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REEDUCAÇÃO
FUNCIONAL
 A reeducação funcional é uma possibilidade fisioterapêutica de reeducar, ou
seja, restabelecer a função de algum segmento corporal.
 Seu principal objetivo a reestruturação da função que foi perdida, seja a nível
global ou até mesmo segmentar, contribuindo ao indivíduo sua reintegração
psicomotora e também a reintegração sócio profissional.
 É por meio da cinesioterapia básica que avaliamos a funcionalidade e
também planejamos objetivos e condutas para o tratamento fisioterapêutico
do indivíduo.
CONCEITOS INCIAIS
 Grande parte dos movimentos
humanos é movimento geral, uma
combinação complexa de
componentes de movimento linear e
angular.
 MOVIMENTO LINEAR (TRANSLAÇÃO)
– movimento ao longo de uma linha
imaginária. Se a linha é reta, o
movimento é considerado retilíneo;
mas se a linha é curva, o movimento
é chamado de curvilíneo.
Formas de Movimento Humano
 MOVIMENTO ANGULAR - é a rotação em torno de uma linha imaginária
central, conhecida como o eixo de rotação, que é orientado
perpendicularmente ao plano no qual a rotação ocorre.
Formas de Movimento Humano
 É a sensação de posição e movimento dos membros. O sentido surge através
da atividade nos neurônios sensoriais localizados na pele, músculos e tecidos
articulares.
 Qualquer alteração no sistema de propriocepção, ele pode levar direta ou
indiretamente déficits na estabilização neuromuscular, que pode favorecer a
presença de lesões como distensão excessiva de ligamentos e cápsulas
articulares e, consequentemente, para a desestabilização da postura.
Propriocepção
 ORIENTAÇÃO POSTURAL – controla o alinhamento
corporal em relação à gravidade, superfície de suporte,
ambiente visual e referências internas.
 EQUILÍBRIO POSTURAL - constituído pela coordenação
de estratégias sensório-motoras para estabilizar o
centro de massa do corpo durante estímulos auto
iniciados e desencadeados externamente.
Controle Postural
 É o controle do arranjo dos segmentos corporais baseado em informações
dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial. As funções do controle
postural são suporte, estabilidade e equilíbrio.
 Se um dos três sistemas envolvidos no controle postural não estiver
funcionando da maneira que deveria, pode afetar o indivíduo. No entanto,
quando um sistema é afetado, os outros dois podem ser treinados para
compensar.
 O desenvolvimento postural está associado a alterações maturacionais e
experimentais nos sistemas sensório-motor, musculoesquelético e cognitivo;
qualquer um desses sistemas pode resultar em desenvolvimento postural
atípico.
Controle Postural
 Na criança, distúrbios psico-
afetivo e também déficits
cognitivos podem repercutir no
desenvolvimento motor,
promovendo atraso na obtenção
de marcos motores ou até
mesmo comprometendo a
qualidade dos movimentos
realizados pelo indivíduo
durante o ciclo da vida.
Desenvolvimento neuro-psico-motor
normal e patológico
 O processo de desenvolvimento neuropsicomotor, é muito essencial para o
indivíduo, porque logo que o recém-nascido ganha vida, o seu sistema
nervoso central não está ainda desenvolvido completamente e em fruto
disso ele é dependente totalmente dos indivíduos que fazem parte do seu
convívio.
 Desse modo, é a partir da sua estimulação, tanto motora quanto sensorial,
que o seu desenvolvimento acontecerá e também se manterá em uma
evolução constante, também ajudando no seu processo de aprendizagem.
 Fatores que podem estar associados ao atraso no desenvolvimento:
subnutrição; agravos neurológicos; genéticos; concepção; gestação; parto.
Desenvolvimento neuro-psico-motor
normal e patológico
 Por meio de algumas técnicas manuais, cinéticas e instrumentais o
fisioterapeuta pode atuar neste aspecto de desenvolvimento motor. Essas
técnicas podem ser aplicadas de formas isoladas ou também de maneira
conjunta e/ou associadas. Alguns instrumentos lúdicos também são
empregados para este objetivo. Alguns exemplos de técnicas que permitem
a evolução do desenvolvimento motor na infância são:
• neuroevolutivo Bobath;
• método Kabath;
• técnica de alcançar alvos.
Desenvolvimento neuro-psico-motor
normal e patológico
 É utilizada para coletar dados sobre o motivo pelo qual o comportamento
desafiadors do indivído está ocorrendo.
 Avaliações funcionais indiretas – as informações sobre o comportamento são
coletadas através de pessoas que são mais próximas do paciente.
 Avaliações funcionais observacionais – o profissional observa o
comportamento do indivíduo em determinadas tarefas e registra as
circunstâncias envolvidas.
 Avaliação funcional na prática – envolve um teste experimental de diferentes
funções possíveis.
Avaliação Funcional
- Avaliar a impressão geral do paciente (relacionamento do paciente com
responsável/cuidadores; dependências emocionais e físicas; comportamentos;
problemas associados; saúde mental; uso de dispositivos auxiliares de
locomoção).
- Avaliar habilidades e inabilidades.
- Avaliar tônus postural e os padrões de postura e de movimento relacionados:
observando a reação dos padrões ao ser movimentado e a mobilidade de tônus
durante uma estimulação/manipulação.
Tônus muscular – estado de tensão do músculo no repouso cuja função é manter a
postura e executar movimentos de forma contínua.
Como fazer uma Avaliação Funcional
TÔNUS MUSCULAR
“Estado permanente de tensão dos músculos”
Hipertonia
É o aumento do tônus muscular,
tensão muscular exagerada ou
permanete do m. em repouso.
Hipotonia
É a diminuição do tônus muscular e
da força, o que causa flacidez e
moleza.
Rigidez
Caracteriza-se pela lentidão de
movimentos.
Espasticidade
Aumento, velocidade dependente, do
tônus muscular, com exacerbação dos
reflexos profundos, decorrente de
hiperexcitabilidade do reflexo do
estiramento.
 Composto por escalas que demostram o desempenho do paciente, através
da eficiência psicomotora.
 Índice I: classificação – hábil;
 Índice II: classificação – movimento
limitado;
 Índice III: classificação – perda parcial
de movimento;
 Índice IV: classificação – perda total.
Índice Funcional
 CONTROLE MOTOR – habilidade de comandar ou direcionar os mecanismos
necessários do movimento, com interação entre indivíduo, tarefa e
ambiente.
 MATURAÇÃO – processo de mudança do desenvolvimento, possui uma
sequência fixa de progressão.
 APRENDIZAGEM MOTORA – processo que envolve variados mecanismos
para melhorar ou desenvolver alguns movimentos.
 HABILIDADE MOTORA – é o movimento voluntário realizado com a
finalidade de alcançar uma meta com máxima certeza e mínimo esforço de
tempo, visa melhorar a performance.
COMPORTAMENTO MOTOR
 São variadas características referentes a execução dos movimentos.
Relacionam-se à amplitude, velocidade, suavidade e à fluência do movimento.
 Influenciadas pelo meio externo, fazendo com que elas realizem modificações
para alcançarem um determinado objetivo.
 MOVIMENTOS:
- Voluntários: possuem um propósito e, a partir da prática dos movimentos têm-
se a automatização. Apresenta três estágios (preparação, programação e
execução).
- Involuntários: podem ocorrer por atos reflexos ou sinais de disfunção do SNC,
manifestando-se em variadas formas.
Capacidades motoras
 ATOS REFLEXOS:
Movimentos simples e
esteriotipados. Geralmente
ocorrem de forma
automática correspondendo
a um estímulo sensorial.
 REAÇÕES REFLEXAS:
Aumento da complexidade
devido a associação de
vários atos reflexos, vários
mm. e partes do corpo se
envolvem.
Atos reflexos e reações reflexas
 Distonia idiopática (primária): acontece mesmo
sem lesões no SNC;
 Distonia sintomática (secundária): associada à
doenças do SN ou lesões adquiridas, ex.
traumatismo craniano.
Movim. Involuntários como sinais de
disfunções do SNC
 DISTONIA – caracterizada por contrações musculares mantidas, pode causar
movimentos em torção e repetitivos de posturas anormais. Geralmente ocorre
devido a distúrbios dos gânglios da base.
 MOVIMENTOS ASSOCIADOS – Caracteriza-se por movimentos não
intencionais de um segmento corporal durante o movimento voluntário de
outro segmento.
 Normalmente associados ao tônus espático, sendo comum em pessoas
hemiplégicas, devido à perda de mecanismos inibitórios supraespinhais.
 TREMOR – Movimento rítmico e oscilatório de determinada parte do corpo.
Fisiológico ou patológico (decorrente de desordens do SNC).
Movim. Involuntários como sinais de
disfunções do SNC
 Tremor de repouso: Ocorre e uma parte do corpo ativada involuntariamente
e sustentada contra a gravidade. Comum na doença de Parkinson.
 Tremor de ação: Realizado por contrações voluntárias e inclui tremor
postural, isométrico e cinético.
 COREIA – Movimentos involuntários rápidos, de características irregular e
espasmódicos, de curta duração.
 ATETOSE – Movimentos involuntários lentos em torção ou espasmos, que
geralmente envolvem mais MMSS do que MMII, podendo atingir também a
língua, face e pescoço.
Movim. Involuntários como sinais de
disfunções do SNC
 A motricidade é a expressão dos movimentos e vai se construindo desde o
nascimento. Envolve o ato motor, planejamento motor, percepções
sensoriais, equilíbrio, tônus e força muscular, lateralidade, habilidades
cognitivas e intelectuais, ritmo, persistência e controle inibitório para
realização de qualquer tarefa, com começo, meio e fim.
 Fatores que interferem na aquisição de habilidades motoras: Prematuridade
(maior prevalência entre os fatores etiológicos da paralisia cerebral);
Contexto familiar (superproteção, negligência e/ou não oferta de estimulação
necessária); Exploração do meio ambiente (maior estimulo = dominar
habilidades com maior facilidade).
DESENVOLVIM. DE HABILIDADES
RELACIONADAS À MOTRICIDADE
 São movimentos realizados voluntariamente, apresentam determinado
propósito utilizando alguns segmentos ou movimentos corporais.
 Se desenvolvem por meio do aprendizado, podem ser influenciados por
fatores psicológicos, fisiológicos ou ambientais.
 FASE MOTORA REFLEXIVA – Diz respeito aos 1ºs movimentos realizados, os
reflexos. Os reflexos podem ser primitivos (mecanismos de proteção e
nutrição, como os de sucção e fixação) e posturais (2º etapa do movimento
invluntário).
 Possui dois estágios: de codificação e de decodificação.
Habilidades motoras
 Estágio de codificação: coleta de
informações, descrita como movimentos
involuntários visíveis desde o período
fetal até o 4º mês do bebê. Os reflexos
aqui buscam juntar informações, meios
de nutrição e proteção a partir do
movimento.
 Estágio de decodificação: processamento
das informações, inicia-se por volta do 4º
mês, ocorrendo inibições graduais de
diversos reflexos conforme o
desenvolvimento dos centros cerebrais
superiores. Há a substituição sensório-
motora pela perceptiva-motora.
Habilidades motoras
 FASE DO MOVIMENTO RUDIMENTAR – Primeiras configurações do
movimento voluntário. Envolvem a estabilidade, como a aquisição do
controle de cabeça; tarefas de manipulação, tal como agarrar e soltar;
movimentos de locomoção, como engatinhar e marcha.
 Estágio de inibição do reflexo: Inicia no nascimento do bebê. Os movimentos
reflexos começam a sofrer influências do córtex em desenvolvimento, e de
restrições ambientais, levado a inibir alguns reflexos até seu
desaparecimento, sendo substituídos por movimentos voluntários.
 Estágio pré-motor: +/-1 ano; Movimentos com mais precisão e controle.
Ocorre distinções sensoriais e motoras integrando informações perceptivas e
motoras. Ocorre a preparação para desenvolver habilidade motoras
fundamentais.
Habilidades motoras
 FASE DO MOVIMENTO FUNDAMENTAL – Ocorre a exploração e a
experimentação dos movimentos de estabilidade, locomoção, manipulação
(arremessar, pegar). Sofre influência da maturação, condições e contexto do
ambiente, período de prática e incentivo.
 Estágio inicial (2-3 anos): Tentativas iniciais de realizar uma habilidade.
Precária integração espacial e temporal do movimento.
 Estágio elementar emergente (3-5 anos): Aumento de aquisição do controle
motor e coordenação rítmica. Melhor sincronia espaço-temporal, porém com
movimentos restritos ou exagerados, e melhor coordenação.
 Estágio proeficente (5-6 anos): Performances eficientes, controladas e
coordenadas. Por meio de práticas contínuas, estímulos e instruções ocorrem
melhorias em condições de distância, agilidade, quantidade e precisão.
Habilidades motoras
 FASE DOMOVIMENTO ESPECIALIZADO – Período de refinamento, combinação
e reelaboração de habilidades de estabilização, locomoção e manipulação, para
uso em condições de maior demanda e atividades complexas.
 Estágio de transição (7-8 anos): combinação e aplicação de habilidades
motoras fundamentais para realização de habilidades especiais em contextos
esportivos e recreativos.
 Estágio de aplicação (11-13 anos): busca melhor performance dos movimentos
e refinamento de habilidades complexas.
 Estágio de utilização ao longo da vida (>14 anos): o topo do desenvolvimento
motor. Utilização de todo repertório motor adquirido ao longo da vida.
Influenciado pelo tempo, investimento, equipamento e instalações, limitações
físicas e mentais, oportunidade e motivação pessoal.
Habilidades motoras
 EQUILÍBRIO ESTÁTICO – Manter o próprio corpo em estado de equilíbrio,
enquanto o centro de gravidade permanece estacionado.
 EQUILÍBRIO DINÂMICO – Corpo em estado de equilíbrio, enquanto o centro
de gravidade se desloca.
Habilidades estabilizadoras
 A principal diferença entre o equilíbrio estático e o
equilíbrio dinâmico está no movimento do corpo.
Se o corpo estiver em repouso, ou seja, parado, ele
apresenta equilíbrio estático. Entretanto, se o
objeto estiver em movimento retilíneo uniforme,
ele possui equilíbrio dinâmico.
Habilidades motoras
 MÉTODO BOBATH – Técnica de reabilitação neuromuscular que usa reflexos
e estímulos sensoriais a fim de inibir ou provocar resposta motora.
 Objetivo: o paciente consiga adquirir melhor sustentação corporal e de
reação de equilíbrio, e desenvolver um aumento na capacidade sensorial e
motora dos movimentos.
MÉTODOS DE REABILITAÇÃO
FUNCIONAL
 Pode ser aplicado em crianças com
apenas atraso no desenvolvimento e em
outras condições.
 Muito usado em adultos que estão em
reabilitação pós AVE (Acidente Vascular
Encefálico).
 BOLA TERAPÊUTICA – “Bola suíça”, é um recurso bastante utilizado nos
tratamentos ortopédicos, neuroevolutivos, na área pediátrica, em adultos e
idosos. Presente em pré-parto, academia, yoga, etc.
MÉTODOS DE REABILITAÇÃO
FUNCIONAL
 Objetivos: melhorar mobilidade,
estabilidade, equiulíbrio, força, coordenação,
circulação, condicionamento
cardiorrespiratório e etc.
 Contraindicações: Queda álgica (os
exercícios não devem causar dor), tonturas
ou aumento dos sintomas, incômodo ou
ferimento decorrente do exercício.
 FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (Método Kabat/ PFN/
FNP) – Possui enfoque terapêutico sempre positivo, visando reforçar e
utilizar as capacidades do paciente, tanto físicas quanto patológicas.
MÉTODOS DE REABILITAÇÃO
FUNCIONAL
 Objetivo: auxiliar com que o paciente atinja
sua mais elevada funcionalidade.
 Procedimentos básicos para a PNF:
Resistência; Irradiação e reforço; Contato
manual; Posição corporal e biomecânica;
Comando verbal; Tração e aproximação;
Estiramento; Sincronização dos movimentos;
Padrões de facilitação.
 MÉTODO PILATES – Método de condicionamento físico que engloba corpo
e mente, aumenta a capacidade de movimentos, controle, força, equilíbrio
muscular e consciência corporal.
MÉTODOS DE REABILITAÇÃO
FUNCIONAL
 Princípios clássicos: Respiração, concentração,
centralização, controle, precisão e fluidez.
 Os exercícios são realizados de forma lenta e
uniforme, visando fortalecimento global e
segmentar, a resistência pode ser decorrente
das molas ou do próprio peso do corpo.
 Pilates em equipamentos: a resistência é
graduada por meio de equipamentos
específicos. A resistência das molas pode
elevar a dificuldade ou facilitar o exercício.
Geram menor impacto nas articulações;
menor risco de lesão quando comparado
com pesos convencionais, pois a resistência
aumenta de forma progressiva, de acordo
com a ADM.
MÉTODOS DE REABILITAÇÃO
FUNCIONAL
 Pilates solo: praticante realiza os exercícios no solo e com apenas o peso
corporal, sem equipamentos, mas pode associar-se com acessórios (bola
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REEDUCAÇÃO FUNCIONAL - CONCEITOS E MÉTODOS

  • 2.  A reeducação funcional é uma possibilidade fisioterapêutica de reeducar, ou seja, restabelecer a função de algum segmento corporal.  Seu principal objetivo a reestruturação da função que foi perdida, seja a nível global ou até mesmo segmentar, contribuindo ao indivíduo sua reintegração psicomotora e também a reintegração sócio profissional.  É por meio da cinesioterapia básica que avaliamos a funcionalidade e também planejamos objetivos e condutas para o tratamento fisioterapêutico do indivíduo. CONCEITOS INCIAIS
  • 3.  Grande parte dos movimentos humanos é movimento geral, uma combinação complexa de componentes de movimento linear e angular.  MOVIMENTO LINEAR (TRANSLAÇÃO) – movimento ao longo de uma linha imaginária. Se a linha é reta, o movimento é considerado retilíneo; mas se a linha é curva, o movimento é chamado de curvilíneo. Formas de Movimento Humano
  • 4.  MOVIMENTO ANGULAR - é a rotação em torno de uma linha imaginária central, conhecida como o eixo de rotação, que é orientado perpendicularmente ao plano no qual a rotação ocorre. Formas de Movimento Humano
  • 5.  É a sensação de posição e movimento dos membros. O sentido surge através da atividade nos neurônios sensoriais localizados na pele, músculos e tecidos articulares.  Qualquer alteração no sistema de propriocepção, ele pode levar direta ou indiretamente déficits na estabilização neuromuscular, que pode favorecer a presença de lesões como distensão excessiva de ligamentos e cápsulas articulares e, consequentemente, para a desestabilização da postura. Propriocepção
  • 6.  ORIENTAÇÃO POSTURAL – controla o alinhamento corporal em relação à gravidade, superfície de suporte, ambiente visual e referências internas.  EQUILÍBRIO POSTURAL - constituído pela coordenação de estratégias sensório-motoras para estabilizar o centro de massa do corpo durante estímulos auto iniciados e desencadeados externamente. Controle Postural  É o controle do arranjo dos segmentos corporais baseado em informações dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial. As funções do controle postural são suporte, estabilidade e equilíbrio.
  • 7.  Se um dos três sistemas envolvidos no controle postural não estiver funcionando da maneira que deveria, pode afetar o indivíduo. No entanto, quando um sistema é afetado, os outros dois podem ser treinados para compensar.  O desenvolvimento postural está associado a alterações maturacionais e experimentais nos sistemas sensório-motor, musculoesquelético e cognitivo; qualquer um desses sistemas pode resultar em desenvolvimento postural atípico. Controle Postural
  • 8.
  • 9.  Na criança, distúrbios psico- afetivo e também déficits cognitivos podem repercutir no desenvolvimento motor, promovendo atraso na obtenção de marcos motores ou até mesmo comprometendo a qualidade dos movimentos realizados pelo indivíduo durante o ciclo da vida. Desenvolvimento neuro-psico-motor normal e patológico
  • 10.  O processo de desenvolvimento neuropsicomotor, é muito essencial para o indivíduo, porque logo que o recém-nascido ganha vida, o seu sistema nervoso central não está ainda desenvolvido completamente e em fruto disso ele é dependente totalmente dos indivíduos que fazem parte do seu convívio.  Desse modo, é a partir da sua estimulação, tanto motora quanto sensorial, que o seu desenvolvimento acontecerá e também se manterá em uma evolução constante, também ajudando no seu processo de aprendizagem.  Fatores que podem estar associados ao atraso no desenvolvimento: subnutrição; agravos neurológicos; genéticos; concepção; gestação; parto. Desenvolvimento neuro-psico-motor normal e patológico
  • 11.  Por meio de algumas técnicas manuais, cinéticas e instrumentais o fisioterapeuta pode atuar neste aspecto de desenvolvimento motor. Essas técnicas podem ser aplicadas de formas isoladas ou também de maneira conjunta e/ou associadas. Alguns instrumentos lúdicos também são empregados para este objetivo. Alguns exemplos de técnicas que permitem a evolução do desenvolvimento motor na infância são: • neuroevolutivo Bobath; • método Kabath; • técnica de alcançar alvos. Desenvolvimento neuro-psico-motor normal e patológico
  • 12.  É utilizada para coletar dados sobre o motivo pelo qual o comportamento desafiadors do indivído está ocorrendo.  Avaliações funcionais indiretas – as informações sobre o comportamento são coletadas através de pessoas que são mais próximas do paciente.  Avaliações funcionais observacionais – o profissional observa o comportamento do indivíduo em determinadas tarefas e registra as circunstâncias envolvidas.  Avaliação funcional na prática – envolve um teste experimental de diferentes funções possíveis. Avaliação Funcional
  • 13. - Avaliar a impressão geral do paciente (relacionamento do paciente com responsável/cuidadores; dependências emocionais e físicas; comportamentos; problemas associados; saúde mental; uso de dispositivos auxiliares de locomoção). - Avaliar habilidades e inabilidades. - Avaliar tônus postural e os padrões de postura e de movimento relacionados: observando a reação dos padrões ao ser movimentado e a mobilidade de tônus durante uma estimulação/manipulação. Tônus muscular – estado de tensão do músculo no repouso cuja função é manter a postura e executar movimentos de forma contínua. Como fazer uma Avaliação Funcional
  • 14. TÔNUS MUSCULAR “Estado permanente de tensão dos músculos” Hipertonia É o aumento do tônus muscular, tensão muscular exagerada ou permanete do m. em repouso. Hipotonia É a diminuição do tônus muscular e da força, o que causa flacidez e moleza. Rigidez Caracteriza-se pela lentidão de movimentos. Espasticidade Aumento, velocidade dependente, do tônus muscular, com exacerbação dos reflexos profundos, decorrente de hiperexcitabilidade do reflexo do estiramento.
  • 15.  Composto por escalas que demostram o desempenho do paciente, através da eficiência psicomotora.  Índice I: classificação – hábil;  Índice II: classificação – movimento limitado;  Índice III: classificação – perda parcial de movimento;  Índice IV: classificação – perda total. Índice Funcional
  • 16.  CONTROLE MOTOR – habilidade de comandar ou direcionar os mecanismos necessários do movimento, com interação entre indivíduo, tarefa e ambiente.  MATURAÇÃO – processo de mudança do desenvolvimento, possui uma sequência fixa de progressão.  APRENDIZAGEM MOTORA – processo que envolve variados mecanismos para melhorar ou desenvolver alguns movimentos.  HABILIDADE MOTORA – é o movimento voluntário realizado com a finalidade de alcançar uma meta com máxima certeza e mínimo esforço de tempo, visa melhorar a performance. COMPORTAMENTO MOTOR
  • 17.  São variadas características referentes a execução dos movimentos. Relacionam-se à amplitude, velocidade, suavidade e à fluência do movimento.  Influenciadas pelo meio externo, fazendo com que elas realizem modificações para alcançarem um determinado objetivo.  MOVIMENTOS: - Voluntários: possuem um propósito e, a partir da prática dos movimentos têm- se a automatização. Apresenta três estágios (preparação, programação e execução). - Involuntários: podem ocorrer por atos reflexos ou sinais de disfunção do SNC, manifestando-se em variadas formas. Capacidades motoras
  • 18.  ATOS REFLEXOS: Movimentos simples e esteriotipados. Geralmente ocorrem de forma automática correspondendo a um estímulo sensorial.  REAÇÕES REFLEXAS: Aumento da complexidade devido a associação de vários atos reflexos, vários mm. e partes do corpo se envolvem. Atos reflexos e reações reflexas
  • 19.  Distonia idiopática (primária): acontece mesmo sem lesões no SNC;  Distonia sintomática (secundária): associada à doenças do SN ou lesões adquiridas, ex. traumatismo craniano. Movim. Involuntários como sinais de disfunções do SNC  DISTONIA – caracterizada por contrações musculares mantidas, pode causar movimentos em torção e repetitivos de posturas anormais. Geralmente ocorre devido a distúrbios dos gânglios da base.
  • 20.  MOVIMENTOS ASSOCIADOS – Caracteriza-se por movimentos não intencionais de um segmento corporal durante o movimento voluntário de outro segmento.  Normalmente associados ao tônus espático, sendo comum em pessoas hemiplégicas, devido à perda de mecanismos inibitórios supraespinhais.  TREMOR – Movimento rítmico e oscilatório de determinada parte do corpo. Fisiológico ou patológico (decorrente de desordens do SNC). Movim. Involuntários como sinais de disfunções do SNC
  • 21.  Tremor de repouso: Ocorre e uma parte do corpo ativada involuntariamente e sustentada contra a gravidade. Comum na doença de Parkinson.  Tremor de ação: Realizado por contrações voluntárias e inclui tremor postural, isométrico e cinético.  COREIA – Movimentos involuntários rápidos, de características irregular e espasmódicos, de curta duração.  ATETOSE – Movimentos involuntários lentos em torção ou espasmos, que geralmente envolvem mais MMSS do que MMII, podendo atingir também a língua, face e pescoço. Movim. Involuntários como sinais de disfunções do SNC
  • 22.  A motricidade é a expressão dos movimentos e vai se construindo desde o nascimento. Envolve o ato motor, planejamento motor, percepções sensoriais, equilíbrio, tônus e força muscular, lateralidade, habilidades cognitivas e intelectuais, ritmo, persistência e controle inibitório para realização de qualquer tarefa, com começo, meio e fim.  Fatores que interferem na aquisição de habilidades motoras: Prematuridade (maior prevalência entre os fatores etiológicos da paralisia cerebral); Contexto familiar (superproteção, negligência e/ou não oferta de estimulação necessária); Exploração do meio ambiente (maior estimulo = dominar habilidades com maior facilidade). DESENVOLVIM. DE HABILIDADES RELACIONADAS À MOTRICIDADE
  • 23.  São movimentos realizados voluntariamente, apresentam determinado propósito utilizando alguns segmentos ou movimentos corporais.  Se desenvolvem por meio do aprendizado, podem ser influenciados por fatores psicológicos, fisiológicos ou ambientais.  FASE MOTORA REFLEXIVA – Diz respeito aos 1ºs movimentos realizados, os reflexos. Os reflexos podem ser primitivos (mecanismos de proteção e nutrição, como os de sucção e fixação) e posturais (2º etapa do movimento invluntário).  Possui dois estágios: de codificação e de decodificação. Habilidades motoras
  • 24.  Estágio de codificação: coleta de informações, descrita como movimentos involuntários visíveis desde o período fetal até o 4º mês do bebê. Os reflexos aqui buscam juntar informações, meios de nutrição e proteção a partir do movimento.  Estágio de decodificação: processamento das informações, inicia-se por volta do 4º mês, ocorrendo inibições graduais de diversos reflexos conforme o desenvolvimento dos centros cerebrais superiores. Há a substituição sensório- motora pela perceptiva-motora. Habilidades motoras
  • 25.  FASE DO MOVIMENTO RUDIMENTAR – Primeiras configurações do movimento voluntário. Envolvem a estabilidade, como a aquisição do controle de cabeça; tarefas de manipulação, tal como agarrar e soltar; movimentos de locomoção, como engatinhar e marcha.  Estágio de inibição do reflexo: Inicia no nascimento do bebê. Os movimentos reflexos começam a sofrer influências do córtex em desenvolvimento, e de restrições ambientais, levado a inibir alguns reflexos até seu desaparecimento, sendo substituídos por movimentos voluntários.  Estágio pré-motor: +/-1 ano; Movimentos com mais precisão e controle. Ocorre distinções sensoriais e motoras integrando informações perceptivas e motoras. Ocorre a preparação para desenvolver habilidade motoras fundamentais. Habilidades motoras
  • 26.  FASE DO MOVIMENTO FUNDAMENTAL – Ocorre a exploração e a experimentação dos movimentos de estabilidade, locomoção, manipulação (arremessar, pegar). Sofre influência da maturação, condições e contexto do ambiente, período de prática e incentivo.  Estágio inicial (2-3 anos): Tentativas iniciais de realizar uma habilidade. Precária integração espacial e temporal do movimento.  Estágio elementar emergente (3-5 anos): Aumento de aquisição do controle motor e coordenação rítmica. Melhor sincronia espaço-temporal, porém com movimentos restritos ou exagerados, e melhor coordenação.  Estágio proeficente (5-6 anos): Performances eficientes, controladas e coordenadas. Por meio de práticas contínuas, estímulos e instruções ocorrem melhorias em condições de distância, agilidade, quantidade e precisão. Habilidades motoras
  • 27.  FASE DOMOVIMENTO ESPECIALIZADO – Período de refinamento, combinação e reelaboração de habilidades de estabilização, locomoção e manipulação, para uso em condições de maior demanda e atividades complexas.  Estágio de transição (7-8 anos): combinação e aplicação de habilidades motoras fundamentais para realização de habilidades especiais em contextos esportivos e recreativos.  Estágio de aplicação (11-13 anos): busca melhor performance dos movimentos e refinamento de habilidades complexas.  Estágio de utilização ao longo da vida (>14 anos): o topo do desenvolvimento motor. Utilização de todo repertório motor adquirido ao longo da vida. Influenciado pelo tempo, investimento, equipamento e instalações, limitações físicas e mentais, oportunidade e motivação pessoal. Habilidades motoras
  • 28.  EQUILÍBRIO ESTÁTICO – Manter o próprio corpo em estado de equilíbrio, enquanto o centro de gravidade permanece estacionado.  EQUILÍBRIO DINÂMICO – Corpo em estado de equilíbrio, enquanto o centro de gravidade se desloca. Habilidades estabilizadoras  A principal diferença entre o equilíbrio estático e o equilíbrio dinâmico está no movimento do corpo. Se o corpo estiver em repouso, ou seja, parado, ele apresenta equilíbrio estático. Entretanto, se o objeto estiver em movimento retilíneo uniforme, ele possui equilíbrio dinâmico.
  • 30.  MÉTODO BOBATH – Técnica de reabilitação neuromuscular que usa reflexos e estímulos sensoriais a fim de inibir ou provocar resposta motora.  Objetivo: o paciente consiga adquirir melhor sustentação corporal e de reação de equilíbrio, e desenvolver um aumento na capacidade sensorial e motora dos movimentos. MÉTODOS DE REABILITAÇÃO FUNCIONAL  Pode ser aplicado em crianças com apenas atraso no desenvolvimento e em outras condições.  Muito usado em adultos que estão em reabilitação pós AVE (Acidente Vascular Encefálico).
  • 31.  BOLA TERAPÊUTICA – “Bola suíça”, é um recurso bastante utilizado nos tratamentos ortopédicos, neuroevolutivos, na área pediátrica, em adultos e idosos. Presente em pré-parto, academia, yoga, etc. MÉTODOS DE REABILITAÇÃO FUNCIONAL  Objetivos: melhorar mobilidade, estabilidade, equiulíbrio, força, coordenação, circulação, condicionamento cardiorrespiratório e etc.  Contraindicações: Queda álgica (os exercícios não devem causar dor), tonturas ou aumento dos sintomas, incômodo ou ferimento decorrente do exercício.
  • 32.  FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (Método Kabat/ PFN/ FNP) – Possui enfoque terapêutico sempre positivo, visando reforçar e utilizar as capacidades do paciente, tanto físicas quanto patológicas. MÉTODOS DE REABILITAÇÃO FUNCIONAL  Objetivo: auxiliar com que o paciente atinja sua mais elevada funcionalidade.  Procedimentos básicos para a PNF: Resistência; Irradiação e reforço; Contato manual; Posição corporal e biomecânica; Comando verbal; Tração e aproximação; Estiramento; Sincronização dos movimentos; Padrões de facilitação.
  • 33.  MÉTODO PILATES – Método de condicionamento físico que engloba corpo e mente, aumenta a capacidade de movimentos, controle, força, equilíbrio muscular e consciência corporal. MÉTODOS DE REABILITAÇÃO FUNCIONAL  Princípios clássicos: Respiração, concentração, centralização, controle, precisão e fluidez.  Os exercícios são realizados de forma lenta e uniforme, visando fortalecimento global e segmentar, a resistência pode ser decorrente das molas ou do próprio peso do corpo.
  • 34.  Pilates em equipamentos: a resistência é graduada por meio de equipamentos específicos. A resistência das molas pode elevar a dificuldade ou facilitar o exercício. Geram menor impacto nas articulações; menor risco de lesão quando comparado com pesos convencionais, pois a resistência aumenta de forma progressiva, de acordo com a ADM. MÉTODOS DE REABILITAÇÃO FUNCIONAL  Pilates solo: praticante realiza os exercícios no solo e com apenas o peso corporal, sem equipamentos, mas pode associar-se com acessórios (bola terapêutica, faixas elásticas, etc).