O documento discute os primeiros conceitos da semiótica segundo a autora Lucia Santaella. A semiótica é definida como a ciência dos signos e é importante diferenciar língua de linguagem. A obra de Charles Sanders Peirce é fundamental para a semiótica por ter desenvolvido uma teoria filosófica abrangente dos signos. Sua fenomenologia propõe três categorias - primeiridade, secundidade e terceiridade - para analisar os fenômenos.
Semiótica - primeirdade, secundidade e terceiridadeNathália Xavier
Definição dos conceitos de primeiridade, secundidade e terceiridade utilizados por Charles Peirce no estudo dos signos. Apresentação para Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerias -UEMG.
O CONCEITO DE SEMIÓTICA. SLIDES ELABORADO PARA A DISCIPLINA LINGUAGEM CORPORAL DANÇA E MOVIMENTO NA ESCOLA. CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA - CAMPUS AVANÇADO DE QUIXERAMOBIM - CEARÁ
Semiótica - primeirdade, secundidade e terceiridadeNathália Xavier
Definição dos conceitos de primeiridade, secundidade e terceiridade utilizados por Charles Peirce no estudo dos signos. Apresentação para Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerias -UEMG.
O CONCEITO DE SEMIÓTICA. SLIDES ELABORADO PARA A DISCIPLINA LINGUAGEM CORPORAL DANÇA E MOVIMENTO NA ESCOLA. CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA - CAMPUS AVANÇADO DE QUIXERAMOBIM - CEARÁ
Introdução à Semiótica Peirceana _ TricotomiasGabrielle Grimm
Objeto de aprendizagem "Tricotomias" do Recurso Educacional Aberto "Introdução à Semiótica Peirceana" composto por mais seis objetos de aprendizagem.
Para saber mais sobre o projeto recomenda-se iniciar pelo arquivo Apresentação!
Introdução à Semiótica Peirceana _ Signo como relação triádicaGabrielle Grimm
Objeto de aprendizagem "Signo como relação triádica" do Recurso Educacional Aberto "Introdução à Semiótica Peirceana" composto por mais seis objetos de aprendizagem.
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Reconhecer que a língua está em constante mudança e que tais mudanças são fenômenos sociais, regionais, os quais resultam em diferentes formas de registro.
Introdução à Semiótica Peirceana _ TricotomiasGabrielle Grimm
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Introdução à Semiótica Peirceana _ Signo como relação triádicaGabrielle Grimm
Objeto de aprendizagem "Signo como relação triádica" do Recurso Educacional Aberto "Introdução à Semiótica Peirceana" composto por mais seis objetos de aprendizagem.
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Reconhecer que a língua está em constante mudança e que tais mudanças são fenômenos sociais, regionais, os quais resultam em diferentes formas de registro.
Raciocínio Indutivo e Dedutivo: Explorando as Fundamentais Formas de Pensamento Lógico
Introdução
O raciocínio indutivo e dedutivo são duas formas fundamentais de pensamento lógico que nos permitem tirar conclusões e fazer inferências com base em evidências e premissas. Ambas as abordagens têm uma longa história e são amplamente utilizadas em várias disciplinas, como filosofia, ciência, matemática e até mesmo no nosso pensamento cotidiano. Neste texto, exploraremos essas duas formas de raciocínio em detalhes, discutindo suas características, diferenças e exemplos de aplicação.
Raciocínio Dedutivo
Começaremos nossa exploração pelo raciocínio dedutivo, que se baseia na aplicação de regras lógicas para inferir conclusões a partir de premissas previamente estabelecidas. O raciocínio dedutivo é considerado uma forma de pensamento mais formal e estruturado, uma vez que parte de premissas gerais e chega a conclusões específicas. A forma clássica de raciocínio dedutivo é conhecida como silogismo, desenvolvida por Aristóteles.
Um silogismo consiste em duas premissas e uma conclusão, que é derivada logicamente das premissas. Por exemplo:
Premissa 1: Todos os seres humanos são mortais.
Premissa 2: Sócrates é um ser humano.
Conclusão: Portanto, Sócrates é mortal.
Nesse exemplo, a conclusão é uma inferência necessária e inevitável com base nas premissas fornecidas. O raciocínio dedutivo é caracterizado por sua validade lógica: se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será necessariamente verdadeira.
Além dos silogismos, o raciocínio dedutivo também pode ser expresso em outras formas, como a dedução matemática. Nesse contexto, os axiomas e teoremas são usados como premissas para chegar a conclusões específicas. A matemática é um campo em que o raciocínio dedutivo é amplamente aplicado, pois oferece uma estrutura lógica precisa.
Raciocínio Indutivo
Em contraste com o raciocínio dedutivo, o raciocínio indutivo é baseado na generalização a partir de evidências particulares para chegar a conclusões gerais. É uma forma de pensamento mais flexível, mas também mais sujeita a erros, pois as conclusões obtidas por meio do raciocínio indutivo não são necessariamente verdadeiras.
No raciocínio indutivo, partimos de observações específicas e tiramos conclusões mais amplas com base nessas observações. Por exemplo:
Observação 1: Cada corvo que eu já vi é preto.
Observação 2: Cada corvo na minha cidade é preto.
Conclusão: Todos os corvos são pretos.
Nesse exemplo, embora todas as observações apontem para a conclusão de que todos os corvos são pretos, isso não significa que a conclusão seja universalmente verdadeira. Pode haver corvos de outras cores em outros lugares que não foram observados. Portanto, o raciocínio indutivo está sujeito a incertezas e é um processo probabilístico.
O raciocínio indutivo é amplamente utilizado nas ciências empíricas, como a biologia e a psicologia, onde os cientistas observam padrões em dados específicos para formular.
O Período Sistemático é o terceiro período da filosofia grega e tem como principal filósofo Aristóteles, que sistematizou o conhecimento da época e justamente por este motivo damos este nome ao período em que ele viveu.
Aristóteles criou o método dedutivo, através do sistema lógico de pensamento e pela observação constante da natureza. Escreveu sobre diversos temas, sendo o um dos principais a Ética e a política, pelo qual uma de suas frases mais conhecidas ser "O homem é um animal político".
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2. Primeiros passos para a
Semiótica
Definição de semiótica como ciência dos signos. (9)
Necessidade de diferenciar língua de linguagem. (10)
Semiótica ainda é uma ciência em formação, o que
faz com que sua definição seja imprecisa. (11)
3. Primeiros passos para a
Semiótica
• A língua é uma forma de comunicação fortemente
incorporada em nosso cotidiano, mas utilizamos
muitas outras linguagens em nossa vida diária
(visuais, sonoras, táteis). (14)
• A língua permite saber analítico. Historicamente, as
particularidades da língua fizeram com que ela
parecesse lidar com saber de primeira ordem, em
detrimento de saberes possibilitados pelas outras
linguagens. (15)
4. Primeiros passos para a
Semiótica
Além da linguagem verbal, que na escrita ocidental
assume a tradição visual alfabética, há muitas outras
linguagens que se constituem em sistemas sociais e
históricos de representação do mundo. (16)
Linguagem é pensada como sistema de produção de
sentidos. (16)
5. Primeiros passos para a
Semiótica
• Século XX marca notável aumento da capacidade de
produzir, armazenar e difundir linguagens. Ser
humano hoje vive num ambiente povoado de signos
e de informação. (17)
• Todo fato cultural ou prática social só existe porque
se constitui, em primeiro lugar, como produção de
linguagem e sentido (ou seja, é significante). (18)
6. Primeiros passos para a
Semiótica
De todos os estímulos que recebe ao seu redor, o ser
humano sempre desvela significações. (18)
Assim, podem ser pensadas linguagens artificiais,
linguagens da natureza, linguagens oníricas (dos
sonhos), linguagens físicas. (18-19)
7. Primeiros passos para a
Semiótica
• Semiótica estuda todas as linguagens possíveis,
todos os sistemas que podem ser percebidos como
linguagem. (19)
• O DNA, sendo informação genética, é linguagem.
(20)
• Sistemas de linguagem tendem a se comportar como
sistemas vivos. (20)
• Dentro dos fenômenos estudados por outras ciências,
a Semiótica busca aquilo que se caracteriza como
signo. (21)
8. Comentários gerais
• Definição de semiótica proposta por Santaella diz
respeito à semiótica propriamente peirceana e seu
recorte da realidade.
• Língua não é vista como fenômeno particular e
excepcional dentro da linguagem.
• Não há distinção, a princípio, entre linguagens
produzidas para comunicação e fenômenos naturais
ou humanos produzidos para outros fins mas
interpretados como linguagem.
9. O legado de Charles
Sanders Peirce
Três diferentes origens para a semiótica: União
Soviética, Estados Unidos e Europa Ocidental. (22)
Desenvolvimento das comunicações ocasionou
surgimento de consciência semiótica. (23)
Obra de Santaella foca a semiótica de matriz estado-unidense.
10. O legado de Charles
Sanders Peirce
Peirce (1839 – 1914) era filho de proeminente
matemático de Harvard e cresceu em ambiente de
notável circulação intelectual. Mostrou-se prodigioso
desde cedo. Formou-se em Química em Harvard.
(24)
Estudou vários e diferentes campos do conhecimento
e da ciência, tendo diversas contribuições em áreas
distintas. (25)
11. O legado de Charles
Sanders Peirce
Peirce atuou durante toda sua vida como cientista,
tendo a lógica como seu principal interesse. (26)
Procurou estudar o raciocínio humano e a forma
como ele se articula nas diferentes estruturas
científicas. (27)
Peirce foi, acima de tudo, um filósofo da ciência e da
comunicação. (29)
12. O legado de Charles
Sanders Peirce
Peirce procurou conciliar os desenvolvimentos
epistemológicos das ciências com as conquistas
teóricas da Filosofia. (30)
A Lógica Filosófica de Peirce dependia de uma teoria
geral dos signos (semiótica), que ele previu dentro
do sistema de seu pensamento. Peirce dedicou-se
diligentemente a construir e sistematizar essa
semiótica, dialogando com a tradição filosófica de
então. (31).
13. O legado de Charles
Sanders Peirce
Produção teórica de Peirce é descomunal, mas
dispersa e em grande parte difícil de esquematizar.
(33)
Santaella, em seu acesso a parte dessa produção,
compreende a semiótica de Peirce como uma
filosofia científica da linguagem.
14. Comentários gerais
Semiótica de Peirce, segundo a autora, é fortemente
filosófica, o que lhe confere caráter teórico
especulativo ímpar em relação a outras semióticas.
A extensão e grandiosidade da obra de Peirce e a
solidão de sua produção obrigam a uma recepção de
suas visões a partir de diferentes interpretações, que
podem diferir ao longo da história do estudo de seus
escritos.
15. Para se ler o mundo como
linguagem
A semiótica é uma parte do sistema filosófico
proposto por Peirce, e só se torna plenamente
compreensível dentro desse sistema, que, além disso,
pertence a outro sistema maior, o das ciências. (35)
Compreensão do sistema científico de Peirce é
sempre triádica, e a compreensão de cada uma das
partes é sempre possível por meio da analogia com
outras.
17. Para se ler o mundo como
linguagem
Matemática: monta construções na imaginação de
acordo com preceitos abstratos. (37)
Filosofia: inferência de verdade a partir da
observação da experiência comum. (38)
Ideoscopia (ou ciências especiais): dividida em
ciências físicas e psíquicas, requerem instrumentos e
métodos especiais de investigação. (38)
18. Para se ler o mundo como
linguagem
Evolucionismo de Peirce: universo está em expansão
e mente humana (coletiva) também está em
expansão. (39)
Falibilismo: como tudo está em expansão, as leis
científicas têm de evoluir constantemente para dar
conta da realidade. Estímulos externos fazem evoluir
a estrutura interna da investigação. (39)
20. Para se ler o mundo como
linguagem
Fenomenologia de Peirce: ciência destinada à criação
de categorias, fundamentais para análise do
pensamento. Ela postula as propriedades universais
dos fenômenos. (44)
Ciências normativas (normáticas): distinguem o que
deve e o que não deve ser. (44)
Estética: o que deve ou não deve ser objeto de
admiração. (44)
21. Para se ler o mundo como
linguagem
Ética: o que deve ou não deve ser parte da conduta
humana.
Semiótica (lógica): o que deve ou não deve ser no
pensamento.
Metafísica: ciências da realidade tal como é,
independente das fantasias e imaginações. (45)
Semiótica classifica e descreve todos os signos
logicamente possíveis. (45)
22. Para se ler o mundo como
linguagem
Semiótica trataria dos métodos e tipos de
pensamento utilizados por todas as outras ciências.
Semiótica de Peirce só pode ser compreendida à luz
de sua fenomenologia.
23. Comentários gerais
Como citado por Santaella, fenomenologia de Peirce
guarda traços de semelhança com a fenomenologia
hegeliana, que também é triádica.
Esforço conceitual de Peirce no âmbito filosófico é
extraordinário, mas também polêmico, dadas as
outras perspectivas da teoria do conhecimento e da
filosofia da linguagem.
24. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Definição de fenômeno: toda e qualquer coisa que
esteja de algum modo presente à mente, seja interna
ou externa, corresponda ou não a algo real. Nessa
definição, não há julgamento do fenômeno por
nenhum pressuposto. (49)
Fenomenologia tem de determinar as características
que apareçam a todo e qualquer fenômeno. (49)
25. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Três faculdades sustentam a observação dos
fenômenos:
1) capacidade contemplativa;
2) capacidade de distinção e discriminação;
3) capacidade de generalização em classes ou
categorias.
Faculdades se relacionam ao modo como os
fenômenos aparecem à mente, e não às suas
características particulares. (51)
26. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Categorias de Peirce são consideradas universais
para toda a experiência e todo pensamento. (52)
Pressuposto: a experiências é tudo aquilo que se
impõe sobre o sujeito, não podendo ser negado.
Pressuposto 2: pensamento é a capacidade de
estabelecimento de relações pela mente, e não precisa
ser racional necessariamente.
28. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
A estrutura triádica pareceu a princípio
insatisfatória para Peirce, mas vingou e
acabou sendo estendida como produtiva para
outros campos do saber. (54)
Santaella vê fenomenologia de Peirce como
“salto especulativo de caráter cosmológico”.
(55)
Aplicações são possíveis na teoria do
protoplasma, na teoria da evolução, na
fisiologia e na física. (59)
29. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Santaella escolhe o campo das manifestações
psicológicas para exemplificar a fenomenologia de
Peirce. (60)
Ressalta que se trata da aplicação de categorias
lógicas à experiência psicológica, e não de análise de
material propriamente psicológico.
30. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Primeiridade:
Presentidade presente. Impressão in totum, não
analisável, indivisível, inocente e frágil.
Sentimento como qualidade, imediaticidade.
Percepção das qualidades das coisas sem a
aplicação do pensamento sobre essa percepção.
Consciência de um momento, não fraturada, não
segmentada.
Precede toda a síntese e toda diferenciação.
31. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Secundidade:
Mundo real, reativo, sensual. Arena da
existência cotidiana. Fatos externos que se
impõem à vontade do sujeito. Luta. Relação
diádica, de dependência entre dois termos.
Corporificação material da qualidade de
sentimento. Qualquer sensação já é secundidade,
pois é resposta do eu a um estímulo. Percepção
direta, anterior ao pensamento. Experiência, não
ego.
32. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Terceiridade: aproxima primeiro e segundo
numa síntese intelectual. Inteligibilidade,
pensamento em signos, representação e
interpretação do mundo.
Generalidade, infinitude, continuidade, difusão,
crescimento, inteligência.
Para conhecer o mundo, o ser humano traduz
tudo o que percebe em termos de signos. Os
signos constituem o pensamento, que sempre
remete a outro pensamento, infinitamente.
33. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Para compreender qualquer fenômeno, a consciência
produz um signo.
Toda percepção já implica criação de signos.
Signos só podem ser interpretados se traduzidos em
outros signos.
O signo é um primeiro, o objeto é um segundo e o
interpretante (que é a tradução do signo em outros
signos) é um terceiro.
O significado se desloca e se esquiva constantemente.
34. Abrir as janelas: olhar para o
mundo
Crosta sígnica nos permite conhecer o mundo, mas
também dele nos separa.
Camada do pensamento interpretativo é a mais
superficial da consciência, podendo sempre ser
ferida por sentimentos e sensações.
Tudo o que se produz na consciência é signo, mas há
divisões.
Sentimento ou impressão é um quase-signo. Ação ou
experiência pode funcionar como signo. O signo
genuíno está no pensamento.
35. Para se tecer a malha dos signos
Semiótica Peirceana não é concebida como ciência
aplicada.
Noção de signo de Peirce não tem fundo psicológico,
e sim lógico, podendo ser base da Cibernética.
Definições e classificações de Peirce em relação aos
signos são gerais, matemáticas, formais.
Santaella: melhor definição de signo: uma coisa que
representa uma outra coisa para uma mente que
interpreta.
36. Para se tecer a malha dos signos
Noção de interpretante: processo relacional que se
cria na mente do intérprete.
Signo que traduz a relação entre o signo e o objeto.
O significado de um signo é, portanto, sempre outro
signo.
Um signo tem pelo menos dois objetos e pelo menos
três interpretantes.
38. Para se tecer a malha dos signos
Objeto dinâmico: está fora do signo, na natureza, e é
representado pelo signo.
Objeto imediato: está dentro do signo, é o modo
como o signo representa o objeto dinâmico.
Interpretante imediato: aquilo que o signo está apto a
produzir em uma mente que o interpreta.
Interpretante dinâmico: aquilo que o signo
efetivamente produz em uma mente em particular.
Interpretante em si: modo como qualquer mente
reagiria ao signo, em determinadas condições.
39. Classificação dos signos
Peirce estabeleceu classificação triádica dos signos.
Considerando as possibilidades em cada uma das
partes do signo, sistema de Peirce alcançaria 59049
tipos de signo.
Peirce estabeleceu dez trocotomias, mas dedicou a
três, em especial, mais atenção.
Essas três tricotomias, em particular, tornaram-se as
mais famosas e emblemáticas da obra de Peirce.
40. Classificação dos signos
Relação do signo consigo mesmo:
1 – Quali-signo: signo aparece como mera qualidade.
O vermelho da tela de cinema em uma determinada
cena.
2 – Sin-signo: signo aparece como existente singular,
material. Um quadro, uma peça de museu.
3 – Legi-signo: signo aparece como lei geral, como
relação enunciada. Uma ideia, uma frase, um
conceito.
41. Classificação dos signos
Relação do signo com seu objeto dinâmico:
1 – Ícone: Signo aparece como pura qualidade na relação
com seu objeto. Quase-signo, algo que se dá à
contemplação. Efeito de impressão. Arte abstrata.
2 – Índice: Signo aparece como indicador de coisa à qual
está factualmente ligada. Todo existente é um índice. Há
conexão de fato. Girassol é índice da direção do Sol.
Rastros, pegadas, resíduos, remanências. Fotografia.
3 – Símbolo: signo representa o objeto por convenção ou
pacto coletivo. Palavras. Tem como objeto um geral, e não
um singular.
42. Classificação dos signos
Relação do signo com seu interpretante:
1 – Rema: interpretante produz apenas uma mera
qualidade, uma impressão. Conjectura, hipótese.
Formas das nuvens. Formas de estalactites.
2 – Discente: interpretante constata relação física
entre existentes. Constatação, associação.
3 – Argumento: interpretante constrói uma relação,
um pensamento sobre o mundo, em forma de
símbolo.
43. Considerações finais
Signos raramente se apresentam, em condições
concretas, de forma pura em relação às classificações
empreendidas.
Tríades peirceanas funcionam como grande mapa
lógico, para descrever, analisar e interpretar
linguagens.
Fundamentos fenomenológicos para
desenvolvimento de semióticas especiais.
44.
Santaella, Lucia. O que é semiótica. São Paulo:
Brasiliense, 2012. (Coleção Primeiros Passos – 103)