Este documento discute a importância da radioterapia no tratamento do câncer do colo do útero. A radioterapia é um recurso terapêutico amplamente utilizado para reduzir e eliminar tumores causados pelo câncer do colo do útero, porém pode causar efeitos colaterais. O documento revisa os diferentes métodos de radioterapia como braquiterapia e teleterapia e discute como cada um atua no tratamento da doença.
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Artigo bioterra v17_n2_06
1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 17 - Número 2 - 2º Semestre 2017
A importância da radioterapia no tratamento do câncer do colo do útero
Bruna Karoline Chagas do Carmo1
, Gilcimar moreira da silva2
, Kleyze Kelly de Lima Barbosa3
, Luiz Carlos
Nascimento da Silva4
, Rubens Alex de Oliveira Menezes5
, Flávio Henrique Ferreira Barbosa6
, Gislaine Monteiro
Ribeiro7
RESUMO
Em sentido geral a nomenclatura científica conhecida como Câncer do colo do útero é utilizada
para denominar uma grande variedade de tumores “malignos” ou neoplasias que acabam de
ampliar-se gerando a destruição orgânica devido seu caráter invasivo e disseminador contribuindo
para distúrbios no sistema imunológico das pessoas em qualquer idade. Algumas vezes, o tumor
pode ser destruído pela radioterapia, não havendo necessidade de procedimento invasivo e
dolorosos para os acometidos. O objetivo principal desse artigo é demonstrar a importância da
radioterapia no tratamento do câncer do colo do útero. A metodologia aplicada neste estudo se
contextualiza em meio a uma revisão bibliográfica sustentada por autores especialistas no assunto
proposto. As discussões sobre o assunto enfatizaram que o tratamento radioterápico expõe o
paciente a métodos distintos como: a braquiterapia e teleterapia e a quimioterapia. Portanto, a
radioterapia como um dos procedimentos médicos de tratamento do câncer do colo do útero pode
levar a cura de tal enfermidade. O presente estudo demonstra que a radioterapia é um recurso
terapêutico largamente utilizado para reduzir e eliminar os tumores oriundos do câncer do colo do
útero, mas como em qualquer tratamento médico, os efeitos colaterais e mudanças no corpo do
paciente sempre podem ocorre.
Palavras Chave: Câncer do colo do útero, Tratamento, Radioterapia.
The importance of radiation therapy in the treatment of cancer of the cervix
ABSTRACT
In a general sense the scientific nomenclature known as cancer of the cervix is used to denote a
variety of "malignant" tumors or neoplasms that have just expand due generate organic destruction
and its invasive nature spreader contributing to the immune system disorders people at any age.
Sometimes the tumor can be destroyed by radiotherapy, with no need for invasive and painful for
the affected procedure. The main objective of this paper is to demonstrate the importance of
radiotherapy in the treatment of cervical cancer. The methodology applied in this study is
contextualized amid a literature review supported by expert authors on the proposed subject.
Discussions on the subject emphasized that radiotherapy exposes patients to different methods
such as brachytherapy and tele therapy and chemotherapy. Therefore, radiotherapy medical
procedures as a treatment of cervical cancer may lead to cure such disease. The present study
demonstrates that radiation therapy is a therapeutic tool widely used to reduce and eliminate
tumors originating from cervical cancer, but as with any medical treatment, side effects and
changes in the patient's body can always occur.
Keywords: Cancer of the cervix, Treatment, Radiotherapy.
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2. INTRODUÇÃO
O tratamento e o combate do câncer
do colo do útero por meio da radioterapia é
um dos grandes avanços científicos para a
medicina. Com isso, diversos meios
terapêuticos têm auxiliado as pacientes na
cura para essa patologia.
Consequentemente, o uso da
radiação tem sido uma das práticas adotadas
mais eficazes contra o câncer do colo do
útero por causa de sua capacidade de destruir
tecidos e seus benefícios no tratamento de
lesões. Contudo, este procedimento produz
sérios efeitos colaterais, no início ou após o
tratamento radioterápico (CLARCK;
MCGEE, 2007).
Deste modo, os procedimentos que
envolvem a radioterapia proporcionam um
tratamento de todas as partes afetadas do
corpo, e principalmente o colo do útero.
Assim, essa doença tem afetado milhares de
mulheres brasileiras. Por outro lado, a
radioterapia promove melhorias
significativas neste tipo de câncer, uma vez
que prepara a paciente para o tratamento
final, a cirurgia médica (CLARCK; MCGEE,
2007).
Aborda como a radioterapia externa
e interna, é um recurso terapêutico eficaz
para destruir as células cancerosas e reduzir o
tamanho dos tumores na fase inicial. Neste
sentido, este trabalho enfatiza que não existe
uma idade mínima para a incidência da
doença, uma vez que toda mulher precisa
estar ciente dos riscos existentes e realizar
periodicamente o exame de Papanicolau
como estratégia de rastreamento do câncer de
colo uterino.
Desta forma, o estudo averigua os
métodos de radioterapia e como se
condicionam no tratamento, identifica as
causas, os elementos que levam a ocorrência
da doença e da infecção pelo papiloma vírus
humano (HPV). Aborda os principais meios
de tratamento nessa modalidade de câncer e
suas incidências. Especifica, de forma clara,
como a radioterapia atua no tratamento para
proporcionar ao paciente uma vida saudável
após os severos meios clínicos empregados.
Portanto, a paciente em tratamento
do câncer no colo do útero precisa está
previamente ciente de todos os métodos que
serão utilizados durante o processo de
combate e cura da doença.
Recebendo todos os cuidados
ambulatoriais necessários dos hospitais e
clínicas, bem como o acompanhamento dos
profissionais da equipe médica para que
possam promover o restabelecimento da
saúde com esta patologia.
Norteado por tais discussões o
principal objetivo desse artigo é demonstrar a
importância da radioterapia no tratamento do
câncer do colo do útero.
MATERIAL E MÉTODOS
O método utilizado para elaborar o
trabalho foi o indutivo, que segundo Severino
(2009, p.104) é um “procedimento lógico
pelo qual se passa de alguns fatos
particulares a um princípio geral (...)” A
pesquisa utilizada foi de cunho bibliográfico,
que conforme Severino (2009, p.122) “é
aquela que se realiza a partir do registro
disponível, decorrente de pesquisas
anteriores, em documentos impressos, como
livros, artigos, revistas etc...”e publicações
estrangeiras que abordam o tema sobre o
câncer do útero.
A metodologia aplicada na
constituição deste estudo se viabilizou por
meio de uma revisão bibliográfica, alicerçada
por livros, artigos, revistas eletrônicas, teses
de mestrados, trabalhos de conclusão de
curso, periódicos eletrônicos, monografias e
outros recursos que viabilizam informações
detalhadas a respeito do assunto. Dito isso,
foram utilizadas referências nacionais e
internacionais a respeito deste assunto,
devido à grande propriedade que os trabalhos
internacionais dispõem a respeito da
radioterapia no tratamento do câncer do colo
de útero.
O trabalho ora exposto tem como
base científica o método indutivo. Este tipo
de estudo é conceituado por Rampazzo
(2010, p.3) quando declara: “a ela segue a
parte positiva, que se fundamenta na
3. observação dos fenômenos. Esta não pode
limitar-se a poucos casos, mas deve abranger,
de maneira panorâmica, todos os casos
possíveis, para, daí, descobrir as causas dos
fenômenos”.
Assim, o artigo define o conceito do
câncer do colo do útero, de radiologia, os
avanços tecnológicos e os métodos eficazes
na concepção de diversos autores científicos.
Aborda os cuidados que todas as mulheres
devem tomar para evitarem ser acometidas
por este tipo de câncer. Os teóricos
apresentados formulam vários percentuais
para descrever o alcance desta patologia,
sendo os exames clínicos necessários para
diagnosticar dos casos decorrentes do câncer
do colo do útero.
Diante disso, os materiais e métodos
utilizados na produção desta obra são
encontrados em publicações de cunho
médico e científico, devidamente publicados
e disponíveis para a pesquisa. No final dessa
investigação foi concluído que embora o
tratamento radiológico do câncer do colo do
útero seja um tratamento invasivo, a boa
aceitação da paciente, somado aos cuidados
habituais ginecológicos, favorece a cura
contra esta patologia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
- Conceito de Radioterapia
Existem diversos conceitos a
respeito da radiologia e seu detalhamento,
sendo que uma técnica é utilizada no
tratamento de câncer em estado avançado,
onde os medicamentos manipulados já não
surtem mais efeitos desejados e que a única
forma de tratamento é a técnica de
radioterapia.
Quanto a isso, Rubo (2009, p.72)
conceitua:
Também conhecida como
TELETERAPIA é a
forma de radioterapia em
que a fonte de radiação é
posicionada externamente
ao paciente. Sua aplicação
é ambulatorial e
dependerá do tipo do
câncer e da profundidade
na qual se encontra o
tumor. O equipamento
utilizado nesse tipo de
tratamento normalmente é
o acelerador linear,
bomba de cobalto ou um
aparelho de ortovoltagem.
Ele emite feixes de
irradiação que atingem o
tumor, depois de
atravessarem vários
tecidos.
Em outra definição pose-se
delimitar que a radioterapia é o uso
controlado de radiações ionizantes para fins
terapêuticos, principalmente de neoplasias
malignas. As radiações dizem-se ionizantes
por levarem à formação de ions nos meios
sobre os quais incidem, induzindo
modificações mais ou menos importantes nas
moléculas nativas (SMITH et al., 2009).
Tal procedimento trata o câncer com
extrema severidade, ocasionando efeitos
colaterais ao organismo devido aos altos
índices de radiação que esta técnica projeta
ao paciente, reorganizando as funções
moleculares contribuindo para o
aparecimento de problemas no
funcionamento do corpo.
Um dos princípios da radioterapia é
tratar o volume tumoral, ou o local onde este
se encontra, preservando ao máximo as
estruturas normais vizinhas. Pois bem, com a
braquiterapia é possível irradiar-se volumes
alvo muito pequeno com uma alta dose, pois
conforme nos distanciamos do elemento
radioativo a dose decai rapidamente,
poupando-se, portanto, as estruturas normais
vizinhas de receberem a dose total prescrita
(VODUC et al., 2010).
Outro conceito em relação ao
método terapêutico se manifesta em função
da promoção e objetivo da radioterapia no
tratamento da enfermidade e como ela se
manifesta durante a exposição dos tecidos.
No entendimento de Abrão (2005, p.
77):
A radioterapia tem como
principal objetivo curar
uma enfermidade que
esteja presente ou evitar o
4. seu reaparecimento após a
quimioterapia ou cirurgia.
Além disso, ela pode ser
utilizada para controlar
sintomas, como,
sangramento, dores, ou
outros causados pela
presença de doença.
Estas características se remetem de
forma constante em pacientes com câncer,
esta técnica, viabiliza a cura da enfermidade
para que não apareçam os sintomas
novamente no indivíduo contribuindo para
uma vida saudável além da reformulação do
tecido. Os procedimentos que envolvem a
radioterapia são altamente incisivos no
tratamento da doença. No entanto, podem
afetar de forma predatória outras partes do
corpo humano, produzindo efeitos colaterais,
como no caso de sangramento. Pollock
(2006, p.41) disserta:
Radioterapia estereotáxica
“Fracionada”. Permite o
tratamento exclusivo de
pequenas lesões que não
puderam ser removidas
por meio da cirurgia
convencional,
preservando os tecidos
sadios. A Radioterapia
Estereotáxica utiliza um
mapa tridimensional
(sistema de coordenadas)
para empregar uma
quantidade de radiação
fracionada somente em
local pré-determinado. O
tratamento é semelhante
ao da Radiocirurgia. A
diferença básica é a de
que, por esta forma de
Radioterapia são feitas
múltiplas aplicações de
radiação, por dois
motivos: tornar o
tratamento mais eficaz ou
mesmo para evitar
complicações
neurológicas.
Esta forma de tratamento promove a
remoção de lesões que por algum motivo não
puderam ser removidas por intermédio de
cirurgia, contemplando a prevalência sadia
de tecidos, pois, a técnica se materializa em
função da radiação fracionada diretamente na
área afetada. Outro procedimento que
envolve a radioterapia é definido por Halbe
(2000, p.83), conceituando a braquiterapia:
Radioterapia interna
(Braquiterapia) também é
uma forma de
radioterapia. Só que neste
tratamento a radiação tem
origem em materiais
radioativos introduzidos
dentro e/ou ao redor do
tumor. Essa proximidade
atinge um número menor
de células sadias.
Consequentemente, o
procedimento permite a
aplicação de doses
maiores de radiação, em
intervalos de tempo
menores e em volumes de
tecido mais restritos.
Divide-se em
Braquiterapia de baixa
taxa de dose (LDR); e de
alta taxa de dose (HDR).
Esta técnica envolve altos índices de
radiação que penetram incisivamente no
corpo da acometida, uma vez que os
tratamentos convencionais não surtiram
efeito desejado e a intensidade deste
tratamento é inevitável para o sucesso do
mesmo, o que por sua vez prejudica células
sadias em consequência outros problemas de
saúde começam a surgir.
- Evolução radioterapia
O uso das radiações com fins
terapêuticos começou muito antes do que se
imagina. Já antes de 1900, tinha-se percebido
que a radiação destruía tecidos e que podia
ser usada para tratamento de qualquer tipo de
lesão, pelo menos era assim que se pensava
na época. Isso quer dizer que mesmo
conhecendo muito pouco sobre os efeitos da
radiação, esta era empregada empiricamente
de forma inconsequente (VODUC et al.,
2010). Para Smith et al (2009, p.52) como
eram feitos os trabalhos com a radiação:
5. É possível imaginar a
quanta radiação os
pacientes eram expostos,
já que, em alguns locais,
as sessões de terapia eram
feitas conjuntamente, isto
é, diversos pacientes
sentados numa sala, um
ao lado do outro, cada um
segurando uma fonte de
rádio sobre sua lesão por
um tempo definido de
forma totalmente empírica
e grosseira.
A radioterapia é um tratamento que
se consolida pelo combate a tumores em
todas as partes do corpo. A primeira forma de
utilizar a radiação não foi através de um
aparelho colocado distante do tumor
(teleterapia). Na verdade, eram isótopos
colocados em contato com o tumor, a
braquiterapia (RUBO, 2009).
A partir daí os aparelhos de radiação
foram usados para diagnóstico. No entanto,
de forma absolutamente empírica, observou-
se que regrediam as lesões de pele daqueles
que por ventura estivessem lidando com as
máquinas de raios X. Diante de tal evidência,
a radiação foi utilizada especificamente para
esse tipo de tratamento, sem nenhuma
proteção (AMERICAN ASSOCIATIONOF
PHYSICISTS IN MEDICINE, 2006).
Com o passar do tempo, porém, a
radiação passou a ser gerada por pastilhas, as
bombas de cobalto, colocadas num cabeçote
e cercadas de enorme proteção. A título de
curiosidade, depois dos grandes acidentes
com radioatividade que ocorreram em seu
território, o Brasil é o país do mundo que
conta com as melhores barreiras de proteção
(SMITH; ROSS, 2004).
Os princípios que envolvem o
tratamento da radioterapia podem ser
mensurados a partir da determinação ou
identificação do alvo (local) a ser tratado em
função de métodos de imagem com o
paciente na mesma posição de tratamento.
Para Pollock et al (2006, p.66), os tipos de
simulação para a realização do exame de
raios X feitos pelo simulador convencional
são:
- Simulação Simples: Para
realizá-la, utiliza-se
equipamento de raio-X,
simulador convencional
ou o próprio equipamento
de tratamento, através de
incidência única, sem
contraste. A definição de
região a ser tratada é feita
apenas por referências
anatômicas.
-Simulação Intermediária:
Para realizá-la, utiliza-se
equipamento de raio-X,
simulador convencional
ou o próprio equipamento
de tratamento, através de
incidências múltiplas e/ou
com contraste em um
órgão.
- Simulação Complexa:
Para realizá-la, utiliza-se
equipamento de raio-X,
simulador convencional
ou o próprio equipamento
de tratamento, com
contraste em um mais de
órgão ou pelo uso de
tomógrafo
computadorizado.
As formas de tratamento das
simulações que norteiam o universo da
radioterapia são distintas entre si e são
executadas conforme o diagnóstico médico a
que se destina o ideal tratamento.
Neste contexto que tanto os efeitos
benéficos como os indesejados dependem da
dose utilizada e da área do corpo que está
sendo tratada. É possível, em muitas
ocasiões, o paciente não ter qualquer efeito
colateral durante o tratamento ou apresentar
apenas uma reação passageira na pele por
onde a radiação atravessou. Como cada efeito
colateral depende de cada caso, é muito
importante que o paciente seja orientado pelo
médico quanto a esses efeitos e como tratá-
los ou amenizá-los (SMITH et al., 2009).
Segundo Voduc et al (2010) eles
variam em função da área tratada e da dose.
Muitos efeitos colaterais, porém,
desaparecem rapidamente após o término do
tratamento. Alguns deles são:
6. - Tristeza - é o estado emocional mais
comumente observado. Uma atitude positiva
perante o tratamento ajuda muito;
- Cansaço - dormir bastante e alternar
períodos de atividades com períodos de
repouso;
- Náusea e vômitos - podem ser controlados
com medicação. Mudanças na dieta, redução
dos condimentos (pimenta e temperos fortes)
podem ajudar;
- Perda do apetite - refeições devem ser feitas
em pequenas quantidades e com mais
frequência;
- Diarreia - a irradiação do abdome pode
desencadear aumento das evacuações. Beber
muito líquido e evitar alimentos com muitas
fibras (vegetais crus e frutas frescas como
laranjas) são dicas importantes;
- Mudança de paladar - a irradiação das
lesões na boca e no pescoço alteram a
capacidade de perceber o sabor dos
alimentos. Ao término do tratamento estas
alterações voltam ao normal após um
determinado período;
- Boca irritada - durante o tratamento de
lesões de cabeça e pescoço, a boca fica
ressecada e muitas vezes com lesões do tipo
"aftas". Manter a boca úmida e limpa,
fazendo bochechos com água bicarbonatada
ajuda bastante.
- O Câncer de Colo do Útero, uma Visão
Clínica
O câncer de colo de útero é o tipo
mais agressivo para a paciente. Neste
sentido, se delimita como um problema de
saúde pública mundial. No Brasil, essa
patologia é a principal responsável pelas
mortes entre a população feminina, ficando
atrás somente do câncer de mama. Podendo
ser facilmente identificado por meio de
procedimentos ambulatoriais de rotina.
As problemáticas que desencadeiam
este tipo de câncer são descobertas
facilmente no exame preventivo, conhecido
também como Papanicolau, por isso é
importante a sua realização periódica para se
avaliar os perigos quanto a incidência desta
patologia.
O Instituto Nacional do Câncer
(INCA) reconhece o teste citológico de
Papanicolau como efetivo no diagnóstico
precoce e na prevenção do câncer invasivo
do colo do útero. É essencial uma análise
deste tipo de doença através de uma análise
da infecção pelo papiloma vírus humano
(HPV), com alguns subtipos de alto risco e
relacionados com tumores malignos.
Este tipo de câncer se desenvolve a
partir de uma infecção desenvolvida pelo
vírus HPV transmitido fundamentalmente
nas relações sexuais. Vale ressaltar ainda que
o vírus está presente em outros casos de
câncer como o cervical, o método mais
simples de prevenção se estabelece
principalmente pela utilização de
preservativos durante o ato sexual.
De acordo com Conprev (2002,
p.61) que estabelece um índice percentual
dos casos de câncer em mulheres em alguns
países ao citar:
De forma geral, o câncer
do colo do útero
corresponde a cerca de
15% de todos os tipos de
cânceres femininos, sendo
o segundo tipo de câncer
mais comum entre as
mulheres no mundo. Em
alguns países em
desenvolvimento, é o tipo
mais comum de câncer
feminino, enquanto que
em países desenvolvidos
chega a ocupar a sexta
posição. Na América
Latina e no Sudeste
Asiático, as taxas de
incidência são geralmente
altas, enquanto na
América do Norte,
Austrália, Norte e Oeste
Europeu, são
consideradas baixas.
Além disso, o câncer de colo de
útero se manifesta mais em áreas com maior
ocorrência, como no caso de países aonde
existe altos índices de desemprego e a grande
índice de pobreza, como na América Latina e
sudeste asiático. Para Duavy et al (2007,
p.33) o câncer do colo do útero é considerado
como:
7. Uma doença crônico
degenerativa com alto
grau de letalidade e
morbidade, porém, se
diagnosticado
precocemente existe
possibilidade de cura
sendo, portanto
considerado como um
problema de saúde
pública devido às altas
taxas de prevalência e
mortalidade em mulheres
que se encontram em fase
produtiva.
Em muitos países, no caso o Brasil,
o câncer de colo uterino representa a quarta
causa de mortalidade entre as neoplasias
malignas da população feminina tornando-se
um dos maiores problemas da Saúde Pública
com alta taxa de morbimortalidade entre as
mulheres (HALBE, 2000).
Algumas mulheres acometidas do
câncer de colo uterino não sabem como
prevenir-se desta doença, devido a inúmeros
fatores que vão desde a ausência de
informação a falta de estruturas nos centros
de saúde para promoverem o devido
tratamento. Para tanto, novos investimentos
na saúde pública se fazem necessário, para
que a cada caso diagnosticado, as chances de
cura sejam otimistas.
- Formas de Prevenção e Tratamento
Os exames de rotina fazem parte da
prevenção para a não incidência do câncer de
colo de útero. Alguns autores e especialistas
no assunto afirmam que a utilização de
preservativos e os exames regulares são as
melhores formas de prevenir esta patologia.
Gamarra, Paz e Griep (2005, p.12)
destaca que o câncer depende de diversos
fatores como:
A oferta isolada do exame
de Papanicolau para
detecção precoce do
câncer cérvico-uterino por
si só não é suficiente para
reduzir a mortalidade por
esse tipo de câncer entre
as mulheres. O efeito
favorável do exame
depende que o mesmo
seja realizado
corretamente pela
população alvo. A prática
de fazer o exame, por sua
vez, depende de muitos
fatores, alguns
relacionados com o
sistema de saúde e seus
profissionais e outros,
com as próprias mulheres.
Na concepção destes autores é
percebível que as formas de prevenção
compreendem um envoltório de
possibilidades simples e que está ao alcance
de todas as mulheres. No entanto, a ausência
de informação, associada a falta de hábito
para realizar os exames de rotina são os
principais entraves nessa perspectiva.
Umas das medidas mais efetivas
contra o câncer de colo de útero é a vacina
contra o vírus HPV. A vacina protege contra
subtipos do HPV responsáveis por alto índice
de casos de câncer de colo uterino e de casos
de verrugas genitais. Essas vacinas devem ser
aplicadas em três doses, a segunda depois de
um mês e a terceira depois de seis meses,
com reforço após cinco anos.
Outro tratamento ocorre por meio da
radioterapia envolvendo um conjunto de
ações de combate à doença. Tais ações se
desenvolvem em dois sentidos: através de
radioterapia interna e externa. Contudo, cada
uma possui um fim especifico no que se
refere ao tratamento da patologia em
destaque. Sobre o assunto, Rubo (2009, p.11)
destaca o método a radioterapia ao dizer:
Radioterapia externa.
Uma grande máquina
direciona radiação à
pélvis ou outros tecidos
nos quais o câncer se
espalhou. O tratamento
geralmente é feito em
hospital ou clínica. A
paciente pode receber
radioterapia externa 5 dias
por semana por várias
semanas. Cada tratamento
dura apenas alguns
minutos.
8. A citação descreve o momento que o
câncer já está em um estágio avançado e a
radioterapia terá que atuar de forma decisiva
no tratamento da doença, devido a todos os
fatores que agravaram estes tipos de
incidência. No tratamento do câncer, o
médico trabalha para reprimir o avanço da
doença.
Uma das principais fontes de
prevenção não é apenas a ingestão de
manipuláveis, mas, a informação
principalmente dos profissionais de saúde.
Esse procedimento é um dos recursos que
possui amplo aspecto preventivo, incluindo o
enfermeiro orientar a população para que ela
possa ter um maior conhecimento em relação
ao câncer de colo uterino.
- Radioterapia no Tratamento do Câncer
Uterino
A radioterapia utiliza radiação
ionizante (radiações que têm energia
suficiente para ionizar moléculas através da
liberação de elétrons da estrutura atômica,
como por exemplo os raios X, partículas
beta, partículas alfa, etc), para o tratamento
de câncer e algumas doenças benignas. A
radioterapia atua no ácido
desoxirribonucléico (DNA) das células,
impedindo-a de se multiplicar (morte
reprodutiva) e/ou induzindo sua morte direta
por apoptose. As células normais também
sofrem danos em seu DNA, contudo possuem
possibilidade de reparo com maior eficiência
que a célula maligna (CHAMBÔ et al.,
2001).
A aplicação da radioterapia é
realizada basicamente de duas formas: a
externa, denominada teleterapia, e a interna,
braquiterapia. Na teleterapia, o feixe de
radiação ionizante é apontado para a região-
alvo do corpo denominada campo, a uma
distância determinada; na braquiterapia o
elemento radioativo é colocado próximo, em
contato ou dentro do órgão a ser tratado
(SEGRETO; SEGRETO, 2007).
Durante o planejamento são feitas
marcas à tinta na pele da paciente para
delimitar o local a ser tratado. A paciente é
orientada a manter estas marcas até o final do
tratamento, embora possa continuar tomando
banho como de hábito, mas com o cuidado de
não esfregar a pele da região demarcada. Elas
são também esclarecidas quanto ao fato de,
caso as marcas deixem de ser nítidas, estas
deverem ser reforçadas pelo técnico. Ao
término das aplicações, as marcas podem ser
retiradas pela lavagem cuidadosa do local,
com a finalidade de não provocar lesões na
pele (POLLOCK et al., 2006).
O tratamento com radioterapia
complementada pela braquiterapiaintra-
uterina possibilita a cura de cerca de 60 a
90% dos casos de câncer de colo de útero que
se encontram em estadiamento inicial. Nos
estadiamentos intermediários e avançados da
doença são utilizadas a radioterapia externa e
a braquiterapia, que quando associadas,
possibilitam a cura de cerca de 30 a 60% dos
casos (LIMA, 2005).
Brenna et al (2009, p.44) discorre
sobre os efeitos colaterais no tratamento
radioterápico:
Os efeitos colaterais da
radioterapia incluem
reações de pele, sensação
de cansaço e alterações do
apetite. As pacientes são
orientadas quanto ao
tratamento propriamente
dito, ou seja, que é
localizado e que produz
efeitos limitados à área
irradiada, por exemplo,
reações como
vermelhidão,
escurecimento da pele ou
descamação do local
tratado. No caso de
aparecimento de
descamação ou ulceração,
há necessidade de procura
da enfermeira do setor
para recebimento de
novas orientações.
O perigo da automedicação é
alertado, assim como a não aplicação de
loção, creme, talco ou desodorante na área de
tratamento sem orientação, pelo fato destes
produtos poderem conter em sua composição
substâncias que podem interferir com a
penetração da dose recebida e aumentar os
9. efeitos colaterais na pele (PEREIRA, 2000;
BRENNA et al., 2009).
Quanto às possíveis lesões na pele,
são reforçadas as orientações relativas a
evitar coçar a região tratada para prevenir
irritações, lavar o local com água morna e
sabonete neutro e não utilizar esparadrapo ou
adesivos sobre a pele irradiada. Destaca-se a
preferência para o uso de tecidos de fibra
natural, como os de algodão, evitando roupas
justas ou feitas com tecido sintético.
A orientações incluem também
evitar a exposição aos extremos de
temperatura provocados pelos aparelhos de
aquecimento e ar condicionado, a exposição
da área tratada ao sol durante 6 meses após o
término do tratamento, protegendo a pele
com vestuário e aplicação de protetor solar
(CLARCK; MCGEE, 2007).
Além destes, elas recebem alertas
quanto à realização de exame periódico
sistemático da pele em busca de lesões e/ou
sinais de infecção, ingestão de pelo menos 2
litros de líquidos por dia e a preferência aos
alimentos ricos em calorias e proteínas.
Podendo ocorrer cansaço e sonolência
durante o tratamento, é recomendado o
repouso com manutenção das atividades
diárias na medida de suas possibilidades
(BONASSA, 2000).
Para Bonassa (2000, p.61), expõe
seu pensamento ao descrever sobre a
administração das dosagens para o
tratamento do câncer ao dizer:
Uma vez encerrada esta
etapa do procedimento, o
técnico de radiologia
realiza radiografias
pélvicas nos sentidos
antero-posterior e latero-
lateral para que o
radioterapeuta possa
confirmar a posição
correta dos aplicadores e
realizar o planejamento. o
físico então calcula o
tempo necessário para
administrar a dose de
tratamento prescrita pelo
médico e, por meio da
programação
computadorizada do
equipamento, o material
radioativo é inserido nos
aplicadores e a radiação é
liberada.
A sensação dolorosa durante a
colocação dos aplicadores é uma queixa
frequente das pacientes. Em razão disso,
previamente ao início do procedimento, é
feita uma punção venosa periférica e
instalado soro glicosado a 5% para facilitar a
administração de medicamentos
antiespasmódicos e/ou analgésicos. As
pacientes são orientadas a manter jejum de 8
horas, fazer tricotomia pubiana e
providenciar um acompanhante adulto para o
retorno à sua residência (SMITH et al.,
2009).
No pensamento de Focchi, Ribalta e
silva (2000, p.79), discursa sobre a equipe
multiprofissional necessária para restabelecer
a saúde do paciente:
Mulheres acometidas pelo
câncer se encontram
fragilizadas e sensíveis.
Portanto, no decorrer do
tratamento de
braquiterapia, que é
predominantemente
invasiva, a condição de
fragilidade se potencializa
e este fato demanda
atenção especial dos
componentes da equipe
multiprofissional
envolvidos com seu
tratamento.
É importante orientar a mulher
submetida à braquiterapia em relação ao
tratamento a ser realizado para diminuir a
ansiedade e a sensação de insegurança que
são inerentes ao processo. Estas mulheres
devem estar cientes de que, após a
braquiterapia, há possibilidade da ocorrência
de sangramentos vaginais discretos em
conseqüência da manipulação do local,
porém, a persistência da sensação dolorosa
ou de outros sintomas não são ocorrências
habituais após o tratamento (LIMA, 2005).
As mulheres que não apresentam
intercorrências durante o tratamento podem
manter suas atividades sexuais durante o
tratamento. Porém, elas devem estar cientes
10. de que esta prática não é recomendada,
sobretudo por motivos de higiene e para
evitar eventuais traumatismos locais. Após a
radioterapia, ela deve retomar as suas
atividades sexuais habituais a fim de
preservar funcionalmente a vagina (SMITH
et al., 2009).
Devem estar orientadas pessoas
doentes, a manter boa higiene oral e corporal,
evitar quedas e ferimentos, recorrer ao
médico caso apareça algum sinal ou sintoma
de sangramento, utilizar escova dental de
cerdas macias, manter alimentação adequada
e higienizar os alimentos antes de seu
consumo (HALBE, 2000).
As pacientes são orientadas a ingerir
alimentos frios ou à temperatura ambiente,
para atenuar seu aroma e sabor, tomar as
medicações antieméticas prescritas em
intervalos regulares, evitar alimentos muito
doces, gordurosos, salgados ou temperados,
ou com odor forte e, na ausência de
medicação prescrita, discutir esta questão
com a enfermeira. Elas devem estar cientes
de que devem procurar o médico quando do
aparecimento de indícios de sangue no
vômito (GAMARRA; PAZ; GRIEP, 2005).
No mesmo sentido, Chambô et al
(2001, p.61), menciona as reações adversas
que o paciente acometido de câncer pode
sentir após o tratamento:
Reações tardias podem
aparecer após meses ou
anos do término do
tratamento. As principais
são as chamadas retites,
causadoras de
sangramento, dor e
dificuldade de evacuar ou
as cistites actínicas, que
provocam disúria,
hematúria ou
incontinência urinária.
São reações possíveis de
serem solucionadas pelo
uso de medicamentos ou
requererem até mesmo
uma cirurgia, quando os
sintomas forem graves.
A função ovariana é abolida,
ocasionando amenorreia e eventualmente o
aparecimento dos sintomas de menopausa,
como a sensação de ondas de calor. A
paciente deve estar ciente da possibilidade de
o médico recorrer à reposição hormonal caso
ocorra tais sintomas (ABRÃO, 2005).
- Relação da radioterapia no tratamento
do câncer do colo do útero
Os efeitos colaterais específicos do
tratamento radioterápico estão associados à
região do corpo em que a radiação é aplicada.
No caso da irradiação do colo do útero, pode
ocorrer diarréia e disúria reversíveis, e
amenorréia, que é permanente. A mulher
submetida à radioterapia de pelve é orientada
a manter a atividade sexual após o tratamento
desde que se sinta bem, pois a vagina pode
ficar ressecada e menos flexível (DIEGUES;
PIRES, 2007).
Duavy et al (2007, p.62), narra sobre
a eliminação total do câncer:
Dessa forma são obtidos
resultados positivos, por
meio da eliminação total
ou parcial dos tumores
tratados com radiação
Trata-se de um tratamento
localizado, sendo uma das
modalidades mais
utilizadas no tratamento
do câncer de colo uterino,
associada ou não à
cirurgia. A quimioterapia,
por sua vez consiste em
um tratamento sistêmico.
O autor destaca a importância do
ideal tratamento para eliminar a doença ou
em certos casos a possibilidade da
intervenção cirúrgica. Por sua vez, o
tratamento quimioterápico afetará todo o
funcionamento do corpo da paciente. No
conceito de Voduc et al (2010, p. 49), os
fatores de risco podem ser:
O câncer de colo do útero,
como a maioria dos tipos
de câncer, tem fatores de
risco identificáveis.
Alguns desses fatores de
risco são modificáveis, ou
seja, pode-se alterar a
11. exposição que cada
pessoa tem a esse
determinado fator,
diminuindo a sua chance
de desenvolver esse tipo
de câncer.
Os fatores relacionados ao tipo de
câncer que põe em risco a saúde das pessoas
são identificáveis, no entanto, algumas
pessoas são mais resistentes a esses fatores, o
que para o autor, diminui os riscos para
contrair a doença. Na visão Focchi, Ribalta e
silva (2000, p.51), os efeitos da radioterapia
pode ser:
(...) a radioterapia pode
ser radical (ou curativa),
quando se busca a cura
total do tumor; remissiva,
quando o objetivo é
apenas a redução tumoral;
profilática, quando se
trata a doença em fase
subclínica, isto é, não há
volume tumoral presente,
mas possíveis células
neoplásicas dispersas;
paliativa, quando se busca
a remissão de sintomas
tais como dor intensa,
sangramento e
compressão de órgãos; e
ablativa, quando se
administra a radiação para
suprimir a função de um
órgão, como, por
exemplo, o ovário, para se
obter a castração actínica.
Os métodos utilizados para alcançar
a cura do câncer são diversos. Desde
procedimentos menos agressivos aos que
causam muita dor e desconforto para a
paciente. Outro aspecto bastante doloroso
para a mulher é a retirada do ovário, com a
perda total de fecundação.
Portanto, a radioterapia como um
dos procedimentos médicos de tratamento do
câncer do colo do útero pode levar a cura de
tal enfermidade. Embora este método
radioterápico cause efeitos colaterais, a
mulher não estará sozinha durante esse
processo, ela conta com a ajuda dos
profissionais da área médica, da equipe
multiprofissional que estará sempre a sua
disposição. Outro aspecto relevante o amor
dos familiares no suporte emocional para a
reabilitação da paciente.
CONCLUSÃO
A radioterapia médica desenvolve
um papel de grande importância para o
tratamento do câncer do colo do útero. Logo,
o artigo apresentado, aborda um conceito
histórico sobre a radioterapia, o câncer nessa
modalidade e como ele pode ser tratado nos
hospitais e clínicas médicas. Destaca como
ocorreu a evolução dos métodos para conter e
eliminar os tumores cancerosos. Assim
como, dá ênfase as formas de tratamento
ambulatoriais e os métodos invasivos para
evitar o alastramento da doença em outros
órgãos do paciente.
Desse modo, a pesquisa realçou
como arma principal para erradicar esta
patologia a informação adequada a todas as
mulheres, incentivando aos cuidados
ginecológicos de rotina, como: tomar as
vacinas contra o HPV, realizar regularmente
o exame médico “Papanicolau” e o uso de
preservativos durante as relações sexuais.
Recomendações profiláticas para a prevenção
do câncer de colo do útero.
As discussões sobre o assunto
enfatizaram que o tratamento radioterápico
expõe o paciente a métodos distintos como: a
braquiterapia e teleterapia e a quimioterapia.
Esses procedimentos desencadeiam uma
série de efeitos colaterais no corpo da pessoa
submetida pela radiação, como: alterações de
apetite e sensação de cansaço. Contudo, para
ajudar as pacientes submetidas ao tratamento,
uma equipe multiprofissional está sempre
atenta para prover atenção especial
necessária. Esta equipe é formada de
enfermeiras, psicólogos, nutricionistas e
fisioterapeutas.
A radioterapia é um recurso
terapêutico largamente utilizado para reduzir
e eliminar os tumores oriundos do câncer do
colo do útero, ma como em qualquer
tratamento médico, os efeitos colaterais e
mudanças no corpo da paciente podem
12. causar sentimentos de angústia e solidão.
Neste momento, a ajuda familiar é
imprescindível para o restabelecimento da
saúde da paciente, somado a isso, as visitas
de amigos e colegas de profissão, reanimarão
a enferma para que possa suportar todos os
estágios de cura do câncer do colo de útero.
Portanto, embora a ciência e a
tecnologia tenham prolongado a vida do
homem na terra, ajudando a prever e tratar
doenças terminais. Após o tratamento, a
mulher deve voltar suas atividades
profissionais, domésticas e afetivas por meio
do estímulo e reabilitação total, para que a
mesma retome sua vida e bem-estar
psicossocial.
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____________________________________
1,2,3 Discente da Faculdade Meta - Macapá
(AP), Brasil.
4 Tecnologia em Radiologia pela Faculdade
Santa Emilia de Rodat. Especialista em
Proteção Radiologica pela Faculdade Santa
Emilia de Rodat, tecnólogo em Radioloiga -
secretaria de estado da Saúde-AP e
coordenador do curso de tecnologia em
radiologia da Faculdade de Tecnologia do
Amapá - Meta.
5 Graduação em Enfermagem pela
Universidade Federal do Amapá e Mestrado
pelo Programa de Pós Graduação em Ciência
da Saúde da Universidade Federal do Amapá,
UNIFAP. Funcionário do Governo do Estado
do Amapá lotado no Laboratório Central de
Saúde Pública do Amapá - LACEN-AP,
Macapá, Amapá, Brasil.
6 Professor Adjunto A - Nível 1 (Dedicação
Exclusiva) da Universidade Federal de
Sergipe - UFS, vinculado ao Departamento
de Morfologia na Área de Conhecimento:
Microbiologia e Imunologia.
7 Docente do curso de tecnologia em
radiologia da Faculdade de Tecnologia do
Amapá - Meta.
Correspondência: Rubens Alex de Oliveira
Menezes –
Bairro dos Congós. CEP: 68904360. Macapá
– AP, Brasil.
E-mail: ra-menezes@hotmail.com
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