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um com o outro. Ou seja, não é possível haver
território sem a sociedade, da mesma forma que
não se pode haver lugar sem espaço. No ensino,
a geografia tem um papel fundamental no que se
refere à formação de cidadãos críticos,
pensantes. Por muitas vezes, as metodologias
de ensino enfrentam diversos entraves, dentre
eles a falta de motivação, tanto de professores e
como de estudantes, desta maneira faz-se
necessário renovar e criar novas metodologias
para alcançar os objetivos propostos e motivar os
alunos. Uma maneira de fazer valer esta
proposta é o uso de maquetes, um instrumento
3D chamativo, onde desperta o interesse dos
educandos. Com a sua utilização o aluno tem a
possibilidade de interpretar o espaço, além de
fazer uma leitura mais dinâmica do mundo,
enfatiza a relevância da construção dos assuntos
cartográficos e didáticos em conciliação ligada ao
professor e aluno, sobretudo para que predomine
a concepção técnica do educador que cria e
adere seus conhecimentos e vivências ligadas ao
seu trabalho na sala de aula
(CASTROGIOVANNI; CALLAI; KAERCHER,
2003
1
). Deste modo, o presente trabalho refere-
se a uma experiência de atividade realizada sob
a supervisão da professora que ministrava as
aulas de geografia em conjunto com dois dos
bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação a Docência (PIBID) do Subprojeto
Geografia da Universidade Federal da Fronteira
Sul (UFFS), Campus Chapecó, na Escola de
Educação Básica Marechal Bormann.
Resultados e Discussão
O relato tem como objetivo uma
avaliação da representação feita pelos
estudantes das formas básicas do relevo em
maquetes como ferramenta diferenciada nas
aulas de geografia. A escolha do tema, formas
básicas do relevo, deu-se com base no plano de
ensino desenvolvido pela professora, conforme a
Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina.
Duas turmas do sexto ano do ensino
fundamental foram os sujeitos que realizaram
essa atividade. Como essa atividade faz parte do
plano de aula da disciplina de geografia, a
professora, anteriormente a realização da
atividade, ministrou uma aula sobre o relevo,
onde foram apresentadas as quatro formas
básicas do relevo. A partir deste primeiro contato
com o conteúdo, foi apresentada a proposta de
representação do relevo em maquetes. Embora
sejam quatro formas básicas de relevo (Planície,
Planalto, Depressão e Montanha), para essa
atividade foram acrescidas as formas de Serras,
Morros e Chapadas (todas como um único
tema), devido ao fato de que, diferente de
montanhas, essas são formações que estão
presentes na realidade dos estudantes. No caso,
em Santa Catarina, não há formação de
Montanha, mas uma grande presença de Serras,
Morros e Chapadas. Com essa nova divisão,
foram estabelecidos cinco temas para serem
representados, e esses temas foram sorteados
aos estudantes, que já haviam sido separados
em grupos de até cinco estudante cada grupo.
Ainda antes do inicio da produção das
maquetes, em uma aula foram feitos
planejamentos, visto que esse processo é
importante para concretização de qualquer ação.
A primeira parte do planejamento foi em conjunto
com todos os estudantes e os bolsistas. Nesta
fase foram apresentadas possíveis maneiras
(I Encontro Catarinense do PIBID: O fortalecimento da iniciação à docência na educação básica)
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para representar cada formação, bem como cada
representação deve ser constituída, levando
sempre em conta a proporcionalidade dos
atributos a serem representados, fazendo uma
referência, principalmente, para a vegetação,
aspecto de bastante caracterização no relevo. A
segunda parte deu-se pelo planejamento
individual de cada grupo, neste momento, os
estudantes deveriam discutir entre eles o que
cada um ficaria responsável, por parte dos
materiais, e como seria disposto no isopor,
material escolhido para base da maquete, as
formações. Depois de todos os
encaminhamentos realizados, iniciou-se a
produção das maquetes pelos estudantes, tanto
a professora como os bolsistas somente
realizaram um auxílio na construção, para que
não influenciassem os trabalhos. De forma
generalizada, os materiais utilizados pelos
estudantes foram: folha de isopor, base da
maquete; argila, para o relevo; tinta guache, para
colorir as representações; gel de cabelo, para
representar rios (quando presentes). A
vegetação, dita importante no planejamento, foi
representada ora por plantas sintéticas, muitas
vezes desproporcionais para a maquete, ora por
plantas colhidas nos pátios da escola. Ambas as
turmas ficaram com mesma divisão de temas, ou
seja, ao todo foram feitas duas maquetes de
cada tema, no entanto, essa característica vale
para fazer uma análise comparando os materiais.
Com base na observação feita no trabalho pelos
alunos na construção das maquetes, notou-se
que alguns alunos tinham dificuldades tanto no
envolvimento da elaboração, quanto no
entendimento da proposta da atividade.
Conclusões
As maquetes, quando analisadas em
pares de tema, apresentaram poucas diferenças:
o tema planície foi bem representado; nos
planaltos encontraram-se as maiores
dificuldades, principalmente no como
representar/diferenciar da planície, bem como
nas características desta forma; as montanhas
foram bem caracterizadas, sem grandes
dificuldades, neste caso, os estudantes foram
fieis ao planejamento; nas depressões, os
estudantes somente se prenderam na
representação da depressão relativa, pois não
tinham consciência do formato do fundo
oceânico, bem em como representá-lo; nos
Morros/Serras/Chapadas a maior dificuldade foi
na disposição das formações ao longo da
maquete, sem que se prejudicasse a maquete
como um todo. No que diz respeito à
representação da vegetação, que varia de acordo
com a altitude, estando diretamente relacionados
à formação morfológica do relevo, os estudantes
tiveram dificuldades em fazê-la, no sentido de ser
fieis à proporcionalidade do relevo, além disso,
embora solicitado aos estudantes para se aterem
aos elementos constituintes em uma paisagem,
muitos deles fizeram a maquete no intuito de
deixa-la bonita, fugindo assim, um pouco da
realidade. No entanto, essa é uma característica
já era esperada devido à idade dos estudantes,
que tentam ver o mundo embelezado. Além da
proporcionalidade observada na vegetação,
muitos estudantes dispuseram sobre a maquete,
animais (domésticos), esses bem maiores do
que os que seriam recomendados, nessas
maquetes, o relevo tornou-se menos
evidenciado, contundindo o objetivo da atividade.
Uma característica bastante marcante na maioria
das maquetes foi à inserção de cercas,
representando fronteiras, tanto para isolar os
animais, como para isolar paisagens distintas.
Essa característica demonstra um apontamento
para a influência humana sobre o meio. Embora
com críticas as produções foram boas, e
alcançaram um resultado esperado. Para
finalizar a atividade, as maquetes foram expostas
em uma Feira de Ciências desenvolvida pela
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Neves, também no município de Chapecó, onde
alguns estudantes explicaram ao público cada
forma básica do relevo, diferenciando-as umas
das outras. A realização de atividades
diferenciadas potencializa o aprendizado, e
principalmente o interesse dos estudantes pela
disciplina, embora não seja uma proposta a ser
realizada sempre, devido o tempo gasto e aos
materiais utilizados, a experiência serve como
base para a realização de outros experimentos
práticos (FRANCISCHETT, 2002
2
).
1
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; CALLAI, Helena
Copetti; KAERCHER, Nestor André. Ensino de
geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 3. ed.
Porto Alegre: Mediação, 2003. 172 p.
2
FRANCISCHETT, Mafalda N. A cartografia no
ensino da geografia: construindo os caminhos do
cotidiano. Rio de Janeiro: Kroart, 2002.

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Representação do relevo em maquetes por alunos do 6o ano

  • 1. (I Encontro Catarinense do PIBID: O fortalecimento da iniciação à docência na educação básica) Florianópolis, 29 e 30 de outubro de 2012 A PRODUÇÃO DE MAQUETES COMO FORMA DE COMPREENSÃO DO RELEVO: UMA EXPERIÊNCIA COM OS SEXTOS ANOS Bruno de Matos Casaca 1 (ID), Cristiane Santin 1 (ID), Angélica Rotava 2 (SU), Wagner Batella 1 (CO), Ederson Nascimento 1 (CO). Universidade Federal da Fronteira Sul – Curso de Geografia – Licenciatura. Rua Fernando Machado, 108-E, Centro, Chapecó-SC. CEP: 89.803-112 Palavras Chave: Ensino de Geografia; Cartografia; Maquetes. 1 Universidade Federal da Fronteira Sul – campus Chapecó-SC. 2 Escola de Educação Básica Marechal Bornann. Introdução A geografia é uma ciência consolidada que estuda as relações inclusas no espaço. Ela aborda conceitos, sendo os principais o de lugar, região, território, paisagem, natureza, espaço e sociedade, sendo que cada conceito se interliga um com o outro. Ou seja, não é possível haver território sem a sociedade, da mesma forma que não se pode haver lugar sem espaço. No ensino, a geografia tem um papel fundamental no que se refere à formação de cidadãos críticos, pensantes. Por muitas vezes, as metodologias de ensino enfrentam diversos entraves, dentre eles a falta de motivação, tanto de professores e como de estudantes, desta maneira faz-se necessário renovar e criar novas metodologias para alcançar os objetivos propostos e motivar os alunos. Uma maneira de fazer valer esta proposta é o uso de maquetes, um instrumento 3D chamativo, onde desperta o interesse dos educandos. Com a sua utilização o aluno tem a possibilidade de interpretar o espaço, além de fazer uma leitura mais dinâmica do mundo, enfatiza a relevância da construção dos assuntos cartográficos e didáticos em conciliação ligada ao professor e aluno, sobretudo para que predomine a concepção técnica do educador que cria e adere seus conhecimentos e vivências ligadas ao seu trabalho na sala de aula (CASTROGIOVANNI; CALLAI; KAERCHER, 2003 1 ). Deste modo, o presente trabalho refere- se a uma experiência de atividade realizada sob a supervisão da professora que ministrava as aulas de geografia em conjunto com dois dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) do Subprojeto Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó, na Escola de Educação Básica Marechal Bormann. Resultados e Discussão O relato tem como objetivo uma avaliação da representação feita pelos estudantes das formas básicas do relevo em maquetes como ferramenta diferenciada nas aulas de geografia. A escolha do tema, formas básicas do relevo, deu-se com base no plano de ensino desenvolvido pela professora, conforme a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina. Duas turmas do sexto ano do ensino fundamental foram os sujeitos que realizaram essa atividade. Como essa atividade faz parte do plano de aula da disciplina de geografia, a professora, anteriormente a realização da atividade, ministrou uma aula sobre o relevo, onde foram apresentadas as quatro formas básicas do relevo. A partir deste primeiro contato com o conteúdo, foi apresentada a proposta de representação do relevo em maquetes. Embora sejam quatro formas básicas de relevo (Planície, Planalto, Depressão e Montanha), para essa atividade foram acrescidas as formas de Serras, Morros e Chapadas (todas como um único tema), devido ao fato de que, diferente de montanhas, essas são formações que estão presentes na realidade dos estudantes. No caso, em Santa Catarina, não há formação de Montanha, mas uma grande presença de Serras, Morros e Chapadas. Com essa nova divisão, foram estabelecidos cinco temas para serem representados, e esses temas foram sorteados aos estudantes, que já haviam sido separados em grupos de até cinco estudante cada grupo. Ainda antes do inicio da produção das maquetes, em uma aula foram feitos planejamentos, visto que esse processo é importante para concretização de qualquer ação. A primeira parte do planejamento foi em conjunto com todos os estudantes e os bolsistas. Nesta fase foram apresentadas possíveis maneiras
  • 2. (I Encontro Catarinense do PIBID: O fortalecimento da iniciação à docência na educação básica) 2 para representar cada formação, bem como cada representação deve ser constituída, levando sempre em conta a proporcionalidade dos atributos a serem representados, fazendo uma referência, principalmente, para a vegetação, aspecto de bastante caracterização no relevo. A segunda parte deu-se pelo planejamento individual de cada grupo, neste momento, os estudantes deveriam discutir entre eles o que cada um ficaria responsável, por parte dos materiais, e como seria disposto no isopor, material escolhido para base da maquete, as formações. Depois de todos os encaminhamentos realizados, iniciou-se a produção das maquetes pelos estudantes, tanto a professora como os bolsistas somente realizaram um auxílio na construção, para que não influenciassem os trabalhos. De forma generalizada, os materiais utilizados pelos estudantes foram: folha de isopor, base da maquete; argila, para o relevo; tinta guache, para colorir as representações; gel de cabelo, para representar rios (quando presentes). A vegetação, dita importante no planejamento, foi representada ora por plantas sintéticas, muitas vezes desproporcionais para a maquete, ora por plantas colhidas nos pátios da escola. Ambas as turmas ficaram com mesma divisão de temas, ou seja, ao todo foram feitas duas maquetes de cada tema, no entanto, essa característica vale para fazer uma análise comparando os materiais. Com base na observação feita no trabalho pelos alunos na construção das maquetes, notou-se que alguns alunos tinham dificuldades tanto no envolvimento da elaboração, quanto no entendimento da proposta da atividade. Conclusões As maquetes, quando analisadas em pares de tema, apresentaram poucas diferenças: o tema planície foi bem representado; nos planaltos encontraram-se as maiores dificuldades, principalmente no como representar/diferenciar da planície, bem como nas características desta forma; as montanhas foram bem caracterizadas, sem grandes dificuldades, neste caso, os estudantes foram fieis ao planejamento; nas depressões, os estudantes somente se prenderam na representação da depressão relativa, pois não tinham consciência do formato do fundo oceânico, bem em como representá-lo; nos Morros/Serras/Chapadas a maior dificuldade foi na disposição das formações ao longo da maquete, sem que se prejudicasse a maquete como um todo. No que diz respeito à representação da vegetação, que varia de acordo com a altitude, estando diretamente relacionados à formação morfológica do relevo, os estudantes tiveram dificuldades em fazê-la, no sentido de ser fieis à proporcionalidade do relevo, além disso, embora solicitado aos estudantes para se aterem aos elementos constituintes em uma paisagem, muitos deles fizeram a maquete no intuito de deixa-la bonita, fugindo assim, um pouco da realidade. No entanto, essa é uma característica já era esperada devido à idade dos estudantes, que tentam ver o mundo embelezado. Além da proporcionalidade observada na vegetação, muitos estudantes dispuseram sobre a maquete, animais (domésticos), esses bem maiores do que os que seriam recomendados, nessas maquetes, o relevo tornou-se menos evidenciado, contundindo o objetivo da atividade. Uma característica bastante marcante na maioria das maquetes foi à inserção de cercas, representando fronteiras, tanto para isolar os animais, como para isolar paisagens distintas. Essa característica demonstra um apontamento para a influência humana sobre o meio. Embora com críticas as produções foram boas, e alcançaram um resultado esperado. Para finalizar a atividade, as maquetes foram expostas em uma Feira de Ciências desenvolvida pela Escola de Educação Básica Tancredo Almeida Neves, também no município de Chapecó, onde alguns estudantes explicaram ao público cada forma básica do relevo, diferenciando-as umas das outras. A realização de atividades diferenciadas potencializa o aprendizado, e principalmente o interesse dos estudantes pela disciplina, embora não seja uma proposta a ser realizada sempre, devido o tempo gasto e aos materiais utilizados, a experiência serve como base para a realização de outros experimentos práticos (FRANCISCHETT, 2002 2 ). 1 CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; CALLAI, Helena Copetti; KAERCHER, Nestor André. Ensino de geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2003. 172 p. 2 FRANCISCHETT, Mafalda N. A cartografia no ensino da geografia: construindo os caminhos do cotidiano. Rio de Janeiro: Kroart, 2002.