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OFICINA DE CONSERVAÇÃO DE
ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
Alfenas-MG
5 jun. 2013
Iuri Rocio Franco Rizzi
Professor Assistente
Curso de Biblioteconomia
Universidade Federal de
Alagoas
PLANO DA OFICINA:
Parte I: um pouco de teoria
1. Introdução
2. Conceitos e definições
3. Suportes: papel
4. Fatores de degradação do papel4. Fatores de degradação do papel
5. Medidas de conservação de acervos bibliográficos
Parte II: vamos à prática!
1. Higienização de documentos
Encerramento 2
INTRODUÇÃO
Biblioteconomia → informação registrada
(suporte)
Paradigmas:
Preservação X Acesso
3
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PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS:
1
Conservação
preventiva
2
Pequenos
reparos
3
Restauração
4
Conservar ou restaurar?
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PRESERVAÇÃO
“[...] elaboração das políticas que irão ser adotadas
para gerir a Conservação” (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p.
9).
Envolve todos os assuntos e ações que buscamEnvolve todos os assuntos e ações que buscam
minimizar a deterioração dos documentos. (THE
BRITISH..., 2003, p. 9).
5
Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
CONSERVAÇÃO
Oferece subsídios para que o documento
permaneça em condições físicas de utilização,
levando-se em conta o controle climático,
condições construtivas, limpeza, reparos.”
(LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9).
“[...] Define-se como um conjunto de medidas
específicas e preventivas necessárias para a
manutenção da existência física do
documento.” (THE BRITISH..., 2003, p. 9).
6
Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
RESTAURAÇÃO
“[...] compreende as medidas aplicadas para
reparar os documentos já deteriorados ou
danificados.” (THE BRITISH..., 2003, p. 9).
“Restaurar é devolver ao documento“Restaurar é devolver ao documento
características mais aproximadas do seu estado
original. Requer a utilização de equipamentos
adequados, infra-estrutura, laboratório e
sobretudo especialistas.” (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9).
7
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SUPORTES E TIPOS DE INFORMAÇÃO
Argila
Papiro
Madeira
Papel
Couro
Metais
Textos
Imagens, figuras,
ilustrações
GráficosMetais
Tecidos
Fita K7, disco de
vinil
Filmes fotográficos e
cinematográficos
Mídias digitais
8
Gráficos
Fotografias
Músicas
Filmes
Obras de arte
etc.
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PAPEL
Inventado na China, por volta de 105 d. C.
Chega à Europa no século XII.
Matéria-prima: algodão, juta, linho, talos de trigo e arroz;
fibras vegetais ricas em celulose.fibras vegetais ricas em celulose.
No final do século XX, a principal substância usada na
fabricação do papel é a celulose; tem aspecto branco e leitoso;
insolúvel em água. Composição: fibras vegetais, carboidratos,
amido e lignina (polímero orgânico de caráter ácido, que
impregna as fibras da celulose e diminui a resistência do
papel. (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 16).
9
Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
“Há livreiros que, por questão de princípio, só vendem
exemplares perfeitos. Quando compram um lote de livros escolhem
os melhores e revendem os que julgam indignos de sua clientela a
um colega menos exigente. No Brasil, onde o comércio de livros
raros é insignificante, nenhum livreiro pode selecionar com tanto
rigor os livros que compra e vende. É obrigado, por falta de
mercadorias, a ficar com muitos volumes em mau estado. Mas nãomercadorias, a ficar com muitos volumes em mau estado. Mas não
é somente por este motivo que a seleção é pouco rigorosa: é porque
os livros,livros,livros,livros, sesesese nãonãonãonão foremforemforemforem muitomuitomuitomuito bembembembem cuidados,cuidados,cuidados,cuidados, estragamestragamestragamestragam----sesesese comcomcomcom
incrívelincrívelincrívelincrível rapidezrapidezrapidezrapidez nestenestenesteneste climaclimaclimaclima nefastonefastonefastonefasto aosaosaosaos livroslivroslivroslivros.... Os estragos são de
proporções tais que um livro estrangeiro, importado há poucos
anos e conservado sem cuidado, acaba fatalmente arruinado. Uma
obra impressa no Brasil, no século XIX, isenta de furos de bicho é
coisa rara.” (MORAES, 2005, p. 35, grifo meu).
10
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FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL
Fatores intrínsecos: estão ligados
diretamente aos elementos constituintes do
papel: composição, tipo de fibra, de
encolagem, resíduos químicos e partículas
metálicas.
Fatores extrínsecos: estão ligados
diretamente a agentes físicos e biológicos:
manuseio, radiação ultravioleta,
temperatura, umidade, poluentes
atmosféricos, microorganismos, insetos e
roedores (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9). E
mais os desastres naturais e acidentais.
11
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FATORES INTRÍNSECOS
Suporte
Material utilizado
Composição química
FabricaçãoFabricação
12
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FATORES INTRÍNSECOS
A acidez é um dos maiores fatores de degradação do
papel. Ela ataca o papel alterando suas
características químicas e coloca em risco sua
durabilidade. Dependendo do processo de fabricação,
um papel pode conter maior ou menor concentração
de ácidos em sua composição.de ácidos em sua composição.
Quanto menos ácida sua composição mais alcalino é o
papel e, portanto, melhor sua qualidade. Deve-se
levar em conta que, como os ácidos migram do papel
de qualidade inferior para qualquer papel que esteja
em contato direto torna-se importante separá-los
daqueles de menor qualidade.
13Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
FATORES EXTRÍNSECOS
Agentes mecânicos:
Guarda inadequada
Manuseio incorreto
Desastres
Agentes físicos:
Luz
Temperatura e umidade relativa
Disposição arquitetônica
14
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FATORES EXTRÍNSECOS
Agentes químicos:
Poluição ambiental
Poeira
Agentes biológicosAgentes biológicos
Microorganismos: fungos e bactérias
Insetos
Roedores
15
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FATORES EXTRÍNSECOS
Manuseio:
16
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CUIDADOS NO USO DOS LIVROS:
Não colocar clips e demais objetos metálicos no livro; flores ou folhas
de plantas; recortes de jornais ou papelão de baixa qualidade;
Retirar e devolver às prateleiras corretamente;
Não dobrar páginas ou fazer ‘orelhas’ para marcar as páginas;
Não debruçar-se em cima dos livros ou usá-lo como apoio;
Evitar transportar o livro sem invólucro protetor. Usar pastas, bolsas
ou mochilas que possam acomodá-los adequadamente;
Não virar as páginas com os dedos umedecidos com saliva;
Não usar fitas adesivas para consertos de qualquer tipo;
Lavar as mãos ao folhear as obras;
17
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AGENTES FÍSICOS:
Condições climáticas ideais:
Temperatura ideal para reservas técnicas sem
circulação contínua de pessoas: 12°C.circulação contínua de pessoas: 12°C.
Em áreas de consulta: 18°C a 22°C.
Umidade relativa do ar (UR): 40 a 50%.
18
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CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NO BRASIL:
Em Alfenas-MG, hoje (CLIMATEMPO, 2013):
Temperatura: mín. 14°C e máx. 23°C.
UR: 66 a 100%.
Nascer do sol: 06h36 Pôr do sol: 17h29
Índice UV: Muito Alto
Em Maceió-AL, hoje (CLIMATEMPO, 2013):
Temperatura: mín. 23°C e máx. 28°C.
UR: 60 a 96%.
Nascer do sol: 05h34 Pôr do sol: 17h09
Índice UV: Alto
19O importante é, então, buscar se aproximar do ideal, mas dentro das
limitações de cada instituição. Variações via de regra devem ser evitadas.
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AGENTES FÍSICOS. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS:
Controle de temperatura e umidade por meio de
equipamentos e aparelhagem adequados.
Não sendo possíveis, algumas medidas de conservação:
Em regiões úmidas (litoral):
Não abrir janelas em dias úmidos (acima da média).Não abrir janelas em dias úmidos (acima da média).
Não deixar no local do acervo guarda-chuvas, capas
molhadas e plantas.
Em regiões secas (sertão):
Espalhar recipientes contendo plantas (inclusive aquáticas)
Não abrir as janelas em dias mais secos do que a média.
20
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AGENTES BIOLÓGICOS. INSETOS:
21
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INSETOS:
22
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INSETOS:
23
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INSETOS:
24
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INSETOS:
Cupim:
25
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MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO:
Limpeza constante dos ambientes da biblioteca.
Não varrer ou aspirar o piso da biblioteca. Limpar
diariamente com pano umedecido em água e desinfetante.
Não consumir alimentos nos ambientes dos acervos.Não consumir alimentos nos ambientes dos acervos.
Inspecionar freqüentemente o acervo e separar
imediatamente, para local adequado, os documentos com
sinais de infestação de insetos.
Fechar as aberturas e frestas dos assoalhos, portas, batentes
e paredes.
26
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MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO:
Vedar ralos e orifícios de escoamento de água.
Realizar a dedetização do prédio, mas não aplicar os
produtos químicos diretamente ou perto dos livros e
documentos.
Observar freqüentemente os móveis de madeira e deObservar freqüentemente os móveis de madeira e de
preferência optar por madeiras tratadas ou resistentes
a insetos. Não deixar estes móveis encostados nas
paredes ou próximos a janelas.
Procurar revestir o solo no entorno da biblioteca,
evitando principalmente chão de terra (sem cobertura
vegetal). 27
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MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO:
Usar cadarço sarjado para amarrar os livros que
estiverem desmontando ou com folhas soltas,
posicionando o nó no lado do corte.
Havendo cobertura vegetal no entorno do prédio da
biblioteca, procurar manter o corte do mato e a podabiblioteca, procurar manter o corte do mato e a poda
da vegetação.
Examinar minuciosamente os livros recebidos por
doação e higienizar os que serão inseridos no acervo
da biblioteca.
Armazenar livros grandes ou volumosos
horizontalmente e não empilhar mais do que 2 itens. 28
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MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO:
Usar bibliocantos para amparar os volumes nas
prateleiras.
Não usar pisos em carpete. Evitar mobiliário em
madeira.
Por último e o mais importante: a medida de
conservação mais eficiente é o uso! Claro, o uso
correto dos acervos bibliográficos!
29
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FATORES EXTRÍNSECOS:
Desastres naturais e acidentais:
Incêndios.
Inundações.
[Terremotos ou] deslizamento de terras.
Medida preventiva: Plano de Gerenciamento de Riscos.
Outros fatores de risco para os acervos:
Furtos e roubos.
Medida preventiva: conscientização dos usuários;
Política de educação de usuários e exposição de danos
causados aos documentos pelos próprios usuários.
Sistema de segurança anti-furto.
30
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HIGIENIZAÇÃO E
CONSERVAÇÃO PREVENTIVACONSERVAÇÃO PREVENTIVA
DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
PREVENTIVA DE ACERVOS
BIBLIOGRÁFICOS
A higienização é uma das tarefas
mais importantes para amais importantes para a
preservação dos acervos
bibliográficos!
32
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PARTES DO LIVRO:
33
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PARTES DO LIVRO:
34
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HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
PREVENTIVA DE ACERVOS
BIBLIOGRÁFICOS
Os livros devem ser mantidos limpos, isto aumenta
significativamente sua vida útil.
A organização de um projeto de limpeza e os
procedimentos a serem adotados com os livros e prateleiras
varia de acordo com diversos fatores, dentre eles:varia de acordo com diversos fatores, dentre eles:
Condições físicas dos livros.
Quantidade e tipo de impurezas a serem removidas.
Natureza do livro: valor informativo, histórico, artístico, raro e
outros.
Alcance da limpeza: determinada área ou coleção ou toda a
biblioteca; tempo, prazo.
Recursos humanos e materiais e estrutura física.
35
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HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
PREVENTIVA DE ACERVOS
BIBLIOGRÁFICOS
Seqüência:
Retirar livro cuidadosamente o livro da estante;
Retirar papeis e objetos dos livros;
Higienizar os livros;Higienizar os livros;
Limpar a estante;
Devolver nas prateleiras.
Importante:
Treinamento e orientação da equipe. 36
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HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO
PREVENTIVA DE ACERVOS
BIBLIOGRÁFICOS
Cuidados com a limpeza de livros e prateleiras:
Manter os pisos dos locais de armazenagem limpos.
Aspirar e não varrer, quando possível.
Nunca usar espanadores.
Ao limpar os livros, é importante segurá-los firmemente
fechados para evitar que a sujeira deslize para dentro, por
entre as folhas.
A parte superior deve ser limpa primeira.
Os panos de limpeza devem ser trocados freqüentemente, e
aqueles utilizados nas prateleiras nunca devem ser utilizados
em livros.
37
Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
REFERÊNCIAS E FONTES CONSULTADAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENCADERNAÇÃO E RESTAURO. ABER. Disponível em:
<http://www.aber.org.br/>. Acesso em: 5 out. 2011.
CASSARES, Norma; TANAKA, Ana Paula (org.). Preservação de acervos bibliográficos:
homenagem a Guita Mindlin. São Paulo: ABER, 2008. 81 p.
CLIMATEMPO. Previsão do tempo para Maceió - AL. Disponível em:
<http://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/>. Acesso em: 29 maio 2013.
COSTA, Marilene Fragas. . [RioCOSTA, Marilene Fragas. Noções básicas de conservação preventiva de documentos. [Rio
de Janeiro?]: FIOCRUZ, 2003. 17 p. Disponível em:
<http://www.bibmanguinhos.cict.fiocruz.br/normasconservacao.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2010.
LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma proposta para
preservação de documentos em bibliotecas. Brasília: Thesaurus, 1995. 125 p.
MORAES, Rubens Borba de. O bibliófilo aprendiz : prosa de um velho colecionador para ser
lida por quem gosta de livros... 4. ed. Brasília: Briquet de Lemos; Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2005. 207 p.
THE BRITISH LIBRARY NATIONAL PRESERVATION OFFICE. Preservação de
documentos: métodos e práticas de salvaguarda. Apresentação de Robert Howes. Tradução de
Zeny Duarte. 2. ed. Salvador : EDUFBA, 2003. 137 p. 38
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Grato pela atenção! 39
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INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
 

Conservação de acervos bibliográficos

  • 1. OFICINA DE CONSERVAÇÃO DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS Alfenas-MG 5 jun. 2013 Iuri Rocio Franco Rizzi Professor Assistente Curso de Biblioteconomia Universidade Federal de Alagoas
  • 2. PLANO DA OFICINA: Parte I: um pouco de teoria 1. Introdução 2. Conceitos e definições 3. Suportes: papel 4. Fatores de degradação do papel4. Fatores de degradação do papel 5. Medidas de conservação de acervos bibliográficos Parte II: vamos à prática! 1. Higienização de documentos Encerramento 2
  • 3. INTRODUÇÃO Biblioteconomia → informação registrada (suporte) Paradigmas: Preservação X Acesso 3 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 4. PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS: 1 Conservação preventiva 2 Pequenos reparos 3 Restauração 4 Conservar ou restaurar? Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 5. PRESERVAÇÃO “[...] elaboração das políticas que irão ser adotadas para gerir a Conservação” (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9). Envolve todos os assuntos e ações que buscamEnvolve todos os assuntos e ações que buscam minimizar a deterioração dos documentos. (THE BRITISH..., 2003, p. 9). 5 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 6. CONSERVAÇÃO Oferece subsídios para que o documento permaneça em condições físicas de utilização, levando-se em conta o controle climático, condições construtivas, limpeza, reparos.” (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9). “[...] Define-se como um conjunto de medidas específicas e preventivas necessárias para a manutenção da existência física do documento.” (THE BRITISH..., 2003, p. 9). 6 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 7. RESTAURAÇÃO “[...] compreende as medidas aplicadas para reparar os documentos já deteriorados ou danificados.” (THE BRITISH..., 2003, p. 9). “Restaurar é devolver ao documento“Restaurar é devolver ao documento características mais aproximadas do seu estado original. Requer a utilização de equipamentos adequados, infra-estrutura, laboratório e sobretudo especialistas.” (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9). 7 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 8. SUPORTES E TIPOS DE INFORMAÇÃO Argila Papiro Madeira Papel Couro Metais Textos Imagens, figuras, ilustrações GráficosMetais Tecidos Fita K7, disco de vinil Filmes fotográficos e cinematográficos Mídias digitais 8 Gráficos Fotografias Músicas Filmes Obras de arte etc. Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 9. PAPEL Inventado na China, por volta de 105 d. C. Chega à Europa no século XII. Matéria-prima: algodão, juta, linho, talos de trigo e arroz; fibras vegetais ricas em celulose.fibras vegetais ricas em celulose. No final do século XX, a principal substância usada na fabricação do papel é a celulose; tem aspecto branco e leitoso; insolúvel em água. Composição: fibras vegetais, carboidratos, amido e lignina (polímero orgânico de caráter ácido, que impregna as fibras da celulose e diminui a resistência do papel. (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 16). 9 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 10. FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL “Há livreiros que, por questão de princípio, só vendem exemplares perfeitos. Quando compram um lote de livros escolhem os melhores e revendem os que julgam indignos de sua clientela a um colega menos exigente. No Brasil, onde o comércio de livros raros é insignificante, nenhum livreiro pode selecionar com tanto rigor os livros que compra e vende. É obrigado, por falta de mercadorias, a ficar com muitos volumes em mau estado. Mas nãomercadorias, a ficar com muitos volumes em mau estado. Mas não é somente por este motivo que a seleção é pouco rigorosa: é porque os livros,livros,livros,livros, sesesese nãonãonãonão foremforemforemforem muitomuitomuitomuito bembembembem cuidados,cuidados,cuidados,cuidados, estragamestragamestragamestragam----sesesese comcomcomcom incrívelincrívelincrívelincrível rapidezrapidezrapidezrapidez nestenestenesteneste climaclimaclimaclima nefastonefastonefastonefasto aosaosaosaos livroslivroslivroslivros.... Os estragos são de proporções tais que um livro estrangeiro, importado há poucos anos e conservado sem cuidado, acaba fatalmente arruinado. Uma obra impressa no Brasil, no século XIX, isenta de furos de bicho é coisa rara.” (MORAES, 2005, p. 35, grifo meu). 10 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 11. FATORES DE DEGRADAÇÃO DO PAPEL Fatores intrínsecos: estão ligados diretamente aos elementos constituintes do papel: composição, tipo de fibra, de encolagem, resíduos químicos e partículas metálicas. Fatores extrínsecos: estão ligados diretamente a agentes físicos e biológicos: manuseio, radiação ultravioleta, temperatura, umidade, poluentes atmosféricos, microorganismos, insetos e roedores (LUCCAS e SERIPIERRI, 1995, p. 9). E mais os desastres naturais e acidentais. 11 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 12. FATORES INTRÍNSECOS Suporte Material utilizado Composição química FabricaçãoFabricação 12 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 13. FATORES INTRÍNSECOS A acidez é um dos maiores fatores de degradação do papel. Ela ataca o papel alterando suas características químicas e coloca em risco sua durabilidade. Dependendo do processo de fabricação, um papel pode conter maior ou menor concentração de ácidos em sua composição.de ácidos em sua composição. Quanto menos ácida sua composição mais alcalino é o papel e, portanto, melhor sua qualidade. Deve-se levar em conta que, como os ácidos migram do papel de qualidade inferior para qualquer papel que esteja em contato direto torna-se importante separá-los daqueles de menor qualidade. 13Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 14. FATORES EXTRÍNSECOS Agentes mecânicos: Guarda inadequada Manuseio incorreto Desastres Agentes físicos: Luz Temperatura e umidade relativa Disposição arquitetônica 14 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 15. FATORES EXTRÍNSECOS Agentes químicos: Poluição ambiental Poeira Agentes biológicosAgentes biológicos Microorganismos: fungos e bactérias Insetos Roedores 15 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 16. FATORES EXTRÍNSECOS Manuseio: 16 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 17. CUIDADOS NO USO DOS LIVROS: Não colocar clips e demais objetos metálicos no livro; flores ou folhas de plantas; recortes de jornais ou papelão de baixa qualidade; Retirar e devolver às prateleiras corretamente; Não dobrar páginas ou fazer ‘orelhas’ para marcar as páginas; Não debruçar-se em cima dos livros ou usá-lo como apoio; Evitar transportar o livro sem invólucro protetor. Usar pastas, bolsas ou mochilas que possam acomodá-los adequadamente; Não virar as páginas com os dedos umedecidos com saliva; Não usar fitas adesivas para consertos de qualquer tipo; Lavar as mãos ao folhear as obras; 17 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 18. AGENTES FÍSICOS: Condições climáticas ideais: Temperatura ideal para reservas técnicas sem circulação contínua de pessoas: 12°C.circulação contínua de pessoas: 12°C. Em áreas de consulta: 18°C a 22°C. Umidade relativa do ar (UR): 40 a 50%. 18 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 19. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NO BRASIL: Em Alfenas-MG, hoje (CLIMATEMPO, 2013): Temperatura: mín. 14°C e máx. 23°C. UR: 66 a 100%. Nascer do sol: 06h36 Pôr do sol: 17h29 Índice UV: Muito Alto Em Maceió-AL, hoje (CLIMATEMPO, 2013): Temperatura: mín. 23°C e máx. 28°C. UR: 60 a 96%. Nascer do sol: 05h34 Pôr do sol: 17h09 Índice UV: Alto 19O importante é, então, buscar se aproximar do ideal, mas dentro das limitações de cada instituição. Variações via de regra devem ser evitadas. Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 20. AGENTES FÍSICOS. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS: Controle de temperatura e umidade por meio de equipamentos e aparelhagem adequados. Não sendo possíveis, algumas medidas de conservação: Em regiões úmidas (litoral): Não abrir janelas em dias úmidos (acima da média).Não abrir janelas em dias úmidos (acima da média). Não deixar no local do acervo guarda-chuvas, capas molhadas e plantas. Em regiões secas (sertão): Espalhar recipientes contendo plantas (inclusive aquáticas) Não abrir as janelas em dias mais secos do que a média. 20 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 21. AGENTES BIOLÓGICOS. INSETOS: 21 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 22. INSETOS: 22 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 23. INSETOS: 23 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 24. INSETOS: 24 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 25. INSETOS: Cupim: 25 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 26. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: Limpeza constante dos ambientes da biblioteca. Não varrer ou aspirar o piso da biblioteca. Limpar diariamente com pano umedecido em água e desinfetante. Não consumir alimentos nos ambientes dos acervos.Não consumir alimentos nos ambientes dos acervos. Inspecionar freqüentemente o acervo e separar imediatamente, para local adequado, os documentos com sinais de infestação de insetos. Fechar as aberturas e frestas dos assoalhos, portas, batentes e paredes. 26 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 27. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: Vedar ralos e orifícios de escoamento de água. Realizar a dedetização do prédio, mas não aplicar os produtos químicos diretamente ou perto dos livros e documentos. Observar freqüentemente os móveis de madeira e deObservar freqüentemente os móveis de madeira e de preferência optar por madeiras tratadas ou resistentes a insetos. Não deixar estes móveis encostados nas paredes ou próximos a janelas. Procurar revestir o solo no entorno da biblioteca, evitando principalmente chão de terra (sem cobertura vegetal). 27 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 28. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: Usar cadarço sarjado para amarrar os livros que estiverem desmontando ou com folhas soltas, posicionando o nó no lado do corte. Havendo cobertura vegetal no entorno do prédio da biblioteca, procurar manter o corte do mato e a podabiblioteca, procurar manter o corte do mato e a poda da vegetação. Examinar minuciosamente os livros recebidos por doação e higienizar os que serão inseridos no acervo da biblioteca. Armazenar livros grandes ou volumosos horizontalmente e não empilhar mais do que 2 itens. 28 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 29. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: Usar bibliocantos para amparar os volumes nas prateleiras. Não usar pisos em carpete. Evitar mobiliário em madeira. Por último e o mais importante: a medida de conservação mais eficiente é o uso! Claro, o uso correto dos acervos bibliográficos! 29 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 30. FATORES EXTRÍNSECOS: Desastres naturais e acidentais: Incêndios. Inundações. [Terremotos ou] deslizamento de terras. Medida preventiva: Plano de Gerenciamento de Riscos. Outros fatores de risco para os acervos: Furtos e roubos. Medida preventiva: conscientização dos usuários; Política de educação de usuários e exposição de danos causados aos documentos pelos próprios usuários. Sistema de segurança anti-furto. 30 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 31. HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO PREVENTIVACONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS
  • 32. HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS A higienização é uma das tarefas mais importantes para amais importantes para a preservação dos acervos bibliográficos! 32 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 33. PARTES DO LIVRO: 33 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 34. PARTES DO LIVRO: 34 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 35. HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS Os livros devem ser mantidos limpos, isto aumenta significativamente sua vida útil. A organização de um projeto de limpeza e os procedimentos a serem adotados com os livros e prateleiras varia de acordo com diversos fatores, dentre eles:varia de acordo com diversos fatores, dentre eles: Condições físicas dos livros. Quantidade e tipo de impurezas a serem removidas. Natureza do livro: valor informativo, histórico, artístico, raro e outros. Alcance da limpeza: determinada área ou coleção ou toda a biblioteca; tempo, prazo. Recursos humanos e materiais e estrutura física. 35 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 36. HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS Seqüência: Retirar livro cuidadosamente o livro da estante; Retirar papeis e objetos dos livros; Higienizar os livros;Higienizar os livros; Limpar a estante; Devolver nas prateleiras. Importante: Treinamento e orientação da equipe. 36 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 37. HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS Cuidados com a limpeza de livros e prateleiras: Manter os pisos dos locais de armazenagem limpos. Aspirar e não varrer, quando possível. Nunca usar espanadores. Ao limpar os livros, é importante segurá-los firmemente fechados para evitar que a sujeira deslize para dentro, por entre as folhas. A parte superior deve ser limpa primeira. Os panos de limpeza devem ser trocados freqüentemente, e aqueles utilizados nas prateleiras nunca devem ser utilizados em livros. 37 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 38. REFERÊNCIAS E FONTES CONSULTADAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENCADERNAÇÃO E RESTAURO. ABER. Disponível em: <http://www.aber.org.br/>. Acesso em: 5 out. 2011. CASSARES, Norma; TANAKA, Ana Paula (org.). Preservação de acervos bibliográficos: homenagem a Guita Mindlin. São Paulo: ABER, 2008. 81 p. CLIMATEMPO. Previsão do tempo para Maceió - AL. Disponível em: <http://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/>. Acesso em: 29 maio 2013. COSTA, Marilene Fragas. . [RioCOSTA, Marilene Fragas. Noções básicas de conservação preventiva de documentos. [Rio de Janeiro?]: FIOCRUZ, 2003. 17 p. Disponível em: <http://www.bibmanguinhos.cict.fiocruz.br/normasconservacao.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2010. LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar para não restaurar: uma proposta para preservação de documentos em bibliotecas. Brasília: Thesaurus, 1995. 125 p. MORAES, Rubens Borba de. O bibliófilo aprendiz : prosa de um velho colecionador para ser lida por quem gosta de livros... 4. ed. Brasília: Briquet de Lemos; Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005. 207 p. THE BRITISH LIBRARY NATIONAL PRESERVATION OFFICE. Preservação de documentos: métodos e práticas de salvaguarda. Apresentação de Robert Howes. Tradução de Zeny Duarte. 2. ed. Salvador : EDUFBA, 2003. 137 p. 38 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL
  • 39. Grato pela atenção! 39 Oficina de conservação de acervos bibliográficos - Iuri Rocio Franco Rizzi - UFAL