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PRONTOS PARA MATAR
E PARA MORRER!
O suicídio e suas implicações entre os Agentes de
Segurança Pública
PlanodePrevençãoeAcompanhamentoa
MilitaresemSituaçãodeRiscoeAssistência
PsicológicaaosFamiliaresVitimados
Por Rafael Almeida
Psicólogo Clínico
CRP04/45541
CONTEXTUALIZAÇÃO
GERAL
• Etimologia
• A história
• A igreja
• Epidemiologia
• O fenômeno
• Fatores de Risco
• Suicídio dos fardados
• SUI : SI MESMO
• CAEDES : AÇÃO DE MATAR
“É o ato de matar a si mesmo”
(Browne,1642)
ETIMOLOGIA
• Sempre houve: O homem enquanto ser pensante;
• Todos os sexos; todas as faixas etárias;
• Todas as classes sociais: perda do status;
• Todas as civilizações e culturas.
AHISTÓRIA
A IGREJA
• Heresia;
• Stº Agostinho (533 D.C)
proíbe homenagem;
• Dá à Igreja e ao Estado os
bens do suicida;
• Cria aversão e horror ao ato;
• Séc. XI, São Bruno:
“mártires de satã”.
CONSEQUÊNCIAS Os corpos passam a ser tratados
cruelmente nas diferentes sociedades
• Inglaterra: enterrados de bruços
com estacas no peito;
• França: arrastados
por cavalos pelas ruas
da cidade.
• Séc. XVII e XVIII: Diminui a repressão
devido a nova legislação;
• Igreja mais tolerante;
• Família tem o direito
de loucura para livrar-se
das punições.
REVOLUÇÃOFRANCESA
• Séc. XIX : As questões foram
remetidas às condições
sociais e não mais à
moralidade.
ESTUDOS
Epidemiologia (OMS)
• 1 milhão de pessoas cometeram suicídio no
ano de 2000;
• A cada 40s uma pessoa pratica o ato;
• A cada 03s uma atenta contra a própria vida;
• Está entre as 10 causas de morte mais
frequente em todas as idades;
• É a 3ª causa de morte entre 15 e 35 anos;
• Existem10 tentativas para cada ato
consumado;
• 4 tentativas NÃO conhecidas para cada uma
registrada,
• Maior ocorrência na faixa etária de 15 aos 35
anos.
O SUICÍDIO É UM
DRAMA PESSOAL
QUE TRANSCORRE
NUM PALCO DE
RELAÇÕES
INTERPESSOAIS,
EM UM AMBIENTE
SOCIAL, POLÍTICO
E CULTURAL.
O FENÔMENO
Não existe uma única explicação.
Vários são os fatores associados.
• Fatores psicológicos;
• Fatores sociais;
• Fatores ambientais;
• Fatores familiares;
• Fatores culturais;
• Fatores genéticos
FATORES DE RISCO
• Psicológico
• Doenças
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• Conflitos familiares
• Mitos
Fatores
• A maioria tem um transtorno mental
diagnosticável;
• O suicídio e o comportamento suicida
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Psicológicos
DOENÇAS
• Depressão (todas as formas);
• Transtorno de personalidade (Anti-
social, Borderline com traços de
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frequentes alterações do humor);
• Alcoolismo;
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• Transtorno Mental Orgânico.
• O álcool diminui a crítica e
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• Cerca de um terço dos casos
de suicídio estão ligados à
dependência do álcool
• 5 a 10% das pessoas dependentes
de álcool terminam sua vida pelo
suicídio
• No momento do ato suicida
muitos se encontravam alcoolizados
ALCOOLISMO
• Entre as crises, quando paciente
percebe e não elabora limitações
acarretadas pela doença.
• Durante a crise, ao responder a
vozes de comando (alucinações) que
o levam a se matar.
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hospitalar.
ESQUIZOFRÊNIA
Períodos de maior risco
Fatores
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• Profissão;
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Conflitos familiares
• Problemas interpessoais
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• Problemas com o trabalho
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• Mudanças na sociedade
(políticas e econômicas);
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Mitos
• Quem fala não faz;
• Quem quer se matar, se mata;
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• A melhora após a crise
significa que o risco passou;
• Nem todos os suicídios podem
ser evitados;
• Uma vez suicida, sempre
suicida.
O Comportamento suicida é
por sua natureza psíquica,
invariavelmente um grito de
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Implicações
• Para cada suicídio, há em média, 5 ou 6
pessoas próximas que sofrem consequências
emocionais, sociais e econômicas;
• Aumento do ônus global ocasionado por
doenças devido à tentativas de suicídio.
Suicídio e Transtornos Mentais
Análise de 15.629 casos de suicídio
Transtornos do humor
35.8%
Esquizofrenia
10.6%
Transtornos relacionados
ao uso de substâncias
22.4%
Sem diagnóstico 3.2%
Transtornos de
personalidade
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Bertolote e cols., 2003
 Depressão
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Variação súbita do humor
 Dependência de álcool / drogas
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97% DAS PESSOAS QUE COMETEM SUICÍDIO TÊM UM
TRANSTORNO MENTAL
PENSAMENTO
PLANO
TENTA-
TIVA
DE
SUICÍDIO
ATENDIDOS EM
PRONTO-SOCORRO
17
De cada 100 habitantes
5
3
1
AO LONGO DA VIDA . . .
FATORES DE RISCO PARA O
SUICÍDIO
Histórico de
tentativa de
suicídio
Presença de
transtorno
mental
FATORES DE PROTEÇÃO PARA O
SUICÍDIO
• Ter uma ocupação/emprego
• Rede social real (interdependência)
• Capacidade de enfrentamento
• Religiosidade
• Proximidade com a família
• Percepção otimista da vida
• Gravidez maternidade
AVALIAÇÃO DE PACIENTES
COM RISCO DE SUICÍDIO
1 Ouvir atentamente
2 Conhecer fatores de risco
3 Fazer algumas perguntas
GERAIS
ESPECÍFICAS
Se eu perguntar
sobre suicídio...
Posso induzir um
suicídio?
Vou ter que carregar
o problema da pessoa?
?
EVITAR
Falar sobre o suicídio
Não faz com que as
ideias suicidas
diminuam
SUICÍDIODe fardados
Uma
questão
que precisa
ser discutida
Fatores de Risco às Tentativas de Suicídio
na Polícia Militar do Rio de Janeiro
(Miranda, 2012).
 Insatisfação com a instituição em relação às condições
de trabalho.
 Falta de reconhecimento profissional pela sociedade.
 Transferências de unidade sem a concordância ou aviso
prévio ao policial.
 Baixo nível de sociabilidade informal entre colegas de
turma e dificuldades de relacionamento na família.
 Baixa confiança interpessoal nos colegas de serviço.
 Indicadores de depressão e ansiedade.
 Pesadelos e problemas com o sono.
 Acesso à arma de fogo.
Fatores considerados como estressores
próprios da ocupação.
(Stack, 2001)
 O trabalho em turnos,
 Os sentimentos públicos antipoliciais,
 A deficiência ou malogro das cortes de justiça
em punir os criminosos presos pela polícia
 O constante perigo do trabalho.
AVALIAÇÃO
DE PACIENTES
COM RISCO DE
SUICÍDIO
Uma série de elementos do trabalho
policial levam à vivência de tensão. O eixo
do sofrimento psíquico desta categoria
profissional reside [...] no trânsito
permanente dos policiais sobre uma linha
divisória que separa o “controle” do
“descontrole”.
(Amador, 2002)
ALTERAÇÕES
COMPORTAMENTAIS
SIGNIFICATIVAS
A atividade policial exige do profissional um
gerenciamento permanente de seus
sentimentos. Ele deve, durante todo o tempo,
controlar não apenas sua agressividade, mas
também “o pensar e o não-pensar, o sentir e o
não-sentir, o agir e o não-agir”.
Nesse contexto, há uma prescrição
determinante para a violência como uma forma
de descarga motora decorrente do acúmulo da
tensão que quando auto e hetero dirigida
culmina no autoextermínio.
Isso supõe a violência como um fenômeno que
não deriva exclusivamente das características
de personalidade do sujeito.
(Amador, 2002)
FRASESDEALERTA • Dificuldades frequentes para dormir.
• Episódios de agressividade ou
irritabilidade.
• Aumento da ansiedade.
• Atitudes que expressem inquietação e
aumento do nível de angústia.
• Ter passado por situações vexatórias ou
humilhação pública.
FRASESDEALERTA
• “Eu preferia estar morto”
• “Eu não posso fazer nada”
• “Eu não aguento mais”
• “Eu sou um perdedor e um peso para os
outros”
• “Os outros vão ser mais felizes sem mim”
SENTIMENTOS
4 D DESESPERANÇA
DESAMPARO
DESESPERO
DESAPEGO
AVALIAÇÃO DE PACIENTES
COM RISCO DE SUICÍDIO
• Oferecer apoio emocional sem
julgamentos
• Trabalhar sentimentos e não situações
• Focalizar aspectos positivos da pessoa
• Procure abordar os temas que geram
angústia mas sob outra perspectiva, a do
desgaste como algo passageiro, ou dos
pontos positivos da pessoa que diante da
situação figuram em segundo plano.
AÇÃONECESSÁRIA
MÉDIO
RISCO
Apresenta pensamentos e planos que
contemplem o suicídio, mas não tem vontade
para executá-los imediatamente.
• Oferecer apoio emocional.
• Entenda que os sentimentos são mais
profundos que as ideias.
• Focalize nos aspectos positivos da
pessoa.
• Focalize os sentimentos de
ambivalência.
• Explore alternativas ante ao
suicídio.
• Contratos são importantes.
AÇÃONECESSÁRIA
• Encaminhe a pessoa para avaliação de um
profissional visando a necessidade de medicação.
• Peça autorização a ela para conversar com sua
família, amigos e/ou colegas a fim de reforçar
seu apoio.
• Entenda seu foco.
Negocie com sinceridade, explique e
peça o aval do paciente para todas as
medidas a serem tomadas.
ALTO
RISCO
A pessoa tem um plano definido, tem os
meios para fazê-lo, e planeja fazê-lo
prontamente.
Muitas vezes já tomou algumas providências
prévias (cartas, pagamento de contas,
testamento) e parece estar se despedindo.
• Desarmá-la de imediato.
• Acionar a equipe de acompanhamento.
• Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la
sozinha.
• Gentilmente falar com ela
constantemente.
• Fazer um contrato, como descrito
anteriormente, tente ganhar tempo.
AÇÃONECESSÁRIA
Evite abordar a questão da
internação, pois ela poderá ser
compulsória e isso aumentará o
estresse da pessoa.
O QUE FAZER
RESUMINDO
• Ouvir, mostrar empatia, e ficar calmo;
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• Leve a situação a sério e verifique o
grau de risco;
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• Pergunte sobre o plano de suicídio;
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suicídio;
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possa se matar;
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emocional;
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Atue
O QUE NÃO
FAZER
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• Ignorar a situação;
• Esboçar reação de descrédito, incentivo
ou apatia.
• Encarar o paciente como um problema;
• Falar que tudo vai ficar bem, prometendo
algo que vá além de sua capacidade de
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O QUE NÃO FAZER
• Ignorar a situação;
• Esboçar reação de descrédito, incentivo
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• Encarar o paciente como um problema;
• Falar que tudo vai ficar bem, prometendo
algo que vá além de sua capacidade de
compreensão;
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Referências Bibliográficas
NOGUEIRA, Geralda Eloisa Gonçalves. Análise de tentativas de auto-extermínio entre
policiais militares- um estudo em Saúde Mental e Trabalho. 2005. 247f. Dissertação
(Mestrado em Psicologia)- Universidade Federal de Minas Gerais.
Almeida, J. B., & Fernandes, C. A. (2006) Depressão e suicídio na adolescência. Em N.
Abreu e Silva Neto e D. M. Amparo (Orgs)., Métodos Projetivos: instrumentos atuais
para a investigação psicológica e da cultura (pp. 441-446). Brasília: ASBRo.
Amaral, A. E. V., Silva Neto, A. C. P., & Nascimento, R. S. G. F. (2003). O Método de
Rorschach no Sistema Compreensivo. Notas sobre estudos brasileiros – 1. São Paulo:
Anzieu, D. (1986). Os métodos projetivos. Rio de Janeiro: Campus.
Arzeno, M. E. G. (1991). Psicodiagnóstico Clínico – novas contribuições. Porto Alegre:
Artes
Bishop, J, Martin, A., Constanza, S., & Lane, R. C. (2000) Suicide Signs on the
Rorschach.
Journal of Contemporary Psychoterapy, 30 (3), p. 289-305.
Blatt, S. J., & Ritzler, B. A. (1974). Suicide and the Representation of Transparency and
Cross-Sections on the Rorschach. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 42 (2),
Botega, N. J., Rapeli, C. B., & Freitas, G. V. S. (2004). Perspectiva Psiquiátrica. Em B.
G.
Werlang e N. J. Botega (orgs.), Comportamento Suicida, p. 107-121. Porto Alegre: Artes
Campos, V. R. (2006). O Suicídio no Etilismo. Em H. Corrêa e S. P. Barrero (orgs.),
Suicídio: uma morte evitável (pp. 135-143). São Paulo: Atheneu.

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PRONTOS PARA MATAR E PARA MORRER

  • 1. PRONTOS PARA MATAR E PARA MORRER! O suicídio e suas implicações entre os Agentes de Segurança Pública PlanodePrevençãoeAcompanhamentoa MilitaresemSituaçãodeRiscoeAssistência PsicológicaaosFamiliaresVitimados Por Rafael Almeida Psicólogo Clínico CRP04/45541
  • 2. CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL • Etimologia • A história • A igreja • Epidemiologia • O fenômeno • Fatores de Risco • Suicídio dos fardados
  • 3. • SUI : SI MESMO • CAEDES : AÇÃO DE MATAR “É o ato de matar a si mesmo” (Browne,1642) ETIMOLOGIA
  • 4. • Sempre houve: O homem enquanto ser pensante; • Todos os sexos; todas as faixas etárias; • Todas as classes sociais: perda do status; • Todas as civilizações e culturas. AHISTÓRIA
  • 5. A IGREJA • Heresia; • Stº Agostinho (533 D.C) proíbe homenagem; • Dá à Igreja e ao Estado os bens do suicida; • Cria aversão e horror ao ato; • Séc. XI, São Bruno: “mártires de satã”.
  • 6. CONSEQUÊNCIAS Os corpos passam a ser tratados cruelmente nas diferentes sociedades • Inglaterra: enterrados de bruços com estacas no peito; • França: arrastados por cavalos pelas ruas da cidade.
  • 7. • Séc. XVII e XVIII: Diminui a repressão devido a nova legislação; • Igreja mais tolerante; • Família tem o direito de loucura para livrar-se das punições. REVOLUÇÃOFRANCESA
  • 8. • Séc. XIX : As questões foram remetidas às condições sociais e não mais à moralidade. ESTUDOS
  • 9. Epidemiologia (OMS) • 1 milhão de pessoas cometeram suicídio no ano de 2000; • A cada 40s uma pessoa pratica o ato; • A cada 03s uma atenta contra a própria vida; • Está entre as 10 causas de morte mais frequente em todas as idades; • É a 3ª causa de morte entre 15 e 35 anos; • Existem10 tentativas para cada ato consumado; • 4 tentativas NÃO conhecidas para cada uma registrada, • Maior ocorrência na faixa etária de 15 aos 35 anos.
  • 10. O SUICÍDIO É UM DRAMA PESSOAL QUE TRANSCORRE NUM PALCO DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS, EM UM AMBIENTE SOCIAL, POLÍTICO E CULTURAL.
  • 11. O FENÔMENO Não existe uma única explicação. Vários são os fatores associados. • Fatores psicológicos; • Fatores sociais; • Fatores ambientais; • Fatores familiares; • Fatores culturais; • Fatores genéticos
  • 12. FATORES DE RISCO • Psicológico • Doenças • Sociodemográficos e ambientais • Conflitos familiares • Mitos
  • 13. Fatores • A maioria tem um transtorno mental diagnosticável; • O suicídio e o comportamento suicida são mais frequentes em pacientes psiquiátricos; • A maioria não procura um profissional de saúde mental. Psicológicos
  • 14. DOENÇAS • Depressão (todas as formas); • Transtorno de personalidade (Anti- social, Borderline com traços de impulsividade, agressividade e frequentes alterações do humor); • Alcoolismo; • Esquizofrenia; • Transtorno Mental Orgânico.
  • 15. • O álcool diminui a crítica e aumenta a impulsividade • Cerca de um terço dos casos de suicídio estão ligados à dependência do álcool • 5 a 10% das pessoas dependentes de álcool terminam sua vida pelo suicídio • No momento do ato suicida muitos se encontravam alcoolizados ALCOOLISMO
  • 16. • Entre as crises, quando paciente percebe e não elabora limitações acarretadas pela doença. • Durante a crise, ao responder a vozes de comando (alucinações) que o levam a se matar. • No período logo após a alta hospitalar. ESQUIZOFRÊNIA Períodos de maior risco
  • 17. Fatores Sociodemográficos e Ambientais • Profissão; • Perda de status socioeconômico; • Migração; • Mudanças bruscas; • Alienação; • Questões familiares.
  • 18. Conflitos familiares • Problemas interpessoais (discussão com esposa, namorado, filhos); • Rejeição (separação); • Perdas (luto, status); • Problemas com o trabalho (demissão, aposentadoria, dificuldades financeiras); • Mudanças na sociedade (políticas e econômicas); • Vergonha (falência, vícios).
  • 19. Mitos • Quem fala não faz; • Quem quer se matar, se mata; • Suicídios ocorrem sem avisos; • A melhora após a crise significa que o risco passou; • Nem todos os suicídios podem ser evitados; • Uma vez suicida, sempre suicida.
  • 20. O Comportamento suicida é por sua natureza psíquica, invariavelmente um grito de dor e um pedido de socorro
  • 21. Implicações • Para cada suicídio, há em média, 5 ou 6 pessoas próximas que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas; • Aumento do ônus global ocasionado por doenças devido à tentativas de suicídio.
  • 22. Suicídio e Transtornos Mentais Análise de 15.629 casos de suicídio Transtornos do humor 35.8% Esquizofrenia 10.6% Transtornos relacionados ao uso de substâncias 22.4% Sem diagnóstico 3.2% Transtornos de personalidade 11.6% Bertolote e cols., 2003
  • 23.  Depressão  Transtorno de personalidade Impulsividade, Agressividade Variação súbita do humor  Dependência de álcool / drogas  Esquizofrenia 97% DAS PESSOAS QUE COMETEM SUICÍDIO TÊM UM TRANSTORNO MENTAL
  • 25. FATORES DE RISCO PARA O SUICÍDIO Histórico de tentativa de suicídio Presença de transtorno mental
  • 26. FATORES DE PROTEÇÃO PARA O SUICÍDIO
  • 27. • Ter uma ocupação/emprego • Rede social real (interdependência) • Capacidade de enfrentamento • Religiosidade • Proximidade com a família • Percepção otimista da vida • Gravidez maternidade
  • 28. AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO 1 Ouvir atentamente 2 Conhecer fatores de risco 3 Fazer algumas perguntas GERAIS ESPECÍFICAS
  • 29. Se eu perguntar sobre suicídio... Posso induzir um suicídio? Vou ter que carregar o problema da pessoa? ?
  • 30. EVITAR Falar sobre o suicídio Não faz com que as ideias suicidas diminuam
  • 32. Fatores de Risco às Tentativas de Suicídio na Polícia Militar do Rio de Janeiro (Miranda, 2012).  Insatisfação com a instituição em relação às condições de trabalho.  Falta de reconhecimento profissional pela sociedade.  Transferências de unidade sem a concordância ou aviso prévio ao policial.  Baixo nível de sociabilidade informal entre colegas de turma e dificuldades de relacionamento na família.  Baixa confiança interpessoal nos colegas de serviço.  Indicadores de depressão e ansiedade.  Pesadelos e problemas com o sono.  Acesso à arma de fogo.
  • 33. Fatores considerados como estressores próprios da ocupação. (Stack, 2001)  O trabalho em turnos,  Os sentimentos públicos antipoliciais,  A deficiência ou malogro das cortes de justiça em punir os criminosos presos pela polícia  O constante perigo do trabalho.
  • 34. AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO Uma série de elementos do trabalho policial levam à vivência de tensão. O eixo do sofrimento psíquico desta categoria profissional reside [...] no trânsito permanente dos policiais sobre uma linha divisória que separa o “controle” do “descontrole”. (Amador, 2002)
  • 35. ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS SIGNIFICATIVAS A atividade policial exige do profissional um gerenciamento permanente de seus sentimentos. Ele deve, durante todo o tempo, controlar não apenas sua agressividade, mas também “o pensar e o não-pensar, o sentir e o não-sentir, o agir e o não-agir”. Nesse contexto, há uma prescrição determinante para a violência como uma forma de descarga motora decorrente do acúmulo da tensão que quando auto e hetero dirigida culmina no autoextermínio. Isso supõe a violência como um fenômeno que não deriva exclusivamente das características de personalidade do sujeito. (Amador, 2002)
  • 36. FRASESDEALERTA • Dificuldades frequentes para dormir. • Episódios de agressividade ou irritabilidade. • Aumento da ansiedade. • Atitudes que expressem inquietação e aumento do nível de angústia. • Ter passado por situações vexatórias ou humilhação pública.
  • 37. FRASESDEALERTA • “Eu preferia estar morto” • “Eu não posso fazer nada” • “Eu não aguento mais” • “Eu sou um perdedor e um peso para os outros” • “Os outros vão ser mais felizes sem mim”
  • 39. • Oferecer apoio emocional sem julgamentos • Trabalhar sentimentos e não situações • Focalizar aspectos positivos da pessoa • Procure abordar os temas que geram angústia mas sob outra perspectiva, a do desgaste como algo passageiro, ou dos pontos positivos da pessoa que diante da situação figuram em segundo plano. AÇÃONECESSÁRIA
  • 41. Apresenta pensamentos e planos que contemplem o suicídio, mas não tem vontade para executá-los imediatamente.
  • 42. • Oferecer apoio emocional. • Entenda que os sentimentos são mais profundos que as ideias. • Focalize nos aspectos positivos da pessoa. • Focalize os sentimentos de ambivalência. • Explore alternativas ante ao suicídio. • Contratos são importantes. AÇÃONECESSÁRIA
  • 43. • Encaminhe a pessoa para avaliação de um profissional visando a necessidade de medicação. • Peça autorização a ela para conversar com sua família, amigos e/ou colegas a fim de reforçar seu apoio. • Entenda seu foco. Negocie com sinceridade, explique e peça o aval do paciente para todas as medidas a serem tomadas.
  • 45. A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo, e planeja fazê-lo prontamente. Muitas vezes já tomou algumas providências prévias (cartas, pagamento de contas, testamento) e parece estar se despedindo.
  • 46. • Desarmá-la de imediato. • Acionar a equipe de acompanhamento. • Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la sozinha. • Gentilmente falar com ela constantemente. • Fazer um contrato, como descrito anteriormente, tente ganhar tempo. AÇÃONECESSÁRIA
  • 47. Evite abordar a questão da internação, pois ela poderá ser compulsória e isso aumentará o estresse da pessoa.
  • 49. • Ouvir, mostrar empatia, e ficar calmo; • Ser afetuoso e acolhedor; • Leve a situação a sério e verifique o grau de risco; • Pergunte sobre tentativas anteriores; • Pergunte sobre o plano de suicídio; • Explore as outras saídas, além do suicídio; Interaja
  • 50. • Remova os meios, pelos quais a pessoa possa se matar; • Tome atitudes, consiga ajuda; • Ganhe tempo – faça um contrato; • Identifique outras formas de dar apoio emocional; • Fique com a pessoa. Atue
  • 52. O QUE NÃO FAZER • Ignorar a situação; • Esboçar reação de descrédito, incentivo ou apatia. • Encarar o paciente como um problema; • Falar que tudo vai ficar bem, prometendo algo que vá além de sua capacidade de compreensão; Nãosejaapático
  • 53. O QUE NÃO FAZER • Ignorar a situação; • Esboçar reação de descrédito, incentivo ou apatia. • Encarar o paciente como um problema; • Falar que tudo vai ficar bem, prometendo algo que vá além de sua capacidade de compreensão; Nãosejaapático
  • 54. O QUE NÃO FAZERVídeo
  • 55. Referências Bibliográficas NOGUEIRA, Geralda Eloisa Gonçalves. Análise de tentativas de auto-extermínio entre policiais militares- um estudo em Saúde Mental e Trabalho. 2005. 247f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)- Universidade Federal de Minas Gerais. Almeida, J. B., & Fernandes, C. A. (2006) Depressão e suicídio na adolescência. Em N. Abreu e Silva Neto e D. M. Amparo (Orgs)., Métodos Projetivos: instrumentos atuais para a investigação psicológica e da cultura (pp. 441-446). Brasília: ASBRo. Amaral, A. E. V., Silva Neto, A. C. P., & Nascimento, R. S. G. F. (2003). O Método de Rorschach no Sistema Compreensivo. Notas sobre estudos brasileiros – 1. São Paulo: Anzieu, D. (1986). Os métodos projetivos. Rio de Janeiro: Campus. Arzeno, M. E. G. (1991). Psicodiagnóstico Clínico – novas contribuições. Porto Alegre: Artes Bishop, J, Martin, A., Constanza, S., & Lane, R. C. (2000) Suicide Signs on the Rorschach. Journal of Contemporary Psychoterapy, 30 (3), p. 289-305. Blatt, S. J., & Ritzler, B. A. (1974). Suicide and the Representation of Transparency and Cross-Sections on the Rorschach. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 42 (2), Botega, N. J., Rapeli, C. B., & Freitas, G. V. S. (2004). Perspectiva Psiquiátrica. Em B. G. Werlang e N. J. Botega (orgs.), Comportamento Suicida, p. 107-121. Porto Alegre: Artes Campos, V. R. (2006). O Suicídio no Etilismo. Em H. Corrêa e S. P. Barrero (orgs.), Suicídio: uma morte evitável (pp. 135-143). São Paulo: Atheneu.