Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e relevantes devido às mudanças climáticas no mundo e no Brasil. Vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, entre outros, têm sido fortemente afetados nos últimos anos por eventos climáticos extremos que causaram inundações, deslizamentos de terra e movimentos de massa de várias categorias. Cientistas e governos do mundo estão procurando compreender a natureza das alterações que ainda são possíveis de acontecer durante o século 21. Para as áreas sujeitas a riscos de desastres é importante identificar o processo que faz com que estes riscos ocorram além de analisar as características de sua dinâmica de evolução para posterior gestão dessas áreas. O estudo de novas técnicas para monitoramento de processos de erosão ganhou grande destaque, constituindo um grande desafio para os pesquisadores. Desenvolver uma nova tecnologia para monitorar encostas, a fim de ter um novo sistema de aviso de desastres naturais que combinam técnicas de geoprocessamento em forma de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamentos de campo sistemáticos (geológicas e geotécnicas seções) é algo a ser analisado. O objetivo deste estudo se trata de um monitoramento de encostas, próxima a Serra das Araras, tendo como base as melhores práticas internacionais, através da instrumentação, observação do seu comportamento, a análise do local de estudo e ainda o mapeamento de áreas de risco no trecho estudado na rodovia.
Este trabalha fala sobre os eventos geodinâmicos que aconteceram entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015, com a somatória de todos os alagamentos, as inundações, os deslizamentos, etc.
Este estudo encontrou áreas vulneráveis a inundações na cidade de Puerto Maldonado, especificamente na seção “Pueblo Viejo”. O estudo analisou o comportamento de uma avenida máxima nas margens do rio Tambopata na seção "Pueblo Viejo" foi analisado para 5, 10, 20, 50 é 100 anos de período de retorno para precipitação máxima, trazendo resultados em 50 anos para abrir uma inundação total na "cidade velha" sendo afetado terras agrícolas, o setor de infra-estrutura de terra e estado residencial.
Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e relevantes devido às mudanças climáticas no mundo e no Brasil. Vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, entre outros, têm sido fortemente afetados nos últimos anos por eventos climáticos extremos que causaram inundações, deslizamentos de terra e movimentos de massa de várias categorias. Cientistas e governos do mundo estão procurando compreender a natureza das alterações que ainda são possíveis de acontecer durante o século 21. Para as áreas sujeitas a riscos de desastres é importante identificar o processo que faz com que estes riscos ocorram além de analisar as características de sua dinâmica de evolução para posterior gestão dessas áreas. O estudo de novas técnicas para monitoramento de processos de erosão ganhou grande destaque, constituindo um grande desafio para os pesquisadores. Desenvolver uma nova tecnologia para monitorar encostas, a fim de ter um novo sistema de aviso de desastres naturais que combinam técnicas de geoprocessamento em forma de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamentos de campo sistemáticos (geológicas e geotécnicas seções) é algo a ser analisado. O objetivo deste estudo se trata de um monitoramento de encostas, próxima a Serra das Araras, tendo como base as melhores práticas internacionais, através da instrumentação, observação do seu comportamento, a análise do local de estudo e ainda o mapeamento de áreas de risco no trecho estudado na rodovia.
Este trabalha fala sobre os eventos geodinâmicos que aconteceram entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015, com a somatória de todos os alagamentos, as inundações, os deslizamentos, etc.
Este estudo encontrou áreas vulneráveis a inundações na cidade de Puerto Maldonado, especificamente na seção “Pueblo Viejo”. O estudo analisou o comportamento de uma avenida máxima nas margens do rio Tambopata na seção "Pueblo Viejo" foi analisado para 5, 10, 20, 50 é 100 anos de período de retorno para precipitação máxima, trazendo resultados em 50 anos para abrir uma inundação total na "cidade velha" sendo afetado terras agrícolas, o setor de infra-estrutura de terra e estado residencial.
LEVANTAMENTO DE OCORRÊNCIAS DE INUNDAÇÃO EM REGISTROS DE JORNAIS COMO SUBSÍDI...Maria José Brollo
O presente trabalho enfoca procedimentos de coleta e tratamento de informações
relacionadas a eventos de inundação (assim como enchentes e alagamentos) a partir de notícias publicadas em jornais. O estudo utilizou ferramentas tecnológicas e bases de dados de livre acesso e disponíveis na Internet, visando compreender os fenômenos e seus impactos de forma ágil e abrangente, e permitir a aplicação dos procedimentos em diversos contextos socioeconômicos (por exemplo, prefeituras e defesas civis municipais). Uma vez sistematizadas, processadas e interpretadas, tais informações compõem um banco de dados georreferenciado apto a subsidir estudos voltados ao planejamento e ao mapeamento de risco em escalas regional e local.
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2016. GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CENÁRIO 2000-2015 – Boletim do Instituto Geológico nº 67 – São Paulo : I G / SMA, 2016. 72p ; ISSN 0100-431X. Disponível em: http://igeologico.sp.gov.br/files/2016/10/boletim_IG_vol_67.pdf
Estudos desenvolvidos no Instituto Geológico desde 2009 resultaram em um sistema de indicadores de riscos de desastres do Estado de São Paulo que permitiu o estabelecimento de cenários anuais e de referência para o tema. Constitui, também, a base para um retrato da dimensão dos problemas e suas consequências, o que vem auxiliando a eficaz gestão das situações de risco e desastre no Estado. A presente publicação consolida este histórico, apresentando o cenário 2000-2015 da situação de riscos de desastres devido a fenômenos geodinâmicos no Estado de São Paulo em termos de ocorrência de problemas (acidentes e danos) e de gestão, destacando como os mesmos vem sendo enfrentados pelo Poder Público por meio de instrumentos de gestão de riscos. São expostos conceitos, bases de dados, forma de abordagem do assunto e o Sistema de Indicadores de Riscos de Desastres construído para o Estado de São Paulo, que abarca 5 indicadores (número de acidentes, número de óbitos, número de pessoas afetadas, número de edificações afetadas, número de municípios com instrumentos de gestão de risco), agrupados em 2 grupos-chave (Indicadores de Estado ou Situação, Indicadores de Resposta). Esta abordagem envolve a análise e discussão dos indicadores em um período de 16 anos, e do ano de 2015 em particular, promovendo uma comparação entre os mesmos, a análise de tendências e de criticidade de municípios, assim como a apresentação de perspectivas futuras.
Palestra: Mapeamento de áreas de risco a inundação no Estado de São Paulo – Apresentada durante o Seminário Regional de Defesa Civil promovido pela CEDEC no município de Sorocaba em maio de 2012 pelo Pesquisador Rogério Rodrigues Ribeiro e o Assistente de Pesquisa Pedro Carignato Leal
CENÁRIOS METODOLÓGICOS DISTINTOS PARA O MAPEAMENTO DE ÁREAS DE INUNDAÇÃOAna Paula
A rápida expansão urbana e a ocupação desordenada de alguns municípios do País são consideradas como uma
das principais causas de inundações que assola a população residente nessas áreas. Com as inundações, têm-se as
perdas materiais e humanas, a qual é irreversível e de valor incalculável, sempre que ocorre chuva elevada em
curto espaço de tempo.
Mapeamento de Áreas de Risco de Guaratinguetá - Instituto Geológico -29 de ag...Maria José Brollo
O objetivo geral deste estudo consiste em elaborar o mapeamento de riscos de escorregamentos, inundações, erosão, subsidência e colapso de solo do município de Guaratinguetá, SP, nas escalas regional (1:50.000) e local (1:3.000), com o auxílio de levantamentos executados em 2010 e 2011.
Os resultados deste estudo visam fornecer subsídios à Defesa Civil Estadual e Municipal para a identificação e o gerenciamento de perigos e riscos relacionados a escorregamentos, inundação, erosão e colapso de solo em áreas residenciais do município.
Curso de Planejamento e Política Ambiental, UFABC, São Bernardo do Campo - SP, 19 de julho de 2018.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/qw5nkVavdZ4
Curso de Planejamento e Política Ambiental, UFABC, São Bernardo do Campo - SP, 2 de agosto de 2018
Gravação de Aula disponível em: https://youtu.be/hUX5SMxGckk
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Maria José Brollo
ANDRADE, E; BROLLO, MJ; TOMINAGA, LK; FERNANDES DA SILVA, PC. 2015. Campos do Jordão (SP): notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à gestão de riscos de desastres. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anaisem formato eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
RESUMO
O município de Campos do Jordão apresenta um histórico de diversos acidentes em áreas de risco com a ocorrência de vítimas fatais e significativos prejuízos financeiros e sociais. O levantamento de notícias de acidentes e desastres naturais veiculadas na mídia impressa no período de 1999 a 2013 constituiu-se em uma forma alternativa e prática de complementar os bancos de dados existentes na Defesa Civil Estadual e na Defesa Civil Municipal, fornecendo assim subsídios ao mapeamento de perigos e riscos do município. Em IG-SMA (2014) foram adotados procedimentos padronizados para a pesquisa, coleta e derivação de dados e informações a partir de notícias publicadas em dois jornais ("Vale Paraibano” e “O Vale"), buscando registros sobre datas e locais de ocorrências de movimentos de massa (escorregamentos, erosão, solapamento de margens de drenagens), inundações e processos correlatos (enchentes, alagamentos, enxurradas), colapsos e subsidências de solo, tempestades e vendavais. Com este propósito, as seguintes etapas foram contempladas: a) pesquisa e coleta de dados nos jornais; b) sistematização e consolidação de dados; c) georreferenciamento das ocorrências. Como resultado foram levantadas 32 matérias jornalísticas referentes a 27 eventos. A partir destas matérias, foi possível extrair 122 registros individuais segundo data, tipo e local de ocorrência, dos quais 117 foram passíveis de espacialização. O agrupamento destes dados resultou em 94 registros distribuídos por um total de 43 localidades distintas do município (bairros), com a seguinte distribuição conforme o tipo de processo: 49 registros de deslizamentos (51%), 31 registros de enchentes/inundações/alagamentos (33%), 14 registros de vendavais e temporais (15%), 1 registro referente a subsidência/afundamento (1%). Apesar de dificuldades relacionadas à consolidação do banco de dados e à completa caracterização dos eventos em decorrência da falta de consistência na terminologia empregada em algumas matérias jornalísticas, assim como à impossibilidade de espacialização de alguns locais de ocorrência, devido à veiculação de informações genéricas ou parciais, a utilização destes registros foram fundamentais na indicação de áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo e na caracterização e classificação de setores de perigo e de risco.
Atlas Geoambiental Bacias Mogi Guaçu e PardoCamila Conti
Atlas geoambiental das bacias hidrograficas dos rios Mogi-Guacu e Pardo - SP: subsidios para o planejamento territorial e gestao ambiental - Para conhecimento público
LEVANTAMENTO DE OCORRÊNCIAS DE INUNDAÇÃO EM REGISTROS DE JORNAIS COMO SUBSÍDI...Maria José Brollo
O presente trabalho enfoca procedimentos de coleta e tratamento de informações
relacionadas a eventos de inundação (assim como enchentes e alagamentos) a partir de notícias publicadas em jornais. O estudo utilizou ferramentas tecnológicas e bases de dados de livre acesso e disponíveis na Internet, visando compreender os fenômenos e seus impactos de forma ágil e abrangente, e permitir a aplicação dos procedimentos em diversos contextos socioeconômicos (por exemplo, prefeituras e defesas civis municipais). Uma vez sistematizadas, processadas e interpretadas, tais informações compõem um banco de dados georreferenciado apto a subsidir estudos voltados ao planejamento e ao mapeamento de risco em escalas regional e local.
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2016. GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CENÁRIO 2000-2015 – Boletim do Instituto Geológico nº 67 – São Paulo : I G / SMA, 2016. 72p ; ISSN 0100-431X. Disponível em: http://igeologico.sp.gov.br/files/2016/10/boletim_IG_vol_67.pdf
Estudos desenvolvidos no Instituto Geológico desde 2009 resultaram em um sistema de indicadores de riscos de desastres do Estado de São Paulo que permitiu o estabelecimento de cenários anuais e de referência para o tema. Constitui, também, a base para um retrato da dimensão dos problemas e suas consequências, o que vem auxiliando a eficaz gestão das situações de risco e desastre no Estado. A presente publicação consolida este histórico, apresentando o cenário 2000-2015 da situação de riscos de desastres devido a fenômenos geodinâmicos no Estado de São Paulo em termos de ocorrência de problemas (acidentes e danos) e de gestão, destacando como os mesmos vem sendo enfrentados pelo Poder Público por meio de instrumentos de gestão de riscos. São expostos conceitos, bases de dados, forma de abordagem do assunto e o Sistema de Indicadores de Riscos de Desastres construído para o Estado de São Paulo, que abarca 5 indicadores (número de acidentes, número de óbitos, número de pessoas afetadas, número de edificações afetadas, número de municípios com instrumentos de gestão de risco), agrupados em 2 grupos-chave (Indicadores de Estado ou Situação, Indicadores de Resposta). Esta abordagem envolve a análise e discussão dos indicadores em um período de 16 anos, e do ano de 2015 em particular, promovendo uma comparação entre os mesmos, a análise de tendências e de criticidade de municípios, assim como a apresentação de perspectivas futuras.
Palestra: Mapeamento de áreas de risco a inundação no Estado de São Paulo – Apresentada durante o Seminário Regional de Defesa Civil promovido pela CEDEC no município de Sorocaba em maio de 2012 pelo Pesquisador Rogério Rodrigues Ribeiro e o Assistente de Pesquisa Pedro Carignato Leal
CENÁRIOS METODOLÓGICOS DISTINTOS PARA O MAPEAMENTO DE ÁREAS DE INUNDAÇÃOAna Paula
A rápida expansão urbana e a ocupação desordenada de alguns municípios do País são consideradas como uma
das principais causas de inundações que assola a população residente nessas áreas. Com as inundações, têm-se as
perdas materiais e humanas, a qual é irreversível e de valor incalculável, sempre que ocorre chuva elevada em
curto espaço de tempo.
Mapeamento de Áreas de Risco de Guaratinguetá - Instituto Geológico -29 de ag...Maria José Brollo
O objetivo geral deste estudo consiste em elaborar o mapeamento de riscos de escorregamentos, inundações, erosão, subsidência e colapso de solo do município de Guaratinguetá, SP, nas escalas regional (1:50.000) e local (1:3.000), com o auxílio de levantamentos executados em 2010 e 2011.
Os resultados deste estudo visam fornecer subsídios à Defesa Civil Estadual e Municipal para a identificação e o gerenciamento de perigos e riscos relacionados a escorregamentos, inundação, erosão e colapso de solo em áreas residenciais do município.
Curso de Planejamento e Política Ambiental, UFABC, São Bernardo do Campo - SP, 19 de julho de 2018.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/qw5nkVavdZ4
Curso de Planejamento e Política Ambiental, UFABC, São Bernardo do Campo - SP, 2 de agosto de 2018
Gravação de Aula disponível em: https://youtu.be/hUX5SMxGckk
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Maria José Brollo
ANDRADE, E; BROLLO, MJ; TOMINAGA, LK; FERNANDES DA SILVA, PC. 2015. Campos do Jordão (SP): notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à gestão de riscos de desastres. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anaisem formato eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
RESUMO
O município de Campos do Jordão apresenta um histórico de diversos acidentes em áreas de risco com a ocorrência de vítimas fatais e significativos prejuízos financeiros e sociais. O levantamento de notícias de acidentes e desastres naturais veiculadas na mídia impressa no período de 1999 a 2013 constituiu-se em uma forma alternativa e prática de complementar os bancos de dados existentes na Defesa Civil Estadual e na Defesa Civil Municipal, fornecendo assim subsídios ao mapeamento de perigos e riscos do município. Em IG-SMA (2014) foram adotados procedimentos padronizados para a pesquisa, coleta e derivação de dados e informações a partir de notícias publicadas em dois jornais ("Vale Paraibano” e “O Vale"), buscando registros sobre datas e locais de ocorrências de movimentos de massa (escorregamentos, erosão, solapamento de margens de drenagens), inundações e processos correlatos (enchentes, alagamentos, enxurradas), colapsos e subsidências de solo, tempestades e vendavais. Com este propósito, as seguintes etapas foram contempladas: a) pesquisa e coleta de dados nos jornais; b) sistematização e consolidação de dados; c) georreferenciamento das ocorrências. Como resultado foram levantadas 32 matérias jornalísticas referentes a 27 eventos. A partir destas matérias, foi possível extrair 122 registros individuais segundo data, tipo e local de ocorrência, dos quais 117 foram passíveis de espacialização. O agrupamento destes dados resultou em 94 registros distribuídos por um total de 43 localidades distintas do município (bairros), com a seguinte distribuição conforme o tipo de processo: 49 registros de deslizamentos (51%), 31 registros de enchentes/inundações/alagamentos (33%), 14 registros de vendavais e temporais (15%), 1 registro referente a subsidência/afundamento (1%). Apesar de dificuldades relacionadas à consolidação do banco de dados e à completa caracterização dos eventos em decorrência da falta de consistência na terminologia empregada em algumas matérias jornalísticas, assim como à impossibilidade de espacialização de alguns locais de ocorrência, devido à veiculação de informações genéricas ou parciais, a utilização destes registros foram fundamentais na indicação de áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo e na caracterização e classificação de setores de perigo e de risco.
Atlas Geoambiental Bacias Mogi Guaçu e PardoCamila Conti
Atlas geoambiental das bacias hidrograficas dos rios Mogi-Guacu e Pardo - SP: subsidios para o planejamento territorial e gestao ambiental - Para conhecimento público
Guia Cartas Geotécnicas/IPT -orientações básicas aos municípiosresgate cambui ong
Guia Cartas Geotécnicas/IPT
orientações básicas aos municípios
Este guia visa subsidiar os municípios no atendimento a demandas
estabelecidas recentemente pela legislação brasileira, com a perspectiva
de contribuir para a compreensão e utilização de cartas geotécnicas no
planejamento e ordenamento territorial e na proteção e defesa civil.
A correta utilização das cartas geotécnicas pode auxiliar a prevenir e
evitar problemas relacionados ao uso e ocupação do solo, desde os mais
simples até os que tendem a gerar desastres naturais.
Obrigatorio aos municipios especialmente aqueles incluídos
no cadastro nacional de
municípios com áreas suscetíveis
à ocorrência de deslizamentos
de grande impacto, inundações
bruscas ou processos geológicos
ou hidrológicos correlatos.
Links:
http://www.ipt.br/publicacoes/tecnicas/livros_e_capitulos/62-guia_cartas_geotecnicas:_orientacoes_basicas_aos_municipios.htm
http://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=1033
Classificação geomorfológica das lagoas da região hidrográfica do baixo paraí...Leidiana Alves
A geomorfologia lacustre se mostra como uma área pouco expressiva, sobretudo, quando se tratam de grandes escalas de análise. A paisagem da Região Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul é marcada pela ocorrência de dezenas de lagoas. Este trabalho propõe uma tipologia própria para seus corpos lênticos pautada em estudos de autores de áreas interdisciplinares e das singularidades da paisagem regional. Objetivou-se a elaboração de uma classificação geomorfológica utilizando as geotecnologias, sobretudo o Sistema de Informações Geográficas (SIG) ArcGIS 10 e o software SketchUp Pro versão 8.0 que forneceram subsídios metodológicos para a boa condução do trabalho. Aliadas a isso, múltiplas campanhas de campo e consulta a bibliografia especializada, possibilitou determinar cinco tipos de lagoas: lagunas de rios barrados; lagoas deltaicas; lagoas de meandro abandonados; lagoas reliquiares; e lagoas de tabuleiros. Dessa forma, foi criado um modelo para ilustrar um universo de 70 corpos lênticos existentes na área. Dada sua importância e grande ocorrência na região, o trabalho poderá subsidiar estudos posteriores, contribuir para este ramo da geomorfologia e subsidiar o planejamento, gestão e tomada de decisão visando à melhoria da qualidade de vida das comunidades que habitam as suas margens, como no caso da vila de pescadores de Ponta Grossa dos Fidalgos, localizada as margens da lagoa Feia.
Protocolo: 2014/10/34789
Interessado: SVDS
Assunto: Plano de Manejo da APA de Campinas
Produto 2 - Diagnóstico
Trata o presente de manifestação técnica sobre o produto referente ao diagnóstico do plano de manejo da APA de Campinas, entregue pela empresa Walm em 31 de março de 2017.
Apresentação reunião inaugural - Armação do Pântano do sulLeandro Costa
No último dia 08/08, terça-feira, aconteceu na praia da Armação do Pântano do Sul a primeira atividade de mobilização social do Estudo de Impacto Ambiental e Projeto para a Recuperação da praia da Armação do Pântano do Sul.
Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia, Unesp, Rio Claro, SP, 2012
Eventos Pluviais Extremos e estiagens na Região das Missões, RS: a Percepção dos Moradores de Santo Antônio das Missões, Ribeiro, 2012.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...Maria José Brollo
ANDRADE, E.& BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP): diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simp. Bras. Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
RESUMO
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
ABSTRACT
This paper refers to risk mapping of landslides, floods, erosions processes on Campos do Jordão County (SP). Finalized in 2014, this task was sponsored by Civil Defence Cordenadory of the Military House of the São Paulo State Government, and executed by the Geological Institute in order to update the existent risk evaluations on the studied municipality covering some kinds of hazards never had studied before, such as flood hazard.
It where identified 40 areas for later detailed studies by risk conditions reconnaissance. The studies resulted in 175 risk sectors (17% at very high risk, 26% at high risk, 38% at medium risk, and 19% at low risk), comprising 3,985 houses at risk (15,940 estimated population), and spreading through approximately 5% of the County´s urban sprawl. That means, about 33% of municipality population lives at risk zones, wherein 2,6% lives at sectors classified as very high landslinding risk.
Thus, the risk mapping must be considered an important instrument for control and risk reduction on municipality´s territory and should be appropriated proceed its constant update by the local government.
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; ROSSINI PENTEADO, D.; SANTORO, J.; RIBEIRO, F.S.; GUEDES, A.C.M.; BRAGA, E.S. 2015. Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e inundação no Bairro de Vila Albertina, como subsídio à gestão de riscos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais..., http://www.acquacon.com.br/geosudeste/anais.php
RESUMO
O município de Campos do Jordão – SP apresenta um histórico de acidentes de natureza geológica de grandes proporções, associados, principalmente, à ocorrência de escorregamentos de encostas que resultou em vítimas fatais e em vultosos prejuízos financeiros. Este trabalho apresenta os resultados do mapeamento de áreas de risco de escorregamentos e inundações do Bairro Vila Albertina, parte integrante da avaliação de riscos realizada em Campos do Jordão por IG-SMA (2014). A Vila Albertina, situada na porção sudeste da mancha urbana, ocupa a face sul do morro e parte do vale situado na margem esquerda do córrego Piracuama. Corresponde a uma das mais extensas áreas de risco do município, com aproximadamente 180.000m². Deste total, 165.000m2 estão relacionados à setores de risco de escorregamentos, sendo que um único setor de risco muito alto ocupa 56% desta área. O levantamento histórico de acidentes (IG-SMA, 2014 e ANDRADE et al., 2015) apontou ocorrências de escorregamentos na Vila Albertina em 1972, 1999, 2000, 2001, 2003, 2004, 2007, 2008, 2009, 2013, e de inundações em 2003, 2009 e 2010. Como resultado do mapeamento de riscos em escala de detalhe 1:3.000 foram obtidos 13 setores de risco (9 setores de escorregamento e 4 de inundação), com 750 moradias em risco e cerca de 3.000 moradores (6% da população do município). Dos nove setores de risco de escorregamentos, 1 deles apresenta risco muito alto (somente este concentra 706 moradias), 1 risco alto, 5 risco médio e 2 risco baixo. Dos quatro setores de risco de inundação, com 44 moradias e 4 estabelecimentos comerciais, 1 apresenta risco alto e 3 risco médio. Foram apontadas recomendações voltadas à gestão dos riscos em cada um dos setores identificados, incluindo a indicação de remoção definitiva de pelo menos 350 moradias (47% do total desta área), fiscalização efetiva por toda a área e o congelamento dos setores de maior risco. Além disso, foram sugeridas soluções para a redução e para a convivência com os riscos existentes. Estudos técnicos como este apresentado em IG-SMA (2014), devem ser objeto de constante atualização, servindo de subsídio às ações preventivas e emergenciais, competindo ao Poder Público local sua implementação, contando, caso necessário, com o apoio do Estado e da União.
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...Maria José Brollo
GUEDES, A.C.M.; BROLLO, M.J.; RIBEIRO, F.S.; GOMES, R.L.O.; PEINADO, M.E.; ALMEIDA, T.W.B. 2015. Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCOS-IG): geotecnologia como subsídio para tomada de decisões em cenários de risco de desastres naturais. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais em formato eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
RESUMO
O Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo – SGI-RISCOS-IG foi desenvolvido pelo Instituto Geológico (IG) no âmbito do Programa Institucional de Gestão de Riscos e Prevenção de Desastres Naturais para permitir uma gestão integrada do tema e subsidiar decisões de órgãos estaduais e municipais. Organiza, padroniza e disponibiliza os resultados de dois tipos de avaliações de risco a eventos geodinâmicos (escorregamento, inundação, erosão e solapamento) executados pelo Instituto Geológico: a) mapeamento de áreas de risco de municípios; b) pareceres técnicos de atendimentos emergenciais de situações de risco.
A partir da avaliação de outros Sistema Gerenciadores de Informação desenvolvidos em diferentes áreas do IG, em diversos formatos, optou-se pelo uso da plataforma proprietária da Environmental Systems Research Institute - ESRI, já existente no instituto. As informações são armazenadas em um Banco de Dados de código aberto PostgreSQL, que se relaciona com o ambiente de mapas do Sistema – ArcGIS for Server Enterprise Advanced - utilizando o cartucho espacial (ST_Geometry). As informações de risco (poligonais e pontuais) são publicadas como web services no ambiente ArcGIS for Server. A ferramenta de desenvolvimento Microsoft Silverlight foi utilizada para a programação e customização de funcionalidades de navegação, controle e manipulação de mapas, uma avançada administração de usuários, pesquisa espacial e por atributos, entrada e edição de dados espaciais e alfanuméricos.
O presente artigo apresenta o modelo de dados e arquitetura do Sistema, as principais funcionalidades e anota alguns diferenciais em relação a outros mecanismos conhecidos. Mostra, enfim, algumas das razões pelas quais o SGI-RISCOS-IG tem se mostrado uma ferramenta bem recebida pelos responsáveis pela gestão da questão de risco geológico, em nível estadual e também junto a municípios mapeados.
Encerra elencando importantes ações em curso no Estado de São Paulo onde ocorre uma franca interação com o Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos.
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...Maria José Brollo
BROLLO, M.J.; SANTORO, J.; ROSSINI PENTEADO, D.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; RIBEIRO, R.R. 2015. Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geológicos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais em meio eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J.; SANTORO, J.; ROSSINI PENTEADO, D.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; RIBEIRO, R.R. 2015. Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geológicos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais em meio eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
Este trabalho tem como objetivo apresentar o histórico de eventos críticos que ocorreram em Itaoca-SP. O município apresenta uma configuração fisiográfica favorável ao desencadeamento de processos de corridas de massa, escorregamentos e inundações. Nos últimos 23 anos, Itaoca foi cenário de ocorrência de 5 eventos críticos, principalmente relacionados a enxurradas, inundações e enchentes, incluindo o desastre de janeiro de 2014, relacionado a corrida de massa e enxurrada, onde vários núcleos urbanos foram afetados, com grande impacto social, prejuízos econômicos e perdas de vida, que resultou na decretação de estado de calamidade pública no município. Após o desastre de janeiro de 2014, percebeu-se que o município não estava preparado para enfrentar qualquer situação de risco de desastre. Iniciou-se então um esforço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para instrumentalizar o poder público municipal no enfrentamento de situação de riscos de desastres, com a elaboração de um diagnóstico de perigos e riscos em escala regional e local (IG-SMA, 2015). Dentre os resultados deste estudo, sugere-se o monitoramento climático e pluviométrico, o treinamento da população em termos de percepção de riscos e a implantação de Sistemas de Alerta, conforme preconizado no Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos (Decr. Est. nº 57.512, de 11/11/2011).
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...Maria José Brollo
GUEDES, A.C.M.; BROLLO, M.J.; RIBEIRO, F.S.; GOMES, R.L.O.; PEINADO, M.E.; ALMEIDA, T.W.B. 2015. Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCOS-IG): geotecnologia como subsídio para tomada de decisões em cenários de risco de desastres naturais. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais..., CD-ROM
RESUMO
O Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo – SGI-RISCOS-IG foi desenvolvido pelo Instituto Geológico (IG) no âmbito do Programa Institucional de Gestão de Riscos e Prevenção de Desastres Naturais para permitir uma gestão integrada do tema e subsidiar decisões de órgãos estaduais e municipais. Organiza, padroniza e disponibiliza os resultados de dois tipos de avaliações de risco a eventos geodinâmicos (escorregamento, inundação, erosão e solapamento) executados pelo Instituto Geológico: a) mapeamento de áreas de risco de municípios; b) pareceres técnicos de atendimentos emergenciais de situações de risco.
A partir da avaliação de outros Sistema Gerenciadores de Informação desenvolvidos em diferentes áreas do IG, em diversos formatos, optou-se pelo uso da plataforma proprietária da Environmental Systems Research Institute - ESRI, já existente no instituto. As informações são armazenadas em um Banco de Dados de código aberto PostgreSQL, que se relaciona com o ambiente de mapas do Sistema – ArcGIS for Server Enterprise Advanced - utilizando o cartucho espacial (ST_Geometry). As informações de risco (poligonais e pontuais) são publicadas como web services no ambiente ArcGIS for Server. A ferramenta de desenvolvimento Microsoft Silverlight foi utilizada para a programação e customização de funcionalidades de navegação, controle e manipulação de mapas, uma avançada administração de usuários, pesquisa espacial e por atributos, entrada e edição de dados espaciais e alfanuméricos.
O presente artigo apresenta o modelo de dados e arquitetura do Sistema, as principais funcionalidades e anota alguns diferenciais em relação a outros mecanismos conhecidos. Mostra, enfim, algumas das razões pelas quais o SGI-RISCOS-IG tem se mostrado uma ferramenta bem recebida pelos responsáveis pela gestão da questão de risco geológico, em nível estadual e também junto a municípios mapeados.
Encerra elencando importantes ações em curso no Estado de São Paulo onde ocorre uma franca interação com o Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos.
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...Maria José Brollo
RIBEIRO, RR; ANDRADE, E; BROLLO, MJ; TOMINAGA, LK; RIBEIRO, FS. 2015. A redução dos riscos de desastres começa na escola: estudo de caso em Campos do Jordão (SP). In: ABGE, Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 15, Bento Gonçalves-RS, 18 a 21 de outubro de 2015, Anais..., CD-ROOM
Resumo – O município de Campos do Jordão (SP) foi objeto de estudo de avaliação de riscos em IG-SMA (2014) e teve como um dos produtos finais a aplicação do curso “Percepção de Perigos e Riscos Geológicos Voltados aos Profissionais da Educação”. O presente trabalho apresenta os resultados da aplicação deste curso a um grupo de profissionais da educação do município, no qual adquiriram conhecimentos e capacidades básicas para inserir a temática de prevenção dos desastres naturais nos currículos pedagógicos, bem como nos ambientes interno e externo de suas unidades escolares. Esta atividade pode ser entendida como o início de uma mudança cultural para a disseminação de comportamentos de prevenção e de autoproteção dos alunos que poderão contribuir para redução dos desastres e para o desenvolvimento sustentável local. Esta experiência vai ao encontro das premissas do Marco de Ação de Hyogo (UNESCO – 2000 a 2015), que visam aumentar a resiliência das nações e das comunidades frente aos desastres naturais.
Abstract -The city of Campos do Jordão (SP) was risk assessment study object in IG-SMA (2014) and had as one of the final products the implementation of the course "Hazard Perception and Risk Geological Facing the Education Professionals". This paper presents the results of applying this course to a group of professionals in the municipal education, which acquired basic knowledge and skills to enter the issue of prevention of natural disasters in educational curricula as well as in internal and external environments of units school. This activity can be understood as the beginning of a cultural change for the dissemination of prevention behaviors and self-protection of students who can contribute to disaster reduction and for local sustainable development. This experience meets the premises of the Hyogo Framework for Action (UNESCO - 2000 to 2015), aimed at increasing the resilience of nations and communities with respect to natural disasters.
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...Maria José Brollo
BROLLO, M.J.; TOMINAGA, L.K.; FARIA, D.G.M. 2014. Texto Diagnóstico do Solo: Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenário 2013. Trabalho produzido para São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente / Coordenadoria de Planejamento Ambiental. 2014. Meio Ambiente Paulista: Relatório de Qualidade Ambiental 2014. Organização: Edgar Cesar de Barros, Priscila Ferreira Capuano. São Paulo: SMA/CPLA, 2014. 215p. ISBN 978-85-8156-018-2. Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br.
Diante do aumento dos efeitos dos desastres naturais e de riscos geológicos no Estado de São Paulo, em 11 de novembro de 2011 foi instituído o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos – PDN, por meio do Decreto Estadual nº 57.512/2011. Esse decreto trouxe uma nova forma de enfrentar os problemas relacionados à ocorrência de desastres naturais e riscos geológicos no Estado. Indicando formas de evitar, reduzir, gerenciar e mitigar situações de risco no Estado de São Paulo, busca a articulação de ações, programas e projetos das Secretarias de Governo e das Instituições Públicas que atuam com o tema desastres naturais e riscos geológicos (Brollo & Tominaga, 2012). Esta articulação é operacionalizada por meio do Grupo de Articulação de Ações Executivas (GAAE), constituído por representantes técnicos de diversos órgãos e secretarias estaduais. Um importante produto oriundo deste trabalho foi o Boletim nº1, entitulado “Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo: Cenário de Referência – 2012” (Brollo & Tominaga, 2012), onde se estabelecem indicadores para o tema, cuja evolução é tratada a seguir.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP) : diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...Maria José Brollo
Tominaga, LK; Marchiori Faria, DG; Ferreira, CJ; Rossini-Penteado, D.; Brollo, MJ; Guedes, ACM; Coutinho, O. (2012). Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratinguetá, SP. Santos, SP. In: 46º Congresso Brasileiro de Geologia.
O crescimento da ocupação urbana em áreas sujeitas a processos perigosos, as quais propiciam o surgimento de situações de
risco em várias regiões do Brasil, motivou o Instituto Geológico a elaborar uma cartografia de risco abrangendo tanto as áreas de risco
existentes como aquelas com potencial de risco. Assim, a metodologia adotada pelo Instituto Geológico nos mapeamentos realizados
por meio da Cooperação Técnica com a CEDEC de São Paulo, considera a análise de perigo e risco em duas escalas de abordagem:
escala regional (1:50.000) e local (1:3.000).
A abordagem regional baseia-se na análise da paisagem e envolve avaliação regional de perigos, vulnerabilidade, danos e riscos
(Ferreira & Penteado, 2011). A cartografia gerada nessa escala pode ser utilizada para subsidiar instrumentos de planejamento e para a
identificação e seleção de áreas alvo para estudos em escala local (1:3.000), juntamente com os cadastros de eventos e as informações
da Defesa Civil municipal.
A cartografia de risco na escala de detalhe enfoca as áreas de risco definidas pela análise regional e as indicadas pela Defesa Civil
municipal. Os produtos gerados nessa escala implicam na definição de setores de risco a processos, com atribuição de graus de risco
variando de baixo a muito alto. Consiste em instrumento de gerenciamento de risco, de suporte a decisões pelo poder público municipal
na adoção de medidas necessárias à redução, mitigação ou eliminação do risco, além de orientar o trabalho da Defesa Civil Municipal
no atendimento de situações emergenciais.
Neste trabalho, apresenta-se o resultado do mapeamento de risco de Guaratinguetá, envolvendo a análise de processos de
escorregamentos. Os procedimentos incluíram as etapas: definição de unidades de análise (áreas-alvo); determinação e obtenção dos
atributos de análise; setorização e avaliação do risco.
O mapeamento de risco de Guaratinguetá identificou 21 setores de risco, sendo 7 setores de risco muito alto, 8 de risco alto, 5 de
risco médio e 1 de risco baixo, com um total de 577 moradias, dos quais 325 (56%) estão em risco muito alto e 128 (22%) em risco alto. A
cartografia final forneceu os setores de risco definidos e as recomendações técnicas para a redução, mitigação ou eliminação do risco.
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...Maria José Brollo
Brollo, MJ; Tominaga, LK (2013) . PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS GEOLÓGICOS – Avanços na gestão de riscos de desastres no Estado de São Paulo (2011-2013). Revista ABGE | n. 93-94 | Edição Especial.
Com a assinatura do Decreto Estadual nº 57.512, de 11/11/2011, há quase 2 anos, instituindo o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos (PDN), definiu-se um marco importante na gestão de riscos de desastres no Estado de São Paulo, trazendo uma nova forma do Poder Executivo Estadual enfrentar de modo articulado os problemas relacionados a ocorrência de desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo.
O PDN busca a articulação de ações, programas e projetos das Secretarias de Governo e das Instituições Públicas que atuam com o tema desastres naturais e riscos geológicos, indicando formas de evitar, reduzir, gerenciar e mitigar situações de risco no Estado de São Paulo.
Conforme determina o decreto, logo nos primeiros seis meses (em 2012) foi elaborado um “Plano de Trabalho de Curto e Médio Prazo” com projeção até o ano 2020, estabelecendo um cenário de referência em 2012 e detalhando ações para melhoria da gestão de riscos no Estado. Em continuidade vem ocorrendo o acompanhamento das ações, atualização de propostas e projetos e assessoria técnica em situações específicas, promovendo uma melhor articulação ente os órgãos técnicos estaduais e secretarias de governo, proporcionando consistência técnica e validando decisões políticas.
Importante ressaltar que este Programa complementa de forma bastante objetiva as necessidades da Política Estadual de Mudanças Climáticas (Lei nº 13.798, de 09/12/2009), especialmente quando esta trata em seu artigo 20º do “Plano Estratégico para Ações Emergenciais”, que encontra correspondência no “Plano de Trabalho de Curto e Médio Prazo do PDN”. Este Programa já vislumbra também inúmeras ações futuramente estabelecidas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei Federal nº 12.608, de 10/04/2012).
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...Maria José Brollo
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo : cenário de referência - 2012 / Organizadoras, Maria José; Lídia Keiko Tominaga – 1. ed. – São Paulo : Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, 2012. Disponível em: http://www.sidec.sp.gov.br/defesacivil/media/OSDownloads/1442514274_boletimgaae27dez2012.pdf
O Estado de São Paulo, diante do aumento dos efeitos dos desastres naturais e de riscos geológicos, vem desencadeando, por meio de suas instituições, ações de enfrentamento, implementando medidas preventivas e mitigadoras, aperfeiçoando suas ferramentas de gestão, investindo na capacitação de seus profissionais e realizando pesquisas aplicadas, entre outras.
Materializando esta dinâmica foi instituído o Decreto Estadual nº 57.512, de 11 de novembro de 2011, que visa principalmente a articulação e otimização das inúmeras ações existentes relacionadas ao tema e a busca de inovações nesta área de conhecimento.
Sob a coordenação da Secretaria da Casa Militar, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, o Comitê Deliberativo do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos, composto por Secretários de Estado, apreciou e aprovou em 25 de outubro de 2012 a proposta apresentada pelo Grupo de Articulação de Ações Executivas, o Plano de Trabalho de Curto e Médio Prazo (2012-2020), que apresenta um diagnóstico e propõe formas de enfrentamento articulado.
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2009. Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. In: Simpósio de Geologia do Sudeste, XI, Águas de São Pedro, SP, 14 a 17/10/2009, Sociedade Brasileira de Geologia. Anais..., p. 125.
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...Maria José Brollo
PALESTRA PROFERIDA NO IV Seminário estratégias para redução de riscos e desastres a eventos geodinâmicos no estado de São Paulo, EM 05 de dezembro de 2012, NO Auditório Anfiteatro Augusto Ruschi - Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Realização: Secretaria do Meio Ambiente e Casa Militar, por meio do Instituto Geológico e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Governo do Estado de São Paulo
08:30-09:30h: Credenciamento E Abertura
Mesa Redonda: A importância da articulação institucional na gestão de risco e desastres
09:30-09:45h: Mudanças climáticas, zoneamento ecológico-econômico e a gestão de riscos (Rubens Rizek Junior – Secretário de Estado do Meio Ambiente)
09:45-10:00h: O Sistema Integrado de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Airton Iosimo Martinez – Secretário de Estado da Casa Militar e Coordenador Estadual de Defesa Civil)
10:00-10:15h: Programas habitacionais e redução e prevenção do risco (Marcos Rodrigues Penido - Secretário Adjunto de Estado da Habitação)
10:15-10:30h: Entrega dos relatórios de mapeamento de risco dos municípios de Taubaté e Redenção da Serra - Ricardo Vedovello (Diretor Geral do Instituto Geológico) , Walter Nyakas Junior (Diretor do Departamento de Defesa Civil) E Representantes municipais de Taubaté e Redenção da Serra
10:30-10:45h: Assinatura de Termos de Cooperação e Protocolos de Intenções entre a Secretaria do Meio Ambiente, por meio do Instituto Geológico e a:
Casa Militar-, CEDEC, para apoio técnico relativo a situações de riscos geológico-geotécnicos e avaliação de risco
Secretaria de Habitação, por meio de seus órgãos vinculados para assessoria técnica e treinamento para avaliação de risco
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Departamento de Recursos Minerais- DRM e a Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, do Estado do Paraná, por meio da Minerais do Paraná S A - MINEROPAR para compartilhamento de informações, desenvolvimento científico e tecnológico e atuação conjunta em emergências relacionadas a eventos geológico-geotécnicos
10:45–11:15h: Intervalo
11:15–11:45h: Perspectivas da gestão municipal para redução de risco a desastres (Antonio Gilberto Filippo Fernandes Junior - Prefeito de Guaratinguetá)
11:45–12:30h: Por quê é importante gerenciar riscos e não desastres (Joaquin Toro - Especialista Sênior em Gestão de Risco a Desastres do Banco Mundial)
12:30–13:30h: Almoço
Mesa Redonda: Geologia, Risco e Habitação: desafios para a redução de desastres
13:30–14:00h: O Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos (Maria José Brollo - Diretora do Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental do IG)
14:00–14:30h: A relação entre os mapeamentos de risco e integração com sistemas de alerta no Estado do Rio de Ja
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...Maria José Brollo
INTRODUÇÃO
Desde 1988, o Instituto Geológico vem realizando estudos geoambientais na porção centro - leste do Estado de São Paulo. Destacam-se os estudos voltados à gestão ambiental, enfatizando aspectos decorrentes do desenvolvimento urbano-industrial. Dentre estes, um de suma importância na atualidade diz respeito aos resíduos sólidos.
Tem-se conhecimento de que as abordagens dadas a esse assunto incluem desde o seu aspecto amplo, como os resíduos na atual sociedade de consumo e globalizada, como aspectos mais restritos, como locais mais adequados para a disposição final dos resíduos, quando é imperativa a proteção ambiental e a saúde pública. Esse último enfoque é o que tem sido alvo de pesquisas técnico-científicas no Instituto Geológico. O projeto abordado neste momento diz respeito a seleção de áreas potenciais para disposição de resíduos sólidos, tendo como área geográfica de aplicação a Região Metropolitana de Campinas.
OBJETIVOS
Dentro do contexto apresentado deu-se o desenvolvimento de metodologia e definição de critérios específicos para a seleção de áreas potenciais para a disposição de resíduos sólidos domésticos e industriais. Teve como premissa a proteção aos recursos ambientais e, consequentemente, a manutenção da saúde pública. Considerou-se, para tanto, as características geoambientais que interferem nas condições de segurança de um empreendimento de recebimento de resíduos (aterro sanitário, central de tratamento de resíduos sólidos, por exemplo) e na manutenção da qualidade ambiental da região circunvizinha a ele.
METODOLOGIA
A estratégia adotada neste projeto de pesquisa para a identificação das áreas potenciais para a disposição de resíduos teve como diretrizes:
a) a necessidade de otimização de recursos humanos, de recursos financeiros e de tempo a ser dispendido na execução de estudos;
b) as peculiaridades fisiográficas, sócio-econômicas, e a política e legislação ambiental da região.
O processo de seleção de áreas potenciais para disposição de resíduos deve se iniciar com uma abordagem de caráter regional (escala 1:100.000). Assim, deve contemplar a definição de critérios e o levantamento de informações para a exclusão de áreas onde não seria possível a disposição de resíduos, considerando-se a fragilidade do meio físico e impedimentos legais.
Neste projeto foi desenvolvida a pesquisa dos aspectos metodológicos e critérios de análise utilizados na etapa regional. Assim, foram estudados quatro aspectos ou fatores fundamentais: sócio-políticos, fisiográficos, hidrogeológicos, e climáticos. A estratégia utilizada está sintetizada no fluxograma da Figura 1.
Após o levantamento e análise dos elementos de interesse para o estudo foram definidas classes de características e de propriedades consideradas como eliminatórias e restritivas (ou classificatórias). As propriedades consideradas eliminat
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...Maria José Brollo
A identificação e a escolha de locais adequados para a disposição de resíduos, constitui uma das grandes preocupações de natureza ambiental na atualidade. Tal preocupação relaciona-se tanto com a proteção do ambiente contíguo a um empreendimento dessa natureza, como com a proteção do empreendimento em si, o qual pode estar exposto a perigos naturais associados a processos geodinâmicos.
No Estado de São Paulo, o Instituto Geológico da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, tem desenvolvido pesquisas e projetos sobre o tema desde 1993. Tais pesquisas referem-se à avaliação de terrenos, considerando-se a análise da suscetibilidade dos terrenos à instabilização, bem como da vulnerabilidade desses mesmos terrenos à poluição de solos e águas. Essas análises subsidiam a identificação de áreas com variada adequabilidade para a disposição de resíduos.
Com o objetivo de consolidar e aprimorar a estratégia metodológica para a seleção de áreas adequadas à disposição de resíduos, o Instituto Geológico tem buscado a integração entre diferentes áreas de conhecimento, tais como Geologia, Geotecnia e Hidrogeologia. Tal esforço institucional inclui a especialização do quadro técnico através de contato com setores atuantes na gestão ambiental e intercâmbio técnico com instituições e organismos similares nacionais e internacionais.
O projeto “Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluição na Região Metropolitana de
Campinas”, ora apresentado, constitui importante etapa do processo de aperfeiçoamento, disseminação e internalização do conhecimento sobre o tema, através de cooperação técnica entre o Instituto Geológico (SMA-SP) e a Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
O projeto, financiado pelo Fundo de Projetos Ambientais – Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, tem como principal objetivo subsidiar o avanço metodológico na avaliação de terrenos, através de atividades que incluem: desenvolvimento de pesquisas conjuntas,
palestras, seminário internacional, workshop, visitas técnicas de pesquisadores britânicos ao Brasil e de pesquisadores do Brasil a instituições britânicas, reuniões e negociações com vistas à elaboração de um programa de cooperação técnica entre o Instituto Geológico, Universidades do Estado de São Paulo (UNESP e UNICAMP) e instituições britânicas (Universidade de Sheffield, British Geological Survey, Environment Agency).
No presente relatório, são os apresentados resultados preliminares e registradas as atividades realizadas. A primeira parte inclui tividades relativas ao intercâmbio e à disseminação do conhecimento sobre o tema: palestras apresentadas no Consulado Britânico e no Seminário
Internacional “Progressos na avaliação de terrenos voltada à gestão ambiental” realizado na Secretaria do Meio Ambiente; material didático do workshop “O uso de geologia estrutural para
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...Maria José Brollo
1ª Reunião do Comitê Deliberativo do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geológicos, em 25 de outubro de 2012. Apresentação ao Comitê de Secretários de Estado do Plano de Trabalho de curto e médio prazos 2012-2020
Prevenção de Desastres Naturais no Estado de São Paulo. Atuação do Instituto ...Maria José Brollo
1. O Instituto Geológico – missão e atividades
2. Desastres naturais
3. Perigos geológicos no Estado de SP
4. Análise de risco
5. Cenário de perigos e riscos no Estado de SP
6. Cartografia geoambiental e de risco
7. Políticas públicas e instrumentos de gestão de riscos
Mapeamento de Áreas de risco do Estado de São Paulo: Caçapava e São José do R...Maria José Brollo
Resultados sintéticos de mapeamentos de áreas de risco de escorregamentos, inundações, erosão e colapso de solos, dos municípios de Caçapava e São José do Rio Preto. Elaborados conforme Termo de Cooperação entre Instituto Geológico e Coordendoria Estadual de Defesa Civil
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
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Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
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1. MAPEAMENTO DE RISCO À INUNDAÇÃO EM MUNICÍPIOS DO VALE DO
PARAÍBA (SP): ABORDAGEM METODOLÓGICA PARA DELIMITAÇÃO E
CARATERIZAÇÃO DE SETORES DE PERIGO
PAULO CÉSAR FERNANDES DA SILVA*
EDUARDO DE ANDRADE *
LANA CAROLINA DANNA*
* Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente - Av. Miguel Estéfano, 3.900 - Água Funda
CEP 04301-903 - São Paulo, SP. E-mail: paulo.fernandes@igeologico.sp.gov.br
RESUMO O presente trabalho insere-se no contexto de um mapeamento de perigos e riscos a
inundações em municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (SP), que busca
compreender a distribuição espacial, a potencial magnitude dos fenômenos de inundação e seus
impactos,em escalas regional e local. Na abordagem regional, o objetivo do trabalho visa fornecer
subsídios técnicos ao planejamento e ordenamento territorial (como o zoneamento ecológico-
econômico), enquanto na abordagem local ou de detalhe, o intuito foi o de orientar as ações das
Defesas Civis Estadual e Municipal. O estudo enfoca aspectos metodológicos de coleta,
processamento e interpretação de dados, em particular a abordagem utilizada na etapa de detalhe
(escala 1:3.000), para fins de caracterização e delimitação de setores de perigo de inundação.
Para fins de quantificação do grau de perigo, a abordagem desenvolvida explora a utilização de
parâmetros de natureza hidrológica, tais como o nível atingido pela água nos locais de ocorrência,
a cota de atingimento e a recorrência dos fenômenos ao longo do tempo. Destacam-se ainda o
uso de ferramentas tecnológicas que incluem a construção de base de dados georreferenciada a
partir de aplicativos e informações disponíveis na Internet, sensoriameto remoto,
geoprocessamento e análise espacial de dados por meio de modelagem determinística e
geoestatística.
Palavras-Chave: mapeamento de risco, inundação, geoprocessamento, classificação de perigos
ABSTRACT This paper was developed in the context of a hazard and risk mapping carried in cities
of the Paraíba do Sul River Watershed (SP). It aims to understand the spatial distribution and
potential magnitude of flooding phenomena and their impacts at regional and local scales. In the
regional approach, the goal was to provide technical data and interpretations for territorial
occupation and land use planning (ecological-economic zoning). At detailed scale, the target was
to provide proper advice to the State and Municipal civil defence boards.The study emphasises
methodological procedures for gathering, processing and interpretation of data, in particular, the
approach taken for delimitation and characterisation of flooding hazard zones at 1:3,000 scale. The
approach developed for hazard zoning has explored hydrology-based parameters such as flooding
height marks (observed and interpolated) and topographic flooding range (topographic height +
flooding height mark) as well as the recurrence of flooding eventes within a determined time
interval. The study also highlights the use of technological tools such as web-available and
freeware GIS packages for the build-up of geo-referenced database, remote sensing, and GIS-
based processing operations including data spatial analysis by deterministic and geo-statistical
modelling.
Keywords: risk mapping, flooding, GIS processing, hazard classification
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 1
2. 1 – INTRODUÇÃO
O crescimento urbano em boa parte dos países em desenvolvimento ocorre de forma
insustentável devido à falta de controle do uso e ocupação do espaço, o que produz efeitos
adversos diretos sobre a infra-estrutura relacionada à água: abastecimento, esgotamento
sanitário, águas pluviais (drenagem urbana) e resíduos sólidos (Tucci, 2005). Apesar dos
potenciais transtornos os fenômenos de inundações e enchentes são processos naturais e
benéficos para o homem, pois promovem o enriquecimento das várzeas com nutrientes. No Brasil
a ocupação e expansão acelerada da urbanização sobre várzeas e margens de rios somadas à
ausência de planejamento e ordenamento territorial, são alguns dos fatores que tem agravado os
efeitos desses fenômenos, provocando sérios prejuízos sociais e econômicos (Maffra & Mazzola,
2007). Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, produzida pelo IBGE em 2008, as
principais causas de inundação na região sudeste eram as ocupações intensas e desordenadas
do solo (45,4%) e obstrução de bueiros/bocas de lobo, etc. (50%). As altas taxas de
impermeabilização do solo, além de modificações estruturais nos cursos d’água, como
retificações, canalizações, entre outros, associados a eventos chuvosos intensos, podem explicar
a crescente recorrência e intensificação desses fenômenos (Tominaga, 2009).
Como resposta a esse quadro problemático e agravante expõe-se a necessidade de
políticas públicas envolvendo ações de planejamento regional e urbano e de gestão ambiental,
visando à minimização dos impactos, bem como a prevenção e erradicação dos problemas
relacionados a inundações e enchentes. No caso do Estado de São Paulo, a Lei n º 13.798, de 09
de novembro de 2009, denominada Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), aponta os
dois principais instrumentos a serem adotados pelo governo: os Zoneamentos Ecológico-
Econômicos (ZEE’s), com uma abordagem regional, e os mapeamentos de risco, em escala local
e voltada aos municípios.
Assim como tantas outras regiões urbanizadas, o Vale do Rio Paraíba do Sul (SP) tem sido
palco de recorrentes eventos de inundações e enchentes, principalmente em períodos de grandes
precipitações. Nesse contexto, o Instituto Geológico, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo (IG-SMA/SP) vem desenvolvendo um estudo voltado às questões de perigos
e riscos (inundações e outros processos) em municípios do Vale do Rio Paraíba do Sul. Este
estudo tem o intuito de fornecer subsídios técnicos, em escala regional, ao planejamento e
ordenamento territorial, na forma de um Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), a cargo da
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e em escala de detalhe, corresponde a um
mapeamento de risco voltado às ações das Defesas Civis Estadual e municipais. Enquanto o ZEE
identifica as potencialidades e fragilidades do terreno, de forma a orientar espacialmente a política
de desenvolvimento e o uso racional dos recursos naturais, o objetivo dos mapeamentos de risco
é estimar os potenciais impactos dos fenômenos estudados, em termos de danos à propriedade,
interrupção das atividades econômicas e serviços urbanos, e em particular, o atingimento de
pessoas e a perda de vidas.
O presente trabalho corresponde à abordagem metodológica utilizada em escala de detalhe,
em particular a análise de perigo, que procurou identificar a probabilidade de ocorrência e
delimitar espacialmente a distribuição e a potencial magnitude dos fenômenos de inundação e
processos relacionados (enchentes, enxurradas, solapamento de margens de rios, alagamentos).
Destaca-se neste estudo a análise conjunta de dados e informações de natureza hidrológica
(como cota de atingimento e nível atingido pela água, observado ou estimado, nos locais de
ocorrência) e histórica (a recorrência do fenômeno) por meio de ferramentas tecnológicas que
incluem o geoprocessamento (SIG) e a análise espacial de dados (modelagem determinística e
geoestatística), sensoriamento remoto e interpretação de imagens, para fins de atribuição de
escores numéricos (quantificação) para classificação do grau de perigo.
Os exemplos aqui apresentados dizem respeito aos municípios de Pindamonhangaba,
Tremembé, Roseira e Aparecida. A abordagem metodológica desenvolvida incluiu as etapas
(Figura 1) e procedimentos descritos nos itens a seguir.
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 2
3. Figura 1. Fluxograma das etapas de trabalho.
2 – LEVANTAMENTO PRELIMINAR E CADASTRO GEORREFERENCIADO DE
OCORRÊNCIAS DE INUNDAÇÃO
A primeira etapa do estudo compreendeu um levantamento preliminar de ocorrências de
inundação, abrangendo todos os municípios da UGRHI-2 (Bacia do Rio Paraíba do Sul), num
intervalo de aproximadamente de 40 anos. Como descrito em Andrade et al. (2010), nesta etapa
foram estabelecidos procedimentos padronizados para a derivação de dados e informações a
partir de notícias publicadas em jornais e de registros históricos disponíveis em arquivos públicos
municipais.
Dentre as informações consideradas relevantes ao estudo incluem-se: data, duração e
quantidade de chuva registrada; tipo de evento (enchente, inundação, alagamento); nome do
curso d’água; locais e áreas afetadas (cidade, localidade, bairro, rua); e níveis atingidos (altura)
pela água. A etapa envolveu ainda a localização e determinação de coordenadas geográficas
relativas aos registros de ocorrências, com a utilização de aplicativos e recursos disponíveis na
Internet, tais como o Google Earth, permitindo a construção de um banco de dados
georreferenciado, e conseqüentemente a visualização e análise da distribuição espacial das
ocorrências (Figura 2) em um Sistema de Informações Geográficas (SIG) de livre domínio -
SPRING versão 5.1.4 (Câmara et al. 1996).
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 3
4. Figura 2. Mapa de localização da área de estudo e de registros de ocorrência de
inundações obtidos no levantamento preliminar ao longo do Vale do Rio Paraíba do Sul
(UGRHI-2). Fonte: Andrade et al. (2010)
3 - ESCOLHA DE ÁREAS-ALVO E TRABALHOS DE CAMPO
A escolha de áreas-alvo para os trabalhos de campo baseou-se nos dados provenientes do
levantamento preliminar de ocorrências, que foram integrados e complementados com dados
cadastrais obtidos da Defesa Civil Estadual (CEDEC) e nos municípios por meio das Defesas
Civis Municipais (COMDEC´s) e Prefeituras. O cruzamento de informações levou à confirmação,
ou exclusão, dos locais indicados pelo levantamento preliminar, bem como à inclusão ou seleção
de novos locais, surgidos em decorrência das intervenções estruturais efetuadas pelo poder
público municipal e/ou evolução dos fenômenos de inundação ao longo do tempo. Efetuada a
seleção de áreas-alvo, elaborou-se uma ficha para coleta de dados (Figura 3) e uma planilha
contendo informações sobre as áreas a serem visitadas em campo (coordenadas geográficas,
bairro, rua, nome da drenagem local etc.). Algumas áreas-alvo foram definidas em decorrência do
próprio trabalho de campo, em função de aspectos geomorfológicos locais, da dinâmica espacial
do fenômeno estudado in loco e também por meio de relatos de moradores e de agentes públicos
municipais que acompanharam os trabalhos.
Os trabalhos de campo objetivaram principalmente a observação e registro das seguintes
informações: a) nível atingido pela água (NAt), obtido pontualmente e medido em metros a partir
do solo nos locais de ocorrência dos eventos de inundação (e alagamento, em alguns casos); b)
características físicas locais do terreno e da drenagem, tais como topografia, feições de relevo,
vegetação, largura do leito e dimensões do talude de margem; c) características antrópicas
incluindo tipo de uso e ocupação do solo, padrão construtivo das habitações próximas às
margens, presença e tipo de infra-estrutura urbana (arruamento, pavimentação, iluminação
pública, rede de esgoto e águas pluviais, tubulações e canalizações do curso d’água).
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5. Figura 3. Ficha de coleta de dados utilizada nos trabalhos de campo.
O nível atingido pela água de inundação (NAt) (expresso em metros) nos locais de
ocorrência foi obtido, direta ou indiretamente, de quatro formas distintas: 1) medido (com trena a
laser) a partir de marcas deixadas pela água (Figura 4A) em paredes e/ou outros elementos de
referência (como postes de energia elétrica); 2) inferido a partir de relatos de moradores e/ou
agentes de Defesa Civil municipais; 3) inferido a partir de notícias de jornal (conteúdo da notícia
ou foto); 4) atribuído em trabalho de campo a partir da interpretação de dados do entorno. As
coordenadas geográficas dos locais visitados em campo foram obtidas através de equipamentos
GPS (aparelho Garmin eTraxVista e câmera digital Ricoh Caplio 500 SE com GPS incorporado).
4 – GEORREFERENCIAMENTO E ESPACIALIZAÇÃO DE DADOS
Similarmente ao levantamento preliminar de ocorrências, o aplicativo Google Earth foi
utilizado para fins de localização e georreferenciamento dos pontos visitados em campo e, em
particular, para derivação de dados sobre elevação do terreno. Neste caso, levou-se em conta a
possibilidade de obtenção de cotas altimétricas de metro em metro, o que representa uma
vantagem em relação às curvas de 20 em 20 m (cartas IBGE 1:50.000) e de 5 em 5 m (cartas IGC
1:10.000). Subsidiariamente, foram utilizadas fotografias aéreas digitais ortorretificadas obtidas do
projeto Sistema de Informações Geográficas no Saneamento (SIGNOS) da Sabesp (resolução
espacial de 0,60 m) e imagens do sensor Ikonos (cedidas pela Prefeitura de Tremembé).
A etapa de georreferenciamento e espacialização dos dados obtidos em campo envolveu
dois procedimentos: verificações e ajustes cartográficos; interpolação e geração de grades
numéricas. Dentre os parâmetros obtidos ou derivados dos trabalhos de campo, referentes aos
pontos cadastrados, considerados relevantes para a análise de perigo (etapa posterior) destacam-
se:
a) coordenadas UTM dos pontos cadastrados;
b) respectivos valores de elevação do terreno (topografia de referência);
c) nível de atingimento (NAt) para cada ponto;
d) valores de cota de atingimento 1 .
1
A cota de atingimento é a soma da elevação do terreno (topografia de referência) com o nível atingido (NAt)
pela água nos locais de ocorrência, todos expressos em metros.
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6. As verificações e ajustes cartográficos corresponderam a um conjunto de procedimentos
adotados para adequação das coordenadas geográficas (UTM) obtidas com equipamento GPS
(datum SAD69) nos trabalhos de campo, em relação às bases cartográficas fornecidas pelos
municípios e ao aplicativo Google (datum WGS84), que contém imprecisões plani-altimétricas. Os
procedimentos incluíram: a verificação do erro médio dos equipamentos GPS em relação ao
marco geodésico RN-1505 EG, localizado próximo às dependências do Instituto Geológico; a
calibragem relativa entre as coordenadas UTM obtidas com equipamentos GPS e observadas no
aplicativo Google Earth em cada município, utilizando pontos conhecidos no terreno e
identificados em imagem, com apoio de ortofotos; a transformação de coordenadas UTM
observadas no aplicativo Google Earth (datum WGS84) para as bases cartográficas fornecidas
(datum SAD69). Efetuadas as verificações e ajustes cartográficos, os dados e informações obtidos
em campo foram integrados aos dados cadastrais existentes (tais como nomes do curso d’água,
da sub-bacia, do bairro), sendo em seguida exportados e espacializados em ambiente SIG,
utilizando o aplicativo SPRING. Os valores de elevação do terreno (topografia de referência) foram
comparados às curvas de nível disponíveis nas bases cartográficas fornecidas pelos municípios
para verificação da precisão dos resultados obtidos na espacialização.
4.1 - Interpolação e geração de grades numéricas
A quantidade reduzida e a distribuição esparsa dos dados obtidos em campo muitas vezes
podem representar um limitante para o nível de detalhe necessário à análise de perigo de
inundação e, por conseguinte, ao mapeamento de risco. Com o intuito de adensar a malha de
dados do estudo e a sua capacidade de interpretação, adotou-se um procedimento experimental
que incluiu a interpolação e a geração de grades numéricas dos valores de cotas de atingimento e
do nível da água atingido nos locais de ocorrência (NAt). Esses parâmetros foram objeto de
análise espacial de dados, por meio de modelos determinísticos (média ponderada e convolução
bilinear) e geoestatísticos (krigagem), aplicados de forma diferenciada em cada município
estudado, de acordo com quantidade e a distribuição espacial dos dados obtidos.
Segundo autores como Druck et al. (2004), a análise espacial de dados compreende um
conjunto de técnicas de estimação e predição de valores uma variável ou parâmetros gerando
superfícies bidimensionais a partir de amostras pontuais, ajustando uma função cujos valores são
proporcionais à intensidade ou densidade local de amostras (modelagem determinística) ou com
base na estrutura de correlação espacial dos dados (modelagem geoestatística). As grades
numéricas interpoladas, com espaçamento variável de acordo com o interpolador utilizado,
permitiram a obtenção de valores intermediários de cota de atingimento e de NAt em intervalos de
0,10 m (Figura 4B).
No caso do Município de Aparecida, toda a base cartográfica utilizada para lançamento e
interpretação de dados foi derivada por meio de geoprocessamento. Nesse sentido, foram
adotadas duas alternativas: a) geração de curvas de 1m, 5m e 10m, a partir das curvas de 20m da
carta IBGE 1:50.000; b) geração de curvas de 1m, 5m, 10m, a partir da grade numérica do sensor
SRTM, utilizado pelo aplicativo Google Earth, e que pode ser obtida no site da Embrapa (Miranda,
2005). Dentre os resultados obtidos, as curvas de 10 em 10m obtidas a partir das cartas IBGE
demonstraram melhor consistência e precisão e foram utilizadas para fins de interpretação de
dados na etapa subseqüente de delimitação e caracterização dos setores de perigo.
5 – DELIMITAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SETORES DE PERIGO
Os setores de perigo procuram expressar a probabilidade de ocorrência dos fenômenos de
inundação (e processos relacionados), a distribuição espacial (abrangência), a intensidade e a
recorrência (a freqüência com que o fenômeno ocorre num determinado intervalo de tempo). A
delimitação e a caracterização dos setores de perigo basearam-se em procedimentos de
interpretação visual, digitalização em tela (edição de plano de informação vetorial) e trabalhos de
campo, envolvendo os seguintes elementos de análise:
• Grades numéricas interpoladas dos valores de NAt´s e das cotas de atingimento;
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7. • Curvas de nível derivadas das bases cartográficas fornecidas ou obtidas por interpolação,
conforme descrito acima;
• Imagens de satélite e ortofotos;
• Acervo fotográfico dos trabalhos de campo;
• Carta IGC 1:10,000, no formato TIFF (raster), georreferenciada, no caso específico do
município de Aparecida.
A delimitação de setores envolveu o cruzamento da grade numérica interpolada de cotas de
atingimento (cota topográfica de referência + nível atingido pela água) com as curvas de nível
derivadas das bases cartográficas. Este procedimento foi combinado à interpretação visual das
imagens de satélite e ortofotos, ou da carta topográfica georreferenciada, como no caso do
Município de Aparecida. A princípio, nos locais de ocorrência de inundação, estima-se que os
valores da cota de atingimento sejam superiores aos valores de cota da topografia de referência.
Nem sempre isso é observado, uma vez que os valores interpolados são obtidos por
processamento matemático-estatístico, e não correspondem necessariamente aos efeitos
provocados pelas características locais do terreno e possíveis intervenções antrópicas
decorrentes da urbanização. Nesse sentido, os dados provenientes dos pontos de observação em
campo, tais como NAt e elevação do terreno, foram utilizados para orientar e detalhar a
delimitação dos setores. A interpretação visual de imagens de satélite e ortofotos, bem como
fotografias tomadas nos locais visitados no trabalho de campo, permitiram a identificação de
aspectos físicos locais, em particular as feições de relevo e feições associadas à drenagem (tais
como pequenas quebras topográficas, alturas de taludes de margem, limites da planície de
inundação). Esta combinação de procedimentos metodológicos possibilitou um razoável
detalhamento necessário à delimitação e caracterização dos setores.
Para a interpretação visual e delimitação de setores, além do aplicativo SPRING, utilizou-se
subsidiariamente o aplicativo Global Mapper e o próprio Google Earth, incluindo a ferramenta 3D,
que permite a visualização tri-dimensional do terreno com ampliação da elevação em até três
vezes. A Figura 4B apresenta exemplo da delimitação de setores de perigo com uso de grade
numérica interpolada.
(A) (B)
Figura 4. (A) Marca do nível atingido pela água de inundação (NAt) obtido no local de ocorrência.
(B) Grade numérica interpolada por krigagem e trecho com setores de perigo de inundação
delimitados no Município de Tremembé. Verde = Perigo baixo, NAt < 0.40 m. Amarelo = Perigo
moderado, 0.40 < NAt < 0.80 m. Marrom claro = Perigo alto, 0.80 < NAt < 1.20 m. Lilás = Perigo
muito alto, NAt > 1.20 m. Pontos visitados em campo: quadrado + cruz. Línhas contínuas: preto =
curvas de nível, azul = cursos d’água. Escala gráfica aproximada 1:8.500.
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8. A determinação e atribuição do grau de perigo associado a cada setor foi efetuada em dois
estágios distintos e utilizou dois atributos ou critérios principais: 1) nível estimado ou efetivamente
atingido pela água de inundação (NAt) nos diferentes locais; 2) recorrência de eventos registrada
dentro do setor.
Num primeiro estágio, os setores foram delimitados e classificados em função exclusiva do
NAt. A estimativa do NAt nos trechos em que não há pontos de observação visitados em campo
utilizou os valores interpolados de cota de atingimento subtraídos dos valores de elevação do
terreno (topografia de referência), muitas vezes combinados à interpretação visual de imagens e
ortofotos, como descrito anteriormente.
Para esta classificação preliminar do perigo, foram estabelecidos quatro limiares de classes,
a partir de análise estatística e histogramas de distribuição de freqüência, que levou em
consideração o NAt obtido em 330 pontos de observação em 7 municípios estudados no Vale do
Rio Paraíba do Sul (Aparecida, Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté, Tremembé, Roseira e
Redenção da Serra). A cada uma das classes foram atribuídos escores numéricos, na escala de 0
a 1, calculados pela razão entre a soma dos valores incluídos na respectiva classe e a soma total
de valores de NAt (normalização), expressos conforme a Tabela 1, a seguir.
Tabela 1. Classificação preliminar do perigo e respectivos escores numéricos, em função do nível atingido
ou estimado pela água de inundação (NAt).
NAt Escore Numérico Perigo Preliminar (Pp)
NAt < 0,40m 0,1072 Pp1 - Baixo
0,40 < NAt < 0,80m 0,4226 Pp2 - Moderado
0,80 < NAt < 1,20m 0,7042 Pp3 - Alto
NAt > 1,20m 1,0000 Pp4 - Muito Alto
No segundo estágio, a classificação preliminar dos setores foi objeto de revisão dos escores
numéricos e reclassificação do grau de perigo, como demonstrado na Tabela 2. Inicialmente, os
escores numéricos atribuídos em função do NAt foram mantidos ou reduzidos, de acordo com a
presença ou não de pontos visitados em campo dentro de um determinado setor. A redução do
escore ocorreu quando o setor foi delimitado exclusivamente com base na interpolação e
interpretação de imagens e ortofotos. Outrossim, quando verificou-se pelo menos um ponto de
observação em campo dentro do setor, o escore numérico foi mantido.
Posteriormente, verificou-se o registro de recorrência ou repetição dos fenômenos de
inundação nos setores que incluem um ou mais pontos de observação em campo, aplicando-se
então os fatores de correção apresentados na Tabela 2, acarretando na elevação dos escores
numéricos atribuídos inicialmente, e na maioria das situações, determinando a elevação do grau
de perigo respectivo ao setor.
A aplicação dos fatores de correção leva em consideração duas situações: a) quando há
pelo menos uma recorrência do fenômeno no setor, num intervalo de 1 a 10 anos; b) quando há
duas ou mais recorrências do fenômeno no setor, num intervalo de 1 a 10 anos. O intervalo de
recorrência, por sua vez, levou em conta a distribuição de frequência (histogramas) dos
eventos/fenômenos ao longo do tempo, a partir do levantamento preliminar de ocorrências em
jornais e arquivos históricos, combinado aos registros e observações de campo (medidas de
marcas d’água e relato de moradores e agentes municipais). Os fatores de correção foram
definidos com base na análise matemática dos intervalos entre os limiares de classe (escores
numéricos pré-definidos em função do NAt), de forma a preservar a lógica e coerência do
processo de quantificação e classificação. Deve ser observado que a classificação final do grau de
perigo é expressa num intervalo de escores numéricos. Isso significa que setores classificados
num determinado grau de perigo podem resultar em escores numéricos diferentes, situados
dentro do respectivo intervalo, em função do NAt observado em campo ou inferido através de
interpolação, e em função da recorrência dos fenômenos/eventos num intervalo de tempo, como
descrito anteriormente. Essa diferenciação numérica pode se refletir oportunamente na análise e
classificação do grau de risco, dependendo das condições de uso e ocupação territorial.
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9. Dessa forma, com base na revisão dos escores numéricos, os limiares de classe para a
classificação final de perigo são expressos da seguinte forma:
• P1 (perigo baixo): P < 0,1072
• P2 (perigo moderado): 0,1072 < P < 0,4226
• P3 (perigo alto): 0,4226 < P < 0,7042
• P4 (perigo muito alto): P > 07042 (até um valor máximo de 1,5000)
Tabela 2. Classificação final do perigo de inundação (revisão de escores numéricos e fatores de correção
aplicados em função da recorrência dos fenômenos/eventos de inundação).
Perigo Fatores de Escore Numérico
Critério Perigo Final
Preliminar Correção Corrigido
Interpolação e interpretação Pp1 - Baixo Pp1 * 0.500 0,0536 P1 - Baixo
de imagens, sem pontos de Pp2 - Moderado Pp2 * 0,666 0,2814 P2 - Moderado
observação de campo no setor Pp3 - Alto Pp3 * 0,800 0,5634 P3 - Alto
Pp4 – Muito Alto Pp4 * 0,852 0,8520 P4 - Muito Alto
Presença de um ou mais Pp1 - Baixo Pp1 * 1 0,1072 P1 - Baixo
pontos de observação de Pp2 - Moderado Pp2 * 1 0,4226 P2 - Moderado
campo no setor Pp3 - Alto Pp3 * 1 0,7042 P3 - Alto
Pp4 – Muito Alto Pp4 * 1 1,0000 P4 - Muito Alto
Presença de um ou mais Pp1 - Baixo Pp1 * 3 0,3215 P2 - Moderado
pontos de observação de Pp2 - Moderado Pp2 * 1,5 0,6338 P3 - Alto
campo E pelo menos uma Pp3 - Alto Pp3 * 1,25 0,8803 P4 - Muito Alto
recorrência no setor
Pp4 – Muito Alto Pp4 * 1,125 1,1250 P4 - Muito Alto
Presença de um ou mais Pp1 - Baixo Pp1 * 3.5 0,3750 P2 - Moderado
pontos de observação de Pp2 - Moderado Pp2 * 1,75 0,7395 P4 - Muito Alto
campo E duas ou mais Pp3 - Alto Pp3 * 1,5 0,9683 P4 - Muito Alto
recorrências no setor
Pp4 – Muito Alto Pp4 * 1,5 1,5000 P4 - Muito Alto
6 – CONCLUSÕES
O presente trabalho procura responder à crescente necessidade dos agentes públicos em
incorporar informações sobre riscos geológicos ao planejamento regional e urbano e à gestão
ambiental, com objetivo de tornar mais eficientes as suas ações. Dentre as contribuições do
estudo destacam-se a utilização de parâmetros de natureza hidrológica, tais como cota de
atingimento e nível atingido pela água (observado ou estimado) nos locais de ocorrência, além da
recorrência dos eventos, combinados a ferramentas tecnológicas que incluem o
geoprocessamento (SIG), a análise espacial de dados (modelagem determinística e
geoestatística), sensoriameto remoto e interpretação de imagens.
A proposta de inovação para fins de atribuição de escores numéricos (quantificação) ao
grau de perigo demonstrou-se promissora tornando possível a comparação entre áreas de
ocorrência situadas num mesmo município, ou até em diferentes municípios, assim como a
possibilidade de utilização deste valor como indicador objetivo no monitoramento do perigo e na
orientação às medidas a serem tomadas pelo Poder Público em casos específicos.
Sabe-se que devido à natureza dos eventos de inundações, pequenas variações altimétricas
no terreno podem resultar em abrangências (áreas de atingimento) extremamente diferentes.
Assim, constatou-se a carência de material cartográfico adequado à escala de detalhe que de fato
permita a análise das cotas de atingimento da inundação da ordem de decímetros. Os dados
disponíveis foram refinados e retrabalhados estatística e matematicamente, de forma a aumentar
a capacidade de interpretação. Contudo, os esforços envidados indicam que idealmente há uma
necessidade de informações plani-altimétricas mais detalhadas em cada município.
Em relação à análise espacial de dados através de geoprocessamento foram observadas
algumas limitações, em particular com relação ao uso de grades numéricas interpoladas de cotas
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10. de atingimento de inundação e do nível atingido pela água nos locais de ocorrência para
delimitação de setores de perigo. A primeira limitação se relaciona à falta de informações plani-
altimétricas mais detalhadas, como indicado acima, pois mesmo as curvas de nível de 5 em 5
metros são insuficientes para o nível de detalhe necessário ao mapeamento dos fenômenos de
inundação. Outra limitação, de natureza experimental, diz respeito à abrangência espacial da
interpolação, retratada pela distribuição irregular, por vezes esparsa, dos dados coletados em
campo. Entretanto, os procedimentos de interpolação adotados foram aplicados a grandes
extensões, procurando abranger toda a área urbana dos municípios. Tal procedimento
demonstrou-se pouco eficaz em algumas áreas (agravado pela falta de dados plani-altimétricos de
detalhe). Sugere-se que em trabalhos futuros o processo de interpolação seja efetuado de forma
segmentada, ou seja, limitando a abrangência espacial do interpolador utilizado a trechos
menores, que poderão ser contíguos ou parcialmente superpostos entre si, de maneira a cobrir
diferentes partes dos municípios.
Agradecimentos Os autores gostariam de expressar seus agradecimentos a: Erika Silva Pimenthel, Tulius
Dias Nery, Pedro Carignato B. Leal e Osvaldo Coutinho pelo apoio nos trabalhos de geoprocessamento,
sistematização e interpretação de dados; a Ivete Costa da Silva, Cristiane Barbosa da Silveira, Adalberto
Ferreira Barbosa, Roberval Mariano, Valentim O. Santos Filho, Hernandez Magalhães Filho pelo apoio nos
trabalhos de campo.
Referências bibliográficas
Andrade, E.; Danna, L.C.; Santos, M.L., & Fernandes da Silva, P.C. (2010). Levantamento de
ocorrências de inundação em registros de jornais como subsídio ao planejamento regional e
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