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Padre António Vieira
(Sermão pronunciado em São Luís
do Maranhão, a 13 de Junho de
1654)
Alegoricamente, Padre António Vieira repreende, particularmente, os
vícios de quatro peixes que, na verdade, funcionam como símbolos
dos vícios dos colonos de São Luís do Maranhão.
Roncadores
• Embora pequenos roncam
muito;
• Simbolizam a arrogância,
soberba, orgulho e vaidade.
“É possível que sendo vós
uns peixinhos tão pequenos,
haveis de ser as roncas do
mar?”
Pegadores
• Sendo pequenos, pregam-se
nos maiores, não os largando
mais;
• Simboliza o oportunismo,
parasitismo social e
subserviência.
“Pegadores se chamam a
estes de que agora falo, e
com grande propriedade,
porque sendo pequenos, não
só se chegam a outros
maiores, mas de tal sorte se
lhes pegam aos costados, que
jamais os desferram.”
Voadores
• Sendo peixes, também se
metem a ser aves
• Simbolizam a ambição
desmedida.
“Dizei-me, Voadores, não
vos fez Deus para peixes?
Pois porque vos meteis a ser
aves? (…) Contentai-vos
com o mar e com nadar, e
não queirais voar, pois sois
peixes.”
Polvo
• Com aparência de santo, é
o maior traidor do mar;
• Simboliza a traição,
hipocrisia, dissimulação e
disfarce.
“E debaixo desta aparência
tão modesta, ou desta
hipocrisia tão santa (…) o
dito Polvo é o maior traidor
do mar.”
Concelho do orador:
Calar e imitar Santo António, que detinha o poder e a sabedoria.
“(…) ninguém houve jamais que o ouvisse falar em saber ou poder (…)”
Homens que se identificam com o roncador:
• Caifas – “(...) roncava de saber (...)”
• Pilatos – “(...) roncava de poder (...)”
• Pedro – “(...) tinha roncado e barbateado (...)”
• Golias – “(...) este gigante era a ronca dos Filisteus (...)”
Comparação entre os Roncadores e Santo António:
Os roncadores eram soberbos e orgulhosos;
Santo António, tendo tanto saber e tanto poder, não se orgulhou disso, antes se
calou.
Os roncadores eram facilmente pescados;
Santo António não foi abatido, mas a sua voz ficou para sempre.
Este peixe é mais astuto que generoso, porque
vive às custas de outros peixes maiores.
Os “pegadores” que o Padre António Vieira
pretende atingir são pessoas que se associam a quem
tem mais poder passando a depender delas.
Homens que se identificam com o pegador:
• Seguidores de Herodes – “Pois é possível que todos estes morressem juntamente
com Herodes? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morrem também com ele os
Pegadores (...)”
• Os que Nabucodonosor sustentava – “(...) que foi cortada esta árvore, as aves
voaram e os outros animais fugiram.”
• S. António e David também decidiram ser pegadores de Deus ou Deus deles –
“Peguem-se outros aos grandes da terra, que eu só me quero pegar a Deus. (...)
verdadeiramente se pode duvidar qual dos dois é ali o pegador (...)”
Comparação entre os pegadores e Santo António:
Os pegadores pegaram-se às suas ‘‘vítimas’’
acabando por morrer com elas;
Santo António pegou-se com Cristo a Deus e
tornou-se imortal.
Homens que se identificam com o voador:
• Simão Mago – “(...) e com efeito começou a voar
mui alto ; (...) voou mais depressa que ele, e, caindo lá
de cima o Mago (...)”
• Ícaro – “(...) se afogou no Danúbio, não haveria tantos Ícaros no Oceano.”
Comparação entre os voadores e Santo António:
Os Voadores são ambiciosos e presunçosos;
Santo António tinha duas asas: a sabedoria natural e a sabedoria sobrenatural. Não
as usou por ambição; foi considerado leigo e sem ciência, mas tornou-se sábio para
sempre.
Homens que se identificam com o polvo:
• Judas – “Judas é verdade que foi traidor, mas
com lanternas diante; traçou a traição às escuras,
mas executou-a muito às claras.”
Comparação entre o Polvo e Santo António:
O Polvo é traidor;
Santo António foi o maior exemplo da candura, da sinceridade e verdade, onde
nunca houve mentira.
• Interrogação retórica – ‘‘ É possível que, sendo vós uns peixinhos tão pequenos,
haveis de ser as roncas do mar?’’;
• Comparação – ‘‘ O que era a Baleia entre os peixes era o Gigante Golias entre os
Homens’’;
• Apóstrofe – ‘‘ … Amigos Roncadores…’’;
• Antítese – ‘‘ Tão seguros ao perto como aqueles ao longe’’;
• Ironia – ‘‘ Este modo de vida, mais astuto que generoso’’;
• Repetição – ‘‘ Todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os
que seguiam’’;
• Enumeração – ‘‘Que também nelas há, falsidades, enganos, fingimentos,
embustes…’’.
• Ana Pereira;
• Catarina Sousa;
• Sandra Carvalho;
• Vânia Leite.

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Sermao de S. Antonio aos peixes - Capítulo v

  • 1. Padre António Vieira (Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)
  • 2. Alegoricamente, Padre António Vieira repreende, particularmente, os vícios de quatro peixes que, na verdade, funcionam como símbolos dos vícios dos colonos de São Luís do Maranhão.
  • 3. Roncadores • Embora pequenos roncam muito; • Simbolizam a arrogância, soberba, orgulho e vaidade. “É possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?” Pegadores • Sendo pequenos, pregam-se nos maiores, não os largando mais; • Simboliza o oportunismo, parasitismo social e subserviência. “Pegadores se chamam a estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram.”
  • 4. Voadores • Sendo peixes, também se metem a ser aves • Simbolizam a ambição desmedida. “Dizei-me, Voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? (…) Contentai-vos com o mar e com nadar, e não queirais voar, pois sois peixes.” Polvo • Com aparência de santo, é o maior traidor do mar; • Simboliza a traição, hipocrisia, dissimulação e disfarce. “E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa (…) o dito Polvo é o maior traidor do mar.”
  • 5. Concelho do orador: Calar e imitar Santo António, que detinha o poder e a sabedoria. “(…) ninguém houve jamais que o ouvisse falar em saber ou poder (…)” Homens que se identificam com o roncador: • Caifas – “(...) roncava de saber (...)” • Pilatos – “(...) roncava de poder (...)” • Pedro – “(...) tinha roncado e barbateado (...)” • Golias – “(...) este gigante era a ronca dos Filisteus (...)”
  • 6. Comparação entre os Roncadores e Santo António: Os roncadores eram soberbos e orgulhosos; Santo António, tendo tanto saber e tanto poder, não se orgulhou disso, antes se calou. Os roncadores eram facilmente pescados; Santo António não foi abatido, mas a sua voz ficou para sempre.
  • 7. Este peixe é mais astuto que generoso, porque vive às custas de outros peixes maiores. Os “pegadores” que o Padre António Vieira pretende atingir são pessoas que se associam a quem tem mais poder passando a depender delas. Homens que se identificam com o pegador: • Seguidores de Herodes – “Pois é possível que todos estes morressem juntamente com Herodes? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morrem também com ele os Pegadores (...)” • Os que Nabucodonosor sustentava – “(...) que foi cortada esta árvore, as aves voaram e os outros animais fugiram.” • S. António e David também decidiram ser pegadores de Deus ou Deus deles – “Peguem-se outros aos grandes da terra, que eu só me quero pegar a Deus. (...) verdadeiramente se pode duvidar qual dos dois é ali o pegador (...)”
  • 8. Comparação entre os pegadores e Santo António: Os pegadores pegaram-se às suas ‘‘vítimas’’ acabando por morrer com elas; Santo António pegou-se com Cristo a Deus e tornou-se imortal.
  • 9. Homens que se identificam com o voador: • Simão Mago – “(...) e com efeito começou a voar mui alto ; (...) voou mais depressa que ele, e, caindo lá de cima o Mago (...)” • Ícaro – “(...) se afogou no Danúbio, não haveria tantos Ícaros no Oceano.” Comparação entre os voadores e Santo António: Os Voadores são ambiciosos e presunçosos; Santo António tinha duas asas: a sabedoria natural e a sabedoria sobrenatural. Não as usou por ambição; foi considerado leigo e sem ciência, mas tornou-se sábio para sempre.
  • 10. Homens que se identificam com o polvo: • Judas – “Judas é verdade que foi traidor, mas com lanternas diante; traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras.” Comparação entre o Polvo e Santo António: O Polvo é traidor; Santo António foi o maior exemplo da candura, da sinceridade e verdade, onde nunca houve mentira.
  • 11. • Interrogação retórica – ‘‘ É possível que, sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?’’; • Comparação – ‘‘ O que era a Baleia entre os peixes era o Gigante Golias entre os Homens’’; • Apóstrofe – ‘‘ … Amigos Roncadores…’’; • Antítese – ‘‘ Tão seguros ao perto como aqueles ao longe’’; • Ironia – ‘‘ Este modo de vida, mais astuto que generoso’’; • Repetição – ‘‘ Todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam’’; • Enumeração – ‘‘Que também nelas há, falsidades, enganos, fingimentos, embustes…’’.
  • 12. • Ana Pereira; • Catarina Sousa; • Sandra Carvalho; • Vânia Leite.