As novas metodologias têm contribuído de forma consistente tanto na construção do conhecimento do aluno quanto para o amadurecimento do professor, sendo assim o presente artigo aborda um relato de experiência desenvolvida através do Programa Institucional de bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor José Soares de Carvalho, situada no município de Guarabira – PB, a partir da observação sobre o processo de ensino e aprendizagem, no que diz respeito à adoção de dinâmicas inter-relacionadas ao currículo do ensino de disciplinas escolares, no caso analisa-se essa realidade em uma perspectiva disciplinar da Geografia. Nota-se que cada vez mais a disciplina de Geografia tem se renovado e se tornado ampla, abrangendo várias áreas inter-relacionadas ao meio de vivência, trazendo com isso a obrigação do professor de se adequar as mudanças e renovação dos seus métodos de ensino. Fundamentada na afirmação anterior, essa pesquisa tem como objetivo relatar quais e como são inseridas as dinâmicas dentro dos conteúdos geográficos expostos, qual os benefícios trazidos pelas mesmas, e quais os empecilhos existentes para que seja executado esse novo método de ensino. Para realizar-se esse trabalho fez-se necessário a consulta literária em obras de autores que abordam o tema em questão como por exemplo Bettio e Martins (2003), Marquezan (2003), Kaercher (2003), como também a observação do âmbito escolar, do comportamento dos alunos, e a execução desse método de ensino, retratando assim os impactos causados dentro de sala pelas mesmas. Com essa pesquisa se faz notório que o professor terá que estar sempre aberto a novas possibilidades de ensino, aliando os recursos antigos como por exemplo quadro e livro didático, com os novos artifícios para o ensino, como oficinas, dinâmicas, seminários entre outros. Esta pesquisa se encontra devidamente concluída.
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
NOVAS PRÁTICAS DE ENSINO: A INSERÇÃO DE DINÂMICAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE GEOGRAFIA
1. NOVAS PRÁTICAS DE ENSINO: A INSERÇÃO DE DINÂMICAS
DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Jamábia Raídgia Félix da Silva
Graduanda em Geografia e Bolsista do PIbid pela Universidade Estadual da
Paraíba – Campus III – Guarabira - PB
jamabiaraidgia@gmail.com
Roney Jacinto de Lima
Graduando em Geografia e Bolsista do PIbid pela Universidade Estadual da
Paraíba – Campus III – Guarabira - PB
roneylima8@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
A maioria dos alunos quer seja no ensino fundamental ou médio,
apresentam dificuldades em compreender os conceitos trabalhados em sala de
aula, além de não conseguirem transpor tais saberes para sua própria
realidade. Ainda há carência em não apenas discutir o problema “educação”,
mas em fazer algo para suprir as necessidades de mudanças nas escolas.
Segundo Bettio e Martins (2003):
Até o momento atual, a própria escola não mudou, os modelos
didáticos evoluíram, porém a maneira como o aluno era impulsionado
para um novo estágio continuou a mesma. A avaliação, de uma
maneira cruel, avalia pessoas diferentes de maneiras iguais. Para
que o modelo de avaliação pudesse ser modificado, seria necessário
adequar todo o sistema de ensino, onde pessoas diferentes deveriam
ser ensinadas e avaliadas de maneiras distintas, pois números não
definem pessoas, conhecimento sim.
Assim, com o atual crescimento e desenvolvimento de avanços
tecnológicos, surge a necessidade de se aplicar novas metodologias para o
ensino e o aprendizado dos alunos, visando assim, a presente pesquisa tem
como objetivo discutir a importância e utilização das dinâmicas de
aprendizagem na disciplina de Geografia, mais precisamente com turmas de 1º
ano do Ensino médio e 9º ano do Ensino Fundamental como instrumento
facilitador da aprendizagem, através do Programa PIBID (Programa
Institucional de Bolsista de Iniciação à Docência). Além disso, busca-se neste
trabalho demonstrar os benefícios desse instrumento educacional, bem como
2. refletir sobre o papel de criação e recriação do conhecimento promovido com o
uso de dinâmicas.
Para alcançar tais objetivos utilizamos pesquisa bibliográfica referente
ao estudo em foco, realizamos uma pesquisa exploratória e de observação na
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor José Soares de
Carvalho, localizada na cidade de Guarabira-PB, além de experimentar o uso
de dinâmicas de aprendizagem nas turmas acima citadas. Com base nessa
pesquisa analisamos os discursos dos alunos com a finalidade de
constatarmos a importância do uso de dinâmicas de estudos no ensino de
Geografia.
2 METODOLOGIA
Dinâmicas se resumem à técnicas e conjunto de procedimentos que
visam estabelecer um bom nível de interação entre os membros de um grupo
de pessoas, a fim de alcançar o seu maior rendimento num trabalho em
conjunto. No ensino de geografia não deixa de ser diferente, o real sentido da
palavra dinâmica é explicitamente esse, buscando trazer a relação professor-
aluno, com o conteúdo exposto em questão.
Se utilizando desses conceitos, utilizou-se para a realização desse
trabalho consultas em obras de Bettio e Martins (2003), Marquezan (2003),
Kaercher (2003), como também consultas no Parâmetro Curricular Nacional de
História e Geografia, tanto do ensino médio como do ensino fundamental, e a
vivência e observação dentro do âmbito escolar das turmas de 9º ano e de 1º
ano do ensino médio, analisando os prós e contras causados pelo impacto da
inserção das dinâmicas dentro das salas de aula.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1CAMINHOS PARA A APRENDIZAGEM EM GEOGRAFIA
Os educadores de Geografia acham que estão ensinando Geografia
simplesmente pelo fato de falarem nomes de rios, cidades, tipos de vegetação,
clima, entre outros. Contudo, esse discurso definido como “geográfico” não
consegue fazer com que os alunos tenham um entendimento sobre a realidade
3. que os cercam e os lugares construídos pelos homens, pois as informações
passadas pelo professor, muitas vezes, são desnecessárias e enfadonhas.
Entretanto já que o ensino de Geografia nesse novo século deve ser
voltado à estimulação da criticidade por parte do indivíduo, uma vez que
estamos inseridos num mundo complexo em que necessitamos refletir sobre a
sua dinamicidade. Porém, isso não acontece; percebemos que diariamente as
aulas de Geografia, por vezes, acontecem de forma desmotivadora,
empobrecidas de conteúdo, decorativas e “chatas”.
Contudo, pensar a Geografia como uma disciplina que ensina a apenas
decorar informações soltas é uma ideia equivocada. Por isso construir a ideia
de espaço na sua dimensão cultural, econômica, ambiental e social, para
auxiliar no crescimento do educando como um ser crítico e cidadão é um
grande desafio da Geografia. E é no ensinar a fazer a leitura do mundo e como
ocorre esse processo de aprendizagem que se poderia retirar da Geografia
esse rótulo de matéria decorativa e cansativa.
Assim sendo, o professor, uma vez que compreenda essas
necessidades que se apresenta no ensino da Geografia, poderá atuar em
função da aprendizagem, percebendo que nem tudo o que se ensina,
obrigatoriamente, se aprende, aprimorando, dessa forma, sua prática de
ensino.
3.2 A INSERÇÃO DENTRO DO ÂMBITO ESCOLAR DE DINÂMICAS NO
ENSINO DE GEOGRAFIA
Como tratado no item acima, a Geografia por diversas vezes é tida pelos
alunos como uma disciplina enfadonha e para se decorar, tirando o foco dos
mesmos da matéria lecionada. Entretanto, o professor por mais que queira
renovar seus métodos, na maioria das vezes, acaba se deparando com a falta
de estrutura e recursos por parte da escola, como também a falta de
capacitação dos próprios educadores, fazendo assim o ensino geográfico
permanecer tradicional.
Diante desses fatos, observa-se que uma ferramenta de ensino simples
e eficaz é o uso de dinâmicas de aprendizagem, uma vez que elas possibilitam
4. a criação e recriação dos conhecimentos. De acordo com Marquezan (2003, p.
62):
A dinâmica da aprendizagem se dá através de interações
mútuas, nas quais educandos e professores estabelecem
relações sociais e afetivas, sendo a sala de aula o ambiente
em que estas relações se solidificam e caminham em direção
ao desenvolvimento significativo de habilidades cognitivas e
sócio-afetivas.
Se apoderando dessa afirmação é que o Programa PIBID aliado a
EEEFM Professor José Soares, tendo em vista o ensino de Geografia, buscou
inserir dinâmicas ao ensino da mesma para de maneira renovada, pudesse
discorrer o currículo proposto para tal disciplina.
Tendo em vista o desinteresse dos alunos pelos assuntos que se
aplicavam dentro de sala, se criou a iniciativa de trazer algo novo para aliar ao
ensino, para que pudesse tirar os mesmos do quadro e do caderno, trazendo
eles para a interação da teoria com a prática.
As turmas observadas para essa pesquisa, foram as de 9º ano e de 1º
ano do ensino médio, onde as de 9º ano são mais inquietas, desinteressadas,
trazendo com isso, a preocupação para a interação mais comprometida deles
com a dinâmica. Uma das dinâmicas realizadas em sala, intitula-se “O que
você tem na testa?”, onde cada participante escreve num pedaço de papel uma
palavra qualquer grande e legível, não valendo repeti-las. Então, fixa a tira na
testa de quem estiver à sua direita, tomando cuidado para que ele ou ela não a
leia. O objetivo é ser o primeiro a adivinhar qual a palavra escrita na própria
testa, os jogadores se valem das pistas fornecidas pelos outros, quando fazem
suas jogadas. E o conteúdo trabalhado no dia na turma de 9º ano, seria países
do continente Europeu, onde as palavras escritas nas testas dos alunos seria
os países e através de dicas como por exemplo comidas típicas, costumes
entre outros aspectos eles descobririam que país seria.
O resultado foi surpreendente, onde vimos que o conhecimento que os
alunos trazem tanto de casa como da escola, é uma bagagem enorme,
bagagem essa que na maioria das vezes por os educandos estarem presos a
livros didáticos e cadernos, não podem demonstrar em sala de aula.
5. 4 CONCLUSÃO
A experiência das dinâmicas em quatro turmas duas de ensino
fundamental e duas de ensino médio na EEEFM Professor José Soares de
Carvalho foi de grande valia, uma vez que os alunos se empenharam em
participar, cooperando com os bolsistas do PIBID de geografia e com a
educadora, fazendo assim uma relação proveitosa em conjunto aumentando a
atenção dos mesmos, uma vez que a rotina de como se dava as aulas de
geografia foi quebrada. Diante disso, conclui-se que o uso de dinâmicas como
instrumento facilitador da aprendizagem é de grande importância, pois leva de
uma forma diferente do cotidiano o conhecimento ao aluno contribuindo para
aumentar a atenção do assunto abordado além de estimular a imaginação e a
criatividade dos educandos.
REFERÊNCIAS
BETTIO, R.W; MARTINS, A. Jogos Educativos aplicados a e-Learning:
mudando a maneira de avaliar o aluno. Disponível em < h
ttp://www.abed.org.br/seminario2003 / texto21.htm >. Acesso em: 10 de
Outubro de 2014.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetro Curriculares Nacionais: Geografia.
Secretaria da Educação Fundamental. Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino
Fundamental. Brasil, 2000.
KAERCHER, Nestor André. A Geografia é o nosso dia-a-dia. In:
CRASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (orgs). Geografia em sala de aula:
Práticas e reflexões. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
MARQUEZAN, Reinoldo [et al.]. Dinâmica de sala de aula: uma variável na
aprendizagem. Cadernos de educação especial, Santa Maria: n. 22, p. 61-67,
2003.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria
Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. – 3ª ed. – São Paulo: Cortez,
2009.