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Prosa
Neorrealista
Regionalista
Introdução
A segunda fase modernista do Brasil em prosa se caracteriza pelo regionalismo, ou seja,
a relação do homem com o meio em que vive. Esse regionalismo já estava presente na
época do romantismo, só que agora com uma nova feição, principalmente pelo seu
contexto histórico e pelas características dos autores desse momento. A obra que marca
o início do romance regionalista no modernismo é o livro A Bagaceira de José Américo
de Almeida, publicado em 1928. Seu valor literário se deve mais pelo aspecto histórico
(secas – imigrações) do que pelo seu valor estético.
A produção literária dessa fase pode ser dividida em três tipos de prosa:
• Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos
naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste,
a miséria, a seca e o descaso dos políticos com esse estado. Essa
propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de
Almeida, em 1928. Os principais autores regionalistas são: José Lins do
Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.
• Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o
homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o
homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo, no início
de sua carreira.
• Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de
outras correntes da psicologia. Tem como tema o mundo interior. É também
chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são:
Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio
Machado.
Fases da Prosa
Contexto Histórico:
 Brasil – um país que cresce com muitos problemas;
 2ª Guerra Mundial;
 O Brasil e o mundo vivem profundas crises nas décadas de 30 e 40;
 Bomba Atômica sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki; crise da Bolsa de
Nova Yorque; crise Cafeeira; Comunismo.
 Em Agosto de 1945 os Estados Unidos da América entraram para a história
mundial por ser a primeira e única nação a despejar o terror atômico sobre
enormes populações de civis.
Características da
prosa neorrealista:
Romances caracterizados pela denúncia social;
Verdadeiro documento da realidade brasileira;
O regionalismo ganha força – busca do homem brasileiro nas
diversas regiões;
Os romances tratam do surgimento da realidade capitalista, a
exploração das pessoas, movimentos migratórios, miséria, fome, a
seca, entre outros temas.
Características da Prosa
regionalista
• Consciência do subdesenvolvimento;
• Neorrealismo;
• Radicalização Ideológica;
• Predomínio da Narrativa Regional;
• Denúncia Social;
• Romance Psicológico.
GRACILIANO RAMOS
“Nada existe fora dos acontecimentos.”
Graciliano Ramos
Biografia
Graciliano Ramos nasceu em Quebrângulo (AL), em 1892. Um dos 16 filhos de
uma família de classe média do sertão nordestino, passou parte da infância em
Buíque (PE) e outra em Viçosa (AL). Fez estudos secundários em Maceió, mas
não cursou faculdade. Em 1910, sua família se estabelece em Palmeira dos
Índios (AL).
Em 1914, após breve estada no Rio de Janeiro, trabalhando como revisor,
retorna à cidade natal, depois da morte de três irmãos, vitimados pela peste
bubônica. Passa a fazer jornalismo e política em Palmeira dos Índios, chegando
a ser prefeito da cidade (1928-30).
Em 1925, começa a escrever seu primeiro romance, Caetés - que viria a ser
publicado em 1933. Muda-se para Maceió em 1930, e dirige a Imprensa e
Instrução do Estado. Logo viriam "São Bernardo" (1934) e "Angústia“ (1936,
ano em que foi preso pelo regime Vargas, sob a acusação de subversão).
Memórias do Cárcere (1953) é um contundente relato da experiência na prisão.
Após ser solto, em 1937, Graciliano transfere-se para o Rio de Janeiro, onde
continua a publicar não só romances, mas contos e livros infantis. Vidas Secas
é de 1938.
Em 1945, ingressa no Partido Comunista Brasileiro. Sua viagem para a Rússia
e outros países do bloco socialista é relatada em Viagem, publicado em 1953,
ano de sua morte.
Obras de Graciliano Ramos
Caetés, romance, 1933
São Bernardo, romance, 1934
Angústia, romance, 1936
Vidas Secas, romance, 1938
A Terra dos Meninos Pelados, literatura juvenil, 1942
História de Alexandre, literatura juvenil, 1944
Dois Dedos, literatura infantil, 1945
Infância, memórias, 1945
Histórias Incompletas, literatura infantil, 1946
Insônia, contos, 1947
Memórias do Cárcere, memórias, 1953
Viagem, memórias, 1954
Linhas Tortas, crônicas, 1962
Viventes das Alagoas, costumes do Nordeste, 1962
Características das obras de
Graciliano Ramos
Estilo conciso, linguagem despojada e seca;
Regionalismo universal;
O homem e a sociedade em constante
desequilíbrio;
Análise social e psicológica das personagens;
Animalização do homem versus a humanização dos
animais (Vidas Secas);
Fidelidade ao real.
Escreveu também: Peças de Teatro, Literatura
Infantil, Crônicas, além de inúmeras traduções de
obras da literatura universal.
Enredo: Vidas Secas
Quando a narrativa começa, Fabiano e sua família, formada pela esposa
Sinha Vitória, os filhos identificados apenas como Menino mais novo e
Menino mais velho e a cachorrinha Baleia, caminham sob o escaldante sol
do nordeste. Encontram uma casa abandonada e ali se abrigam, na
expectativa da passagem do período de seca.
A chuva chega, e com ela aparece o patrão, dono da terra, expulsando
Fabiano do lugar. Para continuar na terra, o matuto se oferece para trabalhar
como vaqueiro. Recebe roupas, animais de criação e alguns produtos para
iniciar o serviço, instalando-se em definitivo na fazenda.
Os produtos consumidos pela família eram oferecidos no armazém do
patrão, mas a preços abusivos. Por isso, Fabiano resolve ir comprar
algumas coisas na cidade mais próxima. Um militar, o Soldado Amarelo, o
convida para jogar baralho. Os dois se dão mal no jogo e o policial desconta
em Fabiano, prendendo-o. Ao voltar para casa, encara o mau humor de
Sinha Vitória, inconformada com sua atitude.
Continuação:
A família conhece alguns momentos de alegria e de felicidade limitada. Isso se dá,
por exemplo, quando o inverno chega trazendo a chuva. No entanto, a ameaça da
cheia causa apreensão em Sinha Vitória. Também se dirigem à cidade para uma
ocasião festiva, mas não se sentem à vontade ali. A revolta que Fabiano sente no
lugar se repete em outros momentos, mas ele sempre se vê diante da necessidade
de conter sua fúria.
Quando desconfia de erros no seu pagamento, por exemplo, reclama com o patrão
em termos que provocam sua demissão. Arrepende-se das coisas ditas, pede
desculpas e recupera sua colocação. Em outro momento, reencontra o Soldado
Amarelo, que se perdera no campo, e vê a oportunidade de vingar-se da prisão
injusta. No entanto, acaba por reconhecer no policial uma autoridade que deve ser
respeitada e mais uma vez contém sua revolta.
As aves de arribação que cortam os céus em certa ocasião funcionam como
prenúncios da seca, que está de volta. A família se prepara para nova fuga. Fazem-
no de madrugada, tanto para aproveitar a temperatura mais amena, quanto para
escapar de uma eventual perseguição do patrão.
Assim, terminam sua história exatamente como a haviam começado: fugindo da
seca.
O livro Vidas Secas retrata fielmente a realidade brasileira não só da época
em que o livro foi escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça
social, miséria, fome, desigualdade, seca, o que nos remete a idéia de que
o homem se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência.
Análise Crítica
Jorge Amado
“Mais difícil de publicar um livro e escrever um bom livro”
Jorge Amado
Biografia
Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em
Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado é dos principais
representantes do romance regionalista da Bahia.
Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com
livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos
temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.
Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do
romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a
consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau,
pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da
Bahia.
O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros
possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas
obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de
outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc.
Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes
de completar 89 anos de idade.
  
Obras de Jorge AmadoO País do Carnaval, 1931
Cacau, 1933
Suor, 1934
Jubiabá, 1935
Mar Morto, 1936
Capitães de Areia, 1937
Terras do Sem-Fim, 1943
O Amor do Soldado, 1944
São Jorge dos Ilhéus, 1944
Bahia de Todos os Santos, 1944
Seara Vermelha, 1945
O Mundo da Paz, 1951
Os Subterrâneos da Liberdade, 1954
Gabriela Cravo e Canela, 1958
Os Velhos Marinheiros, 1961
Os Pastores da Noite, 1964
Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966
Tenda dos Milagres, 1969
Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972
Tieta do Agreste, 1977
Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979
O Menino Grapiúna, 1981
Tocaia Grande, 1984
O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988
Navegação de Cabotagem, 1992
A Descoberta da América pelos Turcos, 1994
O Milagre dos Pássaros, 1997
Características das
Obras de Jorge Amado
Em sua obra, Jorge Amado destaca o pobre, o negro, os
marginalizados, enfim, todos os excluídos da sociedade, e os
apresenta de modo diferente, narrando lhes a vida, os
pensamentos, os desejos, ressaltando que estes também são
humanos.
O cenário é, normalmente, a zona urbana ou de plantação de
cacau ou café da Bahia.
Jorge Amado é um dos destaques do Modernismo e em suas
obras coloca a necessidade de justiça social Também
acrescenta um tanto de ideologia política, sempre em defesa
do povo.
Era grande apreciador da cultura negra e usa muito esse
elemento em seus livros. Também ressalta o erotismo, além
da sensualidade da mulher brasileira.
Enredo: Capitães da Areia
Capitães da Areia faz referência aos meninos de rua de Salvador, menores cuja
vida desregrada e marginal é explicada, de uma forma geral, por tragédias
familiares relacionadas à condição de miséria. O grupo de meninos que forma
os Capitães se esconde em um armazém abandonado em uma das praias da
capital baiana.
Os personagens que compõem o núcleo central da narrativa apresentam
algumas particularidades: João Grande possui uma força bruta, o professor é
lembrado pelo talento artístico, Sem-Pernas pela amargura existencial, a
opressão sertaneja é representada por Volta-Seca, a sexualidade precoce por
Gato, o malandro é o Boa-Vida e a tendência à religiosidade se manifesta em
Pirulito. Todos são liderados por Pedro Bala, o protagonista do romance.
Órfão desde muito cedo, Bala descobre o passado de seu pai, um líder operário
assassinado durante uma greve. Quem lhe dá a informação é João de Adão,
organizador de greves que abre ao menino as portas da luta trabalhista. Bala
prefere continuar a organizar os assaltos e roubos cometidos pelo bando,
participando das ações mais perigosas. Um dia, junta-se ao bando a menina
Dora, cujos pais tinham morrido em uma epidemia de malária. Vista inicialmente
com desconfiança, aos poucos Dora se integra ao grupo, ganhando o respeito de
todos e o amor de Pedro Bala.
Durante uma ação, Bala e Dora são presos. Ela é colocada em um
orfanato, enquanto o menino é submetido à violência de torturadores que
tentam obter dele o local do esconderijo dos Capitães. Bala sofre, mas
nada revela. Foge do reformatório e liberta Dora. A menina, no entanto, sai
doente do lugar. Em sua última noite de vida, pede ao namorado que a
possua.
A morte de Dora coincide com um momento de passagem para a vida
adulta dos principais membros do bando. João Grande vira marinheiro,
Volta-Seca se torna cangaceiro, Pirulito entra para uma ordem religiosa e
Sem-Pernas se suicida para não cair nas mãos da polícia. Por fim, Pedro
Bala abandona o grupo, mas não a condição de líder, agora voltada para a
vida operária. Dessa forma, continua a obra inacabada do pai.
Continuação
Capitães da areia estabelece uma analogia entre a aventura que é narrada
e a mensagem política que se pretende transmitir ao leitor. Possui com
isso, um sentido didático que é próprio do tipo de literatura que o romance
representa: aquele que é voltado para o trabalho de conscientização
política. No âmbito da literatura, Jorge Amado foi um dos primeiros a
abordar a questão dos menores de rua de uma perspectiva social e não
simplesmente policial.
Análise Crítica
Anexos: Vidas secas
Anexos: Capitães da Areia
A literatura é uma caixa de mistérios e mensagens ocultas, que
exigem nossa interpretação com isso vimos que a segunda
geração do Modernismo brasileiro correspondeu a um estado
adulto e amadurecido de nossa literatura moderna.
Conclusão
seggermodernistabrasileiraprosa.blogspot.com.br
blogdoenem.com.br
www.coladaweb.com
aspf-letraviva.blogspot.com.br
www.mundovestibular.com.br
www.vestibulandoweb.com.br
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Prosa Neorrealista Regionalista

  • 2. Introdução A segunda fase modernista do Brasil em prosa se caracteriza pelo regionalismo, ou seja, a relação do homem com o meio em que vive. Esse regionalismo já estava presente na época do romantismo, só que agora com uma nova feição, principalmente pelo seu contexto histórico e pelas características dos autores desse momento. A obra que marca o início do romance regionalista no modernismo é o livro A Bagaceira de José Américo de Almeida, publicado em 1928. Seu valor literário se deve mais pelo aspecto histórico (secas – imigrações) do que pelo seu valor estético.
  • 3. A produção literária dessa fase pode ser dividida em três tipos de prosa: • Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca e o descaso dos políticos com esse estado. Essa propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 1928. Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. • Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo, no início de sua carreira. • Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia. Tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado. Fases da Prosa
  • 4. Contexto Histórico:  Brasil – um país que cresce com muitos problemas;  2ª Guerra Mundial;  O Brasil e o mundo vivem profundas crises nas décadas de 30 e 40;  Bomba Atômica sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki; crise da Bolsa de Nova Yorque; crise Cafeeira; Comunismo.  Em Agosto de 1945 os Estados Unidos da América entraram para a história mundial por ser a primeira e única nação a despejar o terror atômico sobre enormes populações de civis.
  • 5. Características da prosa neorrealista: Romances caracterizados pela denúncia social; Verdadeiro documento da realidade brasileira; O regionalismo ganha força – busca do homem brasileiro nas diversas regiões; Os romances tratam do surgimento da realidade capitalista, a exploração das pessoas, movimentos migratórios, miséria, fome, a seca, entre outros temas.
  • 6. Características da Prosa regionalista • Consciência do subdesenvolvimento; • Neorrealismo; • Radicalização Ideológica; • Predomínio da Narrativa Regional; • Denúncia Social; • Romance Psicológico.
  • 7. GRACILIANO RAMOS “Nada existe fora dos acontecimentos.” Graciliano Ramos
  • 8. Biografia Graciliano Ramos nasceu em Quebrângulo (AL), em 1892. Um dos 16 filhos de uma família de classe média do sertão nordestino, passou parte da infância em Buíque (PE) e outra em Viçosa (AL). Fez estudos secundários em Maceió, mas não cursou faculdade. Em 1910, sua família se estabelece em Palmeira dos Índios (AL). Em 1914, após breve estada no Rio de Janeiro, trabalhando como revisor, retorna à cidade natal, depois da morte de três irmãos, vitimados pela peste bubônica. Passa a fazer jornalismo e política em Palmeira dos Índios, chegando a ser prefeito da cidade (1928-30). Em 1925, começa a escrever seu primeiro romance, Caetés - que viria a ser publicado em 1933. Muda-se para Maceió em 1930, e dirige a Imprensa e Instrução do Estado. Logo viriam "São Bernardo" (1934) e "Angústia“ (1936, ano em que foi preso pelo regime Vargas, sob a acusação de subversão). Memórias do Cárcere (1953) é um contundente relato da experiência na prisão. Após ser solto, em 1937, Graciliano transfere-se para o Rio de Janeiro, onde continua a publicar não só romances, mas contos e livros infantis. Vidas Secas é de 1938. Em 1945, ingressa no Partido Comunista Brasileiro. Sua viagem para a Rússia e outros países do bloco socialista é relatada em Viagem, publicado em 1953, ano de sua morte.
  • 9. Obras de Graciliano Ramos Caetés, romance, 1933 São Bernardo, romance, 1934 Angústia, romance, 1936 Vidas Secas, romance, 1938 A Terra dos Meninos Pelados, literatura juvenil, 1942 História de Alexandre, literatura juvenil, 1944 Dois Dedos, literatura infantil, 1945 Infância, memórias, 1945 Histórias Incompletas, literatura infantil, 1946 Insônia, contos, 1947 Memórias do Cárcere, memórias, 1953 Viagem, memórias, 1954 Linhas Tortas, crônicas, 1962 Viventes das Alagoas, costumes do Nordeste, 1962
  • 10. Características das obras de Graciliano Ramos Estilo conciso, linguagem despojada e seca; Regionalismo universal; O homem e a sociedade em constante desequilíbrio; Análise social e psicológica das personagens; Animalização do homem versus a humanização dos animais (Vidas Secas); Fidelidade ao real. Escreveu também: Peças de Teatro, Literatura Infantil, Crônicas, além de inúmeras traduções de obras da literatura universal.
  • 11. Enredo: Vidas Secas Quando a narrativa começa, Fabiano e sua família, formada pela esposa Sinha Vitória, os filhos identificados apenas como Menino mais novo e Menino mais velho e a cachorrinha Baleia, caminham sob o escaldante sol do nordeste. Encontram uma casa abandonada e ali se abrigam, na expectativa da passagem do período de seca. A chuva chega, e com ela aparece o patrão, dono da terra, expulsando Fabiano do lugar. Para continuar na terra, o matuto se oferece para trabalhar como vaqueiro. Recebe roupas, animais de criação e alguns produtos para iniciar o serviço, instalando-se em definitivo na fazenda. Os produtos consumidos pela família eram oferecidos no armazém do patrão, mas a preços abusivos. Por isso, Fabiano resolve ir comprar algumas coisas na cidade mais próxima. Um militar, o Soldado Amarelo, o convida para jogar baralho. Os dois se dão mal no jogo e o policial desconta em Fabiano, prendendo-o. Ao voltar para casa, encara o mau humor de Sinha Vitória, inconformada com sua atitude.
  • 12. Continuação: A família conhece alguns momentos de alegria e de felicidade limitada. Isso se dá, por exemplo, quando o inverno chega trazendo a chuva. No entanto, a ameaça da cheia causa apreensão em Sinha Vitória. Também se dirigem à cidade para uma ocasião festiva, mas não se sentem à vontade ali. A revolta que Fabiano sente no lugar se repete em outros momentos, mas ele sempre se vê diante da necessidade de conter sua fúria. Quando desconfia de erros no seu pagamento, por exemplo, reclama com o patrão em termos que provocam sua demissão. Arrepende-se das coisas ditas, pede desculpas e recupera sua colocação. Em outro momento, reencontra o Soldado Amarelo, que se perdera no campo, e vê a oportunidade de vingar-se da prisão injusta. No entanto, acaba por reconhecer no policial uma autoridade que deve ser respeitada e mais uma vez contém sua revolta. As aves de arribação que cortam os céus em certa ocasião funcionam como prenúncios da seca, que está de volta. A família se prepara para nova fuga. Fazem- no de madrugada, tanto para aproveitar a temperatura mais amena, quanto para escapar de uma eventual perseguição do patrão. Assim, terminam sua história exatamente como a haviam começado: fugindo da seca.
  • 13. O livro Vidas Secas retrata fielmente a realidade brasileira não só da época em que o livro foi escrito, mas como nos dias de hoje tais como injustiça social, miséria, fome, desigualdade, seca, o que nos remete a idéia de que o homem se animalizou sob condições sub-humanas de sobrevivência. Análise Crítica
  • 14. Jorge Amado “Mais difícil de publicar um livro e escrever um bom livro” Jorge Amado
  • 15. Biografia Jorge Amado, um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu em Itabuna, Bahia, em 10 de agosto de 1912. É considerado é dos principais representantes do romance regionalista da Bahia. Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração. Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, capital da Bahia. O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc. Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.   
  • 16. Obras de Jorge AmadoO País do Carnaval, 1931 Cacau, 1933 Suor, 1934 Jubiabá, 1935 Mar Morto, 1936 Capitães de Areia, 1937 Terras do Sem-Fim, 1943 O Amor do Soldado, 1944 São Jorge dos Ilhéus, 1944 Bahia de Todos os Santos, 1944 Seara Vermelha, 1945 O Mundo da Paz, 1951 Os Subterrâneos da Liberdade, 1954 Gabriela Cravo e Canela, 1958 Os Velhos Marinheiros, 1961 Os Pastores da Noite, 1964 Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1966 Tenda dos Milagres, 1969 Teresa Batista Cansada de Guerra, 1972 Tieta do Agreste, 1977 Farda Fardão Camisola de Dormir, 1979 O Menino Grapiúna, 1981 Tocaia Grande, 1984 O Sumiço da Santa: Uma História de Feitiçaria, 1988 Navegação de Cabotagem, 1992 A Descoberta da América pelos Turcos, 1994 O Milagre dos Pássaros, 1997
  • 17. Características das Obras de Jorge Amado Em sua obra, Jorge Amado destaca o pobre, o negro, os marginalizados, enfim, todos os excluídos da sociedade, e os apresenta de modo diferente, narrando lhes a vida, os pensamentos, os desejos, ressaltando que estes também são humanos. O cenário é, normalmente, a zona urbana ou de plantação de cacau ou café da Bahia. Jorge Amado é um dos destaques do Modernismo e em suas obras coloca a necessidade de justiça social Também acrescenta um tanto de ideologia política, sempre em defesa do povo. Era grande apreciador da cultura negra e usa muito esse elemento em seus livros. Também ressalta o erotismo, além da sensualidade da mulher brasileira.
  • 18. Enredo: Capitães da Areia Capitães da Areia faz referência aos meninos de rua de Salvador, menores cuja vida desregrada e marginal é explicada, de uma forma geral, por tragédias familiares relacionadas à condição de miséria. O grupo de meninos que forma os Capitães se esconde em um armazém abandonado em uma das praias da capital baiana. Os personagens que compõem o núcleo central da narrativa apresentam algumas particularidades: João Grande possui uma força bruta, o professor é lembrado pelo talento artístico, Sem-Pernas pela amargura existencial, a opressão sertaneja é representada por Volta-Seca, a sexualidade precoce por Gato, o malandro é o Boa-Vida e a tendência à religiosidade se manifesta em Pirulito. Todos são liderados por Pedro Bala, o protagonista do romance. Órfão desde muito cedo, Bala descobre o passado de seu pai, um líder operário assassinado durante uma greve. Quem lhe dá a informação é João de Adão, organizador de greves que abre ao menino as portas da luta trabalhista. Bala prefere continuar a organizar os assaltos e roubos cometidos pelo bando, participando das ações mais perigosas. Um dia, junta-se ao bando a menina Dora, cujos pais tinham morrido em uma epidemia de malária. Vista inicialmente com desconfiança, aos poucos Dora se integra ao grupo, ganhando o respeito de todos e o amor de Pedro Bala.
  • 19. Durante uma ação, Bala e Dora são presos. Ela é colocada em um orfanato, enquanto o menino é submetido à violência de torturadores que tentam obter dele o local do esconderijo dos Capitães. Bala sofre, mas nada revela. Foge do reformatório e liberta Dora. A menina, no entanto, sai doente do lugar. Em sua última noite de vida, pede ao namorado que a possua. A morte de Dora coincide com um momento de passagem para a vida adulta dos principais membros do bando. João Grande vira marinheiro, Volta-Seca se torna cangaceiro, Pirulito entra para uma ordem religiosa e Sem-Pernas se suicida para não cair nas mãos da polícia. Por fim, Pedro Bala abandona o grupo, mas não a condição de líder, agora voltada para a vida operária. Dessa forma, continua a obra inacabada do pai. Continuação
  • 20. Capitães da areia estabelece uma analogia entre a aventura que é narrada e a mensagem política que se pretende transmitir ao leitor. Possui com isso, um sentido didático que é próprio do tipo de literatura que o romance representa: aquele que é voltado para o trabalho de conscientização política. No âmbito da literatura, Jorge Amado foi um dos primeiros a abordar a questão dos menores de rua de uma perspectiva social e não simplesmente policial. Análise Crítica
  • 23. A literatura é uma caixa de mistérios e mensagens ocultas, que exigem nossa interpretação com isso vimos que a segunda geração do Modernismo brasileiro correspondeu a um estado adulto e amadurecido de nossa literatura moderna. Conclusão