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Instrumento do
pensar: a lógica
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
A lógica
 Em sentido amplo, entende-se por lógica a investigação da
estrutura da argumentação válida.
 O primeiro filósofo a organizar a lógica de forma
sistemática foi Aristóteles. Com esse filósofo grego, inicia-se
a chamada lógica clássica, que permaneceu incontestada até
o século XIX, quando Frege deu início à lógica simbólica.
Na imagem, A escola de
Aristóteles, detalhe do afresco As
quatro faculdades, de Gustav
Adolph Spangenberg, século XIX.
Por mais de dois mil anos, estudar
lógica significou estudar
essencialmente Aristóteles.
ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
Lógica clássica: definições
 O argumento, ou raciocínio propriamente dito, é o
encadeamento de proposições que conduzem a uma
conclusão (inferência).
 As premissas são proposições que conduzem logicamente
à conclusão.
 O termo (conceito) é uma palavra ou expressão.
 A proposição (juízo) é a frase em que o sujeito e o
predicado se negam ou se afirmam um ao outro.
 As proposições podem ser classificadas, quanto à
qualidade, em afirmativas ou negativas. Do ponto
de vista da quantidade são gerais (total ou universal)
ou particulares e singulares.
 O predicado de uma proposição pode ter extensão total
ou particular. Os termos do sujeito e do predicado se
combinam de maneira a assumir a forma universal
ou particular.
 No exemplo “Todo mineiro é brasileiro” (Todo M é B), o
termo “mineiro” é total porque se refere à totalidade dos
mineiros e o predicado “brasileiro” é particular porque se
refere à parte dos brasileiros que é mineira.
 Os princípios da lógica são: identidade, não contradição
e terceiro excluído.
Lógica clássica: definições
Lógica clássica: definições
 O quadrado de oposições permite classificar as proposições
segundo a qualidade e a quantidade. Por essas combinações
podemos saber se as proposições são verdadeiras ou falsas
com base nas seguintes relações: contrárias, subcontrárias,
contraditórias e subalternas. Por exemplo, quando estamos
diante de duas proposições contraditórias, uma deverá ser,
necessariamente, verdadeira, e a outra, falsa.
 O silogismo é um tipo de argumentação proposto por
Aristóteles que se tornou clássico. Compõe-se de um termo
médio (que se repete nas premissas), um termo maior
(o predicado da conclusão) e um termo menor (o sujeito
da conclusão).
 O silogismo possui oito regras bastante rígidas quanto
a sua validade. São válidos os argumentos cuja conclusão
decorre logicamente das premissas (não importando se elas
são verdadeiras).
Lógica clássica: definições
 Tipos de argumentos: Há três tipos tradicionais de
argumentos: a dedução, a indução e a analogia.
 A dedução parte de (pelo menos) uma proposição geral
para chegar a uma conclusão que pode ser geral ou
particular.
 A indução parte de diversos dados singulares constatados
para chegar a proposições gerais.
 A analogia, ou raciocínio por semelhança, é uma indução
parcial em que se passa de alguns fatos singulares para
uma conclusão singular ou particular.
 A falácia é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter
aparência de correção. As falácias podem ser formais
(quando contrariam as regras da inferência válida) e não
formais (quando decorrem de premissas que não
estabelecem a conclusão; podem ser de vários tipos).
Lógica clássica: definições
Argumento, pintura de
Rudolf Bergander, 1961.
Argumentar não é apenas
persuadir psicologicamente
o outro a respeito de
nossas posições, mas
respeitar o rigor e a
correção do raciocínio.
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Lógica simbólica
 A lógica simbólica surge no
século XIX e tem Gottlob
Frege como principal
representante.
Gottlob Frege, matemático e filósofo
alemão, é considerado o fundador da
lógica matemática moderna.
ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
Lógica simbólica
 A lógica simbólica ou matemática desenvolve uma
linguagem técnica artificial bem mais ampla e precisa que
a utilizada pela lógica tradicional. Divide-se em cálculo
proposicional e cálculo de predicados.
 Na lógica proposicional, símbolos representam as
proposições e as conexões que se estabelecem entre elas:
negação, conjunção, implicação e equivalência. Tabelas de
verdade são usadas para identificar os valores de verdade
e falsidade das proposições e assim saber se o argumento
é válido ou não.
 A lógica de predicados envolve os quantificadores
(universais e existenciais), que se expressam pelas palavras
“qualquer”, “todo”, “cada”, “algum”, “nenhum” e “existe”.
A vantagem é poder expressar uma rica variedade de
estruturas lógicas inexistentes na lógica clássica.
FILOSOFAR COM TEXTOS:
TEMAS E HISTÓRIA DA
FILOSOFIA
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Cláudia Fernandes
Elaboração: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Renato dos Santos Belo
Edição de texto: Samir Thomaz
Preparação de texto: José Carlos de Castro
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Camila D'Angelo, Marcia Mendonça, Angelita Cardoso e Denise Durand Kremer
EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional
Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Peixoto
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin
Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres
Revisores: Diego Rezende e Ramiro Morais Torres
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados.
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A lógica: definições e tipos de argumentos

  • 1. Instrumento do pensar: a lógica FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
  • 2. A lógica  Em sentido amplo, entende-se por lógica a investigação da estrutura da argumentação válida.  O primeiro filósofo a organizar a lógica de forma sistemática foi Aristóteles. Com esse filósofo grego, inicia-se a chamada lógica clássica, que permaneceu incontestada até o século XIX, quando Frege deu início à lógica simbólica. Na imagem, A escola de Aristóteles, detalhe do afresco As quatro faculdades, de Gustav Adolph Spangenberg, século XIX. Por mais de dois mil anos, estudar lógica significou estudar essencialmente Aristóteles. ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
  • 3. Lógica clássica: definições  O argumento, ou raciocínio propriamente dito, é o encadeamento de proposições que conduzem a uma conclusão (inferência).  As premissas são proposições que conduzem logicamente à conclusão.  O termo (conceito) é uma palavra ou expressão.  A proposição (juízo) é a frase em que o sujeito e o predicado se negam ou se afirmam um ao outro.
  • 4.  As proposições podem ser classificadas, quanto à qualidade, em afirmativas ou negativas. Do ponto de vista da quantidade são gerais (total ou universal) ou particulares e singulares.  O predicado de uma proposição pode ter extensão total ou particular. Os termos do sujeito e do predicado se combinam de maneira a assumir a forma universal ou particular.  No exemplo “Todo mineiro é brasileiro” (Todo M é B), o termo “mineiro” é total porque se refere à totalidade dos mineiros e o predicado “brasileiro” é particular porque se refere à parte dos brasileiros que é mineira.  Os princípios da lógica são: identidade, não contradição e terceiro excluído. Lógica clássica: definições
  • 5. Lógica clássica: definições  O quadrado de oposições permite classificar as proposições segundo a qualidade e a quantidade. Por essas combinações podemos saber se as proposições são verdadeiras ou falsas com base nas seguintes relações: contrárias, subcontrárias, contraditórias e subalternas. Por exemplo, quando estamos diante de duas proposições contraditórias, uma deverá ser, necessariamente, verdadeira, e a outra, falsa.  O silogismo é um tipo de argumentação proposto por Aristóteles que se tornou clássico. Compõe-se de um termo médio (que se repete nas premissas), um termo maior (o predicado da conclusão) e um termo menor (o sujeito da conclusão).  O silogismo possui oito regras bastante rígidas quanto a sua validade. São válidos os argumentos cuja conclusão decorre logicamente das premissas (não importando se elas são verdadeiras).
  • 6. Lógica clássica: definições  Tipos de argumentos: Há três tipos tradicionais de argumentos: a dedução, a indução e a analogia.  A dedução parte de (pelo menos) uma proposição geral para chegar a uma conclusão que pode ser geral ou particular.  A indução parte de diversos dados singulares constatados para chegar a proposições gerais.  A analogia, ou raciocínio por semelhança, é uma indução parcial em que se passa de alguns fatos singulares para uma conclusão singular ou particular.  A falácia é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de correção. As falácias podem ser formais (quando contrariam as regras da inferência válida) e não formais (quando decorrem de premissas que não estabelecem a conclusão; podem ser de vários tipos).
  • 7. Lógica clássica: definições Argumento, pintura de Rudolf Bergander, 1961. Argumentar não é apenas persuadir psicologicamente o outro a respeito de nossas posições, mas respeitar o rigor e a correção do raciocínio. ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
  • 8. Lógica simbólica  A lógica simbólica surge no século XIX e tem Gottlob Frege como principal representante. Gottlob Frege, matemático e filósofo alemão, é considerado o fundador da lógica matemática moderna. ALBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
  • 9. Lógica simbólica  A lógica simbólica ou matemática desenvolve uma linguagem técnica artificial bem mais ampla e precisa que a utilizada pela lógica tradicional. Divide-se em cálculo proposicional e cálculo de predicados.  Na lógica proposicional, símbolos representam as proposições e as conexões que se estabelecem entre elas: negação, conjunção, implicação e equivalência. Tabelas de verdade são usadas para identificar os valores de verdade e falsidade das proposições e assim saber se o argumento é válido ou não.  A lógica de predicados envolve os quantificadores (universais e existenciais), que se expressam pelas palavras “qualquer”, “todo”, “cada”, “algum”, “nenhum” e “existe”. A vantagem é poder expressar uma rica variedade de estruturas lógicas inexistentes na lógica clássica.
  • 10. FILOSOFAR COM TEXTOS: TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Cláudia Fernandes Elaboração: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Renato dos Santos Belo Edição de texto: Samir Thomaz Preparação de texto: José Carlos de Castro Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Camila D'Angelo, Marcia Mendonça, Angelita Cardoso e Denise Durand Kremer EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Peixoto Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012