2. CONTEXTUALIZAÇÃO
O desenvolvimento da poesia romântica
precedeu ao da prosa de ficção, uma vez
que esta praticamente inexistiu no período
colonial.
Como não houvesse uma tradição, os
autores românticos tiveram que partir do
nada, restringindo-se basicamente ao
modelo europeu, já bastante difundido entre
nós na década de 1830.
3. OBRAS DE REFERÊNCIA
As obras precursoras do romance
romântico hoje constituem apenas
referências para o estudo da história
literária:
- “Religião, amor e pátria”, de Pereira da Silva
(1838)
- “Os assassinos misteriosos, ou a paixão dos
diamantes”, de Justino José da Rocha (1832)
- “Januário Garcia, ou as sete estrelas” (1832)
e “A duas órfãs” (1841), de Joaquim Noberto.
4. MARCO
O marco inicial do romance é fixado pelos
historiadores entre os anos de 1843 e 1844,
quando dois romances disputam a primazia:
- “O filho do pescador” (1843), de Teixeira de
Sousa;
- “A Moreninha” (1844), de Joaquim Manoel de
Macedo.
5. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma
"adaptação" do romance europeu, conservando a
estrutura folhetinesca européia, com início, meio e fim
seguindo a ordem cronológica dos fatos.
O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases:
Antes de José de Alencar e Pós-José de Alencar, pois
antes desse importante autor as narrativas eram
basicamente urbanas, ambientadas no Rio de Janeiro, e
apresentavam uma visão muito superficial dos hábitos e
comportamentos da sociedade burguesa.
6. CARACTERÍSTICAS DO ROMANCE ROMÂNTICO
BRASILEIRO
Com José de Alencar surgiram novos estilos de
prosa romântica como os romances regionalistas,
históricos e indianistas e o romance passou a ser
mais crítico e realista.
Os romances românticos brasileiros fizeram muito
sucesso em sua época já que uniam o útil ao
agradável: a estrutura típica do romance europeu,
ambientada nos cenários facilmente identificáveis
pelo leitor brasileiro (cafés, teatros, ruas de cidades
como o Rio de Janeiro)
7. ROMANCISTAS DE DESTAQUE
Entre os vários romancistas
do período, são destaque nas
antologias poéticas os que
veremos à frente.
9. BERNARDO GUIMARÃES
Preocupações interioranas (a vida
provinciana);
É considerado o criador do romance sertanejo
e regional.
Principais obras:
o O Ermitão de Muquém (1865);
o O Garimpeiro (1872);
o O Seminarista (1872);
o O Índio Afonso (1873);
o A Escrava Isaura (1875);
o Rosaura, a enjeitada (1883) etc.
10. João FRANKLIN da Silveira TÁVORA
(Baturité/CE, 1842-1888, Rio de Janeiro)
11. FRANKLIN TÁVORA
Maior verossimilhança à ficção;
Regionalismo verdadeiro: contato direto com o meio
descrito;
Preocupação com a verdade – horizonte do Realismo.
Principais obras:
o Os Índios de Jaguaribe (1862);
o O Cabeleira (1876);
o O Matuto (1878);
o Lourenço (1881) etc.
13. JOAQUIM MANUEL DE MACEDO
Aceitação do público (narrativa longa);
Aproximação com o público (estilo despojado,
simples, coloquial);
Dramas sociais de seu tempo: costumes
retratados de forma cômica;
Histórias sobre intrigas amorosas com final feliz.
Principais obras:
o A Moreninha (1884);
o O Moço Loiro (1845);
o Os Dois Amores (1848);
o A Carteira do Meu Tio (1855);
o A luneta Mágica (1869) etc.
15. JOSÉ DE ALENCAR
Obra marcada pelo posicionamento
nacionalista (tematização da diversidade
cultural brasileira);
Compromisso com as tradições, história e
processo de construção de nossa identidade;
Mundo de sonho = herói e beleza absoluta.
Principais obras:
o Cinco minutos (1856);
o A Viuvinha (1857);
o Lucíola: perfil de mulher (1864);
o Iracema: Lenda do Ceará (1865);
o O Gaúcho (1870);
o Ubirajara (1875);
o Senhora (1875) etc.
16. MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA (Rio de
Janeiro, 1831-1861 – Naufrágio no vapor
“Hermes”, ocorrido nas costas de
Macaé/RJ)
17. MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA
Pioneiro: antecipa temas e questões típicas
da época realista;
Diretor da Tipografia Nacional, empregou o
então jovem Machado de Assis
como tipógrafo.
Principais obras:
o Memórias de um Sargento de Milícias
(1854-1855).
19. VISCONDE DE TAUNAY
Vivencias: painel descritivo de impressões
interioranas (fauna e flora do sertão);
Militar, participou da Guerra do Paraguai;
De suas viagens ao inteior do país colheu os
muitos temas que iria explorar ficcionalmente.
Principais obras:
o La retraite de la Laguna (1871-4);
o Inocência (1872) etc.
20. REFERÊNCIAS
AMARAL, Emília; PATROCÍNIO, Mauro Ferreira do; LEITE, Ricardo Silva;
BARBOSA, Severino Antônio Moreira. Língua Portuguesa: Novas palavras.
Vol. 3. 1º ed. São Paulo: FTD, 2010. pag. 337-346.
ALENCAR, José de. Iracema: lenda do Ceará. Manaus: Valer: 2010 (Projeto
Leitura Para a Juventude).