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Quais os resultados?
FITOTERÁPICOS
NA PRÁTICA CLÍNICA
Helena Sampaio
Curso de Nutrição
Ciclo de Atualização em Nutrição
Considerações Iniciais
 Alimento funcional
 Aquele que possui componentes que,
ingeridos como parte da dieta usual,
trazem benefícios além de suas funções
nutricionais
 Nutracêutico
 Alimento ou parte do alimento que traz
benefícios à saúde, incluindo prevenção
e/ou tratamento de doença
Chauhan et al., 2013
 Planta medicinal
 Espécie vegetal, cultivada ou não,
utilizada com propósitos terapêuticos
 Droga vegetal
 Planta medicinal, ou suas partes, que
contenham as substâncias responsáveis
pela ação terapêutica, após processos de
colheita, estabilização, quando aplicável,
e secagem, podendo estar na forma
íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada
ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
 Derivado vegetal
 Produto da extração da planta medicinal
fresca ou da droga vegetal, que contenha
as substâncias responsáveis pela ação
terapêutica, podendo ocorrer na forma de
extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e
outros
 Matéria-prima vegetal
 Compreende a planta medicinal, a droga
vegetal ou o derivado vegetal
ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
 Fitoterápico
 Produto obtido de matéria-prima ativa
vegetal, com finalidade profilática,
curativa ou paliativa, incluindo
medicamento fitoterápico e produto
tradicional fitoterápico...
ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
 Medicamento Fitoterápico
 Obtido empregando-se exclusivamente
matérias-primas ativas vegetais. É
caracterizado pelo conhecimento da
eficácia e dos riscos de seu uso, assim
como pela constância de sua
qualidade...
ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
 Produto tradicional fitoterápico
 Obtido com emprego exclusivo de
matérias-primas vegetais, cuja segurança
e efetividade seja alicerçada no longo
histórico de utilização demonstrado em
documentação técnico-científica, sem
evidências conhecidas ou informadas de
risco à saúde do usuário e que seja
caracterizado pela constância de sua
qualidade
ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
 ANVISA
 Lista de 66 fitoterápicos, com diferentes
propostas terapêuticas
 Destaque para indicações:
 Dor
 Distúrbios digestivos
 Distúrbios bronco-pulmonares
 Redução de ansiedade
ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
 Estratégias adotadas para esta apresentação
 Estudos de revisão e revisão sistemática
 Prioridade para enfoque sobre as doenças mais
prevalentes no País
Diabetes Melito tipo 2
Doenças cardiovasculares
Câncer
Obesidade
Outras
 Utilização do nome da planta ou princípio ativo
de acordo com a publicação original
 Não apresentados resultados não associados a
fitoterápicos
Quais os resultados?
Fitoterápicos
em Diabetes Melito Tipo 2
 3 revisões avaliadas
 Foram revisados estudos com plantas
com habilidade de controlar glicemia e
modular ao menos um dos seguintes
mecanismos ligados à resistência à
insulina:
 função das células 𝛽
 vias relacionadas à incretina
 (re)absorção de glicose
Chang et al. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine.
2013; Article ID 378657
 66 plantas com ação insulina-like ou
promotoras de secreção de insulina
 Um ou múltiplos alvos de ação
Inibição de absorção de glicose
Aumento da captação de glicose e up-
regulation de transportadores
Ativação do PPAR-γ
Aumento de liberação de adiponectina
Influência no metabolismo do glicogênio
Elevação de D-quiro inositol
Ação incretina-like ou estimulante de incretinas
Ativadores de receptores opióides
Anti-oxidantes
Revisão 2
El-Abhar; Schaalan. World J Diabetes. 2014; 5 (2): 176-97
 Revisão incluiu plantas e componentes
destas
 Estudos com a planta inteira ou diferentes
partes das plantas
 80 plantas testadas em animais com efeito
positivo na redução da glicemia
 23 plantas em estudos com humanos
diabéticos
 Avaliação de constituintes específicos
 Alcalóides
 Flavonóides
 Terpenos
Revisão 3
Talaviya et al. IJPSR. 2014; 5 (2): 302-19
 Mais de 600 espécies de plantas são
apontadas como tendo potenciais efeitos
antidiabéticos
 Os efeitos e mecanismos de ação
levantados na literatura tornam atraente a
busca potencial da fitoterapia no tratamento
da DM tipo 2, talvez com menos efeitos
colaterais
 Muitos deles já são de uso tradicional
 Os estudos ainda são escassos em seres
humanos
 Há necessidade de grandes ensaios
clínicos
 Há necessidade de se identificar o(s)
fitoquímicos e respectivos mecanismos de
ação diretamente relacionados ao efeito
hipoglicemiante
 Na lista de produtos regulamentados pela
ANVISA não há destinados ao DM tipo 2
Quais os resultados?
Fitoterápicos
em Doenças Cardiovasculares
Rabito; Kaye. Evidence-Based Complementary and Alternative
Medicine. 2013; Article ID 672097
Grant et al. BMC Public Health. 2012; 12, article 299
Tachjian; Maria; Jahangir. J Am Coll Cardiol, 2010; 55 (6): 515-25
Sahebkar. Clin Nutr, 2014; 33: 406-14
ALHO
 Alegativas
 Doença cardíaca
 Hipertensão arterial
 Hiperlipidemia
 Resultados
 Sem efeito sobre LDL-C, HDL-C, TGR e
CT/HDL-C após 6 meses
 Evidencia de que reduz pressão arterial em
hipertensos, mas não em normotensos
 Evidencia insuficiente de efeito sobre risco
de morbimortalidade cardiovascular
 ANVISA: hipocolesterolemiante
GINSENG
 Alegativas
 Cardioproteção
 Anti-hipertensivo
 Redução da hipertrofia miocárdica e
insuficiência cardíaca
 Resultados
 Sem efeito comprovado
GINKGO
 Alegativas
 Anti-oxidante
 Anti-hipertensivo
 Vasodilatador
 Anti-plaquetário e anti-trombótico
 Resultados
 Sem efeito comprovado nas alegativas
 Pode reduzir risco de desenvolver doença
arterial periférica
 ANVISA: distúrbios circulatórios periféricos
e insuficiência vascular cerebral
HAWTHORN
 Alegativas
 Coadjuvante na insuficiência cardíaca
 Resultados
 Confirmado
SEMENTE DE LINHAÇA
 Alegativas
 Redução de CT e LDL-C
 Resultados
 Confirmado na presença de valores já
elevados
ANTIOXIDANTES
Flavonóides, Catequinas
 Alegativas
 Prevenção primária e secundária
 Resultados
 Não confirmado
ISOFLAVONAS DA SOJA
 Alegativas
 Redução de risco CV
 Resultados
 Confirmado apenas redução de LDL-C
CURCUMINA
 Alegativas
 Cardioproteção
 Dislipidemia
 Resultados (dislipidemia)
 Não confirmado
 Comentários
 Poucos estudos (6)
 Tempo variado (7d a 6m)
 Dose variada (45mg a 6g)
 Pode haver efeitos cardioprotetores não
mediados por lipidemia
Alertas importantes
• Cuidados com interações de medicação
tradicional com fitoterápicos e entre
fitoterápicos
• Pacientes cardiopatas utilizam em média 7
medicamentos tradicionais e dois
fitoterápicos
• Pode haver 42 interações entre estes
pacientes
• Medicamentos tradicionais podem ter seus
efeitos inibidos ou amplificados,
comprometendo eficácia da terapia e
aumentando riscos de morbi-mortalidade
Quais os resultados?
Fitoterápicos em Câncer
Câncer de pulmão
• 44 espécies vegetais testadas
• 14 sem efeitos
• 5 testadas em humanos (com efeito ativo)
– Viscum album
– Chelidonium majus
– Brucea javanica
– Schisandra propinqua
– Camellia sinensis
• Necessidade de mais estudos (principalmente
humanos) para padronização, caracterização
química e elucidação de mecanismos de ação
Monteiro et al. Evidence-Based Complementary and Alternative
Medicine. 2014; Article ID 604152
Crucíferas e Câncer de vários sítios anatômicos
Maruthanila; Poornima; Mirunalini. Advances in Pharmacological
Sciences. 2014; Article ID 832161
• Glicosinolatos
• Indol-3-carbinol (I3C)
• 3,3 diindolilmetano (DIM)
• Sugere-se potencial para efeito preventivo e
terapêutico do câncer
• Pode ser útil associação com quimioterapia
para reduzir toxicidade e resistência a drogas
Maruthanila; Poornima; Mirunalini, 2014
Câncer de pele
Promotores de apoptose
Chinembiri et al. Molecules. 2014; 19:
11679-721
Câncer de pele
Anti-proliferativos
Chinembiri et al., 2014
Câncer de pele
Anti-metastáticos
Chinembiri et al., 2014
• Muitas ações comprovadas in vitro, mas
faltam ainda estudos em humanos
• A produção de fitoterápicos demanda
preocupação com
• Qualidade e segurança
• Concentração e padronização
• Interações com medicamentos tradicionais
Chinembiri et al., 2014
Colo-
retal
Estômago
Ovário
Fígado
Pele
Mama
PróstataGengibre
Mashhadi et al. Int J Prev Med. 2013; 4 (Suppl 1): S36–S42
 Zingiber officinale Rosc
 Previne angiogênese e metástase
 Induz apoptose
 Inibe progressão do ciclo celular
 Há necessidade de mais estudos
 ANVISA: Profilaxia de náuseas (ligadas a
movimento e após cirurgia)
Mashhadi et al., 2013
GINSENG
 Estudos in vitro e in vivo em animais e em
humanos, em associação com quimioterápicos
 Sítios anatômicos investigados em humanos (7
estudos)
Pulmão
Esôfago
Estômago
Mama
 Redução da toxicidade e amplificação da
resposta terapêutica
Chen et al. Evidence-Based Complementary and Alternative
Medicine. 2014; Article ID 168940
GINSENG
 Uso potencial como adjuvante à quimioterapia
 Ações
 antiangiogênica
 antiproliferativa
 anti-inflamatória
 anti-oxidante
 promotora de apoptose
 imunomoduladora
 Evidência clínica ainda insuficiente para
recomendação
ANVISA: fadiga física e mental
Chen et al., 2014
Quais os resultados?
Fitoterápicos em Obesidade
 Ação possível de fitoquímicos
 Reduzir o tecido adiposo por inibir a
proliferação de células precursoras
 Aumentar a taxa de apoptose durante o ciclo
de vida do adipócito
 Inibir a absorção do triglicerídeo dietético
pela redução da lipase pancreática
 Polifenóis podem suprimir o crescimento do
tecido adiposo modulando o metabolismo do
adipócito
 Poucos estudos ainda (cultura de células e
animais)
Williams et al. Food Research International. 2013; 52: 323–33
 Ácidos fenólicos
 Clorogênico
 Cumárico
 Gálico
 Cafeico
 Flavonóides
 Flavonóis: quercetina, quempferol, miricetina
e isorametina
 Flavonas: apigenina e luteolina
 Antocianinas
 Organosulfúricos
Williams et al., 2013
Polifenóis com potencial efeito anti-obesidade
 Levantamento 1991-2012
 Mecanismo de ação de efeitos anti-obesidade
de plantas
 Estimular termogênese
 Reduzir lipogênese
 Aumentar lipólise
 Suprimir apetite
 Reduzir absorção de lipídios
Misturas de plantas pode provocar efeitos
indesejáveis ou redução de efeitos
Necessidade de mais estudos químicos,
biológicos e clínicos
Kazemipoor et al. IPCBEE. 2012; 39
Efeito Plantas
Aumento da
termogênese
Laranja amarga, soja
Redução da
lipogênese
Açafrão, pimenta, óleo de
palma, folha de bananeira,
alga marrom, alho, semente
de linhaça, soja negra
Aumento da lipólise Chá, canela
Redução do apetite Pinhão, folha de romãzeira,
ginseng, Hoodia gordonii
Redução da
absorção de lipídio
Chá (mate, jasmim, verde)
Kazemipoor et al., 2012
 Outra revisão também avaliou efeito de
algumas substâncias na termogênese com
resultados potencialmente favoráveis
 Cafeína e xantinas
 Epigalo-catequina-3-galato
 Capsaicina
Vaughan; Conn; Mermier. ISRN Nutrition. 2014; Article ID 650264
 Uma revisão específica com capsaicina e
outros 5 compostos derivados enfocou apenas
estudos em humanos
 15 estudos: efeito termogênico (13 estudos)
 11 estudos: oxidação lipídica (7 estudos)
 7 estudos: redução de apetite (5 estudos)
 Também destacada a escassez de estudos
 Ressaltado que a elevação do gasto energético
dificilmente ocorre em extensão relevante
Mas cumulativamente o efeito de capsaicina e
derivados é promissor
Whiting; Derbyshire; Tiwari. Appetite. 2012; 59: 341–48
Quais os resultados?
Outros horizontes em
Fitoterapia
 Chá branco (não fermentado) exibe efeitos
potenciais para algumas doenças crônicas
 Há necessidade de mais estudos para
elucidação de mecanismos de ação
envolvidos
Dias et al. IJFS. 2013, II (2): 101
DCV Cancer DM tipo 2 Obesidade SNC
Anti-trom-
bótico
Anti-muta-
gênico
Anti-
diabético
↑ metabo-
lismo lipídico
Anti-stress
Hipotensor Anti-carci-
nogênico
Hipogli-
cemiante
Inibe lipase ↑
atividade
Anti-infla-
matório
Anti-infla-
matório
Reduz RI Termogênico Anti-
depressivo
Anti-
oxidante
↓ dano ao
DNA
Anti-
oxidante
Modula
apetite
Anti-
oxidante
Anti-
oxidante
↓ lipidemia ↓ lipidemia
Anti
angiogênico
Lipolítico
Anti
adipogênico
Lipolítico
Anti-
adipogênico
Dias et al., 2013
 Algumas revisões recentes estão enfocando
efeitos anti-inflamatórios de fitoterápicos, o que
daria uma aplicabilidade em uma série de
doenças agudas e crônicas
 Também há demanda para mais estudos, mas
muitos ensaios clínicos estão sendo iniciados
ou estão em andamento investigando direta ou
indiretamente efeitos anti-inflamatórios de
algumas plantas ou componentes de plantas
 Há resultados muito promissores neste tópico
Fürst; Zündorf. Mediators of Inflammation. 2014, Article ID 146832;
Di Lorenzo et al. Critical Reviews in Food Science and Nutrition
2013; 53 (5): 507-16
 Curcuma longa: 77 estudos
 Colchicum autumnale: 14 estudos
 Resveratrol: 26 estudos
 Capsaicina: 24 estudos
 Epigalo-catequina-3-galato: 17 estudos
 Quercetina: 10 estudos
 Outros (além da Curcuma longa: sem
efeito?)
 Urtica Dioica L.
 Harpagophytum Procumbens L.
 Boswellia Serrata Roxb. Ex Colebr
Fürst; Zündorf. Mediators of Inflammation. 2014, Article ID 146832;
Di Lorenzo et al. Critical Reviews in Food Science and Nutrition
2013; 53 (5): 507-16
 ANVISA
 Achillea millefolium (mil folhas)
 Achyrocline satureioides (marcela)
 Arctium lappa (bardana) [artrite]
 Calendula officinalis (calêndula)
 Cordia verbenácea (erva-baleeira)
[contusões]
 Curcuma longa (açafrão)
 Hamamelis virginiana (hamamélis) [pele e
mucosas]
 Lippia sidoides (alecrim-pimenta) [boca e
garganta]
 ANVISA
 Malva sylvestris (malva) [boca e garganta]
Plantago major (tansagem) [boca e
faringe]
 Punica granatum (romã) [boca e faringe]
 Salix alba (salgueiro)
 Salvia officinalis (sálvia) [boca e garganta]
 Schinus terebinthifolia (aroeira-da-praia)
[vaginal]
 Uncaria tomentosa (unha-de-gato)
[artrite/artrose]
Estudo de nosso grupo
Outros horizontes em
Fitoterapia
FARINHA DE TAMARINDO COMO ADJUVANTE NO
CONTROLE METABÓLICO DE PACIENTES DIABÉTICOS
Helena Alves de Carvalho Sampaio – UECE
Maria Rosimar Teixeira Matos – UECE
Soraia Pinheiro Machado Arruda – UECE
José Wellington Oliveira Lima – UECE
Nágela Raquel Teixeira Damasceno – USP
Tatiana Uchôa Passos – UECE
Antônio Augusto Ferreira Carioca – USP
Nédio Jair Wurlitzer – EMBRAPA
Ana Paula Dionísio – EMBRAPA
Deborah dos Santos Garruti – EMBRAPA
Janice Ribeiro Lima – EMBRAPA
Fernando Antonio Pinto de Abreu – EMBRAPA
Idila Maria da Silva Araújo – EMBRAPA
Adna Lucianne Girão Modesto – EMBRAPA
Fortaleza – CE
2013
 Financiamento
 CNPq – PICS
 Plantas Medicinais e Fitoterapia
 Objetivo
 Avaliar o efeito da ingestão da farinha de
tamarindo no controle metabólico de
diabéticos atendidos por uma unidade de
referência ligada ao SUS
 Tipo de estudo
 Ensaio clínico duplo-cego controlado por
placebo
 Situação atual
 Farinha de tamarindo elaborada
 Teste sensorial
 Composição centesimal
 Índice Glicêmico
 Coleta de dados iniciada junto a
portadores de Diabetes Melito tipo 2
Considerações Finais
 O campo da Fitoterapia está em franco
crescimento
 As maiores comprovações de efeitos
favoráveis à saúde até o momento ainda está
ligada a estudos experimentais
 Talvez por esta escassez de estudos clínicos
em humanos a ANVISA caminha com prudência
na legislação atendo-se mais a autorizar
alegativas de ações em sintomas
 Os estudos clínicos em humanos estão abrindo
perspectivas promissoras em curto, médio e
longo prazo quanto à aplicabilidade de
fitoterápicos de forma isolada ou associada a
medicamentos tradicionais
 Sugestão aos interessados ou “necessitados”
 Manter acesso fácil à identificação de plantas
pelo seu nome botânico
 Acompanhar resultados com visão crítica:
 Qualidade da publicação
 Tipo de estudo
 Número de sujeitos avaliados (humanos)
 Viés presente
 Análise de mecanismo de ação comprovado
ou potencial
 Riscos envolvidos
 Respeitar legislação
 Refinar o domínio do tema segundo área de
atuação
Universidade Estadual do Ceará
Nutrindo - Laboratório de Nutrição e
Doenças Crônicas
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Unifor 2014 fitoterápicos

  • 1. Quais os resultados? FITOTERÁPICOS NA PRÁTICA CLÍNICA Helena Sampaio Curso de Nutrição Ciclo de Atualização em Nutrição
  • 3.
  • 4.  Alimento funcional  Aquele que possui componentes que, ingeridos como parte da dieta usual, trazem benefícios além de suas funções nutricionais  Nutracêutico  Alimento ou parte do alimento que traz benefícios à saúde, incluindo prevenção e/ou tratamento de doença Chauhan et al., 2013
  • 5.  Planta medicinal  Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos  Droga vegetal  Planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processos de colheita, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
  • 6.  Derivado vegetal  Produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros  Matéria-prima vegetal  Compreende a planta medicinal, a droga vegetal ou o derivado vegetal ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
  • 7.  Fitoterápico  Produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico... ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
  • 8.  Medicamento Fitoterápico  Obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela constância de sua qualidade... ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
  • 9.  Produto tradicional fitoterápico  Obtido com emprego exclusivo de matérias-primas vegetais, cuja segurança e efetividade seja alicerçada no longo histórico de utilização demonstrado em documentação técnico-científica, sem evidências conhecidas ou informadas de risco à saúde do usuário e que seja caracterizado pela constância de sua qualidade ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
  • 10.  ANVISA  Lista de 66 fitoterápicos, com diferentes propostas terapêuticas  Destaque para indicações:  Dor  Distúrbios digestivos  Distúrbios bronco-pulmonares  Redução de ansiedade ANVISA RDC no. 26/2014; IN nº 4, 18/06/2014
  • 11.  Estratégias adotadas para esta apresentação  Estudos de revisão e revisão sistemática  Prioridade para enfoque sobre as doenças mais prevalentes no País Diabetes Melito tipo 2 Doenças cardiovasculares Câncer Obesidade Outras  Utilização do nome da planta ou princípio ativo de acordo com a publicação original  Não apresentados resultados não associados a fitoterápicos
  • 12. Quais os resultados? Fitoterápicos em Diabetes Melito Tipo 2
  • 13.  3 revisões avaliadas  Foram revisados estudos com plantas com habilidade de controlar glicemia e modular ao menos um dos seguintes mecanismos ligados à resistência à insulina:  função das células 𝛽  vias relacionadas à incretina  (re)absorção de glicose Chang et al. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2013; Article ID 378657
  • 14.
  • 15.
  • 16.  66 plantas com ação insulina-like ou promotoras de secreção de insulina  Um ou múltiplos alvos de ação Inibição de absorção de glicose Aumento da captação de glicose e up- regulation de transportadores Ativação do PPAR-γ Aumento de liberação de adiponectina Influência no metabolismo do glicogênio Elevação de D-quiro inositol Ação incretina-like ou estimulante de incretinas Ativadores de receptores opióides Anti-oxidantes Revisão 2 El-Abhar; Schaalan. World J Diabetes. 2014; 5 (2): 176-97
  • 17.  Revisão incluiu plantas e componentes destas  Estudos com a planta inteira ou diferentes partes das plantas  80 plantas testadas em animais com efeito positivo na redução da glicemia  23 plantas em estudos com humanos diabéticos  Avaliação de constituintes específicos  Alcalóides  Flavonóides  Terpenos Revisão 3 Talaviya et al. IJPSR. 2014; 5 (2): 302-19
  • 18.  Mais de 600 espécies de plantas são apontadas como tendo potenciais efeitos antidiabéticos  Os efeitos e mecanismos de ação levantados na literatura tornam atraente a busca potencial da fitoterapia no tratamento da DM tipo 2, talvez com menos efeitos colaterais  Muitos deles já são de uso tradicional
  • 19.  Os estudos ainda são escassos em seres humanos  Há necessidade de grandes ensaios clínicos  Há necessidade de se identificar o(s) fitoquímicos e respectivos mecanismos de ação diretamente relacionados ao efeito hipoglicemiante  Na lista de produtos regulamentados pela ANVISA não há destinados ao DM tipo 2
  • 20. Quais os resultados? Fitoterápicos em Doenças Cardiovasculares Rabito; Kaye. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2013; Article ID 672097 Grant et al. BMC Public Health. 2012; 12, article 299 Tachjian; Maria; Jahangir. J Am Coll Cardiol, 2010; 55 (6): 515-25 Sahebkar. Clin Nutr, 2014; 33: 406-14
  • 21. ALHO  Alegativas  Doença cardíaca  Hipertensão arterial  Hiperlipidemia  Resultados  Sem efeito sobre LDL-C, HDL-C, TGR e CT/HDL-C após 6 meses  Evidencia de que reduz pressão arterial em hipertensos, mas não em normotensos  Evidencia insuficiente de efeito sobre risco de morbimortalidade cardiovascular  ANVISA: hipocolesterolemiante
  • 22. GINSENG  Alegativas  Cardioproteção  Anti-hipertensivo  Redução da hipertrofia miocárdica e insuficiência cardíaca  Resultados  Sem efeito comprovado
  • 23. GINKGO  Alegativas  Anti-oxidante  Anti-hipertensivo  Vasodilatador  Anti-plaquetário e anti-trombótico  Resultados  Sem efeito comprovado nas alegativas  Pode reduzir risco de desenvolver doença arterial periférica  ANVISA: distúrbios circulatórios periféricos e insuficiência vascular cerebral
  • 24. HAWTHORN  Alegativas  Coadjuvante na insuficiência cardíaca  Resultados  Confirmado SEMENTE DE LINHAÇA  Alegativas  Redução de CT e LDL-C  Resultados  Confirmado na presença de valores já elevados
  • 25. ANTIOXIDANTES Flavonóides, Catequinas  Alegativas  Prevenção primária e secundária  Resultados  Não confirmado ISOFLAVONAS DA SOJA  Alegativas  Redução de risco CV  Resultados  Confirmado apenas redução de LDL-C
  • 26. CURCUMINA  Alegativas  Cardioproteção  Dislipidemia  Resultados (dislipidemia)  Não confirmado  Comentários  Poucos estudos (6)  Tempo variado (7d a 6m)  Dose variada (45mg a 6g)  Pode haver efeitos cardioprotetores não mediados por lipidemia
  • 27. Alertas importantes • Cuidados com interações de medicação tradicional com fitoterápicos e entre fitoterápicos • Pacientes cardiopatas utilizam em média 7 medicamentos tradicionais e dois fitoterápicos • Pode haver 42 interações entre estes pacientes • Medicamentos tradicionais podem ter seus efeitos inibidos ou amplificados, comprometendo eficácia da terapia e aumentando riscos de morbi-mortalidade
  • 29. Câncer de pulmão • 44 espécies vegetais testadas • 14 sem efeitos • 5 testadas em humanos (com efeito ativo) – Viscum album – Chelidonium majus – Brucea javanica – Schisandra propinqua – Camellia sinensis • Necessidade de mais estudos (principalmente humanos) para padronização, caracterização química e elucidação de mecanismos de ação Monteiro et al. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2014; Article ID 604152
  • 30. Crucíferas e Câncer de vários sítios anatômicos Maruthanila; Poornima; Mirunalini. Advances in Pharmacological Sciences. 2014; Article ID 832161
  • 31. • Glicosinolatos • Indol-3-carbinol (I3C) • 3,3 diindolilmetano (DIM) • Sugere-se potencial para efeito preventivo e terapêutico do câncer • Pode ser útil associação com quimioterapia para reduzir toxicidade e resistência a drogas Maruthanila; Poornima; Mirunalini, 2014
  • 32. Câncer de pele Promotores de apoptose Chinembiri et al. Molecules. 2014; 19: 11679-721
  • 35. • Muitas ações comprovadas in vitro, mas faltam ainda estudos em humanos • A produção de fitoterápicos demanda preocupação com • Qualidade e segurança • Concentração e padronização • Interações com medicamentos tradicionais Chinembiri et al., 2014
  • 37.  Zingiber officinale Rosc  Previne angiogênese e metástase  Induz apoptose  Inibe progressão do ciclo celular  Há necessidade de mais estudos  ANVISA: Profilaxia de náuseas (ligadas a movimento e após cirurgia) Mashhadi et al., 2013
  • 38. GINSENG  Estudos in vitro e in vivo em animais e em humanos, em associação com quimioterápicos  Sítios anatômicos investigados em humanos (7 estudos) Pulmão Esôfago Estômago Mama  Redução da toxicidade e amplificação da resposta terapêutica Chen et al. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2014; Article ID 168940
  • 39. GINSENG  Uso potencial como adjuvante à quimioterapia  Ações  antiangiogênica  antiproliferativa  anti-inflamatória  anti-oxidante  promotora de apoptose  imunomoduladora  Evidência clínica ainda insuficiente para recomendação ANVISA: fadiga física e mental Chen et al., 2014
  • 41.  Ação possível de fitoquímicos  Reduzir o tecido adiposo por inibir a proliferação de células precursoras  Aumentar a taxa de apoptose durante o ciclo de vida do adipócito  Inibir a absorção do triglicerídeo dietético pela redução da lipase pancreática  Polifenóis podem suprimir o crescimento do tecido adiposo modulando o metabolismo do adipócito  Poucos estudos ainda (cultura de células e animais) Williams et al. Food Research International. 2013; 52: 323–33
  • 42.  Ácidos fenólicos  Clorogênico  Cumárico  Gálico  Cafeico  Flavonóides  Flavonóis: quercetina, quempferol, miricetina e isorametina  Flavonas: apigenina e luteolina  Antocianinas  Organosulfúricos Williams et al., 2013 Polifenóis com potencial efeito anti-obesidade
  • 43.  Levantamento 1991-2012  Mecanismo de ação de efeitos anti-obesidade de plantas  Estimular termogênese  Reduzir lipogênese  Aumentar lipólise  Suprimir apetite  Reduzir absorção de lipídios Misturas de plantas pode provocar efeitos indesejáveis ou redução de efeitos Necessidade de mais estudos químicos, biológicos e clínicos Kazemipoor et al. IPCBEE. 2012; 39
  • 44. Efeito Plantas Aumento da termogênese Laranja amarga, soja Redução da lipogênese Açafrão, pimenta, óleo de palma, folha de bananeira, alga marrom, alho, semente de linhaça, soja negra Aumento da lipólise Chá, canela Redução do apetite Pinhão, folha de romãzeira, ginseng, Hoodia gordonii Redução da absorção de lipídio Chá (mate, jasmim, verde) Kazemipoor et al., 2012
  • 45.  Outra revisão também avaliou efeito de algumas substâncias na termogênese com resultados potencialmente favoráveis  Cafeína e xantinas  Epigalo-catequina-3-galato  Capsaicina Vaughan; Conn; Mermier. ISRN Nutrition. 2014; Article ID 650264
  • 46.  Uma revisão específica com capsaicina e outros 5 compostos derivados enfocou apenas estudos em humanos  15 estudos: efeito termogênico (13 estudos)  11 estudos: oxidação lipídica (7 estudos)  7 estudos: redução de apetite (5 estudos)  Também destacada a escassez de estudos  Ressaltado que a elevação do gasto energético dificilmente ocorre em extensão relevante Mas cumulativamente o efeito de capsaicina e derivados é promissor Whiting; Derbyshire; Tiwari. Appetite. 2012; 59: 341–48
  • 47. Quais os resultados? Outros horizontes em Fitoterapia
  • 48.  Chá branco (não fermentado) exibe efeitos potenciais para algumas doenças crônicas  Há necessidade de mais estudos para elucidação de mecanismos de ação envolvidos Dias et al. IJFS. 2013, II (2): 101
  • 49. DCV Cancer DM tipo 2 Obesidade SNC Anti-trom- bótico Anti-muta- gênico Anti- diabético ↑ metabo- lismo lipídico Anti-stress Hipotensor Anti-carci- nogênico Hipogli- cemiante Inibe lipase ↑ atividade Anti-infla- matório Anti-infla- matório Reduz RI Termogênico Anti- depressivo Anti- oxidante ↓ dano ao DNA Anti- oxidante Modula apetite Anti- oxidante Anti- oxidante ↓ lipidemia ↓ lipidemia Anti angiogênico Lipolítico Anti adipogênico Lipolítico Anti- adipogênico Dias et al., 2013
  • 50.  Algumas revisões recentes estão enfocando efeitos anti-inflamatórios de fitoterápicos, o que daria uma aplicabilidade em uma série de doenças agudas e crônicas  Também há demanda para mais estudos, mas muitos ensaios clínicos estão sendo iniciados ou estão em andamento investigando direta ou indiretamente efeitos anti-inflamatórios de algumas plantas ou componentes de plantas  Há resultados muito promissores neste tópico Fürst; Zündorf. Mediators of Inflammation. 2014, Article ID 146832; Di Lorenzo et al. Critical Reviews in Food Science and Nutrition 2013; 53 (5): 507-16
  • 51.  Curcuma longa: 77 estudos  Colchicum autumnale: 14 estudos  Resveratrol: 26 estudos  Capsaicina: 24 estudos  Epigalo-catequina-3-galato: 17 estudos  Quercetina: 10 estudos  Outros (além da Curcuma longa: sem efeito?)  Urtica Dioica L.  Harpagophytum Procumbens L.  Boswellia Serrata Roxb. Ex Colebr Fürst; Zündorf. Mediators of Inflammation. 2014, Article ID 146832; Di Lorenzo et al. Critical Reviews in Food Science and Nutrition 2013; 53 (5): 507-16
  • 52.  ANVISA  Achillea millefolium (mil folhas)  Achyrocline satureioides (marcela)  Arctium lappa (bardana) [artrite]  Calendula officinalis (calêndula)  Cordia verbenácea (erva-baleeira) [contusões]  Curcuma longa (açafrão)  Hamamelis virginiana (hamamélis) [pele e mucosas]  Lippia sidoides (alecrim-pimenta) [boca e garganta]
  • 53.  ANVISA  Malva sylvestris (malva) [boca e garganta] Plantago major (tansagem) [boca e faringe]  Punica granatum (romã) [boca e faringe]  Salix alba (salgueiro)  Salvia officinalis (sálvia) [boca e garganta]  Schinus terebinthifolia (aroeira-da-praia) [vaginal]  Uncaria tomentosa (unha-de-gato) [artrite/artrose]
  • 54. Estudo de nosso grupo Outros horizontes em Fitoterapia
  • 55. FARINHA DE TAMARINDO COMO ADJUVANTE NO CONTROLE METABÓLICO DE PACIENTES DIABÉTICOS Helena Alves de Carvalho Sampaio – UECE Maria Rosimar Teixeira Matos – UECE Soraia Pinheiro Machado Arruda – UECE José Wellington Oliveira Lima – UECE Nágela Raquel Teixeira Damasceno – USP Tatiana Uchôa Passos – UECE Antônio Augusto Ferreira Carioca – USP Nédio Jair Wurlitzer – EMBRAPA Ana Paula Dionísio – EMBRAPA Deborah dos Santos Garruti – EMBRAPA Janice Ribeiro Lima – EMBRAPA Fernando Antonio Pinto de Abreu – EMBRAPA Idila Maria da Silva Araújo – EMBRAPA Adna Lucianne Girão Modesto – EMBRAPA Fortaleza – CE 2013
  • 56.  Financiamento  CNPq – PICS  Plantas Medicinais e Fitoterapia  Objetivo  Avaliar o efeito da ingestão da farinha de tamarindo no controle metabólico de diabéticos atendidos por uma unidade de referência ligada ao SUS  Tipo de estudo  Ensaio clínico duplo-cego controlado por placebo
  • 57.  Situação atual  Farinha de tamarindo elaborada  Teste sensorial  Composição centesimal  Índice Glicêmico  Coleta de dados iniciada junto a portadores de Diabetes Melito tipo 2
  • 59.  O campo da Fitoterapia está em franco crescimento  As maiores comprovações de efeitos favoráveis à saúde até o momento ainda está ligada a estudos experimentais  Talvez por esta escassez de estudos clínicos em humanos a ANVISA caminha com prudência na legislação atendo-se mais a autorizar alegativas de ações em sintomas  Os estudos clínicos em humanos estão abrindo perspectivas promissoras em curto, médio e longo prazo quanto à aplicabilidade de fitoterápicos de forma isolada ou associada a medicamentos tradicionais
  • 60.  Sugestão aos interessados ou “necessitados”  Manter acesso fácil à identificação de plantas pelo seu nome botânico  Acompanhar resultados com visão crítica:  Qualidade da publicação  Tipo de estudo  Número de sujeitos avaliados (humanos)  Viés presente  Análise de mecanismo de ação comprovado ou potencial  Riscos envolvidos  Respeitar legislação  Refinar o domínio do tema segundo área de atuação
  • 61. Universidade Estadual do Ceará Nutrindo - Laboratório de Nutrição e Doenças Crônicas www.uece.br/nutrindo Seção Downloads Unifor 2014 Fitoterápicos