Este poema de Bocage apresenta suas primeiras produções literárias de forma humilde, pedindo piedade e não louvores dos leitores. O poeta reconhece a imaturidade de seus versos de juventude, escritos em um período de instabilidade emocional e dependência financeira, o que o forçava a fingir alegria em alguns poemas para agradar seus mecenas.
O soneto descreve o auto-retrato físico e psicológico do poeta Bocage nas duas primeiras estrofes. Nas duas últimas estrofes, Bocage revela sua identidade e explica que escreveu o soneto num momento de descontração, quando se sentiu mais inspirado.
Este documento descreve a produção lírica de Luís de Camões, dividida entre a "medida velha" (poesia medieval) e a "medida nova" (poesia renascentista). A poesia de Camões aborda temas como o amor, o mundo e a condição humana de forma filosófica, influenciada pelo neoplatonismo. Suas obras mais conhecidas são os sonetos, que alcançaram sua máxima expressão com Camões.
O documento analisa as características neoclássicas e pré-românticas presentes na obra poética de Manuel Maria Barbosa du Bocage. Apresenta as diferenças formais, de conteúdo e temáticas entre o estilo neoclássico e pré-romântico, destacando elementos como a linguagem, a natureza, o amor e a morte.
O poema estabelece uma comparação entre os olhos da amada e os campos verdes, projetando a imagem da amada na natureza. À medida que o poema avança, esta projeção torna-se mais evidente, com o sujeito poético a afirmar que o gado na verdade se alimenta da "graça dos olhos" da amada, e não da erva. No final, os olhos deixam de ser comparados aos campos e passam a ser eles próprios os campos verdes.
Oh, como se me alonga, de ano em ano,
A peregrinação cansada minha!
Como se encurta, e como ao fim caminha
Este meu breve e vão discurso humano!
O poeta expressa sentimentos contraditórios sobre a passagem do tempo: o cansaço de viver e a pena de se aproximar do fim. Lamenta o prolongamento e a brevidade da vida ao mesmo tempo.
Este soneto descreve a beleza da natureza, mas explica que sem a presença da amada tudo parece sem graça. A primeira parte descreve a paisagem harmoniosa, mas na segunda parte o poeta diz que sem ver a amada tudo o aborrece e vive na tristeza, mesmo nas alegrias.
Aquela triste e leda madrugada - Luís de Camões ( Análise )Nuno Eusébio
Este documento resume um soneto de Luís de Camões que descreve a separação de amantes ao nascer do dia. A madrugada é personificada como testemunha silenciosa da dor da despedida, contrastando sua beleza natural com o sofrimento emocional dos amantes.
O soneto descreve o auto-retrato físico e psicológico do poeta Bocage nas duas primeiras estrofes. Nas duas últimas estrofes, Bocage revela sua identidade e explica que escreveu o soneto num momento de descontração, quando se sentiu mais inspirado.
Este documento descreve a produção lírica de Luís de Camões, dividida entre a "medida velha" (poesia medieval) e a "medida nova" (poesia renascentista). A poesia de Camões aborda temas como o amor, o mundo e a condição humana de forma filosófica, influenciada pelo neoplatonismo. Suas obras mais conhecidas são os sonetos, que alcançaram sua máxima expressão com Camões.
O documento analisa as características neoclássicas e pré-românticas presentes na obra poética de Manuel Maria Barbosa du Bocage. Apresenta as diferenças formais, de conteúdo e temáticas entre o estilo neoclássico e pré-romântico, destacando elementos como a linguagem, a natureza, o amor e a morte.
O poema estabelece uma comparação entre os olhos da amada e os campos verdes, projetando a imagem da amada na natureza. À medida que o poema avança, esta projeção torna-se mais evidente, com o sujeito poético a afirmar que o gado na verdade se alimenta da "graça dos olhos" da amada, e não da erva. No final, os olhos deixam de ser comparados aos campos e passam a ser eles próprios os campos verdes.
Oh, como se me alonga, de ano em ano,
A peregrinação cansada minha!
Como se encurta, e como ao fim caminha
Este meu breve e vão discurso humano!
O poeta expressa sentimentos contraditórios sobre a passagem do tempo: o cansaço de viver e a pena de se aproximar do fim. Lamenta o prolongamento e a brevidade da vida ao mesmo tempo.
Este soneto descreve a beleza da natureza, mas explica que sem a presença da amada tudo parece sem graça. A primeira parte descreve a paisagem harmoniosa, mas na segunda parte o poeta diz que sem ver a amada tudo o aborrece e vive na tristeza, mesmo nas alegrias.
Aquela triste e leda madrugada - Luís de Camões ( Análise )Nuno Eusébio
Este documento resume um soneto de Luís de Camões que descreve a separação de amantes ao nascer do dia. A madrugada é personificada como testemunha silenciosa da dor da despedida, contrastando sua beleza natural com o sofrimento emocional dos amantes.
O poema descreve um encontro entre Ricardo Reis e Lídia à beira de um rio. Reis reflete sobre a fugacidade da vida e do amor diante da certeza da morte, levando-o a uma atitude de indiferença estoica. No final, antevê a própria morte e a de Lídia, encontrando na lembrança pacífica dela após a morte um consolo para o sofrimento causado pela brevidade da vida.
- Fernando Pessoa mergulhou em tédio e angústia existencial devido à sua constante autoanálise e dúvidas sobre sua identidade.
- A morte de seu amigo Sá-Carneiro o deprimiu ainda mais e o impediu de alcançar a felicidade.
- Insatisfeito com o presente, Pessoa ansiava por sonhos e viagens que permitissem "coisas impossíveis", refletindo sua insatisfação permanente.
Cesário Verde - Análise do poema "Contrariedades"Carlos Pina
O poema "Contrariedades" de Cesário Verde retrata a humilhação do sujeito poético e de uma engomadeira tuberculosa às mãos de uma sociedade corrupta e injusta. Através de uma linguagem realista e irónica, o poema critica a marginalização dos doentes e artistas pela imprensa e sociedade da época.
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
O documento fornece uma introdução sobre um poema de Ricardo Reis intitulado "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio". Apresenta brevemente Ricardo Reis e as características da sua poesia, como o horacianismo, epicurismo e estoicismo. Resume em seguida o conteúdo do poema, dividindo-o em quatro partes que abordam a efemeridade da vida, a inutilidade dos compromissos, a busca da tranquilidade e a ausência de perturbação face à morte
O documento descreve os principais autores e obras associadas ao movimento literário Realismo em Portugal no século XIX, incluindo Antero de Quental, Cesário Verde e Eça de Queirós. O Realismo surgiu como uma reação contra o Romantismo e suas idealizações, buscando retratar a realidade de forma objetiva. A poesia de Antero de Quental e Cesário Verde explorou temas sociais e a condição humana, enquanto os romances realistas de Eça de Queirós criticaram a sociedade portuguesa da ép
A coletânea de poemas Folhas Caídas, de Almeida Garrett, apresenta:
1. Uma poesia confessional que mistura sinceridade e fingimento, exibicionismo e auto-aversão, euforia erótica e desilusão.
2. Os termos "rosa" e "luz" revelam a paixão do autor pela Viscondessa da Luz, Rosa de Montúfar, inspiradora da obra.
3. A obra pode ser considerada um documento humano pela sinceridade e perfeição estética de certos versos rep
O soneto descreve as contradições do amor, alternando entre momentos de alegria e inspiração poética permitidos pela sorte, e momentos de sofrimento e falta de inspiração causados pelo próprio Amor. O poeta apela aos leitores que também sofrem por amor para que entendam a verdade contida em seus versos, cujo significado dependerá da experiência amorosa de cada um.
O autor resume o filme Os Mercenários 2 em três frases:
1) O filme reúne astros da ação dos anos 80 e 90, como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis, para a alegria dos fãs do gênero.
2) Diferentemente do primeiro filme, Os Mercenários 2 entrega sequências de ação bem feitas e um vilão à altura, além de muitos momentos cômicos.
3) Apesar de a trama não ser o foco, o filme agrada principalmente os fãs
O poema é dividido em 4 partes. A 1a parte descreve o fascínio do eu lírico por Milady. A 2a parte relata o encontro entre os dois. A 3a parte mostra o eu lírico resignado à atitude altiva de Milady. A 4a parte alerta Milady para os perigos do seu orgulho.
O conto "A Palavra Mágica" de Vergílio Ferreira descreve uma briga entre Silvestre e Ramos numa loja na aldeia onde vivem. A briga começa por causa da palavra "inócuo" que confunde as personagens. O conto passa-se numa aldeia portuguesa rural no passado, onde a maioria da população era analfabeta.
Este documento fornece informações sobre o poeta português Fernando Pessoa e seus heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Apresenta detalhes biográficos sobre cada um deles e descreve suas principais características temáticas e estilísticas, incluindo trechos de poemas representativos de cada heterônimo.
O documento descreve diferentes recursos expressivos da linguagem literária como a aliteração, assonância, onomatopeia, anáfora e outros como a metáfora, hipérbole, ironia e alegoria que podem ser usados para tornar o texto mais belo ou expressivo.
Miguel Torga foi um poeta, médico e escritor português nascido em 1907 na aldeia de S. Martinho de Anta. Publicou diversos livros de poesia, prosa e teatro ao longo de sua carreira e recebeu vários prêmios literários, incluindo o Prêmio Camões. José Régio foi um poeta, romancista, dramaturgo e ensaísta português nascido em 1901. Fundou a influente revista Presença e publicou diversos livros de poesia. Mia Couto é um escrit
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
O documento descreve as características temáticas e estilísticas da obra do poeta português Álvaro de Campos. Tematicamente, explora o decadentismo, futurismo e sensacionismo, abordando temas como tédio, busca de sensações, evasão e pessimismo. Estilisticamente, utiliza versos livres longos, figuras de som e de linguagem ousadas, mistura de níveis de linguagem e estrutura não aristotélica.
O documento resume a história "A Aia" de Eça de Queirós. Conta que após a morte do rei em batalha, a rainha tentou proteger o príncipe herdeiro, mas o tio ambicioso planejava matá-lo. Uma noite, a aia trocou as crianças para salvar o príncipe, sacrificando seu próprio filho. Em gratidão, a rainha ofereceu riquezas, mas a aia escolheu o suicídio.
A história de Manuel Milho narra a reflexão sobre a existência humana e mostra que o mais importante é o ser humano e sua essência, não o papel social. Vários elementos como números, a passarola, o convento de Mafra carregam significados simbólicos na obra. A relação de Baltasar e Blimunda é marcada por amor e complementaridade representados por seus nomes.
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAngela Silva
Este documento resume dois poemas, um de Camões e outro anônimo. Ambos descrevem as qualidades físicas e psicológicas das amadas dos poetas de forma idealizada, comparando sua beleza à da natureza e afirmando que elas são abençoadas por Deus. Os poetas também revelam que vivem cativos do amor que sentem por elas.
1 - O documento apresenta informações sobre a vida e obra do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage.
2 - Bocage publicou apenas três volumes de poemas conhecidos como Rimas, entre 1791 e 1804. Alguns de seus versos eróticos e satíricos circularam de forma clandestina.
3 - O pensamento liberal e irreverente de Bocage causou sua prisão após a divulgação de obras como a "Epístola a Marília" e o soneto dedicado a Napoleão, consideradas uma ameaça
O documento discute a poesia de Manuel Maria Barbosa du Bocage, destacando seu lirismo e sátira. Bocage escreveu poesia lírica influenciada por Camões sobre amores e aventuras, e também poesia satírica criticando o absolutismo político e os habitantes das colônias portuguesas. Suas obras apresentam características pré-românticas como subjetividade e imagens negativas.
O poema descreve um encontro entre Ricardo Reis e Lídia à beira de um rio. Reis reflete sobre a fugacidade da vida e do amor diante da certeza da morte, levando-o a uma atitude de indiferença estoica. No final, antevê a própria morte e a de Lídia, encontrando na lembrança pacífica dela após a morte um consolo para o sofrimento causado pela brevidade da vida.
- Fernando Pessoa mergulhou em tédio e angústia existencial devido à sua constante autoanálise e dúvidas sobre sua identidade.
- A morte de seu amigo Sá-Carneiro o deprimiu ainda mais e o impediu de alcançar a felicidade.
- Insatisfeito com o presente, Pessoa ansiava por sonhos e viagens que permitissem "coisas impossíveis", refletindo sua insatisfação permanente.
Cesário Verde - Análise do poema "Contrariedades"Carlos Pina
O poema "Contrariedades" de Cesário Verde retrata a humilhação do sujeito poético e de uma engomadeira tuberculosa às mãos de uma sociedade corrupta e injusta. Através de uma linguagem realista e irónica, o poema critica a marginalização dos doentes e artistas pela imprensa e sociedade da época.
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
O documento fornece uma introdução sobre um poema de Ricardo Reis intitulado "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio". Apresenta brevemente Ricardo Reis e as características da sua poesia, como o horacianismo, epicurismo e estoicismo. Resume em seguida o conteúdo do poema, dividindo-o em quatro partes que abordam a efemeridade da vida, a inutilidade dos compromissos, a busca da tranquilidade e a ausência de perturbação face à morte
O documento descreve os principais autores e obras associadas ao movimento literário Realismo em Portugal no século XIX, incluindo Antero de Quental, Cesário Verde e Eça de Queirós. O Realismo surgiu como uma reação contra o Romantismo e suas idealizações, buscando retratar a realidade de forma objetiva. A poesia de Antero de Quental e Cesário Verde explorou temas sociais e a condição humana, enquanto os romances realistas de Eça de Queirós criticaram a sociedade portuguesa da ép
A coletânea de poemas Folhas Caídas, de Almeida Garrett, apresenta:
1. Uma poesia confessional que mistura sinceridade e fingimento, exibicionismo e auto-aversão, euforia erótica e desilusão.
2. Os termos "rosa" e "luz" revelam a paixão do autor pela Viscondessa da Luz, Rosa de Montúfar, inspiradora da obra.
3. A obra pode ser considerada um documento humano pela sinceridade e perfeição estética de certos versos rep
O soneto descreve as contradições do amor, alternando entre momentos de alegria e inspiração poética permitidos pela sorte, e momentos de sofrimento e falta de inspiração causados pelo próprio Amor. O poeta apela aos leitores que também sofrem por amor para que entendam a verdade contida em seus versos, cujo significado dependerá da experiência amorosa de cada um.
O autor resume o filme Os Mercenários 2 em três frases:
1) O filme reúne astros da ação dos anos 80 e 90, como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis, para a alegria dos fãs do gênero.
2) Diferentemente do primeiro filme, Os Mercenários 2 entrega sequências de ação bem feitas e um vilão à altura, além de muitos momentos cômicos.
3) Apesar de a trama não ser o foco, o filme agrada principalmente os fãs
O poema é dividido em 4 partes. A 1a parte descreve o fascínio do eu lírico por Milady. A 2a parte relata o encontro entre os dois. A 3a parte mostra o eu lírico resignado à atitude altiva de Milady. A 4a parte alerta Milady para os perigos do seu orgulho.
O conto "A Palavra Mágica" de Vergílio Ferreira descreve uma briga entre Silvestre e Ramos numa loja na aldeia onde vivem. A briga começa por causa da palavra "inócuo" que confunde as personagens. O conto passa-se numa aldeia portuguesa rural no passado, onde a maioria da população era analfabeta.
Este documento fornece informações sobre o poeta português Fernando Pessoa e seus heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Apresenta detalhes biográficos sobre cada um deles e descreve suas principais características temáticas e estilísticas, incluindo trechos de poemas representativos de cada heterônimo.
O documento descreve diferentes recursos expressivos da linguagem literária como a aliteração, assonância, onomatopeia, anáfora e outros como a metáfora, hipérbole, ironia e alegoria que podem ser usados para tornar o texto mais belo ou expressivo.
Miguel Torga foi um poeta, médico e escritor português nascido em 1907 na aldeia de S. Martinho de Anta. Publicou diversos livros de poesia, prosa e teatro ao longo de sua carreira e recebeu vários prêmios literários, incluindo o Prêmio Camões. José Régio foi um poeta, romancista, dramaturgo e ensaísta português nascido em 1901. Fundou a influente revista Presença e publicou diversos livros de poesia. Mia Couto é um escrit
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
O documento descreve as características temáticas e estilísticas da obra do poeta português Álvaro de Campos. Tematicamente, explora o decadentismo, futurismo e sensacionismo, abordando temas como tédio, busca de sensações, evasão e pessimismo. Estilisticamente, utiliza versos livres longos, figuras de som e de linguagem ousadas, mistura de níveis de linguagem e estrutura não aristotélica.
O documento resume a história "A Aia" de Eça de Queirós. Conta que após a morte do rei em batalha, a rainha tentou proteger o príncipe herdeiro, mas o tio ambicioso planejava matá-lo. Uma noite, a aia trocou as crianças para salvar o príncipe, sacrificando seu próprio filho. Em gratidão, a rainha ofereceu riquezas, mas a aia escolheu o suicídio.
A história de Manuel Milho narra a reflexão sobre a existência humana e mostra que o mais importante é o ser humano e sua essência, não o papel social. Vários elementos como números, a passarola, o convento de Mafra carregam significados simbólicos na obra. A relação de Baltasar e Blimunda é marcada por amor e complementaridade representados por seus nomes.
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAngela Silva
Este documento resume dois poemas, um de Camões e outro anônimo. Ambos descrevem as qualidades físicas e psicológicas das amadas dos poetas de forma idealizada, comparando sua beleza à da natureza e afirmando que elas são abençoadas por Deus. Os poetas também revelam que vivem cativos do amor que sentem por elas.
1 - O documento apresenta informações sobre a vida e obra do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage.
2 - Bocage publicou apenas três volumes de poemas conhecidos como Rimas, entre 1791 e 1804. Alguns de seus versos eróticos e satíricos circularam de forma clandestina.
3 - O pensamento liberal e irreverente de Bocage causou sua prisão após a divulgação de obras como a "Epístola a Marília" e o soneto dedicado a Napoleão, consideradas uma ameaça
O documento discute a poesia de Manuel Maria Barbosa du Bocage, destacando seu lirismo e sátira. Bocage escreveu poesia lírica influenciada por Camões sobre amores e aventuras, e também poesia satírica criticando o absolutismo político e os habitantes das colônias portuguesas. Suas obras apresentam características pré-românticas como subjetividade e imagens negativas.
O documento descreve características do Romantismo, incluindo temas como amor, morte, solidão e evasão da realidade. Detalha poetas românticos como Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire, destacando seus temas e estilos melancólicos e saudosistas.
O documento descreve as três gerações do Romantismo no Brasil, destacando os principais temas e autores de cada uma. A primeira geração enfatizou o nacionalismo e o indianismo, retratando os índios livres na natureza. A segunda geração se concentrou na morte e no pessimismo. A terceira geração, liderada por Castro Alves, abordou temas sociais como a abolição da escravidão.
Questões - Quinhentismo, Barroco e ArcadismoGabriella Lima
O documento apresenta um poema de Tomas A. Gonzaga sobre a beleza de Marília e o amor que sente por ela, característico do movimento Arcádico. Em seguida, há questões sobre as marcas do Arcadismo presentes no poema, sendo a idealização da vida pastoral e da natureza uma delas.
1) O documento é uma coleção de poemas escritos por Carlos Drummond de Andrade em 1940.
2) Um dos poemas descreve um operário caminhando firmemente, carregando segredos em seu corpo, indo em direção ao mar.
3) Outro poema fala sobre um menino chorando sozinho na noite, com sua dor ecoando através da parede e da rua.
O documento descreve a poesia romântica brasileira, dividida em duas gerações. A primeira geração (nacionalista) enfatizou o nacionalismo, indianismo e cor local, com destaque para Gonçalves de Magalhães. A segunda geração (ultrarromântica) foi marcada pelo excesso de subjetivismo e emoção, com Álvares de Azevedo e seu pessimismo, e Casimiro de Abreu e sua poesia mais ingênua e sentimental.
O documento discute um poema de Augusto dos Anjos que explora temas mórbidos e patológicos, apresentando um pessimismo exacerbado sobre a condição humana através de uma linguagem científica e uma visão materialista do homem como "filho do carbono e do amoníaco".
O documento resume a segunda geração da poesia romântica brasileira, destacando seus principais autores e obras. Álvares de Azevedo é apontado como o autor mais importante por seu livro "Lira dos Vinte Anos" que aborda a face solar e idealizada da vida ("Ariel") e a face noturna e irônica ("Caliban"). Bernardo Guimarães escreve poemas de visão corrosiva e irônica da vida através de obras como "A Orgia dos Duendes". Já Casimiro de Ab
1) O documento discute o Romantismo no Brasil, dividido em três gerações. A primeira geração enfatizou o nacionalismo e o indianismo, com autores como Gonçalves de Magalhães. A segunda geração foi influenciada por Byron e caracterizou-se pelo sentimentalismo. A terceira geração, condoreira, incluiu temas sociais e abolicionistas com Castro Alves.
2) A prosa romântica incluiu diferentes segmentos como o urbano, indianista e regionalista, com obras de Maced
1) O documento descreve o movimento romântico no Brasil no século XIX, dividido em três gerações principais.
2) A primeira geração, chamada de indianista ou nacionalista, enfatizava temas como nacionalismo, lusofobia e indianismo.
3) A segunda geração, conhecida como byroniana ou ultrarromântica, era marcada por sentimentalismo exagerado, individualismo e um pessimismo profundo.
4) A terceira geração, chamada de condoreira ou hugoana
O poema descreve a tragédia ocorrida no cais de Pindjiguiti em 3 de agosto de 1959, quando o povo da Guiné-Bissau foi massacrado após protestar contra o domínio colonial português. O poema evoca a inquietação de Bissau naquela manhã fatídica, o vento de morte soprando no cais, e o povo morrendo massacrado durante os protestos, apesar de seus gritos de impotência. O poema clama pela libertação e independência de África dos domínios
1. Espumas Flutuantes é a única obra de Castro Alves que foi revisada pelo próprio autor, sugerindo um caráter transitório.
2. O livro contém 53 poemas líricos e épicos que tratam de amor, natureza, morte e crenças no progresso de forma sensual e existencial.
3. Castro Alves inova ao buscar o amor carnal de forma realista, distanciando-se do Romantismo, e explora temas como a liberdade e a consciência do papel do poeta na sociedade.
O documento é um prefácio para o livro "Poemas Malditos" de Álvares de Azevedo. Nele, o autor defende a inclusão de poemas mais realistas e eróticos para contrabalancear o sentimentalismo que dominava a poesia da época. Ele também explica que os poetas são humanos e podem abordar diferentes temas ao longo de suas carreiras, como amor, sarcasmo e descrença. Por fim, o prefácio contém um aviso irônico ao leitor sobre o conteúdo potencialmente controver
O documento apresenta 4 questões sobre a obra Eu, de Augusto dos Anjos. A primeira questão trata da classificação da obra como um caso à parte na poesia brasileira. A segunda questão analisa um poema de Eu e discute aspectos como cientificismo e pessimismo. A terceira questão aborda um soneto de Eu e aspectos como a visão materialista da vida e da morte. A quarta questão lista versos de Eu e pede para identificar qual não apresenta elementos típicos da obra.
O documento apresenta trechos de poemas e biografias de importantes poetas românticos brasileiros como Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Aborda temas como amor, saudade e a defesa de causas sociais como a abolição da escravidão.
O poema descreve a viagem de um navio negreiro pelo oceano. Ao longo de três partes, o poeta assume a perspectiva de uma águia que sobrevoa o navio e observa os marinheiros de diferentes nacionalidades cantando canções típicas de seus países. O poema critica o tráfico de escravos por meio dessa viagem pelo mar.
Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu aos 12 de setembro de 1831, em São Paulo. Matriculou-se no curso de Direito em 1848 e deu início à produção literária, ao passo que começou a sentir os primeiros sintomas de tuberculose.
Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma idéia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.
O documento descreve o contexto literário do Romantismo na Europa no final do século XVIII e no Brasil no início do século XIX. Apresenta as principais características do Arcadismo e do Romantismo, bem como os principais autores e obras de cada fase do Romantismo brasileiro, incluindo a geração indianista e a geração byroniana.
O documento descreve o contexto literário do Romantismo na Europa no final do século XVIII e no Brasil no início do século XIX. Apresenta as principais características do Arcadismo e do Romantismo, bem como os principais autores e obras de cada fase do Romantismo brasileiro, incluindo a geração indianista e a geração byroniana.
1. O documento apresenta uma seleção de poemas do autor Gregório de Matos.
2. A coleção foi digitalizada a partir de fontes portuguesas com o objetivo de disponibilizar o conteúdo para fins educacionais de forma gratuita na internet.
3. Os poemas abordam temas como amor, crítica social, política e sátiras sobre a cidade da Bahia no período colonial.
O documento resume o episódio dos Doze da Inglaterra dos Lusíadas de Camões. Conta que 12 cavaleiros portugueses foram escolhidos para defender a honra de 12 damas inglesas ofendidas por cavaleiros ingleses. Os portugueses venceram em combate singular e restauraram a honra das damas. Dois dos cavaleiros, Magriço e outro, permaneceram no estrangeiro para realizar outros feitos de armas.
Este documento é um poema de Gil Vicente chamado "Pranto de Maria Parda". Nele, Maria Parda lamenta a falta de vinho em Lisboa, já que as tavernas estão sem ramos e o vinho está muito caro. Ela pede emprestado vinho a várias pessoas, mas é recusada por todos. No final, ela faz seu testamento, deixando suas posses para quem beber muito no dia de seu funeral.
Poemas líricos de gregório de matos guerra barroco no brasilagnes2012
1) O documento resume características da literatura barroca no Brasil no século XVII, incluindo o uso de antíteses, paradoxos e figuras de linguagem.
2) Apresenta Gregório de Matos como um dos principais poetas barrocos brasileiros e discute sua poesia amorosa, satírica e religiosa.
3) Analisa um soneto de Gregório de Matos que usa paradoxos para descrever sentimentos amorosos intensos e contraditórios.
Este documento é um poema de Gil Vicente chamado "Pranto de Maria Parda". Nele, Maria Parda lamenta a falta de vinho em Lisboa, já que as tavernas estão sem ramos e o vinho está muito caro. Ela pede emprestado vinho a várias pessoas, mas é recusada por todos. No final, ela faz seu testamento, deixando suas posses para quem beber muito no dia de seu funeral.
O documento resume o episódio "Os Doze da Inglaterra" do Canto VI de Os Lusíadas de Camões. Conta que doze cavaleiros portugueses foram escolhidos para defender a honra de doze damas inglesas ofendidas por cavaleiros ingleses. Os portugueses venceram em combate singular os doze cavaleiros ingleses, restaurando a honra das damas. Dois dos cavaleiros portugueses, Magriço e outro, destacaram-se por feitos posteriores na França e Aleman
Este documento é um resumo de trechos do livro "Clepsidra" de Camilo Pessanha. O texto contém 11 poemas do autor que abordam temas como natureza, amor, desejo e melancolia. O documento foi digitalizado pela Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro para fins educacionais.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
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O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
1. Poemas Escolhidos | Bocage
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Apenas vi do dia a luz brilhante
Ó tranças, de que Amor prisão me tece,
Da pérfida Gertrúria o juramento
Das terras a pior tu és, ó Goa,
Camões, grande Camões, quão semelhante
Incultas produções da mocidade
Lembrou-se no Brasil bruxa insolente
Cartaz
Vós, ó Franças, Semedos, Quintanilhas,
Sanhudo, Inexorável Despotismo,
Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Importuna Razão, não me persigas;
Oh retrato da morte, oh Noite amiga
Meu ser evaporei na lida insana
Já Bocage não sou!... À cova escura
Créditos
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2. Poemas Escolhidos | Bocage
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão(1) na altura,
Triste de facha,(2) o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno:
Incapaz de assistir (3) num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas (4) mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:
Devoto incensador de mil deidades (5)
(Digo, de moças mil) num só momento,
Inimigo de hipócritas, e frades:*
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou cagando ao vento.*
Glossário
1 - Mediano, medíocre, médio
2 - De rosto, de cara
3 - Usado no sentido de morar
4 - Brancas como neve
5 - Divindades, venerações
*- Versos corrigidos na edição de 1804
Comentários:
Esse soneto é considerado o Auto-retrato do poeta. Ele foi corrigido, pelo próprio Bocage, na
edição de 1804. Os versos "Inimigo de hipócritas, e frades" e "Num dia em que se achou
cagando ao vento" foram substituídos, respectivamente, por "E somente no altar amando os
frades" e "Num dia em que se achou pachorrento", no qual pachorrento tem o significado de
paciente. Optamos por divulgar a primeira versão do poema porque a consideramos mais
original. Nesse soneto, no qual o poeta vê com humor e um certo cinismo as suas desventuras,
percebe-se toda a instabilidade do poeta, tanto no sentido físico, quanto no moral. Ele é incapaz
de assistir, aqui empregado no sentido de morar, "num só terreno".
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3. Poemas Escolhidos | Bocage
Apenas vi do dia a luz brilhante
Lá de Tubal(1) no empório celebrado,
Em sangüíneo caráter foi marcado
Pelos destinos meu primeiro instante.
Aos dois lustros(2) a morte devorante
Me roubou, terna mãe, teu doce agrado;
Segui Marte(3) depois, enfim meu fado
Dos irmãos, e do pai me pôs distante.
Vagando a terra curva, o mar profundo,
Longe da pátria, longe da ventura
Minhas faces com lágrimas inundo.
E enquanto insana multidão procura
Essas quimeras, esses bens no mundo,
Suspiro pela paz na sepultura.
Glossário
1- Tubal viveu em Setúbal, conforme a história mítica
2- Qüinqüênio, Espaço de 5 anos
3-Deus latino da guerra
Comentários:
Nesse soneto Bocage faz referência a morte de sua mãe. Em seguida ele nos fala sobre a sua
entrada para Marinha de Guerra e sobre as suas viagens. Essa idéia é reforçada com a presença
da "Marte" o deus romano da guerra. Finalizando o poema o eu-lírico, que deseja a paz da
sepultura, se opõem aos homens que procuram como loucos os bens materiais, que não passam
de quimeras, ou seja, sonhos fantasiosos.
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4. Poemas Escolhidos | Bocage
Ó tranças, de que Amor prisão me tece,
Ó mãos de neve, que regeis meu fado!
Ó Tesouro! ó mistério! ó par sagrado,
Onde o menino alígero(1) adormece!
Ó ledos(2) olhos, cuja luz parece
Tênue raio do sol! Ó gesto (3) amado,
De rosas e açucenas semeado
Por quem morrera esta alma, se pudesse!
Ó lábios, cujo riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter (4) suspira!
Ó perfeições! Ó dons encantadores!
De quem sois?... Sois de Vênus?(5) -
É mentira; Sóis de Marília, sois de meus amores.
Glossário
1 - Cúpido / Literalmente, alígero significa rápido ligeiro.
2- Risonho alegre
3 - significa rosto, é muito comum na poesia clássica
4 - Deus supremo, o pai de todos
5 - Deusa da beleza e do amor
Comentários:
Esse soneto é um ótimo exemplo do estilo árcade. Nele temos a presença da natureza e de
figuras mitológicas como Vênus e Júpiter. O poema é construído baseado na oposição beleza e o
seu efeito. As mãos da musa tecem o fado do poeta, os seus lábios tiram a sua paz. A beleza da
mulher amada é detalhada por quase todo o poema e, no final, ela é comparada a Vênus, deusa
da beleza e do amor, e em nada perde para ela, pois até mesmo Júpiter por ela suspira.
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5. Poemas Escolhidos | Bocage
Da pérfida(1) Gertrúria o juramento
Parece-me que estou inda escutando,
E que inda ao som da voz suave e brando
Encolhe as asas, de encantado, o vento:
No vasto, infatigável pensamento
Os mimos da perjura(2) estou notando...
Eis Amor, eis as Graças festejando
Dos ternos votos o feliz momento.
Mas ah!... Da minha rápida alegria
Para que acendes mais as vivas cores,
Lisonjeiro pincel da fantasia?
Bastam, cega paixão, loucos amores;
Esqueçam-se os prazeres de algum dia,
Tão belos, tão duráveis como as flores.
Glossário
1 - traidora, desleal, infiel, que mente a fé jurada
2 - que jura em falso
Comentários:
Tudo leva a crer que esse soneto foi inspirado na traição de Gertrudes (Gertrúria) que casou-se
com o irmão de Bocage, Gil Bocage, quando o poeta estava na Índia. Nesse poema percebe-se a
dor e amargura do eu-lírico ao perceber que sua amada o traiu. A conclusão do poema é muito
cínica. O amor é comparado com as flores, belas, porém, pouco duradouras.
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6. Poemas Escolhidos | Bocage
Das terras a pior tu és, ó Goa,
Tu pareces mais ermo, que cidade;
Mas alojas em ti maior vaidade
Que Londres, que Paris, ou que Lisboa:
A chusma(1) de teus íncolas (2) pregoa
Que excede o grão-Senhor na qualidade;
Tudo quer senhoria; o próprio frade
Alega, para tê-la, o jus da c'roa!
De timbres prenhe (3) estás; mas ouro e prata
Em cruzes, com que dantes te benzias
Foge a teus infanções (4) de bolsa chata
Oh que feliz, e esplêndida serias,
Se algum fusco Merlin,(5) que faz bagata
Te alborcasse (6) a Pardaus (7) as senhorias
Glossário
1 - Grande quantidade, montão
2 - Moradores, habitantes
3 - Pleno, repleto, cheio
4 - Antigo título da nobreza
5 - Lendário mago da corte do Rei Arthur
6- Permutasse, trocasse
7 - Antiga moeda da Índia portuguesa
Comentários:
Essa Goa sobre a qual Bocage descarrega o seu Sarcasmo é muito diferente daquela que foi
conquistada por Afonso de Albuquerque e que se transformou no maior centro comercial do
oriente. Na visão do poeta Goa é "Das terras a pior" , seus habitantes são pretensiosos e vivem
se vangloriando do seu luxo e riqueza, porém o império está em franca decadência, o império
está falido e corrupção toma conta de seus habitantes. Para reverter essa situação, concluí
ironicamente o poeta, somente Merlin com sua poderosa magia.
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7. Poemas Escolhidos | Bocage
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa no fez perdendo o Tejo
Arrostar(1) co sacrílego (2) gigante: (3)
Como tu, junto ao Ganges sussurrante
Da penúria cruel no horror me vejo:
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante:
Ludibrio (4) , como tu, da sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura:
Modelo meu tu és... Mas, oh tristeza!...
Se te imito nos transes da ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Glossário
1 - Olhar de frente
2 - Que cometeu sacrilégio, ato de impiedade, de profanação
3 Referência ao episódio do Gigante Adamastor, de Os Lusíadas. Representa o cabo das
tormentas (Sul da África), limite do mar conhecido por Vasco da Gama.
4 - Escarneço, zombo
Comentários:
Nesse soneto Bocage invoca Camões, comparando as suas desventuras com as dele. As
semelhanças entre os dois são muitas: Ambos cruzaram o cabo da Boa Esperança, eram
boêmios, briguentos, tiveram muitos amores e morreram quase na miséria. No último terceto do
poema, Bocage, como era de costume no período Neoclássico, admite que Camões é o seu
modelo. No entanto, ele lamenta o fato de se equiparar ao "grande Camões" "Nos transes da
ventura" e não no dom de fazer versos.
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8. Poemas Escolhidos | Bocage
Incultas produções da mocidade
Expondo a vossos olhos, ó leitores:
Vede-as com mágoa, vede-as com piedade,
Que elas buscam piedade, e não louvores:
Ponderai da fortuna a variedade
Nos meus suspiros, lágrimas, e amores;
Notai dos males seus a imensidade,
A curta duração dos seus favores:
E se entre versos de sentimento
Encontrades alguns, cuja aparência
Indique festival contentamento,
Crede, ó mortais, que foram com violência
Escritos pela mão do Fingimento,
Cantados pela voz da Dependência.
Comentários:
Esse soneto pode ser considerado como o julgamento literário que Bocage faz dos poemas que
escreveu na juventude. Ao criticá-los, ele crítica também o estilo da época e o fingimento das
composições árcades. Por meio da forma imperativa, ele amplia a intensidade apelativa do
poema e pede aos leitores para que tenham piedade de seus versos, pois é só piedade eles
buscam. A utilização de iniciais maiúsculas em "Fingimento" e "Despotismo" personifica idéias
abstratas. Ao fazer isso, ele pode estar tentando transferir a eles um pouco da responsabilidade
pela autoria dessas "Incultas produções".
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9. Poemas Escolhidos | Bocage
Lembrou-se no Brasil bruxa insolente
De amar ao pobre mundo estranha peta; (1)
Procura um mono (2), que infernal careta
Lhe faz de longe, e lhe arreganha o dente:
Pilhando-o por mercê do Averno (3) ardente,
Conserva-lhe as feições na face preta;
Corta-lhe a cauda, veste-o de roupeta,
E os guinchos(4) lhe converte em voz de gente:
Deixa-lhes os calos, deixa-lhe a catinga;
Eis entre os Lusos o animal sem rabo
Prole(5) se aclama da rainha Ginga: (6)
Dos versistas se diz modelo e cabo;
A sua alta ciência é a mandinga,
O seu benigno Apolo (7) é o Diabo.
Glossário
1 - Mentira
2 - Designação geral para os macacos
3 - Inferno
4 - Som agudo e inarticulado do homem e de alguns animais
5 - Geração, progênie, descendente
6 - Rainha Ginga, da angola.
7 - Deus Grego-romano, o mais belo dos deuses
Comentários:
Esse soneto, de tom extremamente irônico, foi dedicado a Domingos Caldas Barbosa, presidente
da Nova Arcádia. Nele, Bocage compara Caldas a um demônio que, para iludir os portugueses,
disfarça seus guinchos em canções. Esse demônio, por ser descendente da rainha Ginga,
adversária dos portugueses durante a época da colonização, é um inimigo do povo português.
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10. Poemas Escolhidos | Bocage
Cartaz:
Quarta-feira catorze do corrente
Se apresenta outra vem com bom cenário
No Salitre a comédia do "Antiquário",
A que tem concorrido imensa gente:
É obra traduzida novamente
Por um poeta, amigo do empresário,
Memorião,(1) que engole um dicionário,
E orna de verdes pâmparos(2) a frente:
Em lugar de entremez(3) se há de seguir
Do Franco a grande peça curiosa,
Tragédia de "Sesóstris" que faz rir
Tem versos naturais, parecem prosa!
Que venha o nobre público a aplaudir
Espera a companhia obsequiosa.
Glossário
1 - quem tem boa memória, ou facilidade para decorar
2 - ramos mais novos da videira
3 – composição teatral curta, de caráter jocoso
Comentários:
Soneto com tom satírico. Nele é anunciado a repetição de uma peça, cuja tradução é atribuída a
Belchior Manuel Curvo Semedo, membro da Nova Arcádia. No entanto, essa peça só está sendo
apresentada porque o tradutor é "amigo do empresário". Note que a peça será apresentada em
uma quarta-feira, referência irônica às reuniões da Nova Arcádia que, por acontecerem às
quartas-feiras, ficaram conhecidas como "quartas-feiras de Lereno".
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11. Poemas Escolhidos | Bocage
Vós, ó Franças, Semedos, Quintanilhas,
Macedos e outras pestes condenadas;
Vós, de cujas buzinas penduradas
Tremem de Jove(1) as melindrosas filhas;
Vós, néscios, que mamais das vis quadrilhas
Do baixo vulgo insossas gargalhadas,
Por versos maus, por trovas aleijadas,
De que engenhais (2) as vossas maravilhas;
Deixai Elmano, que, inocente honrado
Nunca de vós se lembra, meditando
Em coisas sérias, de mais alto estado.
E se quereis, os olhos alongando,
Ei-lo! Vede-o no Pindo (3) recostado,
De perna erguida sobre vós...
Glossário
1 - Outro nome de Júpiter.
2 - Inventais, traçais, maquinais
3 - Nome do monte consagrado a Apolo e às musas na Grécia antiga
Comentários:
O tom desse soneto é irônico. Nele, Bocage compara os membros da Nova Arcádia à "pestes
condenadas". Ele ainda zomba deles usando nomes árcades como Jove e Pindo. Essas "pestes",
como diz Bocage, fazem uma poesia maçante e vivem perseguindo Elmano, que, além de ser um
poeta superior, é um homem honrado, que nunca se lembra deles porque está ocupado com a
verdadeira poesia "coisas sérias, de mais alto estado". A superioridade de Elmano fica clara no
último terceto: ele está no Pindo sob a proteção de Apolo e das musas enquanto que os outros...
Em algumas publicações esse verso é completado com "mijando" ou "cagando".As duas palavras
se encaixam perfeitamente no verso, ou seja, a métrica e rima ficam perfeitas.
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12. Poemas Escolhidos | Bocage
Sanhudo,(1) Inexorável(2) Despotismo,(3)
Monstro que em pranto, em sangue a fúria cevas,(4)
Que em mil quadros horríficos te enlevas,
Obra da Iniqüidade(5) e do Ateísmo;
Assanhas o danado Fanatismo
Porque te escore o tronco onde te enlevas;
Porque o sol da Verdade envolva em trevas,
E sepulte a Razão num denso abismo:
Da sagrada Virtude o colo pisas,
E aos satélites vis da prepotência
De crimes infernais o plano gizas:(6)
Mas, apesar da bárbara insolência,
Reinas só no ext´rior, não tiranizas
Do livre coração a independência.
Glossário
1 - temível
2 - inabalável
3 - sistema de governo com poder absoluto e arbitrário
4 - alimentar, nutrir
5 - injustiça
6 - delinear, traçar
Comentários:
Esse é um soneto que reflete as idéias liberais da Revolução Francesa. No poema existe uma atitude prê-
romântica, pois o Despotismo opressor não consegue atingir o coração que é livre. Vale lembrar que os
autores do Romantismo, que estaria por vir, tinham posições políticas muito semelhantes a essas. Por isso,
reforça-se ainda mais a antecipação romântica de Bocage.
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13. Poemas Escolhidos | Bocage
Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Por que (triste de mim)! por que não raia
Já na esfera de Lísia(1) a tua aurora?
Da santa redenção é vinda a hora
A esta parte do mundo, que desmaia:
Oh! Venha... Oh! Venha, e trêmulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!
Eia! Acode ao mortal, que frio e mudo
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo:
Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso nume tu és, e glória, e tudo,
Mãe do gênio e prazer, oh Liberdade!
Glossário
1 - Esfera lísea - o contexto indica que se refere a Portugal
Comentários:
Esse é outro soneto ideológico. Nele existe a defesa dos ideais liberais e a crítica ao Despotismo
opressor. Por isso, o poema torna-se uma espécie de canto a liberdade, que possuí a função de
acorda Portugal, uma terra que ainda está adormecida. Novamente temos o uso de iniciais
maiúsculas para personificar idéias abstratas.
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14. Poemas Escolhidos | Bocage
Importuna Razão, não me persigas;
Cesse a ríspida voz que em vão murmura;
Se a lei do Amor se força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitingas:(1)
Se acusas os mortais, e os não abrigas,
Se (conhecendo o mal) não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.
É teu fim, teu projeto encher de pejo(2)
Esta alma, frágil vítima daquela
Que, injusta e vária, noutros laços vejo:
Queres que fuja de Marília bela,
Que a maldiga, a desdenhe; e meu desejo
É carpir,(3) delirar, morrer por ela.
Glossário
1 - amansar, abrandar
2 - vergonha, pudor
3 - sofrer, chorar
Comentários:
Nesse soneto temos traços do Arcadismo e também do Romantismo. Marília está em outros
laços, que pode ser entendido como outros braços. Essa visão real, essa "Importuna Razão"
persegue o eu-lírico, que, aos invés de lhe dar ouvidos, prefere apreciar sua loucura. A Razão,
personificada pelo uso de iniciais maiúsculas, pede para o eu-lírico fuja de sua amada, porém,
seu desejo "É carpir, delirar, morrer por ela.". Nota-se claramente que nesse poema existe um
conflito entre a razão Arcade e a emoção tipicamente Romântica.
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15. Poemas Escolhidos | Bocage
Oh retrato da morte, oh Noite amiga
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!
Pois manda Amor, que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio(1) agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:
E vós, oh cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos(2) piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!
Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores.
Glossário
1 - piedoso
2 - espécie de coruja
Comentários:
Nesse soneto percebe-se claramente os traços prê-românticos de Bocage. A morte se faz
presente, confunde-se com a noite e é amiga do eu-lírico, mais que isso, ela é a "Calada
testemunha" do seu pranto. Além disso, surgem fantasmas e mochos, figuras noturnas, que
como ele são inimigos da claridade. Claridade essa que não deve ser vista simplesmente como
luz, mas sim como a luz do conhecimento e da razão, que se opõe a noite, ou seja, a incerteza,
aos mistérios da alma. No entanto, esse clima Romântico, que envolve o eu-lírico, não chega até
a mulher amada, que dorme tranqüilamente.
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16. Poemas Escolhidos | Bocage
Meu ser evaporei na lida(1) insana
Do tropel(2) de paixões, que me arrastava
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.
De que inúmeros sóis a mente ufana(3)
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua origem dana. (4)
Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube
No abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.
Glossário
1- Vida
2 - Grande confusão, desordem
3- Que se orgulha de algo
Comentários:
Esse soneto, de tom confessional, é um dos poemas de Bocage mais reproduzidos no Brasil. Ele
foi escrito pouco antes da morte de Bocage e é outro exemplo do pré-romântismo, porque a
emoção, mais uma vez é contraída pela rigidez do verso. No poema, o eu-lírico nos mostra como
a sua vida foi consumida em prazeres e amores. No último terceto ele invoca Deus, arrepende-
se dos erros cometidos em vida e, mostrando que está totalmente reconciliado com a religião,
espera encontrar na eternidade o perdão Divino.
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17. Poemas Escolhidos | Bocage
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento;
Musa!...Tivera algum merecimento
Se um raio da razão seguisse pura!
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino(1) fui...A Santidade Manchei!...
Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade.
Glossário
1 -Pedro Aretino famoso escritor satírico italiano que dosa desregramento, malevolência com
humor
Comentários:
Esse talvez seja um dos sonetos mais famosos de Bocage. Ele é o exemplo perfeito do termo
prê-romântico porque as emoções são contraídas, ou seja, estão presas a rigidez do verso
perfeito e a forma fixa de soneto. Esse poema foi escrito pouco antes da morte do poeta. Nele
vemos um eu-lírico arrependido da sua vida desgarrada e reconciliado a vida religiosa. Ao dizer
"Rasga meus versos, crê na eternidade" ele se desprende dos valores materiais e mostra-se
totalmente voltado para a eternidade.
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18. Poemas Escolhidos | Bocage
Elaboração: Prof. Abílio Friedman
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