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O ROMANTISMO
BRASILEIRO
MOMENTOS HISTÓRICOS
A partir da chegada da família Real, em 1808 – Rio de Janeiro
vive um intenso processo de urbanização – campo propício
das novas tendências europeias. O declínio do Romantismo
brasileiro coincide com a decadência da monarquia
escravocrata – a partir de 1870 aparecem manifestações do
pensamento realista.
Os primeiros romances de tendência naturalista e realista são:
“O mulato”, de Aluísio Azevedo, e “Memórias Póstumas de
Brás Cubas”, de Machado de Assis.
Bases definitivas: Sentimentalismo Romântico e
escapismo pelo suicídio.
França: divulgou o Romantismo.
Brasil: Marco inicial do Romantismo – Gonçalves de
Magalhães (1836): revista Niterói e o livro de poesias
“Suspiros poéticos e saudades”.
CARACTERÍSTICAS
+ Romântico: tudo aquilo que se opunha ao clássico – surgimento da
burguesia.
+ Caráter popular: valoriza o folclórico e o nacional. O indivíduo passa
a ser o centro das atenções, apelando para a imaginação e para os
sentimentos – interpretação subjetiva da realidade.
+ Arte romântica: rompe com a Corte e ganha as ruas, libertando-se
dos nobres que financiavam sua produção. O público é amplo e
anônimo, o que leva a uma nova linguagem na literatura, na pintura,
na música e arquitetura.
Características...
+Acontecimento mais importante do Romantismo:
surgimento de um público consumidor – a literatura torna-
se mais popular.
+Surge o romance, forma mais acessível de manifestação
literária.
+A prosa artística ganha um espaço que sempre lhe fora
negado pelas manifestações clássicas.
+Aspecto formal: verso livre, sem estrofes, verso branco,
sem rima – poesia romântica.
Características...
+Conteúdo: - Nacionalismo (exaltação da pátria); retorno ao
passado histórico; criação do herói nacional (belos, valentes e
civilizados); sentimentalismo – supervalorização das emoções
pessoais: o mundo interior que conta (subjetivismo);
valorização do “eu” (egocentrismo) – centro do universo;
choque entre a realidade objetiva e o mundo interior do poeta;
estado de frustração e tédio; fugas da realidade: o álcool, o
ópio, os prostíbulos, saudades da infância, idealizações da
sociedade, do amor, da mulher – evasão romântica – a morte.
AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS NO BRASIL
+ 1ª GERAÇÃO - GERAÇÃO NACIONALISTA OU INDINIANISTA
+ Exaltação da natureza; volta ao passado histórico; herói nacional
(índio); sentimentalismo e religiosidade.
+ Esse período foi marcado por um forte sentimento de busca de
identidade nacional, já que éramos um país recém-independente.
Dessa forma, a primeira fase do Romantismo no Brasil apresentou
como temas principais o amor impossível, o índio, a saudade da
pátria, a natureza e a religiosidade. Poetas: Gonçalves Dias e
Gonçalves de Magalhães.
Principais obras da primeira geração do
Romantismo
+Suspiros Poéticos e Saudades (1836), de Gonçalves de
Magalhães.
+O poeta e a Inquisição (1839), de Gonçalves de Magalhães.
+A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo.
+O Moço Loiro (1845), de Joaquim Manuel de Macedo.
+Canção do Exílio (1846), de Gonçalves Dias.
2ª GERAÇÃO – GERAÇÃO DO MAL-DO-SÉCULO
+Egocentrismo; negativismo; boemia; pessimismo; dúvida;
desilusão adolescente e tédio constante; ultrarromantismo
– o verdadeiro mal-do-século – fuga da realidade,
idealização da infância; virgens sonhadas; exaltação da
morte. Poetas: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu,
Junqueira Freire e Fagundes Varela.
GERAÇÕES...
+3ª GERAÇÃO – GERAÇÃO CONDOREIRA
+Poesia social e libertária; lutas internas da segunda
metade do reinado de D. Pedro II; poesia político-social;
símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos: a
águia, que habita o alto da cordilheira dos Andes. Poeta:
Castro Alves.
PRODUÇÃO LITERÁRIA / POESIA
(BRASIL)
+ 1ª GERAÇÃO
+ Gonçalves Dias – Consolidação do Romantismo no Brasil; temas iniciais
do Romantismo; visão do homem romântico; subjetivismo; influência dos
seus casos amorosos; dor; sofrimento; ultrarromantismo.
+ 2ª GERAÇÃO
+ Álvares de Azevedo: literatura mal-do-século; melancolia; tédio; sarcasmo;
ironia; morte; mulheres misteriosas. A morte foi uma presença em sua vida.
+ Obras: Livro “Lira dos vinte Anos” – duplicidade de sentimentos. “Noite na
taverna” – contos fantásticos, o verdadeiro mal-do-século; livro em prosa.
NOITE NA TAVERNA/ÁLVARES DE AZEVEDO
+Sinopse: Em uma taverna do século XIX, cinco amigos
decidem narrar suas macabras histórias de amor. As
paixões de Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e
Johann são tão intensas quanto loucas. No passado, ainda
jovens e inconsequentes, eles macularam suas vidas com
atos infames, que nunca esqueceram.
ÁLVARES DE AZEVEDO
AMOR (ÁLVARES DE AZEVEDO)
+ Amemos! Quero de amor Quero em teus lábios beber
+ Viver no teu coração! Os teus amores do céu!
+ Sofrer e amar essa dor Quero em teu seio morrer
+ Que desmaia de paixão! No enlevo do seio teu!
+ Na tu’alma, em teus encantos Quero viver d’esperança!
+ E na tua palidez Quero tremer e sentir!
+ E Nos teus ardentes prantos Na tua cheirosa trança
+ Suspirar de languidez! Quero sonhar e dormir!
A M O R...
+Vem, anjo, minha donzela,
+Minh’alma, meu coração...
+Que noite! Que noite bela!
+Como é doce a viração!
+E entre os suspiros do vento,
+Da noite ao mole frescor,
+Quero viver um momento;
+Morrer contigo de amor!
O ROMANCE ROMÂNTICO
+ Surgimento de um novo público – literatura mais popular. Nasce o
ROMANCE, forma mais acessível de manifestação literária; formação
dos primeiros cursos no Brasil; liberalismo burguês;
desenvolvimento da imprensa; publicação de folhetins; estudantes e
mulheres passam a consumir literatura.
+ Descrição dos costumes urbanos; retorno do índio nacional. Ex.: Peri
– personagem do romance “O Guarani”, de José de Alencar – é um
índio europeizado em seus modos e comportamentos – o leitor se
identifica.
O ROMANCE...
+A vinda da família real foi o grande impulso do jornalismo e
desempenhou importante papel no desenvolvimento do
romance romântico.
+Primeiro romance brasileiro – “O filho do pescador”, de
Teixeira e Sousa – 1843.
+Aceitação do público – Primeiro romance brasileiro – “A
Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo – 1844.
PRODUÇÃO LITERÁRIA
1. JOAQUIM MANUEL DE MACEDO
Descrição de costumes da sociedade carioca, festas,
tradições, estilo leve, linguagem simples, tramas
fáceis, intrigas de amor e mistério; escritor da classe
média carioca; gosto burguês; jovens estudantes;
moças ingênuas e puras.
PRODUÇÃO...
2. MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
“Memórias de um sargento de milícias” – única obra do
autor; inovadora; verdadeiro romance de costumes do
Romantismo brasileiro; retrata o povo em toda a sua
simplicidade; descrito com malícia, humor e sátira – período
de D. João VI no Brasil.
Herói: Leonardinho (anti-herói); à margem da sociedade;
atitudes escandalosas; contrariam o padrão da época.
JOSÉ DE ALENCAR
PRODUÇÃO...
+3. JOSÉ DE ALENCAR
+Consolidador do romance; responde às
expectativas do grande público; grande proprietário
rural; político conservador; monarquista;
escravocrata; linguagem do Brasil por inteiro, de
norte a sul; presente e o passado; urbano e rural.
PRODUÇÃO...
+3.1 Romances urbanos ou de costumes – romances que
retratam o Rio de Janeiro. “Cinco minutos” (moça
tuberculosa que encontra o amor); “A viuvinha” (dinheiro e
fidelidade); “Lucíola” (jovem prostituta); “Diva” (a luta
entre o amor e o ódio); “Senhora” (amor, vingança,
redenção).
+3.2 Romances históricos – “As minas de prata” e “A Guerra
dos mascates”.
PRODUÇÃO...
3.3 Romances regionais – “O Sertanejo” e “O
gaúcho”.
3.4 Romances rurais – “Til” e “O tronco do ipê”.
3.5 – Romances indianistas – “O guarani” (exaltação
da pátria); “Iracema” (lenda do Ceará – contato da
índia com um homem branco) e “Ubirajara” (o índio
em seu estado mais puro).
Terceira Geração Romântica
+A Terceira Geração Romântica no Brasil é o período que
corresponde de 1870 a 1880.
+Conhecida como "Geração Condoreira", uma vez que
esteve marcada pela liberdade e uma visão mais ampla,
características da ave que habita a Cordilheira dos Andes:
Condor.
A Terceira Geração Romântica tem como
principais características:
+Erotismo
+Pecado
+Liberdade
+Abolicionismo
+Realidade social
+Negação do amor platônico
CASTRO ALVES
PRODUÇÃO...
+Castro Alves: poeta da última geração; horizontes
mais amplos; egocentrismo;
amor/mulher/morte/sonho;
República/abolicionismo/igualdade/lutas de
classes/oprimidos; mulher de carne e
osso/sensual/individualizada; derrubada da
Monarquia/trabalho escravo (Navio negreiro).
NAVIO NEGREIRO / CASTRO ALVES
+Quinta parte
+O poeta mostra a sua indignação perante o navio
negreiro e roga à Deus e à fúria do mar para que
acabe tal infâmia. A primeira estrofe é repetida no
final, como se o pedido fosse reforçado pelo
poeta.
NAVIO NEGREIRO
+Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
FINAL DO ROMANTISMO
+O fim do Romantismo no Brasil teve
como marco a publicação do romance
realista Memórias Póstumas de Brás
Cubas de Machado de Assis, em 1881.

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  • 2.
  • 3. MOMENTOS HISTÓRICOS A partir da chegada da família Real, em 1808 – Rio de Janeiro vive um intenso processo de urbanização – campo propício das novas tendências europeias. O declínio do Romantismo brasileiro coincide com a decadência da monarquia escravocrata – a partir de 1870 aparecem manifestações do pensamento realista. Os primeiros romances de tendência naturalista e realista são: “O mulato”, de Aluísio Azevedo, e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.
  • 4. Bases definitivas: Sentimentalismo Romântico e escapismo pelo suicídio. França: divulgou o Romantismo. Brasil: Marco inicial do Romantismo – Gonçalves de Magalhães (1836): revista Niterói e o livro de poesias “Suspiros poéticos e saudades”.
  • 5. CARACTERÍSTICAS + Romântico: tudo aquilo que se opunha ao clássico – surgimento da burguesia. + Caráter popular: valoriza o folclórico e o nacional. O indivíduo passa a ser o centro das atenções, apelando para a imaginação e para os sentimentos – interpretação subjetiva da realidade. + Arte romântica: rompe com a Corte e ganha as ruas, libertando-se dos nobres que financiavam sua produção. O público é amplo e anônimo, o que leva a uma nova linguagem na literatura, na pintura, na música e arquitetura.
  • 6. Características... +Acontecimento mais importante do Romantismo: surgimento de um público consumidor – a literatura torna- se mais popular. +Surge o romance, forma mais acessível de manifestação literária. +A prosa artística ganha um espaço que sempre lhe fora negado pelas manifestações clássicas. +Aspecto formal: verso livre, sem estrofes, verso branco, sem rima – poesia romântica.
  • 7. Características... +Conteúdo: - Nacionalismo (exaltação da pátria); retorno ao passado histórico; criação do herói nacional (belos, valentes e civilizados); sentimentalismo – supervalorização das emoções pessoais: o mundo interior que conta (subjetivismo); valorização do “eu” (egocentrismo) – centro do universo; choque entre a realidade objetiva e o mundo interior do poeta; estado de frustração e tédio; fugas da realidade: o álcool, o ópio, os prostíbulos, saudades da infância, idealizações da sociedade, do amor, da mulher – evasão romântica – a morte.
  • 8. AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS NO BRASIL + 1ª GERAÇÃO - GERAÇÃO NACIONALISTA OU INDINIANISTA + Exaltação da natureza; volta ao passado histórico; herói nacional (índio); sentimentalismo e religiosidade. + Esse período foi marcado por um forte sentimento de busca de identidade nacional, já que éramos um país recém-independente. Dessa forma, a primeira fase do Romantismo no Brasil apresentou como temas principais o amor impossível, o índio, a saudade da pátria, a natureza e a religiosidade. Poetas: Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
  • 9. Principais obras da primeira geração do Romantismo +Suspiros Poéticos e Saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães. +O poeta e a Inquisição (1839), de Gonçalves de Magalhães. +A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo. +O Moço Loiro (1845), de Joaquim Manuel de Macedo. +Canção do Exílio (1846), de Gonçalves Dias.
  • 10. 2ª GERAÇÃO – GERAÇÃO DO MAL-DO-SÉCULO +Egocentrismo; negativismo; boemia; pessimismo; dúvida; desilusão adolescente e tédio constante; ultrarromantismo – o verdadeiro mal-do-século – fuga da realidade, idealização da infância; virgens sonhadas; exaltação da morte. Poetas: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
  • 11. GERAÇÕES... +3ª GERAÇÃO – GERAÇÃO CONDOREIRA +Poesia social e libertária; lutas internas da segunda metade do reinado de D. Pedro II; poesia político-social; símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos: a águia, que habita o alto da cordilheira dos Andes. Poeta: Castro Alves.
  • 12. PRODUÇÃO LITERÁRIA / POESIA (BRASIL) + 1ª GERAÇÃO + Gonçalves Dias – Consolidação do Romantismo no Brasil; temas iniciais do Romantismo; visão do homem romântico; subjetivismo; influência dos seus casos amorosos; dor; sofrimento; ultrarromantismo. + 2ª GERAÇÃO + Álvares de Azevedo: literatura mal-do-século; melancolia; tédio; sarcasmo; ironia; morte; mulheres misteriosas. A morte foi uma presença em sua vida. + Obras: Livro “Lira dos vinte Anos” – duplicidade de sentimentos. “Noite na taverna” – contos fantásticos, o verdadeiro mal-do-século; livro em prosa.
  • 13. NOITE NA TAVERNA/ÁLVARES DE AZEVEDO +Sinopse: Em uma taverna do século XIX, cinco amigos decidem narrar suas macabras histórias de amor. As paixões de Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann são tão intensas quanto loucas. No passado, ainda jovens e inconsequentes, eles macularam suas vidas com atos infames, que nunca esqueceram.
  • 15. AMOR (ÁLVARES DE AZEVEDO) + Amemos! Quero de amor Quero em teus lábios beber + Viver no teu coração! Os teus amores do céu! + Sofrer e amar essa dor Quero em teu seio morrer + Que desmaia de paixão! No enlevo do seio teu! + Na tu’alma, em teus encantos Quero viver d’esperança! + E na tua palidez Quero tremer e sentir! + E Nos teus ardentes prantos Na tua cheirosa trança + Suspirar de languidez! Quero sonhar e dormir!
  • 16. A M O R... +Vem, anjo, minha donzela, +Minh’alma, meu coração... +Que noite! Que noite bela! +Como é doce a viração! +E entre os suspiros do vento, +Da noite ao mole frescor, +Quero viver um momento; +Morrer contigo de amor!
  • 17. O ROMANCE ROMÂNTICO + Surgimento de um novo público – literatura mais popular. Nasce o ROMANCE, forma mais acessível de manifestação literária; formação dos primeiros cursos no Brasil; liberalismo burguês; desenvolvimento da imprensa; publicação de folhetins; estudantes e mulheres passam a consumir literatura. + Descrição dos costumes urbanos; retorno do índio nacional. Ex.: Peri – personagem do romance “O Guarani”, de José de Alencar – é um índio europeizado em seus modos e comportamentos – o leitor se identifica.
  • 18. O ROMANCE... +A vinda da família real foi o grande impulso do jornalismo e desempenhou importante papel no desenvolvimento do romance romântico. +Primeiro romance brasileiro – “O filho do pescador”, de Teixeira e Sousa – 1843. +Aceitação do público – Primeiro romance brasileiro – “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo – 1844.
  • 19. PRODUÇÃO LITERÁRIA 1. JOAQUIM MANUEL DE MACEDO Descrição de costumes da sociedade carioca, festas, tradições, estilo leve, linguagem simples, tramas fáceis, intrigas de amor e mistério; escritor da classe média carioca; gosto burguês; jovens estudantes; moças ingênuas e puras.
  • 20. PRODUÇÃO... 2. MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA “Memórias de um sargento de milícias” – única obra do autor; inovadora; verdadeiro romance de costumes do Romantismo brasileiro; retrata o povo em toda a sua simplicidade; descrito com malícia, humor e sátira – período de D. João VI no Brasil. Herói: Leonardinho (anti-herói); à margem da sociedade; atitudes escandalosas; contrariam o padrão da época.
  • 22. PRODUÇÃO... +3. JOSÉ DE ALENCAR +Consolidador do romance; responde às expectativas do grande público; grande proprietário rural; político conservador; monarquista; escravocrata; linguagem do Brasil por inteiro, de norte a sul; presente e o passado; urbano e rural.
  • 23. PRODUÇÃO... +3.1 Romances urbanos ou de costumes – romances que retratam o Rio de Janeiro. “Cinco minutos” (moça tuberculosa que encontra o amor); “A viuvinha” (dinheiro e fidelidade); “Lucíola” (jovem prostituta); “Diva” (a luta entre o amor e o ódio); “Senhora” (amor, vingança, redenção). +3.2 Romances históricos – “As minas de prata” e “A Guerra dos mascates”.
  • 24. PRODUÇÃO... 3.3 Romances regionais – “O Sertanejo” e “O gaúcho”. 3.4 Romances rurais – “Til” e “O tronco do ipê”. 3.5 – Romances indianistas – “O guarani” (exaltação da pátria); “Iracema” (lenda do Ceará – contato da índia com um homem branco) e “Ubirajara” (o índio em seu estado mais puro).
  • 25. Terceira Geração Romântica +A Terceira Geração Romântica no Brasil é o período que corresponde de 1870 a 1880. +Conhecida como "Geração Condoreira", uma vez que esteve marcada pela liberdade e uma visão mais ampla, características da ave que habita a Cordilheira dos Andes: Condor.
  • 26. A Terceira Geração Romântica tem como principais características: +Erotismo +Pecado +Liberdade +Abolicionismo +Realidade social +Negação do amor platônico
  • 28. PRODUÇÃO... +Castro Alves: poeta da última geração; horizontes mais amplos; egocentrismo; amor/mulher/morte/sonho; República/abolicionismo/igualdade/lutas de classes/oprimidos; mulher de carne e osso/sensual/individualizada; derrubada da Monarquia/trabalho escravo (Navio negreiro).
  • 29. NAVIO NEGREIRO / CASTRO ALVES +Quinta parte +O poeta mostra a sua indignação perante o navio negreiro e roga à Deus e à fúria do mar para que acabe tal infâmia. A primeira estrofe é repetida no final, como se o pedido fosse reforçado pelo poeta.
  • 30. NAVIO NEGREIRO +Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas Do teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! ...
  • 31. FINAL DO ROMANTISMO +O fim do Romantismo no Brasil teve como marco a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, em 1881.