Paris!
b) Duas dentre as frases:
Serviço elétrico de primeira ordem!
Um relógio pneumático em cada aposento!
Banhos frios e quentes, duchas, sala de natação, ginás-
tica e massagem!
16 a) Gênero dramático.
Um dentre os aspectos:
– ausência de narrador.
– presença de rubricas.
– predomínio de diálogos.
– personagens encarnados por atores.
– encenação dos episódios em um palco.
b) Imperativo. Função apelativa ou conativa.
17 Duas dentre as características:
– tema tratado com dignidade, sem irreverência
– vocabulário identificado com o uso da língua em situa-
ções de formalidade
– abordagem de fatos históricos, encarados sob a perspec-
tiva da coletividade
18 a) 1o
grupo: escuros, intermináveis, infinitos e profundos.
/ 2o
grupo: calmo, dócil, ingênuo e claro.
b) É tão claro! – mas turva tudo: / Já ninguém dorme tran-
quilo, / pois (porque) a noite é um mundo de sustos.
19 Tanto significa o gesto de exigir ouro e prata (busca da
riqueza) como a entrega dos punhos às algemas (privação
da liberdade).
20 O aluno deve perceber que se trata de carinhos que entre-
têm o casal de forma silenciosa.
21 O aluno deve citar e comprovar com passagens a ligação
do texto com o cotidiano (“Eu os observo por um minuto
apenas”).
22 O texto manifesta o conceito de atemporalidade.
23 D
24 C
25 B
26 a) Ivan Ângelo definiu o gênero crônica como texto que
explora a função poética para imprimir emotividade ao
relato e que, por ser normalmente publicado em jornais
e revistas, tem caráter transitório, passageiro. A per-
gunta da leitora incide sobre esta última característica,
a efemeridade (“É coisa efêmera: jornal dura um dia,
revista dura uma semana”).
b) A palavra “então” que encerra a pergunta da leitora
funciona como contestação ao que havia sido explicado
anteriormente, pois o fato de os livros terem existência
duradoura contrariava uma das características citadas
pelo autor.
Módulo 12
1 a) Tenha paciência, se obscuros. Calma, se o/a provocam.
b) Forma verbal: deres. Forma apta a substituí-la: dês.
2 a) O eu lírico passa da recusa/rejeição à proposta/reco-
mendação. Emprego de formas imperativas, negativas
e afirmativas.
b) Uma dentre as alternativas: avesso à emoção lírica:
contrário ao arrebatamento lírico incompatível com a
veemência lírica
3 a) A forma verbal é ambígua no texto de Drummond.
Apresenta os sentidos de aguardar e desejar.
b) Um dentre os versos:
• Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
• Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Em ambos os trechos, as palavras nada significam ou
comunicam, porque estão isoladas e inativas.
4 consumar
Espera que cada um se realize e conclua/ complete.
5 A
6 D
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6. 6 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
7 C
8 A
9 D
10 C
11 Primeiro argumento: Se fosse correspondente ao verbo in-
cendiar, seria “incendeia”. Segundo argumento: Como o
texto relata um fato passado, a forma verbal está no pretéri-
to imperfeito; se fosse o verbo incendiar, seria “incendiava”.
12 No caso, o verbo sugerir significa “dar sinais ou indicação
de algo. Na linguagem coloquial, o presente do indicativo
também representa o futuro, então, podemos entender
que “Lula dá sinal que eles ficarão no ministério”.
13 Procurava / pudesse.
Variação de modo.
14 a) Quem gosta de samba / bom sujeito é / é são da cabeça /
ou sadio do pé
b) Eu provim do samba / no samba convivi
15 a) “mantiam” e “ir”.
b) mantinham e for ou fosse.
c) Por contaminação da forma conheciam (“mantiam”) e
da forma intervir (“ir”).
16 a) I. “Caso o produto não seja corretamente utilizado”.
II. “Se ele contiver menos de 60% de seu conteúdo.”
b) III. As despesas de transporte ou quaisquer ônus decor-
rentes do envio do produto para troca correm por conta
do usuário.
17 O petróleo só será nosso quando a tecnologia também for.
18 Não saias daqui. Não fujas! Não abandones o que é teu e
não me esqueças.
19 No último sábado, dominou-se rapidamente o restante da
quadrilha.
20 a) Onde avanço: voz ativa; me dou: voz reflexiva; o que é
sugado ao mim de mim: voz passiva
b) Em “avanço” o “eu” é agente, em “me dou” é agente
e paciente, em “o que é sugado ao mim de mim” é
apenas o lugar em que a ação acontece.
21 a) ... como ele foi visto por mim em uma noite de luar...
b) o: objeto direto ele: sujeito
22 D
23 a) Ainda hoje, esta singela quadrinha de propaganda é
cantada no rádio por vozes bem afinadas.
b) “Novinhas em folha” justifica-se pela remissão a “de-
sabrocham”; “resplandecentes”, pela remissão a “a luz
do sol”.
24 E
25 A
Na opção A, existe uma frase em que a partícula “se” é
pronome apassivador de uma oração na voz passiva sin-
tética, sendo “um ataviado dandy”, o seu sujeito. Se o
pronome fosse eliminado (Ali vê um ataviado dandy), o
sujeito passaria a ser elíptico (ele, ela) e “ataviado dandy”,
o objeto direto do verbo ver.
26 A
São incorretas as opções B, C, D e E, pois:
B – a narrativa apresenta também discurso direto, assina-
lado com aspas o diálogo entre a raposa e o leão;
C – no excerto, os termos verbais “respondesse” e “pergun-
tasse” remetem a um fato passado, mas posterior a outro
já ocorrido, diferente de “ganhasse” que sugere hipótese;
D – o pronome pessoal oblíquo “os” remete ao termo “ani-
mais” citado anteriormente, constituindo, assim, coesão
textual anafórica;
E – o advérbio “já” denota temporalidade relacionada a
um momento no passado.
Assim, é correta apenas A.
27 a) O pronome demonstrativo “isso” pode remeter anafo-
ricamente aos estados brasileiros, Pernambuco e Cea-
rá, considerados pioneiros do forró, ou à música “Asa
Branca” que descreve a realidade do sertão nordestino.
b) Embora fosse cearense, essa foi a única canção do estilo
que o cantor gravou.
28 Os termos verbais “vede” e “está” interrompem o fato rela-
tado anteriormente nas duas primeiras estrofes do poema.
Assim, com o modo imperativo, o enunciador dirige-se aos
homens, convocando-os a olhar o Menino-Deus. Com o
presente do indicativo, o enunciador torna a cena atual e
viva, como se ela se desenrolasse diante das pessoas que
ali estão presentes.
29 Os verbos conjugados na segunda pessoa do plural (“fa-
lareis” e “sonhareis”) constituem marca linguística que
expressa a tentativa de interlocução entre o eu lírico e as
pessoas do futuro. O pronome “nós” se refere às pessoas
que vivem no presente.
Módulo 13
1 a) Se se considera “erro” o uso linguístico que não se ajusta
ao uso consagrado e nem atende às circunstâncias em
que determinado mecanismo costuma ser empregado,
então a construção “vou estar transferindo” pode ser
tida como errada, ou seja, inadequada em relação às nor-
mas vigentes. O nome gerundismo designa, com efeito,
a tendência a indicar o futuro simples por meio da cons-
trução IR + ESTAR + GERÚNDIO. O que o uso consagra
é indicar o futuro por meio do verbo IR (no presente)
infinitivo: eu vou transferir. A construção IR + ESTAR +
GERÚNDIO é legitimamente usada no contexto em que
se indica uma ação futura que será praticada simultanea-
mente a outra ação mencionada também no futuro. Por
exemplo: Amanhã, quando você estiver fazendo a prova,
eu vou estar voando para Recife. Já a construção “Ela
está falando bonito” é habitualmente usada para indicar
uma ação simultânea ao ato da fala, com tendência con-
tinuativa. O uso da locução ESTAR (presente) GERÚNDIO,
em lugar da forma simples do presente do indicativo, é
corrente e tida como normal em nossa linguagem.
b) O sufixo -ismo anexado à palavra gerúndio para for-
mar gerundismo veicula, neste caso, a ideia de tendên-
cia viciosa, mania, mau uso. O mesmo valor do sufixo
verifica-se, também, por exemplo, em consumismo,
oportunismo, modismo.
2 a) As normas de etiqueta devem ser conhecidas.
b) Deve-se ler sobre estratégias de carreira.
3 Repousa está empregado no imperativo afirmativo,
2a
pessoa do singular; viva aparece no presente do sub-
juntivo, 1a
pessoa do singular. O primeiro indica um apelo
ao destinatário, enquanto o segundo apresenta uma pos-
sibilidade em relação ao emissor.
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7. GABARITO
7Pré-vestibular extensivo | caderno 2
4 A utilização do verbo teria, no futuro do pretérito, denota
uma suposição, relativamente a um momento passado.
5 a) Eram indica tempo passado com ideia de continuidade.
A vírgula indica zeugma: omissão do predicativo do su-
jeito “deliciosos”
Adivinhara indica tempo passado totalmente realizado:
ação passada e anterior a outra. No caso, a catástro-
fe que ocorreu no narrador. A primeira forma está no
pretérito imperfeito, enquanto a segunda, no pretérito
mais-que-perfeito, ambos do indicativo.
b) Foram pode ter valor de pretérito perfeito do indicativo
ou de pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
I. Jamais a arte lhe foi tão propícia.
Jamais a arte lhe fora tão propícia.
6 a) Deve dizer, em uma ou duas frases completas, que os
verbos atacarão e tinhão aparecem com as termina-
ções, ou desinências, que pelas regras atuais indicam
futuro, embora a narrativa esteja se referindo a um tem-
po passado.
b) Havia uma hora que durava esse combate, começado
com armas de fogo; mas os Aymores atacaram com
tanta fúria, que breve tinham chegado à luta corpo a
corpo e à arma branca.
7 C
8 E
9 D
10 “... está ali enfeitando a cidade.”
O gerúndio substitui a preposição mais o infinitivo.
11 E
12 A
13 Tanto a conjunção adversativa “mas” quanto o futuro do
presente do indicativo “Será” enfatizam a dúvida e o ques-
tionamento quanto àquilo que as imagens “rebanho das
nuvens” e “arado do espaço” expressam.
OU
A conjunção adversativa “mas” indica a oposição do eu líri-
co à ideia expressa pela imagem formulada anteriormente,
no verso 19. E o futuro do presente do indicativo “Será”
é empregado para marcar a dúvida quanto àquilo que a
imagem apresentada no verso 22 representa.
14 B
15 A partir do emprego dos tempos verbais, verifica-se que, na
concepção do poema, a infância é um estado permanente
no eu lírico.
16 a) Presente: “leio velhos jornais”.
Passado: “novidades caducas”, “de novo estreantes”.
b) O presente indica ação habitual e também uma presen-
tificação do passado.
17 a) Trata-se da reprodução de uma frase tomada como ver-
dade absoluta (ou como fato do conhecimento de todos
ou como realidade imutável).
b) Duas dentre as seguintes referências feitas no texto:
– à condenação que Fabiano, ressentido, fizera dos sa-
patos
- ao fato de Sinha Vitória ter se ofendido, indicando que
ela ouvira a comparação do próprio Fabiano.
- à “opinião de Fabiano”, reafirmando sua autoria.
18 a) E eu, menos a CONHECESSE mais a AMARIA?
b) Em “sou cego”, há ideia de transitoriedade. Em “O que
é uma coisa bela?”, a ideia é de essencialidade ou per-
manência.
19 a) “Se fugir do tema, copiar o texto apresentado ou fazer
uma narração...”
b) Os verbos regulares têm o futuro do subjuntivo igual
ao infinitivo, o que não acontece com os irregulares,
como o verbo fazer, que tem a forma fizer no futuro
do subjuntivo.
20 a) É um imperativo: não furtes.
b) Toma o futuro como na definição gramatical: não fur-
tarás (amanhã), mas hoje...
21 E
22 a) I...garantisse que não haveria...
II...teria garantido que não haveria...
b) Em I, o pedido foi efetivamente feito, mas não se sabe
o que a Petrobras fará. Em II, o pedido não foi efetiva-
mente feito, mas se sabe o que a Petrobras faria se ele
ocorresse.
23 a) “até agora”, “anteontem” e os verbos no pretérito perfeito.
b) Grande tempestade atingiu o Mar Negro, provocando
o naufrágio de muitas embarcações. Até agora o mar
despejou na praia mais de 80 cadáveres, que estão sen-
do recolhidos.
c) Tem havido no Mar Negro, nos últimos anos, grandes
tempestades, provocando um número elevado de nau-
frágios.
24 E
25 a) “julgo; preciso descrevê-la; é; pode interessar” estão
usadas no presente para caracterizar acontecimentos
simultâneos ao momento da declaração, o presente.
b) “concluiu-se”; “apareceram”; “ficou” empregadas no
pretérito perfeito caracterizam fatos anteriores ao mo-
mento da enunciação que é o presente.
26 D
27 E
28 E
29 a) As formas do pretérito perfeito indicam ações pontuais,
concluídas no passado; o imperfeito indica ação em
decurso no passado. O efeito narrativo do imperfeito,
no caso, é atribuir vivacidade à ação, apresentando-a
em seu desdobramento.
b) O perfeito e o imperfeito relatam fatos; o futuro do
pretérito registra desejos, aspirações, fantasias da per-
sonagem (sinalizando, portanto, discurso indireto livre).
30 C
31 a) “repor perdas”; ...e REPUSER perdas salariais.
b) O verbo REPOR é irregular e aparece depois de verbos
regulares, confundindo o falante.
32 O pretérito imperfeito exprime um fato que não foi total-
mente concluído no momento da fala; portanto, longo,
lento. O gerúndio dá a ideia de ação verbal em curso, rei-
terando a noção de acontecimentos longos.
33 B
34 a) Sugestões: 1. Segundo o técnico, nos minutos iniciais
do jogo, um toque de bola rápido será imprimido pelos
atacantes a fim de cansar os adversários.
2. Um novo estilo de administrar foi impresso pelo atual
diretor da empresa.
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8. 8 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
b) Nos exemplos usa-se ser + imprimido, e não impres-
so, como propõe o Manual. Essa aparente contradição
deve-se ao fato de que o manual dá uma orientação
válida apenas para o verbo imprimir no sentido de es-
tampar, gravar. Nos exemplos, ele foi usado com senti-
do de produzir e infundir, o que exige terminação -ido
no particípio.
35 D
Expressões expletivas ou partículas de realce (que, é que,
foi que, era que, será que) podem ser retiradas da frase
sem que se perca o sentido original, como acontece em
“Existirmos a que (será que) se destina?”. Trata-se de uma
expressão de valor enfático, que imprime veemência à fra-
se, como se afirma em [D].
36 a) A polissemia do verbo acompanhar instaura o humor
da anedota, pois o ambulante que tocava sanfona de-
preende que a ordem “Então me acompanhe” se refere
à execução de um tema musical que deveria acompa-
nhar o canto do policial e não ao sentido mais provável:
ir junto.
b) O fiscal do “rapa” perguntou ao músico se ele tinha
licença ao que ele respondeu que não. O policial, então,
ordenou-lhe que o acompanhasse. O ambulante res-
pondeu afirmativamente e perguntou-lhe que música
iria cantar.
37 C
O gerúndio, mencionado na opção [A], indica uma ação
em andamento e não uma relação de proporcionalidade.
Também [B] é incorreta, pois “este” estabelece referência
com o que está expresso imediatamente a seguir, no mes-
mo período e parágrafo: “atingir o máximo de matizes
com um mínimo de elementos”. As afirmações em [D] e [E]
são improcedentes, pois a expressão “Oh! minha amada!”
é termo exclamativo que expressa o êxtase amoroso de
quem o enuncia e o pronome pessoal “ele” faz referência
a “teu olhar”. Assim, é correta apenas a opção [C], que
afirma ser a expressão “por fim” um articulador de dis-
curso que indica a ordem em que o assunto está sendo
abordado.
Módulo 14
1 a) Enquanto no texto 1 percebemos o eu lírico desespera-
do, implorando para ser salvo, com uma atitude de total
submissão, no texto 2 vemos o eu lírico buscando sua
salvação de forma prepotente, chegando até mesmo a
chantagear a Deus.
b) Texto 1 - verso 14
Texto 2 - versos 13 e 14
2 Primeiro momento: o eu lírico declara sua culpa e reconhe-
ce-se um grande pecador. Segundo momento: declara seu
arrependimento e busca a salvação.
3 Sugestão: Premissa 1 - recuperar um pecador é motivo de
glória para Deus.
Premissa 2 - eu sou um pecador.
Conclusão – recuperar-me é glória para Deus.
4 O gosto pelos aspectos cruéis da realidade / atração pelo
mórbido.
5 Uso de hipérboles, antíteses, hipérbatos etc.
6 A metonímia é uma figura de estilo caracterizada pela subs-
tituição de um termo por outro que lhe faça referência,
indicando uma correspondência. O soneto de Gregório
de Matos apresenta Cristo através, primeiramente, de seus
braços e, posteriormente, através de seus olhos, pés, san-
gue e cabeça.
7 E
8 D
9 a) 1a
estrofe: “medo e maravilha” (há também antítese
entre ‘velho’ e “menina”).
2a
estrofe: “lixo e brilhantes”.
b) Segundo D. Francisco Manuel de Melo, há dois amores:
o que se pode chamar paixão, que satisfaz com possuir
a pessoa amada, e o que se pode chamar propriamente
amor, que se desenvolve a partir da posse. O primeiro
é um impulso que acaba quando atinge seu objeto; o
segundo se inicia a partir do conhecimento do objeto.
10 a) Na letra da canção, a multiplicidade do amor é sugerida,
seja através de uma “enumeração caótica”, ou enume-
ração de elementos dispares (“o amor anda nos tangos,
/ no rastro dos ciganos, / no vão dos oceanos”), seja
através de elementos contíguos (“amor é trilha de len-
çóis e culpa” – causa e efeito), seja através de antíteses
(“medo e maravilha”, “lixo e brilhantes”).
b) Além dos trechos citados na resposta ao quesito an-
terior, pode-se acrescentar a seguinte enumeração de
predicados do amor: “orações, sacrifícios, tradições”.
11 a) A passagem é “...e também pode ser [que] venha daqui...”
b) “Poderá bem ser que por isto os antigos fingissem haver
tantos amores no mundo, a que davam diversos nasci-
mentos; e talvez venha daqui que ele chamamos amores;
pois se fora um só, grande impropriedade seria esta.”
12 O elemento mais marcadamente árcade, presente no tex-
to, é a valorização do campo (bucolismo). Há de se notar,
ainda, uma linguagem menos ataviada de figuras, embora
ainda marcada por certas inversões próprias do autor.
13 a) As expressões apresentadas “em paralelo” são: semea-
dor – “o que semeia”, pregador – “o que prega”, solda-
do – “o que peleja”, governador – “o que governa”.
b) Para Vieira, o nome não implica que aquele que o os-
tenta pratique a ação que lhe corresponde; por isso,
pode haver (Vieira afirma que há) muita diferença entre
o semeador e o que semeia, como entre o pregador e
o que prega, o soldado e o que peleja, o governador
e o que governa. Em outras palavras, nem sempre o
semeador, o pregador, o soldado e o governador prati-
cam as ações que fariam deles, em verdade, semeador,
pregador, soldado e governador.
14 a) O verbo reparar – “Reparai” – interrompe a argumen-
tação parenética, desenvolvida até então, para envol-
ver o leitor/ouvinte no cerne da argumentação que, no
desdobramento, irá invocar o discurso da autoridade,
inquestionável: a palavra de Cristo, revelada no Novo
Testamento.
b) Modo imperativo afirmativo, segunda pessoa do plu-
ral: “Reparai” (vós). A segunda pessoa pronominal é
exatamente a que indicia o destinatário, o receptor da
mensagem, a(s) pessoa(s) com quem se fala. Antes de
arrolar o discurso da autoridade, a “palavra de Deus”,
em abono às premissas iniciais, o orador açula a atenção
da plateia, com o apelo enfático à atenção e ao racio-
cínio do ouvinte.
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9. GABARITO
9Pré-vestibular extensivo | caderno 2
15 “Na quinta torce agora a porca o rabo” “Gabando-se a
vós, e eu fico um rei”.
16 No soneto, há oposição entre a proposta inicial de elogio
“um soneto começo em vosso gabo” e a sua realização “se
desta agora escapo, nunca mais”.
17 “O ar, que fresco Adônis de enamora”.
18 Os dois campos semânticos presentes na construção do
poema contrastam aspectos positivos e negativos: juventu-
de versus maturidade; beleza versus decrepitude; nascimen-
to versus morte; luminosidade versus sombra. Os vocábulos
representativos desses campos semânticos são aurora, sol,
dia, flor, beleza versus terra, cinza, pó, sombra, nada.
(Obs.: O candidato deverá apontar apenas uma oposição.)
19 O primeiro verso da 3ª estrofe, que traduz o carpe diem,
constitui uma consequência da perspectiva da fugacidade,
da efemeridade da vida, aspecto importante na visão de
mundo barroca.
20 a) A moda que destrói o corpo e a alma de quem a segue.
/A consciência da destruição pela vaidade elevará o in-
divíduo até Deus.
b) Um dentre os contrastes:
Vida e morte;
Juventude e velhice;
Essência e aparência.
21 a) “Do alto penteado ao rubro artelho”
b) “Cor fingida” Associa-se à ideia de falsidade, aparência
ou superficialidade.
Módulo 15
1 A primeira estrofe funciona como uma espécie de intro-
dução das demais, situando o tema e o espaço a serem
analisados nos próximos versos.
2 No trato carinhoso dos pais para com seus filhos.
3 a) Ao estilo rebuscado da literatura barroca.
b) “Inutilia truncat”
4 O aluno deve destacar a necessidade de aproveitar a vida
(leve filho alegre salta) enquanto não chega a velhice (velho
cordeiro está deitado).
5 Sim, a configuração de natureza apresentada é típica do
estilo árcade, pois os elementos naturais aparecem como
objetos de ornato e repouso; a natureza funciona apenas
como um cenário, não participando dos sentimentos das
pessoas.
6 O uso de pseudônimos, comum também na Europa, serve
a uma espécie de fingimento poético, necessário à veros-
similhança da poesia bucólica. O pseudônimo fazia com
que os poetas, urbanos e engajados, mergulhassem no
universo campestre, simples e harmônico.
Ex.: Cláudio Manuel da Costa – Glauceste Satúrnio; Tomás
Antônio Gonzaga – Dirceu; Basílio da Gama – Termíndio
Sipílio.
7 C
8 C
9 E
10 Privilegia-se a temática religiosa, como sugere o próprio
título “Elegia”. São traços típicos do Barroco: a poética
do Conflito, o apelo constante à divindade “meu Deus e
meu conflito”, a visão pessimista “espelho de projeto não
vivido”, o gosto pelo mórbido... “Eis que assisto / O meu
desmonte palmo a palmo...” e a antítese “... o tempo novo
me anuncia e nega”.
11 O estilo Barroco é caracterizado no texto pelo cultismo pre-
sente no jogo de palavras no uso de figuras de linguagem
(metonímia – “... Braços sagrados...”, “... Cruz sacrossan-
ta...”) e pela forte presença do elemento religioso.
12 a) Arcadismo.
b) Romantismo.
13 São traços típicos do Arcadismo: o bucolismo – valorização
da vida campestre e dos cenários naturais – e o pastoralismo.
14 a) O poeta árcade escreve de “janelas fechadas” porque
valoriza temas extraídos da cultura greco-latina em de-
trimento do movimento da Conjuração Mineira, marco
decisivo do Arcadismo no Brasil.
b) A temática do “carpe diem” (colhe o dia) revela a preo-
cupação com a efemeridade dos valores terrenos “tudo
passa”.
15 a) O poema exemplifica: 1) o bucolismo típico da poesia
árcade, com descrição estereotipada de elementos da
natureza; 2) a linguagem simples, sem a sobrecarre-
gada ornamentação barroca; 3) o desenvolvimento de
um motivo clássico: o poeta dotado de poderes sobre-
-humanos.
b) 1) “cristalino rio”, “úmidas ribeiras”, “brancas ovelhas”,
“bárbaras penhas”; 2) “Sobre uma rocha sentado/Ca-
ladamente se queixa”; 3) “Aquele, que muitas vezes /
Afinado a doce avena (instrumento de pastor), parou
as ligeiras águas. / Moveu as bárbaras penhas”.
Módulo 16
1 Os elementos de sensualidade – “sem gozar de leve”, “se-
minua”, “róseo corpo”, “a mão no seio” – correspondem,
no plano da imaginação a uma compensação erótica da
carência física de que se ressente o poeta.
2 O condoreirismo é uma tendência que se manifestou no
último período do Romantismo, sob a influência principal
do poeta francês Victor Hugo. Caracteriza-se, no estilo,
pelo tom declamatório, pleno de imagens que evocam
elementos grandiosos do universo. No texto, temos vários
exemplos disso, como os versos 2, 3 e 4. Quanto ao tema,
caracteriza-se por abordar assuntos políticos, pregando
reformas sociais, criticando as desigualdades e falando em
nome do povo. A 2a estrofe inteira, no trecho transcrito, é
um exemplo cabal dessa característica.
3 Não há no sujeito a marca do egocentrismo, como sugere
o próprio título “Contranarciso”, pois “o outro que há em
mim é você.”
4 a) O título “Romantismo” se justifica pela poética da
emoção, pelo gosto do noturno “noite de Lua” e pela
valorização da natureza “entre o mar e as estrelas”.
b) Impossível. As flexões verbais na última estrofe carac-
terizam fatores hipotéticos e condicionais.
5 Não segue integralmente, pois, no último parágrafo, atri-
buem-se à infância traços negativos, que desmitificam sua
imagem de passado idealizado a que se desejaria retornar.
6 Sim, segue, pois a relação entre o homem e a natureza é
apresentada de forma idealizada, já que, no texto, a natu-
reza é lugar paradisíaco de experiências positivas.
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10. 10 Pré-vestibular extensivo | caderno 2
7 B
8 D
9 Os românticos supervalorizam os elementos naturais,
procurando, assim, marcar a nação brasileira. ou A visão
romântica é ufanista, procurando valorizar a nação inde-
pendente.
10 Abundância de adjetivação, tom retórico, exclamativo.
11 Nesses versos, o passado é idealizado (tem valor positivo),
e o presente é desvalorizado (assume valor negativo). Os
adjetivos que exemplificam essa recriação da ambiência
romântica são “apagadas” e “merencória” para o presente
e “áureos” e “épicos” para o passado.
12 Nos tercetos do poema, o sujeito é definido como um
ser acentuadamente idealista, sonhador, passional, arre-
batado, sentimental, combativo, aventureiro, heroico. No
primeiro terceto, os substantivos que definem o sujeito
de acordo com a perspectiva romântica são “campeão”,
“trovador” e “herói”.
13 D
14 E
15 A
16 O amante se dirige à mulher dos seus amores, consideran-
do o fato de amá-la ser um bem maior que ser o próprio
Deus. Desse modo, confirma-se a tendência romântica de
valer-se da religiosidade mais como recurso para aumentar
a expressividade do texto e dos anseios do poeta que como
doutrina filosófica.
17 E
18 A
19 A
20 Para Gonçalves Dias, a forma de um poema não pode ser
convencional, pois deve servir somente à inspiração. Trata-
-se da estrutura tipicamente romântica da poesia, marcada
sobretudo pela liberdade. Essa liberdade marca a passa-
gem do século XVIII ao século XIX, com a Revolução Fran-
cesa, a propagação das ideias iluministas e a independência
de colônias como o Brasil.
21 É o subjetivismo, aliado à inspiração e à impressão do mo-
mento.
22 A índia é desprezada pelos seus pares por ter características
físicas de uma europeia.
23 “Eu vivo sozinha”/“a quem nas direi?”/há outras possibili-
dades.
24 Não, por um lado ele se apresenta preconceituoso, sem
as atitudes nobres que o caracterizariam. Por outro, há
superioridade dos elementos indígenas sobre os euro-
peus.
25 B
26 D
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31 E
32 D
AnoTAÇÕES
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