O documento discute os perigos associados à ocupação desordenada de áreas urbanas geologicamente desfavoráveis na cidade de Ouro Preto, Brasil. Ele destaca a importância de conhecer as condições geológico-geotécnicas locais para reduzir riscos, e descreve os esforços de mapeamento, monitoramento e prevenção de deslizamentos de terra na área urbana da cidade.
2. PERIGOS
A ocupação dos espaços urbanos
ocorre em muitos casos de forma
desordenada. Ou mesmo
ordenada, mas em áreas
geológica ou geotecnicamente
desfavoráveis.
3. Para uma devida ocupação de áreas instáveis,
impõe-se o conhecimento das condições
geológico-geotécnicas locais, caracterizando-
se os processos e parâmetros envolvidos e
sistematizando-se as informações sobre a
suscetibilidade do meio a eventos
geotécnicos.
Quando as áreas já estão ocupadas, surge um
novo elemento a ser considerado no estudo, a
vulnerabilidade, que expressa as perdas
materiais e socioambientais envolvidas nos
processos. O conjunto das informações da
suscetibilidade associado à vulnerabilidade
dimensiona o risco.
4. Fatores Predisponentes:
- geometria do talude;
- condicionantes geológico - geotécnicos;
- presença ou não de vegetação;
- posição do NA no terreno;
- condições climáticas locais;
- ocupação urbana, etc
5. Causas dos movimentos de massa:
- externas: aumento das solicitações atuantes
- internas: diminuição da resistência do solo
• alteração da geometria
• colocação de sobrecarga
• infiltração de água
• desmatamento e poluição ambiental
aterro
corte no pé do talude
6. Recentemente, em um estudo realizado pelo Ministério das Cidades, a cidade
de Ouro Preto foi incluída na lista de municípios brasileiros mais suscetíveis a
escorregamentos em encostas urbanas.
Estes estudos tiveram como base três indicadores considerados fundamentais:
i.histórico de acidentes com vítimas, com base em registros dos organismos
de Defesa Civil e em informações de mídia;
ii.suscetibilidade do meio físico marcado por relevos mais acidentados;
iii. presença de áreas de ocupação subnormal em encostas, com condições
precárias de qualidade construtiva, urbana e ambiental, sinalizando
condições propícias a acidentes associados a escorregamentos induzidos
de solo, rocha e depósitos artificiais de encosta.
10. Planta da cidade de Ouro Preto Preto – 1:20.000 – 1939
Planta da cidade de Ouro escala 1888
Fonte: Acervo Cartográfico do Arquivo Público Mineiro
Fonte: Acervo Cartográfico do Arquivo Público Mineiro
11.
12.
13. MONITORAMENTO
MAPEAMENTO GEOTÉCNICO
2011
IDENTIFICAÇÃO 2003
2001
PROJETO IMAGEM
IDENTIFICAÇÃO, MAPEAMENTO GEOTÉCNICO E MONITORAMENTO
DAS ÁREAS DE RISCO DA ZONA URBANA DA CIDADE DE OURO PRETO/MG
14. INVENTÁRIO E AVALIAÇÃO SISTÊMICA DOS
EVENTOS OCORRIDOS
CARACTERIZAÇÃO DO
MEIO FÍSICO
MONITORAMENTO DA ÁREA
PREVENÇÃO DE NOVOS EVENTOS
(MINIMIZAÇÃO DOS RISCOS)
15. FASES DO I DE IMAGEM
• INVENTÁRIO E ANÁLISE DOS DADOS
ETAPA 1 EXISTENTES
• TRABALHOS DE CAMPO
ETAPA 2
• TRATAMENTO, INTERPRETAÇÃO E
ETAPA 3 SISTEMATIZAÇÃO DOS RESULTADOS
16. TRABALHOS
DE
CAMPO
Informações cadastrais Diagnóstico da situação local
Natureza e descrição do evento geotécnico Litologia
Mecanismos potenciais de Avaliação dos danos, em termos de potenciais
instabilização e riscos associados perdas de vidas humanas, danos construtivos, etc.
Prioridade de intervenção em caso de Principais recomendações que
evolução dos problemas detectados possam solucionar ou reduzir a
evolução da atual condição
20. HISTÓRICO DE MOVIMENTOS DE MASSA EM OURO PRETO
Nº de
Ano Nº de Mortes Locais
Ocorrências
Bairros São Cristóvão, Padre Faria, Taquaral, Piedade e áreas do que no futuro
1989 32 3
seria denominado Bairro Santa Cruz.
1991 32 - Bairros São Francisco, Antônio Dias, Pilar, Alto da Cruz, piedade e Padre Faria.
1992 54 2 Bairros São Francisco, Piedade, Alto da Cruz, Padre Faria e Santa Cruz.
Bairros São Cristóvão, Piedade, Padre Faria, Santa Cruz, Antônio Dias, Água
1995 40 3
Limpa*, Bauxita e Nossa Senhora das Dores.
Bairros Taquaral, São Cristóvão, São Francisco, Alto da Cruz, Piedade, Padre Faria,
1996/97 123 13
Santa Cruz e Vila Aparecida.
Bairros São Cristóvão, Alto da Cruz, Piedade, Padre Faria, Santa Cruz e Morro
2001/03 100 -
Santana.
Bairros São Francisco, São Cristóvão. Piedade, Padre Faria, Santa Cruz, Morro
2005 54 -
Santana, Taquaral, Bauxita e Nossa Senhora das Dores.
Bairros São Francisco, São Cristóvão. Piedade, Padre Faria, Santa Cruz, Morro
2006/07 312 -
Santana e Taquaral.
2008 193 - Idem ao Ano Anterior
2009 89 - Idem ao Ano Anterior
21. Bairro Zoneamento
Água Limpa AGL
Antônio Dias ANT
Alto da Cruz ATC
Barra BAR
Bauxita BAU
Cabeças CAB
Morro Santana MSN
Padre Faria PDF
Piedade PIE
São Cristovão SCR
Santa Cruz STC
Santa Efigênia STF
Taquaral TAQ
Vila Aparecida VAP
22.
23. FASES DO MAGE DE IMAGEM
• ELABORAÇÃO DE BASES CARTOGRÁFICAS
ETAPAS
1...n
TÉCNICAS DE SOBREPOSIÇÃO OU DE
COMBINAÇÃO DE MAPAS DE ÍNDICES OU
PARÂMETROS
24.
25.
26. Aspectos Geomorfológicos
Declividade Padrão do % da área
Cor Classe
(%) relevo urbana
1 0 a 10 Planalto 9
Suave
2 10 a 20 13
Ondulado
3 20 a 40 Ondulado 36
4 40 a 60 Montanhoso 23,5
5 60 a 100 Escarpado 14,4
6 >100 Serra 4,1
27. MAPAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Modelo de Ocupação
Desordenada e de Baixo
Padrão Construtivo
28. MAPAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Modelo de Ocupação
Planejada de Médio
Padrão Construtivo
29. MAPAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Modelo de Ocupação
Planejada de Alto
Padrão Construtivo
30. MAPAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
A probabilidade de ocorrência de escorregamentos é função das feições e características
do terreno, indicadoras de maior ou menor grau de suscetibilidade, combinadas a
observações sobre as formas de uso e ocupação do terreno.
34. DEFINIÇÃO DOS GRAUS DE RISCO
Risco I - Baixo Os
Os condicionantes
condicionantes geológico-geotécnicos
geológico-geotécnicos
predisponentes são de média tipo de terreno,setor são
predisponentes(declividade, intervenção no Observa-
são nível alta potencialidade. etc.) e o
e o de de potencialidade para
Risco I I- Médio nível presença de algumas evidências de muito de
desenvolvimento de processos o são de instabilidade
se abaixa intervenção no para dedesenvolvimento alta
de de potencialidade setor escorregamentos e
potencialidade. Processo as instabilização incipientes.
solapamento. escorregamentos. Não há em avançado
(encostas ede Mantidas drenagens), porém indícios de
processos margens de de condições existentes, é
Risco III- Alto estágio de desenvolvimento. ocorrência inicial de
perfeitamente possível a É condição mais crítica,
Processo de instabilização ema estágio de eventos
desenvolvimento de processos de instabilização
necessitando de Os de eventos dechuvas dado são
destrutivosOs durante episódios dese ocorreram, nos
desenvolvimento. intervenção imediata intensas e
encostas. registros registros eventos seu
Risco IV- Muito Alto
elevado anos
prolongadas. são mais comuns.
últimos estágio de desenvolvimento.
raros.
35. FASES DO M DE IMAGEM
• INSTRUMENTAÇÃO E MONITORAMENTO
DE ÁREAS CRÍTICAS E/OU SINGULARES
ETAPA
INSTALAÇÃO DE INCLINÔMETROS EM
ENCOSTAS E MEIA-ENCOSTAS
39. MUSEU DA INCONFIDÊNCIA
Gráficos deslocamento acumulativo (2003 - 2010) I2 – Museu da Inconfidência
Gráficos de tempos de I2 – Museu da Inconfidência