1. A OCORRÊNCIA DE PROCESSOS EROSIVOS EM MUNICÍPIOS DO VALE
DO PARAÍBA (SP): CARACTERÍSTICAS, CONDICIONANTES, DINÂMICA
DE EVOLUÇÃO E RISCOS ASSOCIADOS
Jair SANTORO1; Rodolfo Moreda MENDES1; Ana Lígia Ribeiro GUERRA2
RESUMO
Os processos erosivos causados pela ação das águas das chuvas ocorrem na maior parte da
superfície da Terra, principalmente no período que corresponde à primavera e verão,no Estado de
São Paulo, onde as chuvas atingem índices pluviométricos elevados. Contudo, à medida que os
solos ficam desprotegidos da cobertura vegetal, o processo de erosão tende a se acelerar. A partir
deste quadro de desequilíbrio, grande quantidade de solo é perdida pela aceleração da evolução
dos processos erosivos. Diante desse cenário, o presente trabalho objetiva apresentar os
resultados de mapeamento de detalhe dos processos erosivos continentais observados em quatro
municípios do Vale do Paraíba: Aparecida, Pindamonhangaba, Tremembé e Roseira. Os
resultados obtidos demonstram que os principais processos erosivos que ocorrem com maior
frequência nesses municípios são erosão laminar e sulcos.
ABSTRACT
The erosive process caused by the action of the rainfall occurs in most of the Earth's surface,
mainly in the period that corresponds to the spring and summer, in the State of São Paulo, where
the rain achieves high rainfall. However, as the soils are unprotected by vegetation, the erosion
process tends to accelerate. From this point of imbalance of large quantities of soil is lost by the
accelerated evolution of erosion processes. Given this scenario, this paper aims to present the
results of mapping detail of the continental erosive process observed in four municipalities of the
Vale do Paraíba: Aparecida, Pindamonhangaba, Tremembé and Roseira. The results showed that
the main erosive processes that occur more frequently in those towns are laminar and
furrowerosion.
PALAVRAS-CHAVE
Erosão – Condicionantes – Risco Geológico
_______________________
1 2
Pesquisadores Científicos e Estagiária do Instituto Geológico – Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Avenida Miguel
Stéfano, 3.900, Água Funda, São Paulo-SP. Tel 11 5073-5511. Email: jairsantor@yahoo.com.br, rodolfo.mendes@igeologico.sp.gov.br
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental1
2. 1. INTRODUÇÃO
Os processos erosivos causados pelas águas das chuvas ocorrem na maior parte da
superfície da Terra, principalmente nas regiões de clima tropical, onde as chuvas atingem índices
pluviométricos elevados. A erosão é agravada pela concentração das chuvas num determinado
período do ano que, normalmente, na região sudeste do Brasil, corresponde à primavera e verão.
Enquanto a dinâmica do processo erosivo segue uma evolução natural, o sistema ambiental
mantém-se em equilíbrio dinâmico. Porém, a partir das intervenções antrópicas, à medida que
mais áreas são desmatadas para produção agrícola, o processo de erosão tende a se acelerar.
Os solos que ficam desprotegidos da cobertura vegetal são submetidos à ação das chuvas que
passam a incidir diretamente sobre a superfície do terreno (Santoro 1991, 2000 e 2009). A partir
deste quadro de desequilíbrio, grande quantidade de solo é perdida pela aceleração da evolução
dos processos erosivos. A erosão acelerada pelas atividades humanas é conhecida por erosão
antrópica (Santoro 2009).
Com o objetivo de subsidiar as ações preventivas, emergenciais e mitigadoras para várias
regiões do Estado de São Paulo, o Instituto Geológico-SMA, por meio do Termo de Cooperação
Técnica com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) da Casa Militar do Governo do
Estado de São Paulo, efetuou, desde 2004, o mapeamento das áreas de risco de 31 municípios
do Estado (Brollo 2009).
O Termo de Cooperação Técnica IG-CEDEC vigente no período de 2010-2011 envolve
estudos em oito municípios do Vale do Paraíba e um município do norte do Estado: Aparecida,
Caçapava, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Redenção da Serra, Roseira, Taubaté, Tremembé
e São José do Rio Preto.
Este estudo inclui a avaliação regional (escala 1:50.000) de perigos, vulnerabilidade, danos e
riscos, bem como a identificação e definição de áreas alvo onde serão realizados avaliações e
mapeamentos de áreas de risco em escala de detalhe (1:3.000).
A partir dos resultados obtidos nesse mapeamento, observou-se as características,
condicionantes, dinâmica de evolução e riscos associados aos processos erosivos que ocorrem
nos seguintes municípios: Aparecida, Pindamonhangaba, Tremembé e Roseira.
2. OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados do mapeamento de detalhe dos
processos erosivos continentais observados em alguns dos municípios abrangidos pelo Termo de
Cooperação Técnica IG-CEDEC, a saber: Aparecida, Pindamonhangaba, Tremembé e Roseira.
3. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da metodologia aplicada no presente trabalho foram executadas as
seguintes etapas:
• Localização e seleção dos pontos erosivos a partir da fotointerpretação de fotografias
aéreas digitais ortorretificadas de 2003 da SABESP, fotos aéreas digitalizadas na
escala 1:30.000 de 2003-2004 da BASE S.A. e imagens de satélite QuickBird de 2009-
2010;
• Trabalhos de campo para reconhecimento e caracterização dos condicionantes
geológico-geotécnicos dos processos erosivos observados, bem como setorização das
áreas de risco, atribuição do grau de risco e proposição de medidas de gestão de risco;
• Cadastro em planilhas eletrônicas das informações das áreas de risco setorizadas no
campo, compilação do banco de dados e interpretação dos resultados obtidos nos
trabalhos de campo.
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3. Para análise e setorização das áreas de risco foi utilizada uma classificação de riscos,
segundo critérios propostos por Santoro e Mendes (2009), na qual as áreas identificadas foram
analisadas quanto ao risco associado ao desenvolvimento de processoerosivo, segundo quatro
graus: risco baixo (R1), risco médio (R2), risco alto (R3) e risco muito alto (R4). Os graus de risco
e respectivos condicionantes geológicos e geotécnicos considerados são apresentados na Tabela
01.
Tabela 01. Critérios para classificação de áreas de risco a erosão (Santoro e Mendes 2009).
Graus de
Critérios Básicos e Descrição
Risco
Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes e o nível de
intervenção no local são de baixa ou nenhuma potencialidade para o
R1
desenvolvimento de processos erosivos. Há ausência de sinal/feição/evidência(s)
Baixo de instabilidade. Não há indícios de desenvolvimento de processos erosivos de
encostas e/ou vertentes e/ou taludes e de margens de drenagens. Mantidas as
condições existentes não é esperada a ocorrência de eventos no período
compreendido por uma estação chuvosa normal.
Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes e o nível de
intervenção no local são de média potencialidade para o desenvolvimento de
R2 processos erosivos. Observa-se a presença de algum(s) sinal/feição/evidência(s)
de instabilidade de encostas e/ou vertentes e de margens de drenagens, porém,
Médio
incipiente(s). Processo de instabilização em estágio inicial de desenvolvimento.
Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência de
eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no
período compreendido por uma estação chuvosa.
Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes e o nível de
intervenção no local são de alta potencialidade para o desenvolvimento de
processos erosivos. Observa-se a presença de significativo(s)
R3
sinal/feição/evidência(s) de instabilidade (erosão laminar, sulcos, ravinas em
Alto taludes e/ou vertentes, trincas no solo, etc.). Processo de instabilização em pleno
desenvolvimento, ainda sendo possível monitorar a evolução do processo.
Mantidas as condições existentes, é perfeitamente possível a ocorrência de
eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no
período compreendido por uma estação chuvosa.
Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes e o nível de
intervenção no local são de muito alta potencialidade para o desenvolvimento de
processos erosivos. Os sinais/feições/evidências de instabilidade (erosão
laminar, sulcos em taludes e/ou vertentes, trincas no solo e/ou em moradias ou
em estruturas de contenção, abatimentos do terreno, afloramento do lençol
R4
freático, com a presença de boçoroca, proximidade da(s) moradia(s) em relação
Muito Alto aos processos e/ou em relação à margem de córregos, etc.), são expressivos e
estão presentes em grande número ou magnitude. Os processos de
instabilização encontram-se em avançado estágio de desenvolvimento. É a
condição mais crítica, sendo impossível monitorar a evolução do processo, dado
o seu elevado estágio de desenvolvimento. Mantidas as condições existentes, é
muito provável a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas
intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa.
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4. Para o levantamento/cadastro dos dados das áreas mapeadas com processos erosivos,
utilizaram-se fichas de campo nas quais as principais informações obtidas nas áreas de risco
foram:
Identificação e localização da área de risco;
Características do meio físico;
Características do processo erosivo;
Condições de drenagem e saneamento;
Características do uso e ocupação do solo;
Dinâmica-fenomenologia do processo erosivo;
Análise de risco;
Previsão da dinâmica de evolução do processo;
Medidas de intervenção estruturais e não estruturais (recomendações);
Registro fotográfico da área de risco.
Para a análise e caracterização das áreas onde foram identificados os processos erosivos, mas
que não apresentaram elementos em risco (edificações, estradas, equipamentos urbanos, etc.)
durante os levantamentos de campo, adotou-se uma classificação final da área com a
terminologia “sem risco” ou “Sr”.
4. ASPECTOS REGIONAIS DAS ÁREAS
4.1. LOCALIZAÇÃO
Os municípios mapeados situam-se no Vale do Paraíba, que estálocalizado no extremo leste
do Estado de São Paulo,entre as coordenadas geográficas de 22° 24° de latitude Sul e
e
coordenadas geográficas de 44° e 46° de longitude Oeste, sendo formado por duas grandes
unidades geológicas que são o embasamento cristalino e a bacia sedimentar de Taubaté,e
dividido por três unidades de relevos predominantes que são a Serra do Mar, Serra da
Mantiqueira e Vale do Paraíba do Sul, conforme apresentado na Figura 1.
4.2. GEOLOGIA
A região do Vale do Paraíba está inserida no compartimento geotectônico denominado de
Região de Dobramentos Sudeste, por Heilbron et al. (2004). Trata-se de uma grande unidade
geológica com depressão alongada e deprimida, que integra as Bacias de São Paulo, Taubaté,
Resende e Volta Redonda. A unidade geológica mais moderna compreende a Bacia de Taubaté,
a qual foi desenvolvida durante as deformações no Cretáceo Superior e Terciário Inferior
(KS/TI).Nos municípios mapeados, a Bacia Sedimentar de Taubaté (Formação Tremembé e
Caçapava) é a mais representativa, seguida pelos Complexos Embu e Pindamonhangaba,
conforme apresentado na Figura 2.
O Complexo Embu é composto por filitos e xistos que transicionam gradativamente para
gnaisses e migmatitos, sem ocorrência marcante de variações litológicas ou no padrão
dedeformação. Segundo Sadowski (1974), essas rochas são as unidades mais antigas
deformadas do embasamento, nestas rochas verifica-se uma feldspatização associada à
migmatização deste material.
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5. Municípios mapeados:
(15) Tremembé
(19) Pindamonhangaba
(23) Roseira
(24) Aparecida
Figura 1 – Mapa de localização dos municípios do Vale do Paraíba mapeados (Fonte: Agora Vale
2011).
Figura 2 – Mapa geológico simplificado do Vale do Paraíba do Sul (Fonte: modificado de
Guimarães 2006).
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6. Existem duas feições marcantes no Complexo Embu: a presença de faixas de xisto nas áreas
de sinclinais encontrada nos locais de grandes falhamentos como a Falha de Taxaquara,
Cubatão, Jundiuvira e Buquira com direções predominantemente NE e a ocorrência de calcários e
dolomitos principalmente na região de Taubaté.
A Bacia Sedimentar de Taubaté compreende uma estrutura alongada, com orientação SW-NE,
subparalela às principais feições estruturais do embasamento da região, a qual foi preenchida por
depósitos do Cretáceo Superior/Terciário Inferior, compreendendo as seguintes unidades
geológicas: Formação Tremembé e Formação Caçapava (Guimarães 2006).
A Formação Tremembé ocupa mais de um terço do volume da bacia, sendo encontrados
siltitos e argilitos, com intercalações de folhelhos pirobetuminosos e sub-betuminosos e com
intercalações de arenitos nas proximidades das bordas da bacia. A espessura deste depósito
pode atingir 270 metros. A coloração dos sedimentos, predominantemente verde, é devida à
presença de montmorilonita variando sua tonalidade com o teor de umidade. No entanto, esta fica
mais escura, tendendo a preto, quanto maior a contribuição de matéria orgânica(Guimarães
2006).
A Formação Caçapava corresponde ao pacote sedimentar superior da Bacia de Taubaté,
sendo constituída por camadas alternadas e lenticulares de argilas, areias e conglomerados, com
grãos de quartzo. Esta formação chega a tingir 200 metros de espessura, os quais transgridem a
Formação Tremembé em alguns pontos depositando-se diretamente sobre o embasamento
cristalino(Guimarães 2006).
4.3. PEDOLOGIA
De acordo com as informações contidas no Mapa Pedológico do Estado de São
Paulo,elaborado pelo IAC, na escala 1:500.000 (Oliveira et al.,1999; Embrapa, 1999), cinco
classes de solos são observadas no Vale do Paraíba: Gleissolos, Latossolos,Argissolos,
Cambissolos e Espodossolos, conforme apresentado na Figura 3.
Figura 3 – Mapa pedológico simplificado do Vale do Paraíba do Sul (Fonte: Guimarães, 2006).
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os estudos foram realizados em 25 áreas-alvo definidas previamente, por trabalhos de
fotointerpretação e análise de imagens (fotografias aéreas digitais ortorretificadas de 2003 da
SABESP, fotos aéreas digitalizadas na escala 1:30.000 de 2003-2004 da BASE S.A. e imagens de
satélite QuickBird de 2009-2010), onde foram identificadas situações de risco associadas a
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7. processos erosivos, com graus diferenciados quanto à intensidade dos processos já instalados ou
quanto à probabilidade de ocorrência de novos processos, à tipologia dos processos e à
severidade das feições observadas. Nove áreas com a presença de processos erosivos foram
caracterizadas como “sem risco”.
Dos 25 setores em risco associados aos processos erosivos, 7 apresentam grau de risco
baixo, 4 com grau de risco médio, 5 com grau de risco alto, nenhum setor com grau de risco muito
alto e 9 setores sem risco. Na Figura 4, observa-se que 28% das áreas de risco a erosão
analisadas foram classificadas com grau de risco baixo (R1), 16% com grau de risco médio (R2),
20% com grau de risco alto (R3), 0% com grau de risco muito alto (R4) e 36 % das áreas foram
classificadas como sem risco (Sr).
Figura 4. Quantificação dos graus de risco de erosão nos municípios de Aparecida,
Pindamonhangaba, Tremembé e Roseira.
Na Figura 5 é apresentada a distribuição das áreas de risco mapeadas (25 setores)por tipo de
processo erosivo. Observa-se, na figura, que os processos predominantes são formados por
sulcos e erosão laminar (37 e 35%, respectivamente), seguidos por ravina (26%) e boçoroca (2%).
Figura 5. Distribuição por processos erosivos mapeados nos quatro municípios.
Na Figura 6é apresentada a distribuição do número de áreas de risco com processos erosivos
por município. Nota-se,nessa figura, que os municípios de Aparecida e Pindamonhangaba
apresentam o maior número de áreas de risco com processo erosivo (20 áreas) entre os
municípios mapeados no Vale do Paraíba, seguidos por Roseira (3 áreas) e Tremembé (2 áreas).
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8. As Figuras 7 e 8apresentam a distribuição das feições erosivas por município. Na Figura 7
observa-se que as feições erosivas mais expressivas nos municípios de Aparecida e
Pindamonhangaba são sulcos (36%) e ravinas (36%), e erosão laminar (46%) e sulcos (40%),
respectivamente.
Figura 6. Distribuição dos números de áreas com processos erosivos por município.
Figura 7. Feições erosivas nos municípios de Aparecida e Pindamonhangaba.
Figura 8. Feições erosivas nos municípios de Tremembé e Roseira.
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9. Na Figura 8 observa-se que as feições erosivas mais expressivas nos municípios de
Tremembé e Roseira são sulcos (33%), ravinas (33%) e erosão laminar (34%), e sulcos (38%) e
erosão laminar (37%), respectivamente.
As Figuras 9, 10, 11 e 12 apresentam o Quadro-Síntese das áreas de risco identificadas nos
municípios de Aparecida, Pindamonhangaba, Roseirae Tremembé, com os respectivos números
de setores de risco, graus de risco, numero de moradias ameaçadas e recomendações gerais
para a minimização e o controle do risco.
Grau de N° de moradias
Área Município Localização Setor Posição na Processo probabilidade ameaçadas/ Recomendações
encosta/ Adverso de risco elemento em
Relevo risco
A1 Aparecida Acesso a Av. Itaguassú S1 Meia Erosão R1 Rodovia • Proteção superficial com gramíneas;
encosta laminar e • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
sulcos
A2 Aparecida Rod. Profª Marieta S1 Topo e base Erosão R1 Rodovia • Proteção superficial com gramíneas;
Vilela da Costa Braga da encosta laminar, • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
sulcos e
ravinas
A3 Aparecida Acesso pela Rua Nair S1 Topo e base Erosão R2 11 • Monitoramento da área de risco
Monteiro Pacheco da encosta laminar e • Proteção superficial com gramíneas;
sulcos • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
A4 Aparecida Acesso pela Av S1 Topo e base Erosão R3 4 • Monitoramento da área de risco
Itaguassú com a Rod. da encosta laminar, • Proteção superficial com gramíneas;
Marieta Vilela da Costa sulcos e • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
Braga ravinas
A5 Aparecida Acesso pela Rod. S1 Topo e base Erosão R1 Via de acesso • Proteção superficial com gramíneas;
Presidente Dutra, atrás da encosta laminar e local • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
do Posto Tigrão sulcos
A6 Aparecida Ruas Salviano de S1 Meia Ravina R3 7 • Monitoramento da área de risco
Souza e Aristeu encosta • Proteção superficial com gramíneas;
Venerando • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
A7 Aparecida Rua Afonso Chiesa, S1 Meia Ravina R2 2 • Monitoramento da área de risco
altura do nº 21 encosta • Proteção superficial com gramíneas;
• Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
A8 Aparecida Trevo da Rod. S1 Meia Erosão Sr* - • Proteção superficial com gramíneas;
Presidente Dutra encosta laminar e • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
sulcos
A9 Aparecida Rua Benedito Garcia S1 Topo da Erosão R2 12 • Monitoramento da área de risco
dos Reis encosta laminar, • Proteção superficial com gramíneas;
sulcos e • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
ravinas
A10 Aparecida Rua Benedito Garcia S1 Topo da Ravina R3 3 • Monitoramento da área de risco
dos Reis encosta • Proteção superficial com gramíneas;
• Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
A11 Aparecida Rua Benedito Garcia S1 Topo e base Erosão R3 1 • Monitoramento da área de risco
dos Reis da encosta laminar, • Proteção superficial com gramíneas;
sulcos e • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
ravinas
A12 Aparecida Rua Benedito Garcia S1 Meia Sulcos e R3 3 • Monitoramento da área de risco
dos Reis encosta ravinas • Proteção superficial com gramíneas;
• Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
A13 Aparecida Rua Antonio Bittencourt S1 Topo e meia Erosão R2 1 • Monitoramento da área de risco
da Costa, nº 677 da encosta laminar, • Proteção superficial com gramíneas;
sulcos e (*)Sem risco • Disciplinamento do escoamento das águas pluviais.
ravinas
Figura 9. Quadro-Síntese dos resultados do mapeamento de risco para processos erosivos –
munícipio de Aparecida
Grau de N° de moradias
Área Município Localização Setor Posição na Processo adverso probabilidade ameaçadas/ Recomendações
encosta/ de risco elemento em
Relevo risco
A1 Pindamonha Av. Engenheiro S1 Planície Erosão laminar R1 1 • Monitoramento da área de risco
ngaba Luiz Dumont • Proteção superficial com gramíneas;
Villares • Disciplinamento do escoamento das águas
pluviais.
A2 Pindamonha Av. Geraldo José S1 Base da Erosão laminar e sulcos Sr* - • Proteção superficial com gramíneas;
ngaba Rodrigues encosta • Disciplinamento do escoamento das águas
Alckmin pluviais.
A3 Pindamonha Próximo a Rod. S1 Topo da Erosão laminar e sulcos R1 Rodovia • Proteção superficial com gramíneas;
ngaba Presidente Dutra encosta • Disciplinamento do escoamento das águas
pluviais.
A4 Pindamonha Estrada S1 Planície Erosão laminar e sulcos Sr* - • Proteção superficial com gramíneas;
ngaba Sebastião Vieira • Disciplinamento do escoamento das águas
Machado pluviais.
A5 Pindamonha Av. Nossa S1 Planície Erosão laminar, sulcos e Sr* - • Proteção superficial com gramíneas;
ngaba Senhora do Bom ravina • Disciplinamento do escoamento das águas
Sucesso pluviais.
A6 Pindamonha Av. Geraldo José S1 Meia encosta Erosão laminar e sulcos Sr* - • Proteção superficial com gramíneas;
ngaba Rodrigues • Disciplinamento do escoamento das águas
Alckmin, próximo pluviais.
ao trevo com a
Av. Dr. Antônio
Pinheiro Jr.
A7 Pindamonha Rua Afonso S1 Planície Erosão laminar, sulcos e Sr* - • Proteção superficial com gramíneas;
ngaba Chiesa, altura do ravina • Disciplinamento do escoamento das águas
nº 21 (*)Sem risco pluviais.
Figura 10. Quadro-Síntese dos resultados do mapeamento de risco para processos erosivos –
munícipio de Pindamonhangaba.
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental9
10. Grau de N° de
Área Município Localização Setor Posição na Processo probabilidade moradias Recomendações
encosta/ adverso de risco ameaçadas/
Relevo elemento em
risco
A1 Roseira Próximo à Caixa S1 Meia Erosão laminar, Sr* 1 • Proteção superficial com
d’água da SABESP encosta sulcos e ravina gramíneas;
• Disciplinamento do escoamento
das águas pluviais.
• Obras de terraplanagem
(retaludamento, reconformação
de bermas, aterros
compactados)
A2 Roseira Estrada do S1 Topo da Erosão laminar, Sr* - • Proteção superficial com
Imperador/ Rua encosta sulcos e ravina gramíneas;
José Alves Moreira • Disciplinamento do escoamento
das águas pluviais.
A3 Roseira Estrada do S1 Topo e Erosão laminar Sr* - • Proteção superficial com
Imperador/Rua meia e sulcos gramíneas;
Moacir Salles encosta (*)Sem risco • Disciplinamento do escoamento
das águas pluviais.
Figura11. Quadro-Síntese dos resultados do mapeamento de risco para processos erosivos –
munícipio de Roseira.
Grau de N° de
Área Município Localização Setor Posição na Processo probabilidade moradias Recomendações
encosta/ adverso de risco ameaçadas/
Relevo elemento em
risco
A1 Tremembé Rua 6 S1 Topo da encosta Erosão R1 5 • Monitoramento da área de risco
laminar e • Proteção superficial com gramíneas;
sulcos • Disciplinamento do escoamento das
águas pluviais.
• Obras de microdrenagem urbana
(canaletas, bocas de lobo, caixas de
dissipação, galerias, tronco).
A2 Tremembé Rodovia S1 Base da encosta Erosão R1 Rodovia • Proteção superficial com gramíneas;
Floriano laminar e • Disciplinamento do escoamento das
Rodrigues sulcos águas pluviais.
Pinheiro
Figura 12. Quadro-Síntese dos resultados do mapeamento de risco para processos erosivos –
munícipio de Tremembé.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A distribuição dos processos erosivos mapeados nos quatro municípios do Vale do Paraíba,
objeto desse trabalho, com a predominância observada de erosão laminar e sulcos, tem
consequências diretas associadas ao registro do assoreamento presente em corpos d’água da
região, uma vez que estes processos são fornecedores de grande quantidade de material. Outro
aspecto importante observado é a grande quantidade de áreas com o registro de processos
erosivos em locais compostos por solo exposto em taludes de corte e aterro, em áreas de
empréstimo ativas ou não.
Dessa forma, os estudos das características do meio físico, devem ser considerados para
orientar, controlar ou limitar a ocupação de áreas urbanas, principalmente nas questões
relacionadas ao planejamento territorial.
Assim, é essencial a aplicação de normas ambientais e de uso e ocupação do solo nas ações
de planejamento urbano e regional, para evitar que os processos, como a erosão do solo, e
outros, gerem desastres geoambientais. Nesse sentido, o mapeamento de risco das áreas sujeitas
à erosão é um importante instrumento para a gestão pública municipal.
Em função dos resultados apresentados, nota-se a necessidade de que as questões
relacionadas ao estabelecimento de áreas para expansão urbana sejam fundamentadas em
estudos prévios dos processos e riscos associados.
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental10
11. 7. REFERÊNCIAS
AGORA VALE. Conheça o Vale do Paraíba. Disponível em
http://www.agoravale.com.br/mapas/mapa_vale. Acesso em 25/05/2011. 2011
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