Este documento discute o Parnasianismo, Simbolismo e Pré-Modernismo na literatura brasileira. Resume os principais movimentos literários, incluindo suas características estilísticas e temáticas, e fornece exercícios sobre esses períodos.
Ensino medio livre_edicao_2012_unidade_01_gramatica
2º literatura
1. Literatura
parnasianismo, simbolismo e pré-modernismo
1
Capítulo 1Parnasianismo e Simbolismo
Conexões
Espera-se uma troca de ideias sobre hábitos de leitura e,
com isso, um contato com as motivações e desmotivações
para tal hábito. Com base nisso, deverá ser redigido um
artigo em que os aspectos positivos e negativos das
práticas de leitura escolar sejam colocados lado a lado
com as preferências de leitura individuais.
Exercícios complementares
5. c
II. O Parnasianismo valoriza o esteticismo e o culto da
forma.
6. a) O que esses dois poemas apresentam em comum são a
subjetividade e o pessimismo. Eles não seguem as
propostas parnasianas, pois neles o apuro da forma não
coibiu o transcurso das emoções; insinua-se um clima de
sugestões vagas e subjetivas. Esses recursos são
temas que marcarão fortemente a escola simbolista.
b) Nos quartetos, o poeta apenas descreve uma situação: o
voo das pombas. Nos tercetos, a subjetividade se faz
presente, já que o poeta compara o voo das pombas com
os sonhos que se perdem após a juventude.
c) O tema central desse poema é a relação entre a
verdade e a aparência / o que se mostra ser e o que
realmente se é.
“Ver através da máscara da face…”
“Em parecer aos outros venturosa.”
11. c
Muito embora os movimentos apresentem aproximações
estilísticas, os textos têm finalidades distintas. Enquanto
o texto 2 é emotivo e lírico, procurando comover o leitor,
o texto 1 é persuasivo, procurando convencer o ouvinte
sobre seus ensinamentos.
12. a) Descritivismo minucioso (poesia-pintura); presença de
rimas “ricas” ou antigramaticais (“serrania”, substantivo /
“sombria”, adjetivo / “ventania”, substantivo / “fria”,
adjetivo; “de leve”, locução adverbial / “de neve”,
locução adjetiva); tentativa de “chave de ouro” para
encerrar o soneto (ver o último verso).
b) Clima de mistério; imagens e sonoridade sugestivas; gosto
do macabro.
Tarefa proposta
1. b
2. As demais alternativas não procedem, a saber: no Parnasia-
nismo, a técnica é mais relevante que a inspiração, o nome
do movimento faz alusão ao monte Parnaso, sua poesia é
marcada pelo descritivismo e preciosismo vocabular, e é
separado do Barroco por séculos.
2. b
A alternativa é a única que satisfaz as premissas do
movimento.
3. c
A terceira assertiva é falsa, pois o Parnasianismo, embora
convivesse com a arte realista, não possuiu qualquer
compromisso ideológico ou de caráter social, primando
pelo isolamento do poeta das questões mundanas. Daí a
“arte pela arte”.
4. e
Todas procedem.
5. F – V – V – V
I. A assertiva menciona “economia vocabular”, que não
corresponde ao Parnasianismo. O poema, por sua vez, não
apresenta revalorização da mitologia.
6. a
Confirma-se pela expressão “dobrada / ao jeito do
ourives”. Ou seja, busca-se com afinco a perfeição formal
na “oficina” para que o poema pareça perfeito.
7. c
O poema não sugere o amor irrealizado, e sim as
dificuldades e contradições entre forma e conteúdo na
linguagem.
8. c
II. A alternativa é incorreta, pois a temática parnasiana
não contemplava com especial atenção a questão
sentimental e amorosa, tampouco houve espaço para a
valorização de uma musa inspiradora ou alusão à
natureza brasileira como cenário.
9. As reticências criam no texto um clima de imprecisão ou
vagueza, que aumenta o poder de sugestão.
10. Ao descrever a “última flor do Lácio”, ou seja, a língua
portuguesa, como “esplendor” (segundo verso) e “ouro
nativo”, o poeta exalta o código, que lhe permite escrever
seus textos, os quais apresentam uma forma preciosa,
primorosa.
11. A obra literária que inicia o Simbolismo em Portugal é
Oaristos, de Eugênio de Castro. Na obra, há predominância
do decadentismo, e o poeta faz uso de palavras que não
são frequentes no cotidiano.
12. c
Os dois escritores representantes do Simbolismo no
Brasil foram Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens.
3. 2
13. c
I. A alternativa é incorreta, pois a forma do soneto não
tem qualquer compromisso com a expressão clara das
emoções representadas.
II. A alternativa está incorreta porque a poesia simbolista
tem como uma de suas principais características a
presença de sinestesias, que são sensações que convivem
em uma mesma expressão.
14. a
A alternativa enumera corretamente a sequência.
15.a) As características simbolistas presentes são: a
musicalidade, o decadentismo, as letras maiúsculas
alegorizantes.
b) A musicalidade é obtida principalmente pela repetição
das vogais “a”, “e” e “o”; o decadentismo é evidente na
última estrofe; as letras maiúsculas alegorizantes nas
palavras “Cordeiro” e “Pomba”.
16. a
Observe-se a sucessão de termos semelhantes para impingir
a ideia de claridade contidos, sequencialmente, nos três
últimos versos.
17. Soma = 22 (02 + 04 + 16)
A assertiva (01) é incorreta, pois menciona uma linguagem
objetiva. A afirmativa (08) menciona os temas do cotidiano
e as palavras e expressões comuns como pertencentes
ao Simbolismo.
18. d
Única alternativa em que não se localizam repetições de
fonemas.
19. Soma = 15 (01 + 02 + 04 + 08)
A (16) está incorreta, pois, embora os simbolistas fizessem
uso do Impressionismo, não valorizavam o gosto burguês,
tampouco optavam pela temática nacionalista. Ao
contrário, optavam por um distanciamento das questões
cotidianas, evitando assim “contaminar” suas composições
com aspectos do real.
20. a) O texto de Cruz e Sousa explicita duas características
notórias do Simbolismo: a musicalidade e o “cruzamento
de sensações”, a sinestesia. A exploração das
propriedades sonoras da palavra, o trabalho com a
harmonia musical, por meio do emprego intensivo de
aliterações, coliterações, ecos, assonâncias, é o que
resulta da proposta: “O vocábulo pode ser música ou
pode ser trovão, conforme o caso”, dentro da concepção
simbolista que se entronca na tradição verlaineana de
la musique avant toute chose. A exploração intensiva
das sinestesias, das sensações simultâneas,
harmonizadas no mesmo ato da linguagem, fica evidente
na passagem: “e é preciso uma rara percepção estética,
uma nitidez visual, olfativa, palatal e acústica,
apuradíssima, para a exatidão da cor, da forma e para a
4. sensação do som e do saber da palavra” dentro da
“teoria das correspondências” que Baudelaire postulava
no célebre soneto “Correspondences”. Cruz e Sousa
alude ainda à “percepção estética”, colocando-se além
do sensorialismo positivista, que informou a estética
realista.
b) Ao relacionar ao escritor os atributos do “psicólogo”,
voltado para o conhecimento da alma, da “psiquê”
humana, do artesão (“miniaturista”) e do “pintor”, Cruz e
Sousa postula que a arte deve ser a transfiguração, a
(re)criação da natureza, na qual o escritor infunde seu
estilo, concebido mais como disciplina (“saber apertar a
frase no pulso, domá-la, não a deixar disparar pelos
meandros da escrita”) do que como impulso, o que revela
o débito do poeta para com a preceptiva clássico-
parnasiana, e o quanto ele se afastou da vertente mais
“delirante” e neorromântica do Simbolismo.
Parafraseando: o poeta (à maneira dos pintores
impressionistas) gradua a luz, esbate as formas e
transfigura artisticamente a paisagem. Vale observar
que a teoria poética de Cruz e Sousa, expressa no
fragmento transcrito e ratificada em muitas outras de
sua autoria, é uma mescla sui generis da teoria
simbolista com a formação científica de base
naturalista e com o formalismo residual dos
parnasianos. “Cada palavra é como que um tecido do
organismo do período” — é notória a aproximação entre
linguagem e biologia: a palavra está para o período como
o tecido está para o organismo. O parentesco com o
Parnasianismo está na reafirmação da poesia como fruto
da elaboração, do esforço intelectual do “saber
apertar a frase no pulso, domá-la…”, negação explícita
da “poesia de inspiração” dos românticos.
Capítulo 2 Pré-Modernismo
Conexões
O objetivo desta atividade é promover a reflexão e o
debate acerca de questões como a intolerância e a
violência diante das diferenças, que se manifestam no
preconceito e na discriminação às minorias étnicas, sociais,
culturais e de gênero, até mesmo no ambiente escolar.
Exercícios complementares
5. c
O Parnasianismo abarcou um elevado número de poetas, e
seus princípios estéticos dominaram por muito tempo a
vida literária do país, praticamente até o advento do
Modernismo em 1922.
6. Para Policarpo Quaresma, um patriota exacerbado que se
dedica aos estudos de tudo o que se relaciona ao Brasil,
a língua portuguesa é emprestada, e nós, os brasileiros,
deveríamos falar o tupi-guarani, o verdadeiro idioma
nacional.
6. 3
12. a) A precisão matemática 3. V – V – V – F – V – V – F – V – V
pode ser observada no IV. A assertiva é incorreta,
rigor formal que pois, segundo o texto, os
estrutura o poema: a seguidores de
forma clássica do Conselheiro, ao
soneto (14 versos, dois adaptarem-se a Canudos,
quartetos, dois tornaram-se uma massa
tercetos); e métrica e inconsciente e bruta.
rimas regulares VII. Esta assertiva também é
(predominância de versos incorreta, pois não é
decassílabos; nos possível considerar o
quartetos as rimas grupo de Conselheiro
obedecem ao esquema como organizado, do ponto
ABBA — rimam as últimas de vista ideológico, em
palavras do primeiro e torno de uma reação para
quarto versos e as do com o golpe que derrubou
segundo e terceiro o império. Suas razões
versos — e nos tercetos, eram múltiplas e difusas.
o esquema é AAB). 4. a) Sim. Nota-se como, para
b) O poema faz uso de ter o filho, Maria age
palavras e expressões instintivamente: procura
do campo semântico da um lugar afastado
matemática (“algarismos”; (supostamente seguro) e,
“silogismos”; “aritmética”; agonizando, sozinha tem a
“progressão dos números sua “cria”. Além disso, o
inteiros”; “Pitágoras”) e da narrador mostra a cena
biologia (“Tíbias, atroz dos porcos
cérebros, crânios, rádios devorando o filho dela
e úmeros”). O emprego de assim que nasce.
termos técnicos b) Sem dúvida, já que, com um
racionaliza a morte, filho, ela não interessa
tratada como realidade tanto aos patrões. É como
objetiva, quantificável, se eles pudessem ter
sem mistificação. Tal prejuízo com uma criada
perspectiva contrasta que passasse a ter um
com o sentimentalismo e dependente.
subjetivismo da tradição 5. e
romântica, que idealiza a
O humor e a ironia são
morte como evento
marcas de suas obras.
transcendental.
6. d
Tarefa proposta A caricatura mencionada pode
ser conferida nos dois
1. c
últimos parágrafos do
Muito embora o tom
texto, em que se afirma o
coloquial contribua para a
delírio ufanista de
construção dos tipos
Quaresma.
suburbanos e para o
7. F – V – V – V
humor e a ironia, não se
I. A assertiva é falsa. É
trata de linguagem
preciso reler o resumo
descuidada.
presente na teoria (ou o
2. c
romance) e constatar que
Trata-se do único traço em
Quaresma não reconhece
comum entre os autores.
7. a inutilidade de sua vida pancada, / A sucessividade
quando está internado no dos segundos, / Ouço, em
hospício e que não morre sons subterrâneos, de Orbe
por lá. Após ter alta, oriundos, / O choro da
muda-se para o sítio Energia abandonada! / — O
Sossego e prossegue com cantochão dos dínamos
seu projeto ufanista. profundos, / Que, podendo
8. a) A temática da terra, mover milhões de mundos, /
com suas especificidades Jazem ainda na estática do
e mazelas, como a Nada!”), não é possível
cultura de exaltar os localizar nenhuma
estrangeiros e onomatopeia (imitação de
desprezar e som com fonema ou
desrespeitar os próprios palavra), o que invalida a
brasileiros. alternativa.
b) “Pobre terra da 13. Sinestesia semelhante
Bruzundanga!” Aliteração, ocorre em “… gemido
com a repetição do som aveludado, lilás…” em que
“r”. se notam sensações
9. a) Esses elementos auditivas, táteis e visuais.
podem ser encontrados Outro exemplo é
na seguinte passagem: “sonorização dolente”, em
“Comida sempre havia, e que se têm as sensações
quando era sábado, sonoras e táteis.
véspera de domingo, ah! 14. Dentre os numerosos
meu sinhô, tambor velho exemplos, temos “historia”
roncava até de (paroxítonas terminadas em
madrugada…” ditongo são acentuadas,
b) Para o velho, no por isso o correto é
trabalho escravo, havia “história”) e “invios”, cuja
solidariedade (“tudo de regra é a mesma, portanto
parceria”), a forma correta é “ínvios”.
companheirismo (“a gente
15. b
trabalhava junto”).
A obra adulta de Monteiro
10. a apresenta como principal
A obra de Coelho Neto não característica a exposição
se enquadra nas das razões por ele
proposições apontadas, apontadas para o atraso
mantendo-se no estilo das no desenvolvimento do país.
escolas precedentes. Para isso, ambienta suas
11. e narrativas
Pode-se confirmar com o
verso “A mão que afaga é a
mesma que apedreja”.
12. d
Ainda que o aluno não
saiba o que são sons
nasais, que podem ser
localizados e
interpretados como
alusões ao lamento no
poema (exemplo: “Triste, a
escutar, pancada por
8. em localidades castigadas pelas más condições
sociais e econômicas e cria personagens que
representam a problemática social de seu tempo.
16. c
A alternativa não menciona qualquer informação
presente na afirmação de Bosi. Ao contrário,
concentra-se em autores e dados que não
pertencem ao Pré-Modernismo e, portanto, não são
reconhecidos pelos alunos, de modo que é a única
assertiva possível.
17. b
III. A assertiva é incorreta, pois, em suas obras,
Lima Barreto retrata o cotidiano dos subúrbios
do Rio de Janeiro, e não das regiões que cultivam
cana-de-açúcar no interior fluminense.
18. b
Graça Aranha aborda a imigração alemã em Canaã,
Lima Barreto aborda os costumes urbanos em
Triste fim de Policarpo Quaresma e Monteiro
Lobato retrata o universo rural em Urupês e
Cidades mortas.
19. b
Todas as assertivas são características da obra
de Simões Lopes Neto, conforme se pode conferir
no item “Outros autores” da teoria.
20. e
Entre outros problemas do enunciado da
alternativa, o mais facilmente reconhecível é a
autoria do conto “Negrinha”, que foi escrito por
Monteiro Lobato.
4