Esta cartilha, fruto da minha pesquisa de mestrado, apresenta recomendações para impulsionar a criatividade, a serendipidade e o processo de inovação. Ela explica os conceitos, apresenta o processo criativo/inovativo, elenca 33 ferramentas que ajudam o referido processo e mostra como o conhecimento é um poderoso combustível para a criatividade e a inovação.

1. a f a v o r d a
Alessandra Trindade
PPGIC

2. Elaboramos esta cartilha para os profissionais que têm dificuldade
ou querem pensar fora da caixa, inovar e usar a criatividade para
resolver problemas, sejam simples ou complexos.
Queremos que os leitores:
Impulsionem o processo de inovação através da criatividade e da
serendipidade!

3. Serendipidade: conceito .............................................................................................1
Serendipidade: processo.............................................................................................2
Serendipidade: mente preparada ..............................................................................3
Serendipidade: fatores que podem facilitar.............................................................4
Criatividade: conceito ..................................................................................................5
Inovação conceito e relação com a serendipidade e a criatividade...................6
Processo criativo/inovativo........................................................................................7
Ferramentas para o processo criativo/inovativo...................................................8
Processo de concepção de soluções inovadoras .................................................9
Recomendações.........................................................................................................10
Repertório e T-shape ................................................................................................11
Relatos..........................................................................................................................12
Sobre os relatos: comentários.................................................................................14

4. Aptidão para descobrir coisas agradáveis/felizes por acaso, de
modo imprevisto e inesperado. Esse processo está intimamente
relacionado a casualidade e a sagacidade (habilidade de
compreender ou aprender por simples indícios).
(SILVA FILHO, 2011; RUBIN; BURKELL; QUAN‐HAASE, 2011;
MCCAY‐PEET; TOMS, 2015; MELO; CARVALHAIS, 2016).
Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
1
A história mais conhecida sobre a concepção da teoria da gravidade é a seguinte:
Newton estava sob uma macieira e uma maçã caiu em sua cabeça, esse evento, inesperado e corriqueiro, foi o
gatilho que levou o físico inglês a refletir sobre a força gravitacional.
A serendipidade é associada à diversas descobertas científicas e inovações
(Gravidade, Penicilina e Raios-X).

5. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
p r o c e s s o
Gatilho -pista verbal, textual ou visual que inicia ou estimula a experiência de serendipidade;
Atraso -intervalo entre a percepção do gatilho e a conexão;
Conexão -perceber uma relação entre o gatilho e o conhecimento e experiência do indivíduo;
Follow-up Ações tomadas para verificar se o resultado é valioso;
Resultado valioso -efeito positivo da experiência fortuita realizada e projetada;
Linha inesperada -elemento inesperado, casual, acidental ou surpreendente que é evidente em um ou mais dos
elementos.
Gatilho
Conexão
Follow-up
Resultado valioso
Segmento/linha do inesperado
Atraso
Percepção de serendipidade
Fatores internos e externos influenciam
os elementos do processo e a percepção
de serendipidade.
2

6. A mente preparada é um dos fatores determinante para uma experiência
de serendipidade aconteça, ela afeta a capacidade de o sujeito fazer
conexões, perceber os gatilhos e dar sentido as informações
potencialmente relevantes para a solução de problemas.
Existem dois tipos de preparação:
(SILVA FILHO, 2011; RUBIN; BURKELL; QUAN‐HAASE, 201;
MCCAY‐PEET; TOMS, 2015; MELO; CARVALHAIS, 2016).
Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
M e n t e p r e p a r a d a
3
Uma preocupação ou problema anterior
Uma experiência ou especialização anterior.

7. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
FATORES EXTERNOS (E)
FATORES INTERNO (I)
DEFINIÇÃO
RELAÇÃO COM PROCESSO DE
SERENDIPIDADE
Rico em gatilhos (E)
Um ambiente que contém pistas sensoriais
que têm o potencial de desencadear o
acaso.
Desencadear / Follow-up
Destaca gatilhos (E)
Algo ou alguém que destaca, aponta ou
alerta um indivíduo para gatilhos.
Desencadear / Follow-up
Abertura (I)
Ser curioso ou aberto ou receptivo à
experiência. A abertura pode descrever um
traço de personalidade, estratégia
consciente ou um estado temporário.
Desencadear / Conexão / Follow-up
Mente preparada (I)
O conhecimento e a experiência do
indivíduo.
Desencadear / Conexão / Follow-up
Capacidade de fazer conexões (I)
Ser capaz de pensar de forma crítica ou
criativa sobre as relações entre ideias,
informações e fenômenos encontrados e o
próprio conhecimento e experiência do
indivíduo
Conexão / Follow-up
Habilita conexões (E)
Algo ou alguém que incentiva a exploração, o
pensamento crítico e o compartilhamento de
conhecimentos e ideias que possibilitam ver
as relações entre informações e ideias.
Conexão / Follow-up
Ativa a captura (E)
Algo ou alguém que ajuda um indivíduo a
registrar ou copiar um gatilho para uso
posterior.
Follow-up
F a t o r e s q u e p o d e m f a c i l i t a r
4

8. Habilidade para criar e inventar, conceber ideias.
Aptidão intrínseca do ser humano para resolver problemas.
Pode ter um viés de descoberta ou invenção.
(GURGEL, 2006; PAGNAN et al., 2009; SILVA FILHO, 2012; FERNANDES et al., 2014; SOUSA; NUNES; MONTEIRO,
2016; MAZZEI, 2016; BRAGANÇA et al., 2016; DEPEXE, 2018;; FIGUEIREDO; FERREIRA; FIALHO, 2019).
Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
5

9. Envolve a capacidade de mobilizar os recursos da organização
para criar oportunidades e transformar ideias em soluções –
produtos, serviços, processos.
(LIMA; CARVALHO, 2009).
Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
CRIATIVIDADE
INOVAÇÃO
SERENDIPIDADE
Serendipidade é um elemento que impulsiona criatividade, e, por conseguinte, a inovação
A inovação atua na materialização da ideia
A criatividade é responsável pela concepção da ideia
A serendipidade viabiliza as conexões inesperadas
entre os elementos do repertório dos sujeitos
e auxiliando insight criativo
6

10. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
P r o c e s s o c r i a t i v o / i n o v a t i v o
Percepção de um
problema
• organização ou clientes
Formulação do
problema
• analisar o problema
Preparação
• buscar informações/insumos
sobre o problema
Ideação
• pensar em soluções
Incubação
• fazer uma pausa, esquecer”
ou se afastar do problema
Mudança de perspectiva
• Empreender novos pontos de vista
sobre o problema
Iluminação
• Surgimento da ideia/solução
Seleção, avaliação e
elaboração
• Das ideias
Comunicação
• Apresentar a ideia/solução
Estratégias de
realização da ideia
• planejar a execução/
masterização da ideia
Etapas associadas à gestão da organização
Etapas associadas ao processo criativo
Etapas associadas ao processo inovativo
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11. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
FERRAMENTAS
ETAPAS
Percepção
de um
problema
Formulação do
problema
Preparação Ideação Incubação
Mudança de
Perspectiva
Iluminação
Seleção/Avalia
ção/Elaboração
Comunicação
Estratégia de
Realização da
Ideia
Cinco Porquês X
Esmagando
Suposições
X X
Benchmarking X
Brainstorming X X X X X
Checklist X X
Cre-In X X X
Delphi X X X X
Design
Thinking
X X
Diagrama de
Ishikawa
X
Gamificação X X X
Gatilhos para
ideias
X X X
Pensamento
Lateral
X X
Listagem De
Atributos
X X X
MESCRAI X X X X
Mapa Mental X X
Abordagem
Morfológica
X X X
MVP X
Nove Janelas X X
Régua
Heurística
X X
RPG X X X
Sinergia X X X X
Sinético X X X
Seis Chapéus X X
TRIZ X X X
VPC X
Diagrama Por
Que
X X
Cocriação,
Coparticipação,
Copropriedade
X X X X X
Six Sigma X X
DMAIC X X X
PDCA X X X
SWOT X X X
5W2H X
Matriz de
Eisenhower
X
P r o c e s s o c r i a t i v o / i n o v a t i v o
8

12. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
i n o v a ç ã o , c r i a t i v i d a d e e s e r e n d i p i d a d e
As etapas do processo criativo/inovativo estão no centro do fluxograma, este apresenta a relação e aplicação
de aspectos de inovação, criatividade e serendipidade no processo de concepção de produtos e serviços.
PERCEPÇÃO DE
UM PROBLEMA
FORMULAÇÃO DO
PROBLEMA
IDEAÇÃO INCUBAÇÃO
MUDANÇA DE
PERSPECTIVA
ILUMINAÇÃO
SELEÇÃO,
AVALIAÇÃO E
ELABORAÇÃO
COMUNICAÇÃO
ESTRATÉGIAS DE
REALIZAÇÃO DA
IDEIA
PREPARAÇÃO
PRODUTO OU
SERVIÇO
AVALIAÇÃO DOS
PRODUTOS E
SERVIÇOS
ANÁLISE DAS
NECESSIDADES
DOS CLIENTES
PODEM LEVAR
MENTE
PREPARADA
REPERTÓRIO
AUXILIA REQUER
SERENDIPIDADE
IMPACTAM
CONEXÕES
INESPERADAS
ENTRE OS ELEMENTOS DO
AUXILIA
ATENÇÃO
PERCEPÇÃO DE
GATILHOS
IMPACTA
IMPULSIONA
IMPACTA
ATRASO
RELAÇÃO
ATUAÇÃO DA
SERENDIPIDADE
RESULTADO
VALIOSO
A IDEIA
LEVA
LEVAM Á
IMPACTA
ATUAÇÃO DO FOLLOW-UP
ATUAÇÃO DO FOLLOW-UP
OBJETIVO FINAL
ATUAÇÃO DA
SERENDIPIDADE
ATUAÇÃO DA
SERENDIPIDADE
ATUAÇÃO DA
SERENDIPIDADE
ETAPAS IMPACTADAS PELA ODOÇÃO DE UMPERFIL T-SHAPED
ETAPAS IMPACTADAS PELA CAPACIDADE DE FAZER CONEXÕES E O PENSAMENTO DIVERGENTE
ETAPAS IMPACTADAS POR ELEMENTOS DO PROCESSO DE SERENDIPIDADE
ASPECTOS FIXOS
(SEMPRE ACONTECE)
ASPECTOS VARIANTES
(PODE NÃO ACONTECER)
ASPECTOS DE GESTÃO
ASPECTOS DE CRIATIVIDADE
ASPECTOS DE INOVAÇÃO
ASPECTOS DE SERENDIPIDADE LEGENDA
PROCESSO,
PRODUTO,
SERVIÇO
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13. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
Análise e feedback
constante
Os problemas podem ser evidentes (surgindo de uma
necessidade emergente) ou quase imperceptíveis (porque
as necessidades dos clientes, potenciais e reais, não
estão sendo observadas e analisadas ou a organização
não adotou um mindset de melhoria contínua) por isso é
importante constantemente analisar os produtos e
serviços da organização e colher feedback dos clientes.
Estude o problema
Compreenda o problema totalmente, busque
informações, “insumos” sobre ele e identifique a sua
causa raiz.
Nada vem do nada
Busque informações, conhecimentos, práticas, soluções,
princípios em outra áreas e setores e adapte-os para a
sua realidade, ou seja, busque referências e adapte-as.
Repertório
Ter um conhecimento diversificado ajuda na concepção
de ideias novas/inéditas, portanto você deve ler, ouvir e
ver a maior variedade possível de gêneros e acompanhar
as novidades e diversos segmentos e áreas.
Habilidade, conhecimento e
desenvolvimento
Desenvolva as suas hard e soft skills e relacione-as em
um modelo T-shaped skills.
Exerça o pensamento
divergente
Faça associações entre ideias, informações ou conceitos
aparentemente não relacionados, para criar algo novo.
Busque observar as coisas "problemas, fenômenos,
causas" por diferentes perspectivas, fuja do comum e do
óbvio.
Hora do break
Tenha um tempo para se “desligar” do problema e fazer
atividades que não exigem intenso raciocínio ou atenção
– ver televisão, ouvir música, caminhar –, nesse momento
o seu cérebro continuará trabalhando, inconscientemente,
na resolução.
Seleção, Avaliação e
Elaboração
É preciso selecionar e avaliar as ideias, assim como
planejar a sua execução/materialização.
Atenção e metacognição
Esteja atento ao que acontece ao seu redor, pois tudo
pode ser uma fonte de inspiração ou um gatilho. Esteja
atento a sua cognição, autoavalie-se para verificar se
você precisa de mais
informação/detalhes/conhecimentos.
Imprevisibilidade
As ideias podem surgir em qualquer lugar e a qualquer
momento. Tenha sempre lugar para anotar as ideias -
papel e caneta, bloco de notas do celular, grupo privado
do WhatsApp.
Utilize ferramentas que auxiliem as etapas
desse processo
As 5 primeiras dicas auxiliaram na
preparação da mente ;)
Para impulsionar a serendipidade, a criatividade e, por conseguinte, a inovação
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14. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
O repertório compreende os conhecimentos, as experiências e as
habilidades dos sujeitos.
Existem três perfis de conhecimento profissional
ao invés de possuir um perfil generalista ou especialista, adotar um perfil t-shape
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15. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
"O uso de cores na sinalização das estantes
da biblioteca surgiu a partir da observação
por parte de bibliotecários e colaboradores
Percebemos que por vezes os usuários
passavam direto das informações que ficam
na entrada de cada corredor (eram
sinalizações sobre assuntos dos códigos
que estão naquela fila de estantes, por
exemplo, e estavam em folhas brancas com
impressão da informação em preto). Com a
inserção de cores nesses cartazes,
percebemos que a mesma informação
passou a ser lida e percebida com
frequência, facilitando o acesso aos
materiais (A ideia veio ao lembrarmos do
uso de cores UFPB na sinalização de
estantes e materiais em bibliotecas infantis,
e veio a expressão: como não pensamos
nisso antes?)“
Bibliotecário(a) da UFPB
"Era dia do black friday em 2019, estava
cansada de tantos comerciais sobre o
assunto, aí assistindo ao JN, vi as portas
das lojas lotadas e pessoas que iam dormir
nos shoppings esperando as promoções, daí
fui para o PC criei, placas de promoção e
anunciei no nosso facebook nosso black
friday, todos os títulos da biblioteca
emprestado por um mês para qualquer
categoria de usuários. E quando chegamos
a porta da biblioteca estava lotada como as
lojas. foi um sucesso.“
Bibliotecário(a) da UFPE
"Campanhas de doação de alimentos para
regularizar débitos de usuários da
biblioteca"
Bibliotecário(a) da UFPI
"A super lotação do setor de atendimento da
ficha catalográfica despertou a ideia de
atendimento via tecnologias.“
Bibliotecário(a) da UFPI
Relatos de bibliotecários
que atuam em bibliotecas de universidades federais
sobre soluções (produtos, serviços,
processos) que surgiram de
experiências de serendipidade.
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16. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
"Oficina de projeto de pesquisa. Após
escutar, dos alunos, a dificuldade de
conseguir escrever o TCC em tempo hábil e
a falta de planejamento (projeto de
pesquisa) para a construção do TCC. Resolvi
oferecer, semestralmente, uma oficina para
que os alunos entendam a construção de
um objeto de pesquisa e toda a construção
da metodologia acadêmica.“
Bibliotecário(a) da UFAL
"Sou bibliotecária e atendo pessoas com
deficiência na produção de acervo, como
converso bastante com os usuários nas
conversas surgem ideias de serviços e
produtos, certo dia conversando com um
aluno cego ela me falou de suas
dificuldades no uso de tecnologia assistiva,
teve a ideia de fazer com os próprios alunos
tutoriais de como eles podem acessar as
páginas na internet com programas leitores
de tela, com os termos e linguagem próprias
de seu cotidiano, disso realizamos um curso
para os alunos cegos realizado por um
aluno também cego. Este ano vamos dá
continuidade as atividades, a ideia são as
próprias pessoas com deficiência
encontrarem soluções para os desafios do
cotidiano. Como também tenho deficiência o
diálogo fica bem facilitado.“
Bibliotecário(a) da UFC
"agora não consigo lembrar de um serviço
específico, mas normalmente surgem a
partir de conversas com outros profissionais
da área, leituras não necessariamente
relacionadas com o tema, experiências de
outras pessoas fora da minha área de
trabalho, ex.: amigos e familiares ou até
assistindo um filme em um final de semana“
Bibliotecário(a) da UFPE
"Em uma reunião com a equipe de
bibliotecários do setor tive a ideia de
direcionar os funcionários para serem
responsáveis com a organização de apenas
2 estantes para cada funcionário no acervo
de Desbaste [...]”
Bibliotecário(a) da UFRN
"Foi durante a pandemia, passei a realizar
alguns serviços pela plataforma Meet, uma
vez que estávamos em home office. Além de
postar semanalmente dicas de
normalização no Instagram em forma de
podcast - levando informações aos
usuários.“
Bibliotecário(a) da UFRN
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17. Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade
Mestre em Gestão da Informação e do Conhecimento,
Bacharel em Biblioteconomia pela UFRN.
“No campo da observação, o acaso favorece
apenas as mentes preparadas”
Louis Pasteur
O relato 1 demonstra como a mente preparada está relacionada a conexão entre os elementos que
compõem o repertório dos sujeitos, como uma prática de outro contexto/segmento (Black Friday)
pode ser adaptada e gerar uma ação nova e diferente para a biblioteca.
O relato 3 demonstra como um problema pode impulsionar à criatividade
e, por conseguinte, uma iniciativa inovadora.
O relato 5 demonstra a importância de buscar referências em outras áreas.
O relato 7 demonstra a importância de acompanhar as tendências de diversos seguimentos.
Elas podem ser adaptados e aplicadas no contexto da biblioteca.
O relato 9 demonstra como as interações sociais podem promover experiências de serendipidade
e reforça a importância de criar espaços para o compartilhamento de ideias
e interação entre os profissionais que atuam na organização.
sobre os relatos

18. Cartilha elaborada no Programa de Pós-graduação em Gestão da
Informação e do Conhecimento (PPGIC) da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN) pela discente
Alessandra Stefane Cândido Elias da Trindade.
Na dissertação intitulada "Criatividade e serendipidade na
inovação de produtos e serviços em bibliotecas universitárias“,
orientada pelo Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato