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EXANTEMA SÚBITO
(roséola infantum, febre de três dias, pseudo-rubéola ou sexta moléstia)
- Agente etiológico: Herpes Vírus Humano (HHV-6 A ou B) – DNA vírus, infecta CD4
- Transmissão: Secreções orais ou vertical;
- Incubação: 7 a 17 dias (média 10);
- Doença febril;
- Evolução benigna;
- Comum dos 6 meses aos 3 anos (rara nos primeiros meses = anticorpos maternos);
- Quadro Clínico:
o Início súbito;
o Febre alta (39-40°C);
o Extrema irritabilidade;
o Bom estado geral;
o 3 a 5 dias declínio brusco da febre, em seguida aparece o rash eritematopapular,
e há melhora de humor.
o Adenomegalia cervical e retroauricular;
o Hiperemia de orofaringe;
o Edema palpebral.
- Exantema:
o Maculopapular;
o Lesões discretas de 2 a 3 cm, NÃO coalescem;
o Acomete inicialmente tronco, seguido de face, região cervical e raiz dos membros;
o Cura duração (24/72h);
o Não ocorre descamação;
o Não ocorre pigmentação residual.
- Laboratorial:
o Leucocitose e neutrofilia nos primeiros 2 dias;
o Após, leucopenia, linfocitose e monocitose.
o Diagnóstico por isolamento do vírus, PCR, ou imunoflorescência.
- Tratamento:
o Sintomático
o Atenção a convulsões.
FEBRE SOME = APARECE EXANTEMA MACULOPAPULAR
ERITEMA INFECCIOSO
(Quinta moléstia ou megaleritema epidêmico)
- Agente etiológico: Parvovírus Humano B19 – DNA vírus;
- Transmissão: Via respiratória (comunidades fechadas e família);
- Incubação: 5 a 10 dias;
- Doença infecciosa;
- Benigna;
- Comum em crianças de 2 a 12 anos;
- Surtos ocorrem no inverno e primavera;
- Doença de caráter recorrente;
- Quadro Clínico/exantema:
o Não há pródromo;
o 1: Mancha vermelha nas bochechas, com palidez perioral;
o 2: 24/48h – aparecimento de pápulas na região extensora dos membros e tronco,
duração de até 2 semanas, adquirem aspecto rendilhado (desaparecimento da
coloração central);
o 3: Reinício do exantema diante do trauma.
- Laboratorial:
o Leucopenia com eosinofilia;
o Diagnóstico com ELISA e imunoflorescência.
- Tratamento:
o Tratamento sintomático.
EXANTEMA DE TRÊS FASES
DENGUE
(Febre Hemorrágica)
- Agente etiológico: Vírus da Dengue – Arbovírus – RNA vírus, infecta as células fagocíticas-
mononucleares;
- Transmissão: Picada de mosquitos hematófagos Aedes aegypti; inicia-se um dia antes do
aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença (período de viremia);
- Incubação: 5 a 8 dias;
- Doença infecciosa, não contagiosa;
- Quadro Clínico:
o Febre súbita que dura de 3 a 7 dias;
o Cefaleia frontal;
o Dor retrorbital; mialgia; artralgia;
o Hiperemia conjuntival;
o Eritema facial;
o Sintomas digestórios a partir do 2 dia;
o Fenômenos hemorrágicos são e pequena intensidade – sangramento de pele e mucosas
(petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hematúria) – e ocorre me qualquer
momento do curso da doença.
- Exantema:
o Ocorre em 30% dos casos;
o Geralmente surge após a febre;
o Inicia-se no tronco e acomete a região palmar e plantar;
o Geralmente é morbiliforme, mas pode assumir aspecto escarlatiniforme em áreas de
confluência;
o Pode ou não haver prurido, que é comum na fase de convalescença.
- Diagnóstico/Laboratorial:
o Prova do laço positiva na maioria (manguito insuflado por 3 min – 10 ou mais
petéquias);
o Início: leucopenia e neutropenia;
o Evolui: linfocitose e plaquetopenia.
o Isolamento do vírus e teste sorológicos.
- Tratamento:
o Sintomático;
o NÃO usar AAS;
NUNCA PRESCREVER AAS
ENTEROVIROSES NÃO-PÓLIO
- Agente etiológico: Coxsackie A e B; Echovirus; Enterovirus – São RNA vírus;
- Transmissão: Fecal-oral, respiratória ou vertical, durante semanas após infecção;
- Incubação: 3 a 6 dias;
- Bastante comum na infância;
- Doença infecciosa;
- Febril aguda;
- Infecta criança de pouca idade; e baixo nível socioeconômico;
- Comum de locais e épocas quentes;
- Quadro Clínico:
o Infecções benignas;
o Assintomáticas ou com manifestações específicas:
 Febre isolada;
 Quadros exantemáticos;
 Acometimento de órgãos e sistemas (TR e TGI);
o Podem causar síndromes:
 Síndrome mão-pé-boca;
 Faringite aguda linfonodular;
 Conjuntivite aguda hemorrágica;
 Meningites, encefalites, miocardites e sepsis neonatal.
- Exantema:
o Não é característico;
o Confunde com uma infinidade de outras doenças exantemáticas;
o Pode ser maculopapulares, vesiculares, petequiais, morbiliformes, urticariformes,
escarlatiniformes, rubeoliformes e pustulares.
- Laboratorial:
 Cultura do vírus;
o Imunoflorescência;
o PCR;
o Hemaglutinação.
- Tratamento:
o Tratamento é sintomático;
o As principais medidas de controle incluem correta lavação de mãos e higiene pessoal,
devendo os pacientes hospitalizados ser manuseados com precauções de contato.
* Síndrome Mão-Pé-Boca
Causada pelo coxsackievírus Al6 e AS. Inicia-se com mal-estar
geral, irritabilidade, dor na cavidade oral e febre. As lesões aparecem
inicialmente na boca como máculas avermelhadas e dolorosas que
evoluem para vesículas, propagando-se por toda a cavidade oral, em
intensidade variável com comprometimento mais pronunciado da face
interna dos lábios e língua e, mais raramente, amígdalas e faringe. Podem
provocar diminuição pronunciada da aceitação alimentar.
Concomitantemente ou nas 48 horas seguintes, aparecem, em 75% dos
casos, lesões nas faces laterais e dorsais das extremidades (mãos e
falanges, pés e artelhos). Todas essas lesões evoluem desde
maculopápulas até vesículas e úlceras, com os elementos individuais
variando de 2 a 15 mm de diâmetro. A doença sofre resolução espontânea
habitualmente entre cinco a 10 dias após o início da sintomatologia.
DUZENTOS VIRUS DIFERENTES
ESCARALATINA
(Segunda moléstia)
- Agente etiológico: Streptococcus ß-hemolítico do grupo A de Lancefield.
- Transmissão: projeção direta de partículas grandes nos casos de faringite ou pela
transferência física de secreções contendo a bactéria.
- Incubação: 2 a 7 dias;
- Comum em crianças pré-escolares e escolares;
- Está associada à faringite streptocócica;
-
- Quadro Clínico:
o Pródromo de 24 a 48 horas:
 Amigdalite purulenta (estreptocócica);
 Língua saburrosa;
 Vômitos;
 Dor abdominal;
 Febre súbita.
o Eritema em todo o corpo;
o Teste do laço positivo (Rumpel-Leed);
o Febre alta nos primeiros dias do exantema;
- Exantema:
o Exantema difuso, vermelho intenso;
o Clareia à digitopressão;
o É micropapular com pápulas muito próximas dando a sensação de lixa ao toque;
o Inicia-se na região torácica, dissemina-se para o tronco, pescoço e membro;
o Poupa palmas das mãos e plantas dos pés;
o Sinais característicos:
 Sinal de Filatov: palidez perioral, contrastando com bochechas e testa
hiperemiadas.
 Língua saburrosa: no primeiro e segundo dias da doença, a língua se
encontra recoberta com uma espessa camada esbranquiçada.
 Língua em framboesa: a camada esbranquiçada se desprende após o terceiro
ou quarto dia, aparecendo uma hipertrofia e hiperemia das papilas linguais.
 Sinais de Pastia: petéquias nas dobras articulares ou em outras áreas das
extremidades, formando linhas transversais, com pigmentação residual quando
o eritema petequial desaparece.
 Descamação: geralmente ocorre após cinco a sete dias do princípio do quadro.
Inicia-se com o desprendimento de pequenas placas de pele em face, pescoço
e tórax, estendendo-se posteriormente para as extremidades, onde se torna
mais intensa; aí são liberados grandes pedaços de pele, ocorrendo a chamada
descamação em “dedos de luva”. Esse período pode se prolongar por até três a
oito semanas, na dependência da intensidade do exantema.
- Laboratorial:
o Leucocitose, neutrofilia, eosinofilia;
o Gram e cultura para Streptococo ß-hemolítico;
- Tratamento:
o Penicilina oral, benzatina ou macrolídeo;
o O contágio é interrompido após 24 horas de penicilinoterapia;
BACTERIANA - STREPTOCOCCUS
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
- Agente etiológico: Vírus Epstein-Barr – grupo dos Herpes vírus;
- Transmissão: Contato direto com saliva; objetos contaminados com saliva de portadores do
vírus na fase de excreção; ocasionalmente transfusões de sangue;
- Incubação: 10, 30-50 dias;
- Doença infecciosa, de distribuição universal, até a idade adulta;
- Quadro Clínico:
o Pródromo de 5 a 10 dias;
 Febre;
 Mal-estar;
 Linfoadenopatia;
o Faringite leve até amigdalite grave com exsudato branco (membranosa);
o Úvula e palato com aspecto gelatinoso;
o Enantema de palato com petéquias na junção do duro com o mole;
o Acometimento dos linfonodos cervicais;
o Hepatoesplenomegalia (50% dos casos);
o Edema periorbitário em um terço – Sinal de Hoagland;
o
- Exantema:
o Aparece em 3 a 8% dos casos;
o É maculopapular variável, com textura de lixa fina, podendo ser urticariforme,
escalartiniforme, morbiliforme, hemorrágico ou petequial;
o Exantema é frequente em pacientes em uso inadvertido de ampicilina;
- Laboratorial:
o Linfócitos atípicos > 10%;
o Transaminases e bilirrubina podem estar aumentadas;
o Testes sorológicos;
- Tratamento:
o Hidratação, antitérmicos e analgésicos;
DOENÇA DO BEIJO – LUCAS TEVE
SARAMPO
(Primeira moléstia)
- Agente etiológico: Mixovirus
- Transmissão: Pessoa à pessoa por meio de secreções (saliva); É transmissível do Pródromo
ao 5 dia do exantema;
- Incubação: 10 a 12 dias;
- Comum de lactentes até adultos;
- É uma doença de distribuição universal;
- Está praticamente erradicada em nosso meio;
- Quadro Clínico/Exantemático:
o Pródromo de 3-5 dias (sinais catarrais);
 Febre de 40-40,3 graus no pico da erupção e cai rapidamente;
 Conjuntivite;
 Fotofobia;
 Bronquite;
 Irritabilidade;
 Tosse produtiva;
 Coriza intensa;
o Exantema surge no 2-4 dia e sintomas iniciais se acentuam;
 Máculas e pápulas eritematosas;
 Surgem atrás da orelha e na linha anterior do couro cabeludo;
 Coalescem;
 Espalham-se para o pescoço e tronco até afetar mãos e pés – 3 dias;
 No 3-4 dia o exantema muda de cor – acastanhado;
 Enantema;
 Pode ocorrer descamação furfurácea a partir do 7 dia;
 Pode persistir por até 2 semanas;
o Pontos de Herman nas tonsilas;
o Manchas de Koplick: mucosa bucal na altura dos segundo molares superiores (lesões
puntiformes branco-azuladas circundadas por anel eritematoso) – são
patognomônicas.
- Laboratorial:
o Leucopenia;
o Células sinciciais em secreções nasal e ocular;
o Convalescença: Leucopenia com linfomonocitose;
o Sorologia pelo teste de ELISA;
- Tratamento:
o Tratamento sintomático;
o Repouso, hidratação, nebulização e antitussígenos;
o OMS indica administração de vitamina A para crianças;
- Complicações:
o Otite e pneumonia;
o Hipovitaminoses A e C em desnutridos;
- Profilaxia:
o Vacinação ativa até 72h após contagio;
o Gamaglobulina comum até o 5 dia após contágio.
SINAL DE KOPLICK
RUBÉOLA
(Terceira Moléstia)
- Agente etiológico: Togavírus
- Transmissão: Pessoa à pessoa por meio de secreções (saliva); É transmissível de 5-7 dias
antes e depois do inicio do exantema;
- Incubação: 2-3 semanas;
- Surtos costumam acontecer na primavera;
- Comum de crianças até adultos;
- Quadro Clínico/Exantemático:
o Pródromo:
 Febre-baixa;
 Mal-estar;
 Astenia;
 Adenopatia retroauricular, cervical e occipital;
o Exantema maculopapular róseo;
 Inicia-se na face, couro cabeludo e pescoço;
 Espalha-se para membros e tronco em 24/48h;
 3-4 dia começa a se extinguir na ordem em que surgiu;
 Não muda de cor;
 Não descama;
- Laboratorial:
o Leucopenia;
o Plasmocitose;
o Diagnóstico sorológico ELISA;
- Tratamento:
o Tratamento sintomático;
- Complicações:
o Artrite;
o Encefalites;
o Complicações hemorrágicas;
o Rubéola Congênita;
FEBRE BAIXA E EXANTEMA RÓSEO;
VARICELA
(Catapora)
- Agente etiológico: Varicela-Zóster – Herpes vírus
- Transmissão: por aerossol, contágio direto e pela transmissão vertical;
- Incubação: 14-17 dias; Transmite do 10 dia após o contato até a formação de crosta nas
lesões (isolamento respiratório e de contato);
- Comum de 1 a 14 anos;
- Geralmente é uma doença benigna;
- Quadro Clínico/Exantemático:
o Pródromo de 1-2 dias:
 Febre e astenia;
o A erupção inicia-se na face, como máculas eritematosas que rapidamente se tornam
pápulas, vesículas (em gota de orvalho), pústulas e, finalmente, crostas.
o As lesões aparecem em surtos, geralmente por 3 a 5 dias, antecedidas por febre,
promovendo um aspecto polimórfico do exantema.
o O envolvimento do couro cabeludo, das mucosas orais e genitais é frequente.
o As crostas permanecem por 5 a 7 dias e depois caem, deixando uma mácula branca,
que não é permanente.
- Diagnóstico/Laboratorial:
o Análise do conteúdo da vesícula;
o Imunoflorescência indireta;
o
- Tratamento:
o Tratamento sintomático e alívio do prurido;
o A utilização de imunoglobulina é restrita à crianças imunodeprimidas e à recém
nascidos que a manha tenha tido a manifestação da doença de cinco dias antes do
parto até 48 horas após o parto;
- Complicações:
o Infecções de pele bacterianas;
o Pneumonia;
- Profilaxia:
o Vacina do vírus atenuado a partir dos 12 meses.
VESÍCULAS
SÍNDROMEDE KAWASAKI
- Agente etiológico: desconhecido
- Segunda vasculite pediátrica mais frequente;
- Causa comprometimento coronariano e, consequentemente, doenças cardíacas isquêmicas.
- Quadro Clínico/Exantemático:
o Febre por mais de 5 dias sem causa definida associada a 4 dos 5 critérios propostos:
 Alteração nas extremidades (eritema palmar ou plantar e/ou edema de mãos na fase
aguda, descamação periungueal nos dedos das mãos ou dos pés ou de área perineal na
fase subaguda;
 Exantema polimorfo, inespecífico;
 Hiperemia conjuntival bilateral, não-purulenta;
 Alterações de lábios e orofaringe: eritema e fissuras labiais, hiperemia de mucosa
orofaríngea, língua em framboesa;
 Linfoadenomegalia cervical maior que 1,5 cm de diâmetro, geralmente unilateral.
o Exantema polimórfico: maculopapular, urticariforme, eritrodermia, escarlatiniforme;
- Laboratorial:
o Anemia aguda, leucocitose, plaquetose, aumento de VHS e PCR, além de leucocitúria
estéril.
- Tratamento:
o Gamaglobulina endovenosa (2 g/kg em infusão contínua de 10 horas);
o Ácido acetilsalicílico em dose antiinflamatória até que o paciente esteja afebril;
o A terapia precoce (nos primeiros 10 dias de doença, preferencialmente entre o 5° e o
7° dia) reduz a incidência dos aneurismas coronarianos de 20 a 30% para 4 a 5%.
CORONARIOPATIA
IMPETIGO
(Pereba)
- Agente etiológico: Streptococcus ou Staphilococcus
- É uma infecção superficial da pele;
- É mais comum em lactentes e crianças;
- Ocorre em partes expostas do corpo (face, mãos, pescoço, extremidades);
- É dividido em bolhoso e não bolhoso;
- Não bolhoso:
o 70% dos casos;
o Comum após os dois anos;
o A desnutrição e higiene precária são predisponentes;
o Cada lesão medede 1-2 cm de diâmentro;
o Predomínio na face, ao redor do nariz e boca;
o Infecção inicial de estrepto e secundária de estáfilo;
o Forma uma crosta melicérica espessa (ressecamento da secreção purulenta);
o Se causada pelo S. Pyogenes, pode resultar em glomerulonefrite aguda pós-
estreptocócica.
o Linfadenopatia regional é comum;
- Bolhoso:
o Surgimento rápido de vesículas e bolhas;
o Rompem-se com 2 dias e formam crosta fina amarelada com aspecto circinado;
o A face é o local mais afetado, embora qualquer região da pele possa ser atingida,
inclusive palmas e plantas;
o Ocorre usualmente após a segunda semana de vida, e é mais comum dos 2 aos 5 anos;
- Tratamento:
o Limpeza e remoção das bolhas com água e sabonete anti-séptico;
o Antibiótico tópico até cura; ou
o Tratamento sistêmico;
DOENÇA DE LYME
- Agente etiológico: Borrelia burgdorferi – Bactéria espiroqueta;
- Transmissão: Picada do carrapato Ixodes;
- Incubação:
- Doença frequente de climas temperados;
- Tem picos de incidência na idade escolar;
- É uma doença inflamatória que acomete múltiplos sistemas, incluindo manifestações
nervosas, cardiovasculares e musculoesqueléticas;
- Quadro Clínico:
o Precoce (3-4 semanas):
 Eritema Migrans – 3 a 6 dias após a picada, comum na cabeça e pescoço; lesão
que se inicia com uma pápula ou mácula rósea com centro parcialmente mais
claro, expandindo-se perifericamente, podendo chegar a 60 cm de diâmetro;
 Febre;
 Mialgia;
 Cefaléia;
 Artralgia;
 Fadiga;
 Linfadenopatia;
 Mal-estar.
 Se não tratada, precocemente evolui para o desenvolvimento de lesão secun-
dária, resultante da disseminação hematogênica da batéria, chamada de
eritema anular secundário.
o Artralgia e mialgia ocorrem precocemente, dias a semanas após a infecção, enquanto
a artrite franca se desenvolve nas formas latentes, meses ou anos após.
- Tratamento:
o Antibioticoterapia precoce para evitar complicações tardias.
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Resumo doenças exantemáticas

  • 1. EXANTEMA SÚBITO (roséola infantum, febre de três dias, pseudo-rubéola ou sexta moléstia) - Agente etiológico: Herpes Vírus Humano (HHV-6 A ou B) – DNA vírus, infecta CD4 - Transmissão: Secreções orais ou vertical; - Incubação: 7 a 17 dias (média 10); - Doença febril; - Evolução benigna; - Comum dos 6 meses aos 3 anos (rara nos primeiros meses = anticorpos maternos); - Quadro Clínico: o Início súbito; o Febre alta (39-40°C); o Extrema irritabilidade; o Bom estado geral; o 3 a 5 dias declínio brusco da febre, em seguida aparece o rash eritematopapular, e há melhora de humor. o Adenomegalia cervical e retroauricular; o Hiperemia de orofaringe; o Edema palpebral. - Exantema: o Maculopapular; o Lesões discretas de 2 a 3 cm, NÃO coalescem; o Acomete inicialmente tronco, seguido de face, região cervical e raiz dos membros; o Cura duração (24/72h); o Não ocorre descamação; o Não ocorre pigmentação residual. - Laboratorial: o Leucocitose e neutrofilia nos primeiros 2 dias; o Após, leucopenia, linfocitose e monocitose. o Diagnóstico por isolamento do vírus, PCR, ou imunoflorescência. - Tratamento: o Sintomático o Atenção a convulsões. FEBRE SOME = APARECE EXANTEMA MACULOPAPULAR
  • 2. ERITEMA INFECCIOSO (Quinta moléstia ou megaleritema epidêmico) - Agente etiológico: Parvovírus Humano B19 – DNA vírus; - Transmissão: Via respiratória (comunidades fechadas e família); - Incubação: 5 a 10 dias; - Doença infecciosa; - Benigna; - Comum em crianças de 2 a 12 anos; - Surtos ocorrem no inverno e primavera; - Doença de caráter recorrente; - Quadro Clínico/exantema: o Não há pródromo; o 1: Mancha vermelha nas bochechas, com palidez perioral; o 2: 24/48h – aparecimento de pápulas na região extensora dos membros e tronco, duração de até 2 semanas, adquirem aspecto rendilhado (desaparecimento da coloração central); o 3: Reinício do exantema diante do trauma. - Laboratorial: o Leucopenia com eosinofilia; o Diagnóstico com ELISA e imunoflorescência. - Tratamento: o Tratamento sintomático. EXANTEMA DE TRÊS FASES
  • 3. DENGUE (Febre Hemorrágica) - Agente etiológico: Vírus da Dengue – Arbovírus – RNA vírus, infecta as células fagocíticas- mononucleares; - Transmissão: Picada de mosquitos hematófagos Aedes aegypti; inicia-se um dia antes do aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença (período de viremia); - Incubação: 5 a 8 dias; - Doença infecciosa, não contagiosa; - Quadro Clínico: o Febre súbita que dura de 3 a 7 dias; o Cefaleia frontal; o Dor retrorbital; mialgia; artralgia; o Hiperemia conjuntival; o Eritema facial; o Sintomas digestórios a partir do 2 dia; o Fenômenos hemorrágicos são e pequena intensidade – sangramento de pele e mucosas (petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hematúria) – e ocorre me qualquer momento do curso da doença. - Exantema: o Ocorre em 30% dos casos; o Geralmente surge após a febre; o Inicia-se no tronco e acomete a região palmar e plantar; o Geralmente é morbiliforme, mas pode assumir aspecto escarlatiniforme em áreas de confluência; o Pode ou não haver prurido, que é comum na fase de convalescença. - Diagnóstico/Laboratorial: o Prova do laço positiva na maioria (manguito insuflado por 3 min – 10 ou mais petéquias); o Início: leucopenia e neutropenia; o Evolui: linfocitose e plaquetopenia. o Isolamento do vírus e teste sorológicos. - Tratamento: o Sintomático; o NÃO usar AAS; NUNCA PRESCREVER AAS
  • 4. ENTEROVIROSES NÃO-PÓLIO - Agente etiológico: Coxsackie A e B; Echovirus; Enterovirus – São RNA vírus; - Transmissão: Fecal-oral, respiratória ou vertical, durante semanas após infecção; - Incubação: 3 a 6 dias; - Bastante comum na infância; - Doença infecciosa; - Febril aguda; - Infecta criança de pouca idade; e baixo nível socioeconômico; - Comum de locais e épocas quentes; - Quadro Clínico: o Infecções benignas; o Assintomáticas ou com manifestações específicas:  Febre isolada;  Quadros exantemáticos;  Acometimento de órgãos e sistemas (TR e TGI); o Podem causar síndromes:  Síndrome mão-pé-boca;  Faringite aguda linfonodular;  Conjuntivite aguda hemorrágica;  Meningites, encefalites, miocardites e sepsis neonatal. - Exantema: o Não é característico; o Confunde com uma infinidade de outras doenças exantemáticas; o Pode ser maculopapulares, vesiculares, petequiais, morbiliformes, urticariformes, escarlatiniformes, rubeoliformes e pustulares. - Laboratorial:  Cultura do vírus; o Imunoflorescência; o PCR; o Hemaglutinação. - Tratamento: o Tratamento é sintomático; o As principais medidas de controle incluem correta lavação de mãos e higiene pessoal, devendo os pacientes hospitalizados ser manuseados com precauções de contato. * Síndrome Mão-Pé-Boca Causada pelo coxsackievírus Al6 e AS. Inicia-se com mal-estar geral, irritabilidade, dor na cavidade oral e febre. As lesões aparecem inicialmente na boca como máculas avermelhadas e dolorosas que evoluem para vesículas, propagando-se por toda a cavidade oral, em intensidade variável com comprometimento mais pronunciado da face interna dos lábios e língua e, mais raramente, amígdalas e faringe. Podem provocar diminuição pronunciada da aceitação alimentar. Concomitantemente ou nas 48 horas seguintes, aparecem, em 75% dos casos, lesões nas faces laterais e dorsais das extremidades (mãos e falanges, pés e artelhos). Todas essas lesões evoluem desde maculopápulas até vesículas e úlceras, com os elementos individuais variando de 2 a 15 mm de diâmetro. A doença sofre resolução espontânea habitualmente entre cinco a 10 dias após o início da sintomatologia. DUZENTOS VIRUS DIFERENTES
  • 5. ESCARALATINA (Segunda moléstia) - Agente etiológico: Streptococcus ß-hemolítico do grupo A de Lancefield. - Transmissão: projeção direta de partículas grandes nos casos de faringite ou pela transferência física de secreções contendo a bactéria. - Incubação: 2 a 7 dias; - Comum em crianças pré-escolares e escolares; - Está associada à faringite streptocócica; - - Quadro Clínico: o Pródromo de 24 a 48 horas:  Amigdalite purulenta (estreptocócica);  Língua saburrosa;  Vômitos;  Dor abdominal;  Febre súbita. o Eritema em todo o corpo; o Teste do laço positivo (Rumpel-Leed); o Febre alta nos primeiros dias do exantema; - Exantema: o Exantema difuso, vermelho intenso; o Clareia à digitopressão; o É micropapular com pápulas muito próximas dando a sensação de lixa ao toque; o Inicia-se na região torácica, dissemina-se para o tronco, pescoço e membro; o Poupa palmas das mãos e plantas dos pés; o Sinais característicos:  Sinal de Filatov: palidez perioral, contrastando com bochechas e testa hiperemiadas.  Língua saburrosa: no primeiro e segundo dias da doença, a língua se encontra recoberta com uma espessa camada esbranquiçada.  Língua em framboesa: a camada esbranquiçada se desprende após o terceiro ou quarto dia, aparecendo uma hipertrofia e hiperemia das papilas linguais.  Sinais de Pastia: petéquias nas dobras articulares ou em outras áreas das extremidades, formando linhas transversais, com pigmentação residual quando o eritema petequial desaparece.  Descamação: geralmente ocorre após cinco a sete dias do princípio do quadro. Inicia-se com o desprendimento de pequenas placas de pele em face, pescoço e tórax, estendendo-se posteriormente para as extremidades, onde se torna mais intensa; aí são liberados grandes pedaços de pele, ocorrendo a chamada descamação em “dedos de luva”. Esse período pode se prolongar por até três a oito semanas, na dependência da intensidade do exantema. - Laboratorial: o Leucocitose, neutrofilia, eosinofilia; o Gram e cultura para Streptococo ß-hemolítico; - Tratamento: o Penicilina oral, benzatina ou macrolídeo; o O contágio é interrompido após 24 horas de penicilinoterapia; BACTERIANA - STREPTOCOCCUS
  • 6. MONONUCLEOSE INFECCIOSA - Agente etiológico: Vírus Epstein-Barr – grupo dos Herpes vírus; - Transmissão: Contato direto com saliva; objetos contaminados com saliva de portadores do vírus na fase de excreção; ocasionalmente transfusões de sangue; - Incubação: 10, 30-50 dias; - Doença infecciosa, de distribuição universal, até a idade adulta; - Quadro Clínico: o Pródromo de 5 a 10 dias;  Febre;  Mal-estar;  Linfoadenopatia; o Faringite leve até amigdalite grave com exsudato branco (membranosa); o Úvula e palato com aspecto gelatinoso; o Enantema de palato com petéquias na junção do duro com o mole; o Acometimento dos linfonodos cervicais; o Hepatoesplenomegalia (50% dos casos); o Edema periorbitário em um terço – Sinal de Hoagland; o - Exantema: o Aparece em 3 a 8% dos casos; o É maculopapular variável, com textura de lixa fina, podendo ser urticariforme, escalartiniforme, morbiliforme, hemorrágico ou petequial; o Exantema é frequente em pacientes em uso inadvertido de ampicilina; - Laboratorial: o Linfócitos atípicos > 10%; o Transaminases e bilirrubina podem estar aumentadas; o Testes sorológicos; - Tratamento: o Hidratação, antitérmicos e analgésicos; DOENÇA DO BEIJO – LUCAS TEVE
  • 7. SARAMPO (Primeira moléstia) - Agente etiológico: Mixovirus - Transmissão: Pessoa à pessoa por meio de secreções (saliva); É transmissível do Pródromo ao 5 dia do exantema; - Incubação: 10 a 12 dias; - Comum de lactentes até adultos; - É uma doença de distribuição universal; - Está praticamente erradicada em nosso meio; - Quadro Clínico/Exantemático: o Pródromo de 3-5 dias (sinais catarrais);  Febre de 40-40,3 graus no pico da erupção e cai rapidamente;  Conjuntivite;  Fotofobia;  Bronquite;  Irritabilidade;  Tosse produtiva;  Coriza intensa; o Exantema surge no 2-4 dia e sintomas iniciais se acentuam;  Máculas e pápulas eritematosas;  Surgem atrás da orelha e na linha anterior do couro cabeludo;  Coalescem;  Espalham-se para o pescoço e tronco até afetar mãos e pés – 3 dias;  No 3-4 dia o exantema muda de cor – acastanhado;  Enantema;  Pode ocorrer descamação furfurácea a partir do 7 dia;  Pode persistir por até 2 semanas; o Pontos de Herman nas tonsilas; o Manchas de Koplick: mucosa bucal na altura dos segundo molares superiores (lesões puntiformes branco-azuladas circundadas por anel eritematoso) – são patognomônicas. - Laboratorial: o Leucopenia; o Células sinciciais em secreções nasal e ocular; o Convalescença: Leucopenia com linfomonocitose; o Sorologia pelo teste de ELISA; - Tratamento: o Tratamento sintomático; o Repouso, hidratação, nebulização e antitussígenos; o OMS indica administração de vitamina A para crianças; - Complicações: o Otite e pneumonia; o Hipovitaminoses A e C em desnutridos; - Profilaxia: o Vacinação ativa até 72h após contagio; o Gamaglobulina comum até o 5 dia após contágio. SINAL DE KOPLICK
  • 8. RUBÉOLA (Terceira Moléstia) - Agente etiológico: Togavírus - Transmissão: Pessoa à pessoa por meio de secreções (saliva); É transmissível de 5-7 dias antes e depois do inicio do exantema; - Incubação: 2-3 semanas; - Surtos costumam acontecer na primavera; - Comum de crianças até adultos; - Quadro Clínico/Exantemático: o Pródromo:  Febre-baixa;  Mal-estar;  Astenia;  Adenopatia retroauricular, cervical e occipital; o Exantema maculopapular róseo;  Inicia-se na face, couro cabeludo e pescoço;  Espalha-se para membros e tronco em 24/48h;  3-4 dia começa a se extinguir na ordem em que surgiu;  Não muda de cor;  Não descama; - Laboratorial: o Leucopenia; o Plasmocitose; o Diagnóstico sorológico ELISA; - Tratamento: o Tratamento sintomático; - Complicações: o Artrite; o Encefalites; o Complicações hemorrágicas; o Rubéola Congênita; FEBRE BAIXA E EXANTEMA RÓSEO;
  • 9. VARICELA (Catapora) - Agente etiológico: Varicela-Zóster – Herpes vírus - Transmissão: por aerossol, contágio direto e pela transmissão vertical; - Incubação: 14-17 dias; Transmite do 10 dia após o contato até a formação de crosta nas lesões (isolamento respiratório e de contato); - Comum de 1 a 14 anos; - Geralmente é uma doença benigna; - Quadro Clínico/Exantemático: o Pródromo de 1-2 dias:  Febre e astenia; o A erupção inicia-se na face, como máculas eritematosas que rapidamente se tornam pápulas, vesículas (em gota de orvalho), pústulas e, finalmente, crostas. o As lesões aparecem em surtos, geralmente por 3 a 5 dias, antecedidas por febre, promovendo um aspecto polimórfico do exantema. o O envolvimento do couro cabeludo, das mucosas orais e genitais é frequente. o As crostas permanecem por 5 a 7 dias e depois caem, deixando uma mácula branca, que não é permanente. - Diagnóstico/Laboratorial: o Análise do conteúdo da vesícula; o Imunoflorescência indireta; o - Tratamento: o Tratamento sintomático e alívio do prurido; o A utilização de imunoglobulina é restrita à crianças imunodeprimidas e à recém nascidos que a manha tenha tido a manifestação da doença de cinco dias antes do parto até 48 horas após o parto; - Complicações: o Infecções de pele bacterianas; o Pneumonia; - Profilaxia: o Vacina do vírus atenuado a partir dos 12 meses. VESÍCULAS
  • 10. SÍNDROMEDE KAWASAKI - Agente etiológico: desconhecido - Segunda vasculite pediátrica mais frequente; - Causa comprometimento coronariano e, consequentemente, doenças cardíacas isquêmicas. - Quadro Clínico/Exantemático: o Febre por mais de 5 dias sem causa definida associada a 4 dos 5 critérios propostos:  Alteração nas extremidades (eritema palmar ou plantar e/ou edema de mãos na fase aguda, descamação periungueal nos dedos das mãos ou dos pés ou de área perineal na fase subaguda;  Exantema polimorfo, inespecífico;  Hiperemia conjuntival bilateral, não-purulenta;  Alterações de lábios e orofaringe: eritema e fissuras labiais, hiperemia de mucosa orofaríngea, língua em framboesa;  Linfoadenomegalia cervical maior que 1,5 cm de diâmetro, geralmente unilateral. o Exantema polimórfico: maculopapular, urticariforme, eritrodermia, escarlatiniforme; - Laboratorial: o Anemia aguda, leucocitose, plaquetose, aumento de VHS e PCR, além de leucocitúria estéril. - Tratamento: o Gamaglobulina endovenosa (2 g/kg em infusão contínua de 10 horas); o Ácido acetilsalicílico em dose antiinflamatória até que o paciente esteja afebril; o A terapia precoce (nos primeiros 10 dias de doença, preferencialmente entre o 5° e o 7° dia) reduz a incidência dos aneurismas coronarianos de 20 a 30% para 4 a 5%. CORONARIOPATIA
  • 11. IMPETIGO (Pereba) - Agente etiológico: Streptococcus ou Staphilococcus - É uma infecção superficial da pele; - É mais comum em lactentes e crianças; - Ocorre em partes expostas do corpo (face, mãos, pescoço, extremidades); - É dividido em bolhoso e não bolhoso; - Não bolhoso: o 70% dos casos; o Comum após os dois anos; o A desnutrição e higiene precária são predisponentes; o Cada lesão medede 1-2 cm de diâmentro; o Predomínio na face, ao redor do nariz e boca; o Infecção inicial de estrepto e secundária de estáfilo; o Forma uma crosta melicérica espessa (ressecamento da secreção purulenta); o Se causada pelo S. Pyogenes, pode resultar em glomerulonefrite aguda pós- estreptocócica. o Linfadenopatia regional é comum; - Bolhoso: o Surgimento rápido de vesículas e bolhas; o Rompem-se com 2 dias e formam crosta fina amarelada com aspecto circinado; o A face é o local mais afetado, embora qualquer região da pele possa ser atingida, inclusive palmas e plantas; o Ocorre usualmente após a segunda semana de vida, e é mais comum dos 2 aos 5 anos; - Tratamento: o Limpeza e remoção das bolhas com água e sabonete anti-séptico; o Antibiótico tópico até cura; ou o Tratamento sistêmico;
  • 12. DOENÇA DE LYME - Agente etiológico: Borrelia burgdorferi – Bactéria espiroqueta; - Transmissão: Picada do carrapato Ixodes; - Incubação: - Doença frequente de climas temperados; - Tem picos de incidência na idade escolar; - É uma doença inflamatória que acomete múltiplos sistemas, incluindo manifestações nervosas, cardiovasculares e musculoesqueléticas; - Quadro Clínico: o Precoce (3-4 semanas):  Eritema Migrans – 3 a 6 dias após a picada, comum na cabeça e pescoço; lesão que se inicia com uma pápula ou mácula rósea com centro parcialmente mais claro, expandindo-se perifericamente, podendo chegar a 60 cm de diâmetro;  Febre;  Mialgia;  Cefaléia;  Artralgia;  Fadiga;  Linfadenopatia;  Mal-estar.  Se não tratada, precocemente evolui para o desenvolvimento de lesão secun- dária, resultante da disseminação hematogênica da batéria, chamada de eritema anular secundário. o Artralgia e mialgia ocorrem precocemente, dias a semanas após a infecção, enquanto a artrite franca se desenvolve nas formas latentes, meses ou anos após. - Tratamento: o Antibioticoterapia precoce para evitar complicações tardias. CARRAPATO