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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
TREINAMENTO FUNCIONAL
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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CURSO DE
TREINAMENTO FUNCIONAL
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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22
MÓDULO II
2 BASES NEUROLÓGICAS E A BIOMECÂNICA DO TREINAMENTO FUNCIONAL
Campos e Coraucci (2004) apud Monteiro e Evangelista (2012), relatam que o
treinamento funcional é baseado na estimulação do corpo humano para que sejam
melhoradas todas as qualidades do sistema musculoesquelético, bem como
sistemas interdependentes.
Segundo Wilmore e Costil (1999), o movimento humano é controlado e
regulado pelo sistema nervoso central, sendo o cérebro o controlador principal da
atividade muscular. De tal modo, muitas das atividades ocorrem a nível espinal, em
que os impulsos são integrados e enviados aos órgãos periféricos.
O sistema nervoso central compreende o encéfalo, dividido em cérebro,
diencéfalo, cerebelo e ramo cerebral e a medula espinal, que leva as fibras tanto
sensoriais quanto motoras, unindo encéfalo e a periferia. Já o sistema nervoso
periférico é dividido funcionalmente em divisão sensorial e divisão motora
(CAMPOS; NETO, 2004).
A divisão sensorial é responsável pelo transporte de informações da periferia
rumo ao sistema nervoso central, conhecida como via aferente (leva as
informações). Já a divisão motora, tratada como via eferente (traz de volta às
informações para execução) do sistema nervoso periférico, transmite informações do
sistema nervoso central a inúmeras partes do corpo, decidindo como o mesmo irá
responder a um determinado estímulo.
Como o sistema nervoso controla todas as funções do sistema
musculoesquelético, a ênfase desse treinamento reside nele e em seus
componentes.
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23
A prática do treinamento funcional pode manter ou recuperar a capacidade
funcional do ser humano, independentemente da fase da vida em que se encontram,
sendo uma importante ferramenta para melhorar o condicionamento físico e a saúde
em geral.
Os exercícios funcionais estimulam os chamados proprioceptores, que estão
presentes nos músculos (fusos musculares), nos tendões (órgão tendinoso de golgi-
OTG) e também nas cápsulas articulares (mecanorreceptores articulares –
corpúsculo de Ruffini e Pacini). Esses receptores desempenham, em simultâneo, a
função de detectar todas as variações mecânicas e de enviar a informação recolhida
ao sistema nervoso central. Para além dos proprioceptores, o aparelho vestibular e o
sistema visual também fornecem importantes informações somato sensoriais. Pode-
se dizer, portanto, que a propriocepção é responsável pelo envio constante de
SISTEMA NERVOSO
CONTROLA
SISTEMA MUSCULAR
EXECUTA
SISTEMA ESQUELÉTICO
SUSTENTA
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informação sobre eventuais deslocamentos de segmentos no espaço auxiliando-nos
nas diversas tarefas motoras.
A propriocepção é o termo utilizado para nomear a capacidade em
reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força
exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais,
sem utilizar a visão.
Guyton (2002) refere-se às sensações proprioceptivas como as responsáveis
em informar ao cérebro sobre o estado físico do corpo, incluindo sensações como o
comprimento muscular, tensão nos tendões, angulação das articulações e pressão
plantar.
A propriocepção é um componente chave da estabilidade articular, pelo fato
de seus impulsos aferentes indiretamente produzirem e modularem as
respostas eferentes que permitem ao sistema neuromuscular manter um
equilíbrio de estabilidade, pois as respostas eferentes para as informações
sensoriais resultam em atividades que afetam o tônus muscular, os
programas de execução motora, as percepções somáticas cognitivas e a
estabilização articular reflexa. (CAMPOS; NETO, 2004, p.14)
Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio e a
realização de diversas atividades práticas. Resulta da interação das fibras
musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de
informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno, responsável
pelo equilíbrio.
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25
FIGURA 9: PROPRIOCEPTORES MUSCULARES E TENDINEOS – FUSO
MUSCULAR E OTG
FONTE: Disponível em:
<http://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/imagens/proprio_receptores.jpg
>. Acesso em: 10 jan. 2013.
Inicialmente, os sinais proprioceptivos e os cinestésicos são transmitidos
para a medula espinhal por meio das vias sensoriais aferentes, a informação é
processada em nível do córtex cerebral, que devolve em resposta eferente motora.
A esta resposta chamamos de controle neuromuscular.
O controle neuromuscular é a ativação inconsciente das restrições
dinâmicas que agem na preparação e na resposta do movimento articular, tendo por
finalidade a manutenção e/ou restauração da estabilidade funcional da articulação.
O controle neuromuscular depende da integração das informações que a
articulação manda para o cérebro junto com os sentidos (visão e audição) e os
comandos que o cérebro manda para os músculos na tentativa de manter a
articulação estável enquanto o corpo se prepara para realizar um movimento com
qualidade.
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26
O comprometimento do mecanismo de propriocepção resulta no
comprometimento da estabilização articular neuromuscular reflexa normal, que pode
contribuir para a distensão excessiva da cápsula e ligamentos e potencialmente para
a continuação da lesão.
O procedimento proprioceptivo é extremamente importante, pois ele é bem
ativado e potencializado de forma eficiente, podendo melhorar muito o sistema de
proteção ósteo-mio-articular, além de melhorar o equilíbrio, ajudando na prevenção
ou recuperação de grandes traumas ortopédicos.
FIGURA 10: CONTROLE NEUROMUSCULAR
FONTE: Disponível em: < www.ebah.com.br >. Acesso em: 10 jan. 2013.
Os movimentos realizados pelo corpo humano são sempre influenciados
pelas sensações e suas respectivas percepções que ocorrem durante o
processamento de informações para a realização de um movimento.
Lente (2004) descreve como sensação a capacidade que os animais têm de
codificar certos aspectos da energia física e química que os circunda,
representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos
neurônios, apresentando funções importantíssimas no corpo humano, como a
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própria percepção, o controle da motricidade, a regulação das funções orgânicas e a
manutenção da vigília (sono).
Os exercícios funcionais procuram levar ao praticante, atividades
desafiadoras, sendo assim, os órgãos dos sentidos solicitados. Por isso, é
importante mesclar as atividades para que a informação sensorial seja treinada.
O treinamento funcional também procura desenvolver em seus praticantes
um melhor equilíbrio muscular e uma melhor estabilidade articular. Dessa forma, os
exercícios podem ser criados e modificados de acordo com os planos de
movimentos. Para entendermos melhor é interessante relembrarmos quais são os
planos de movimentos e os eixos do corpo humano.
Os planos do corpo humano são superfícies planas imaginárias que passam
através de partes do corpo, facilitando o estudo da anatomia e a descrição dos
movimentos.
O Plano frontal ou coronal divide o corpo humano em regiões anterior e
posterior (parte da frente e parte de trás). Já o Plano sagital divide o corpo em direita
e esquerda (divide em lados) e o Plano horizontal ou transversal divide o corpo
humano em regiões superior e inferior.
Quando é observado o movimento do corpo humano, aplica-se o
conhecimento de eixo. Os eixos são linhas imaginárias que atravessam os planos do
corpo perpendicularmente. Sendo assim, quando o Plano for sagital o eixo de
movimento será frontal; quando o Plano for frontal o eixo de movimento sagital, e
quando, o Plano for horizontal o eixo será longitudinal. Na figura abaixo podemos
visualizar os planos e eixos de movimento:
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28
FIGURA 11: PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTO
FONTE: Disponível em: < http://nuishbellaluna.files.wordpress.com/2011/07/eixo.jpg>. Acesso
em: 10 jan. 2013.
Na tabela abaixo está um resumo dos movimentos que ocorrem em cada
eixo de movimento:
Tabela 02: Planos e eixos de movimento do corpo humano
FONTE: autora tutorial
PLANO EIXO MOVIMENTO
Frontal Sagital Abdução, adução e inclinação lateral
Sagital Frontal Flexão extensão
Horizontal Longitudinal Rotação interna e externa, pronação e supinação
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FIGURA 12: MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO
FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012.
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30
FIGURA 13: MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO
FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012.
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FIGURA 14: MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO
FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012.
Os exercícios também podem e são realizados em cadeia cinemática aberta
e fechada, conforme o objetivo articular que melhor se enquadra ao
condicionamento físico do indivíduo que o realizará.
A cadeia cinemática nada mais é do que a combinação de várias
articulações que unem segmentos a fim de realizar um movimento específico.
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32
Na Cadeia Cinemática Aberta a extremidade distal se movimenta livremente
durante o exercício. A figura abaixo mostra um exemplo de cadeia cinemática aberta
para os membros superiores.
FIGURA 15: EXERCÍCIO EM CADEIA CINEMÁTICA ABERTA DE MEMBRO
SUPERIOR
FONTE: Disponível em: < www.globalfitness.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.
Este tipo de exercício funcional tem como objetivo:
 Aumento das forças de aceleração;
 Diminuição das forças de resistência;
 Aumentos das forças de distração e rotações;
 Aumentos da deformação dos mecanorreceptores articulares e musculares;
 Força de aceleração concêntrica e desaceleração excêntrica;
 Estímulo de atividade funcional.
Na Cadeia Cinemática Fechada o movimento acontece com a extremidade
distal fixa, pode ser o membro superior ou o membro inferior. A figura abaixo mostra
um exemplo de cadeia cinemática fechada em solo estável para os membros
inferiores.
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33
FIGURA 16: EXERCÍCIO EM CADEIA CINEMÁTICA FECHADA DE
MEMBRO INFERIOR
FONTE: Disponível em: <www.globalfitness.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.
Este tipo de exercício funcional tem como objetivo:
 Aumento das forças de compressão articular;
 Aumento da congruência articular, melhora estabilidade;
 Diminuição das forças de cisilhamento e aceleração;
 Estimulação dos propriceptores;
 Aumento da estabilidade dinâmica;
 Co-contração dos músculos agonistas e antagonistas;
 São essenciais para o treinamento específico de esporte e reabilitação.
A percepção da posição do próprio corpo e de seu movimento no espaço
requer uma combinação de informações provenientes de receptores periféricos de
múltiplos sistemas sensoriais, incluindo o sistema visual, somatossensorial
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34
(receptores proprioceptivos, articulares e cutâneos) e sistema vestibular. Para que
seja possível entender como organizar exercícios funcionais, variando as
solicitações do sistema sensorial, é importante lembrarmos algumas características
desses sistemas:
Tabela 03: Sistemas sensoriais responsáveis pelo controle postural e suas funções
Sistema Sensorial Função
Sistema visual
 Localizar o corpo e perceber seu movimento no
espaço em relação a referências extremas;
 Estabilização da cabeça e do corpo em relação ao
ambiente
Sistema vestibular
 Informação sobre orientação da cabeça em
relação ao campo gravitacional da Terra
 Acelerações lineares e angulares
 Atração gravitacional
Somestesia
 Tato: percepção das características dos objetos
que tocam a pele.
 Propriocepção: capacidade de distinguir as
posições estáticas e dinâmicas do corpo e suas
partes.
 Termossensibilidade: percepção da temperatura
dos objetos e do ar.
 Dor: identificação de estímulos muito fortes,
potenciais ou reais, capazes de causar lesões nos
tecidos.
FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012.
No treinamento funcional, os diferentes sentidos são desafiados para que o
corpo consiga manter melhor controle neuromuscular. Por isso também que os
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35
exercícios devem ser aplicados de forma estática e dinâmica, e também diferenciar o
praticante inicial do avançado, pois as atividades requerem maiores dificuldades.
De acordo com Campos e Coraucci Neto (2004) apud Monteiro e
Evangelista (2012), o treinamento funcional quando aplicado para indivíduos
sedentários, deve ser antecedido por algumas etapas de treinamento que
correspondem à preparação e a melhora da consciência postural e da cinestesia.
Na etapa da preparação o aluno sedentário deve estimular as capacidades
físicas que serão mais utilizadas e que estão mais debilitadas, ou seja, devem
realizar um treinamento de força específico com máquinas ou pesos, treinamento de
resistência aeróbica e treinamento de flexibilidade. Para saber quais grupos
musculares estão mais debilitados é necessário que se faça uma avaliação postural,
bem como, teste de força muscular no aluno para posteriormente desenvolver as
atividades. Aconselha-se também melhorar a resistência dos músculos
estabilizadores da coluna vertebral.
A literatura divide os músculos estabilizadores da coluna em dois grupos: os
músculos profundos (sistema local) e os superficiais (sistema global). Os músculos
profundos são responsáveis pela estabilidade e controle segmentar, sendo estes: os
oblíquos internos, o transverso abdominal, os multífidos, o quadrado lombar e até
mesmo o diafragma. Os músculos superficiais são grandes produtores de força, mas
também contribuem para o suporte da coluna vertebral e da pelve, sendo eles: os
oblíquos externos, os eretores espinhais, o reto abdominal e a fáscia toracolombar
(GOUVEIA e GOUVEIA, 2008; FRANÇA et al., 2008).
Os exercícios realizados em posições menos funcionais, como na posição
deitada, por exemplo, devem ser usados para isolar e melhorar os padrões de
estabilidade. Tal treinamento de estabilização isolada pode ser considerado como a
primeira fase do treinamento. Mas assim que possível, o núcleo de estabilidade deve
ser treinado em exercícios que se assemelham as atividades que o indivíduo
enfrenta no esporte, em sua casa, trabalho e atividades recreativas ou cotidianas
(LIEBENSON, 2006).
Os exercícios do treinamento funcional são compostos por uma combinação
de variáveis que irão determinar seu grau de funcionalidade, são elas: qualidades
físicas trabalhadas (equilíbrio, força, velocidade, resistência, flexibilidade, potência),
padrões de movimento (lançar, puxar, empurrar, agachar, carregar, levantar),
AN02FREV001/REV 4.0
36
integração do movimento (isolado, multiarticular, integrado), equipamentos utilizados
(barra, elástico, bola, prancha, disco, medicine ball, pesos livres), acessórios
naturais (olhos abertos ou fechados, unilateral ou bilateral, um apoio, dois apoios,
três apoios, quatro apoios) e nível de dificuldade (iniciante, intermediário, avançado)
(D’ELIA e D’ELIA, 2005).
Essas variáveis são combinadas objetivando a formação de um exercício
que leve em consideração a transferência do mesmo para o esporte desejado.
Entendendo que existam três níveis de dificuldade (iniciante, intermediário e
avançado), o primeiro nível pode utilizar um exercício que trabalhe apenas uma
capacidade física, um padrão de movimento, a integração do movimento isolado ou
no máximo multiarticulado, poucos equipamentos e os acessórios naturais mais
simples como olhos abertos. Conforme o indivíduo for melhorando sua resistência
aos exercícios, novas combinações de atividades devem ser aplicadas, sempre
dificultando o estímulo do treinamento.
O treinamento funcional auxilia os músculos agonistas e antagonistas a
estabilizarem o complexo articular ativamente, sendo que o aumento da força é
consequência do aumento da sensitividade do reflexo monossináptico de
alongamento. Assim, o sistema neuromuscular é capaz de ativar os músculos mais
eficientemente no início do desenvolvimento de força. Do ponto de vista funcional,
isso é importante para estabilizar o complexo articular em situações de instabilidade,
evitando lesões (NOGUEIRA e DEL VECCHIO, 2008).
FIM DO MÓDULO II

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Curso de Treinamento Funcional

  • 1. AN02FREV001/REV 4.0 20 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE TREINAMENTO FUNCIONAL Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação
  • 2. AN02FREV001/REV 4.0 21 CURSO DE TREINAMENTO FUNCIONAL MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
  • 3. AN02FREV001/REV 4.0 22 MÓDULO II 2 BASES NEUROLÓGICAS E A BIOMECÂNICA DO TREINAMENTO FUNCIONAL Campos e Coraucci (2004) apud Monteiro e Evangelista (2012), relatam que o treinamento funcional é baseado na estimulação do corpo humano para que sejam melhoradas todas as qualidades do sistema musculoesquelético, bem como sistemas interdependentes. Segundo Wilmore e Costil (1999), o movimento humano é controlado e regulado pelo sistema nervoso central, sendo o cérebro o controlador principal da atividade muscular. De tal modo, muitas das atividades ocorrem a nível espinal, em que os impulsos são integrados e enviados aos órgãos periféricos. O sistema nervoso central compreende o encéfalo, dividido em cérebro, diencéfalo, cerebelo e ramo cerebral e a medula espinal, que leva as fibras tanto sensoriais quanto motoras, unindo encéfalo e a periferia. Já o sistema nervoso periférico é dividido funcionalmente em divisão sensorial e divisão motora (CAMPOS; NETO, 2004). A divisão sensorial é responsável pelo transporte de informações da periferia rumo ao sistema nervoso central, conhecida como via aferente (leva as informações). Já a divisão motora, tratada como via eferente (traz de volta às informações para execução) do sistema nervoso periférico, transmite informações do sistema nervoso central a inúmeras partes do corpo, decidindo como o mesmo irá responder a um determinado estímulo. Como o sistema nervoso controla todas as funções do sistema musculoesquelético, a ênfase desse treinamento reside nele e em seus componentes.
  • 4. AN02FREV001/REV 4.0 23 A prática do treinamento funcional pode manter ou recuperar a capacidade funcional do ser humano, independentemente da fase da vida em que se encontram, sendo uma importante ferramenta para melhorar o condicionamento físico e a saúde em geral. Os exercícios funcionais estimulam os chamados proprioceptores, que estão presentes nos músculos (fusos musculares), nos tendões (órgão tendinoso de golgi- OTG) e também nas cápsulas articulares (mecanorreceptores articulares – corpúsculo de Ruffini e Pacini). Esses receptores desempenham, em simultâneo, a função de detectar todas as variações mecânicas e de enviar a informação recolhida ao sistema nervoso central. Para além dos proprioceptores, o aparelho vestibular e o sistema visual também fornecem importantes informações somato sensoriais. Pode- se dizer, portanto, que a propriocepção é responsável pelo envio constante de SISTEMA NERVOSO CONTROLA SISTEMA MUSCULAR EXECUTA SISTEMA ESQUELÉTICO SUSTENTA
  • 5. AN02FREV001/REV 4.0 24 informação sobre eventuais deslocamentos de segmentos no espaço auxiliando-nos nas diversas tarefas motoras. A propriocepção é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Guyton (2002) refere-se às sensações proprioceptivas como as responsáveis em informar ao cérebro sobre o estado físico do corpo, incluindo sensações como o comprimento muscular, tensão nos tendões, angulação das articulações e pressão plantar. A propriocepção é um componente chave da estabilidade articular, pelo fato de seus impulsos aferentes indiretamente produzirem e modularem as respostas eferentes que permitem ao sistema neuromuscular manter um equilíbrio de estabilidade, pois as respostas eferentes para as informações sensoriais resultam em atividades que afetam o tônus muscular, os programas de execução motora, as percepções somáticas cognitivas e a estabilização articular reflexa. (CAMPOS; NETO, 2004, p.14) Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio e a realização de diversas atividades práticas. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio.
  • 6. AN02FREV001/REV 4.0 25 FIGURA 9: PROPRIOCEPTORES MUSCULARES E TENDINEOS – FUSO MUSCULAR E OTG FONTE: Disponível em: <http://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/imagens/proprio_receptores.jpg >. Acesso em: 10 jan. 2013. Inicialmente, os sinais proprioceptivos e os cinestésicos são transmitidos para a medula espinhal por meio das vias sensoriais aferentes, a informação é processada em nível do córtex cerebral, que devolve em resposta eferente motora. A esta resposta chamamos de controle neuromuscular. O controle neuromuscular é a ativação inconsciente das restrições dinâmicas que agem na preparação e na resposta do movimento articular, tendo por finalidade a manutenção e/ou restauração da estabilidade funcional da articulação. O controle neuromuscular depende da integração das informações que a articulação manda para o cérebro junto com os sentidos (visão e audição) e os comandos que o cérebro manda para os músculos na tentativa de manter a articulação estável enquanto o corpo se prepara para realizar um movimento com qualidade.
  • 7. AN02FREV001/REV 4.0 26 O comprometimento do mecanismo de propriocepção resulta no comprometimento da estabilização articular neuromuscular reflexa normal, que pode contribuir para a distensão excessiva da cápsula e ligamentos e potencialmente para a continuação da lesão. O procedimento proprioceptivo é extremamente importante, pois ele é bem ativado e potencializado de forma eficiente, podendo melhorar muito o sistema de proteção ósteo-mio-articular, além de melhorar o equilíbrio, ajudando na prevenção ou recuperação de grandes traumas ortopédicos. FIGURA 10: CONTROLE NEUROMUSCULAR FONTE: Disponível em: < www.ebah.com.br >. Acesso em: 10 jan. 2013. Os movimentos realizados pelo corpo humano são sempre influenciados pelas sensações e suas respectivas percepções que ocorrem durante o processamento de informações para a realização de um movimento. Lente (2004) descreve como sensação a capacidade que os animais têm de codificar certos aspectos da energia física e química que os circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios, apresentando funções importantíssimas no corpo humano, como a
  • 8. AN02FREV001/REV 4.0 27 própria percepção, o controle da motricidade, a regulação das funções orgânicas e a manutenção da vigília (sono). Os exercícios funcionais procuram levar ao praticante, atividades desafiadoras, sendo assim, os órgãos dos sentidos solicitados. Por isso, é importante mesclar as atividades para que a informação sensorial seja treinada. O treinamento funcional também procura desenvolver em seus praticantes um melhor equilíbrio muscular e uma melhor estabilidade articular. Dessa forma, os exercícios podem ser criados e modificados de acordo com os planos de movimentos. Para entendermos melhor é interessante relembrarmos quais são os planos de movimentos e os eixos do corpo humano. Os planos do corpo humano são superfícies planas imaginárias que passam através de partes do corpo, facilitando o estudo da anatomia e a descrição dos movimentos. O Plano frontal ou coronal divide o corpo humano em regiões anterior e posterior (parte da frente e parte de trás). Já o Plano sagital divide o corpo em direita e esquerda (divide em lados) e o Plano horizontal ou transversal divide o corpo humano em regiões superior e inferior. Quando é observado o movimento do corpo humano, aplica-se o conhecimento de eixo. Os eixos são linhas imaginárias que atravessam os planos do corpo perpendicularmente. Sendo assim, quando o Plano for sagital o eixo de movimento será frontal; quando o Plano for frontal o eixo de movimento sagital, e quando, o Plano for horizontal o eixo será longitudinal. Na figura abaixo podemos visualizar os planos e eixos de movimento:
  • 9. AN02FREV001/REV 4.0 28 FIGURA 11: PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTO FONTE: Disponível em: < http://nuishbellaluna.files.wordpress.com/2011/07/eixo.jpg>. Acesso em: 10 jan. 2013. Na tabela abaixo está um resumo dos movimentos que ocorrem em cada eixo de movimento: Tabela 02: Planos e eixos de movimento do corpo humano FONTE: autora tutorial PLANO EIXO MOVIMENTO Frontal Sagital Abdução, adução e inclinação lateral Sagital Frontal Flexão extensão Horizontal Longitudinal Rotação interna e externa, pronação e supinação
  • 10. AN02FREV001/REV 4.0 29 FIGURA 12: MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012.
  • 11. AN02FREV001/REV 4.0 30 FIGURA 13: MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012.
  • 12. AN02FREV001/REV 4.0 31 FIGURA 14: MOVIMENTOS ARTICULARES DO CORPO HUMANO FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012. Os exercícios também podem e são realizados em cadeia cinemática aberta e fechada, conforme o objetivo articular que melhor se enquadra ao condicionamento físico do indivíduo que o realizará. A cadeia cinemática nada mais é do que a combinação de várias articulações que unem segmentos a fim de realizar um movimento específico.
  • 13. AN02FREV001/REV 4.0 32 Na Cadeia Cinemática Aberta a extremidade distal se movimenta livremente durante o exercício. A figura abaixo mostra um exemplo de cadeia cinemática aberta para os membros superiores. FIGURA 15: EXERCÍCIO EM CADEIA CINEMÁTICA ABERTA DE MEMBRO SUPERIOR FONTE: Disponível em: < www.globalfitness.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. Este tipo de exercício funcional tem como objetivo:  Aumento das forças de aceleração;  Diminuição das forças de resistência;  Aumentos das forças de distração e rotações;  Aumentos da deformação dos mecanorreceptores articulares e musculares;  Força de aceleração concêntrica e desaceleração excêntrica;  Estímulo de atividade funcional. Na Cadeia Cinemática Fechada o movimento acontece com a extremidade distal fixa, pode ser o membro superior ou o membro inferior. A figura abaixo mostra um exemplo de cadeia cinemática fechada em solo estável para os membros inferiores.
  • 14. AN02FREV001/REV 4.0 33 FIGURA 16: EXERCÍCIO EM CADEIA CINEMÁTICA FECHADA DE MEMBRO INFERIOR FONTE: Disponível em: <www.globalfitness.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013. Este tipo de exercício funcional tem como objetivo:  Aumento das forças de compressão articular;  Aumento da congruência articular, melhora estabilidade;  Diminuição das forças de cisilhamento e aceleração;  Estimulação dos propriceptores;  Aumento da estabilidade dinâmica;  Co-contração dos músculos agonistas e antagonistas;  São essenciais para o treinamento específico de esporte e reabilitação. A percepção da posição do próprio corpo e de seu movimento no espaço requer uma combinação de informações provenientes de receptores periféricos de múltiplos sistemas sensoriais, incluindo o sistema visual, somatossensorial
  • 15. AN02FREV001/REV 4.0 34 (receptores proprioceptivos, articulares e cutâneos) e sistema vestibular. Para que seja possível entender como organizar exercícios funcionais, variando as solicitações do sistema sensorial, é importante lembrarmos algumas características desses sistemas: Tabela 03: Sistemas sensoriais responsáveis pelo controle postural e suas funções Sistema Sensorial Função Sistema visual  Localizar o corpo e perceber seu movimento no espaço em relação a referências extremas;  Estabilização da cabeça e do corpo em relação ao ambiente Sistema vestibular  Informação sobre orientação da cabeça em relação ao campo gravitacional da Terra  Acelerações lineares e angulares  Atração gravitacional Somestesia  Tato: percepção das características dos objetos que tocam a pele.  Propriocepção: capacidade de distinguir as posições estáticas e dinâmicas do corpo e suas partes.  Termossensibilidade: percepção da temperatura dos objetos e do ar.  Dor: identificação de estímulos muito fortes, potenciais ou reais, capazes de causar lesões nos tecidos. FONTE: Monteiro e Evangelista, 2012. No treinamento funcional, os diferentes sentidos são desafiados para que o corpo consiga manter melhor controle neuromuscular. Por isso também que os
  • 16. AN02FREV001/REV 4.0 35 exercícios devem ser aplicados de forma estática e dinâmica, e também diferenciar o praticante inicial do avançado, pois as atividades requerem maiores dificuldades. De acordo com Campos e Coraucci Neto (2004) apud Monteiro e Evangelista (2012), o treinamento funcional quando aplicado para indivíduos sedentários, deve ser antecedido por algumas etapas de treinamento que correspondem à preparação e a melhora da consciência postural e da cinestesia. Na etapa da preparação o aluno sedentário deve estimular as capacidades físicas que serão mais utilizadas e que estão mais debilitadas, ou seja, devem realizar um treinamento de força específico com máquinas ou pesos, treinamento de resistência aeróbica e treinamento de flexibilidade. Para saber quais grupos musculares estão mais debilitados é necessário que se faça uma avaliação postural, bem como, teste de força muscular no aluno para posteriormente desenvolver as atividades. Aconselha-se também melhorar a resistência dos músculos estabilizadores da coluna vertebral. A literatura divide os músculos estabilizadores da coluna em dois grupos: os músculos profundos (sistema local) e os superficiais (sistema global). Os músculos profundos são responsáveis pela estabilidade e controle segmentar, sendo estes: os oblíquos internos, o transverso abdominal, os multífidos, o quadrado lombar e até mesmo o diafragma. Os músculos superficiais são grandes produtores de força, mas também contribuem para o suporte da coluna vertebral e da pelve, sendo eles: os oblíquos externos, os eretores espinhais, o reto abdominal e a fáscia toracolombar (GOUVEIA e GOUVEIA, 2008; FRANÇA et al., 2008). Os exercícios realizados em posições menos funcionais, como na posição deitada, por exemplo, devem ser usados para isolar e melhorar os padrões de estabilidade. Tal treinamento de estabilização isolada pode ser considerado como a primeira fase do treinamento. Mas assim que possível, o núcleo de estabilidade deve ser treinado em exercícios que se assemelham as atividades que o indivíduo enfrenta no esporte, em sua casa, trabalho e atividades recreativas ou cotidianas (LIEBENSON, 2006). Os exercícios do treinamento funcional são compostos por uma combinação de variáveis que irão determinar seu grau de funcionalidade, são elas: qualidades físicas trabalhadas (equilíbrio, força, velocidade, resistência, flexibilidade, potência), padrões de movimento (lançar, puxar, empurrar, agachar, carregar, levantar),
  • 17. AN02FREV001/REV 4.0 36 integração do movimento (isolado, multiarticular, integrado), equipamentos utilizados (barra, elástico, bola, prancha, disco, medicine ball, pesos livres), acessórios naturais (olhos abertos ou fechados, unilateral ou bilateral, um apoio, dois apoios, três apoios, quatro apoios) e nível de dificuldade (iniciante, intermediário, avançado) (D’ELIA e D’ELIA, 2005). Essas variáveis são combinadas objetivando a formação de um exercício que leve em consideração a transferência do mesmo para o esporte desejado. Entendendo que existam três níveis de dificuldade (iniciante, intermediário e avançado), o primeiro nível pode utilizar um exercício que trabalhe apenas uma capacidade física, um padrão de movimento, a integração do movimento isolado ou no máximo multiarticulado, poucos equipamentos e os acessórios naturais mais simples como olhos abertos. Conforme o indivíduo for melhorando sua resistência aos exercícios, novas combinações de atividades devem ser aplicadas, sempre dificultando o estímulo do treinamento. O treinamento funcional auxilia os músculos agonistas e antagonistas a estabilizarem o complexo articular ativamente, sendo que o aumento da força é consequência do aumento da sensitividade do reflexo monossináptico de alongamento. Assim, o sistema neuromuscular é capaz de ativar os músculos mais eficientemente no início do desenvolvimento de força. Do ponto de vista funcional, isso é importante para estabilizar o complexo articular em situações de instabilidade, evitando lesões (NOGUEIRA e DEL VECCHIO, 2008). FIM DO MÓDULO II