Este documento analisa as características geomorfológicas que predispõem o risco de deslizamentos em quatro municípios do Planalto de Paraitinga/Paraibuna, São Paulo. Os principais fatores identificados foram declividade acentuada (mais de 30°), perfis de vertente retilíneos ou côncavos, e posição alta ou média na vertente. Estes fatores estão associados à maioria das áreas mapeadas com alto risco de deslizamento.
Trabalho avaliativo da disciplina de Análise Geoambiental, por ocasião do Curso de Especialização em Metodologia do Ensino de Geografia, na Universidade Estadual do Ceará
DESASTRES NATURAIS E RISCOS EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA (SP)Maria José Brollo
O município de São Luiz do Paraitinga (SP) sofreu um grande desastre no verão 2009-2010, em conseqüência de evento chuvoso de grande magnitude, que provocou extensa inundação e inúmeros escorregamentos, afetando quase metade da população e danificando importante acervo histórico-cultural. Este artigo analisa a situação ocorrida, com base na Equação de Risco, tendo como suporte o mapeamento de áreas de risco executado no município em 2008, além de relatórios de vistoria técnica elaborados após o desastre. Concluiu-se que, embora o risco existente seja bastante elevado, os danos poderiam ser minimizados com atuação nas variáveis associadas ao uso e ocupação do solo (potencial de indução e vulnerabilidade) e gerenciamento do risco.
Trabalho avaliativo da disciplina de Análise Geoambiental, por ocasião do Curso de Especialização em Metodologia do Ensino de Geografia, na Universidade Estadual do Ceará
DESASTRES NATURAIS E RISCOS EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA (SP)Maria José Brollo
O município de São Luiz do Paraitinga (SP) sofreu um grande desastre no verão 2009-2010, em conseqüência de evento chuvoso de grande magnitude, que provocou extensa inundação e inúmeros escorregamentos, afetando quase metade da população e danificando importante acervo histórico-cultural. Este artigo analisa a situação ocorrida, com base na Equação de Risco, tendo como suporte o mapeamento de áreas de risco executado no município em 2008, além de relatórios de vistoria técnica elaborados após o desastre. Concluiu-se que, embora o risco existente seja bastante elevado, os danos poderiam ser minimizados com atuação nas variáveis associadas ao uso e ocupação do solo (potencial de indução e vulnerabilidade) e gerenciamento do risco.
DESASTRES NATURAIS E RISCOS EM SÃO LUIZ DO PARAITINGAMaria José Brollo
BROLLO, M.J.; TOMINAGA, L.K.; ROSSINI-PENTEADO, D.; AMARAL, R.; RIBEIRO, R.R.; GUEDES, A.C.M. 2010. Desastres Naturais e Riscos em São Luiz do Paraitinga (SP). In: ABGE, SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA, 7, 07 a 10 Agosto 2010, Maringá-PR, Anais, CD-ROOM.
O município de São Luiz do Paraitinga (SP) sofreu um grande desastre no verão 2009-2010, em conseqüência de evento chuvoso de grande magnitude, que provocou extensa inundação e inúmeros escorregamentos, afetando quase metade da população e danificando importante acervo histórico-cultural. Este artigo analisa a situação ocorrida, com base na Equação de Risco, tendo como suporte o mapeamento de áreas de risco executado no município em 2008, além de relatórios de vistoria técnica elaborados após o desastre. Concluiu-se que, embora o risco existente seja bastante elevado, os danos poderiam ser minimizados com atuação nas variáveis associadas ao uso e ocupação do solo (potencial de indução e vulnerabilidade) e gerenciamento do risco.
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasGilberto Fugimoto
Palestra do Engenheiro Agrônomo José Francisco Lumbreras no Simpósio Ano Internacional das Leguminosas realizado no Campus da UFRRJ em Campos dos Goytacazes em 12 e 13 de maio de 2016. Promovida pela AEARJ e SEEA.
Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e relevantes devido às mudanças climáticas no mundo e no Brasil. Vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, entre outros, têm sido fortemente afetados nos últimos anos por eventos climáticos extremos que causaram inundações, deslizamentos de terra e movimentos de massa de várias categorias. Cientistas e governos do mundo estão procurando compreender a natureza das alterações que ainda são possíveis de acontecer durante o século 21. Para as áreas sujeitas a riscos de desastres é importante identificar o processo que faz com que estes riscos ocorram além de analisar as características de sua dinâmica de evolução para posterior gestão dessas áreas. O estudo de novas técnicas para monitoramento de processos de erosão ganhou grande destaque, constituindo um grande desafio para os pesquisadores. Desenvolver uma nova tecnologia para monitorar encostas, a fim de ter um novo sistema de aviso de desastres naturais que combinam técnicas de geoprocessamento em forma de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamentos de campo sistemáticos (geológicas e geotécnicas seções) é algo a ser analisado. O objetivo deste estudo se trata de um monitoramento de encostas, próxima a Serra das Araras, tendo como base as melhores práticas internacionais, através da instrumentação, observação do seu comportamento, a análise do local de estudo e ainda o mapeamento de áreas de risco no trecho estudado na rodovia.
Erosão costeira nas falésias Tibau do Sul – litoral leste do Rio Grande do NorteMarco Lyra
O presente trabalho consistiu na identificação e na compreensão dos mecanismos dos processos erosivos atuantes em
uma zona costeira localizada no município de Tibau do Sul, no litoral leste do Estado do Rio Grande do Norte. A
importância deste trabalho deve-se ao fato de que os processos erosivos atuantes têm provocado o recuo das falésias.
Com base em visitas realizadas in situ observa-se que o recuo sofre influência de processos de origem continental e
marinha. A intensidade destes processos varia tanto em termos espaciais quanto temporais. De um modo os processos
naturais modificadores da dinâmica superficial desta zona costeira são os movimentos de transporte de massa e os
movimentos gravitacionais de massa.
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; ROSSINI PENTEADO, D.; SANTORO, J.; RIBEIRO, F.S.; GUEDES, A.C.M.; BRAGA, E.S. 2015. Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e inundação no Bairro de Vila Albertina, como subsídio à gestão de riscos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais..., http://www.acquacon.com.br/geosudeste/anais.php
RESUMO
O município de Campos do Jordão – SP apresenta um histórico de acidentes de natureza geológica de grandes proporções, associados, principalmente, à ocorrência de escorregamentos de encostas que resultou em vítimas fatais e em vultosos prejuízos financeiros. Este trabalho apresenta os resultados do mapeamento de áreas de risco de escorregamentos e inundações do Bairro Vila Albertina, parte integrante da avaliação de riscos realizada em Campos do Jordão por IG-SMA (2014). A Vila Albertina, situada na porção sudeste da mancha urbana, ocupa a face sul do morro e parte do vale situado na margem esquerda do córrego Piracuama. Corresponde a uma das mais extensas áreas de risco do município, com aproximadamente 180.000m². Deste total, 165.000m2 estão relacionados à setores de risco de escorregamentos, sendo que um único setor de risco muito alto ocupa 56% desta área. O levantamento histórico de acidentes (IG-SMA, 2014 e ANDRADE et al., 2015) apontou ocorrências de escorregamentos na Vila Albertina em 1972, 1999, 2000, 2001, 2003, 2004, 2007, 2008, 2009, 2013, e de inundações em 2003, 2009 e 2010. Como resultado do mapeamento de riscos em escala de detalhe 1:3.000 foram obtidos 13 setores de risco (9 setores de escorregamento e 4 de inundação), com 750 moradias em risco e cerca de 3.000 moradores (6% da população do município). Dos nove setores de risco de escorregamentos, 1 deles apresenta risco muito alto (somente este concentra 706 moradias), 1 risco alto, 5 risco médio e 2 risco baixo. Dos quatro setores de risco de inundação, com 44 moradias e 4 estabelecimentos comerciais, 1 apresenta risco alto e 3 risco médio. Foram apontadas recomendações voltadas à gestão dos riscos em cada um dos setores identificados, incluindo a indicação de remoção definitiva de pelo menos 350 moradias (47% do total desta área), fiscalização efetiva por toda a área e o congelamento dos setores de maior risco. Além disso, foram sugeridas soluções para a redução e para a convivência com os riscos existentes. Estudos técnicos como este apresentado em IG-SMA (2014), devem ser objeto de constante atualização, servindo de subsídio às ações preventivas e emergenciais, competindo ao Poder Público local sua implementação, contando, caso necessário, com o apoio do Estado e da União.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP) : diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
DESASTRES NATURAIS E RISCOS EM SÃO LUIZ DO PARAITINGAMaria José Brollo
BROLLO, M.J.; TOMINAGA, L.K.; ROSSINI-PENTEADO, D.; AMARAL, R.; RIBEIRO, R.R.; GUEDES, A.C.M. 2010. Desastres Naturais e Riscos em São Luiz do Paraitinga (SP). In: ABGE, SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA, 7, 07 a 10 Agosto 2010, Maringá-PR, Anais, CD-ROOM.
O município de São Luiz do Paraitinga (SP) sofreu um grande desastre no verão 2009-2010, em conseqüência de evento chuvoso de grande magnitude, que provocou extensa inundação e inúmeros escorregamentos, afetando quase metade da população e danificando importante acervo histórico-cultural. Este artigo analisa a situação ocorrida, com base na Equação de Risco, tendo como suporte o mapeamento de áreas de risco executado no município em 2008, além de relatórios de vistoria técnica elaborados após o desastre. Concluiu-se que, embora o risco existente seja bastante elevado, os danos poderiam ser minimizados com atuação nas variáveis associadas ao uso e ocupação do solo (potencial de indução e vulnerabilidade) e gerenciamento do risco.
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasGilberto Fugimoto
Palestra do Engenheiro Agrônomo José Francisco Lumbreras no Simpósio Ano Internacional das Leguminosas realizado no Campus da UFRRJ em Campos dos Goytacazes em 12 e 13 de maio de 2016. Promovida pela AEARJ e SEEA.
Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e relevantes devido às mudanças climáticas no mundo e no Brasil. Vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, entre outros, têm sido fortemente afetados nos últimos anos por eventos climáticos extremos que causaram inundações, deslizamentos de terra e movimentos de massa de várias categorias. Cientistas e governos do mundo estão procurando compreender a natureza das alterações que ainda são possíveis de acontecer durante o século 21. Para as áreas sujeitas a riscos de desastres é importante identificar o processo que faz com que estes riscos ocorram além de analisar as características de sua dinâmica de evolução para posterior gestão dessas áreas. O estudo de novas técnicas para monitoramento de processos de erosão ganhou grande destaque, constituindo um grande desafio para os pesquisadores. Desenvolver uma nova tecnologia para monitorar encostas, a fim de ter um novo sistema de aviso de desastres naturais que combinam técnicas de geoprocessamento em forma de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamentos de campo sistemáticos (geológicas e geotécnicas seções) é algo a ser analisado. O objetivo deste estudo se trata de um monitoramento de encostas, próxima a Serra das Araras, tendo como base as melhores práticas internacionais, através da instrumentação, observação do seu comportamento, a análise do local de estudo e ainda o mapeamento de áreas de risco no trecho estudado na rodovia.
Erosão costeira nas falésias Tibau do Sul – litoral leste do Rio Grande do NorteMarco Lyra
O presente trabalho consistiu na identificação e na compreensão dos mecanismos dos processos erosivos atuantes em
uma zona costeira localizada no município de Tibau do Sul, no litoral leste do Estado do Rio Grande do Norte. A
importância deste trabalho deve-se ao fato de que os processos erosivos atuantes têm provocado o recuo das falésias.
Com base em visitas realizadas in situ observa-se que o recuo sofre influência de processos de origem continental e
marinha. A intensidade destes processos varia tanto em termos espaciais quanto temporais. De um modo os processos
naturais modificadores da dinâmica superficial desta zona costeira são os movimentos de transporte de massa e os
movimentos gravitacionais de massa.
Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e in...Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; ROSSINI PENTEADO, D.; SANTORO, J.; RIBEIRO, F.S.; GUEDES, A.C.M.; BRAGA, E.S. 2015. Campos do Jordão (SP): mapeamento de perigos e riscos de escorregamentos e inundação no Bairro de Vila Albertina, como subsídio à gestão de riscos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais..., http://www.acquacon.com.br/geosudeste/anais.php
RESUMO
O município de Campos do Jordão – SP apresenta um histórico de acidentes de natureza geológica de grandes proporções, associados, principalmente, à ocorrência de escorregamentos de encostas que resultou em vítimas fatais e em vultosos prejuízos financeiros. Este trabalho apresenta os resultados do mapeamento de áreas de risco de escorregamentos e inundações do Bairro Vila Albertina, parte integrante da avaliação de riscos realizada em Campos do Jordão por IG-SMA (2014). A Vila Albertina, situada na porção sudeste da mancha urbana, ocupa a face sul do morro e parte do vale situado na margem esquerda do córrego Piracuama. Corresponde a uma das mais extensas áreas de risco do município, com aproximadamente 180.000m². Deste total, 165.000m2 estão relacionados à setores de risco de escorregamentos, sendo que um único setor de risco muito alto ocupa 56% desta área. O levantamento histórico de acidentes (IG-SMA, 2014 e ANDRADE et al., 2015) apontou ocorrências de escorregamentos na Vila Albertina em 1972, 1999, 2000, 2001, 2003, 2004, 2007, 2008, 2009, 2013, e de inundações em 2003, 2009 e 2010. Como resultado do mapeamento de riscos em escala de detalhe 1:3.000 foram obtidos 13 setores de risco (9 setores de escorregamento e 4 de inundação), com 750 moradias em risco e cerca de 3.000 moradores (6% da população do município). Dos nove setores de risco de escorregamentos, 1 deles apresenta risco muito alto (somente este concentra 706 moradias), 1 risco alto, 5 risco médio e 2 risco baixo. Dos quatro setores de risco de inundação, com 44 moradias e 4 estabelecimentos comerciais, 1 apresenta risco alto e 3 risco médio. Foram apontadas recomendações voltadas à gestão dos riscos em cada um dos setores identificados, incluindo a indicação de remoção definitiva de pelo menos 350 moradias (47% do total desta área), fiscalização efetiva por toda a área e o congelamento dos setores de maior risco. Além disso, foram sugeridas soluções para a redução e para a convivência com os riscos existentes. Estudos técnicos como este apresentado em IG-SMA (2014), devem ser objeto de constante atualização, servindo de subsídio às ações preventivas e emergenciais, competindo ao Poder Público local sua implementação, contando, caso necessário, com o apoio do Estado e da União.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP) : diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
Este trabalha fala sobre os eventos geodinâmicos que aconteceram entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015, com a somatória de todos os alagamentos, as inundações, os deslizamentos, etc.
DESASTRES NATURAIS QUE ATINGIRAM O ESTADO DE ALAGOAS EM JUNHO DE 2010 - Lídia...Maria José Brollo
Entre os dias 15 a 19 de junho de 2010, chuvas intensas atingiram a região centro-leste do Estado de Alagoas provocando importantes inundações, precedidas por “ondas de cheia” (flash flood). Os efeitos destes fenômenos foram devastadores, causando destruição de moradias e outras edificações ao longo das margens dos rios e vultosos prejuízos, levando diversos municípios da região a decretarem situação de emergência e estado de calamidade pública.
Assim, o Governo do Estado de São Paulo, a pedido do Governo de Alagoas, enviou equipes técnicas de Defesa Civil e de especialistas em avaliação de riscos geoambientais para dar suporte técnico aos municípios gravemente atingidos pelas cheias dos rios que cortam o Estado de Alagoas (principalmente dos rios Mundaú e Paraíba do Meio e seus afluentes). Essa ação fez parte do apoio que o Governo paulista prestou ao Estado de Alagoas no enfrentamento dos desastres.
As equipes técnicas do Instituto Geológico enviadas ao Estado de Alagoas, no período de 27 de junho a 14 de julho de 2010, realizaram avaliações de risco em sete municípios: Santana do Mundaú, União dos Palmares, Branquinha, São José da Laje, Rio Largo, Atalaia e Satuba.
ITAOCA (SP) : HISTÓRICO DE ACIDENTES E DESASTRES RELACIONADOS A PERIGOS GEOLÓ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J.; SANTORO, J.; ROSSINI PENTEADO, D.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; RIBEIRO, R.R. 2015. Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geológicos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais em meio eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
Este trabalho tem como objetivo apresentar o histórico de eventos críticos que ocorreram em Itaoca-SP. O município apresenta uma configuração fisiográfica favorável ao desencadeamento de processos de corridas de massa, escorregamentos e inundações. Nos últimos 23 anos, Itaoca foi cenário de ocorrência de 5 eventos críticos, principalmente relacionados a enxurradas, inundações e enchentes, incluindo o desastre de janeiro de 2014, relacionado a corrida de massa e enxurrada, onde vários núcleos urbanos foram afetados, com grande impacto social, prejuízos econômicos e perdas de vida, que resultou na decretação de estado de calamidade pública no município. Após o desastre de janeiro de 2014, percebeu-se que o município não estava preparado para enfrentar qualquer situação de risco de desastre. Iniciou-se então um esforço da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para instrumentalizar o poder público municipal no enfrentamento de situação de riscos de desastres, com a elaboração de um diagnóstico de perigos e riscos em escala regional e local (IG-SMA, 2015). Dentre os resultados deste estudo, sugere-se o monitoramento climático e pluviométrico, o treinamento da população em termos de percepção de riscos e a implantação de Sistemas de Alerta, conforme preconizado no Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos (Decr. Est. nº 57.512, de 11/11/2011).
ASPECTOS DINÂMICOS DA PAISAGEM DO LAVRADO, NORDESTE DE RORAIMAgeo info ggf
Esta pesquisa teve como objetivo a caracterização da paisagem do lavrado roraimense, com enfoque em uma abordagem não somente funcional da ecologia, mas também com destaque para a valorização dos conceitos e técnicas da geografia, que como ciência do espaço possui um vasto conhecimento sobre os elementos que compõe dada paisagem e sobre os processos que a dinamizam. A metodologia abordada foi o uso de técnicas de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto para quantificação estatística das unidades da paisagem que mais se destacam no ambiente estudado, entre elas estão os sistemas lacustres do lavrado e os municípios que fazem parte dessa extensa matriz dominante. Essa quantificação também foi realizada com a aplicação de algumas métricas (ou índices) da paisagem, tais como índice de forma e índice de classes. Os resultados nos mostram que o lavrado de Roraima é uma região única, com atributos próprios e por esta razão deve ser estudada com enfoque em sua própria biodiversidade, identidade ecológica e cultural e o uso de técnicas estatísticas merecem ter maior destaque nos estudos da paisagem em geral do Estado, pois os estudos de paisagem ainda são, por vezes, subjetivos e descritivos, tornando o conhecimento limitado
Atuação do serviço geológico do brasil sgb cprm em estudos geológico-geotécni...Alerj
Apresentação feita pelo diretor de hidrologia e gestão territorial do Sistema geodésico Brasileiro (SGB), Thales de Queiroz,durante audiência da Comissão de Minas e Energia da Alerj (12/12/11)
Leia a matéria completa em http://j.mp/rwOU26
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2016. GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CENÁRIO 2000-2015 – Boletim do Instituto Geológico nº 67 – São Paulo : I G / SMA, 2016. 72p ; ISSN 0100-431X. Disponível em: http://igeologico.sp.gov.br/files/2016/10/boletim_IG_vol_67.pdf
Estudos desenvolvidos no Instituto Geológico desde 2009 resultaram em um sistema de indicadores de riscos de desastres do Estado de São Paulo que permitiu o estabelecimento de cenários anuais e de referência para o tema. Constitui, também, a base para um retrato da dimensão dos problemas e suas consequências, o que vem auxiliando a eficaz gestão das situações de risco e desastre no Estado. A presente publicação consolida este histórico, apresentando o cenário 2000-2015 da situação de riscos de desastres devido a fenômenos geodinâmicos no Estado de São Paulo em termos de ocorrência de problemas (acidentes e danos) e de gestão, destacando como os mesmos vem sendo enfrentados pelo Poder Público por meio de instrumentos de gestão de riscos. São expostos conceitos, bases de dados, forma de abordagem do assunto e o Sistema de Indicadores de Riscos de Desastres construído para o Estado de São Paulo, que abarca 5 indicadores (número de acidentes, número de óbitos, número de pessoas afetadas, número de edificações afetadas, número de municípios com instrumentos de gestão de risco), agrupados em 2 grupos-chave (Indicadores de Estado ou Situação, Indicadores de Resposta). Esta abordagem envolve a análise e discussão dos indicadores em um período de 16 anos, e do ano de 2015 em particular, promovendo uma comparação entre os mesmos, a análise de tendências e de criticidade de municípios, assim como a apresentação de perspectivas futuras.
UBCs do Estado de São Paulo: aplicação para análise do perigo de deslizamento...Claudio Ferreira
Apresentação feita no VI Seminário Estratégias para Redução de Riscos e Desastres de Eventos Geodinâmicos do Estado de São Paulo, em 08 de dezembro de 2014. A delimitação de UBCs consiste em identificar em imagens de sensoriamento remoto divisões fisiográficas em diferentes níveis hierárquicos de classificação relacionados às condições morfoambientais e genéticas da região estudada. A identificação dos compartimentos fisiográficos, delimitando porções do terreno que se distinguem das áreas vizinhas, definem as Unidades Básicas de Compartimentação – UBC.
As UBCs constituem as menores unidades de análise do terreno, obtidas a partir da fotointerpretação sistemática de elementos texturais e tonais em produtos de sensoriamento remoto. Esta análise sistemática é feita com base nas diferenças de homogeneidade, tropia e assimetria de elementos texturais e tonais das imagens de satélite.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...Maria José Brollo
ANDRADE, E.& BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP): diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simp. Bras. Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
RESUMO
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
ABSTRACT
This paper refers to risk mapping of landslides, floods, erosions processes on Campos do Jordão County (SP). Finalized in 2014, this task was sponsored by Civil Defence Cordenadory of the Military House of the São Paulo State Government, and executed by the Geological Institute in order to update the existent risk evaluations on the studied municipality covering some kinds of hazards never had studied before, such as flood hazard.
It where identified 40 areas for later detailed studies by risk conditions reconnaissance. The studies resulted in 175 risk sectors (17% at very high risk, 26% at high risk, 38% at medium risk, and 19% at low risk), comprising 3,985 houses at risk (15,940 estimated population), and spreading through approximately 5% of the County´s urban sprawl. That means, about 33% of municipality population lives at risk zones, wherein 2,6% lives at sectors classified as very high landslinding risk.
Thus, the risk mapping must be considered an important instrument for control and risk reduction on municipality´s territory and should be appropriated proceed its constant update by the local government.
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Maria José Brollo
ANDRADE, E; BROLLO, MJ; TOMINAGA, LK; FERNANDES DA SILVA, PC. 2015. Campos do Jordão (SP): notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à gestão de riscos de desastres. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anaisem formato eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
RESUMO
O município de Campos do Jordão apresenta um histórico de diversos acidentes em áreas de risco com a ocorrência de vítimas fatais e significativos prejuízos financeiros e sociais. O levantamento de notícias de acidentes e desastres naturais veiculadas na mídia impressa no período de 1999 a 2013 constituiu-se em uma forma alternativa e prática de complementar os bancos de dados existentes na Defesa Civil Estadual e na Defesa Civil Municipal, fornecendo assim subsídios ao mapeamento de perigos e riscos do município. Em IG-SMA (2014) foram adotados procedimentos padronizados para a pesquisa, coleta e derivação de dados e informações a partir de notícias publicadas em dois jornais ("Vale Paraibano” e “O Vale"), buscando registros sobre datas e locais de ocorrências de movimentos de massa (escorregamentos, erosão, solapamento de margens de drenagens), inundações e processos correlatos (enchentes, alagamentos, enxurradas), colapsos e subsidências de solo, tempestades e vendavais. Com este propósito, as seguintes etapas foram contempladas: a) pesquisa e coleta de dados nos jornais; b) sistematização e consolidação de dados; c) georreferenciamento das ocorrências. Como resultado foram levantadas 32 matérias jornalísticas referentes a 27 eventos. A partir destas matérias, foi possível extrair 122 registros individuais segundo data, tipo e local de ocorrência, dos quais 117 foram passíveis de espacialização. O agrupamento destes dados resultou em 94 registros distribuídos por um total de 43 localidades distintas do município (bairros), com a seguinte distribuição conforme o tipo de processo: 49 registros de deslizamentos (51%), 31 registros de enchentes/inundações/alagamentos (33%), 14 registros de vendavais e temporais (15%), 1 registro referente a subsidência/afundamento (1%). Apesar de dificuldades relacionadas à consolidação do banco de dados e à completa caracterização dos eventos em decorrência da falta de consistência na terminologia empregada em algumas matérias jornalísticas, assim como à impossibilidade de espacialização de alguns locais de ocorrência, devido à veiculação de informações genéricas ou parciais, a utilização destes registros foram fundamentais na indicação de áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo e na caracterização e classificação de setores de perigo e de risco.
Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São P...Maria José Brollo
GUEDES, A.C.M.; BROLLO, M.J.; RIBEIRO, F.S.; GOMES, R.L.O.; PEINADO, M.E.; ALMEIDA, T.W.B. 2015. Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCOS-IG): geotecnologia como subsídio para tomada de decisões em cenários de risco de desastres naturais. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais em formato eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
RESUMO
O Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo – SGI-RISCOS-IG foi desenvolvido pelo Instituto Geológico (IG) no âmbito do Programa Institucional de Gestão de Riscos e Prevenção de Desastres Naturais para permitir uma gestão integrada do tema e subsidiar decisões de órgãos estaduais e municipais. Organiza, padroniza e disponibiliza os resultados de dois tipos de avaliações de risco a eventos geodinâmicos (escorregamento, inundação, erosão e solapamento) executados pelo Instituto Geológico: a) mapeamento de áreas de risco de municípios; b) pareceres técnicos de atendimentos emergenciais de situações de risco.
A partir da avaliação de outros Sistema Gerenciadores de Informação desenvolvidos em diferentes áreas do IG, em diversos formatos, optou-se pelo uso da plataforma proprietária da Environmental Systems Research Institute - ESRI, já existente no instituto. As informações são armazenadas em um Banco de Dados de código aberto PostgreSQL, que se relaciona com o ambiente de mapas do Sistema – ArcGIS for Server Enterprise Advanced - utilizando o cartucho espacial (ST_Geometry). As informações de risco (poligonais e pontuais) são publicadas como web services no ambiente ArcGIS for Server. A ferramenta de desenvolvimento Microsoft Silverlight foi utilizada para a programação e customização de funcionalidades de navegação, controle e manipulação de mapas, uma avançada administração de usuários, pesquisa espacial e por atributos, entrada e edição de dados espaciais e alfanuméricos.
O presente artigo apresenta o modelo de dados e arquitetura do Sistema, as principais funcionalidades e anota alguns diferenciais em relação a outros mecanismos conhecidos. Mostra, enfim, algumas das razões pelas quais o SGI-RISCOS-IG tem se mostrado uma ferramenta bem recebida pelos responsáveis pela gestão da questão de risco geológico, em nível estadual e também junto a municípios mapeados.
Encerra elencando importantes ações em curso no Estado de São Paulo onde ocorre uma franca interação com o Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos.
Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geoló...Maria José Brollo
BROLLO, M.J.; SANTORO, J.; ROSSINI PENTEADO, D.; FERNANDES DA SILVA, P.C.; RIBEIRO, R.R. 2015. Itaoca (SP) : histórico de acidentes e desastres relacionados a perigos geológicos. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais em meio eletrônico http://geosudeste.com.br/anais/ANAIS-GEOSUDESTE-2015-completo.pdf
SISTEMA GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS GEOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO P...Maria José Brollo
GUEDES, A.C.M.; BROLLO, M.J.; RIBEIRO, F.S.; GOMES, R.L.O.; PEINADO, M.E.; ALMEIDA, T.W.B. 2015. Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo (SGI-RISCOS-IG): geotecnologia como subsídio para tomada de decisões em cenários de risco de desastres naturais. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 14, Campos do Jordão-SP, 26 a 29 de outubro de 2015, Anais..., CD-ROM
RESUMO
O Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos Geológicos no Estado de São Paulo – SGI-RISCOS-IG foi desenvolvido pelo Instituto Geológico (IG) no âmbito do Programa Institucional de Gestão de Riscos e Prevenção de Desastres Naturais para permitir uma gestão integrada do tema e subsidiar decisões de órgãos estaduais e municipais. Organiza, padroniza e disponibiliza os resultados de dois tipos de avaliações de risco a eventos geodinâmicos (escorregamento, inundação, erosão e solapamento) executados pelo Instituto Geológico: a) mapeamento de áreas de risco de municípios; b) pareceres técnicos de atendimentos emergenciais de situações de risco.
A partir da avaliação de outros Sistema Gerenciadores de Informação desenvolvidos em diferentes áreas do IG, em diversos formatos, optou-se pelo uso da plataforma proprietária da Environmental Systems Research Institute - ESRI, já existente no instituto. As informações são armazenadas em um Banco de Dados de código aberto PostgreSQL, que se relaciona com o ambiente de mapas do Sistema – ArcGIS for Server Enterprise Advanced - utilizando o cartucho espacial (ST_Geometry). As informações de risco (poligonais e pontuais) são publicadas como web services no ambiente ArcGIS for Server. A ferramenta de desenvolvimento Microsoft Silverlight foi utilizada para a programação e customização de funcionalidades de navegação, controle e manipulação de mapas, uma avançada administração de usuários, pesquisa espacial e por atributos, entrada e edição de dados espaciais e alfanuméricos.
O presente artigo apresenta o modelo de dados e arquitetura do Sistema, as principais funcionalidades e anota alguns diferenciais em relação a outros mecanismos conhecidos. Mostra, enfim, algumas das razões pelas quais o SGI-RISCOS-IG tem se mostrado uma ferramenta bem recebida pelos responsáveis pela gestão da questão de risco geológico, em nível estadual e também junto a municípios mapeados.
Encerra elencando importantes ações em curso no Estado de São Paulo onde ocorre uma franca interação com o Sistema Gerenciador de Informações sobre Riscos.
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...Maria José Brollo
RIBEIRO, RR; ANDRADE, E; BROLLO, MJ; TOMINAGA, LK; RIBEIRO, FS. 2015. A redução dos riscos de desastres começa na escola: estudo de caso em Campos do Jordão (SP). In: ABGE, Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, 15, Bento Gonçalves-RS, 18 a 21 de outubro de 2015, Anais..., CD-ROOM
Resumo – O município de Campos do Jordão (SP) foi objeto de estudo de avaliação de riscos em IG-SMA (2014) e teve como um dos produtos finais a aplicação do curso “Percepção de Perigos e Riscos Geológicos Voltados aos Profissionais da Educação”. O presente trabalho apresenta os resultados da aplicação deste curso a um grupo de profissionais da educação do município, no qual adquiriram conhecimentos e capacidades básicas para inserir a temática de prevenção dos desastres naturais nos currículos pedagógicos, bem como nos ambientes interno e externo de suas unidades escolares. Esta atividade pode ser entendida como o início de uma mudança cultural para a disseminação de comportamentos de prevenção e de autoproteção dos alunos que poderão contribuir para redução dos desastres e para o desenvolvimento sustentável local. Esta experiência vai ao encontro das premissas do Marco de Ação de Hyogo (UNESCO – 2000 a 2015), que visam aumentar a resiliência das nações e das comunidades frente aos desastres naturais.
Abstract -The city of Campos do Jordão (SP) was risk assessment study object in IG-SMA (2014) and had as one of the final products the implementation of the course "Hazard Perception and Risk Geological Facing the Education Professionals". This paper presents the results of applying this course to a group of professionals in the municipal education, which acquired basic knowledge and skills to enter the issue of prevention of natural disasters in educational curricula as well as in internal and external environments of units school. This activity can be understood as the beginning of a cultural change for the dissemination of prevention behaviors and self-protection of students who can contribute to disaster reduction and for local sustainable development. This experience meets the premises of the Hyogo Framework for Action (UNESCO - 2000 to 2015), aimed at increasing the resilience of nations and communities with respect to natural disasters.
Solo - Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenári...Maria José Brollo
BROLLO, M.J.; TOMINAGA, L.K.; FARIA, D.G.M. 2014. Texto Diagnóstico do Solo: Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo – cenário 2013. Trabalho produzido para São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente / Coordenadoria de Planejamento Ambiental. 2014. Meio Ambiente Paulista: Relatório de Qualidade Ambiental 2014. Organização: Edgar Cesar de Barros, Priscila Ferreira Capuano. São Paulo: SMA/CPLA, 2014. 215p. ISBN 978-85-8156-018-2. Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br.
Diante do aumento dos efeitos dos desastres naturais e de riscos geológicos no Estado de São Paulo, em 11 de novembro de 2011 foi instituído o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos – PDN, por meio do Decreto Estadual nº 57.512/2011. Esse decreto trouxe uma nova forma de enfrentar os problemas relacionados à ocorrência de desastres naturais e riscos geológicos no Estado. Indicando formas de evitar, reduzir, gerenciar e mitigar situações de risco no Estado de São Paulo, busca a articulação de ações, programas e projetos das Secretarias de Governo e das Instituições Públicas que atuam com o tema desastres naturais e riscos geológicos (Brollo & Tominaga, 2012). Esta articulação é operacionalizada por meio do Grupo de Articulação de Ações Executivas (GAAE), constituído por representantes técnicos de diversos órgãos e secretarias estaduais. Um importante produto oriundo deste trabalho foi o Boletim nº1, entitulado “Desastres naturais e riscos geológicos no estado de São Paulo: Cenário de Referência – 2012” (Brollo & Tominaga, 2012), onde se estabelecem indicadores para o tema, cuja evolução é tratada a seguir.
Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratingue...Maria José Brollo
Tominaga, LK; Marchiori Faria, DG; Ferreira, CJ; Rossini-Penteado, D.; Brollo, MJ; Guedes, ACM; Coutinho, O. (2012). Avaliação e mapeamento de risco a escorregamentos no município de Guaratinguetá, SP. Santos, SP. In: 46º Congresso Brasileiro de Geologia.
O crescimento da ocupação urbana em áreas sujeitas a processos perigosos, as quais propiciam o surgimento de situações de
risco em várias regiões do Brasil, motivou o Instituto Geológico a elaborar uma cartografia de risco abrangendo tanto as áreas de risco
existentes como aquelas com potencial de risco. Assim, a metodologia adotada pelo Instituto Geológico nos mapeamentos realizados
por meio da Cooperação Técnica com a CEDEC de São Paulo, considera a análise de perigo e risco em duas escalas de abordagem:
escala regional (1:50.000) e local (1:3.000).
A abordagem regional baseia-se na análise da paisagem e envolve avaliação regional de perigos, vulnerabilidade, danos e riscos
(Ferreira & Penteado, 2011). A cartografia gerada nessa escala pode ser utilizada para subsidiar instrumentos de planejamento e para a
identificação e seleção de áreas alvo para estudos em escala local (1:3.000), juntamente com os cadastros de eventos e as informações
da Defesa Civil municipal.
A cartografia de risco na escala de detalhe enfoca as áreas de risco definidas pela análise regional e as indicadas pela Defesa Civil
municipal. Os produtos gerados nessa escala implicam na definição de setores de risco a processos, com atribuição de graus de risco
variando de baixo a muito alto. Consiste em instrumento de gerenciamento de risco, de suporte a decisões pelo poder público municipal
na adoção de medidas necessárias à redução, mitigação ou eliminação do risco, além de orientar o trabalho da Defesa Civil Municipal
no atendimento de situações emergenciais.
Neste trabalho, apresenta-se o resultado do mapeamento de risco de Guaratinguetá, envolvendo a análise de processos de
escorregamentos. Os procedimentos incluíram as etapas: definição de unidades de análise (áreas-alvo); determinação e obtenção dos
atributos de análise; setorização e avaliação do risco.
O mapeamento de risco de Guaratinguetá identificou 21 setores de risco, sendo 7 setores de risco muito alto, 8 de risco alto, 5 de
risco médio e 1 de risco baixo, com um total de 577 moradias, dos quais 325 (56%) estão em risco muito alto e 128 (22%) em risco alto. A
cartografia final forneceu os setores de risco definidos e as recomendações técnicas para a redução, mitigação ou eliminação do risco.
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...Maria José Brollo
Brollo, MJ; Tominaga, LK (2013) . PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS GEOLÓGICOS – Avanços na gestão de riscos de desastres no Estado de São Paulo (2011-2013). Revista ABGE | n. 93-94 | Edição Especial.
Com a assinatura do Decreto Estadual nº 57.512, de 11/11/2011, há quase 2 anos, instituindo o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos (PDN), definiu-se um marco importante na gestão de riscos de desastres no Estado de São Paulo, trazendo uma nova forma do Poder Executivo Estadual enfrentar de modo articulado os problemas relacionados a ocorrência de desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo.
O PDN busca a articulação de ações, programas e projetos das Secretarias de Governo e das Instituições Públicas que atuam com o tema desastres naturais e riscos geológicos, indicando formas de evitar, reduzir, gerenciar e mitigar situações de risco no Estado de São Paulo.
Conforme determina o decreto, logo nos primeiros seis meses (em 2012) foi elaborado um “Plano de Trabalho de Curto e Médio Prazo” com projeção até o ano 2020, estabelecendo um cenário de referência em 2012 e detalhando ações para melhoria da gestão de riscos no Estado. Em continuidade vem ocorrendo o acompanhamento das ações, atualização de propostas e projetos e assessoria técnica em situações específicas, promovendo uma melhor articulação ente os órgãos técnicos estaduais e secretarias de governo, proporcionando consistência técnica e validando decisões políticas.
Importante ressaltar que este Programa complementa de forma bastante objetiva as necessidades da Política Estadual de Mudanças Climáticas (Lei nº 13.798, de 09/12/2009), especialmente quando esta trata em seu artigo 20º do “Plano Estratégico para Ações Emergenciais”, que encontra correspondência no “Plano de Trabalho de Curto e Médio Prazo do PDN”. Este Programa já vislumbra também inúmeras ações futuramente estabelecidas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei Federal nº 12.608, de 10/04/2012).
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo: Cenário de ref...Maria José Brollo
Desastres naturais e riscos geológicos no Estado de São Paulo : cenário de referência - 2012 / Organizadoras, Maria José; Lídia Keiko Tominaga – 1. ed. – São Paulo : Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, 2012. Disponível em: http://www.sidec.sp.gov.br/defesacivil/media/OSDownloads/1442514274_boletimgaae27dez2012.pdf
O Estado de São Paulo, diante do aumento dos efeitos dos desastres naturais e de riscos geológicos, vem desencadeando, por meio de suas instituições, ações de enfrentamento, implementando medidas preventivas e mitigadoras, aperfeiçoando suas ferramentas de gestão, investindo na capacitação de seus profissionais e realizando pesquisas aplicadas, entre outras.
Materializando esta dinâmica foi instituído o Decreto Estadual nº 57.512, de 11 de novembro de 2011, que visa principalmente a articulação e otimização das inúmeras ações existentes relacionadas ao tema e a busca de inovações nesta área de conhecimento.
Sob a coordenação da Secretaria da Casa Militar, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, o Comitê Deliberativo do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos, composto por Secretários de Estado, apreciou e aprovou em 25 de outubro de 2012 a proposta apresentada pelo Grupo de Articulação de Ações Executivas, o Plano de Trabalho de Curto e Médio Prazo (2012-2020), que apresenta um diagnóstico e propõe formas de enfrentamento articulado.
Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2009. Indicadores de desastres naturais no Estado de São Paulo. In: Simpósio de Geologia do Sudeste, XI, Águas de São Pedro, SP, 14 a 17/10/2009, Sociedade Brasileira de Geologia. Anais..., p. 125.
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...Maria José Brollo
PALESTRA PROFERIDA NO IV Seminário estratégias para redução de riscos e desastres a eventos geodinâmicos no estado de São Paulo, EM 05 de dezembro de 2012, NO Auditório Anfiteatro Augusto Ruschi - Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Realização: Secretaria do Meio Ambiente e Casa Militar, por meio do Instituto Geológico e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Governo do Estado de São Paulo
08:30-09:30h: Credenciamento E Abertura
Mesa Redonda: A importância da articulação institucional na gestão de risco e desastres
09:30-09:45h: Mudanças climáticas, zoneamento ecológico-econômico e a gestão de riscos (Rubens Rizek Junior – Secretário de Estado do Meio Ambiente)
09:45-10:00h: O Sistema Integrado de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Airton Iosimo Martinez – Secretário de Estado da Casa Militar e Coordenador Estadual de Defesa Civil)
10:00-10:15h: Programas habitacionais e redução e prevenção do risco (Marcos Rodrigues Penido - Secretário Adjunto de Estado da Habitação)
10:15-10:30h: Entrega dos relatórios de mapeamento de risco dos municípios de Taubaté e Redenção da Serra - Ricardo Vedovello (Diretor Geral do Instituto Geológico) , Walter Nyakas Junior (Diretor do Departamento de Defesa Civil) E Representantes municipais de Taubaté e Redenção da Serra
10:30-10:45h: Assinatura de Termos de Cooperação e Protocolos de Intenções entre a Secretaria do Meio Ambiente, por meio do Instituto Geológico e a:
Casa Militar-, CEDEC, para apoio técnico relativo a situações de riscos geológico-geotécnicos e avaliação de risco
Secretaria de Habitação, por meio de seus órgãos vinculados para assessoria técnica e treinamento para avaliação de risco
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Departamento de Recursos Minerais- DRM e a Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, do Estado do Paraná, por meio da Minerais do Paraná S A - MINEROPAR para compartilhamento de informações, desenvolvimento científico e tecnológico e atuação conjunta em emergências relacionadas a eventos geológico-geotécnicos
10:45–11:15h: Intervalo
11:15–11:45h: Perspectivas da gestão municipal para redução de risco a desastres (Antonio Gilberto Filippo Fernandes Junior - Prefeito de Guaratinguetá)
11:45–12:30h: Por quê é importante gerenciar riscos e não desastres (Joaquin Toro - Especialista Sênior em Gestão de Risco a Desastres do Banco Mundial)
12:30–13:30h: Almoço
Mesa Redonda: Geologia, Risco e Habitação: desafios para a redução de desastres
13:30–14:00h: O Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos (Maria José Brollo - Diretora do Núcleo de Geologia de Engenharia e Ambiental do IG)
14:00–14:30h: A relação entre os mapeamentos de risco e integração com sistemas de alerta no Estado do Rio de Ja
Instituto Geológico (1999). Seleção de áreas para tratamento e disposição fin...Maria José Brollo
INTRODUÇÃO
Desde 1988, o Instituto Geológico vem realizando estudos geoambientais na porção centro - leste do Estado de São Paulo. Destacam-se os estudos voltados à gestão ambiental, enfatizando aspectos decorrentes do desenvolvimento urbano-industrial. Dentre estes, um de suma importância na atualidade diz respeito aos resíduos sólidos.
Tem-se conhecimento de que as abordagens dadas a esse assunto incluem desde o seu aspecto amplo, como os resíduos na atual sociedade de consumo e globalizada, como aspectos mais restritos, como locais mais adequados para a disposição final dos resíduos, quando é imperativa a proteção ambiental e a saúde pública. Esse último enfoque é o que tem sido alvo de pesquisas técnico-científicas no Instituto Geológico. O projeto abordado neste momento diz respeito a seleção de áreas potenciais para disposição de resíduos sólidos, tendo como área geográfica de aplicação a Região Metropolitana de Campinas.
OBJETIVOS
Dentro do contexto apresentado deu-se o desenvolvimento de metodologia e definição de critérios específicos para a seleção de áreas potenciais para a disposição de resíduos sólidos domésticos e industriais. Teve como premissa a proteção aos recursos ambientais e, consequentemente, a manutenção da saúde pública. Considerou-se, para tanto, as características geoambientais que interferem nas condições de segurança de um empreendimento de recebimento de resíduos (aterro sanitário, central de tratamento de resíduos sólidos, por exemplo) e na manutenção da qualidade ambiental da região circunvizinha a ele.
METODOLOGIA
A estratégia adotada neste projeto de pesquisa para a identificação das áreas potenciais para a disposição de resíduos teve como diretrizes:
a) a necessidade de otimização de recursos humanos, de recursos financeiros e de tempo a ser dispendido na execução de estudos;
b) as peculiaridades fisiográficas, sócio-econômicas, e a política e legislação ambiental da região.
O processo de seleção de áreas potenciais para disposição de resíduos deve se iniciar com uma abordagem de caráter regional (escala 1:100.000). Assim, deve contemplar a definição de critérios e o levantamento de informações para a exclusão de áreas onde não seria possível a disposição de resíduos, considerando-se a fragilidade do meio físico e impedimentos legais.
Neste projeto foi desenvolvida a pesquisa dos aspectos metodológicos e critérios de análise utilizados na etapa regional. Assim, foram estudados quatro aspectos ou fatores fundamentais: sócio-políticos, fisiográficos, hidrogeológicos, e climáticos. A estratégia utilizada está sintetizada no fluxograma da Figura 1.
Após o levantamento e análise dos elementos de interesse para o estudo foram definidas classes de características e de propriedades consideradas como eliminatórias e restritivas (ou classificatórias). As propriedades consideradas eliminat
Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluiçã...Maria José Brollo
A identificação e a escolha de locais adequados para a disposição de resíduos, constitui uma das grandes preocupações de natureza ambiental na atualidade. Tal preocupação relaciona-se tanto com a proteção do ambiente contíguo a um empreendimento dessa natureza, como com a proteção do empreendimento em si, o qual pode estar exposto a perigos naturais associados a processos geodinâmicos.
No Estado de São Paulo, o Instituto Geológico da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, tem desenvolvido pesquisas e projetos sobre o tema desde 1993. Tais pesquisas referem-se à avaliação de terrenos, considerando-se a análise da suscetibilidade dos terrenos à instabilização, bem como da vulnerabilidade desses mesmos terrenos à poluição de solos e águas. Essas análises subsidiam a identificação de áreas com variada adequabilidade para a disposição de resíduos.
Com o objetivo de consolidar e aprimorar a estratégia metodológica para a seleção de áreas adequadas à disposição de resíduos, o Instituto Geológico tem buscado a integração entre diferentes áreas de conhecimento, tais como Geologia, Geotecnia e Hidrogeologia. Tal esforço institucional inclui a especialização do quadro técnico através de contato com setores atuantes na gestão ambiental e intercâmbio técnico com instituições e organismos similares nacionais e internacionais.
O projeto “Avaliação da suscetibilidade de terrenos a perigos de instabilidade e poluição na Região Metropolitana de
Campinas”, ora apresentado, constitui importante etapa do processo de aperfeiçoamento, disseminação e internalização do conhecimento sobre o tema, através de cooperação técnica entre o Instituto Geológico (SMA-SP) e a Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
O projeto, financiado pelo Fundo de Projetos Ambientais – Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, tem como principal objetivo subsidiar o avanço metodológico na avaliação de terrenos, através de atividades que incluem: desenvolvimento de pesquisas conjuntas,
palestras, seminário internacional, workshop, visitas técnicas de pesquisadores britânicos ao Brasil e de pesquisadores do Brasil a instituições britânicas, reuniões e negociações com vistas à elaboração de um programa de cooperação técnica entre o Instituto Geológico, Universidades do Estado de São Paulo (UNESP e UNICAMP) e instituições britânicas (Universidade de Sheffield, British Geological Survey, Environment Agency).
No presente relatório, são os apresentados resultados preliminares e registradas as atividades realizadas. A primeira parte inclui tividades relativas ao intercâmbio e à disseminação do conhecimento sobre o tema: palestras apresentadas no Consulado Britânico e no Seminário
Internacional “Progressos na avaliação de terrenos voltada à gestão ambiental” realizado na Secretaria do Meio Ambiente; material didático do workshop “O uso de geologia estrutural para
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geoló...Maria José Brollo
1ª Reunião do Comitê Deliberativo do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Gestão de Riscos Geológicos, em 25 de outubro de 2012. Apresentação ao Comitê de Secretários de Estado do Plano de Trabalho de curto e médio prazos 2012-2020
Prevenção de Desastres Naturais no Estado de São Paulo. Atuação do Instituto ...Maria José Brollo
1. O Instituto Geológico – missão e atividades
2. Desastres naturais
3. Perigos geológicos no Estado de SP
4. Análise de risco
5. Cenário de perigos e riscos no Estado de SP
6. Cartografia geoambiental e de risco
7. Políticas públicas e instrumentos de gestão de riscos
Mapeamento de Áreas de risco do Estado de São Paulo: Caçapava e São José do R...Maria José Brollo
Resultados sintéticos de mapeamentos de áreas de risco de escorregamentos, inundações, erosão e colapso de solos, dos municípios de Caçapava e São José do Rio Preto. Elaborados conforme Termo de Cooperação entre Instituto Geológico e Coordendoria Estadual de Defesa Civil
Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geol...Maria José Brollo
Apresentação do histórico de criação do Programa, do cenário atual no Estado de São Paulo, do Plano de Trabalho de curto e médio prazo (2012-2020).
Autoria: Maria José Brollo, Lídia Keiko Tominaga, Ricardo Vedovello
Mapeamento de Áreas de Risco de Guaratinguetá - Instituto Geológico -29 de ag...Maria José Brollo
O objetivo geral deste estudo consiste em elaborar o mapeamento de riscos de escorregamentos, inundações, erosão, subsidência e colapso de solo do município de Guaratinguetá, SP, nas escalas regional (1:50.000) e local (1:3.000), com o auxílio de levantamentos executados em 2010 e 2011.
Os resultados deste estudo visam fornecer subsídios à Defesa Civil Estadual e Municipal para a identificação e o gerenciamento de perigos e riscos relacionados a escorregamentos, inundação, erosão e colapso de solo em áreas residenciais do município.
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
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1. OS CONDICIONANTES GEOMORFOLÓGICOS AO RISCO DE
ESCORREGAMENTOS – ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DAS
VERTENTES NO PLANALTO DE PARAITINGA/PARAIBUNA (SP)
Rosangela do AMARAL; Jair SANTORO; Rogério Rodrigues RIBEIRO1
RESUMO
Os escorregamentos representam um dos principais processos que desencadeiam os desastres
naturais no Brasil. No Estado de São Paulo a ocorrência desses processos está relacionada à
combinação entre a forma de relevo e o tipo de ocupação antrópica, concentrando-se
principalmente no Planalto Atlântico. Neste estudo foram analisadas estatisticamente as áreas de
risco mapeadas em 2008 em quatro municípios do Planalto de Paraitinga/Paraibuna (sub-unidade
do Planalto Atlântico), e relacionadas com algumas características geomorfológicas de vertentes.
Os principais condicionantes geomorfológicos que predispõem os escorregamentos identificados
nesta região são: declividade, perfil e posição na vertente.
ABSTRACT
Landslides represent one of the main processes that trigger natural disasters in Brazil. In São
Paulo State the occurrence of these processes is related to the combination of relief form and type
of human occupation, concentrating mainly on the Atlantic Plateau. This paper statiscally analyzed
the hazard areas mapped in 2008 in four districts of Plateau Paraitinga / Paraibuna (sub-unit of the
Atlantic Plateau), and connected to some geomorphological slope characteristics. The main
geomorphological conditions that predispose the landslides identified in this region are: incline,
profile and slope position.
PALAVRAS-CHAVE
Vertente – Escorregamento – Condicionantes Geomorfológicos
1
Pesquisadores Científicos do Instituto Geológico – Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Av. Miguel Stéfano, 3.900 –
Água Funda. São Paulo/SP. Tel 11 5073-5511. E-mail: rosangela.amaral@igeologico.sp.gov.br; jsantoro@igeologico.sp.gov.br;
rrribeiro@igeologico.sp.gov.br
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 1
2. 1. INTRODUÇÃO
Em áreas urbanas é comum a instalação de ocupações irregulares e inadequadas, o que
proporciona o surgimento das áreas de risco a escorregamentos e inundações e
conseqüentemente os desastres naturais.
Em 2008, o relatório anual de estatísticas de desastres da OFDA/CRED apontou o Brasil em
10º lugar entre os países do mundo com maior número de vítimas relacionadas aos Desastres
Naturais. Foram 1,8 milhões de pessoas afetadas por desastres hidrológicos, que englobam
inundações, enchentes e escorregamentos. Em relação aos impactos econômicos causados pelos
desastres, o Brasil está em 7º lugar, com cerca de US$ 1 bilhão em prejuízos. (OFDA/CRED,
2008)
Os escorregamentos estão em segundo lugar entre os processos que desencadeiam os
desastres naturais no Brasil, superados apenas pelas inundações (Marcelino, 2007).
No Estado de São Paulo, foram registrados pela CEDEC – Coordenadoria Estadual de
Defesa Civil – 367 eventos relacionados aos escorregamentos no período entre 2000 e 2008.
Cerca de 20% destes eventos ocorreram na UGRHI 02 - Unidade de Gerenciamento de Recursos
Hídricos Paraíba do Sul, onde se localiza o Planalto de Paraitinga/Paraibuna (CEDEC, 2009).
Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de apresentar as características do meio físico
que predispõem a ocorrência de escorregamentos, tratando, particularmente, dos aspectos
geomorfológicos predominantes no Planalto de Paraitinga/Paraibuna.
Embora se tenha a clareza de que os escorregamentos são a conseqüência de uma
combinação de fatores relacionados às características lito-estruturais, tectônicas,
geomorfológicas, climáticas e antrópicas, este trabalho se restringirá à análise dos condicionantes
geomorfológicos de vertente predominantes nas áreas de risco.
A partir dos resultados obtidos nos “ Mapeamentos de áreas de risco associados a
escorregamentos e inundações” realizados pelo Instituto Geológico da Secretaria do Meio
,
Ambiente do Estado de São Paulo (IG-SMA) por meio do Termo de Cooperação Técnica IG-
CEDEC, observou-se que determinadas características geomorfológicas relacionadas
principalmente à declividade, perfil de vertente e posição na vertente foram constantes nas áreas
de risco a escorregamentos identificadas nos municípios de Paraibuna, São Luís do Paraitinga,
Natividade da Serra e Jambeiro.
2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é identificar quais são as principais características
geomorfológicas de vertente que condicionam os riscos de escorregamentos nos municípios de
Paraibuna, São Luís do Paraitinga, Natividade da Serra e Jambeiro (Planalto de
Paraitinga/Paraibuna), e correlacioná-las com as áreas de risco mapeadas pelo Instituto
Geológico - SMA em 2008.
3. DEFINIÇÕES
Para a análise deste trabalho, adotaram-se as seguintes definições:
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3. Declividade (inclinação) – Inclinação média do perfil da vertente, expressa em porcentagem
(IPT, 1981). É expressa por um ângulo ou gradiente (Veloso, 2009).
Perfil de vertente – É uma linha traçada sobre o terreno descrevendo sua inclinação. As
vertentes com ângulo constante são chamadas retilíneas. As vertentes curvas podem ser
convexas ou côncavas de acordo com a direção da curvatura (Veloso, 2009).
Posição na vertente – Refere-se a posição em que estão instaladas as ocupações em
relação à vertente: alta, média e baixa vertente.
4. DESCRIÇÃO REGIONAL DA ÁREA DE ESTUDO: O PLANALTO DE
PARAITINGA/PARAIBUNA
A Morfoestrutura Cinturão Orogênico do Atlântico tem como unidade morfoescultural o
Planalto Atlântico, que se constitui por formas de topos convexos, elevada densidade de canais de
drenagem e vales profundos. É um vasto planalto em que se pode identificar variações
fisionômicas regionais, que possibilitam delimitar unidades geomorfológicas distintas, por suas
características geotectônicas, litológicas e estruturais.
A unidade geomorfológica analisada é o Planalto de Paraitinga/Paraibuna, localizado na
porção oriental do Estado de São Paulo, entre o Médio Vale do Paraíba (ao norte), a Serra do Mar
(ao sul) e o Planalto e Serra da Bocaina (a leste). São destacados dois níveis distintos de altitude:
o nível alto, com altitudes acima de 900m e o nível médio, com altitudes entre 800 e 900m.
De acordo com Ross e Moroz (1997), nessa unidade predominam formas de relevo muito
dissecadas, com modelado constituído basicamente por morros altos e alongados com topos
convexos (Dc). As altimetrias predominantes estão entre 700 e 1.000m, com declividades entre 12
e 17°. Em vários pontos a declividade supera os 22°. A litologia é basicamente constituída por
migmatitos e granitos e os solos são Argissolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos. A drenagem
apresenta padrão dendrítico à treliça, condicionada pela estrutura regional.
Como a unidade apresenta dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de
drenagem média a alta, a área apresenta um potencial de fragilidade médio a alto, sujeita a
erosão e escorregamentos (Ross e Moroz, 1997).
A localização da unidade morfoestrutural Planalto de Paraitinga/Paraibuna e seus níveis de
altitude predominantes e dos quatro municípios analisados podem ser visualizadas na Figura 1.
5. METODOLOGIA APLICADA NOS MAPEAMENTOS DE RISCO
O mapeamento das áreas de risco realizado neste trabalho inclui procedimentos
desenvolvidos pelo Ministério das Cidades, pela UNESP-Rio Claro e pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), e foi aplicado pelo Instituto Geológico em 31 municípios do Estado de São
Paulo, no período entre 2004 e 2008.
Nesses estudos, considerando a necessidade de obtenção de informações de forma rápida
e concisa, os fatores que compõem a avaliação e análise de risco são simplificados, agrupados e
avaliados de forma qualitativa a partir de observações diretas em campo.
O diagnóstico de risco fornece informações sobre os indicadores ou evidências dos
processos ambientais que podem causar danos à população, às edificações ou à infra-estrutura,
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4. estabelecendo uma gradação ou hierarquização das situações identificadas e estimando o
número de edificações potencialmente afetadas (Nogueira 2006, Brasil, 2004 e Varnes, 1978).
O risco é graduado de 1 (baixo) a 4 (muito alto), de acordo com as evidências de
movimentação identificadas e com a quantidade de registros de eventos na área nos últimos anos
(Canil et al 2004, Cerri et al 2004, Macedo 2004).
São delimitadas áreas de risco, e estas são subdivididas em setores, de acordo com grau de
risco a que estão expostas, definido pelas características físicas e antrópicas.
Figura 1 – Localização do Planalto de Paraibuna/Paraitinga no Estado de São Paulo e dos municípios
analisados.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram compilados os dados dos municípios de Paraibuna, São Luís do Paraitinga,
Natividade da Serra e Jambeiro para a análise estatística quantitativa, relativos às características
geomorfológicas das áreas de risco mapeadas, particularmente definidas por declividade, perfil e
posição na vertente, e posteriormente correlacionando-se aos aspectos intrínsecos da Unidade
Morfoescultural Planalto de Paraitinga/Paraibuna.
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 4
5. Em Paraibuna, foram identificadas 19 áreas subdivididas em 41 setores; em São Luís do
Paraitinga 6 áreas e 14 setores; em Natividade da Serra 5 áreas e 8 setores e em Jambeiro 4
áreas e 5 setores, totalizando 34 áreas e 68 setores, delimitados de acordo com a metodologia
descrita.
A análise é descrita pelos itens a seguir:
6.1 Declividade
Diversos estudos apontam que o maior potencial de escorregamentos relacionados à
declividade referem-se ao intervalo entre 20 e 30° (Cruz 1974 apud Vieira e Furtado 2004,
Fernandes et al. 2001, Salter et. al. 1991 apud Selby 1993). Acima de 30° de declividade o
potencial de ocorrência diminui devido à ausência do desenvolvimento de perfis de solo,
predominando apenas afloramentos de rocha ou remoção em eventos anteriores (Fernandes et al.
2001). Fernandes e Amaral (2003) citam que a atuação direta, dada pela tendência de correlação
entre a declividade da vertente e a freqüência de movimentos, é reconhecida e demonstrada por
meio da equação de Coulomb, que descreve que o aumento do ângulo da vertente implica em
uma diminuição do fator de segurança.
Tominaga et al (2005) definiram intervalos de declividade para classificação da
suscetibilidade natural no Litoral Norte do Estado de São Paulo: baixa - menor que 5°; média –
entre 5 e 15°; alta – entre 15 e 30°; muito alta – maior que 30°.
A análise dos dados dos municípios do Planalto de Paraitinga/Paraibuna demonstra que
(Figura 2):
a) apenas 4% dos setores estão localizados em declividades menores que 17° (total de 2
setores);
b) 28% estão localizados em vertentes com declividade entre 17 e 30°.
c) a maior parte dos setores de risco (51%) está localizada entre 30 e 45º de declividade;
d) 18% estão localizados em vertentes com declividade superior a 45°.
A característica de modelado do Planalto de Paraitinga/Paraibuna é de morros altos e
alongados, com declividades predominantes entre 12 e 17°, mas que atingem mais de 22° em
vários pontos, e, portanto, a ocupação dessas áreas exige infra-estrutura adequada das moradias,
além de atender a critérios técnicos na intervenção para cortes e aterros de tal forma que estes
obedeçam a critérios técnicos específicos, como aqueles relacionados à estabilidade de taludes,
como coesão do material e ângulo de atrito interno.
Como 51% dos setores de risco analisados apresentam declividade predominante entre 30
e 45°, avaliam-se as seguintes implicações:
a) estão em áreas onde, de acordo com a Lei Federal n° 6.766/79 (Lei Lehmann), não é
permitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas ou de expansão urbana em
terrenos com declividade igual ou superior a 17°, salvo se atendidas exigências específicas das
autoridades competentes;
b) estão acima do limite de declividade considerado crítico, de cerca de 20°;
c) são áreas consideradas de suscetibilidade natural muito alta, que são agravadas pelo
padrão das ocupações, que em geral não atendem aos critérios técnicos de infra-estrutura
necessários;
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6. d) as áreas com declividades acima de 45°, que são 18% do total dos setores de risco, além
de incidir em todas essas características listadas, ainda são protegidas pela Lei Federal n°
4.771/65 (Código Florestal) como áreas de proteção permanentes (APPs), ou seja, não deveriam
ter ocupação urbana.
Figura 2 – Setores de risco analisados quantitativamente de acordo com a declividade das vertentes
6.2 Perfil das Vertentes
Os perfis de vertente retilíneos, que favorecem rápido escoamento e os perfis côncavos, que
convergem os fluxos de água, são reconhecidamente os de maior potencial à ocorrência de
escorregamentos (Fernandes et al. 2001, Fernandes e Amaral 2003, Thomas 1994 e Bloom 1996
apud Vieira e Furtado 2004)
De acordo com Tominaga et al (2005) a classificação de suscetibilidade natural dos perfis é
definida por: baixa – perfis convexos (Figura 3 - esquema 4 e 5); média – perfis convexo-côncavos
(esquema 6); alta – perfis côncavos (esquema 7, 8 e 9); muito alta – perfis retilíneos (esquema 1,
2 e 3). Os tipos de perfis e suas tendências de fluxo podem ser visualizados na Figura 3.
De acordo com a Figura 4, o perfil de vertente predominante em área de risco é o perfil
retilíneo (47%) (Figura 3 – esquema 1), seguido pelo perfil convexo (23%) (esquema 5), retilíneo-
convexo (19%) (esquemas 2 e 4), retilíneo-côncavo (8%) (esquemas 3 e 7) e côncavo-convexo
(3%) (esquemas 6 e 8). Não foram verificadas ocorrências de áreas de risco em perfis côncavos.
Os perfis retilíneos representam as características do Planalto de Paraitinga/Paraibuna,
onde as vertentes predominantes são as retilíneas e convexas.
A combinação entre os perfiis retilíneos e convexos com as declividades acentuadas torna
estas áreas mais críticas em relação à intervenção antrópica, pois exigem grande movimentação
de terra na execução de cortes e aterros.
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 6
7. Fonte: Silva et al. 2004.
Figura 3 – Tipos de perfis de vertentes e tendências de fluxo.
6.3 Posição dos setores de risco nas vertentes
O gradiente e o fluxo de sedimentos tendem a se ajustar com mais facilidade a novos
valores de equilíbrio nas baixas vertentes do que nos demais segmentos. Portanto, estas
constituem a posição da vertente de maior estabilidade. As médias vertentes são naturalmente
áreas de transição, onde há incidência de processos derivados da dinâmica de base (baixas
vertentes), como as escavações de leitos e assoreamentos, e da dinâmica de topo (altas
vertentes), como os processos de intemperismo e gravitacionais, principalmente em função de
cortes e aterros realizados para a implantação das ocupações (Roering et. al 2004, Vieira e
Furtado 2004, Wolle e Carvalho 1989).
Conforme a Figura 5, a análise dos dados revela que em todos os graus de risco
identificados, a maior parte dos setores de risco está localizada em média vertente (59%). Os
setores de risco localizados na baixa vertente ocupam 23% do total e 19% estão localizados em
alta vertente. Na região, as médias vertentes se constituem como área preferencial para a
expansão urbana, uma vez que as áreas planas da baixa vertente já estão consolidadas. O
processo de expansão urbana favorece o solo exposto e áreas de movimentação de terra para
implantação das moradias (cortes e aterros), alterando a dinâmica da vertente.
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8. Figura 4 – Tipos de perfil das vertentes dos setores de risco analisados
Figura 5 – Setores de risco à escorregamentos em relação à sua posição nas vertentes
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelas estatísticas de registros de desastres naturais que ocorreram nos últimos anos no
Estado de São Paulo, é relevante a preocupação em minimizar os seus efeitos, como os danos
materiais, humanos e ambientais.
A Unidade Morfoestrutural Planalto de Paraitinga/Paraibuna tem significativa suscetibilidade
natural aos processos de escorregamentos.
13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental 8
9. Os aspectos antrópicos, associados às ocupações em áreas de risco modificam
substancialmente os condicionantes naturais. Assim, os cortes e aterros executados de forma
precária, o lançamento das águas servidas de forma caótica, presença de fossas, ausência de
obras de disciplinamento e drenagem superficial, a presença de lixo e entulho nas vertentes
dessas áreas potencializam a ocorrência de processos de instabilização.
Desta forma, os estudos das características do meio físico devem ser considerados para
orientar, controlar ou limitar a ocupação antrópica, essencialmente nas definições dos
zoneamentos e no planejamento territorial. Assim, torna-se essencial a correta aplicação das
normas ambientais e de uso e ocupação nas ações de planejamento, licenciamento e fiscalização
para se evitar os desastres naturais. Neste sentido, o mapeamento das áreas de risco é um
importante instrumento para a Gestão Pública.
Pelo exposto, verificou-se a necessidade de que as decisões sobre o
planejamento/zoneamento (determinação de áreas para expansão urbana) sejam baseadas em
estudos prévios de estabilidade das vertentes e inventário das ocorrências, para evitar os
desastres naturais e as perdas econômicas e de vidas.
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