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Universidade Estadual do Maranhão_ UEMA
Núcleo de Tecnologias Para Educação –– UEMA UEMAnet
Universidade Aberta do Brasil UAB
Curso: Licenciatura em Geografia
UM OLHAR SOBRE A GEOGRAFIA E SEUS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO COM
BASE NA ESCOLA CENTRO DE ENSINO EDUCA MAIS NELSON SEREJO DE
CARVALHO –CEMA.
ZÉ DOCA - MA
2022
1
IRENILDE DE SOUZA GOVEIA
UM OLHAR SOBRE A GEOGRAFIA E SEUS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO COM
BASE NA ESCOLA CENTRO DE ENSINO EDUCA MAIS NELSON SEREJO DE
CARVALHO – CEMA
Trabalho apresentado ao curso de Geografia Licenciatura
na Universidade Estadual do Maranhão, como requisito
para obtenção de nota na disciplina Prática na Dimensão
Educacional.
Orientador: Professor(a): Marcia Fernanda Pereira
Gonçalves
ZÉ DOCA- MA
2022
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................... 4
3 OBJETIVOS............................................................................................................................ 5
3.1 Objetivo Geral................................................................................................................. 5
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................5
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................................. 5
4.1 Anova Geografia Escolar.............................................................................................. 6
4.2 Avisão dos alunos sobre a Geografia.........................................................................8
4.2 Problemas que os professores encontram com a Disciplina ...................................9
5 METODOLOGIA.................................................................................................................... 10
6 CRONOGRAMA.................................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 12
3
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tratara a respeito do ensino de geografia nas escolas,
suas principais dificuldades, mazelas e soluções. As mudanças políticas
principalmente a passagem de uma ditadura para um regime democrático, por
exemplo, atingem em cheio as formas de ensino, já que, as instituições seguem a uma
lógica governamental.
A geografia é uma disciplina vista por muitos como chata, inútil e como pura
decoreba, porém com a metodologia de ensino correta essa realidade pode mudar.
Além disso, existem fatores endógenos particulares que influenciam a
educação. Cada escola tem professores e maneiras de atuar diferentes, mesmo uma
escola do ensino público municipal apresenta diferenças umas em relação às outras,
sendo essas diferenças responsável por uma melhor ou pior qualidade de ensino.
Assim, o trabalho do profissional da educação, a forma que a escola se organiza e a
estrutura e distribuição de verba da mesma são fatores importantes a serem
destacados.
A relação aluno/professor, os métodos didáticos, a relação
saber/aprendizagem também fazem diferença. A forma com que o professor lida com
os alunos gera resultados diversos. Um bom mestre pode incentivar o interesse e
criatividade de seu educando, fazendo com que ele crie gosto pela disciplina, assim
como um educador desacreditado, desmotivado e desorientado pode fazer com que
o aluno crie desinteresse pela disciplina.
A disciplina de geografia surge, de fato, no século XIX e seu principal
objetivo naquele momento era desviar as atenções que estavam sobre a ciência
geográfica, 6 era preciso que a face estratégica, militar e política desta ciência fosse
esquecida e que no seu lugar surgisse um discurso pedagógico puro, limpo de
qualquer alusão a estratégias, uma ciência nova e inofensiva.
Assim todos passaram a ver esta disciplina como a geografia verdadeira
que tinha por finalidade descrever o mundo e suas paisagens, uma ciência
despretensiosa com muito a “mostrar”, no entanto, pouco a dizer. E não demorou para
que se tornasse a disciplina maçante e simplória que conhecemos hoje, aquela em
que “(...) nada há para entender, mas é preciso ter memória (...)” (LACOSTE, 2005, p.
21).
4
Somente quando forem feitas as mudanças imprescindíveis na sua face de
ciência e quando todo cidadão comum souber o real valor desta perante uma
sociedade é que a sua face acadêmica irá se modificar também, isso porque uma é
reflexo da outra e, se no passado, a disciplina escondeu a ciência hoje é a ciência que
terá que implantar a verdadeira disciplina.
E é nessa configuração de ciência estratégica que está contido o
verdadeiro âmago da geografia, pois seu lado geopolítico é sua mais profunda
verdade e atuação dentro de uma nação e das pessoas que ali vivem. Encontra-se ai
sua razão de ser, independente da época que se considere seu surgimento, ela é a
ciência que busca compreender o mundo para poder transformá-lo e é através dela
que o espaço pode ser pensado em sua amplitude.
Portanto, os cursos de geografia precisam formar não apenas professores
ou geógrafos e sim geógrafos-professores, profissionais que dominem o meio
cientifico dessa ciência e que saibam como transmitir isso em sala de aula para a
disciplina. É necessário que o aluno seja incentivado a pensar e a construir e não a
receber conhecimento, é preciso romper com o modelo de disciplina do século XIX,
inovar e criar uma nova visão, um novo método.
É importante que a geografia passe por mudanças tanto na sua face
ciência quanto na sua face disciplina, pois para se desenvolver uma postura crítica
perante os acontecimentos ocorridos no mundo o cidadão precisa aprender a
conhecer e entender o que se passa de verdade por trás das belas mentiras.
A geografia necessita sim se envolver com o homem e se comprometer
com a sociedade, precisa apresentar as diferentes realidades existentes hoje no
mundo, os conflitos, as diferenças, mas não como vem fazendo até hoje e sim usando
da política, da estratégia do seu poder de reconhecimento de ações de domínio. Já
passou da hora da geografia retomar para si o seu lugar de direito.
2 JUSTIFICATIVA
Esse estudo justifica-se por entender que o Ensino de Geografia pode ser
percebido sob aspectos mais produtivos, no sentido de alcançar maiores e melhores
resultados. A geografia necessita sim se envolver com o homem e se comprometer
com a sociedade, precisa apresentar as diferentes realidades existentes hoje no
mundo, os conflitos, as diferenças, mas não como vem fazendo até hoje e sim usando
5
da política, da estratégia do seu poder de reconhecimento de ações de domínio. Já
passou da hora da geografia retomar para si o seu lugar de direito.
Segundo Antunes, (2010, p.37) “ensina-se Geografia para que os alunos
possam construir e desenvolver uma compreensão do espaço e do tempo, fazer uma
leitura coerente do mundo e dos intercâmbios que o sustentam.” Nesse sentido, o
presente estudo consta de uma análise sobre a visão dos alunos do Centro de Ensino
Educa Mais Nelson Serejo de Carvalho – CEMA.
Contudo, o principal objetivo desse estudo está em perceber sobre o que
pensam os discentes da referida escola e como agem em sala de aula, a partir dos
conhecimentos promovidos. Toda a pesquisa está desenvolvida sob o contexto da
proposta de trabalho sobre o ensino e aprendizagem de Geografia, a partir da visão
dos alunos, aqui entendido como suas ideias, opiniões, valores e crenças, sobre o
exercício do ensino dessa disciplina, na tentativa de extrair vestígios que possam
contribuir para a orientação às práticas pedagógicas dos professores.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
 Destacar essas práticas, e propor uma nova metodologia de ensino, visando
à formação do aluno critico e com autonomia de pensamento.
3.2 Objetivos Específicos
 Entender o processo histórico da Geografia no contexto escolar
 Observar o cotidiano do ambiente educacional e a relação do aluno com a
geografia em seu cotidiano social
 Verificar a relação entre o professor de geografia e o aluno
 Identificar algumas das dificuldades dos alunos em aprender os conteúdos da
disciplina.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A geografia foi tratada por muito tempo como uma disciplina em que se
estudava um pouco de tudo, mas que não se aprofundava em nada, e não se chegava
a lugar nenhum. Com isso, os alunos tinham apenas que decorar suas coordenadas,
os países, regiões, nomes de rios, biomas e entre outros. E não compreendiam a
6
utilidade desse conhecimento. Para que devo saber esses nomes e localizações? De
que isso me será útil? É preciso apenas decorar para passar de ano?
Assim, os alunos não conseguiam estabelecer conectividade da disciplina
com suas vidas, essa desconectividade faz com que os achem a geografia uma
disciplina inútil e chata. É importante destacar que todo o conhecimento científico
possui conexão com as vivências de um ser, basta apenas interligar essas
informações, partindo da realidade vivida por essas pessoas. Despertar o interesse
de crianças, jovens e adolescentes para o conhecimento empírico não é uma tarefa
fácil, principalmente com as novidades tecnológicas que insistem em tirar a atenção
deles. É comum o professor estar dando aula e um estudante mexendo no celular
escondido, então fica a dúvida, como prender a atenção dos adolescentes?
Muitos professores, por exemplo, de física criam fazem experiências
científicas com os alunos fazendo com que eles estabeleçam relação entre seu
cotidiano e o conhecimento empírico, dessa forma, muitos físicos fazem os alunos
criarem pequenos motores, transmissores de energia e entre outros. É obvio que nem
sempre a aula poderá ser dessa forma, o conteúdo descritivo os cálculos também
serão necessários, mas uma aula prática fará com que o aluno enxergue a disciplina
de outra forma. Esse tipo de atividade despertar o interesse e criatividade dos alunos
na área de física, a seguir veremos o que pode ser feito dentro da geografia.
4.1 A nova Geografia Escolar
Diversas correntes sobre o pensamento geográfico influenciaram
grandemente sobre o ensino da Geografia Escolar, impondo características notáveis
nas práticas pedagógicas escolares na atualidade. Contudo, vale ressaltar que a
Geografia Escolar teve início no século XIX. Assim diz (Lacoste, 1998), que “a
geografia escolar foi imposta a todos no fim do século XIX e esse modelo continua a
ser reproduzido ainda hoje.” As reflexões sobre a importância do conteúdo no
processo ensino-aprendizagem tem sido motivo de discussões sobre o modo de como
se ensina e o que se ensina.
Essas discussões ganham corpo com a teoria pedagógica que se propõe a
trabalhar o conteúdo de maneira concreta e dinâmica, sendo o aluno o centro do
processo educativo, o sujeito de sua própria aprendizagem, e o professor atuando
seria o facilitador. Assim destaca (Freire 1996, p. 12), Que há um processo a ser
7
considerado na experiência permanente do educador. No dia-a-dia ele recebe os
conhecimentos – conteúdos acumulados pelo sujeito, o aluno, que sabe e lhe
transmite.
Neste sentido, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem
formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e
acomodado. A partir da nova LDB/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) 9.394/1996. Os conteúdos voltam a fazer parte das discussões através dos
PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), propondo uma mudança de enfoque aos
conteúdos curriculares. Ao invés de um ensino em que o conteúdo é visto como fim
em si mesmo, os PCNs propõem um ensino em que o conteúdo seja visto como meio
para que os alunos desenvolvam capacidades que lhes permitam produzir e usufruir
dos bens culturais, sociais e econômicos.
O PCN de Geografia diz que: A Geografia, [...], tem um tratamento
específico como área, uma vez que oferece instrumentos essenciais para
compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreender
como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço,
as singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e o aproxima de outros
lugares e, assim, que estabelecemos com ele. (BRASIL, 2001, p.99)
A geografia deve fazer o uso da imagem e da ilustração obrigatoriamente,
no estudo dos mapas e cartas. O uso do mapa é indispensável na geografia, os alunos
precisam reconhecer os territórios e regiões, para ter uma base de localização, sem
essa base, os fenômenos que acontecem no mundo não serão compreendidos, pois
é preciso saber, por exemplo, que devido a localização dos E.U.A fora do continente
Europeu, ele foi o país que saiu quase que ileso da segunda guerra mundial , enquanto
os países da Europa ficaram destruídos, e dessa forma os E.U.A saiu em vantagem ,
e pode financiar a reconstrução dos países europeus e assim se tornar uma grande
potência mundial.
O professor de da nova Geografia escolar deve romper com o
distanciamento da realidade vivida e a estudada. O professor deve iniciar os estudos
dos alunos a partir da realidade vivida por eles, assim quando se for estudar os
fenômenos urbanos, por exemplo, o professor pode pedir para que os alunos façam
uma análise de sua própria rua, de seu próprio bairro e sua própria casa. O educador
deve sempre tentar remeter o ensino da geografia ao cotidiano dos alunos, sempre
8
buscando a memória das vivencias dos próprios educados. Assim, quando forem
estudar fenômenos climáticos o as vivencia dos alunos, como as chuvas de fim de
ano que acontecem sempre causando catástrofes no Rio de Janeiro podem ser
analisas de início.
Assim, Callai (2010, p. 17) afirma que: A geografia escolar, assim como a
ciência geográfica, tem a função de estudar, analisar e buscar explicações para o
espaço produzido pela humanidade. Enquanto a matéria de ensino cria as condições
para que o aluno se reconheça como sujeito que participa do espaço em que vive e
estuda, compreendendo que os fenômenos que ali acontecem são resultado da vida
e do trabalho dos homens em sua trajetória de construção da própria sociedade
demarcada em seus espaços e tempos.
Além disso, os livros didáticos devem ser reformulados, pois muitos são
desatualizados, mal ilustrados, pobres de conteúdo e apresentam a velha dinâmica
da geografia clássica a fragmentando com tópicos como, relevo, população, clima,
vegetação e entre outros. Os conteúdos didáticos precisam romper com esse
paradigma e inovar para melhorar, a cronologia deve ser reformulada, os alunos
devem começar estudando do lugar onde nasceu, estudar primeiramente o seu estado
e o seu país, para compreende a dinâmica em que vive, e só depois partir para regiões
mais distantes.
Os professores devem estabelecer relação entre a vivência dos alunos e a
geografia e isso muda de lugar para lugar. O professor que da aula em uma região
rural deve partir do principio de estudo da área rural, para que os alunos consigam
conectar os fatos, e não ficarem perdidos achando que a geografia é uma ciência inútil
e desvinculada, onde só se exercita a memorização. É preciso possibilitar que os
educandos criem uma percepção crítica de sua própria realidade, desenvolvendo um
senso autônomo e a consciência de sua cidadania.
4.2 A visão dos alunos sobre a Geografia
A Geografia se mostra assim como uma disciplina significativa e
indispensável para o desenvolvimento de um cidadão pensante, crítico e atuante na
sociedade, e o professor desempenha um papel de fundamental importância neste
sentido. Assim sendo, sua formação deve ser consolidada e constante.
Callai (1999) define que, primeiro é preciso possuir clareza do por que
estudar Geografia. Para a autora há três razões para ensinar essa disciplina na
9
sociedade contemporânea: “conhecer o mundo e obter informações; conhecer o
espaço produzido pelo homem e contribuir na formação do cidadão”.
Dessa forma, desde as séries iniciais é preciso desenvolver nos
educandos a capacidade de observar, analisar, interpretar e raciocinar criticamente
sobre o espaço geográfico e as suas transformações. Ainda confirmando toda essa
teoria, Callai (1999, p. 58): A Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele se
perceba como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali
ocorreram são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num
processo de desenvolvimento. [...] O aluno deve estar dentro daquilo que está
estudando e não fora, deslocado e ausente daquele espaço, como é a Geografia que
ainda é muito ensinada na escola: uma Geografia que trata o homem como um fato a
mais na paisagem, e não como um ser social e histórico.
Pode-se então compreender que há uma necessidade de construir uma
Geografia escolar que permita aos alunos, estabelecer conexões entre os conteúdos
ensinados em sala de aula para além do espaço da escola. É preciso pensar num
ensino de Geografia não esteja desvinculado da realidade diária dos alunos, em que
o ensino.
4.2 Problemas que os professores encontram com a Disciplina
Os professores encontram diversas dificuldades em sua trajetória como
educadores, como o próprio sucateamento da educação pelo governo. Não é
novidade pra ninguém dizer que as escolas públicas apresentam falta de estrutura,
prédios depredados, caindo aos pedaços, salas muita das vezes muito quentes, com
ventiladores quebrados. E também a superlotação das salas de aula, algumas
chegando a 55 alunos, tornando o ambiente insuportável, desorganizado e barulhento,
elevando o nível de estresse e desconforto do professor, que muita das vezes esta ali
para dar o melhor de si, mas as condições do ambiente não o permitem.
Os baixos salários fazem com que o professor tenha que pegar muitas
turmas e não consiga fazer um plano de aula com gosto e calma, já que, muita das
vezes ele terá mais de 10 turmas, para poder ganhar um salário minimamente digno.
Para que ajam inovações nas formas de ensino é fundamental que o salário dos
professores aumente. Como um professor estressado, sem qualidade de vida e sem
tempo vai planejar uma aula diferente? Um trabalho de campo ou planejar um trabalho
10
inovador? É preciso garantir que ajam condições para isso, e não somente cobrar dos
professores, mas do governo.
5 METODOLOGIA
A analise propôs primeiramente explorar de forma observatória o cotidiano
do ambiente escolar e as relações praticadas pelos alunos com relação à Geografia,
que torna-se aqui, objeto de estudo. Com isso, consequentemente possibilitou criar
uma forma de investigação quantitativa para o estudo de caso. Observação no
ambiente educacional, a relação do aluno com a geografia no seu cotidiano social,
verificar a relação desse aluno com o professor de geografia e identificar as
dificuldades encontradas por esses alunos na aplicação dos conteúdos em sala de
aula.
A partir das observações no espaço escolar, faz-se necessário entender
que as composições físicas do espaço são essenciais para a reprodução das técnicas
empregadas, entende-se como parte constituinte para a relação
ensino/aprendizagem.
Segundo Santos (1997), O espaço é formado por um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de
ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história
se dá (Santos 1997, p.39).
Visto que, a tarefa de ensinar Geografia requer variadas competências e
habilidades do docente. Além de deter conhecimento teórico e adaptar recursos às
metodologias, é importante ainda que o professor demonstre que esta ciência é de
grande importância para a aprendizagem dos sujeitos envolvidos.
Diante dessa importância, reforça-se em Piletti (2006, p.154) como um dos
objetivos que mais serve para o ensino de Geografia, é que colabora para “aproximar
o aluno da realidade”. Pode-se assim concluir que todos esses aparatos
metodológicos tornam mais específica e cuidadosa as aulas de Geografia, resultando
em aprendizado mais gratificante e compensador. E de retorno consistente.
11
6 CRONOGRAMA
Atividade /mês Outubro Novembro Dezembro
Elaboração do projeto x
Revisão Teórica x
Entrega de questionário x
Análise de dados x
Produção final do trabalho x
Entrega do Projeto x
12
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. (Org.). Geografia e Didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010
BRASIL. Leis etc. Lei n. 9.394 de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional; 1996. Acesso em: 25/10/2015. Em mec.gov.br. BRASIL. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica Parâmetros curriculares nacionais: ensino
fundamental. Brasília: MEC/SEMTEC, 2001.
CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise.
In CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. et. al. Geografia em sala de aula: práticas
e reflexões. 2. ed. – Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS/1999. P. 57-63.
CALLAI, Helena Copeti. A Geografia Ensinada: os desafios de uma Educação
Geográfica. In: MORAES, Eliana Marta Barbosa de. Goiânia: NEPEC, 2010
MORAES, Eliana Marta Barbosa de. Goiânia: NEPEC, 2010
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática
educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)
LACOSTE, Y. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.
Campinas: Papirus, 1998
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23º Ed.-São Paulo: Ática, 2006
SANTOS, M. A Naturezado Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 2º Edição.
São Paulo: Hucitec, l997.

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  • 2. 1 IRENILDE DE SOUZA GOVEIA UM OLHAR SOBRE A GEOGRAFIA E SEUS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO COM BASE NA ESCOLA CENTRO DE ENSINO EDUCA MAIS NELSON SEREJO DE CARVALHO – CEMA Trabalho apresentado ao curso de Geografia Licenciatura na Universidade Estadual do Maranhão, como requisito para obtenção de nota na disciplina Prática na Dimensão Educacional. Orientador: Professor(a): Marcia Fernanda Pereira Gonçalves ZÉ DOCA- MA 2022
  • 3. 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3 2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................... 4 3 OBJETIVOS............................................................................................................................ 5 3.1 Objetivo Geral................................................................................................................. 5 3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................5 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................................. 5 4.1 Anova Geografia Escolar.............................................................................................. 6 4.2 Avisão dos alunos sobre a Geografia.........................................................................8 4.2 Problemas que os professores encontram com a Disciplina ...................................9 5 METODOLOGIA.................................................................................................................... 10 6 CRONOGRAMA.................................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 12
  • 4. 3 1 INTRODUÇÃO O presente artigo tratara a respeito do ensino de geografia nas escolas, suas principais dificuldades, mazelas e soluções. As mudanças políticas principalmente a passagem de uma ditadura para um regime democrático, por exemplo, atingem em cheio as formas de ensino, já que, as instituições seguem a uma lógica governamental. A geografia é uma disciplina vista por muitos como chata, inútil e como pura decoreba, porém com a metodologia de ensino correta essa realidade pode mudar. Além disso, existem fatores endógenos particulares que influenciam a educação. Cada escola tem professores e maneiras de atuar diferentes, mesmo uma escola do ensino público municipal apresenta diferenças umas em relação às outras, sendo essas diferenças responsável por uma melhor ou pior qualidade de ensino. Assim, o trabalho do profissional da educação, a forma que a escola se organiza e a estrutura e distribuição de verba da mesma são fatores importantes a serem destacados. A relação aluno/professor, os métodos didáticos, a relação saber/aprendizagem também fazem diferença. A forma com que o professor lida com os alunos gera resultados diversos. Um bom mestre pode incentivar o interesse e criatividade de seu educando, fazendo com que ele crie gosto pela disciplina, assim como um educador desacreditado, desmotivado e desorientado pode fazer com que o aluno crie desinteresse pela disciplina. A disciplina de geografia surge, de fato, no século XIX e seu principal objetivo naquele momento era desviar as atenções que estavam sobre a ciência geográfica, 6 era preciso que a face estratégica, militar e política desta ciência fosse esquecida e que no seu lugar surgisse um discurso pedagógico puro, limpo de qualquer alusão a estratégias, uma ciência nova e inofensiva. Assim todos passaram a ver esta disciplina como a geografia verdadeira que tinha por finalidade descrever o mundo e suas paisagens, uma ciência despretensiosa com muito a “mostrar”, no entanto, pouco a dizer. E não demorou para que se tornasse a disciplina maçante e simplória que conhecemos hoje, aquela em que “(...) nada há para entender, mas é preciso ter memória (...)” (LACOSTE, 2005, p. 21).
  • 5. 4 Somente quando forem feitas as mudanças imprescindíveis na sua face de ciência e quando todo cidadão comum souber o real valor desta perante uma sociedade é que a sua face acadêmica irá se modificar também, isso porque uma é reflexo da outra e, se no passado, a disciplina escondeu a ciência hoje é a ciência que terá que implantar a verdadeira disciplina. E é nessa configuração de ciência estratégica que está contido o verdadeiro âmago da geografia, pois seu lado geopolítico é sua mais profunda verdade e atuação dentro de uma nação e das pessoas que ali vivem. Encontra-se ai sua razão de ser, independente da época que se considere seu surgimento, ela é a ciência que busca compreender o mundo para poder transformá-lo e é através dela que o espaço pode ser pensado em sua amplitude. Portanto, os cursos de geografia precisam formar não apenas professores ou geógrafos e sim geógrafos-professores, profissionais que dominem o meio cientifico dessa ciência e que saibam como transmitir isso em sala de aula para a disciplina. É necessário que o aluno seja incentivado a pensar e a construir e não a receber conhecimento, é preciso romper com o modelo de disciplina do século XIX, inovar e criar uma nova visão, um novo método. É importante que a geografia passe por mudanças tanto na sua face ciência quanto na sua face disciplina, pois para se desenvolver uma postura crítica perante os acontecimentos ocorridos no mundo o cidadão precisa aprender a conhecer e entender o que se passa de verdade por trás das belas mentiras. A geografia necessita sim se envolver com o homem e se comprometer com a sociedade, precisa apresentar as diferentes realidades existentes hoje no mundo, os conflitos, as diferenças, mas não como vem fazendo até hoje e sim usando da política, da estratégia do seu poder de reconhecimento de ações de domínio. Já passou da hora da geografia retomar para si o seu lugar de direito. 2 JUSTIFICATIVA Esse estudo justifica-se por entender que o Ensino de Geografia pode ser percebido sob aspectos mais produtivos, no sentido de alcançar maiores e melhores resultados. A geografia necessita sim se envolver com o homem e se comprometer com a sociedade, precisa apresentar as diferentes realidades existentes hoje no mundo, os conflitos, as diferenças, mas não como vem fazendo até hoje e sim usando
  • 6. 5 da política, da estratégia do seu poder de reconhecimento de ações de domínio. Já passou da hora da geografia retomar para si o seu lugar de direito. Segundo Antunes, (2010, p.37) “ensina-se Geografia para que os alunos possam construir e desenvolver uma compreensão do espaço e do tempo, fazer uma leitura coerente do mundo e dos intercâmbios que o sustentam.” Nesse sentido, o presente estudo consta de uma análise sobre a visão dos alunos do Centro de Ensino Educa Mais Nelson Serejo de Carvalho – CEMA. Contudo, o principal objetivo desse estudo está em perceber sobre o que pensam os discentes da referida escola e como agem em sala de aula, a partir dos conhecimentos promovidos. Toda a pesquisa está desenvolvida sob o contexto da proposta de trabalho sobre o ensino e aprendizagem de Geografia, a partir da visão dos alunos, aqui entendido como suas ideias, opiniões, valores e crenças, sobre o exercício do ensino dessa disciplina, na tentativa de extrair vestígios que possam contribuir para a orientação às práticas pedagógicas dos professores. 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral  Destacar essas práticas, e propor uma nova metodologia de ensino, visando à formação do aluno critico e com autonomia de pensamento. 3.2 Objetivos Específicos  Entender o processo histórico da Geografia no contexto escolar  Observar o cotidiano do ambiente educacional e a relação do aluno com a geografia em seu cotidiano social  Verificar a relação entre o professor de geografia e o aluno  Identificar algumas das dificuldades dos alunos em aprender os conteúdos da disciplina. 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A geografia foi tratada por muito tempo como uma disciplina em que se estudava um pouco de tudo, mas que não se aprofundava em nada, e não se chegava a lugar nenhum. Com isso, os alunos tinham apenas que decorar suas coordenadas, os países, regiões, nomes de rios, biomas e entre outros. E não compreendiam a
  • 7. 6 utilidade desse conhecimento. Para que devo saber esses nomes e localizações? De que isso me será útil? É preciso apenas decorar para passar de ano? Assim, os alunos não conseguiam estabelecer conectividade da disciplina com suas vidas, essa desconectividade faz com que os achem a geografia uma disciplina inútil e chata. É importante destacar que todo o conhecimento científico possui conexão com as vivências de um ser, basta apenas interligar essas informações, partindo da realidade vivida por essas pessoas. Despertar o interesse de crianças, jovens e adolescentes para o conhecimento empírico não é uma tarefa fácil, principalmente com as novidades tecnológicas que insistem em tirar a atenção deles. É comum o professor estar dando aula e um estudante mexendo no celular escondido, então fica a dúvida, como prender a atenção dos adolescentes? Muitos professores, por exemplo, de física criam fazem experiências científicas com os alunos fazendo com que eles estabeleçam relação entre seu cotidiano e o conhecimento empírico, dessa forma, muitos físicos fazem os alunos criarem pequenos motores, transmissores de energia e entre outros. É obvio que nem sempre a aula poderá ser dessa forma, o conteúdo descritivo os cálculos também serão necessários, mas uma aula prática fará com que o aluno enxergue a disciplina de outra forma. Esse tipo de atividade despertar o interesse e criatividade dos alunos na área de física, a seguir veremos o que pode ser feito dentro da geografia. 4.1 A nova Geografia Escolar Diversas correntes sobre o pensamento geográfico influenciaram grandemente sobre o ensino da Geografia Escolar, impondo características notáveis nas práticas pedagógicas escolares na atualidade. Contudo, vale ressaltar que a Geografia Escolar teve início no século XIX. Assim diz (Lacoste, 1998), que “a geografia escolar foi imposta a todos no fim do século XIX e esse modelo continua a ser reproduzido ainda hoje.” As reflexões sobre a importância do conteúdo no processo ensino-aprendizagem tem sido motivo de discussões sobre o modo de como se ensina e o que se ensina. Essas discussões ganham corpo com a teoria pedagógica que se propõe a trabalhar o conteúdo de maneira concreta e dinâmica, sendo o aluno o centro do processo educativo, o sujeito de sua própria aprendizagem, e o professor atuando seria o facilitador. Assim destaca (Freire 1996, p. 12), Que há um processo a ser
  • 8. 7 considerado na experiência permanente do educador. No dia-a-dia ele recebe os conhecimentos – conteúdos acumulados pelo sujeito, o aluno, que sabe e lhe transmite. Neste sentido, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e acomodado. A partir da nova LDB/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9.394/1996. Os conteúdos voltam a fazer parte das discussões através dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), propondo uma mudança de enfoque aos conteúdos curriculares. Ao invés de um ensino em que o conteúdo é visto como fim em si mesmo, os PCNs propõem um ensino em que o conteúdo seja visto como meio para que os alunos desenvolvam capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos. O PCN de Geografia diz que: A Geografia, [...], tem um tratamento específico como área, uma vez que oferece instrumentos essenciais para compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreender como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, as singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e o aproxima de outros lugares e, assim, que estabelecemos com ele. (BRASIL, 2001, p.99) A geografia deve fazer o uso da imagem e da ilustração obrigatoriamente, no estudo dos mapas e cartas. O uso do mapa é indispensável na geografia, os alunos precisam reconhecer os territórios e regiões, para ter uma base de localização, sem essa base, os fenômenos que acontecem no mundo não serão compreendidos, pois é preciso saber, por exemplo, que devido a localização dos E.U.A fora do continente Europeu, ele foi o país que saiu quase que ileso da segunda guerra mundial , enquanto os países da Europa ficaram destruídos, e dessa forma os E.U.A saiu em vantagem , e pode financiar a reconstrução dos países europeus e assim se tornar uma grande potência mundial. O professor de da nova Geografia escolar deve romper com o distanciamento da realidade vivida e a estudada. O professor deve iniciar os estudos dos alunos a partir da realidade vivida por eles, assim quando se for estudar os fenômenos urbanos, por exemplo, o professor pode pedir para que os alunos façam uma análise de sua própria rua, de seu próprio bairro e sua própria casa. O educador deve sempre tentar remeter o ensino da geografia ao cotidiano dos alunos, sempre
  • 9. 8 buscando a memória das vivencias dos próprios educados. Assim, quando forem estudar fenômenos climáticos o as vivencia dos alunos, como as chuvas de fim de ano que acontecem sempre causando catástrofes no Rio de Janeiro podem ser analisas de início. Assim, Callai (2010, p. 17) afirma que: A geografia escolar, assim como a ciência geográfica, tem a função de estudar, analisar e buscar explicações para o espaço produzido pela humanidade. Enquanto a matéria de ensino cria as condições para que o aluno se reconheça como sujeito que participa do espaço em que vive e estuda, compreendendo que os fenômenos que ali acontecem são resultado da vida e do trabalho dos homens em sua trajetória de construção da própria sociedade demarcada em seus espaços e tempos. Além disso, os livros didáticos devem ser reformulados, pois muitos são desatualizados, mal ilustrados, pobres de conteúdo e apresentam a velha dinâmica da geografia clássica a fragmentando com tópicos como, relevo, população, clima, vegetação e entre outros. Os conteúdos didáticos precisam romper com esse paradigma e inovar para melhorar, a cronologia deve ser reformulada, os alunos devem começar estudando do lugar onde nasceu, estudar primeiramente o seu estado e o seu país, para compreende a dinâmica em que vive, e só depois partir para regiões mais distantes. Os professores devem estabelecer relação entre a vivência dos alunos e a geografia e isso muda de lugar para lugar. O professor que da aula em uma região rural deve partir do principio de estudo da área rural, para que os alunos consigam conectar os fatos, e não ficarem perdidos achando que a geografia é uma ciência inútil e desvinculada, onde só se exercita a memorização. É preciso possibilitar que os educandos criem uma percepção crítica de sua própria realidade, desenvolvendo um senso autônomo e a consciência de sua cidadania. 4.2 A visão dos alunos sobre a Geografia A Geografia se mostra assim como uma disciplina significativa e indispensável para o desenvolvimento de um cidadão pensante, crítico e atuante na sociedade, e o professor desempenha um papel de fundamental importância neste sentido. Assim sendo, sua formação deve ser consolidada e constante. Callai (1999) define que, primeiro é preciso possuir clareza do por que estudar Geografia. Para a autora há três razões para ensinar essa disciplina na
  • 10. 9 sociedade contemporânea: “conhecer o mundo e obter informações; conhecer o espaço produzido pelo homem e contribuir na formação do cidadão”. Dessa forma, desde as séries iniciais é preciso desenvolver nos educandos a capacidade de observar, analisar, interpretar e raciocinar criticamente sobre o espaço geográfico e as suas transformações. Ainda confirmando toda essa teoria, Callai (1999, p. 58): A Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele se perceba como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali ocorreram são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. [...] O aluno deve estar dentro daquilo que está estudando e não fora, deslocado e ausente daquele espaço, como é a Geografia que ainda é muito ensinada na escola: uma Geografia que trata o homem como um fato a mais na paisagem, e não como um ser social e histórico. Pode-se então compreender que há uma necessidade de construir uma Geografia escolar que permita aos alunos, estabelecer conexões entre os conteúdos ensinados em sala de aula para além do espaço da escola. É preciso pensar num ensino de Geografia não esteja desvinculado da realidade diária dos alunos, em que o ensino. 4.2 Problemas que os professores encontram com a Disciplina Os professores encontram diversas dificuldades em sua trajetória como educadores, como o próprio sucateamento da educação pelo governo. Não é novidade pra ninguém dizer que as escolas públicas apresentam falta de estrutura, prédios depredados, caindo aos pedaços, salas muita das vezes muito quentes, com ventiladores quebrados. E também a superlotação das salas de aula, algumas chegando a 55 alunos, tornando o ambiente insuportável, desorganizado e barulhento, elevando o nível de estresse e desconforto do professor, que muita das vezes esta ali para dar o melhor de si, mas as condições do ambiente não o permitem. Os baixos salários fazem com que o professor tenha que pegar muitas turmas e não consiga fazer um plano de aula com gosto e calma, já que, muita das vezes ele terá mais de 10 turmas, para poder ganhar um salário minimamente digno. Para que ajam inovações nas formas de ensino é fundamental que o salário dos professores aumente. Como um professor estressado, sem qualidade de vida e sem tempo vai planejar uma aula diferente? Um trabalho de campo ou planejar um trabalho
  • 11. 10 inovador? É preciso garantir que ajam condições para isso, e não somente cobrar dos professores, mas do governo. 5 METODOLOGIA A analise propôs primeiramente explorar de forma observatória o cotidiano do ambiente escolar e as relações praticadas pelos alunos com relação à Geografia, que torna-se aqui, objeto de estudo. Com isso, consequentemente possibilitou criar uma forma de investigação quantitativa para o estudo de caso. Observação no ambiente educacional, a relação do aluno com a geografia no seu cotidiano social, verificar a relação desse aluno com o professor de geografia e identificar as dificuldades encontradas por esses alunos na aplicação dos conteúdos em sala de aula. A partir das observações no espaço escolar, faz-se necessário entender que as composições físicas do espaço são essenciais para a reprodução das técnicas empregadas, entende-se como parte constituinte para a relação ensino/aprendizagem. Segundo Santos (1997), O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá (Santos 1997, p.39). Visto que, a tarefa de ensinar Geografia requer variadas competências e habilidades do docente. Além de deter conhecimento teórico e adaptar recursos às metodologias, é importante ainda que o professor demonstre que esta ciência é de grande importância para a aprendizagem dos sujeitos envolvidos. Diante dessa importância, reforça-se em Piletti (2006, p.154) como um dos objetivos que mais serve para o ensino de Geografia, é que colabora para “aproximar o aluno da realidade”. Pode-se assim concluir que todos esses aparatos metodológicos tornam mais específica e cuidadosa as aulas de Geografia, resultando em aprendizado mais gratificante e compensador. E de retorno consistente.
  • 12. 11 6 CRONOGRAMA Atividade /mês Outubro Novembro Dezembro Elaboração do projeto x Revisão Teórica x Entrega de questionário x Análise de dados x Produção final do trabalho x Entrega do Projeto x
  • 13. 12 REFERÊNCIAS ANTUNES, C. (Org.). Geografia e Didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010 BRASIL. Leis etc. Lei n. 9.394 de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; 1996. Acesso em: 25/10/2015. Em mec.gov.br. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental. Brasília: MEC/SEMTEC, 2001. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. et. al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 2. ed. – Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS/1999. P. 57-63. CALLAI, Helena Copeti. A Geografia Ensinada: os desafios de uma Educação Geográfica. In: MORAES, Eliana Marta Barbosa de. Goiânia: NEPEC, 2010 MORAES, Eliana Marta Barbosa de. Goiânia: NEPEC, 2010 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura) LACOSTE, Y. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1998 PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23º Ed.-São Paulo: Ática, 2006 SANTOS, M. A Naturezado Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 2º Edição. São Paulo: Hucitec, l997.