Este documento descreve as transformações feitas numa casa tradicional portuguesa para torná-la mais confortável. Antes da remodelação, a casa não tinha saneamento e era desconfortável. Depois da remodelação, o rés-do-chão ganhou uma cozinha, casa de banho e melhorias nos pisos e paredes. No primeiro andar, quartos foram adaptados e melhorias foram feitas nos pisos, tectos e janelas. A casa foi transformada de degradada para agradável e funcional.

1. Sociedade Tecnologia e Ciência - Modelos de Urbanismo e
Mobilidade
Remodelação e gestão de espaços
(O antes e depois de uma casa tradicional)
1ºandar antes da remodelação
Rés-do-chão antes da remodelação
Trabalho elaborado por Isabel Braz
29-12-2009
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2. Sociedade Tecnologia e Ciência - Modelos de Urbanismo e
Mobilidade
1ºandar depois da remodelação
Rés-do-chão depois da remodelação
Trabalho elaborado por Isabel Braz
29-12-2009
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3. Sociedade Tecnologia e Ciência - Modelos de Urbanismo e
Mobilidade
Antes da remodelação...
Toda a casa era caiada de branco, tanto por fora como por dentro, e possuía
um telhado de duas águas, com telha sobreposta em vigas (barrotes) de
madeira, a fachada tinha as tradicionais barras pintadas de azul.
Os pisos da tasquinha e da mercearia eram cobertos de cimento vermelho, as
escadas, os pisos da arrecadação e da divisão com a mangedoura eram
revestidos de xisto (lajes), e os pisos do 1º andar, incluindo o da sala com
lareira, eram de madeira (sobrados).
Os tectos, tanto da tasquinha como da mercearia, eram revestidos de madeira
aparelhada.
A lareira tradicional, por fora, era toda caiada de branco, incluindo a “madre”
(nem se via), por dentro era caiada de barro (oca) de cor amarela e todas as
portas (exteriores e interiores), meias-portas e janelas, eram de madeira
pintada.
Toda a casa era totalmente desprovida de saneamento.
Depois da remodelação...
No sentido de a tornar mais habitável e confortável, toda a casa sofreu
grandes transformações.
No rés-do-chão:
Começaram por se arrancar todos os pisos;
Os pisos da arrecadação e da divisão que tinha a mangedoura, foram
rebaixados ao nível da tasquinha e da mercearia;
Foi aberto um acesso entre a divisão da manjedoura e a tasquinha
através de uma arcada com arco de volta perfeita;
Rebocaram-se todas as paredes, depois de instaladas as canalizações,
que viriam a servir a cozinha e a casa de banho;
O abastecimento de água para a cozinha e para a casa de banho
passou a ser feito através de um depósito exterior, que se enchia
periódicamente com água de rede da fonte pública, água essa que era
posteriormente bombeada para as canalizações através de uma bomba
eléctrica;
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Mobilidade
Através da construção de uma fossa, construída em terrenos afastados
da casa, conseguiu-se uma boa solução para os esgotos;
Na divisão da mangedoura (que se retirou), construiu-se uma casa de
banho;
Na tasquinha construiu-se uma cozinha, cuja porta exterior, se
substituiu por uma janela;
Na mercearia adaptou-se uma sala de estar;
A arrecadação manteve-se para os mesmos fins;
Todos os pisos foram revestidos de cerâmica;
Os tectos, exceptuando o da casa de banho, uma vez que as madeiras
estavam em bom estado, foram apenas pintados de novo;
No 1º andar:
As paredes foram todas rebocadas;
Na sala de estar adaptou-se um quarto, levantando uma divisória entre
este e o quarto do lado;
Os pisos dos quartos foram todos forrados com “piso flutuante”;
A lareira tradicional foi totalmente rebocada, à “madre” de madeira foilhe retirada toda a cal, cujas camadas nem permitiam que se vi-se a
madeira natural, que foi posteriormente tratada e envernizada.
Por dentro, a lareira foi toda revestida de tijolos refractários pretos e
bordeaux;
No tecto da sala da lareira foram substituídas todas as madeiras, por
madeiras novas, tratadas e envernizadas, o piso de madeira foi
substituído por cerâmica;
As madeiras dos tectos dos quartos deram lugar a placas de betão;
As escadas mantiveram-se iguais polindo apenas as lajes.
Todas as portas, meias-portas e janelas de madeira da casa, foram
substituídas outras, as exteriores de alumínio, as interiores de madeira
envernizada.
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5. Sociedade Tecnologia e Ciência - Modelos de Urbanismo e
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No telhado substituíram-se todas as telhas, e a chaminé, manteve as suas
características tradicionais, sendo apenas rebocada de novo.
As fachadas foram todas rebocadas, optando por não manter as
tradicionais barras, mas fazendo um largo friso em “cimento arranhão”, em
toda a sua volta.
Assim, embora se tenham perdido algumas das suas características
tradicionais, o que noutros tempos fora local de coabitação entre pessoas e
animais, e posteriormente pequeno estabelecimento comercial rural,
conseguiu-se transformar aquela velha casa, totalmente degradada, sem
saneamento nem qualquer comodidade, numa casa agradável, funcional e
perfeitamente habitável.
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