Baseado no Junqueira e Carneiro, logo, o resumo é focado na análise histológica das principais glândulas endócrinas do nosso corpo. Trabalho editado por mim para a disciplina de Histologia, em dezembro/11 para UFRN.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Glândulas endócrinas principais
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA
DISCIPLINA: HISTOLOGIA APLICADA À BIOMEDICINA
DOCENTE: RANKE DOS SANTOS SILVA
DISCENTE: SARA ESTER DE LIMA COSTA
HISTOFISIOLOGIA DAS PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS (SISTEMA
ENDÓCRINO)
DEZEMBRO 2011
2. O sistema endócrino engloba as glândulas endócrinas que são formadas de
tecidos epiteliais de secreção. Essas glândulas, que apresentam vasos sanguíneos e
nervos, levam nutrientes e inervação à formação dos hormônios, que são as substâncias
secretadas; estes, por sua vez, são lançados na corrente sanguínea e atuam no
metabolismo corporal, controlando ou auxiliando a atuação destes nos órgãos-alvo,
sendo de supra importância no processo de homeostase. Então, diferentemente das
glândulas exócrinas (que secretam substâncias através de ductos excretores para o
exterior do corpo ou outros órgãos), as glândulas endócrinas apresentam meios de
controle dos hormônios, que agem em sua própria célula – sendo esta a célula-alvo
(controle autócrino), podendo agir em células vizinhas em relação ao qual o hormônio
foi secretado (controle parácrino) e ainda agindo nas células próximas, mas não vizinhas
em relação à célula que a secretou (controle justácrino).
Geralmente, o sistema endócrino com suas glândulas apresenta funções
associadas ao sistema nervoso, que forma mecanismos reguladores precisos na atuação
dos hormônios nos mais diversos tecidos e órgãos. Por exemplo, fornecer ao sistema
endócrino que produza uma secreção devido a um estímulo sensitivo externo
identificado pelo sistema nervoso; assim, o sistema endócrino elabora uma resposta
interna ao organismo em relação à informação processada. Portanto, esses dois sistemas
andam em conjunto, atuando na coordenação e regulação das funções corporais.
As principais glândulas endócrinas são a hipófise, adrenal, tireóide e
paratireóides, além de outras que agem no pâncreas, nas gônadas, no hipotálamo e etc.
Elas, em conjunto atuam, como explicitado anteriormente, no controle e auxílio das
atividades metabólicas do organismo, induzindo respostas ao mesmo numa relação com
o sistema nervoso.
Neste trabalho, serão abordadas as principais características histológicas e
fisiologia dessas glândulas endócrinas principais.
3. Hipófise
Também denominada de glândula patuitária, é conhecida como “glândula
mestra”, pois coordena as demais glândulas com associação ao sistema nervoso. Ou
seja, a sua atuação na coordenação das demais glândulas está intimamente relacionada
ao sistema nervoso, exercendo efeito sobre órgãos não-endócrinos; alguns hormônios,
produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras
glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. Este órgão pequeno se
localiza na sela túrcica do osso esfenóide e liga-se ao hipotálamo pelo infundíbulo (liga
a hipófise ao sistema nervoso central). A hipófise é revestida por uma cápsula de tecido
conjuntivo, contínuo com fibras reticulares que promovem a sustentação deste órgão.
Localização da hipófise. Esta glândula possui
duas origens embrionárias,
uma nervosa (origina a
neuro-hipófise, mais
Quiasma óptico posterior) e outra
Infundíbulo ectodérmica (origina a
adeno-hipófise, mais
anterior). Elas são
intimamente ligadas pela
hipófise intermediária, que se
encontra mais desenvolvidas
nos animais inferiores.
Cada lobo da hipófise (neuro-hipófise e adeno-hipófise) apresenta regiões
denominadas pars. Logo, para a neuro-hipófise, há um só pars, que corresponde a uma
região mais volumosa, denominada pars nervosa. Já a adeno-hipófise é subdividida em
três porções, são elas a pars distalis, pars intermedia e pars tubercalis, sendo a pars
distalis considerada a sua porção mais volumosa, o “lobo anterior da hipófise”. O lobo
considerado posterior da hipófise é o conjunto da pars nervosa com a pars intermedia.
O suprimento sanguíneo da hipófise se dá por um duplo grupo arterial, as
artérias hipofisárias superiores (irrigando a eminência mediana e o infundíbulo) e as
artérias hipofisárias inferiores (irrigam principalmente a neuro-hipófise e envia ramos
para o pedículo da hipófise). Através dessas artérias, são formandos os plexos capilares
(primário e secundário) formando um sistema porta hipofisário, que garante a regulação
das funções da adeno-hipófise, por onde passam neuro-hormônios produzidos pelo
hipotálamo, controlando a função de suas
células. Este suprimento pode ser visualizado
na figura ao lado.
A adeno-hipófise está subdividida em
três partes, a pars distalis, pars tubercalis e
pars intermedia. A pars distalis constitui cerca
de 75% da massa da hipófise, sendo composta
principalmente por cordões de células epiteliais
produtoras de hormônios que encontram-se
entremeados por capilares sanguíneos. Seus
hormônios produzidos são armazenados em
4. grânulos de secreção e a sua sustentação (junto com as demais partes da adeno-hipófise)
se dá por fibras reticulares.
É produzido pelo menos um total de seis hormônios pela pars distalis, e estes
são reconhecidos por colorações rotineiras. Desta forma, as células coradas são
divididas em dois tipos: as cromófobas (pouco coradas) e cromófilas (bem coradas) –
esta última subdivide-se em acidófilas e basófilas, de acordo com a afinidade pelo
corante.
Existe uma relação entre a hipófise e o hipotálamo denominada sistema
hipotálamo-hipofisário, que permite a secreção de neuro-hormônios que são
armazenados nos seus axônios na eminência mediana e depois transportados pelo
primeiro trecho do sistema porta hipofisiário para a pars distalis pelo plexo capilar
primário. A maioria destes hormônios chamados hipofisiotrópicos ou hormônios
liberadores hipotalâmicos atua na estimuação de células da pars distalis, enquanto que
dois deles (hormônios inibidores hipotalâmicos) inibem a liberação de tais hormônios.
Os principais hormônios produzidos pela adeno-hipófise são listados a seguir.
• STH ou somatotropina: age no crescimento do indivíduo, atuando nas divisões
celulares de vários tecidos. É ativado pelas somatomedinas sintetizadas no
fígado. Seu hormônio liberador hipotalâmico é o SRH e inibidor hipotalâmico é
a somatostatina. A deficiência desse hormônio na infância acarreta o nanismo; e
o excesso de produção na infância e adolescência leva ao gigantismo.
• TSH ou hormônio tireotrófico: estimula a produção dos hormônios T3 e T4 pela
tireóide (hormônios tireoidianos). Seu hormônio liberador hipotalâmico é o
TRH.
• ACTH ou hormônio adrenocorticotrófico - corticotropina: estimula a secreção
dos hormônios do córtex adrenal. Seu hormônio liberador hipotalâmico é o
CRH.
• GH ou gonadotrófico (FSH e LH): o FSH – hormônio folículo estimulante, nas
mulheres, estimula os ovários a produzir os folículos que contêm os óvulos; nos
homens, estimula a produção de espermatozóides pelos testículos. O LH –
hormônio luteinizante, nas mulheres, estimula a formação do corpo lúteo (corpo
amarelo) na região do folículo onde havia o óvulo; nos homens, estimula a
produção de testosterona (hormônio sexual) pelos testículos. Seu hormônio
liberador hipotalâmico é o GnRH.
• LTH ou prolactina: atua na secreção do leite após o parto e que é estimulada
pela amamentação. Seu hormônio liberador hipotalâmico é o PRH e seu inibidor
é o PIH.
A pars
intermedia localiza-se
entre a neuro-hipófise
e a pars tuberalis,
composta de cordões e
células endócrinas,
possui poucos grânulos
de secreção e é
basófila. Quanto à
pars tuberalis, esta
cerca o infundíbulo da
neuro-hipófise e a
5. maioria de suas células secretam gonadotropinas (GnRh – FSH e LH). É organizada em
cordões de células endócrinas em torno dos vasos sanguíneos. As pars que constituem a
hipófise podem ser visualizadas na figura 20.3.
A neuro-hipófise apresenta células gliais, as denominadas pituícito – constituído
de axônios não mielinizados de neurônios secretores. Esses neurônios secretores são
ricos em corpúsculos de Nissl e essa neurossecreção é transportada ao longo dos
axônios e seu acúmulo nas extremidades deles gera um depósito de estruturas conhecido
como corpos de Herring. Estes grânulos de neurossecreção são envoltos por uma
membrana e quando liberados, essa secreção vai em direção aos capilares sanguíneos
fenestrados presentes na pars nervosa (plexo capilar primário) e posteriormente, os
hormônios são distribuídos pela circulação geral.
As secreções produzidas pelos neurossecretores geram dois hormônios
importantes, a oxitocina e a vasopressina-arginina (também conhecido como hormônio
antidiurético – ADH). Esses hormônios são liberados na corrente sanguínea quando há a
proteólise do complexo hormônico-neurofisina, onde a neurofisina é uma proteína que
auxilia na transportação do hormônio em direção à corrente sanguínea. A vasopressina
(ADH) e a oxitocina são armazenadas na neuro-hipófise e liberadas por meio de
impulsos nervosos de fibras nervosas originadas do hipotálamo. O hormônio
antidiurético ou vasopressina-arginina é secretado quando a pressão osmótica do sangue
aumenta, aumentando a permeabilidade dos túbulos coletores do rim à água.
A oxitocina estimula as contrações dos músculos uterinos durante o parto e estimula as
glândulas mamárias durante a lactação.
Adrenal
Também denominadas de supra-renais, se localizam nos pólos superiores de
cada rim. Seu tamanho varia de acordo com a idade e condições fisiológicas da pessoa,
mas apresenta em média no adulto 8g. As glândulas supra-renais são encapsuladas e
constituídas de duas camadas concêntricas: uma mais periférica, amarelada,
denominada córtex da adrenal ou camada cortical; e outra mais central, acinzentada, que
é a medula da adrenal ou camada medular.
Assim como a hipófise, a adrenal possui duas origens embriológicas distintas,
portanto, duas camadas (regiões). A região cortical é de origem mesodérmica (epitélio
celomático) e a região medular, neuroectodérmica (cristas neurais). Embora de origens
diferentes e funções diferentes, por encontrarem-se justapostas, apresentam capilares
sanguíneos cercados por seus cordões endócrinos. As glândulas adrenais são recobertas
por uma cápsula de tecido conjuntivo denso e seu estroma é devido a uma rede de fibras
reticulares.
Para receber a nutrição necessária para que haja uma produção adequada de
hormônios, no caso corticotrópicos, sua circulação sanguínea baseia-se em três artérias
que irrigam a área da cápsula, do córtex e da medula. Assim, os capilares da medula
junto aos capilares provenientes do córtex formam em seu conjunto as veias medulares
que se unem para constituir a veia supra-renal ou adrenal.
A região cortical da glândula adrenal apresenta estruturas que são tipicamente
células secretoras de esteróides, que logo após a secreção, elas são sintetizadas por
6. estímulos e transportadas para a corrente sanguínea, não se acumulando. Difundem-se
facilmente pela membrana celular sem sofrer exocitose devido ao baixo peso molecular.
O córtex adrenal, que corresponde à periferia da glândula supra-renal, pode-se
ainda subdividir-se em três camadas concêntricas – esta divisão é devido à disposição
das diferentes células que o compõe, classificadas em zonas. Estas zonas são:
- Zona Glomerulosa, mais superficial, corresponde a 15% do volume total da
glândula adrenal, apresentando células piramidais ou colunares organizadas em cordões
em forma de arco;
- Zona Fasciculada, mediana do córtex, correspondendo a 65% do volume total
da glândula adrenal, onde suas células que são poliédricas, também denominadas
enpongiócitos, formam cordões em paralelo;
- Zona Reticulada, mais interna, já próxima à região medular da adrenal,
corresponde a 7% do seu volume, apresentando suas células mais irregulares em forma
de cordões.
Abaixo, uma fotografia (fig. 20.13) demonstrando a região detalhada do córtex
adrenal, inclusive, da medula supra-renal.
7. Os principais hormônios secretados pela região cortical da adrenal são tipos de
esteróides, que são os glicocorticóides, mineralocorticóides e andrógenos. Os
glicocorticóides são produzidos pelas zonas fasciculada e reticulada e são representados
pelo cortisol e cortisona; eles regulam o metabolismo de carboidratos, proteínas e
lipídeos do corpo, além de poder atuar na supressão de respostas imunes pelo sistema
linfático. Os mineralocorticóides são produzidos pela zona glomerulosa, sintetizando
aldosterona, e atuam principalmente no equilíbrio de eletrólitos (como sais), água e
pressão arterial do organismo. Os andrógenos são produzidos pelas zonas fasciculada e
reticulada e atuam na produção de hormônios sexuais, como a testosterona,
androstenediona e a deidroepiandrosterona (DHEA). A figura 20.14 demonstra as zonas
corticais da adrenal além
de apresentar os seus
principais hormônios
produzidos.
Os hormônios
secretados por essa região
passam pelo processo de
liberação do hormônio
CRH (hormônio liberador
da corticotropina) na
hipófise, que segue para a
pars distalis da adeno-
hipófise estimulando as
células corticotróficas a
secretarem o hormônio
adrenocorticotrópico
(ACTH), ou
corticotropina, dando
início a estimulação da
síntese e secreção de
hormônios corticais.
Uma curiosidade
acerca das regiões da
adrenal de um feto seria que este possui durante o período de desenvolvimento uma
região a mais além do córtex e medula, o córtex provisório. Ele atua na secreção de sais
andrógenos presente na placenta para serem convertidos em andrógenos ativos e
estrógenos, entrando na circulação materna.
A região medular da adrenal é composta por células poliédricas que formam
cordões ou aglomerados arredondados, envolvidos por muitos capilares sanguíneos. São
células sustentadas por fibras reticulares e suas secreções são constituídas de grânulos
ricos em catecolaminas (epinefrina/adrenalina ou norepinefrina/noradrenalina), além de
quantidades de ATP, cromograninas – proteínas que ligam adrenalina à noradrenalina.
As células da medula adrenal armazenam seus hormônios em grânulos –
produzidos pela epinefrina e norepinefrina – e em seguida são secretados em grandes
quantidades a respostas de reações emocionais, mediadas por fibras nervosas que
inervam as células medulares da adrenal. Assim, a adrenalina produz a contração dos
vãos sanguíneos, aumentando a pressão arterial e freqüência cardíaca e a noreadrenalina
8. na manutenção da pressão sanguínea. Em conjunto, as catecolaminas deixam o
organismo pronto para reagir em situações de susto, fortes emoções, raiva, medo ou
fuga.
Tireóide
A tireóide é uma glândula endócrina folicular,
possuindo origem endodérmica (porção cefálica do
tubo digestivo), localizada na porção anterior do
pescoço, sobre os primeiros anéis da traquéia.
Possui como função sintetizar os
hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que
atuam diretamente sobre o metabolismo do
organismo, no controle de suas taxas. A glândula
tireóide é constituída de dois lóbulos unidos por um
istmo. É envolvida por uma cápsula de tecido
conjuntivo frouxo que emite septos para o interior.
Sua visualização anatômica pode ser vista na figura
20.24.
É um órgão composto pelos
chamados folículos tireoidianos, que são glândulas
endócrinas vesiculares revestidas por epitélio
cúbico ou pavimentoso (grandes folículos) e
por epitélio colunar (pequenos folículos); em
sua cavidade contém uma substância
gelatinosa, o colóide (contém tireoglobulina,
que é utilizado para a fabricação dos
hormônios tireoidianos). Esses folículos
tereoidianos são separados por fibras
reticulares. Os folículos tireoidianos e seus
colóides podem ser observados na figura 20.25
ao lado.
Esta glândula endócrina é uma glândula
extremamente vascularizada por capilares
sanguíneos e linfáticos, que permite, por suas
fenestrações, o transporte de substâncias entre
este órgão e o sangue.
Entre os folículos tireoidianos são
encontrados agrupamentos de células, chamadas células parafoliculares ou células C,
que secretam a calcitonina, hormônio que estimula o depósito de cálcio nos ossos e a
redução dele no plasma sanguíneo. A ativação da secreção de calcitonina é ativada por
um aumento da concentração de cálcio no plasma. Essas células parafoliculares assim
como as foliculares, podem ser observadas na figura 20.26.
9. A tireóide é uma glândula endócrina
capaz de acumular o seu produto de secreção
em uma boa quantidade antes de secretá-lo.
Isso se dá pelo armazenamento desta secreção
nos colóides dos folículos tireoidianos. O
colóide tereoidiano é constituído
principalmente por tireoglobulina, uma
glicoproteína que contém os hormônios
triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
A síntese e o acúmulo de hormônios
tireoidianos ocorrem em quatro etapas
principais:
I) SÍNTESE DE TIREOGLOBULINA;
II) CAPTAÇÃO DE IODETO CIRCULANTE;
III) ATIVAÇÃO DE IODETO AO SER OXIDADO;
IV) IODAÇÃO DE MOLÉCULAS DE TIROSINA.
As células foliculares tireoidianas captam colóides por endocitose; este colóide
captado é digerido por enzimas lisossômicas e as ligações entre as porções iodinadas e o
restante da molécula de tireoglobulina são quebradas por proteases, dando origem a T3,
T4, diiodotirosina (DIT) e monoiodotirosina (MIT). Os hormônios T3 e T4 atravessam
a membrana baso-lateral das células e migram para a corrente sanguínea através dos
capilares enquanto o DIT e MIT não são secretados, estas possuem seu iodo removido
por enzimas e seu produto é reaproveitado pelas células foliculares. A ação da T3 é mais
rápida e potente, em contrapartida, a T4 constitui cerca de 90% do hormônio circulante
da tireóide.
A tiroxina (T4) contém iodo e regula o
índice de oxidação celular. Os hormônios
tireoidianos aumentam a absorção de
carboidratos no intestino e regulam o
metabolismo de lipídeos, além de influenciar no
crescimento do corpo e desenvolvimento do
sistema nervoso durante o período fetal.
Os principais reguladores da estrutura e
função das glândulas tireóides são o teor de iodo
no organismo e o hormônio tireotrópico – ou
tireotropina (TSH), secretado pela pars distalis
da hipófise. A presença de receptores na
membrana basal das células foliculares ricos em
tireotropina permite que o hormônio liberador
de tireotropina (TRH) promova a secreção de
10. tireotropina (TSH), que estimula a síntese e a secreção de hormônios tireoidianos T3 e
T4. Esses hormônios agem sobre tecidos e órgãos-alvo, e, além disso, inibem a secreção
de TRH e TSH, mantendo o organismo com quantidades adequadas de triiodotironina e
tiroxina. Este evento está explicitado na última figura da página antecessora a esta.
Existem algumas doenças relacionadas à deficiência ou produção das taxas
tireoidianas no organismo, além de doenças que envolvem a carência do iodo.
O hipotireoidismo, por exemplo, é decorrente da deficiência na produção de T3 e T4,
gerando conseqüências como freqüências cardíacas abaixo do normal, aumento de peso,
intolerância ao frio e apatia. Quando ocorre na criança, afeta o seu desenvolvimento
físico e mental, produzindo o nanismo e cretinismo (retardamento mental).
O hipertireoidismo, por conseguinte se classifica pela produção excessiva
de T3 e T4, aumentando a taxa metabólica e apesar de ingerir grandes quantidades de
alimentos a pessoa sofre perda de peso, diminuindo o volume muscular e o volume do
tecido cutâneo, podendo sentir muito calor e transpirar muito; a circulação e a
pulsação ficam muito rápidas, a tireóide pode ficar levemente crescida e os olhos ficam
muito arregalados. O bócio ocorre quando a alimentação é deficiente em iodo ou
quando o iodo não é absorvido normalmente; nesse caso a tireóide cresce
demasiadamente.
Paratireóides
As paratireóides são quatro pequenas glândulas, situadas na parte posterior da
tireóide (em seus pólos superiores e inferiores). É revestida por uma cápsula de tecido
conjuntivo, que emite trabéculas para o interior da glândula, sendo contínua com as
fibras reticulares que permitem a sustentação da mesma.
Este órgão é composto de células
epiteliais que formam cordões
glandulares separados por vasos
sanguíneos. Existem dois tipos de
células que constitui essa glândula: as
células principais (em forma de
cordões) e as células oxifílicas. Os
cordões celulares e seus capilares
sanguíneos podem ser vistos na figura
ao lado.
As células principais, portanto
são predominantes, embora menores que
as oxifílicas, poligonais e citoplasma
mais claro. Elas são responsáveis pela
produção do paratormônio (PTH), uma
proteína que se liga aos oteoblastos, que
induz cascatas de sinalização, retirando
o cálcio dos ossos, e aumentando o nível
11. desse elemento no sangue. Em conjunto com a calcitonina, mantém o nível de cálcio
equilibrado no sangue. A deficiência de paratormônio produz uma queda no teor de
cálcio no sangue, conduzindo a um quadro de convulsões que pode levar à morte.
As células oxifílicas são maiores que
as células principais, mas também
poligonais, possuem citoplasma com muitos
grânulos acidófilos de função desconhecida.
12. Bibliografia e Sites de Pesquisa
• JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia Básica. 11.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
• http://clickbio.br.tripod.com/textos/fisiologia.html
• http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino1.asp
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipófise