Este documento apresenta um resumo de um estudo sobre o léxico na obra poética de Manoel de Barros "Matéria de Poesia". Os autores analisaram as palavras estilisticamente modificadas pelo poeta no livro e criaram um glossário com 12 lexias classificadas em 7 neologismos, 4 regionalismos e 1 gíria. Conclui-se que o estilo único de Barros justifica sua originalidade como criador de um universo verbal e imagético próprio.
O documento apresenta o planejamento anual de língua portuguesa para o 8o ano de uma escola municipal, incluindo os conteúdos a serem abordados nos três trimestres, as competências, práticas didáticas e recursos. Nos três trimestres serão estudados tópicos gramaticais e de produção e interpretação textual, com ênfase na leitura e discussão de diferentes gêneros textuais.
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino MédioElaine Chiullo
O documento resume os principais gêneros literários: épico (narrativo), lírico e dramático. O gênero épico inclui epopeias e romances que narram histórias de heróis. O gênero lírico engloba poemas sobre emoções. E o gênero dramático são obras para serem encenadas, dividindo-se em tragédias e comédias. Exemplos de cada gênero são dados.
O vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Ao perceber um possível erro no pagamento, Fabiano se revolta com a situação de exploração. O patrão expulsa Fabiano da fazenda após a discussão. A passagem mostra a convivência entre a linguagem formal e regionalismos e coloquialismos.
Slide de apresentação sobre Semântica Lexical. Abrangendo os assuntos acerca do fundamento histórico; O que é o léxico e a Semântica: os campos. Sentido denotativo e Conotativo, etc.
Saiba mais lendo o post com o referido slide em: www.desmazelas.com.br
e curta a página do facebook: http://facebook.com/Desmazelas
O documento fornece dicas para melhorar a interpretação de textos, como ler o texto por completo e mais de uma vez, não interromper a leitura por palavras desconhecidas, inferir ideias e voltar ao texto quando necessário. Ele também discute a importância de não sobrepor as próprias ideias às do autor e analisar o texto em partes.
O documento discute os tipos e gêneros textuais utilizados na sala de aula. Apresenta os tipos textuais narrativo, informativo, persuasivo e procedimento. Para cada tipo, descreve a intenção comunicativa, estrutura, linguagem e exemplos de gêneros. Destaca a importância de se trabalhar com diversos gêneros textuais para desenvolver as capacidades linguísticas dos estudantes.
Plano de curso produção textual - 7ºanonandatinoco
O plano de curso descreve os conteúdos, procedimentos didáticos e recursos para cada mês do ano letivo para a disciplina de Produção Textual no 7o ano do ensino fundamental. Os conteúdos incluem diferentes gêneros textuais como conto, crônica, poesia e reportagem. As técnicas envolvem atividades individuais e em grupo, debates, produção de textos e leituras. Os recursos listam livros didáticos e multimídia. A avaliação ocorrerá por meio de provas,
O documento apresenta o planejamento anual de língua portuguesa para o 8o ano de uma escola municipal, incluindo os conteúdos a serem abordados nos três trimestres, as competências, práticas didáticas e recursos. Nos três trimestres serão estudados tópicos gramaticais e de produção e interpretação textual, com ênfase na leitura e discussão de diferentes gêneros textuais.
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino MédioElaine Chiullo
O documento resume os principais gêneros literários: épico (narrativo), lírico e dramático. O gênero épico inclui epopeias e romances que narram histórias de heróis. O gênero lírico engloba poemas sobre emoções. E o gênero dramático são obras para serem encenadas, dividindo-se em tragédias e comédias. Exemplos de cada gênero são dados.
O vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Ao perceber um possível erro no pagamento, Fabiano se revolta com a situação de exploração. O patrão expulsa Fabiano da fazenda após a discussão. A passagem mostra a convivência entre a linguagem formal e regionalismos e coloquialismos.
Slide de apresentação sobre Semântica Lexical. Abrangendo os assuntos acerca do fundamento histórico; O que é o léxico e a Semântica: os campos. Sentido denotativo e Conotativo, etc.
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O documento fornece dicas para melhorar a interpretação de textos, como ler o texto por completo e mais de uma vez, não interromper a leitura por palavras desconhecidas, inferir ideias e voltar ao texto quando necessário. Ele também discute a importância de não sobrepor as próprias ideias às do autor e analisar o texto em partes.
O documento discute os tipos e gêneros textuais utilizados na sala de aula. Apresenta os tipos textuais narrativo, informativo, persuasivo e procedimento. Para cada tipo, descreve a intenção comunicativa, estrutura, linguagem e exemplos de gêneros. Destaca a importância de se trabalhar com diversos gêneros textuais para desenvolver as capacidades linguísticas dos estudantes.
Plano de curso produção textual - 7ºanonandatinoco
O plano de curso descreve os conteúdos, procedimentos didáticos e recursos para cada mês do ano letivo para a disciplina de Produção Textual no 7o ano do ensino fundamental. Os conteúdos incluem diferentes gêneros textuais como conto, crônica, poesia e reportagem. As técnicas envolvem atividades individuais e em grupo, debates, produção de textos e leituras. Os recursos listam livros didáticos e multimídia. A avaliação ocorrerá por meio de provas,
O texto descreve:
1) O narrador presencia a construção e lançamento de navios no estaleiro de Lisboa, onde os mesteirais celebram o batismo de cada navio com festa e vinho.
2) O narrador assiste à partida solene de uma armada da praia do Restelo, com missa, procissão e bênção do bispo.
3) A despedida dolorosa entre os marinheiros e suas famílias, com lágrimas, gritos e desmaios, antes do embarque para a longa viagem
O documento define o conto como uma obra de ficção curta que cria um universo imaginário. Explora as diferentes fases do conto ao longo da história, desde a oral até a escrita, e lista diversos tipos e modalidades de contos. Também descreve a estrutura básica do conto, com foco na unidade, número reduzido de personagens e desfecho único.
O documento discute orações subordinadas adverbiais, incluindo sua definição, classificação e exemplos. As orações subordinadas adverbiais funcionam como adjuntos adverbiais na oração principal e são introduzidas por conjunções subordinativas que expressam circunstâncias como causa, concessão e tempo. Vários tipos de orações subordinadas adverbiais são listados e ilustrados com exemplos.
Este documento define e explica o conceito de preposição em três frases: (1) As preposições estabelecem relações entre termos na oração de forma subordinada; (2) Elas ligam palavras e cumprem a função de conectivos; (3) As preposições podem introduzir complementos verbais, nominais, locuções adjetivas e adverbiais, além de orações reduzidas.
- O documento apresenta orientações para professores sobre a avaliação de leitura na 4a série do ensino fundamental com base na Prova Brasil.
- Aborda os descritores de competência em leitura, os gêneros de texto mais comuns, os níveis de complexidade dos textos e atividades.
- Inclui recomendações sobre como organizar o trabalho de leitura na escola considerando as habilidades desenvolvidas pelos alunos.
1) O documento descreve os principais gêneros literários - lírico, épico e dramático - e seus elementos.
2) O gênero lírico é subjetivo e fala do autor ou de um interlocutor. Já o épico é narrativo e o dramático é para teatro.
3) São exemplos de versificação a estrofe, o soneto e a rima. O documento explica cada um deles.
O documento descreve o que é teatro, sua origem e estrutura. Teatro é uma das mais antigas expressões artísticas humanas, com origem na Grécia antiga, onde era representado em auditórios ao ar livre em honra ao deus Dionísio. Um texto dramático é composto por diálogos entre personagens e indicações para os atores.
O documento relata a história de Larissa, que foi acolhida pela ONG Obra do Berço aos 2 anos, junto com seus irmãos e tios. A ONG ofereceu educação e atividades como teatro, percussão e empreendedorismo para Larissa. Atualmente, ela dá aulas de percussão para crianças da ONG e valoriza a experiência que teve na instituição.
O documento discute a aprendizagem da escrita em crianças, citando pesquisas que mostram que ela começa antes da alfabetização formal. Ele fornece instruções para realizar uma "sondagem" observando como crianças escrevem palavras em diferentes estágios de desenvolvimento. A sondagem é usada para organizar atividades de ensino e avaliação que ajudem as crianças a progredir em direção à escrita alfabética.
O documento descreve as características dos verbos em português. Os verbos indicam ações e estados e variam de acordo com número, pessoa, tempo e modo. Exemplos mostram como os verbos se conjugam no pretérito perfeito, presente e futuro.
O documento discute os conceitos de métrica poética, incluindo sílabas métricas versus sílabas gramaticais, escansão de versos, classificação de versos de acordo com o número de sílabas, e tipos de rimas (pobre, rica e rara). Explica como a métrica é usada para analisar a estrutura dos poemas.
O documento define as diferenças entre texto literário e não-literário. Textos literários têm função estética com características como plurissignificação, desautomatização da percepção e intangibilidade, enquanto textos não-literários têm função utilitária com significação unívoca e linguagem convencional.
O documento discute sinonímia e paráfrase, explicando que sinonímia ocorre entre pares de palavras ou expressões que têm o mesmo sentido, mas não são idênticas. Paráfrase envolve transformações sintáticas ou baseadas no léxico que descrevem o mesmo estado de coisas de maneira equivalente. Não há sinonímia ou paráfrase perfeitas quando se considera o contexto completo.
O documento lista 16 termos relacionados às funções da linguagem, divididos em duas colunas. Na coluna horizontal estão termos como emissor, receptor, código, mensagem e meio de transmissão. A coluna vertical lista funções como referir fatos, prolongar contato, explicar o próprio código, influir no comportamento e expressar opiniões.
O documento discute as diferenças entre resumo e síntese. Um resumo condensa as ideias e informações de um texto de forma objetiva, preservando a estrutura e sentido original. Uma síntese também condensa o texto mas de forma mais subjetiva, destacando as ideias principais de acordo com a perspectiva de quem a elabora. Embora semelhantes, resumos tendem a ser mais informativos enquanto sínteses podem ser mais pessoais e expressar as intenções do autor.
O documento discute diferentes abordagens da semântica, incluindo a semântica lexical, que estuda o significado das palavras e suas relações, a semântica formal, que analisa a relação entre linguagem e mundo, e a semântica cognitiva, que vê o significado como baseado na experiência corporal e interação com o meio ambiente.
Curriculo de Língua Portuguesa Ensino Fundamental - Estado de PEMarcia Oliveira
Este documento apresenta o currículo de Português para o Ensino Fundamental do estado de Pernambuco, com base nos Parâmetros Curriculares da disciplina. O currículo está organizado em eixos temáticos como Análise Linguística, Oralidade, Leitura, Letramento Literário e Escrita, relacionando expectativas de aprendizagem a conteúdos específicos para cada ano do Ensino Fundamental. O objetivo é auxiliar os professores a alinharem suas atividades didáticas aos parâmetros curriculares est
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratoresRenato Rodrigues
O documento discute conceitos fundamentais sobre textos e gêneros textuais, incluindo:
1) A definição de texto como uma unidade de sentido composta por orações coerentes;
2) Elementos que garantem a textualidade como coerência, coesão explícita e implícita e conhecimento prévio;
3) A distinção entre texto e discurso, sendo o discurso relacionado a intenções ideológicas por trás das palavras.
1) O texto descreve a evolução histórica da Análise do Discurso como disciplina, desde suas primeiras tentativas na década de 1960 até sua consolidação.
2) As primeiras tentativas ainda estavam presas à dicotomia saussuriana entre língua e fala e não conseguiam definir claramente o objeto discurso.
3) Jean Dubois e Michel Pêcheux, na década de 1968, fundaram a Análise do Discurso de linha francesa, definindo o discurso como determinado historicamente e o sujeito
Fortuna crítica: o léxico na poesia de manoel de barros (relatório)igor nakamura
Relatório Final do Projeto de Pesquisa "Fortuna Crítica: o Léxico na Poesia de Manoel de Barros", com apoio financeiro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) nos anos 2013/2014
O texto descreve:
1) O narrador presencia a construção e lançamento de navios no estaleiro de Lisboa, onde os mesteirais celebram o batismo de cada navio com festa e vinho.
2) O narrador assiste à partida solene de uma armada da praia do Restelo, com missa, procissão e bênção do bispo.
3) A despedida dolorosa entre os marinheiros e suas famílias, com lágrimas, gritos e desmaios, antes do embarque para a longa viagem
O documento define o conto como uma obra de ficção curta que cria um universo imaginário. Explora as diferentes fases do conto ao longo da história, desde a oral até a escrita, e lista diversos tipos e modalidades de contos. Também descreve a estrutura básica do conto, com foco na unidade, número reduzido de personagens e desfecho único.
O documento discute orações subordinadas adverbiais, incluindo sua definição, classificação e exemplos. As orações subordinadas adverbiais funcionam como adjuntos adverbiais na oração principal e são introduzidas por conjunções subordinativas que expressam circunstâncias como causa, concessão e tempo. Vários tipos de orações subordinadas adverbiais são listados e ilustrados com exemplos.
Este documento define e explica o conceito de preposição em três frases: (1) As preposições estabelecem relações entre termos na oração de forma subordinada; (2) Elas ligam palavras e cumprem a função de conectivos; (3) As preposições podem introduzir complementos verbais, nominais, locuções adjetivas e adverbiais, além de orações reduzidas.
- O documento apresenta orientações para professores sobre a avaliação de leitura na 4a série do ensino fundamental com base na Prova Brasil.
- Aborda os descritores de competência em leitura, os gêneros de texto mais comuns, os níveis de complexidade dos textos e atividades.
- Inclui recomendações sobre como organizar o trabalho de leitura na escola considerando as habilidades desenvolvidas pelos alunos.
1) O documento descreve os principais gêneros literários - lírico, épico e dramático - e seus elementos.
2) O gênero lírico é subjetivo e fala do autor ou de um interlocutor. Já o épico é narrativo e o dramático é para teatro.
3) São exemplos de versificação a estrofe, o soneto e a rima. O documento explica cada um deles.
O documento descreve o que é teatro, sua origem e estrutura. Teatro é uma das mais antigas expressões artísticas humanas, com origem na Grécia antiga, onde era representado em auditórios ao ar livre em honra ao deus Dionísio. Um texto dramático é composto por diálogos entre personagens e indicações para os atores.
O documento relata a história de Larissa, que foi acolhida pela ONG Obra do Berço aos 2 anos, junto com seus irmãos e tios. A ONG ofereceu educação e atividades como teatro, percussão e empreendedorismo para Larissa. Atualmente, ela dá aulas de percussão para crianças da ONG e valoriza a experiência que teve na instituição.
O documento discute a aprendizagem da escrita em crianças, citando pesquisas que mostram que ela começa antes da alfabetização formal. Ele fornece instruções para realizar uma "sondagem" observando como crianças escrevem palavras em diferentes estágios de desenvolvimento. A sondagem é usada para organizar atividades de ensino e avaliação que ajudem as crianças a progredir em direção à escrita alfabética.
O documento descreve as características dos verbos em português. Os verbos indicam ações e estados e variam de acordo com número, pessoa, tempo e modo. Exemplos mostram como os verbos se conjugam no pretérito perfeito, presente e futuro.
O documento discute os conceitos de métrica poética, incluindo sílabas métricas versus sílabas gramaticais, escansão de versos, classificação de versos de acordo com o número de sílabas, e tipos de rimas (pobre, rica e rara). Explica como a métrica é usada para analisar a estrutura dos poemas.
O documento define as diferenças entre texto literário e não-literário. Textos literários têm função estética com características como plurissignificação, desautomatização da percepção e intangibilidade, enquanto textos não-literários têm função utilitária com significação unívoca e linguagem convencional.
O documento discute sinonímia e paráfrase, explicando que sinonímia ocorre entre pares de palavras ou expressões que têm o mesmo sentido, mas não são idênticas. Paráfrase envolve transformações sintáticas ou baseadas no léxico que descrevem o mesmo estado de coisas de maneira equivalente. Não há sinonímia ou paráfrase perfeitas quando se considera o contexto completo.
O documento lista 16 termos relacionados às funções da linguagem, divididos em duas colunas. Na coluna horizontal estão termos como emissor, receptor, código, mensagem e meio de transmissão. A coluna vertical lista funções como referir fatos, prolongar contato, explicar o próprio código, influir no comportamento e expressar opiniões.
O documento discute as diferenças entre resumo e síntese. Um resumo condensa as ideias e informações de um texto de forma objetiva, preservando a estrutura e sentido original. Uma síntese também condensa o texto mas de forma mais subjetiva, destacando as ideias principais de acordo com a perspectiva de quem a elabora. Embora semelhantes, resumos tendem a ser mais informativos enquanto sínteses podem ser mais pessoais e expressar as intenções do autor.
O documento discute diferentes abordagens da semântica, incluindo a semântica lexical, que estuda o significado das palavras e suas relações, a semântica formal, que analisa a relação entre linguagem e mundo, e a semântica cognitiva, que vê o significado como baseado na experiência corporal e interação com o meio ambiente.
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Gêneros , tipologia textual, descritores e distratoresRenato Rodrigues
O documento discute conceitos fundamentais sobre textos e gêneros textuais, incluindo:
1) A definição de texto como uma unidade de sentido composta por orações coerentes;
2) Elementos que garantem a textualidade como coerência, coesão explícita e implícita e conhecimento prévio;
3) A distinção entre texto e discurso, sendo o discurso relacionado a intenções ideológicas por trás das palavras.
1) O texto descreve a evolução histórica da Análise do Discurso como disciplina, desde suas primeiras tentativas na década de 1960 até sua consolidação.
2) As primeiras tentativas ainda estavam presas à dicotomia saussuriana entre língua e fala e não conseguiam definir claramente o objeto discurso.
3) Jean Dubois e Michel Pêcheux, na década de 1968, fundaram a Análise do Discurso de linha francesa, definindo o discurso como determinado historicamente e o sujeito
Fortuna crítica: o léxico na poesia de manoel de barros (relatório)igor nakamura
Relatório Final do Projeto de Pesquisa "Fortuna Crítica: o Léxico na Poesia de Manoel de Barros", com apoio financeiro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) nos anos 2013/2014
I. O documento discute a relação entre linguística e outras áreas como antropologia cultural e teoria da comunicação, mostrando como a linguística estrutural antecipou formulações dessas áreas.
II. Aborda dois tipos de afasia de acordo com a capacidade de combinação e seleção de unidades linguísticas e os polos metafórico e metonímico.
III. Apresenta três tipos de tradução - intralingual, interlingual e intersemiótica - e aspectos linguísticos relevantes.
Este documento discute as contribuições de Roman Jakobson e Lev Vygotsky para o estudo das funções da linguagem. Jakobson propôs um modelo de seis funções da linguagem que inclui a função poética, fática e metalinguística, além das propostas por Karl Bühler. Vygotsky também estudou as funções da linguagem e sua relação com o desenvolvimento psicológico humano. O objetivo é mostrar os paralelos entre as concepções desses autores, reconhecendo a importância de cada um.
1) O documento apresenta a teoria da Semiotização Ficcional do Discurso, elaborada por Anazildo Vasconcelos da Silva, para analisar narrativas caboverdianas. 2) A teoria aborda como a produção literária transforma a língua natural em discurso ficcional através do processo de semiose literária. 3) A semiose literária cria um universo ficcional com lógicas próprias de personagem, espaço e acontecimento.
1) O documento discute as principais direções da pesquisa ocidental contemporânea na área da tradução e literatura comparada, segundo o ensaio de Sandra Bermann.
2) Bermann aponta que a tradução tem o potencial de transformar e inovar ao prolongar a vida de textos literários e culturais em escala global.
3) Ela defende que a literatura comparada deve ser influenciada pela perspectiva da tradução, lendo textos como se traduz, com atenção aos níveis textuais e contexto cultural.
1. O documento analisa a abordagem do ensino de gramática em um livro didático para o ensino médio, observando como os conceitos de colocação pronominal são apresentados.
2. A análise indica que a apresentação dos conceitos se baseia em frases isoladas sem contexto e não leva em conta abordagens linguísticas modernas.
3. Também há controvérsias conceituais entre a forma como a gramática normativa e descritiva tratam os conceitos de ordem e colocação pronominal.
Este documento discute a representação da mulher e da violência contra a mulher nas canções populares brasileiras entre 1930-1945. Analisa como as letras de música frequentemente retratavam as mulheres de forma estereotipada e machista, justificando a violência doméstica e a inferioridade feminina. Também explora como a cultura do "malandro" influenciou essas representações, normalizando a agressão contra as parceiras.
Análise Linguística de Discurso sobre o Trabalho Feminino na Canção "Doméstica"LinTrab
1) O documento analisa os discursos sobre o trabalho das domésticas na letra da música "Doméstica" de Eduardo Dusek, utilizando a Análise do Discurso e o Interacionismo Sociodiscursivo.
2) A autora descreve a relação entre linguagem e trabalho, e a necessidade de estudar os discursos sobre as domésticas, que são numericamente significativas no Brasil.
3) Ela analisará os percursos semânticos e oposições na letra para identificar como os discursos representam o trabalho das doméstic
Este documento discute as concepções de signo linguístico de Ferdinand de Saussure e Émile Benveniste. Saussure definiu o signo linguístico como composto por um conceito (significado) e uma imagem acústica (significante), enquanto Benveniste viu a língua como se realizando na enunciação, levando em conta o locutor, o interlocutor e o contexto. Embora concordando em pontos, eles diferem principalmente no fato de Saussure ver a língua como um sistema abstrato e Ben
[1] O documento apresenta uma análise da obra O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, buscando identificar características da linguagem de autoajuda na constituição do discurso. [2] A análise baseia-se nos estudos de Bakhtin sobre gêneros do discurso e dialogismo e busca interpretar como a linguagem literária agrega elementos da linguagem de autoajuda. [3] O trabalho desenvolve-se por meio de análise composicional, temática e estilística da obra para identificar suas rel
Este relatório descreve um projeto desenvolvido por uma aluna de Letras para a disciplina de Letras Interdisciplinar. O projeto consiste em um blog que fornece apoio conteudístico para alunos que fazem o ENADE, abordando diversos gêneros textuais como entrevistas, resumos e poemas. O relatório analisa a produção de textos dentro do projeto com base na teoria dos gêneros textuais.
A Sociolinguística - uma nova maneira de ler o mundo BORTONI-RICARDO (2014).pdfThiagoAmorim82
1) O documento descreve os antecedentes e o desenvolvimento da Sociolinguística como disciplina acadêmica, desde suas origens no século XX até se tornar uma área central de estudos nas ciências sociais.
2) A Sociolinguística emergiu como campo interdisciplinar a partir de 1950, embora alguns linguistas já estudassem questões socioculturais antes disso. William Labov e outros pioneiros nos EUA conduziram pesquisas influentes na década de 1960.
3) O documento discute conceitos-chave como relativismo cultural,
Este documento discute a evolução da Semântica como disciplina nos cursos de Letras, desde sua origem no estruturalismo até as tendências atuais influenciadas pela Pragmática, Análise do Discurso e estudos cognitivos. O documento analisa cinco programas de Semântica com foco nas ementas, objetivos, conteúdos e bibliografias à luz das publicações dos respectivos autores, visando identificar as tendências atuais nos estudos semânticos e suas implicações para o ensino.
1) O livro analisa a relação entre poesia, música e voz na canção, reunindo ensaios de diferentes áreas do conhecimento.
2) Dois ensaios destacam a importância de se compreender a canção como performance, questionando abordagens tradicionais e redimensionando o papel da voz.
3) Mário de Andrade buscou compreender a canção de forma interdisciplinar e a partir da origem comum da fala e do canto no grito primitivo.
O documento discute a vida e obra de Ferdinand de Saussure, linguista suíço considerado o fundador da linguística moderna. Saussure desenvolveu conceitos fundamentais como a distinção entre língua e fala, e entre sincronia e diacronia, que serviram de base para o estruturalismo no século XX. Ele entendia a linguística como o estudo dos signos linguísticos enquanto sistema, e não de forma isolada.
1) O documento discute o que é análise do discurso, como é feita e para que serve, apresentando três concepções de linguagem e a relação delas com a análise do discurso.
2) A origem da análise do discurso vem da retórica clássica de Aristóteles, ganhou forma na segunda metade do século XX e foi influenciada por estudiosos como os formalistas russos, o estruturalismo e Benveniste.
3) A análise do discurso é importante para estudar a linguagem humana
Este documento discute a enunciação e os tipos de discurso. Apresenta conceitos como enunciador, narrador explícito e implícito. Discute como a enunciação constrói uma ilusão referencial e enunciativa na comunicação. Também aborda os tipos de discurso direto, indireto e indireto livre e como cada um assume um papel distinto na produção textual.
O documento discute a teoria dos gêneros de Bakhtin e as principais abordagens para o estudo dos gêneros no Brasil, incluindo perspectivas bakhtinianas, sistêmico-funcionais e outras influências. Também diferencia os conceitos de tipo textual e gênero textual.
O documento descreve a vida e obra de Ferdinand de Saussure, linguista suíço considerado o fundador da linguística moderna. Saussure desenvolveu conceitos fundamentais como a distinção entre língua e fala, o caráter arbitrário do signo linguístico e a noção de que a língua é um sistema de signos. Suas ideias exerceram grande influência no desenvolvimento da linguística e de outras áreas como a teoria literária.
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A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Um estudo do léxico em Matéria de poesia, de Manoel de barros
1. UM ESTUDO DO LÉXICO EM MATÉRIA DE POESIA, DE MANOEL DE BARROS
Igor Iuri Dimitri Nakamura¹ e Rauer Ribeiro Rodrigues²
¹ Aluno do curso de Letras da UFMS, bolsista de Iniciação Científica CNPq – PIBIC 2014/15
² Professor da UFMS, campus do Pantanal, e-mail: rauer.rauer@uol.com.br
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise da linguagem poética da obra
Matéria de poesia, de Manoel de Barros, tendo como fundamentação teórica os estudos da
lexicologia. Para tanto, elaborou-se um levantamento das lexias trabalhadas estilisticamente
pelo poeta no referido corpus e, em seguida, criou-se um glossário com elas organizadas
segundo critérios semasiológicos. Encontraram-se ao todo 12 lexias, das quais se
classificaram 7 neologismos, 4 regionalismos e 1 gíria. Os resultados atestam que o exercício
linguístico de invenção e reinvenção do discurso poético do autor constitui uma atmosfera
própria, permeada pela cultura e costumes da gente pantaneira sul-mato-grossense e pelas
coisas tradicionalmente concebidas como inúteis. Conclui-se que o estilo empregado pelo
poeta justifica a sua originalidade enquanto criador de um universo verbal e imagético.
Palavras-chave: poesia, estilo, linguagem
INTRODUÇÃO
Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá em 19 de dezembro de 1916, e
passou a infância em Corumbá, na fronteira do Pantanal com a Bolívia. Na juventude, estudou
em colégios internos no Rio de Janeiro, bacharelou-se em direito e integrou o Partido
Comunista por um curto período. Após alguns anos, mudou-se para a fazenda de seu pai em
Campo Grande, onde passou a maior parte da sua vida, compondo as suas poesias, iniciando a
sua carreira poética em 1937, com Poemas concebidos sem pecado, embora fosse reconhecido
pela crítica somente décadas mais tarde. Manoel de Barros faleceu em 13 de novembro de
2014, deixando um legado extraordinário para a poesia brasileira contemporânea, com
dezenas de livros publicados, entre os quais, a obra Matéria de poesia.
Sendo o sexto livro da carreira do poeta, Matéria de poesia foi publicado pela primeira
vez em 1970. A obra estrutura-se em três poemas: o primeiro, homônimo ao título do livro, o
segundo intitulado Como os loucos de água e estandarte e o último, Aproveitamento de
materiais e passarinhos de uma demolição. Já a sua temática central se configura no exercício
poético e metalinguístico envolvendo objetos e pessoas que sob o olhar corriqueiro e
paradigmático da lógica e da realidade factual não apresentam poeticidade alguma, mas que
2. durante o exercício linguístico do fazer literário se transformam em matéria, isto é, em objetos
para a poesia. Percebe-se isto em toda a obra, como se esboçam nos seguintes versos:
Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma
e que você não pode vender no mercado
como, por exemplo, o coração verde
dos pássaros,
serve para a poesia
As coisas que os líquenes comem
– sapatos, adjetivos –
têm muita importância para os pulmões
da poesia
(...)
Pessoas desimportantes
dão para poesia
qualquer pessoa ou escada
(BARROS, 2013, p. 136)
Nota-se, pois, uma relação entre a linguagem e a matéria de poesia expressa pela voz
do eu poético. Os elementos linguísticos como a metaforização do natural e a ilógica textual e
imagética transfiguram o significado na apresentação dos referenciais, ao mesmo passo que
constituem esteticamente o espaço pantaneiro sul-mato-grossense. Além disso, o trabalho
poético de invenção de vocábulos, como o termo “desimportantes”, reforça a temática central
do livro. Logo, tem-se uma construção poética pautada no exercício verbal de caráter
disforme e inventivo, isto é, livre das regras tradicionais da língua e inovador, e que se realiza,
numa unicidade entre a forma e o conteúdo, na composição da obra.
Tratando-se de poesia, Friedrich (1978, p. 17-8) observa que a lírica moderna passa
por uma série de transformações, envolvendo o significado, a sintaxe, a comparação e a
metáfora nos quais as naturezas do irreal e do real se fundem. Deste modo, a poesia de
Manoel de Barros, elaborada nos séculos XX e XXI, se enquadra como propulsora dessas
transformações, de tal modo que:
(...) é feita de rupturas, frases fragmentadas, montagens insólitas, metáforas
inusitadas, complexas e incongruentes. As categorias gramaticais são subvertidas,
adquirem valor diferente, ditadas não por regras estabelecidas, mas pela necessidade
de traduzir a realidade em uma nova semântica. O poeta estabelece relações
inesperadas entre as palavras, instaura ambiguidades que se enraízam na
desestabilização dos sentidos. Assim, apresenta uma linguagem fora do
pragmatismo dos padrões linguísticos convencionais e sua poesia surge como
festejos de linguagem. (GRÁCIA-RODRIGUES, 2006, p. 95)
3. Sendo assim, a poesia manoelina constrói um vocabulário próprio, pelo no qual “o
poeta zarpa para ousadas combinações, sonoridades e neologismos” (WALDMAN, 1996, p.
29). Deste modo, toda a linguagem poética de Manoel de Barros discorre para um processo
recorrente de formação de palavras, a neologia, cujos resultados são as mudanças de
significado e criação de novos vocábulos, como os neologismos e as onomatopeias e etc.
Alves (1994) distingue os seguintes processos de criação neológica: neologia
fonológica, semântica e sintática (derivação prefixal e sufixal, composição e etc.). Segundo a
estudiosa, os neologismos fonológicos são aqueles que se originam independentes de
significante e significado, enquanto os neologismos semânticos são aqueles cujo significado é
inédito, mas sua unidade lexical se mantém e, por sua vez, os neologismos sintáticos são os
que se originam por meio de uma combinação de morfemas já existentes, como prefixos e
sufixos, do qual se têm os neologismos por derivação prefixal e sufixal respectivamente.
Assim, o vocábulo “desimportantes” é uma criação neológica própria do vocabulário de
Manoel de Barros, com significação inédita.
Já a mudança do significado de um vocábulo se dá por intermédio da transposição do
seu significado conceptual, de natureza lógica, para um significado associativo ou temático
por meio do ambiente em que ele é situado (BIDERMAN, 2001). Assim, em Manoel de
Barros, a realidade construída pela ambientação poética, na qual os vocábulos são situados,
constrói uma natureza léxico-semântica esteticamente elaborada para estes, paralelamente à
sua consolidação enquanto pano de fundo de toda a poesia do autor.
Logo, as formas linguísticas presentes no estilo de Manoel de Barros são recursos de
natureza literária com valor léxico-semântico esteticamente trabalhado pelo poeta na
construção da sua obra. Ponderando tais observações, fez-se necessário a elaboração deste
trabalho, cujo objetivo é analisar o vocabulário empregado pelo autor em Matéria de poesia,
tendo como base os estudos da lexicologia (ALVES, 1994) e da léxico-semântica
(BIDERMAN, 2001) e os estudos da linguagem poética de Manoel de Barros (GRÀCIA-
RODRIGUES, 2006).
METODOLOGIA
A pesquisa se realizou através de três etapas distintas e complementares, sendo elas:
levantamento bibliográfico, recolhimento lexical e elaboração do glossário. Distintas, pelo
fato de não se intercalarem, isto é, de serem visíveis no desenvolvimento deste trabalho, e
complementares pelo fato de cumprirem com os pressupostos teóricos coerentemente. Assim,
4. toda a metodologia forneceu um leque de opções de caminhos a serem trilhados durante a
pesquisa, desde a elaboração de seu arcabouço teórico à sua conclusão.
A fase de levantamento bibliográfico se deu após a leitura do corpus. Nela enfatizou-
se, inicialmente, como objeto o léxico na poesia de Manoel de Barros, com o objetivo de
abstrair uma noção inicial acerca das discussões da recepção crítica ao autor. Como
resultados, obtiveram-se os estudos de Waldman (1992) e Grácia-Rodrigues (2006), além do
trabalho de Hugo Friedrich (1978). Em seguida, prosseguiu-se o levantamento, mas desta vez
enfatizando os estudos da área da lexicologia, dos quais emergiram os trabalhos de Alves
(1994) e Biderman (2001).
Na fase de recolhimento lexical, buscou-se observar os vocábulos do corpus
esteticamente modificados, nos âmbitos do significado ou da forma, tendo como ferramenta
de consulta o dicionário de Houaiss e Villar (2009), ao qual se trabalhou a técnica de
comparação entre o significado para com a sua designação, quando existente.
Em seguida, efetuou-se uma conceituação proximal dos vocábulos, de acordo com a
semasiologia, isto é, com ênfase na significação para a estruturação do significado
(BIDERMAN, 2001, p. 199). Isto, de modo que se distanciasse do significado conceptual e se
embasasse nos significados associativos e na significação temática (idem, ibidem, p. 189), ou
seja, na organização do significado inserido em um contexto.
Paralelamente, classificou-se vocábulo por vocábulo de acordo com a taxonomia do
processo de criação de palavras, em que se têm neologismos (fonológicos, semânticos,
sintáticos por prefixação ou sufixação), regionalismos, arcaísmos, empréstimos e
estrangeirismos e outras formas linguísticas (ALVES, 1994).
A estruturação dos verbetes do glossário se realizou pautada no modelo do dicionário
de Houaiss e Villar (2009). Deste modo, apresentou-se cada verbete por meio de uma palavra
de entrada contendo o vocábulo, destacado com fonte em maiúsculo e em negrito, sucedida
pela formação mórfica do vocábulo entre parênteses e da classe de palavras a qual ele
pertence, de forma abreviada e em itálico. Seguindo essa sequência, apresentou-se o
significado do vocábulo, com algumas observações quando necessário e depois se expôs um
recorte da citação em que ele aparece no corpus.
Fez-se necessário também a criação de uma listagem com abreviaturas e siglas de
termos responsáveis pela organização dos verbetes. Para termos simples, abreviou-se
utilizando as primeiras letras em itálico. Já para termos compostos, abreviou-se utilizando a
letra inicial de cada termo e em itálico também. Para a enumeração de entrada dos
significados dos verbetes, quando existente, utilizou-se fonte em negrito.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Realizadas as fases delineadas pela metodologia pressuposta para a execução da
pesquisa, obtiveram-se ao todo 10 vocábulos estilisticamente modificados no corpus Matéria
de poesia, dentre os quais 05 neologismos, 05 regionalismos e 05 arcaísmos. Assim sendo,
segue-se o glossário, contendo os vocábulos transformados em verbetes, do livro Matéria de
poesia, de Manoel de Barros, precedido de suas notas e de suas abreviaturas e siglas.
Glossário de Matéria de poesia, de Manoel de Barros
Quadro 1. Notas
Notas
Palavras de entrada distribuídas em ordem alfabética, em negrito e maiúsculo;
Formação morfológica da lexia entre colchetes, em negrito dividida segundo a sua construção
neológica;
Classificação da lexia entre colchetes e em itálico sucedida por duas barras;
Significado da lexia após a classe gramatical;
Classe gramatical em itálico e abreviada, antecedendo a citação da lexia pelo autor na obra;
Citações da lexia nas obras do autor em itálico sucedidas por um travessão e por barra única em caso
de separação de versos.
Quadro 2. Abreviaturas e siglas
Abreviaturas e Siglas
adj.= adjetivo
adv.= advérbio, adverbal
brasil.= Brasil, brasileiro, brasileirismo
c.f.= conferir
comp.= composição, composto
deriv.= derivação, derivado
gír.= gíria
geog.= geografia, geográfico
i.e.= isto é
MP= Matéria de poesia
neol.= neologismo, neológico
Obs.= observação, observar
p.= página
parass.= parassíntese, parassintético
pref.= prefixação, prefixo, prefixal
prep.= preposição
reg.= região, regionalismo, regional
sem.= semântica, semântico
s.f.= substantivo feminino
s.m.= substantivo masculino
suf.= sufixação, sufixo, sufixal
Var.= variação, variado, variante
v.i.= verbo intransitivo
v.t.= verbo transitivo
BRENHENTAS. [neol. deriv. suf.// brenh + entas] adj. Qualidade de labirinto. Obs.: O
poeta se refere à linguagem de Mário-pega-sapo como “fala de furas brenhentas” e “nua”, no
qual se subentende furnas como “gruta” e brenhentas – derivado de brenha, i.e., “bosque”,
“floresta”, criando a sensação de uma fala desconexa e profunda, mas que é despida,
compreensível para as “crianças e as putas do jardim”. – A fala de furnas brenhentas de
Mário-pega-sapo era nua (MP, p. 138).
6. CORGOS. [Var. geog. reg.] s.m. Variante de córrego. – Viram casos de ostras em canetas / e
ajudaram as aves na arrumação dos corgos (MP, p. 139).
DESCANGOTADOS. [neol. sem.] adj. Deslumbrado. Obs.: O adjetivo “descangotado”
deriva do verbo “descangotar”, i.e., quebrar o pescoço e, por meio disso, Manoel de Barros
causa simultaneamente uma sensação de inércia e deslumbramento ao adjetivar o substantivo
“sapos” com o referido termo, sucedido pelo complemento “de luar”. Obs.: Embora possa
parecer um elemento de uma metaforização, “descangotados” é um neologismo semântico por
manter a forma (significante) e alterar o seu conteúdo significativo (c.f. GUILBERT, 1975
apud ASSIRATI, 1998, p. 122) – Só um poço merejava fora dele / e sapos descangotados de
luar (MP, p. 141).
DESIMPORTANTES. [neol. deriv. pref.// des + importante] s.m. Significa pessoa sem
importância, sem status social. Obs.: O poeta se utiliza do prefixo “–des” como forma de
inversão do significado conceptual (c.f. BIDERMAN, p. 189), i.e., principal explicitado na
palavra (c.f. GRÁCIA-RODRIGUES, p. 170) e, por isso, o termo “desimportantes” se refere a
pessoas sem a equivalente e reconhecida importância social exercida, ao homem simples e
rude, enfim, àqueles que compõem a base da pirâmide econômica. – Pessoas desimportantes /
dão para poesia (MP, p. 137).
GERAL. [gír.] s.f. O mesmo que “a todos”. – Cada coisa sem préstimo / tem seu lugar / na
poesia ou na geral (MP, p.136).
EMPERNAVA. [neol. deriv. parass. // em + pern + ar] v.t. Baldear, cercar. Obs.: O autor
transforma um substantivo em verbo por intermédio de um processo de derivação para
produzir a imagem de um rio abraçando as casas, aumentando assim a atmosfera pantaneira
que envolve os seus habitantes. – O rio empernava as casas (MP, p. 149).
EMPÓS. [Var. geog. reg.] prep. Variação de após. – Só empós de virar traste que o homem é
poesia... (MP, p. 143).
MÁRIO-PEGA-SAPO. [neol. comp.] sub.próp. Trata-se da criação de um substantivo
próprio para a personagem homônima. Obs.: O poeta se utiliza das qualidades naturalizadas
pela personagem para nomeá-la. – A fala de furnas brenhentas de Mário-pega-sapo era nua
(MP, p. 138).
NIM. [Var. geog. reg.] prep. O mesmo que “em”. – Jogar pedrinhas nim moscas... (MP, p.
138).
RIACHOSO. [neol. deriv. suf. // riach + oso] adj. O poeta se refere a um admirador do
cantar dos sapos. Obs.: Trata-se do processo de naturalização com a região pantaneira pelo
7. qual algumas personagens passam. – Que um homem riachoso escutava os sapos (MP, p.
139).
SEMENTAVA. [neol. deriv. suf. // sement + ar] v.i. O mesmo que germinar. Obs.: O poeta
relaciona o caranguejo, crustáceo comum em regiões úmidas como o Pantanal, com a poesia
representada pela figura da harpa, reforçando a ideia do objeto do fazer poético. – Um
caranguejo curto sementava entre harpas (MP, p. 148).
TERÉNS. [reg. brasil.] s.m. Coisa ou objeto. Obs.: Segundo consta nas abreviaturas de
Houaiss (2009), tal vocábulo se trata de um brasileirismo informal. – Nos versos mais
transparentes enfiar pregos sujos, teréns de rua / e de música (MP, p. 138).
Os vocábulos apresentados representam, de um modo geral, uma projeção do
espaço pantaneiro sul-mato-grossense. As variações regionais e as gírias se configuram como
mecanismos de mimetização da fala do homem pantaneiro como um registro discursivo em
que se mesclam a sua cultura e costumes. Já por outro lado, os neologismos se apresentam
como formas linguísticas de natureza léxico-semântica que extravasam a linguagem
mimetizada e constituem o processo de criação verbal esteticamente construídos enquanto
objeto do fazer literário.
Ressaltando que, em Matéria de poesia, a reflexão do fazer poético constitui a
temática central, o que se tem é a expressão da introspecção metalinguística de um eu poético
por meio do discurso do qual emerge o exercício linguístico enquanto representação fiel dos
objetos de construção poética, ou melhor, das matérias pela qual se faz a poesia simples, mas
inovadora e própria, de Manoel de Barros.
CONCLUSÃO
A variedade lexical no estilo poético de Manoel de Barros, apresentada no corpus
Matéria de poesia, atesta a invencionice estilística verbal do autor. O poeta, num intenso
trabalho linguístico, se utiliza da palavra, da ruptura gramatical, das desconcertantes
construções metafóricas, para expressar o regionalismo e a simplicidade do povo sul-mato-
grossense. Portanto, essa linguagem (re)inventada, enquanto objeto de construção poética,
projeta um universo próprio, permeado de coisas inúteis e de gente simples que, ao olhar
comum, não têm valor poético, mas, como matéria para uma poesia mimetizada, são as mais
puras representações dos costumes e valores das terras pantaneiras sul-mato-grossenses, assim
como acrescem ao fazer poético de Manoel de Barros um tom de originalidade.
8. BIBLIOGRAFIA
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Paulo, n. 42. 1998. p. 121-145. Disponível em:
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BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. O significado. A estruturação do léxico. In:______.
Teoria linguística: teoria lexical e linguística computacional. São Paulo: Martins Fontes,
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GRÁCIA-RODRIGUES, Kelcilene. De corixos a veredas: a alegada similitude entre as
poéticas de Manoel de Barros e Guimarães Rosa. Araraquara, 2006. 318 f. Tese (Doutorado,
Estudos Literários) – Faculdade de Ciências e Letras, UNESP.
FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do
século XX. trad. Marise Curioni e Dora da Silva. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa.
Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009.
WALDMAN, Berta. A poesia ao rés do chão. In: BARROS, Manoel de. Gramática
expositiva do chão: poesia quase toda. Rio de Janeiro: Civilização, 1992, p. 11-32.