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SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
L143p
5. ed.
Lachtermacher, Gerson, 1956-
Pesquisa operacional na tomada de decisões / Gerson Lachtermacher. - 5. ed.
- Rio de Janeiro : LTC, 2016. il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-216-3048-7
1. Pesquisa operacional. 2. Processo decisório - Modelos matemáticos. 3.
Programação linear. 4. Processo decisório. I. Título.
15-27256 CDD: 658.4034
CDU: 005.31
Para Marly, Thiago, Luana, Amanda, Thuener e Julia
Matemática dos Novos Tempos
Tenho uma esposa
Um filho e uma filha
Uma nora e um genro
Uma neta e quem mais vier
Lei de Lavoisier dos Novos Tempos
Num Aeroporto
Nada se cria
Nada se perde
Apenas muda de dono
Prefácio à
5a
edição
Foi com prazer que recebi o convite do professor Gerson Lachtermacher para
fazer o prefácio para a quinta edição de seu livro Pesquisa Operacional na
Tomada de Decisões.
Na verdade, sob o ponto de vista acadêmico, já foi feita uma excelente
descrição da obra pelos eminentes professores que me antecederam na
apresentação das quatro primeiras edições deste livro.
Cabe aqui destacar a qualidade deste trabalho que, apresentando uma
teoria de base matemática, o faz de modo a tornar efetiva sua utilidade na
solução de problemas da vida prática.
Mas é importante enfatizar que, ao apresentar as aplicações da Pesquisa
Operacional, o professor Lachtermacher não descuida dos conceitos teóricos
básicos, essenciais para a sustentação dos métodos que levam às soluções de
problemas que surgem a partir da análise de situações reais.
Outro fato a destacar refere-se à incansável capacidade do professor
Gerson, no sentido de aprimorar seu trabalho de modo substantivo a cada
nova edição. Assim é que esta quinta edição apresenta o acréscimo de um
oitavo capítulo intitulado “Otimização Matemática em Economia e
Finanças”, no qual são analisados problemas sobre Matemática Financeira e
apresentadas soluções para alguns casos interessantes.
Cabe finalmente destacar a característica didática do trabalho, em que são
mostrados um grande número de exemplos motivadores e, além disso, uma
coleção de exercícios objetivos ao final de cada seção.
Assim, venho cumprimentar o professor Gerson Lachtermacher pela
produção e subsequente aprimoramento desta obra que, sem dúvida,
representa uma importante contribuição para o entendimento da matéria.
Prof. Lindolpho de Carvalho Dias
Membro do Conselho Diretor da FGV
Ex-Diretor do IMPA - Instituto de Matemática Pura e Aplicada
Prefácio à
4a
edição
Devo confessar que fiquei duplamente surpreso com o convite do meu colega
Gerson Lachtermacher para escrever o prefácio da quarta edição do seu já
conhecido e consagrado livro Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões.
Primeiramente pela honra de ter sido selecionado pelo autor para escrever
estas notas, ciente da existência de vários outros nomes na comunidade
brasileira da pesquisa operacional que poderiam fazê-lo e que, com certeza,
sentir-seiam tão honrados como eu com o convite. A outra surpresa diz
respeito à stamina do autor, que, em pouco mais de dois anos do lançamento
da terceira edição, já nos brinda com esta nova edição revisada, atualizada e
ainda mais rica.
Seguindo os passos dos profissionais que já prefaciaram as edições
anteriores, ou seja, Antônio Freitas, Cláudio Haddad e Clovis de Faro, não
posso deixar de enfatizar a contribuição do autor para a difusão da pesquisa
operacional para um público diferente dos já tradicionais usuários de
engenharia, matemática e estatística.
Com efeito, Lachtermacher consegue, de forma bem clara e didática,
tornar os conceitos básicos da pesquisa operacional acessíveis a profissionais
das áreas de administração, economia e contabilidade, entre outras.
E quais são as novidades desta quarta edição? Além de pequenas
correções de forma em alguns capítulos, sua maior contribuição está
relacionada com a apresentação dos aplicativos computacionais. O Apêndice
A*, que descrevia o aplicativo Lindo, dá lugar às instruções de como utilizar
o What’sBest!, um suplemento da Lindo Systems. Além desta novidade, esta
nova edição traz mais um apêndice contendo instruções para a utilização do
Lingo, software de programação não linear. Não resta dúvida alguma que,
pelo sucesso que caracterizou as três edições anteriores, esta nova versão do
didático texto de Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões continuará a
trajetória vitoriosa desta obra.
Reinaldo Castro Souza
Professor do departamento de
Engenharia Elétrica da Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC-Rio) e
ex-presidente da Sociedade Brasileira de
Pesquisa Operacional (Sobrapo)
_______________
*Esta quinta edição não contempla mais o Apêndice A. (N.E.)
Prefácio à
3a
edição
Um livro-texto que, poucos anos após seu lançamento, já está em sua terceira
edição, dispensa apresentações. Seu sucesso, espelhado na acolhida que vem
recebendo, atesta que o livro foi capaz de atingir os objetivos a que se
propunha. No entanto, e aqui com um jogo de palavras no que tange ao seu
conteúdo, a sua segunda edição ainda não corresponde a uma solução ótima,
no sentido de máximo global. Como, fruto da experiência do autor, sempre
são possíveis aprimoramentos, justifica-se esta nova edição.
Tendo sido solicitado a escrever este prefácio, ressalto que,
preliminarmente, pouco tenho a acrescentar ao que já foi apropriadamente
descrito pelos competentes prefaciadores que me antecederam, Antônio
Freitas e Cláudio Haddad. Resta-me destacar uma agradável surpresa, ao
menos para mim.
Tendo sido iniciado na programação linear com o uso do agora já
venerado, embora ainda dominante, método simplex, desenvolvido por
George B. Dantzig na década de 40 do século passado, fiquei alegremente
surpreendido pela maneira eficiente e intuitiva com que o autor introduziu o
assunto. Em vez das enfadonhas apresentações de formas canônicas e
operações elementares, o autor foi capaz de iniciar o leitor em seus
fundamentos por meio de exemplos simples, mas suficientemente
elucidativos.
Também digno de nota é o capítulo que trata da programação não linear.
Os exemplos ali apresentados também, com rara felicidade, constituem-se em
valiosa introdução a este tão complexo assunto.
Concluindo, parabenizo o autor na certeza de que esta nova edição terá o
mesmo, se não maior, sucesso das outras duas.
Clovis de Faro
Ex-Diretor da EPGE/FGV
Ex-Diretor do IDE/FGV
Assessor da Presidência da FGV
Prefácio à
2a
edição
Pesquisa operacional é uma matéria em geral árida, que assusta pelo nível de
sofisticação matemática e estatística que pode apresentar. Isto se agrava no
caso de estudantes na maioria dos cursos de economia e administração, cuja
orientação no Brasil tende a ser muito pouco quantitativa. Mesmo em cursos
de engenharia, que normalmente possuem um viés quantitativo mais robusto,
muitas vezes os alunos enfrentam problemas de como relacionar o conteúdo
teórico de pesquisa operacional à vida prática e como modelálos de forma
eficiente.
Este livro do professor Gerson Lachtermacher, agora na sua segunda
edição, resolve, com bastante eficácia, os dois dilemas. Além de ser um texto
acessível, que não entra em sofisticações matemáticas desnecessárias para um
bom entendimento da matéria, seu foco é na aplicação prática dos conceitos.
Este foco não está presente apenas nos exemplos e exercícios, todos
relacionados com a vida real, mas também na constante ligação entre o
problema conceitual e as ferramentas de informática disponíveis na
programação do Excel. O uso desta programação, de forma intensa, didática e
ilustrativa ao longo de todo o livro, torna o aprendizado muito mais fácil para
o aluno, que normalmente tem acesso àquela ferramenta, disponível na
grande maioria dos computadores, ao contrário de outros programas mais
sofisticados e complexos, porém inacessíveis à esmagadora maioria dos
estudantes de administração, economia, engenharia e áreas afins.
Assim, este livro é altamente recomendável a todos os estudantes que
queiram ter uma visão prática e objetiva de pesquisa operacional e que
queiram saber modelar problemas complexos de forma simples, utilizando os
recursos comumente disponíveis na instituição de ensino, em casa ou no
trabalho.
Cláudio L. S. Haddad, Ph.D.
Fundação Veris
Prefácio à
1a
edição
Foi com grande orgulho e satisfação que recebi do professor Gerson
Lachtermacher as primeiras provas deste livro.
Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões destina-se a preencher
uma importante lacuna nos livros-texto de pesquisa operacional/métodos
quantitativos, dirigindo-se a estudantes e profissionais de administração e
áreas afins, como: contabilidade, economia e engenharia de produção.
O professor Gerson tempera sua racionalidade matemática com
experiência profissional, resultando em um trabalho bem fundamentado,
claro e aplicado à realidade brasileira.
Este livro foi feito para ensinar aos alunos a arte de modelar e resolver
problemas de forma simplificada. Este é um livro atraente e gostoso de ler.
O autor evitou símbolos especiais e todo esforço computacional deságua
em planilhas. Todo conceito novo é ilustrado por exemplos.
A exposição é amigável, precisa e cuidadosa. O autor tornou a teoria
acessível, sem se prender a tecnicalidades, objetivando resolver problemas de
rotina em empresas. O leitor vai encontrar uma abordagem rigorosa e uma
leitura agradável sobre os diversos temas tratados.
Ao escrever este livro, o professor Gerson Lachtermacher inovou ao
colocar à disposição dos estudantes e profissionais, em língua portuguesa, um
texto moderno, rigoroso e abrangente, síntese de suas múltiplas experiências
como pesquisador e professor.
O professor Gerson apresentou conceitos clássicos com roupagem nova,
ao mesmo tempo rigorosa e descomplicada. O professor experiente valorizará
a excelência da organização e a clareza da exposição. Em função disso, creio
que este livro se tornará leitura quase obrigatória a todos os envolvidos com
pesquisa operacional, bem como àqueles que desejam desvendar os mistérios
da modelagem matemática.
Antônio Freitas, Ph.D.
Pró-Reitor de Ensino e Pesquisa da FGV
Diretor da DIA/FGV
Agradecimentos
Devo agradecer aos seguintes colegas que me ajudaram de diversas maneiras
na confecção deste livro:
Professor Paulo Sergio de Souza Coelho (D.Sc.), pelos inúmeros
exercícios sugeridos.
Professor Dr. Antônio de Araújo Freitas Júnior, pelo encorajamento e
pelo apoio durante os dois anos de escrita do livro e pelo prefácio à 1a
edição.
Dr. Cláudio Luiz da Silva Haddad, pelo prefácio à 2a
edição.
Professor Dr. Clovis de Faro, pelo prefácio à 3a
edição.
Professor Dr. Reinaldo Castro Souza, pelo prefácio à 4a
edição.
Professor Lindolpho de Carvalho Dias, pelo prefácio à 5a
edição.
A todos os meus alunos da FACC/UFRJ, FCE/UERJ e EBAPE/FGV que
me ajudaram na retificação de todas as tiragens das edições anteriores.
■
Material
Suplementar
Este livro conta com o seguinte material suplementar:
Ilustrações da obra em formato de apresentação (restrito a docentes)
O acesso ao material suplementar é gratuito, bastando que o leitor se cadastre
em: http://gen-io.grupogen.com.br.
Capítulo 1
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
Capítulo 2
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.5.1
2.5.2
2.5.3
Sumário
Introdução a Management Sciences
O processo de modelagem
A tomada de decisão
A tomada de decisão, o processo de modelagem e o decisor
Tipos de modelos
Processo de resolução de um problema
Modelagem em planilhas eletrônicas
Modelos de programação matemática
Programação linear
Problemas de programação linear — Resolução gráfica
Resolução analítica
Programação linear e seus teoremas
Programação linear e a forma tabular
Problemas de forma não padrão
Problemas com restrições de maior ou igual
Problemas com restrições de igualdade
Problemas com todos os tipos de restrições
Capítulo 3
3.1
3.1.1
3.2
3.2.1
3.2.2
3.2.3
3.2.4
3.2.5
3.2.6
Capítulo 4
4.1
4.2
4.2.1
4.2.2
4.3
4.4
4.5
4.6
Capítulo 5
5.1
5.2
5.3
5.4
Utilização de programação linear no mundo real
Resolvendo programação linear em um microcomputador
Resolvendo programação linear com o Solver do Excel
Aplicações reais
Decisões do tipo fazer ou comprar
Escolha de carteira de investimentos
Escala de funcionários
Problema de mistura
Problemas de produção e estoque
Fluxo de caixa multiperíodo
O problema dual e a análise de sensibilidade
O problema dual
Análise de sensibilidade
Alteração em um dos coeficientes da função-objetivo
Alteração do valor da constante da restrição
Relatórios do Excel
Custo reduzido (reduced cost)
Soluções ótimas múltiplas
Solução degenerada
Problemas de rede
Transporte
Escala de produção
Rede de distribuição
Menor caminho
5.5
5.6
Capítulo 6
6.1
6.2
Capítulo 7
7.1
7.1.1
7.1.2
7.1.3
7.2
Capítulo 8
8.1
8.1.1
8.1.2
8.1.3
8.1.4
8.1.5
8.2
Fluxo máximo
Escala de produção
Programação inteira
Algoritmo branch-and-bound
Problemas de programação inteira
Programação não linear
Programação côncava, convexa e quadrática
Programação côncava
Programação convexa
Programação quadrática
Programação não linear utilizando o Excel
Otimização matemática em economia e finanças
Problemas de matemática financeira
Juros
Regimes de capitalização e de juros
Diversos tipos de taxa de juros
Conjuntos de capitais equivalentes
Anuidades constantes
Problemas aplicados às ciências econômicas
Bibliografia
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1
Introdução a Management
Sciences
Este capítulo é uma introdução a Management Sciences, com a qual o aluno
iniciará sua experiência no processo de tomada de decisão e de modelagem
matemática, com o auxílio de planilhas eletrônicas. Esse processo representa
uma mudança de paradigma na forma de um administrador pensar e tomar
decisões em um mundo globalizado e cada vez mais mutante.
Neste capítulo serão vistos os seguintes tópicos:
O processo de modelagem.
A tomada de decisão.
A tomada de decisão, o processo de modelagem e o decisor.
Tipos de modelos.
Processo de resolução de um problema.
Modelagem em planilhas eletrônicas.
Modelos de programação matemática.
Denominamos Management Sciences (MS) a área de estudos que utiliza
computadores, estatística e matemática para resolver problemas de negócios.
Pode ser considerada uma subárea da pesquisa operacional (PO), por se tratar
de uma modelagem matemática aplicada à área de negócios. Há poucos anos,
nos Estados Unidos, as duas sociedades que estudavam separadamente MS e
■
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a.
PO se fundiram em uma só, denominada International Federation of
Operations Research Societies (Infors). No Brasil, a contraparte dessa
instituição norte-americana é a Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional
— Sobrapo (www.sobrapo.org.br), filiada à Infors, que realiza, anualmente,
simpósios científicos sobre o assunto.
Entre os tipos de problemas em que a MS–PO pode ser utilizada para
ajudar no processo de decisão encontram-se:
Problemas de otimização de recursos.
Problemas de localização.
Problemas de roteirização.
Problemas de carteiras de investimento.
Problemas de alocação de pessoas.
Problemas de previsão e planejamento.
Problemas de alocação de verbas de mídia.
A definição de MS nos leva a três objetivos inter-relacionados:
Converter dados em informações significativas: transformar dados brutos
em dados de forma organizada. O armazenamento de dados das vendas
de uma loja de departamentos, por exemplo, os números das notas
fiscais, os produtos a que elas se referem e a data de sua ocorrência são
considerados dados brutos, pois não significam isoladamente nada que
possa ser utilizado no processo de tomada de decisão gerencial.
Os sistemas de informações gerenciais (SIG) serão responsáveis pela
transformação desses dados em informações gerenciais que podem ser
utilizadas no processo de tomada de decisão. Os SIG são sistemas que
geram informações consolidadas referentes a um período, como o
número de geladeiras vendidas por determinada loja em um mês, e o
b.
c.
comparam com o período anterior ou com o mesmo período do ano
anterior.
Essas informações geradas pelos SIG são analisadas por meio dos
sistemas de apoio à decisão, que levarão o decisor, por exemplo, a uma
alteração no nível de compras de um produto.
Mais recentemente, essas decisões têm sido acumuladas em bases de
conhecimento por meio de sistemas especialistas. Essas bases
armazenam as decisões tomadas para que elas possam orientar decisões
futuras, funcionando como uma memória empresarial. A Figura 1.1
representa a totalidade desse processo.
Apoiar o processo de tomada de decisão de formas transferíveis e
independentes: por meio dos sistemas de apoio à decisão, dar suporte às
decisões para que elas sejam, o mais possível, independentes do decisor,
e assegurar que o processo de tomada de decisão seja claro e
transparente.
Criar sistemas computacionais úteis para os usuários não técnicos:
facilitar, por meio de sistemas de fácil utilização, os processos de tomada
de decisão operacional, gerencial e estratégico.
A atenção deste livro estará voltada para as técnicas que auxiliarão o
desenvolvimento de modelos computacionais, que poderão ser utilizados
em sistemas de apoio à decisão. Por esses modelos entendemos um
conjunto de relações matemáticas e hipóteses lógicas, implementadas em
computador de forma a representar uma situação real de tomada de
decisão.
Com as facilidades dos microcomputadores, cada vez mais rápidos, um
grande número de sistemas de apoio à decisão tem sido implementado
pelos próprios tomadores de decisão, sem o auxílio de nenhum
especialista da área de informática, em planilhas eletrônicas, que, nas
Figura 1.1
últimas décadas, têm constituído um importante fator na melhoria do
processo de tomada de decisão por meio de recursos crescentes para a
implementação de modelos computacionais efetivos e por sua facilidade
de utilização.
Este livro apresentará diversas técnicas de modelagem computacional e
como elas podem ser implementadas com a utilização de planilhas
eletrônicas Excel, da Microsoft.
Transformação de dados brutos em conhecimento.
1.1 O processo de modelagem
a.
b.
Quando os gerentes se veem diante de uma situação na qual uma decisão
deve ser tomada entre uma série de alternativas conflitantes e concorrentes,
duas opções básicas se apresentam: (1) usar apenas a intuição gerencial; e (2)
realizar um processo de modelagem da situação e exaustivas simulações dos
mais diversos cenários de maneira a estudar mais profundamente o problema.
Até recentemente, a primeira opção se constituía na única alternativa
viável, visto que não existiam nem dados, nem informações sobre os
problemas, nem poder computacional para resolvê-los. Com o advento dos
microcomputadores e com o aprimoramento da tecnologia de bancos de
dados, essa deixou de ser a única opção para os tomadores de decisão. Um
número cada vez maior de empresas e tomadores de decisão passou a optar
pela segunda alternativa, isto é, pela elaboração de modelos para auxiliar esse
processo.
Na realidade, nos dias de hoje, está ocorrendo o inverso do que acontecia
30 anos atrás. Possivelmente, a maioria dos tomadores de decisão está
adotando a segunda opção. Devemos ressaltar dois fatos relevantes:
A quantidade de informações disponíveis cresceu exponencialmente nos
últimos anos com o advento da Internet, o que nos levou ao que não
acontecia antes: a quantidade de dados é tão grande que se torna
impossível montar modelos com todas essas informações. Devemos,
portanto, separar as informações relevantes das irrelevantes, de maneira a
modelar a situação para que possamos analisá-la.
Muitos gerentes deixaram de utilizar sua intuição completamente, o que é
bastante prejudicial ao processo de tomada de decisão, pois uma base de
conhecimentos pode estar sendo desperdiçada.
Portanto, recomendamos o uso das duas opções conjuntamente, para
■
Figura 1.2
melhorar ainda mais o processo de tomada de decisão. A intuição do tomador
de decisão deve ajudá-lo na seleção das informações relevantes, nos possíveis
cenários a serem estudados, na validação do modelo e na análise de seus
resultados. Esse processo está representado na Figura 1.2.
Processo de tomada de decisão.
1.2 A tomada de decisão
Podemos entender a tomada de decisão como o processo de identificação de
um problema ou de uma oportunidade e a seleção de uma linha de ação para
resolvê-lo. Um problema ocorre quando o estado atual de uma situação é
diferente do desejado. Já uma oportunidade ocorre quando as circunstâncias
oferecem a chance de um indivíduo ou de uma organização ultrapassar ou
alterar seus objetivos ou metas.
Vários fatores afetam a tomada de decisão. Entre eles, podemos destacar:
Tempo disponível para a tomada de decisão: certas situações, como a
decisão de compra ou venda de uma ação, devem ser resolvidas
instantaneamente, enquanto outras, como a compra de um apartamento,
quase sempre dispõem de um tempo maior.
■
■
■
■
A importância da decisão: algumas decisões impactam nossas vidas ou a
vida de nossas empresas de formas distintas. Por exemplo, a instalação de
uma empresa em um local inapropriado pode causar prejuízos
operacionais por diversos anos, enquanto a seleção do fornecedor de
material de escritório pode ter um impacto bem menor na operação da
empresa. Normalmente, a importância está associada ao custo ou ao
prejuízo que a decisão pode ocasionar.
O ambiente: o local onde a decisão é tomada a afeta. Por exemplo, uma
decisão tomada no Japão deve considerar aspectos culturais e sociais
japoneses. Já a mesma decisão tomada no Brasil pode ser outra.
Certeza ou incerteza e risco: o grau de certeza que temos sobre os
parâmetros relevantes para uma tomada de decisão nos permite agir de
forma mais tranquila. Imagine tomar uma decisão em um período com
inflação de 100% ao mês ou 4,5% ao ano, ou ainda a possibilidade de
estarmos certos sobre o nível de inflação para o próximo ano.
Naturalmente, esse nível de certeza influencia nosso poder de decisão.
Agentes decisores: o número de agentes que tomam a decisão é um fator
fundamental na forma como ela é tomada. Por exemplo, uma tomada de
decisão individual depende apenas do ponto de vista de um decisor, isto
é, de seu caráter, nível cultural e nível de informação, entre outros.
Quando a decisão é tomada em grupos maiores, a diversidade de
características cresce exponencialmente, já que, em um mesmo grupo
decisor, podemos ter pessoas com formação cultural ou nacionalidade
diferentes, isto é, com maneiras distintas de encarar o mundo, o que, com
certeza, leva a um processo de tomada de decisão mais complexo. Além
dessas características, uma dimensão é adicionada ao processo: a
comunicação entre os agentes decisores se torna uma das principais
dimensões de um processo de decisão em grupo. Dependendo de sua
■
a.
■
■
■
b.
■
clareza e objetividade, ela pode se transformar em um complicador ou em
um facilitador do processo.
Conflito de interesses: algumas decisões afetam, de maneira distinta,
certos grupos de uma empresa ou de uma sociedade. Por exemplo, a
decisão sobre qual filial de uma empresa deve ser fechada em um
programa de redução de custos possivelmente afetará mais determinada
parte da empresa que outra, aumentando o nível de complexidade do
processo de tomada de decisão.
Podemos classificar a tomada de decisão de diversas formas, entre elas:
Nível hierárquico na empresa
Estratégico: decisões tomadas pela alta administração de uma empresa.
Exemplos desse tipo são: o nível de investimento que será feito nos
próximos anos, a parcela de mercados que se quer atingir, em que
mercados se deve atuar ou expandir, entre outras.
Gerencial: decisões tomadas pela gerência intermediária de uma empresa.
Dentre os exemplos desse tipo de decisão podemos citar: os
estabelecimentos bancários com os quais devemos manter relacionamento
comercial, quais fornecedores de matérias-primas devem ser utilizados,
quais canais de distribuição serão utilizados, entre outros.
Operacional: decisões tomadas pelos gerentes ou supervisores
operacionais de uma empresa. Dentre os exemplos desse tipo de decisão
podemos citar: escala de funcionários, rotinas de manutenção de
máquinas e equipamentos.
Tipo de informação disponível
Estruturada: são decisões em que todos os fatores relevantes ao processo
■
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c.
■
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■
■
■
■
■
são conhecidos.
Semiestruturada: são decisões em que uma parte dos fatores relevantes ao
processo é conhecida.
Não estruturada: são decisões em que nenhum dos fatores relevantes ao
processo é conhecido.
Número de decisores
Decisão individual: tomada apenas por um agente decisor.
Decisão em grupo: tomada por mais de um agente decisor.
1.3 A tomada de decisão, o processo de modelagem e o decisor
Diversas vantagens podem ser citadas quando o decisor utiliza um processo
de modelagem para a tomada de decisão:
Os modelos forçam os decisores a tornarem explícitos seus objetivos.
Os modelos forçam a identificação e o armazenamento das diferentes
decisões que influenciam os objetivos.
Os modelos forçam a identificação e o armazenamento dos
relacionamentos entre as decisões.
Os modelos forçam a identificação das variáveis a serem incluídas e em
que termos elas serão quantificáveis.
Os modelos forçam o reconhecimento de limitações.
Os modelos permitem a comunicação de suas ideias e seu entendimento
para facilitar o trabalho de grupo.
Dadas essas características, os modelos podem ser utilizados como
ferramentas consistentes para a avaliação e a divulgação de diferentes
políticas empresariais.
■
■
■
1.4 Tipos de modelos
Basicamente, pode-se ter três tipos de modelos: os modelos físicos, análogos
e matemáticos ou simbólicos. Dois exemplos de modelos físicos seriam os de
aeronaves e casas utilizados por engenheiros. O modelo análogo representa as
relações usando diferentes meios. Exemplos desse tipo são os mapas
rodoviários, que representam as rodovias de uma região por meio de traços
sobre um papel, e um marcador do tanque de gasolina, que representa, por
intermédio de uma escala circular, a quantidade de gasolina existente no
tanque.
Os mais utilizados na modelagem de situações gerenciais são os modelos
simbólicos ou matemáticos, em que as grandezas são representadas por
variáveis de decisão, e as relações entre essas variáveis, por expressões
matemáticas. Por tais características, esses modelos necessitam informações
quantificáveis. Um modelo simbólico deve conter um conjunto suficiente de
detalhes de maneira que:
Os resultados atinjam suas necessidades.
O modelo seja consistente com os dados.
O modelo possa ser analisado no tempo disponível à sua concepção.
Os modelos simbólicos em que uma das variáveis representa uma decisão
gerencial a ser tomada denominam-se modelos de decisão. Geralmente, as
decisões são tomadas para que um objetivo seja atingido. Portanto, nos
modelos de decisão, adicionalmente às variáveis de decisão, em geral é
adicionada uma variável que represente uma medida de performance dos
objetivos.
Duas características dos modelos simbólicos devem ser ressaltadas:
a.
b.
■
■
■
Figura 1.3
O modelo sempre será uma simplificação da realidade.
Os detalhes devem ser incorporados ao modelo de forma cuidadosa, para
que:
Os resultados atinjam suas necessidades.
Seja consistente com as informações disponíveis.
Seja desenvolvido e analisado no tempo disponível para tal.
Os modelos simbólicos podem ser classificados de acordo com o nível de
incerteza existente entre as relações das variáveis, como determinísticos ou
probabilísticos. Modelos em que todas as informações relevantes são
assumidas como conhecidas (sem incertezas) são denominados
determinísticos. Modelos em que uma ou mais variáveis de decisão não são
conhecidas com certeza são chamados probabilísticos, e essa incerteza deve
ser incorporada a eles.
A maneira mais simples de representar um modelo simbólico é
denominada modelo caixa-preta. Nesse tipo de representação, apenas
variáveis explicativas (de decisão), parâmetros e medidas de performance ou
consequência são representados (variáveis dependentes). As relações entre
elas são omitidas. A Figura 1.3 ilustra esse tipo de representação.
Representação do modelo caixa-preta.
1.5 Processo de resolução de um problema
O processo de resolução de um problema apresenta cinco etapas consecutivas
que podem, entretanto, ser repetidas, dependendo da situação. Cada uma das
etapas é essencial para o processo. Contudo, vale ressaltar que a identificação
do problema, que talvez pareça a mais simples de todas as etapas, pode
apresentar-se complexa em diversas situações. A má definição do problema
não levará certamente a nada, além de causar perda de tempo e esforço. A
Figura 1.4 representa as diversas etapas de um processo de resolução de um
problema.
Vale ressaltar que o processo é cíclico, podendo retroceder a níveis
anteriores quando algum problema for detectado. Muitas vezes, a eventual
falha está na identificação do que seria o problema.
Figura 1.4 Processo de resolução de um problema.
1.6 Modelagem em planilhas eletrônicas
Além da ferramenta Solver, há inúmeras outras formas de modelar e resolver
problemas em uma planilha eletrônica. Veremos a seguir a aplicação de
algumas delas por meio da resolução de um problema. Não é o intuito deste
livro esgotar todas as funcionalidades existentes nas planilhas nem ser um
manual sobre como usá-las. Nosso objetivo é apenas demonstrar sua grande
aplicabilidade no processo de tomada de decisão gerencial.
O caso da fábrica Pastéis e Pastelões Ltda.*
A Pastéis e Pastelões Ltda. fabrica pastéis de forno usando dois
ingredientes básicos: massa semipronta e recheio congelado. A empresa
pretende elaborar um modelo para previsão de seu lucro operacional
mensal que lhe permita estabelecer o preço dos pastéis a ser praticado.
Desconsiderando a hipótese de alteração do tamanho e da qualidade dos
pastéis, a diretoria considera que o preço unitário do pastel e o preço
médio praticado pela concorrência são os únicos fatores relevantes na
determinação da demanda, a qual se comporta segundo a seguinte
equação:
Z = 15.000 – 5.000x + 5.000y
em que x é o preço do pastel da empresa e y é o preço médio dos pastéis
vendidos pelos concorrentes.
Dados adicionais
Preço médio praticado pela concorrência (R$ por pastel) 7,00
Custo unitário da massa (R$ por pastel) 1,30
Custo unitário do recheio (R$ por pastel) 2,00
Custo unitário de processo (R$ por pastel) 0,40
Custo fixo (R$) 6.000,00
*Baseado em Eppen et al., 1998.
Modelo caixa-preta e diagrama de blocos
O modelo caixa-preta e o diagrama de blocos são instrumentos úteis na
organização do problema e trazem o benefício de ajudar o início da
documentação do modelo. Apesar de não resolverem o problema final, essas
ferramentas auxiliam sobremaneira o entendimento da complexidade do
modelo e a identificação das variáveis importantes.
O modelo caixa-preta é uma forma bastante simples de visualização das
variáveis de entrada e saída relevantes do modelo. Para confeccioná-lo, cria-
se uma caixa chamada ‘modelo’ e listam-se, do seu lado esquerdo,
representando as variáveis e os parâmetros de entrada, todos os fatores
cruciais para a concretização do resultado final, que é apresentado do lado
direito da caixa, como saída do modelo.
Tendo em vista que o preço dos pastéis vendidos pela concorrência é uma
variável fora do controle da Pastéis e Pastelões Ltda., somente o preço
unitário do pastel vendido pela empresa configura-se como uma variável de
decisão do problema. Assim, o preço médio praticado pela concorrência, os
custos de matéria-prima, os custos de processamento e os custos fixos são os
parâmetros do modelo.
O diagrama de blocos, por sua vez, mostra a existência de relações entre
as diversas variáveis do modelo, isto é, mostra como, a partir das variáveis de
decisão e dos parâmetros, chegamos às variáveis de medida de performance
(variáveis de saída).
Para construir tanto o modelo caixa-preta quanto o diagrama de blocos
para o problema da Pastéis e Pastelões Ltda., deve-se primeiro retirar as
linhas de grade da planilha e inserir as formas de desenho pertinentes do
Excel. As Figuras 1.5 e 1.6 mostram como fazê-lo.
Feito isso, a modelagem do problema torna-se simples. No caso do
modelo caixa-preta, é preciso somente desenhar as caixas com seus
respectivos nomes e as setas de entrada e de saída (Figura 1.7). Já no
diagrama de blocos é necessário um pouco mais de atenção, pois se deve
identificar as relações de causa e efeito entre as variáveis (Figura 1.8).
Equações matemáticas
Uma técnica bastante simples e muito utilizada para modelar e resolver
problemas em Excel consiste, basicamente, na inserção de todas as fórmulas
e relações existentes entre as variáveis na planilha eletrônica. Com esse
procedimento, pode-se facilmente modificar os valores das variáveis
controláveis (de decisão) e instantaneamente obter o impacto dessa alteração
no resultado final.
Figura 1.5
Figura 1.6
Como apagar as linhas de grade.
Como inserir uma forma de desenho no Excel.
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Figura 1.7 Modelo caixa-preta do caso Pastéis e Pastelões Ltda.
O objetivo maior da Pastéis e Pastelões Ltda. é obter um modelo de previsão
do lucro operacional mensal. Portanto, o primeiro passo é deduzir todas as
equações que regem o lucro da empresa, isto é, transformar as relações entre
as variáveis em equações matemáticas. No caso em estudo, tem-se:
Lucro operacional = Receita – Custo total.
Receita = Preço do pastel H Demanda de pastéis.
Custo total = Custo do processo + Custo dos ingredientes + Custo fixo.
Custo dos ingredientes = Demanda de pastéis H (Custo unitário da massa
+ Custo unitário do recheio).
Custo do processo = Demanda de pastéis H Custo unitário de processo.
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Figura 1.8 Diagrama de blocos do caso da Pastéis e Pastelões Ltda.
A demanda de pastéis, como já vimos, comporta-se de acordo com a
seguinte equação:
Demanda de pastéis = 15.000 – (5.000 H Preço do pastel) + (5.000 H
Preço médio do pastel na concorrência).
Com as relações entre as variáveis definidas, realiza-se a modelagem do
caso em uma planilha Excel (Figura 1.9).
Na Figura 1.9, as fórmulas representam as relações matemáticas entre as
variáveis. Note-se que foi inserido um preço de venda inicial igual a R$ 6,00
por pastel. Contudo, o motivo principal de realizarmos essa modelagem em
planilha eletrônica é a facilidade de simulação de diversos cenários, com base
em diversos valores para as variáveis de decisão.
Assim, com o problema já modelado em planilha, fica fácil modificar o
valor do preço de venda do pastel e avaliar o impacto dessa alteração no
resultado final. Vejamos, por exemplo, como se comporta o lucro operacional
Figura 1.9
mensal da Pastéis e Pastelões Ltda. com preços de venda unitários de R$ 4,00
e R$ 8,00 (Figuras 1.10 e 1.11).
Modelo do caso da Pastéis e Pastelões Ltda.
Por meio dessa rápida simulação, verificamos que trabalhar com o preço
de venda de R$ 6,00 por pastel é mais interessante para a empresa do que
com o preço de R$ 4,00 ou de R$ 8,00. Isso ocorre porque o preço unitário de
R$ 4,00 não gera demanda suficiente para compensar a pequena margem de
contribuição do produto, resultando em um pequeno lucro, e o preço de R$
8,00 retrai a demanda de tal forma que se apresenta menos lucrativo do que o
preço de R$ 6,00. Todavia, será que o preço de R$ 6,00 é realmente o que
garante o lucro máximo? E se o pastel for vendido a R$ 7,00, como vão se
Figura 1.10
comportar a demanda e o lucro operacional? Resolve-se esta dúvida
simulando os resultados para diferentes níveis de preço, tarefa que pode ser
realizada mais facilmente usando uma ferramenta chamada projeção do tipo
‘Se-Então’, que veremos adiante.
Impacto da alteração do preço do pastel para R$ 4,00 no lucro
operacional.
Figura 1.11 Impacto da alteração do preço do pastel para R$ 8,00 no lucro
operacional.
Representação de equações no Excel
Com a ajuda do Excel, tem-se condições de confrontar graficamente os
resultados apresentados pelo modelo com os dados reais. Essa visualização é
extremamente útil para a verificação da eficiência do modelo, pois se pode
observar se os dados previstos estão próximos ou não do que aconteceu na
realidade e, assim, afirmar se o modelo é bom ou se deve ser substituído por
outro.
Uma auditoria na fábrica de pastéis constatou, por meio dos dados
contábeis, que o custo unitário de processo varia de acordo com o número de
pastéis produzidos, ou seja, comporta-se de forma diferente daquela que o
Figura 1.12
modelo havia assumido (R$ 0,40 por pastel, independentemente do nível de
produção). Essa informação revela que há uma falha no modelo inicial, pois
um dos parâmetros do problema (o custo de processo, no caso) não está
sendo eficientemente representado. Esse erro no comportamento de um
parâmetro relevante torna o modelo pouco representativo da realidade e,
portanto, inadequado como suporte à tomada de decisão.
Dessa forma, para que nosso modelo de lucro mensal se torne adequado,
é preciso incluir nele a equação que melhor representa o comportamento do
custo unitário de processo em relação ao número de pastéis produzidos, em
vez de considerá-lo uma constante. O Excel nos ajuda a descobrir essa
equação. Nesse sentido, primeiro é preciso criar uma tabela (Figura 1.12) em
que constem os dados contábeis coletados durante o processo de auditoria do
custo mensal de processo para diferentes níveis de produção, bem como a
previsão desses custos de acordo com o modelo inicial (número de pastéis
produzidos no mês H R$ 0,40), para podermos compará-los.
Dados contábeis obtidos no processo de auditoria.
Figura 1.13
O próximo passo é solicitar um gráfico de dispersão ao Excel,
selecionando as três colunas que aparecem na Figura 1.12: quantidade de
pastéis produzidos, custo de processo real e custo de processo do modelo
original. O gráfico resultante irá mostrar, no mesmo plano cartesiano, os
pontos referentes aos custos reais e projetados, de forma que será possível
visualizar o erro do modelo para a previsão dos custos de processo (Figura
1.13).
Apenas observando o gráfico da Figura 1.13, conclui-se que o modelo
escolhido para o cálculo do custo de processo não está representando bem os
dados reais. Além de estimar valores muito diferentes dos verdadeiros, o
modelo é tendencioso, pois abaixo de determinada quantidade de pastéis
produzidos ele superestima os valores do custo de processo e, acima desse
ponto, subestima.
Comparação do custo de processo (real H modelo).
Figura 1.14 Solicitação de adição de linha de tendência.
Já que a equação ‘Custo de processo = R$ 0,40 H Número de pastéis
produzidos’ não é um bom modelo para explicar o comportamento real dos
custos de processo, é preciso encontrar uma equação que melhor represente
os dados reais.
Uma técnica muito útil para descobrirmos funções que expliquem
satisfatoriamente as relações entre variáveis consiste em, a partir do gráfico
com os dados reais, solicitar ao Excel a adição de uma linha de tendência
(trend line). Essa ferramenta tentará encontrar uma curva (e sua equação) que
melhor se aproxime dos dados reais.
Figura 1.15 Tipos disponíveis de linha de tendência e solicitação de
equação ao gráfico.
O procedimento para a inclusão de uma linha de tendência é muito
simples. Deve-se: (1) clicar com o botão direito do mouse sobre os pontos
dos dados reais representados no gráfico e selecionar a opção ‘Adicionar
linha de tendência’ (Figura 1.14); (2) escolher a curva que mais se assemelhe
ao desenho formado pelos dados reais; e (3) solicitar que seja exibida a
equação da curva adicionada, clicando no quadrado à esquerda da opção
(Figura 1.15). Feito isso, o Excel automaticamente exibirá sobre o gráfico a
linha de tendência calculada e sua equação (Figura 1.16).
Escolhemos primeiro verificar o ajuste linear (Figura 1.16). Observando o
gráfico, nota-se instantaneamente que a linha adicionada representa os dados
reais de uma forma muito superior à da equação que estávamos utilizando
para calcular o custo de processo em nosso modelo.
Assim, se substituirmos a fórmula anterior (Custo de processo = Número
de pastéis produzidos H R$ 0,40) pela equação da linha de tendência linear
(Custo de processo = 0,7868 H Número de pastéis produzidos – 6372,7),
teremos um modelo final de lucros mensais para a Pastéis e Pastelões Ltda.
mais adequado.
Contudo, será que a função linear é realmente a que melhor representa o
custo de processo? Os dados reais marcados no gráfico não formam uma reta
perfeita: eles apresentam certa curvatura. Assim, repetindo o procedimento
anterior e solicitando diferentes tipos de linhas de tendência, pode-se, por
meio da análise gráfica, compará-las e escolher a melhor.
Na Figura 1.17 visualiza-se a linha de tendência do tipo exponencial. Ao
comparar seu ajustamento aos dados reais com o ajustamento linear calculado
anteriormente, constata-se que a função exponencial explica melhor o custo
de processo, pois gera resultados mais próximos da realidade que a linear.
Comparando as duas linhas de tendência adicionadas, constata-se que a
função exponencial é a que melhor se ajusta aos dados reais, sendo, portanto,
a que melhor representa o comportamento do custo de processo.
Figura 1.16 Linha de tendência linear e sua respectiva equação
matemática.
Figura 1.17 Linha de tendência exponencial e sua respectiva equação
matemática.
Por conseguinte, ao se substituir a fórmula utilizada anteriormente para o
cálculo do custo de processo (Custo de processo = R$ 0,40 H Número de
pastéis produzidos) pela equação exponencial encontrada
Custo de processo = 1305,536e0,0001(número de pastéis)
refina-se o modelo de lucros mensais da Pastéis e Pastelões Ltda., tornando-o
mais representativo da realidade (Figura 1.18).
Projeção do tipo Se-Então
Uma projeção do tipo Se-Então (If-Then) é exatamente o que seu nome
sugere. Após definir o modelo e todas as relações entre as variáveis, pode-se
fazer uma análise do comportamento da variável (ou das variáveis) de saída a
partir de diferentes valores das variáveis de decisão e/ou parâmetros. Esse
tipo de projeção permite fazer uma análise da sensibilidade do modelo, isto é,
em quanto e em que proporção o resultado final é modificado a partir de
alterações nos valores das variáveis de decisão.
Agora que já obtivemos o modelo definitivo para o problema da empresa,
pode-se verificar a sensibilidade do lucro mensal a modificações no preço de
venda do pastel. Tornar possível essa análise é extremamente simples: é
preciso apenas copiar as células com as relações do modelo em algumas
colunas e, então, estabelecer preços de venda diferentes e crescentes ao longo
das colunas (Figura 1.19).
Conforme se pode observar na Figura 1.19, o comportamento do lucro
mensal da Pastéis e Pastelões Ltda. em relação ao preço de venda do pastel
não é linear, pois mostra-se crescente até o preço de venda unitário de R$
7,00 (em torno de) e decrescente após esse ponto.
Figura 1.18 Melhor adequação do modelo do caso Pastéis e Pastelões
Ltda.
Figura 1.19 Análise de sensibilidade do lucro mensal em relação ao preço
de venda.
Na Figura 1.20 visualiza-se graficamente essa relação entre o preço de
venda do pastel e o lucro mensal. Pelo gráfico, torna-se ainda mais fácil
constatar que o preço de venda que maximiza o lucro mensal da empresa é
em torno de R$ 7,00 por unidade de pastel.
Comando ‘Atingir meta’ (Goal seek)
Uma maneira precisa de encontrar valores de saída específicos para um
modelo consiste no uso de um comando do Excel denominado ‘Atingir
meta’. Esse comando procura automaticamente o valor solicitado para uma
Figura 1.20
única variável de saída a partir de uma única variável de entrada.
Uma aplicação bastante útil dessa ferramenta é na análise do ponto de
equilíbrio do negócio (break even point), ou seja, nesse caso, o preço de
venda que gera um lucro mensal igual a zero. Para obter esse valor, deve-se,
com base no modelo definitivo (Figura 1.21), selecionar o comando ‘Atingir
meta’ (Figura 1.22). No quadro de opções do comando, deve-se selecionar a
célula que contém o resultado do lucro mensal para o valor zero, variando o
valor da célula do preço de venda unitário do pastel (Figura 1.23). A Figura
1.24 apresenta o resultado do comando. Nela, verifica-se que o preço de R$
4,30 gera um lucro mensal igual a zero, o que corresponde a uma demanda de
aproximadamente 28.490 pastéis.
Representação gráfica da análise de sensibilidade do lucro
mensal em relação ao preço de venda.
Figura 1.21
Figura 1.22
Modelo definitivo do caso Pastéis e Pastelões Ltda.
Menu de dados — Atingir meta (Goal seek).
Figura 1.23
Figura 1.24
Comando ‘Atingir meta’.
Resultado da análise de ponto de equilíbrio.
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1.7 Modelos de programação matemática
Em diversos lugares do mundo existe a escassez de certo produto ou matéria-
prima, pela dificuldade de produção e/ou de obtenção, entre outras razões.
Tal dificuldade exige que esses recursos escassos sejam empregados de
forma mais eficiente e eficaz. Busca-se, portanto, maximizar ou minimizar
uma quantidade (lucro, custo, receita, número de produtos, entre outros),
chamada de objetivo, que depende de um ou mais recursos escassos. Esses
processos de otimização de recursos são aplicados a diversas áreas e, entre
elas, podemos citar:
Determinação de mix de produtos.
Escalonamento de produção.
Roteamento e logística.
Planejamento financeiro.
Carteiras de investimento.
Análise de projetos.
Alocação de recursos de mídia.
Designação de equipe.
A área que estuda a otimização de recursos é denominada programação
matemática. Nela, a quantidade a ser maximizada ou minimizada é descrita
como uma função matemática dos recursos (variáveis de decisão) escassos.
As relações entre as variáveis são formalizadas por meio de restrições ao
problema expressas como equações e/ou inequações matemáticas. De uma
maneira geral, os problemas de programação matemática podem ser
representados da seguinte forma:
bi
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xj
X
f(X)
gi(X)
n
m
em que:
— representa as quantidades das variáveis utilizadas: (j = 1, 2,..., n)
— representa a quantidade disponível de determinado recurso: (i = 1,
2,..., m)
— vetor de (x1, x2, ..., xn)
— função-objetivo
— funções utilizadas nas restrições do problema: (i = 1, 2,..., m)
— número de variáveis de decisão
— número de restrições do modelo
Por ser muito extensa, a área é subdividida em áreas menores,
dependendo do tipo das funções utilizadas nas funções-objetivo e restrições.
Entre essas, podemos citar:
Programação linear: programação matemática em que todas as funções-
objetivo e restrições são representadas por funções lineares.
Programação não linear: programação matemática em que pelo menos
uma das funções-objetivo ou restrições são representadas por funções não
lineares. Entre os diversos tipos destacam-se a programação côncava,
convexa e quadrática.
Nos próximos capítulos falaremos mais detalhadamente sobre cada um
desses tipos de problemas e a maneira mais adequada para resolvê-los.
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2
Programação linear
Este capítulo é uma introdução à resolução de problemas de programação
linear. Nele, o aluno iniciará sua experiência pela resolução gráfica, que tem
a finalidade de explorar as possíveis soluções nesse tipo de problema. Em
seguida serão abordados os métodos analítico e tabular, que servirão para
mostrar como efetivamente podemos implementar em computador, pelo
método simplex, a resolução de programação linear. Neste capítulo serão
tratados os seguintes tópicos de programação linear:
Resolução gráfica.
Tipos de soluções.
Resolução analítica.
Teoremas de programação linear.
Resolução tabular.
Resolução de problemas de forma não padrão.
Como foi dito anteriormente, um problema de programação linear (PPL)
é um problema de programação matemática em que as funções-objetivo e de
restrição são lineares, isto é:
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em que:
f(X) = f(x1, x2, ..., xn) = c1x1 + c2x2 + ... + cnxn
gi(x1, x2, ..., xn) = ai1x1 + ai2x2 + ai3x3+ ... + ainxn (i = 1, ..., m)
n é o número de variáveis do problema
m é o número de restrições do problema
i é o índice de determinada restrição (i = 1, 2, ..., m)
j é o índice de determinada variável (j = 1, 2, ..., n)
cj é o coeficiente (constante) da variável xj, da função-objetivo
aij é o coeficiente (constante) na i-ésima restrição e da variável xj
bi é a constante da i-ésima restrição
Dentre as áreas de aplicação de programação linear encontramos:
Administração da produção
Análise de investimentos
Alocação de recursos limitados
Planejamento regional
Logística
Custo de transporte
Localização da rede de distribuição
Alocação de recursos de publicidade entre diversos meios de
comunicação
■
Diremos que um problema de programação linear está em sua forma-
padrão se tivermos uma maximização da função-objetivo e se todas as
restrições forem do tipo menor ou igual, bem como se os termos constantes
(bi) e as variáveis de decisão assumirem valores não negativos.
Matematicamente, podemos representar um problema na forma-padrão por:
Max z = c1x1 + c2x2 + ...+ cnxn
Sujeito a restriçães
a11x1 + a12x2 + ...+ a1nxn ≤ b1
a21x1 + a22x2 + ...+ a2nxn ≤ b2
am x1 + am2x2 + ...+ amnxn ≤ bm
x1, x2, ..., xn ≤ 0
ou na forma de reduzida:
A fim de facilitar nossa explicação, os tipos de padronização de
terminologia devem ser introduzidos.
Entendemos por:
Solução: qualquer especificação de valores, dentro do domínio da função-
objetivo, f(X), para as variáveis de decisão, independentemente de se
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tratar de uma escolha desejável ou permissível.
Solução viável: uma solução em que todas as restrições são satisfeitas.
Solução ótima: uma solução viável que tem o valor mais favorável da
função-objetivo, f(X), isto é, maximiza ou minimiza a função-objetivo,
podendo ser única ou não.
Todo problema de programação linear parte de algumas hipóteses que são
consideradas quando tentamos resolvê-lo:
Proporcionalidade: o valor da função-objetivo é diretamente
proporcional ao valor de cada variável de decisão.
Aditividade: considera as atividades (variáveis de decisão) do modelo
como entidades totalmente independentes, não permitindo que haja
interdependência entre elas, isto é, não permitindo a existência de termos
cruzados, tanto na função-objetivo como nas restrições.
Divisibilidade: supõe-se que todas as variáveis de decisão possam ser
divididas em qualquer número de partes, isto é, qualquer variável de
decisão pode assumir qualquer valor fracionário.
Certeza: considera-se que todos os parâmetros do modelo sejam
constantes e conhecidos. Em problemas reais, a hipótese de certeza quase
nunca é satisfeita, provocando a necessidade de análise de sensibilidade
dos resultados.
2.1 Problemas de programação linear — Resolução gráfica
Quando envolve apenas duas variáveis de decisão, a solução ótima de um
problema de programação linear pode ser encontrada graficamente.
Considere o seguinte problema de programação linear:
Max Z = 5x1 + 2x2
s.r.
x1 ≤ 3 (a)
x2 ≤ 4 (b)
x1 + 2x2 ≤ 9 (c)
x1, x2 ≥ 0 (d)
Para resolvê-lo graficamente, o primeiro passo é estabelecer os dois eixos
que irão representar as quantidades de x1 e x2. O passo seguinte é encontrar o
conjunto de soluções viáveis do problema. Para tal, podemos utilizar a
representação gráfica imposta por cada uma das restrições, ou seja,
determinar qual subárea do plano x1 × x2 seria aceita por cada restrição.
Algumas dessas restrições são de fácil interpretação. As restrições (a), (b) e
(d) impõem o conjunto de soluções viáveis representado na Figura 2.1.
A restrição (c) não pode ser representada imediatamente. Para podermos
fazê-lo, devemos nos lembrar da representação de uma reta em R2
. Se
consideramos x1 a variável independente e x2 a variável dependente (x2 sendo
uma função de x1), a equação de uma reta é dada por x2 = ax1 + b, em que a é
o coeficiente angular da reta e b é o coeficiente linear. Como temos uma
inequação do tipo menor ou igual, todos os pontos abaixo e sobre a reta
satisfazem a restrição. Portanto, podemos analiticamente definir:
x1 + 2x2 ≤ 9
2x2 ≤ 9 – x1
Figura 2.1 Representação gráfica do conjunto de soluções viáveis para
(a), (b) e (d).
Graficamente, podemos representar o conjunto de soluções viáveis por
meio da Figura 2.2.
Um procedimento simples, porém não muito eficiente, consiste em
atribuir valores a Z, tornando a função-objetivo uma equação de uma reta.
Por um processo de tentativa e erro, podemos chegar ao valor ótimo
verificando a existência de pontos da reta que fazem parte do conjunto de
soluções viáveis. Ao encontrarmos o maior valor de Z possível, estaremos
encontrando o valor máximo para a função-objetivo sob esse conjunto de
restrições. Esse procedimento pode ser representado como mostrado na
Figura 2.3.
Nesse caso, o máximo valor de Z é igual a 21, em uma solução ótima de
x1 = 3 e x2 = 3.
O mesmo procedimento pode ser utilizado para obter uma solução ótima
para um problema de minimização. Considere o seguinte problema:
Min Z = 7x1 + 9x2
s.r.
– x1 + x2 ≤ 2
x1 ≤ 5
x2 ≤ 6
3x1 + 5x2 ≥ 15
5x1 + 4x2 ≥ 20
x1, x2 ≥ 0
Primeiro, devemos encontrar o conjunto de soluções viáveis a partir do
conjunto de restrições. A Figura 2.4 representa o conjunto de soluções
viáveis.
Utilizando, então, o mesmo procedimento de tentativa e erro (Figura 2.5)
usado no problema de maximização, podemos chegar à solução mínima.
Algumas vezes, uma ou mais restrições não participam da determinação
do conjunto de soluções viáveis. Essas restrições são denominadas
redundantes. Em outras palavras, uma restrição é dita redundante quando sua
exclusão do conjunto de restrições não altera o conjunto de soluções viáveis
de um problema. Portanto, toda vez que existirem restrições redundantes em
um PPL, existirá outro problema sem essa restrição com o mesmo conjunto
de soluções viáveis e a mesma solução ótima.
Figura 2.2
Figura 2.3
Representação gráfica do conjunto de soluções viáveis do
problema.
Procedimento de procura da solução ótima.
Figura 2.4 Conjunto de soluções viáveis do problema de minimização.
Figura 2.5 Processo de tentativa e erro para minimização do problema.
Com o mesmo processo de otimização usado até agora, podemos
determinar o conjunto de soluções viáveis do problema a seguir, representado
na Figura 2.6.
Min Z = 6x1 + 10x2
s.r.
– x1 + x2 ≤ 2
x1 + 2x2 ≥ 1
x1 ≤ 5
x1 ≤ 6
3x1 + 5x2 ≥ 15
5x1 + 4x2 ≥ 20
x1, x2 ≥ 0
Como podemos notar, a restrição x1 + 2x2 ≥ 1 não participa da
determinação do conjunto de soluções viáveis, já que, nesse caso, 3x1 + 5x2 ≥
15 é dominante sobre ela. Logo, a primeira restrição é redundante nesse
problema, podendo ser retirada dele sem afetar sua solução ótima.
Um problema de programação linear também pode apresentar mais de
uma solução ótima, um ou mais conjuntos de valores que produzem o melhor
valor possível na função-objetivo. Considere o problema a seguir.
Min Z = 6x1 + 10x2
s.r.
Figura 2.6
–x1 + x2 ≤ 2
x1 ≤ 5
x2 ≤ 6
3x1 + 5x2 ≥ 15
5x1 + 4x2 ≥ 20
x1, x2 ≥ 0
Com o mesmo procedimento usado até agora, poderíamos determinar o
conjunto de soluções viáveis e as soluções ótimas. A Figura 2.7 representa as
soluções ótimas encontradas.
Restrições redundantes.
Figura 2.7 Múltiplas soluções ótimas.
Como podemos notar, o coeficiente angular da reta limite da restrição 3x1
+ 5x2 ≥ 15 é igual a –0,6, que coincide com o coeficiente angular da reta da
função-objetivo. Nesse caso, todos os pontos que formam esse lado do
polígono serão simultaneamente soluções ótimas do problema.
Outro caso especial pode ocorrer quando da resolução de um PPL.
Observe o que acontece quando tentamos resolver o seguinte problema.
Max Z = 6x1 + 10x2
s.r.
–x1 + x2 ≤ 2
x2 ≤ 6
3x1 + 5x2 ≥ 15
5x1 + 4x2 ≥ 20
x1, x2 ≥ 0
Usando o mesmo procedimento anterior, podemos encontrar o conjunto
de soluções viáveis representado na Figura 2.8.
Como podemos observar nessa figura, não existe limite ao crescimento de
x1, o que nos leva a concluir que também não existirá limite ao crescimento
do valor de Z (função-objetivo). Portanto, nesse caso, existem infinitas
soluções viáveis e o problema é dito ilimitado, isto é, a solução viável existe,
porém não conseguimos determinar a solução ótima.
O último caso especial de um PPL que gostaríamos de ressaltar é
exatamente o oposto do exemplo anterior. Nesse caso, em vez de existirem
infinitas soluções viáveis, o conjunto dessas soluções será vazio, isto é, não
existirão soluções para o problema. Considere o seguinte problema:
Max Z = x1 + x2
s.r.
x1 + x2 ≤ 12
x1 + x2 ≥ 20
x1, x2 ≥ 0
Por meio da análise gráfica, poderemos novamente encontrar o conjunto
de soluções viáveis (vazio), representado na Figura 2.9.
Figura 2.8
Figura 2.9
Conjunto de soluções viáveis de um PPL com solução
ilimitada.
Conjunto de soluções viáveis (vazio) de um PPL inviável.
Exercícios 2.1
1.
2.
3.
Obtenha graficamente a solução ótima para o problema abaixo por
meio do deslocamento da função-objetivo:
Max Z = 4x1 + 3x2
s.r.
x1 + 3x2 ≤ 7
2x1 + 2x2 ≤ 8
x1 + x2 ≤ 3
x2 ≤ 2
x1, x2 ≥ 0
Resolva o seguinte problema de programação linear por meio da
análise gráfica, deslocando a função-objetivo:
Min Z = x1 + 2x2
s.r.
x1 + x2 ≥ 1
– 5x1 + 2x2 ≥ –10
3x1 + 5x2 ≥ 15
x1, x2 ≥ 0
Solucione o problema de programação linear abaixo utilizando o
método de deslocamento da função-objetivo:
4.
5.
Max Z = 4x1 + 8x2
s.r.
3x1 + 2x2 ≤ 18
x1 + x2 ≤ 5
x1 ≤ 4
x1, x2 ≥ 0
Resolva o seguinte problema de programação linear por meio do
deslocamento da função-objetivo:
Min Z = 8x1 + 10x2
s.r.
– x1 + x2 ≤ 2
4x1 + 5x2 ≥ 20
x1 ≤ 6
x2 ≥ 4
x1, x2 ≥ 0
Obtenha graficamente a solução ótima do problema de
programação linear a seguir:
Max Z = x1 + 3x2
s.r.
4x1 + x2 ≥ 30
10x1 + 2x2 ≤ 10
6.
7.
x1, x2 ≥ 0
A indústria Alumilâminas S.A. iniciou suas operações há um mês e
vem conquistando espaço no mercado brasileiro de laminados, com
contratos fechados de fornecimento para todos os três tipos
diferentes de lâminas de alumínio que fabrica: espessuras fina,
média e grossa. Toda a produção da companhia é realizada em duas
fábricas, uma localizada em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro.
Segundo os contratos fechados, a empresa precisa entregar 16
toneladas de lâminas finas, 6 toneladas de lâminas médias e 28
toneladas de lâminas grossas. Devido à qualidade dos produtos da
Alumilâminas S.A., há uma demanda extra para cada tipo de
lâmina. A fábrica de São Paulo tem um custo de produção diária de
R$ 100.000,00 para uma capacidade produtiva de 8 lâminas finas, 1
lâmina média e 2 lâminas grossas por dia. O custo de produção
diário da fábrica do Rio de Janeiro é de R$ 200.000,00 para uma
produção de 2 lâminas finas, 1 lâmina média e 7 lâminas grossas.
Quantos dias cada uma das fábricas deverá operar para atender aos
pedidos ao menor custo possível? (Resolva pela análise gráfica.)
Um pizzaiolo trabalha 8 horas por dia e faz 16 pizzas por hora, caso
faça somente pizzas, e 9 calzones por hora, se fizer somente
calzones. Ele gasta 40 g de queijo para preparar uma pizza e 60 g
de queijo para fazer um calzone. Sabendo que o total disponível de
queijo é de 5 kg por dia, e que a pizza é vendida a R$ 18,00 e o
calzone a R$ 22,00, pergunta-se: quantas unidades de pizzas e
calzones uma pizzaria deve vender diariamente para maximizar a
sua receita, considerando que ela tem três pizzaiolos? (Resolva pela
análise gráfica.)
8.
9.
10.
A Esportes Radicais S.A. produz paraquedas e asas-delta em duas
linhas de montagem. A primeira linha tem 100 horas semanais
disponíveis para a fabricação dos produtos, e a segunda linha tem
um limite de 42 horas semanais. Cada um dos produtos requer 10
horas de processamento na linha 1, enquanto na linha 2 o
paraquedas requer 3 horas e a asa-delta, 7 horas.
Sabendo que o mercado está disposto a comprar toda a produção da
empresa e que o lucro unitário do paraquedas é de R$ 60,00 e o da
asa-delta é de R$ 40,00, encontre a programação de produção que
maximize o lucro da Esportes Radicais S.A. (Resolva pela análise
gráfica.)
A empresa Have Fun S.A. produz uma bebida energética muito
consumida pelos frequentadores de danceterias noturnas. Dois dos
componentes utilizados na preparação da bebida são soluções
compradas de laboratórios terceirizados — solução Red e solução
Blue — que proveem os principais ingredientes ativos do
energético: extrato de guaraná e cafeína. A companhia quer saber
quantas doses de 10 ml de cada solução deve incluir em cada lata
da bebida, para satisfazer as exigências mínimas padronizadas de
48 g de extrato de guaraná e 12 g de cafeína e, ao mesmo tempo,
minimizar o custo de produção. Por acelerar o batimento cardíaco, a
norma-padrão também prescreve que a quantidade de cafeína seja
de, no máximo, 20 g por lata. Uma dose da solução Red contribui
com 8 g de extrato de guaraná e 1 g de cafeína, enquanto uma dose
da solução Blue contribui com 6 g de extrato de guaraná e 2 g de
cafeína. Uma dose de solução Red custa R$ 0,06 e uma dose de
solução Blue custa R$ 0,08. (Resolva pela análise gráfica.)
A empresa de logística Deixa Comigo S.A. tem uma frota de
caminhões para realizar transportes de cargas para terceiros. A frota
é composta por caminhões médios com condições especiais para
transportar sementes e grãos prontos para o consumo, como arroz e
feijão. A frota tem uma capacidade de peso de 70.000 kg e um
limite de volume de 30.000 m3
. O próximo contrato de transporte
refere-se a uma entrega de 100.000 kg de sementes e 85.000 kg de
grãos, sendo que a Deixa Comigo S.A. pode aceitar levar tudo ou
somente uma parte da carga, deixando o restante para outra
transportadora. O volume ocupado pelas sementes é de 0,4 m3
por
kg, e o volume dos grãos é de 0,2 m3
por kg. Sabendo que o lucro
para transportar as sementes é de R$ 0,12 por kg e o lucro para
transportar os grãos é de R$ 0,35 por kg, descubra quantos
quilogramas de sementes e de grãos a Deixa Comigo S.A. deve
transportar para maximizar o seu lucro. (Resolva pela análise
gráfica.)
2.2 Resolução analítica
O método utilizado na seção anterior só pode ser empregado quando existem
duas ou, no máximo, três variáveis (de difícil visualização). Quando esse
limite for ultrapassado, uma maneira de tentar resolver o problema é a
utilização do método analítico. Para tal, utilizaremos o procedimento
representado na Figura 2.10.
Considere o problema abaixo, proposto por Chvátal (1980). Ele está na
forma-padrão, por se tratar de um problema de maximização, com apenas
restrições do tipo menor ou igual e constantes das restrições e variáveis de
decisão não negativas.
Figura 2.10 Fluxo de resolução analítica.
Max Z = 5x1 + 5x2 + 3x3
s.r.
x1 + 3x2 + x3 ≤ 3
–x1 + 3x3 ≤ 2
2x1 – x2 + 2x3 ≤ 4
2x1 + 3x2 – x3 ≤ 2
x1, x2, x3 ≥ 0
O primeiro passo do nosso procedimento é a determinação de uma
solução inicial viável, que será iterativamente melhorada.
Se, em vez de inequações, tivéssemos um conjunto de equações, vários
procedimentos tradicionais de cálculo poderiam ser utilizados para encontrar
a primeira solução.
Portanto, nosso primeiro passo é transformar o conjunto de restrições em
um conjunto de equações equivalentes, com a introdução de variáveis que
representarão a folga entre os lados direito (right hand side — RHS) e
esquerdo (left hand side — LHS) das inequações (por se tratar de um
problema na forma-padrão). No conjunto de equações a seguir, as variáveis
x4, x5, x6 e x7 representam a diferença entre os LHS e os RHS das restrições.
Desde que todas as variáveis sejam maiores ou iguais a zero, os sinais das
inequações serão garantidos e tornarão o conjunto de equações equivalente ao
conjunto de restrições.
x4 = 3 – x1 – 3x2 – x3
x5 = 2 + x1 – 3x3
x6 = 4 – 2x1 + x2 – 2x3
x7 = 2 – 2x1 – 3x2 + x3
Condição de não negatividade
x1, x2, x3, x4, x5, x6, x7 ≥ 0
As novas variáveis são denominadas variáveis de folga por representarem
a diferença entre o LHS e o RHS. Se adicionarmos a equação Z = 5x1 + 5x2 +
3x3, que representa a função-objetivo, o conjunto resultante de equações
receberá o nome de dicionário.
x4 = 3 – x1 – 3x2 – x3
x5 = 2 + x1 – 3x3
x6 = 4 – 2x1 + x2 – 2x3
x7 = 2 – 2x1 – 3x2 + x3
Z = 5x1 + 5x2 + 3x3
Por questão de terminologia, definiremos como variáveis básicas as que
se encontram do lado esquerdo das expressões de um dicionário, e como
variáveis não básicas as que se encontram do lado direito das expressões do
dicionário. O número de elementos dos conjuntos de variáveis básicas (base)
e não básicas é fixo para cada problema. A cada nova solução, as variáveis
básicas e não básicas se alternam. Em cada ciclo do processo de busca de
uma solução ótima, uma variável entra na base e outra sai e vai para o
conjunto de variáveis não básicas.
Vale notar que nosso sistema possui 8 variáveis e 5 equações. Portanto,
para encontrar uma solução para ele, devemos atribuir valores a três variáveis
e então utilizar métodos matemáticos para resolvê-lo.
Poderemos agora encontrar facilmente a solução inicial para o nosso
problema. Se atribuirmos o valor zero a todas as variáveis não básicas, isto é,
x1, x2 e x3, poderemos determinar os valores de todas as outras variáveis por
mera substituição de valores. No nosso caso, os valores são: x4= 3, x5 = 2, x6 =
4, x7 = 2 e Z = 0. Naturalmente, esse não será o valor máximo para Z, exceto
por muita coincidência, mas com certeza será uma solução viável para o
nosso problema. Essa solução viável obtida pela atribuição do valor zero a
todas as variáveis não básicas (à direita do conjunto de equações) é chamada
de solução óbvia. A Figura 2.11 representa a transformação do problema de
maximização em um dicionário com sua solução óbvia viável.
Como desejamos maximizar Z = 5x1 + 5x2 + 3x3, podemos facilmente
verificar que essa não é a solução ótima. Um incremento em qualquer uma
das variáveis, x1, x2 ou x3 (que nessa solução têm valores iguais a zero), fará Z
aumentar de valor, já que os coeficientes dessas variáveis são positivos na
linha Z do dicionário. Devemos, portanto, escolher uma variável para ser
incrementada a fim de prosseguirmos no intuito de maximizar o valor de Z.
Qualquer uma das variáveis citadas poderia ser escolhida. Um critério
poderia ser o de selecionar aquela variável que, para um mesmo incremento
de valor, gerasse maior incremento em Z, isto é, aquela que apresentasse o
maior coeficiente positivo na linha Z do dicionário. Outro critério, mais
utilizado por motivos de eficiência computacional, é escolher a primeira
variável da equação Z que apresente coeficiente positivo. Esse será o critério
a ser utilizado no decorrer deste livro. No nosso caso, isso nos leva a
selecionar a variável x1, para ser incrementada a partir de seu valor original
(zero) para o maior valor positivo possível.
Em cada ciclo do nosso processo, iremos alterar apenas uma variável do
conjunto de variáveis básicas, isto é, apenas uma variável entrará na base e,
consequentemente, uma sairá, a fim de que o número total de variáveis
básicas e não básicas permaneça o mesmo. No nosso caso, a variável x1
entrará na base.
Precisamos encontrar uma variável que cederá o lugar na base para a
variável x1, isto é, determinar a variável que sairá da base. Como apenas uma
das variáveis que não pertence à base entrará, as demais permanecerão com o
mesmo valor (igual a zero) na solução óbvia do próximo dicionário. Logo, se
observarmos em nosso dicionário as linhas referentes às restrições,
considerando x2 e x3 iguais a zero, chegaremos a:
Figura 2.11
Figura 2.12
x4 = 3 – x1
x5 = 2 + x1
x6 = 4 – 2x1
x7 = 2 – 2x1
Transformação do problema de PL em dicionário de
equações.
Análise gráfica imposta ao crescimento de x1.
Como x4, x5, x6 e x7 devem ser maiores ou iguais a zero por restrições do
nosso problema, então:
x4 = 3 – x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≤ 3
x5 = 2 + x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≥ –2
x6 = 4 – 2x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≤ 2
x7 = 2 – 2x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≤ 1
Analisando graficamente (Figura 2.12) sobre o eixo dos números reais as
restrições anteriores, notaremos que a restrição que impõe maior limitação ao
crescimento de x1 é imposta pela última equação (x7).
O intervalo [0; 1] contém o conjunto de soluções viáveis para x1 (0 ≤ x1 ≤
1). Como desejamos maximizar o valor de Z, devemos fazer com que x1
assuma o valor máximo, isto é, o valor 1. Para que isso aconteça, devemos
alterar o valor de x7, já que x7 = 2 – 2 x1 (considerando x2 = x3 = 0), isto é, x7 =
0. Vale ressaltar que, se o valor de x1 ultrapassasse o valor de 1, x7 seria
menor do que zero, o que tornaria a solução inviável.
Para modificarmos o dicionário atual de forma a contemplar essa
alteração, devemos expressar a variável que entrará na base, x1, como uma
função das novas variáveis não básicas (x2, x3, x7). Isso pode ser feito levando
a variável x1 para o lado esquerdo e x7 para o lado direito da equação que
apresenta as duas variáveis simultaneamente. Logo:
x7 = 2 − 2x1 – 3x2 + x3 Dicionário atual
⇕
x1 = 1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7 Novo dicionário
Podemos, então, substituir o valor de x1 em função de x2, x3, x7 (nova
equação) em todas as outras equações do dicionário atual, obtendo assim o
novo dicionário.
x4 = 3 − x1 − 3x2 − x3 Dicionário atual
⇕
x4 = 3 − (1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) − 3x2 − x3
x4 = 2 − 1,5x2 − 1,5x3 + 0,5x7 Novo dicionário
x5 = 2 + x1 − 3x3 Dicionário atual
⇕
x5 = 2 + (1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) −3x3
x5 = 3 − 1,5x2 − 2,5x3 − 0,5x7 Novo dicionário
x6 = 4 − 2x1 + x2 − 2x3 Dicionário atual
x6 = 4 − 2(1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) + x2 − 2x3
x6 = 2 + 4x2 − 3x3 + x7 Novo dicionário
Z = 5x1 + 5x2 + 3x3 Dicionário atual
⇕
Z = 5(1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) + 5x2 + 3x3
Z = 5 − 2,5x2 + 5,5x3 − 2,5x7 Novo dicionário
Colocando todas as novas equações juntas, chegamos ao novo dicionário a seguir.
Dicionário inicial Dicionário após a 1
a
iteração
x4 = 3 – x1 – 3x2 – x3 x4 = 2 – 1,5x2 – 1,5x3 + 0,5x7
x5 = 2 + x1 – 3x2 x5 = 3 – 1,5x2 – 2,5x3 – 0,5x7
x6 = 4 – 2x1 + x2 – 2x3 x6 = 2 + 4x2 – 3x3 + x7
x7 = 2 – 2x1 – 3x2 + x3 x1 = 1 – 1,5x2 + 0,5x3 – 0,5x7
Z = 5x1 + 5x2 + 3x3 Z = 5 – 2,5x2 + 5,5x3 – 2,5x7
Com o novo dicionário, podemos também chegar a uma nova solução.
Atribuindo a todas as variáveis do lado direito das equações o valor zero,
podemos obter a seguinte solução após a primeira iteração (x1 = 1, x2 = 0, x3 =
0, x4 = 2, x5 = 3, x6 = 2, x7 = 0) e Z = 5. Duas observações devem ser feitas.
Primeiro, os valores de x1 = 1 e x7 = 0. Esses valores foram encontrados
anteriormente. Depois, o novo valor de Z, que passou de 0 na solução inicial
para 5 após a primeira iteração. Logo, estamos caminhando na direção
correta, isto é, da maximização do valor de Z.
Observando a linha Z do novo dicionário, verificamos que o coeficiente
de x3 é positivo, o que significa que o valor de Z aumentaria se o valor de x3
fosse aumentado de zero (seu valor atual) para algum valor positivo. Logo, a
nova solução encontrada não é a ótima. Portanto, devemos seguir os mesmos
passos para obter uma nova solução viável.
A variável que entrará na base será x3, já que nenhuma outra variável fora
da base tem coeficiente positivo. O passo seguinte é achar a variável que sairá
da base. Considerando x2 = x7 = 0, reduzimos o dicionário às equações
abaixo.
x4 = 2 – 1,5x3
x5 = 3 – 2,5x3
x6 = 2 – 3x3
x1 = 1 + 0,5x3
Como todas as variáveis devem ser maiores ou iguais a zero, temos as
seguintes restrições ao crescimento de x3:
x4 = 2 – 1,5x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≤ 4/3
x5 = 3 – 2,5x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≤ 6/5
x6 = 2 – 3 x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≤ 2/3
x1 = 1 + 0,5x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≥ –2
A restrição mais rigorosa é a imposta pela equação de x6, que, portanto,
deve deixar a base. O valor máximo que x3 poderá assumir é de 2/3, o que
fará com que x6 seja levado a zero, já que x6 = 2 – 3x3.
Como apenas uma das equações apresenta ambas as variáveis (a que entra
e a que sai da base) simultaneamente, podemos utilizá-la para explicitar x3
como uma função de x2, x6 e x7 e, depois, utilizar esse valor para obter as
outras equações do novo dicionário.
Dicionário após a 1
a
iteração
Dicionário após a 2
a
iteração
Substituindo o valor de x3 nas outras equações do dicionário da 1
a
iteração, podemos obter o dicionário completo após a 2
a
iteração. Tente obter
o novo dicionário.
Dicionário após a 2
a
iteração
Solução após a 2
a
iteração
Mais uma vez, Z teve seu valor aumentado (de 5 para 26/3). A variável de
entrada (x3) foi para o máximo permitido (2/3) e a variável que deixa a base
(x6) foi levada ao valor zero.
Como a linha Z do dicionário da 2
a
iteração ainda apresenta um
coeficiente positivo na variável x2, podemos afirmar que o valor de Z ainda
poderá ser incrementado se a variável x2 for aumentada de zero para qualquer
valor positivo. Portanto, mais uma iteração deverá ser efetuada, pois a
solução ótima ainda não foi encontrada.
Executando um novo ciclo de nosso procedimento, a variável x2 entra na
base e a variável x5 sai dela (verifique por que isso acontece). Chegaremos ao
seguinte dicionário após a 3
a
iteração:
Dicionário após a 3
a
iteração
Solução após a 3
a
iteração
Como nenhuma variável na linha Z do dicionário após a 3
a
iteração
apresenta coeficiente positivo, nenhuma variável fora da base (x5, x6 e x7)
pode ser incrementada a partir de seus valores atuais (zero) para qualquer
valor positivo sem que o valor da função-objetivo (Z) diminua. Logo,
chegamos ao melhor valor possível para a nossa função-objetivo, isto é, o seu
valor máximo (Z = 10), ou seja, x1 = 32/29, x2 = 8/29, x3 = 30/29, x4 = 1/29, x5
= 0, x6 = 0 e x7 = 0 constituem a nossa solução ótima.
Esses valores correspondem àqueles que, colocados em nosso problema
original, resultariam no melhor valor para Z sem que nenhuma das restrições
fosse rompida. Do lado direito da Figura 2.13 são apresentados os valores da
solução ótima substituídos nas restrições. Como podemos notar, nem todas as
restrições chegam a seu limite (igualam LHS a RHS). Existe uma relação
entre as variáveis de folga (x4, x5, x6 e x7) e os valores da diferença do LHS e
do RHS das restrições. Isso porque as variáveis de folga representam essa
diferença. Portanto, não é por acaso que x4 assumiu o valor de 1/29 na
solução ótima e que o valor da diferença do LHS e do RHS da 1
a
restrição é
1/29 (3 2 86/29). Pela mesma lógica, as diferenças nas outras três restrições
são iguais a zero, já que as outras três variáveis de folga apresentam valor
igual a zero.
Podemos resumir o procedimento analítico na Figura 2.14, na qual são
destacadas as diversas etapas realizadas no problema anterior.
Deveríamos, por fim, fazer uma comparação entre os procedimentos
iterativo e gráfico. Se ambos os métodos podem ser utilizados para
determinar a solução ótima, deve haver uma relação entre os dois. Vamos
então resolver o problema de duas variáveis proposto na Seção 2.1 e
mostrado na Figura 2.15.
Figura 2.13 Substituição da solução ótima nas restrições.
Figura 2.14
Figura 2.15
Procedimento de solução analítico.
Resolução gráfica de um problema de duas variáveis.
Para resolver esse problema pela forma analítica, deveremos achar o
dicionário inicial e proceder à procura de novos dicionários e suas soluções
óbvias. Como as variáveis originais são x1 e x2, prestaremos atenção nos
valores que elas assumem a cada nova solução e observaremos esses valores
no gráfico. A solução associada ao dicionário inicial está representada na
Figura 2.16.
Continuando o processo de procura, teríamos de encontrar os próximos
dicionários, representados nas Figuras 2.17 e 2.18.
Vale notar que cada solução óbvia associada a um dicionário é um ponto
extremo do conjunto de soluções viáveis. Isso não é apenas uma
coincidência. Ocorre porque tentamos maximizar o valor de cada variável
que entra na base. A restrição que mais limita o crescimento da variável tem
como representação gráfica uma aresta do polígono. Ela é, portanto, o limite
do conjunto de soluções viáveis em determinada direção. Ultrapassar esse
Figura 2.17
Figura 2.16
limite significa deixar o conjunto de soluções viáveis.
Representação do dicionário inicial na forma gráfica.
Representação gráfica da solução do dicionário após a 1a
iteração.
Figura 2.18
1.
Representação gráfica da solução do dicionário após a 2a
iteração.
Exercícios 2.2
Obtenha a solução ótima para o problema abaixo pelo método
analítico apresentado nesta seção. (Compare o resultado com a
solução encontrada para a questão 1 dos Exercícios 2.1.)
Max Z = 4x1 + 3x2
s.r.
x1 + 3x2 ≤ 7
2x1 + 2x2 ≤ 8
x1 + x2 ≤ 3
x2 ≤ 2
x1, x2 ≥ 0
2.
3.
4.
Solucione o problema de programação linear abaixo utilizando o
método analítico visto nesta seção. (Compare o resultado com a
solução encontrada na questão 3 dos Exercícios 2.1.)
Max Z = 4x1 + 8x2
s.r.
3x1 + 2x2 ≤ 18
x1 + x2 ≤ 5
x1 ≤ 4
x1, x2 ≥ 0
Resolva pelo método analítico (dicionário) o seguinte problema de
programação linear:
Max Z = 2x1 + 6x2
s.r.
4x1 + 3x2 ≤ 12
2x1 + x2 ≤ 8
x1, x2 ≥ 0
Encontre a solução ótima do problema de programação linear
abaixo por meio do método analítico (dicionário):
Max Z = 2x1 – x2 + x3
s.r.
3x1 + x2 + x3 ≤ 60
5.
6.
7.
x1 – x2 + x3 ≤ 10
x1 + x2 – x3 ≤ 20
x1, x2, x3 ≥ 0
Determine, usando o método analítico (dicionário), a solução ótima
do seguinte PPL:
Max Z = 8x1 + 6x2 + 6x3 + 8x4
s.r.
x1 + 2x2 + 3x3 + x4 ≤ 15
x1 + x2 + 2x3 + 3x4 ≤ 13
x1, x2, x3, x4 ≥ 0
Um agricultor tem uma fazenda com 200 km2
onde planeja cultivar
trigo, arroz e milho. A produção esperada é de 1.800 kg por km2
plantado de trigo, 2.100 kg por km2
plantado de arroz e 2.900 kg
por km2
plantado de milho. Ele tem condições de armazenar no
máximo 700.000 kg de qualquer um dos produtos. Sabendo que o
trigo dá um lucro de R$ 1,20 por kg, o arroz, R$ 0,60 por kg, e o
milho, R$ 0,28 por kg, usando o método analítico (dicionário),
determine quantos km2
de cada produto devem ser plantados para
maximizar o lucro do agricultor.
A Capitão Caverna S.A., localizada em Pedra Lascada, aluga três
tipos de barcos para passeios marítimos: jangadas, supercanoas e
arcas com cabines. A companhia fornece com o barco um capitão
para navegá-lo e uma tripulação, que varia de acordo com a
embarcação: 1 funcionário para jangadas, 2 para supercanoas e 3
8.
a.
para arcas. A companhia tem 4 jangadas, 8 supercanoas e 3 arcas, e,
em seu corpo de funcionários, 10 capitães e 18 tripulantes. O
aluguel é por diárias e a Capitão Caverna S.A. lucra 50 marfins por
jangada, 70 marfins por supercanoas e 100 marfins por arca.
Quantos barcos de cada tipo devem ser alugados para que a
empresa tenha o maior lucro possível? De quanto é esse lucro?
(Resolva pelo método analítico visto nesta seção.)
A empresa de artigos de couro Pele Mimosa Ltda. fabrica dois tipos
de produtos: malas e mochilas. As malas são vendidas com um
lucro de R$ 50,00 por unidade e o lucro unitário por mochila é igual
a R$ 40,00. A quantidade de horas necessária para confeccionar
cada produto, assim como o número total de horas disponíveis em
cada departamento, são apresentados na tabela a seguir.
Departamento
Capacidade por
departamento (horas
por dia)
Horas necessárias
Mala Mochila
1. Corte 300 2 0
2. Tingimento 540 0 3
3. Costura 440 2 2
4. Embalagem 300 6/5 3/2
Sabendo que há uma demanda excedente tanto de malas quanto
de mochilas, determine quantas unidades de cada produto a
Pele Mimosa Ltda. deve fabricar diariamente para maximizar o
seu lucro. (Resolva pelo método analítico.)
b.
9.
10.
Se temos a informação de que a empresa produz diariamente
120 unidades de malas e 30 unidades de mochilas, em quanto o
planejamento ótimo aumenta o lucro em relação ao existente?
A Picolé Lelé é a marca local preferida pelos habitantes das Ilhas
Calorândicas, que consomem todos os picolés cremosos que a
empresa consegue fabricar. No entanto, por se localizar no meio do
oceano, a Picolé Lelé Ltda. tem algumas restrições de fabricação,
devido à escassez de matéria-prima fresca. Preocupados em
maximizar o lucro da firma, seus dirigentes elaboraram o seguinte
quadro informativo, para que possamos ajudá-los, por meio do
método analítico estudado nesta seção, a descobrir quantos picolés
de cada sabor devem produzir diariamente de forma a maximizar o
lucro da companhia.
Sabor Lucroporpicolé
Quantidadede
leite emcada
picolé (litros)
Quantidadede
açúcar emcada
picolé (por 100
gramas)
Polpa de fruta
em cada picolé
(litros)
Morango R$ 1,00 0,45 0,50 0,10
Uva R$ 0,90 0,50 0,40 0,15
Limão R$ 0,95 0,40 0,40 0,20
Máximo
disponível
200 150 60
A empresa Serra Serra Serrador fabrica três tipos de madeiras
compensadas (placas de aglomerados). Os dados a seguir resumem
a produção em horas por unidade em cada uma das três operações
de produção, o tempo máximo disponível em cada operação e o
lucro unitário de cada placa.
Aglomerado
Operações em horas
Lucro por unidade
I II III
Placa A 2 2 4 R$ 40,00
Placa B 5 5 2 R$ 30,00
Placa C 10 3 2 R$ 20,00
Tempo máximo disponível 900 400 600
Quantas unidades de cada placa de aglomerado devem ser produzidas,
de maneira a otimizar o lucro da serraria? Resolva pelo método analítico
(dicionário).
2.3 Programação linear e seus teoremas
Vamos agora apresentar alguns teoremas a respeito das soluções de um
problema de programação linear. Para tal, necessitamos da definição de um
conjunto convexo. Em vez de tentarmos defini-lo com o rigor matemático,
utilizaremos uma definição intuitiva. Um conjunto convexo é um conjunto
de pontos em que todos os segmentos de reta que unem dois de seus pontos
são internos ao conjunto, isto é, todos os pontos de cada segmento também
pertencem ao conjunto original. Graficamente, um exemplo de conjunto
convexo e não convexo é representado na Figura 2.19.
Figura 2.19 Representação gráfica de conjuntos convexos e não convexos.
Naturalmente, só podemos visualizar essa definição graficamente quando
existem apenas duas variáveis no PPL. Passemos, então, à definição de
alguns teoremas pertinentes ao estudo de programação linear. Foge do escopo
deste texto a demonstração desses teoremas. Sugerimos aos leitores
interessados em suas demostrações alguns textos mais avançados, como
Hiller & Liberman (1995).
Teorema I
O conjunto de todas as soluções viáveis de um modelo de programação
linear é um conjunto convexo.
Teorema II
Toda solução compatível básica (solução óbvia) do sistema de equações
lineares (dicionário) de um modelo de programação linear é um ponto
extremo do conjunto de soluções viáveis, isto é, do conjunto convexo de
soluções.
Teorema III
Se uma função-objetivo possui um único ponto ótimo finito, então esse é um
ponto extremo do conjunto convexo de soluções viáveis.
1.
Figura 2.20
Teorema IV
Se a função-objetivo assume o valor ótimo em mais de um ponto do conjunto
de soluções viáveis (soluções múltiplas), então ela assume esse valor para
pelo menos dois pontos extremos do conjunto convexo e para qualquer
combinação convexa desses pontos extremos, isto é, todos os pontos do
segmento de reta que une esses dois extremos, ou seja, a aresta do polígono
que os contém.
Com base nos teoremas anteriores, uma maneira prática de resolver
pequenos problemas de duas variáveis é verificar o valor da função-objetivo
nos pontos extremos do polígono de soluções viáveis. A Figura 2.20
representa tal procedimento para o problema que acabamos de resolver.
Representação gráfica do valor de Z nos pontos extremos.
Exercícios 2.3
Encontre a solução ótima do problema de programação linear
abaixo, desenhando o conjunto de soluções viáveis e testando o
valor da função-objetivo em cada um dos pontos extremos.
2.
3.
(Compare o resultado com as soluções encontradas na questão 1
dos Exercícios 2.1 e 2.2.)
Max Z = 4x1 + 3x2
s.r.
x1 + 3x2 ≤ 7
2x1 + 2x2 ≤ 8
x1 + x2 ≤ 3
x2 ≤ 2
x1, x2 ≥ 0
Resolva o seguinte problema de programação linear por meio do
teste do valor da função-objetivo em cada ponto extremo do
conjunto de soluções viáveis e conforme os teoremas vistos nesta
seção. (Compare a resposta com a solução encontrada na questão 2
dos Exercícios 2.1.)
Min Z = x1 + 2x2
s.r.
x1 + x2 ≥ 1
–5x1 + 2x2 ≥ –10
3x1 + 5x2 ≥ 15
x1, x2 ≥ 0
Solucione o problema de programação linear abaixo testando o
valor da função-objetivo nos pontos extremos do conjunto de
soluções viáveis. (Compare o resultado com a solução da questão 3
dos Exercícios 2.1 e da questão 2 dos Exercícios 2.2.)
Max Z = 4x1 + 8x2
s.r.
4.
5.
6.
3x1 + 2x2 ≤ 18
x1 + x2 ≤ 5
x1 ≤ 4
x1, x2 ≥ 0
Encontre a solução ótima do seguinte problema de programação
linear testando o valor da função-objetivo em cada um dos pontos
extremos do conjunto de soluções viáveis:
Max Z = 80x1 + 75x2
s.r.
x1 + 3x2 ≤ 4
2x1 + 5x2 ≤ 150
x1, x2 ≥ 0
Resolva o problema de programação linear abaixo testando o valor
da função-objetivo em cada um dos pontos extremos do conjunto de
soluções viáveis:
Min Z = 4x1 + 8x2
s.r.
3x1 + 2x2 ≤ 18
x1 + x2 ≥ 5
x1 ≤ 4
x1, x2 ≥ 0
As indústrias Saracura Produtos Farmacêuticos desejam produzir
dois medicamentos, um analgésico e um antibiótico, que dependem
de duas matérias-primas A e B, disponíveis em quantidades de 8 e 5
toneladas, respectivamente. Na fabricação de 1 t de analgésico são
empregadas 1 t da matéria A e 1 t da matéria B, e na fabricação de 1
7.
t de antibiótico são empregadas 4 t de A e 1 t de B. Sabendo que
cada tonelada de antibiótico é vendida a R$ 8,00 e de analgésico a
R$ 5,00, encontre, por meio da determinação dos pontos extremos
do conjunto de soluções viáveis, a quantidade de toneladas de
medicamentos a ser produzida pelas indústrias Saracura, de maneira
a maximizar sua receita.
Uma pequena malharia produz dois tipos de camisas: de manga
curta e de manga comprida. Toda a produção é feita e vendida para
um distribuidor, que compra tudo o que é produzido. A confecção
de cada camisa passa por três seções de trabalho: corte, costura e
acabamento. A Tabela 1 mostra os tempos necessários em cada
seção:
Tabela 1 Tempo de fabricação de uma camisa em cada seção de trabalho
Produto
Tempo de fabricação (em horas)
Corte Costura Acabamento
Manga curta 3 1,5 5
Manga comprida 3 3 3
A quantidade de horas por semana disponíveis em cada seção de
trabalho é apresentada na Tabela 2:
Tabela 2 Limites de capacidade de fabricação
Seção de trabalho Homens/hora por semana
Corte 210
8.
Costura 180
Acabamento 330
Utilize os teoremas apresentados na Seção 2.3 para determinar a
quantidade de cada tipo de camisa que deve ser fabricada de
maneira a maximizar o lucro da empresa, sabendo que o lucro
unitário proporcionado pela camisa de manga curta é de R$ 2,00 e o
proporcionado pela camisa de manga comprida é de R$ 3,00.
A indústria Bonecas Sinistras S.A. produz dois tipos de boneca: a
Vampiresca e a Lobimulher. O processo de montagem de cada uma
dessas bonecas requer duas pessoas. Os tempos de montagem são
os seguintes:
Modelo Montador 1 Montador 2
Vampiresca 6 min 2 min
Lobimulher 3 min 4 min
Máximo de horas disponíveis 8 8
A política da companhia é a de balancear toda a mão de obra em
todos os processos de montagem. Na verdade, a gerência deseja
programar o trabalho de modo que nenhum montador tenha mais de
30 minutos de trabalho por dia do que o outro. Isso quer dizer que,
em um período regular de oito horas, os dois montadores deverão
ter um mínimo de sete horas e meia de trabalho. Considerando que
o mercado está disposto a comprar toda a produção da Bonecas
Sinistras S.A. e que a firma tem um lucro de R$ 2,00 por unidade de
9.
10.
Vampiresca e R$ 1,00 por Lobimulher, quantas unidades de cada
boneca devem ser produzidas por dia? Quanto tempo trabalhará
cada montador por dia? (Resolva por meio da determinação dos
pontos extremos do conjunto de soluções viáveis.)
Um jovem está saindo com duas namoradas: Sheila e Ana Paula.
Ele sabe, por experiência, que:
■ Ana Paula, elegante, gosta de frequentar lugares sofisticados,
mais caros, de modo que uma saída de três horas custará R$ 240,00.
■ Sheila, mais simples, prefere um divertimento mais popular, de
modo que uma saída de três horas lhe custará R$ 160,00.
■ Seu orçamento permite-lhe dispor de R$ 960,00 mensais para
diversão.
■ Seus afazeres escolares lhe dão liberdade de, no máximo, 18
horas e 40.000 calorias de sua energia para atividades sociais.
■ Cada saída com Ana Paula consome 5.000 calorias, mas com
Sheila, mais alegre e extrovertida, ele gasta o dobro.
■ Ele gosta das duas com a mesma intensidade.
Como o jovem deve planejar a sua vida social para obter o número
máximo de saídas? (Encontre a solução ótima determinando os
pontos extremos do conjunto de soluções viáveis.)
A Cat Without Fat S.A. é uma empresa fabricante de comida
enlatada para gatos, cujo principal diferencial competitivo é o baixo
nível de gordura de seus produtos. A empresa utiliza, na produção,
uma mistura de frango (75% de proteína e 25% de gordura) que
custa R$ 3,00 por quilo e/ou uma mistura de peixe (90% de
proteína e 10% de gordura) que custa R$ 5,00 por quilo. Que
a.
b.
combinação de matérias-primas a empresa deve utilizar a fim de
preparar uma comida para gatos com, no máximo, 15% de gordura
ao menor custo possível por quilo?
Modele o problema. Dica: as variáveis de decisão deste
problema representam os percentuais de matérias-primas
utilizados para preparar o enlatado, devendo, portanto, ter
valores entre 0 e 1 (ou entre 0% e 100%).
Encontre a solução ótima por meio da determinação do valor da
função-objetivo em cada ponto extremo do conjunto de
soluções viáveis.
2.4 Programação linear e a forma tabular
O procedimento que relatamos na Seção 2.2 é chamado de método simplex
analítico. Quando estivermos resolvendo um problema de programação linear
manualmente, será conveniente utilizar a forma tabular do método simplex.
Em vez de utilizar os dicionários, devemos usar o quadro simplex para
registrar apenas as informações essenciais: os coeficientes das variáveis, as
constantes das restrições e as variáveis básicas e não básicas.
Devemos, portanto, simplificar a forma de um dicionário, estabelecendo
um quadro equivalente. Depois, devemos verificar como cada operação
analítica realizada pode ser automatizada por meio de regras de comando. Por
fim, devemos verificar como tomar a decisão de parada do algoritmo.
Voltemos ao nosso primeiro exemplo e ao seu respectivo dicionário
inicial, já com a introdução das variáveis de folga.
Problema forma-padrão Dicionário inicial
Max Z = 5x1 + 2 x2 Z = 5x1 + 2x2
s.r.
x1 ≤ 3 x3 = 3 – x1
x2 ≤ 4 x4 = 4 – x2
x1 + 2x2 ≤ 9 x5 = 9 – x1 – 2x2
x1 ≥ 0, x2 ≥ 0 x1, x2, x3, x4, x5 ≥ 0
Lembre-se de que as variáveis originais do problema são as não básicas e
as variáveis de folga são as básicas (lado esquerdo das equações). O próximo
passo para a obtenção do quadro inicial é a modificação do dicionário inicial
para obter o dicionário inicial modificado, que servirá como ponto de partida
para a formação do quadro simplex inicial. Para efetuar essa modificação,
devemos trocar de lado todas as variáveis do problema (nesse rol estão
incluídas as variáveis originais, as de folga e Z), isto é, levar todas as
variáveis para o lado esquerdo das equações. Dessa maneira, podemos
conseguir o dicionário inicial modificado para o problema dado:
Dicionário inicial modificado
Z – 5x1 – 2x2 = 0
x1 + x3 = 3
x2 + x4 = 4
x1 + 2x2 + x5 = 9
Vale notar que, no dicionário inicial modificado, as variáveis da equação
que representam a função-objetivo trocaram de lado, isto é, quando
queríamos aumentar o valor de Z, procurávamos as variáveis da equação que
tinham coeficientes positivos. Como as variáveis mudaram de lado na
equação, devemos agora procurar as que tenham sinais negativos. A decisão
de parar ocorrerá quando não tivermos mais variáveis com coeficientes
negativos, ou seja, quando todos os coeficientes tiverem sinal não negativo
(positivo ou zero).
Agora, a transformação do dicionário inicial modificado para o quadro
inicial é direta. Primeiro, vamos definir o formato do quadro, de maneira a
facilitar sua compreensão. O quadro terá, do lado esquerdo, as variáveis
básicas e, do lado direito, as constantes das equações. No meio ficarão todos
os coeficientes das restrições e da função-objetivo. Para padronização,
colocaremos na primeira linha a equação (zero) que representa a função-
objetivo. Isso não é obrigatório, mas facilita a explanação e a compreensão
do método.
A Tabela 2.1 representa o quadro inicial do nosso problema.
Tabela 2.1 Quadro inicial do problema
Variável
básica
No
da eq.
Coeficientes de
Z x1 x2 x3 x4 x5 Const.
Z 0 1 –5 –2 0 0 0 0
x3 1 0 1 0 1 0 0 3
x4 2 0 0 1 0 1 0 4
x5 3 0 1 2 0 0 1 9
Devemos aprender como ler a solução associada ao quadro. Cada variável
básica é apresentada na primeira coluna e o seu valor atual aparece na mesma
linha, na coluna final (Const.); neste caso, leríamos: x3 = 3, x4 = 4 e x5 = 9. As
variáveis que não aparecem na primeira coluna, neste caso x1 e x2, têm o valor
atual igual a zero. O valor de Z (função-objetivo) é lido da mesma maneira
que as variáveis básicas, isto é, o valor da última coluna na linha
correspondente ao valor da função-objetivo (Z), neste caso, zero. Portanto,
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  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. O autor e a editora empenharam-se para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores dos direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos caso, inadvertidamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida. Não é responsabilidade da editora nem do autor a ocorrência de eventuais perdas ou danos a pessoas ou bens que tenham origem no uso desta publicação. Apesar dos melhores esforços do autor, do editor e dos revisores, é inevitável que surjam erros no texto. Assim, são bemvindas as comunicações de usuários sobre correções ou sugestões referentes ao conteúdo ou ao nível pedagógico que auxiliem o aprimoramento de edições futuras. Os comentários dos leitores podem ser encaminhados à LTC — Livros Técnicos e Científicos Editora pelo e-mail ltc@grupogen.com.br. Direitos exclusivos para a língua portuguesa Copyright © 2016 by LTC — Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda. Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na internet ou outros), sem permissão expressa da editora. Travessa do Ouvidor, 11 Rio de Janeiro, RJ — CEP 20040-040
  • 6. Tels.: 21-3543-0770 / 11-5080-0770 Fax: 21-3543-0896 ltc@grupogen.com.br www.ltceditora.com.br Capa: Design Monnerat Imagens da capa: © Christian Monnerat (superior) © Evlakhov Valeriy/Shutterstock.com (inferior) Produção digital: Geethik CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ L143p 5. ed. Lachtermacher, Gerson, 1956- Pesquisa operacional na tomada de decisões / Gerson Lachtermacher. - 5. ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016. il. ; 28 cm. Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-216-3048-7 1. Pesquisa operacional. 2. Processo decisório - Modelos matemáticos. 3. Programação linear. 4. Processo decisório. I. Título. 15-27256 CDD: 658.4034 CDU: 005.31
  • 7. Para Marly, Thiago, Luana, Amanda, Thuener e Julia Matemática dos Novos Tempos Tenho uma esposa Um filho e uma filha Uma nora e um genro Uma neta e quem mais vier Lei de Lavoisier dos Novos Tempos Num Aeroporto Nada se cria Nada se perde Apenas muda de dono
  • 8. Prefácio à 5a edição Foi com prazer que recebi o convite do professor Gerson Lachtermacher para fazer o prefácio para a quinta edição de seu livro Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões. Na verdade, sob o ponto de vista acadêmico, já foi feita uma excelente descrição da obra pelos eminentes professores que me antecederam na apresentação das quatro primeiras edições deste livro. Cabe aqui destacar a qualidade deste trabalho que, apresentando uma teoria de base matemática, o faz de modo a tornar efetiva sua utilidade na solução de problemas da vida prática. Mas é importante enfatizar que, ao apresentar as aplicações da Pesquisa Operacional, o professor Lachtermacher não descuida dos conceitos teóricos básicos, essenciais para a sustentação dos métodos que levam às soluções de problemas que surgem a partir da análise de situações reais. Outro fato a destacar refere-se à incansável capacidade do professor Gerson, no sentido de aprimorar seu trabalho de modo substantivo a cada nova edição. Assim é que esta quinta edição apresenta o acréscimo de um oitavo capítulo intitulado “Otimização Matemática em Economia e Finanças”, no qual são analisados problemas sobre Matemática Financeira e apresentadas soluções para alguns casos interessantes.
  • 9. Cabe finalmente destacar a característica didática do trabalho, em que são mostrados um grande número de exemplos motivadores e, além disso, uma coleção de exercícios objetivos ao final de cada seção. Assim, venho cumprimentar o professor Gerson Lachtermacher pela produção e subsequente aprimoramento desta obra que, sem dúvida, representa uma importante contribuição para o entendimento da matéria. Prof. Lindolpho de Carvalho Dias Membro do Conselho Diretor da FGV Ex-Diretor do IMPA - Instituto de Matemática Pura e Aplicada
  • 10. Prefácio à 4a edição Devo confessar que fiquei duplamente surpreso com o convite do meu colega Gerson Lachtermacher para escrever o prefácio da quarta edição do seu já conhecido e consagrado livro Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões. Primeiramente pela honra de ter sido selecionado pelo autor para escrever estas notas, ciente da existência de vários outros nomes na comunidade brasileira da pesquisa operacional que poderiam fazê-lo e que, com certeza, sentir-seiam tão honrados como eu com o convite. A outra surpresa diz respeito à stamina do autor, que, em pouco mais de dois anos do lançamento da terceira edição, já nos brinda com esta nova edição revisada, atualizada e ainda mais rica. Seguindo os passos dos profissionais que já prefaciaram as edições anteriores, ou seja, Antônio Freitas, Cláudio Haddad e Clovis de Faro, não posso deixar de enfatizar a contribuição do autor para a difusão da pesquisa operacional para um público diferente dos já tradicionais usuários de engenharia, matemática e estatística. Com efeito, Lachtermacher consegue, de forma bem clara e didática, tornar os conceitos básicos da pesquisa operacional acessíveis a profissionais das áreas de administração, economia e contabilidade, entre outras. E quais são as novidades desta quarta edição? Além de pequenas
  • 11. correções de forma em alguns capítulos, sua maior contribuição está relacionada com a apresentação dos aplicativos computacionais. O Apêndice A*, que descrevia o aplicativo Lindo, dá lugar às instruções de como utilizar o What’sBest!, um suplemento da Lindo Systems. Além desta novidade, esta nova edição traz mais um apêndice contendo instruções para a utilização do Lingo, software de programação não linear. Não resta dúvida alguma que, pelo sucesso que caracterizou as três edições anteriores, esta nova versão do didático texto de Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões continuará a trajetória vitoriosa desta obra. Reinaldo Castro Souza Professor do departamento de Engenharia Elétrica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional (Sobrapo)
  • 12. _______________ *Esta quinta edição não contempla mais o Apêndice A. (N.E.)
  • 13. Prefácio à 3a edição Um livro-texto que, poucos anos após seu lançamento, já está em sua terceira edição, dispensa apresentações. Seu sucesso, espelhado na acolhida que vem recebendo, atesta que o livro foi capaz de atingir os objetivos a que se propunha. No entanto, e aqui com um jogo de palavras no que tange ao seu conteúdo, a sua segunda edição ainda não corresponde a uma solução ótima, no sentido de máximo global. Como, fruto da experiência do autor, sempre são possíveis aprimoramentos, justifica-se esta nova edição. Tendo sido solicitado a escrever este prefácio, ressalto que, preliminarmente, pouco tenho a acrescentar ao que já foi apropriadamente descrito pelos competentes prefaciadores que me antecederam, Antônio Freitas e Cláudio Haddad. Resta-me destacar uma agradável surpresa, ao menos para mim. Tendo sido iniciado na programação linear com o uso do agora já venerado, embora ainda dominante, método simplex, desenvolvido por George B. Dantzig na década de 40 do século passado, fiquei alegremente surpreendido pela maneira eficiente e intuitiva com que o autor introduziu o assunto. Em vez das enfadonhas apresentações de formas canônicas e operações elementares, o autor foi capaz de iniciar o leitor em seus fundamentos por meio de exemplos simples, mas suficientemente
  • 14. elucidativos. Também digno de nota é o capítulo que trata da programação não linear. Os exemplos ali apresentados também, com rara felicidade, constituem-se em valiosa introdução a este tão complexo assunto. Concluindo, parabenizo o autor na certeza de que esta nova edição terá o mesmo, se não maior, sucesso das outras duas. Clovis de Faro Ex-Diretor da EPGE/FGV Ex-Diretor do IDE/FGV Assessor da Presidência da FGV
  • 15. Prefácio à 2a edição Pesquisa operacional é uma matéria em geral árida, que assusta pelo nível de sofisticação matemática e estatística que pode apresentar. Isto se agrava no caso de estudantes na maioria dos cursos de economia e administração, cuja orientação no Brasil tende a ser muito pouco quantitativa. Mesmo em cursos de engenharia, que normalmente possuem um viés quantitativo mais robusto, muitas vezes os alunos enfrentam problemas de como relacionar o conteúdo teórico de pesquisa operacional à vida prática e como modelálos de forma eficiente. Este livro do professor Gerson Lachtermacher, agora na sua segunda edição, resolve, com bastante eficácia, os dois dilemas. Além de ser um texto acessível, que não entra em sofisticações matemáticas desnecessárias para um bom entendimento da matéria, seu foco é na aplicação prática dos conceitos. Este foco não está presente apenas nos exemplos e exercícios, todos relacionados com a vida real, mas também na constante ligação entre o problema conceitual e as ferramentas de informática disponíveis na programação do Excel. O uso desta programação, de forma intensa, didática e ilustrativa ao longo de todo o livro, torna o aprendizado muito mais fácil para o aluno, que normalmente tem acesso àquela ferramenta, disponível na grande maioria dos computadores, ao contrário de outros programas mais
  • 16. sofisticados e complexos, porém inacessíveis à esmagadora maioria dos estudantes de administração, economia, engenharia e áreas afins. Assim, este livro é altamente recomendável a todos os estudantes que queiram ter uma visão prática e objetiva de pesquisa operacional e que queiram saber modelar problemas complexos de forma simples, utilizando os recursos comumente disponíveis na instituição de ensino, em casa ou no trabalho. Cláudio L. S. Haddad, Ph.D. Fundação Veris
  • 17. Prefácio à 1a edição Foi com grande orgulho e satisfação que recebi do professor Gerson Lachtermacher as primeiras provas deste livro. Pesquisa Operacional na Tomada de Decisões destina-se a preencher uma importante lacuna nos livros-texto de pesquisa operacional/métodos quantitativos, dirigindo-se a estudantes e profissionais de administração e áreas afins, como: contabilidade, economia e engenharia de produção. O professor Gerson tempera sua racionalidade matemática com experiência profissional, resultando em um trabalho bem fundamentado, claro e aplicado à realidade brasileira. Este livro foi feito para ensinar aos alunos a arte de modelar e resolver problemas de forma simplificada. Este é um livro atraente e gostoso de ler. O autor evitou símbolos especiais e todo esforço computacional deságua em planilhas. Todo conceito novo é ilustrado por exemplos. A exposição é amigável, precisa e cuidadosa. O autor tornou a teoria acessível, sem se prender a tecnicalidades, objetivando resolver problemas de rotina em empresas. O leitor vai encontrar uma abordagem rigorosa e uma leitura agradável sobre os diversos temas tratados. Ao escrever este livro, o professor Gerson Lachtermacher inovou ao
  • 18. colocar à disposição dos estudantes e profissionais, em língua portuguesa, um texto moderno, rigoroso e abrangente, síntese de suas múltiplas experiências como pesquisador e professor. O professor Gerson apresentou conceitos clássicos com roupagem nova, ao mesmo tempo rigorosa e descomplicada. O professor experiente valorizará a excelência da organização e a clareza da exposição. Em função disso, creio que este livro se tornará leitura quase obrigatória a todos os envolvidos com pesquisa operacional, bem como àqueles que desejam desvendar os mistérios da modelagem matemática. Antônio Freitas, Ph.D. Pró-Reitor de Ensino e Pesquisa da FGV Diretor da DIA/FGV
  • 19. Agradecimentos Devo agradecer aos seguintes colegas que me ajudaram de diversas maneiras na confecção deste livro: Professor Paulo Sergio de Souza Coelho (D.Sc.), pelos inúmeros exercícios sugeridos. Professor Dr. Antônio de Araújo Freitas Júnior, pelo encorajamento e pelo apoio durante os dois anos de escrita do livro e pelo prefácio à 1a edição. Dr. Cláudio Luiz da Silva Haddad, pelo prefácio à 2a edição. Professor Dr. Clovis de Faro, pelo prefácio à 3a edição. Professor Dr. Reinaldo Castro Souza, pelo prefácio à 4a edição. Professor Lindolpho de Carvalho Dias, pelo prefácio à 5a edição. A todos os meus alunos da FACC/UFRJ, FCE/UERJ e EBAPE/FGV que me ajudaram na retificação de todas as tiragens das edições anteriores.
  • 20. ■ Material Suplementar Este livro conta com o seguinte material suplementar: Ilustrações da obra em formato de apresentação (restrito a docentes) O acesso ao material suplementar é gratuito, bastando que o leitor se cadastre em: http://gen-io.grupogen.com.br.
  • 21.
  • 22. Capítulo 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 Capítulo 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.5.1 2.5.2 2.5.3 Sumário Introdução a Management Sciences O processo de modelagem A tomada de decisão A tomada de decisão, o processo de modelagem e o decisor Tipos de modelos Processo de resolução de um problema Modelagem em planilhas eletrônicas Modelos de programação matemática Programação linear Problemas de programação linear — Resolução gráfica Resolução analítica Programação linear e seus teoremas Programação linear e a forma tabular Problemas de forma não padrão Problemas com restrições de maior ou igual Problemas com restrições de igualdade Problemas com todos os tipos de restrições
  • 23. Capítulo 3 3.1 3.1.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.2.5 3.2.6 Capítulo 4 4.1 4.2 4.2.1 4.2.2 4.3 4.4 4.5 4.6 Capítulo 5 5.1 5.2 5.3 5.4 Utilização de programação linear no mundo real Resolvendo programação linear em um microcomputador Resolvendo programação linear com o Solver do Excel Aplicações reais Decisões do tipo fazer ou comprar Escolha de carteira de investimentos Escala de funcionários Problema de mistura Problemas de produção e estoque Fluxo de caixa multiperíodo O problema dual e a análise de sensibilidade O problema dual Análise de sensibilidade Alteração em um dos coeficientes da função-objetivo Alteração do valor da constante da restrição Relatórios do Excel Custo reduzido (reduced cost) Soluções ótimas múltiplas Solução degenerada Problemas de rede Transporte Escala de produção Rede de distribuição Menor caminho
  • 24. 5.5 5.6 Capítulo 6 6.1 6.2 Capítulo 7 7.1 7.1.1 7.1.2 7.1.3 7.2 Capítulo 8 8.1 8.1.1 8.1.2 8.1.3 8.1.4 8.1.5 8.2 Fluxo máximo Escala de produção Programação inteira Algoritmo branch-and-bound Problemas de programação inteira Programação não linear Programação côncava, convexa e quadrática Programação côncava Programação convexa Programação quadrática Programação não linear utilizando o Excel Otimização matemática em economia e finanças Problemas de matemática financeira Juros Regimes de capitalização e de juros Diversos tipos de taxa de juros Conjuntos de capitais equivalentes Anuidades constantes Problemas aplicados às ciências econômicas Bibliografia
  • 25.
  • 26. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ 1 Introdução a Management Sciences Este capítulo é uma introdução a Management Sciences, com a qual o aluno iniciará sua experiência no processo de tomada de decisão e de modelagem matemática, com o auxílio de planilhas eletrônicas. Esse processo representa uma mudança de paradigma na forma de um administrador pensar e tomar decisões em um mundo globalizado e cada vez mais mutante. Neste capítulo serão vistos os seguintes tópicos: O processo de modelagem. A tomada de decisão. A tomada de decisão, o processo de modelagem e o decisor. Tipos de modelos. Processo de resolução de um problema. Modelagem em planilhas eletrônicas. Modelos de programação matemática. Denominamos Management Sciences (MS) a área de estudos que utiliza computadores, estatística e matemática para resolver problemas de negócios. Pode ser considerada uma subárea da pesquisa operacional (PO), por se tratar de uma modelagem matemática aplicada à área de negócios. Há poucos anos, nos Estados Unidos, as duas sociedades que estudavam separadamente MS e
  • 27. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ a. PO se fundiram em uma só, denominada International Federation of Operations Research Societies (Infors). No Brasil, a contraparte dessa instituição norte-americana é a Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional — Sobrapo (www.sobrapo.org.br), filiada à Infors, que realiza, anualmente, simpósios científicos sobre o assunto. Entre os tipos de problemas em que a MS–PO pode ser utilizada para ajudar no processo de decisão encontram-se: Problemas de otimização de recursos. Problemas de localização. Problemas de roteirização. Problemas de carteiras de investimento. Problemas de alocação de pessoas. Problemas de previsão e planejamento. Problemas de alocação de verbas de mídia. A definição de MS nos leva a três objetivos inter-relacionados: Converter dados em informações significativas: transformar dados brutos em dados de forma organizada. O armazenamento de dados das vendas de uma loja de departamentos, por exemplo, os números das notas fiscais, os produtos a que elas se referem e a data de sua ocorrência são considerados dados brutos, pois não significam isoladamente nada que possa ser utilizado no processo de tomada de decisão gerencial. Os sistemas de informações gerenciais (SIG) serão responsáveis pela transformação desses dados em informações gerenciais que podem ser utilizadas no processo de tomada de decisão. Os SIG são sistemas que geram informações consolidadas referentes a um período, como o número de geladeiras vendidas por determinada loja em um mês, e o
  • 28. b. c. comparam com o período anterior ou com o mesmo período do ano anterior. Essas informações geradas pelos SIG são analisadas por meio dos sistemas de apoio à decisão, que levarão o decisor, por exemplo, a uma alteração no nível de compras de um produto. Mais recentemente, essas decisões têm sido acumuladas em bases de conhecimento por meio de sistemas especialistas. Essas bases armazenam as decisões tomadas para que elas possam orientar decisões futuras, funcionando como uma memória empresarial. A Figura 1.1 representa a totalidade desse processo. Apoiar o processo de tomada de decisão de formas transferíveis e independentes: por meio dos sistemas de apoio à decisão, dar suporte às decisões para que elas sejam, o mais possível, independentes do decisor, e assegurar que o processo de tomada de decisão seja claro e transparente. Criar sistemas computacionais úteis para os usuários não técnicos: facilitar, por meio de sistemas de fácil utilização, os processos de tomada de decisão operacional, gerencial e estratégico. A atenção deste livro estará voltada para as técnicas que auxiliarão o desenvolvimento de modelos computacionais, que poderão ser utilizados em sistemas de apoio à decisão. Por esses modelos entendemos um conjunto de relações matemáticas e hipóteses lógicas, implementadas em computador de forma a representar uma situação real de tomada de decisão. Com as facilidades dos microcomputadores, cada vez mais rápidos, um grande número de sistemas de apoio à decisão tem sido implementado pelos próprios tomadores de decisão, sem o auxílio de nenhum especialista da área de informática, em planilhas eletrônicas, que, nas
  • 29. Figura 1.1 últimas décadas, têm constituído um importante fator na melhoria do processo de tomada de decisão por meio de recursos crescentes para a implementação de modelos computacionais efetivos e por sua facilidade de utilização. Este livro apresentará diversas técnicas de modelagem computacional e como elas podem ser implementadas com a utilização de planilhas eletrônicas Excel, da Microsoft. Transformação de dados brutos em conhecimento. 1.1 O processo de modelagem
  • 30. a. b. Quando os gerentes se veem diante de uma situação na qual uma decisão deve ser tomada entre uma série de alternativas conflitantes e concorrentes, duas opções básicas se apresentam: (1) usar apenas a intuição gerencial; e (2) realizar um processo de modelagem da situação e exaustivas simulações dos mais diversos cenários de maneira a estudar mais profundamente o problema. Até recentemente, a primeira opção se constituía na única alternativa viável, visto que não existiam nem dados, nem informações sobre os problemas, nem poder computacional para resolvê-los. Com o advento dos microcomputadores e com o aprimoramento da tecnologia de bancos de dados, essa deixou de ser a única opção para os tomadores de decisão. Um número cada vez maior de empresas e tomadores de decisão passou a optar pela segunda alternativa, isto é, pela elaboração de modelos para auxiliar esse processo. Na realidade, nos dias de hoje, está ocorrendo o inverso do que acontecia 30 anos atrás. Possivelmente, a maioria dos tomadores de decisão está adotando a segunda opção. Devemos ressaltar dois fatos relevantes: A quantidade de informações disponíveis cresceu exponencialmente nos últimos anos com o advento da Internet, o que nos levou ao que não acontecia antes: a quantidade de dados é tão grande que se torna impossível montar modelos com todas essas informações. Devemos, portanto, separar as informações relevantes das irrelevantes, de maneira a modelar a situação para que possamos analisá-la. Muitos gerentes deixaram de utilizar sua intuição completamente, o que é bastante prejudicial ao processo de tomada de decisão, pois uma base de conhecimentos pode estar sendo desperdiçada. Portanto, recomendamos o uso das duas opções conjuntamente, para
  • 31. ■ Figura 1.2 melhorar ainda mais o processo de tomada de decisão. A intuição do tomador de decisão deve ajudá-lo na seleção das informações relevantes, nos possíveis cenários a serem estudados, na validação do modelo e na análise de seus resultados. Esse processo está representado na Figura 1.2. Processo de tomada de decisão. 1.2 A tomada de decisão Podemos entender a tomada de decisão como o processo de identificação de um problema ou de uma oportunidade e a seleção de uma linha de ação para resolvê-lo. Um problema ocorre quando o estado atual de uma situação é diferente do desejado. Já uma oportunidade ocorre quando as circunstâncias oferecem a chance de um indivíduo ou de uma organização ultrapassar ou alterar seus objetivos ou metas. Vários fatores afetam a tomada de decisão. Entre eles, podemos destacar: Tempo disponível para a tomada de decisão: certas situações, como a decisão de compra ou venda de uma ação, devem ser resolvidas instantaneamente, enquanto outras, como a compra de um apartamento, quase sempre dispõem de um tempo maior.
  • 32. ■ ■ ■ ■ A importância da decisão: algumas decisões impactam nossas vidas ou a vida de nossas empresas de formas distintas. Por exemplo, a instalação de uma empresa em um local inapropriado pode causar prejuízos operacionais por diversos anos, enquanto a seleção do fornecedor de material de escritório pode ter um impacto bem menor na operação da empresa. Normalmente, a importância está associada ao custo ou ao prejuízo que a decisão pode ocasionar. O ambiente: o local onde a decisão é tomada a afeta. Por exemplo, uma decisão tomada no Japão deve considerar aspectos culturais e sociais japoneses. Já a mesma decisão tomada no Brasil pode ser outra. Certeza ou incerteza e risco: o grau de certeza que temos sobre os parâmetros relevantes para uma tomada de decisão nos permite agir de forma mais tranquila. Imagine tomar uma decisão em um período com inflação de 100% ao mês ou 4,5% ao ano, ou ainda a possibilidade de estarmos certos sobre o nível de inflação para o próximo ano. Naturalmente, esse nível de certeza influencia nosso poder de decisão. Agentes decisores: o número de agentes que tomam a decisão é um fator fundamental na forma como ela é tomada. Por exemplo, uma tomada de decisão individual depende apenas do ponto de vista de um decisor, isto é, de seu caráter, nível cultural e nível de informação, entre outros. Quando a decisão é tomada em grupos maiores, a diversidade de características cresce exponencialmente, já que, em um mesmo grupo decisor, podemos ter pessoas com formação cultural ou nacionalidade diferentes, isto é, com maneiras distintas de encarar o mundo, o que, com certeza, leva a um processo de tomada de decisão mais complexo. Além dessas características, uma dimensão é adicionada ao processo: a comunicação entre os agentes decisores se torna uma das principais dimensões de um processo de decisão em grupo. Dependendo de sua
  • 33. ■ a. ■ ■ ■ b. ■ clareza e objetividade, ela pode se transformar em um complicador ou em um facilitador do processo. Conflito de interesses: algumas decisões afetam, de maneira distinta, certos grupos de uma empresa ou de uma sociedade. Por exemplo, a decisão sobre qual filial de uma empresa deve ser fechada em um programa de redução de custos possivelmente afetará mais determinada parte da empresa que outra, aumentando o nível de complexidade do processo de tomada de decisão. Podemos classificar a tomada de decisão de diversas formas, entre elas: Nível hierárquico na empresa Estratégico: decisões tomadas pela alta administração de uma empresa. Exemplos desse tipo são: o nível de investimento que será feito nos próximos anos, a parcela de mercados que se quer atingir, em que mercados se deve atuar ou expandir, entre outras. Gerencial: decisões tomadas pela gerência intermediária de uma empresa. Dentre os exemplos desse tipo de decisão podemos citar: os estabelecimentos bancários com os quais devemos manter relacionamento comercial, quais fornecedores de matérias-primas devem ser utilizados, quais canais de distribuição serão utilizados, entre outros. Operacional: decisões tomadas pelos gerentes ou supervisores operacionais de uma empresa. Dentre os exemplos desse tipo de decisão podemos citar: escala de funcionários, rotinas de manutenção de máquinas e equipamentos. Tipo de informação disponível Estruturada: são decisões em que todos os fatores relevantes ao processo
  • 34. ■ ■ c. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ são conhecidos. Semiestruturada: são decisões em que uma parte dos fatores relevantes ao processo é conhecida. Não estruturada: são decisões em que nenhum dos fatores relevantes ao processo é conhecido. Número de decisores Decisão individual: tomada apenas por um agente decisor. Decisão em grupo: tomada por mais de um agente decisor. 1.3 A tomada de decisão, o processo de modelagem e o decisor Diversas vantagens podem ser citadas quando o decisor utiliza um processo de modelagem para a tomada de decisão: Os modelos forçam os decisores a tornarem explícitos seus objetivos. Os modelos forçam a identificação e o armazenamento das diferentes decisões que influenciam os objetivos. Os modelos forçam a identificação e o armazenamento dos relacionamentos entre as decisões. Os modelos forçam a identificação das variáveis a serem incluídas e em que termos elas serão quantificáveis. Os modelos forçam o reconhecimento de limitações. Os modelos permitem a comunicação de suas ideias e seu entendimento para facilitar o trabalho de grupo. Dadas essas características, os modelos podem ser utilizados como ferramentas consistentes para a avaliação e a divulgação de diferentes políticas empresariais.
  • 35. ■ ■ ■ 1.4 Tipos de modelos Basicamente, pode-se ter três tipos de modelos: os modelos físicos, análogos e matemáticos ou simbólicos. Dois exemplos de modelos físicos seriam os de aeronaves e casas utilizados por engenheiros. O modelo análogo representa as relações usando diferentes meios. Exemplos desse tipo são os mapas rodoviários, que representam as rodovias de uma região por meio de traços sobre um papel, e um marcador do tanque de gasolina, que representa, por intermédio de uma escala circular, a quantidade de gasolina existente no tanque. Os mais utilizados na modelagem de situações gerenciais são os modelos simbólicos ou matemáticos, em que as grandezas são representadas por variáveis de decisão, e as relações entre essas variáveis, por expressões matemáticas. Por tais características, esses modelos necessitam informações quantificáveis. Um modelo simbólico deve conter um conjunto suficiente de detalhes de maneira que: Os resultados atinjam suas necessidades. O modelo seja consistente com os dados. O modelo possa ser analisado no tempo disponível à sua concepção. Os modelos simbólicos em que uma das variáveis representa uma decisão gerencial a ser tomada denominam-se modelos de decisão. Geralmente, as decisões são tomadas para que um objetivo seja atingido. Portanto, nos modelos de decisão, adicionalmente às variáveis de decisão, em geral é adicionada uma variável que represente uma medida de performance dos objetivos. Duas características dos modelos simbólicos devem ser ressaltadas:
  • 36. a. b. ■ ■ ■ Figura 1.3 O modelo sempre será uma simplificação da realidade. Os detalhes devem ser incorporados ao modelo de forma cuidadosa, para que: Os resultados atinjam suas necessidades. Seja consistente com as informações disponíveis. Seja desenvolvido e analisado no tempo disponível para tal. Os modelos simbólicos podem ser classificados de acordo com o nível de incerteza existente entre as relações das variáveis, como determinísticos ou probabilísticos. Modelos em que todas as informações relevantes são assumidas como conhecidas (sem incertezas) são denominados determinísticos. Modelos em que uma ou mais variáveis de decisão não são conhecidas com certeza são chamados probabilísticos, e essa incerteza deve ser incorporada a eles. A maneira mais simples de representar um modelo simbólico é denominada modelo caixa-preta. Nesse tipo de representação, apenas variáveis explicativas (de decisão), parâmetros e medidas de performance ou consequência são representados (variáveis dependentes). As relações entre elas são omitidas. A Figura 1.3 ilustra esse tipo de representação. Representação do modelo caixa-preta.
  • 37. 1.5 Processo de resolução de um problema O processo de resolução de um problema apresenta cinco etapas consecutivas que podem, entretanto, ser repetidas, dependendo da situação. Cada uma das etapas é essencial para o processo. Contudo, vale ressaltar que a identificação do problema, que talvez pareça a mais simples de todas as etapas, pode apresentar-se complexa em diversas situações. A má definição do problema não levará certamente a nada, além de causar perda de tempo e esforço. A Figura 1.4 representa as diversas etapas de um processo de resolução de um problema. Vale ressaltar que o processo é cíclico, podendo retroceder a níveis anteriores quando algum problema for detectado. Muitas vezes, a eventual falha está na identificação do que seria o problema.
  • 38. Figura 1.4 Processo de resolução de um problema. 1.6 Modelagem em planilhas eletrônicas Além da ferramenta Solver, há inúmeras outras formas de modelar e resolver problemas em uma planilha eletrônica. Veremos a seguir a aplicação de algumas delas por meio da resolução de um problema. Não é o intuito deste livro esgotar todas as funcionalidades existentes nas planilhas nem ser um manual sobre como usá-las. Nosso objetivo é apenas demonstrar sua grande aplicabilidade no processo de tomada de decisão gerencial. O caso da fábrica Pastéis e Pastelões Ltda.* A Pastéis e Pastelões Ltda. fabrica pastéis de forno usando dois ingredientes básicos: massa semipronta e recheio congelado. A empresa pretende elaborar um modelo para previsão de seu lucro operacional mensal que lhe permita estabelecer o preço dos pastéis a ser praticado. Desconsiderando a hipótese de alteração do tamanho e da qualidade dos pastéis, a diretoria considera que o preço unitário do pastel e o preço médio praticado pela concorrência são os únicos fatores relevantes na determinação da demanda, a qual se comporta segundo a seguinte equação: Z = 15.000 – 5.000x + 5.000y em que x é o preço do pastel da empresa e y é o preço médio dos pastéis vendidos pelos concorrentes.
  • 39. Dados adicionais Preço médio praticado pela concorrência (R$ por pastel) 7,00 Custo unitário da massa (R$ por pastel) 1,30 Custo unitário do recheio (R$ por pastel) 2,00 Custo unitário de processo (R$ por pastel) 0,40 Custo fixo (R$) 6.000,00 *Baseado em Eppen et al., 1998. Modelo caixa-preta e diagrama de blocos O modelo caixa-preta e o diagrama de blocos são instrumentos úteis na organização do problema e trazem o benefício de ajudar o início da documentação do modelo. Apesar de não resolverem o problema final, essas ferramentas auxiliam sobremaneira o entendimento da complexidade do modelo e a identificação das variáveis importantes. O modelo caixa-preta é uma forma bastante simples de visualização das variáveis de entrada e saída relevantes do modelo. Para confeccioná-lo, cria- se uma caixa chamada ‘modelo’ e listam-se, do seu lado esquerdo, representando as variáveis e os parâmetros de entrada, todos os fatores cruciais para a concretização do resultado final, que é apresentado do lado direito da caixa, como saída do modelo. Tendo em vista que o preço dos pastéis vendidos pela concorrência é uma variável fora do controle da Pastéis e Pastelões Ltda., somente o preço unitário do pastel vendido pela empresa configura-se como uma variável de decisão do problema. Assim, o preço médio praticado pela concorrência, os custos de matéria-prima, os custos de processamento e os custos fixos são os parâmetros do modelo. O diagrama de blocos, por sua vez, mostra a existência de relações entre
  • 40. as diversas variáveis do modelo, isto é, mostra como, a partir das variáveis de decisão e dos parâmetros, chegamos às variáveis de medida de performance (variáveis de saída). Para construir tanto o modelo caixa-preta quanto o diagrama de blocos para o problema da Pastéis e Pastelões Ltda., deve-se primeiro retirar as linhas de grade da planilha e inserir as formas de desenho pertinentes do Excel. As Figuras 1.5 e 1.6 mostram como fazê-lo. Feito isso, a modelagem do problema torna-se simples. No caso do modelo caixa-preta, é preciso somente desenhar as caixas com seus respectivos nomes e as setas de entrada e de saída (Figura 1.7). Já no diagrama de blocos é necessário um pouco mais de atenção, pois se deve identificar as relações de causa e efeito entre as variáveis (Figura 1.8). Equações matemáticas Uma técnica bastante simples e muito utilizada para modelar e resolver problemas em Excel consiste, basicamente, na inserção de todas as fórmulas e relações existentes entre as variáveis na planilha eletrônica. Com esse procedimento, pode-se facilmente modificar os valores das variáveis controláveis (de decisão) e instantaneamente obter o impacto dessa alteração no resultado final.
  • 41. Figura 1.5 Figura 1.6 Como apagar as linhas de grade. Como inserir uma forma de desenho no Excel.
  • 42. ■ ■ ■ ■ ■ Figura 1.7 Modelo caixa-preta do caso Pastéis e Pastelões Ltda. O objetivo maior da Pastéis e Pastelões Ltda. é obter um modelo de previsão do lucro operacional mensal. Portanto, o primeiro passo é deduzir todas as equações que regem o lucro da empresa, isto é, transformar as relações entre as variáveis em equações matemáticas. No caso em estudo, tem-se: Lucro operacional = Receita – Custo total. Receita = Preço do pastel H Demanda de pastéis. Custo total = Custo do processo + Custo dos ingredientes + Custo fixo. Custo dos ingredientes = Demanda de pastéis H (Custo unitário da massa + Custo unitário do recheio). Custo do processo = Demanda de pastéis H Custo unitário de processo.
  • 43. ■ Figura 1.8 Diagrama de blocos do caso da Pastéis e Pastelões Ltda. A demanda de pastéis, como já vimos, comporta-se de acordo com a seguinte equação: Demanda de pastéis = 15.000 – (5.000 H Preço do pastel) + (5.000 H Preço médio do pastel na concorrência). Com as relações entre as variáveis definidas, realiza-se a modelagem do caso em uma planilha Excel (Figura 1.9). Na Figura 1.9, as fórmulas representam as relações matemáticas entre as variáveis. Note-se que foi inserido um preço de venda inicial igual a R$ 6,00 por pastel. Contudo, o motivo principal de realizarmos essa modelagem em planilha eletrônica é a facilidade de simulação de diversos cenários, com base em diversos valores para as variáveis de decisão. Assim, com o problema já modelado em planilha, fica fácil modificar o valor do preço de venda do pastel e avaliar o impacto dessa alteração no resultado final. Vejamos, por exemplo, como se comporta o lucro operacional
  • 44. Figura 1.9 mensal da Pastéis e Pastelões Ltda. com preços de venda unitários de R$ 4,00 e R$ 8,00 (Figuras 1.10 e 1.11). Modelo do caso da Pastéis e Pastelões Ltda. Por meio dessa rápida simulação, verificamos que trabalhar com o preço de venda de R$ 6,00 por pastel é mais interessante para a empresa do que com o preço de R$ 4,00 ou de R$ 8,00. Isso ocorre porque o preço unitário de R$ 4,00 não gera demanda suficiente para compensar a pequena margem de contribuição do produto, resultando em um pequeno lucro, e o preço de R$ 8,00 retrai a demanda de tal forma que se apresenta menos lucrativo do que o preço de R$ 6,00. Todavia, será que o preço de R$ 6,00 é realmente o que garante o lucro máximo? E se o pastel for vendido a R$ 7,00, como vão se
  • 45. Figura 1.10 comportar a demanda e o lucro operacional? Resolve-se esta dúvida simulando os resultados para diferentes níveis de preço, tarefa que pode ser realizada mais facilmente usando uma ferramenta chamada projeção do tipo ‘Se-Então’, que veremos adiante. Impacto da alteração do preço do pastel para R$ 4,00 no lucro operacional.
  • 46. Figura 1.11 Impacto da alteração do preço do pastel para R$ 8,00 no lucro operacional. Representação de equações no Excel Com a ajuda do Excel, tem-se condições de confrontar graficamente os resultados apresentados pelo modelo com os dados reais. Essa visualização é extremamente útil para a verificação da eficiência do modelo, pois se pode observar se os dados previstos estão próximos ou não do que aconteceu na realidade e, assim, afirmar se o modelo é bom ou se deve ser substituído por outro. Uma auditoria na fábrica de pastéis constatou, por meio dos dados contábeis, que o custo unitário de processo varia de acordo com o número de pastéis produzidos, ou seja, comporta-se de forma diferente daquela que o
  • 47. Figura 1.12 modelo havia assumido (R$ 0,40 por pastel, independentemente do nível de produção). Essa informação revela que há uma falha no modelo inicial, pois um dos parâmetros do problema (o custo de processo, no caso) não está sendo eficientemente representado. Esse erro no comportamento de um parâmetro relevante torna o modelo pouco representativo da realidade e, portanto, inadequado como suporte à tomada de decisão. Dessa forma, para que nosso modelo de lucro mensal se torne adequado, é preciso incluir nele a equação que melhor representa o comportamento do custo unitário de processo em relação ao número de pastéis produzidos, em vez de considerá-lo uma constante. O Excel nos ajuda a descobrir essa equação. Nesse sentido, primeiro é preciso criar uma tabela (Figura 1.12) em que constem os dados contábeis coletados durante o processo de auditoria do custo mensal de processo para diferentes níveis de produção, bem como a previsão desses custos de acordo com o modelo inicial (número de pastéis produzidos no mês H R$ 0,40), para podermos compará-los. Dados contábeis obtidos no processo de auditoria.
  • 48. Figura 1.13 O próximo passo é solicitar um gráfico de dispersão ao Excel, selecionando as três colunas que aparecem na Figura 1.12: quantidade de pastéis produzidos, custo de processo real e custo de processo do modelo original. O gráfico resultante irá mostrar, no mesmo plano cartesiano, os pontos referentes aos custos reais e projetados, de forma que será possível visualizar o erro do modelo para a previsão dos custos de processo (Figura 1.13). Apenas observando o gráfico da Figura 1.13, conclui-se que o modelo escolhido para o cálculo do custo de processo não está representando bem os dados reais. Além de estimar valores muito diferentes dos verdadeiros, o modelo é tendencioso, pois abaixo de determinada quantidade de pastéis produzidos ele superestima os valores do custo de processo e, acima desse ponto, subestima. Comparação do custo de processo (real H modelo).
  • 49. Figura 1.14 Solicitação de adição de linha de tendência. Já que a equação ‘Custo de processo = R$ 0,40 H Número de pastéis produzidos’ não é um bom modelo para explicar o comportamento real dos custos de processo, é preciso encontrar uma equação que melhor represente os dados reais. Uma técnica muito útil para descobrirmos funções que expliquem satisfatoriamente as relações entre variáveis consiste em, a partir do gráfico com os dados reais, solicitar ao Excel a adição de uma linha de tendência (trend line). Essa ferramenta tentará encontrar uma curva (e sua equação) que melhor se aproxime dos dados reais.
  • 50. Figura 1.15 Tipos disponíveis de linha de tendência e solicitação de equação ao gráfico. O procedimento para a inclusão de uma linha de tendência é muito simples. Deve-se: (1) clicar com o botão direito do mouse sobre os pontos dos dados reais representados no gráfico e selecionar a opção ‘Adicionar
  • 51. linha de tendência’ (Figura 1.14); (2) escolher a curva que mais se assemelhe ao desenho formado pelos dados reais; e (3) solicitar que seja exibida a equação da curva adicionada, clicando no quadrado à esquerda da opção (Figura 1.15). Feito isso, o Excel automaticamente exibirá sobre o gráfico a linha de tendência calculada e sua equação (Figura 1.16). Escolhemos primeiro verificar o ajuste linear (Figura 1.16). Observando o gráfico, nota-se instantaneamente que a linha adicionada representa os dados reais de uma forma muito superior à da equação que estávamos utilizando para calcular o custo de processo em nosso modelo. Assim, se substituirmos a fórmula anterior (Custo de processo = Número de pastéis produzidos H R$ 0,40) pela equação da linha de tendência linear (Custo de processo = 0,7868 H Número de pastéis produzidos – 6372,7), teremos um modelo final de lucros mensais para a Pastéis e Pastelões Ltda. mais adequado. Contudo, será que a função linear é realmente a que melhor representa o custo de processo? Os dados reais marcados no gráfico não formam uma reta perfeita: eles apresentam certa curvatura. Assim, repetindo o procedimento anterior e solicitando diferentes tipos de linhas de tendência, pode-se, por meio da análise gráfica, compará-las e escolher a melhor. Na Figura 1.17 visualiza-se a linha de tendência do tipo exponencial. Ao comparar seu ajustamento aos dados reais com o ajustamento linear calculado anteriormente, constata-se que a função exponencial explica melhor o custo de processo, pois gera resultados mais próximos da realidade que a linear. Comparando as duas linhas de tendência adicionadas, constata-se que a função exponencial é a que melhor se ajusta aos dados reais, sendo, portanto, a que melhor representa o comportamento do custo de processo.
  • 52. Figura 1.16 Linha de tendência linear e sua respectiva equação matemática.
  • 53. Figura 1.17 Linha de tendência exponencial e sua respectiva equação matemática. Por conseguinte, ao se substituir a fórmula utilizada anteriormente para o cálculo do custo de processo (Custo de processo = R$ 0,40 H Número de pastéis produzidos) pela equação exponencial encontrada Custo de processo = 1305,536e0,0001(número de pastéis) refina-se o modelo de lucros mensais da Pastéis e Pastelões Ltda., tornando-o mais representativo da realidade (Figura 1.18). Projeção do tipo Se-Então Uma projeção do tipo Se-Então (If-Then) é exatamente o que seu nome sugere. Após definir o modelo e todas as relações entre as variáveis, pode-se fazer uma análise do comportamento da variável (ou das variáveis) de saída a
  • 54. partir de diferentes valores das variáveis de decisão e/ou parâmetros. Esse tipo de projeção permite fazer uma análise da sensibilidade do modelo, isto é, em quanto e em que proporção o resultado final é modificado a partir de alterações nos valores das variáveis de decisão. Agora que já obtivemos o modelo definitivo para o problema da empresa, pode-se verificar a sensibilidade do lucro mensal a modificações no preço de venda do pastel. Tornar possível essa análise é extremamente simples: é preciso apenas copiar as células com as relações do modelo em algumas colunas e, então, estabelecer preços de venda diferentes e crescentes ao longo das colunas (Figura 1.19). Conforme se pode observar na Figura 1.19, o comportamento do lucro mensal da Pastéis e Pastelões Ltda. em relação ao preço de venda do pastel não é linear, pois mostra-se crescente até o preço de venda unitário de R$ 7,00 (em torno de) e decrescente após esse ponto.
  • 55. Figura 1.18 Melhor adequação do modelo do caso Pastéis e Pastelões Ltda.
  • 56. Figura 1.19 Análise de sensibilidade do lucro mensal em relação ao preço de venda. Na Figura 1.20 visualiza-se graficamente essa relação entre o preço de venda do pastel e o lucro mensal. Pelo gráfico, torna-se ainda mais fácil constatar que o preço de venda que maximiza o lucro mensal da empresa é em torno de R$ 7,00 por unidade de pastel. Comando ‘Atingir meta’ (Goal seek) Uma maneira precisa de encontrar valores de saída específicos para um modelo consiste no uso de um comando do Excel denominado ‘Atingir meta’. Esse comando procura automaticamente o valor solicitado para uma
  • 57. Figura 1.20 única variável de saída a partir de uma única variável de entrada. Uma aplicação bastante útil dessa ferramenta é na análise do ponto de equilíbrio do negócio (break even point), ou seja, nesse caso, o preço de venda que gera um lucro mensal igual a zero. Para obter esse valor, deve-se, com base no modelo definitivo (Figura 1.21), selecionar o comando ‘Atingir meta’ (Figura 1.22). No quadro de opções do comando, deve-se selecionar a célula que contém o resultado do lucro mensal para o valor zero, variando o valor da célula do preço de venda unitário do pastel (Figura 1.23). A Figura 1.24 apresenta o resultado do comando. Nela, verifica-se que o preço de R$ 4,30 gera um lucro mensal igual a zero, o que corresponde a uma demanda de aproximadamente 28.490 pastéis. Representação gráfica da análise de sensibilidade do lucro mensal em relação ao preço de venda.
  • 58. Figura 1.21 Figura 1.22 Modelo definitivo do caso Pastéis e Pastelões Ltda. Menu de dados — Atingir meta (Goal seek).
  • 59. Figura 1.23 Figura 1.24 Comando ‘Atingir meta’. Resultado da análise de ponto de equilíbrio.
  • 60. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ 1.7 Modelos de programação matemática Em diversos lugares do mundo existe a escassez de certo produto ou matéria- prima, pela dificuldade de produção e/ou de obtenção, entre outras razões. Tal dificuldade exige que esses recursos escassos sejam empregados de forma mais eficiente e eficaz. Busca-se, portanto, maximizar ou minimizar uma quantidade (lucro, custo, receita, número de produtos, entre outros), chamada de objetivo, que depende de um ou mais recursos escassos. Esses processos de otimização de recursos são aplicados a diversas áreas e, entre elas, podemos citar: Determinação de mix de produtos. Escalonamento de produção. Roteamento e logística. Planejamento financeiro. Carteiras de investimento. Análise de projetos. Alocação de recursos de mídia. Designação de equipe. A área que estuda a otimização de recursos é denominada programação matemática. Nela, a quantidade a ser maximizada ou minimizada é descrita como uma função matemática dos recursos (variáveis de decisão) escassos. As relações entre as variáveis são formalizadas por meio de restrições ao problema expressas como equações e/ou inequações matemáticas. De uma maneira geral, os problemas de programação matemática podem ser representados da seguinte forma:
  • 61. bi ■ ■ xj X f(X) gi(X) n m em que: — representa as quantidades das variáveis utilizadas: (j = 1, 2,..., n) — representa a quantidade disponível de determinado recurso: (i = 1, 2,..., m) — vetor de (x1, x2, ..., xn) — função-objetivo — funções utilizadas nas restrições do problema: (i = 1, 2,..., m) — número de variáveis de decisão — número de restrições do modelo Por ser muito extensa, a área é subdividida em áreas menores, dependendo do tipo das funções utilizadas nas funções-objetivo e restrições. Entre essas, podemos citar: Programação linear: programação matemática em que todas as funções- objetivo e restrições são representadas por funções lineares. Programação não linear: programação matemática em que pelo menos uma das funções-objetivo ou restrições são representadas por funções não lineares. Entre os diversos tipos destacam-se a programação côncava, convexa e quadrática. Nos próximos capítulos falaremos mais detalhadamente sobre cada um
  • 62. desses tipos de problemas e a maneira mais adequada para resolvê-los.
  • 63. ■ ■ ■ ■ ■ ■ 2 Programação linear Este capítulo é uma introdução à resolução de problemas de programação linear. Nele, o aluno iniciará sua experiência pela resolução gráfica, que tem a finalidade de explorar as possíveis soluções nesse tipo de problema. Em seguida serão abordados os métodos analítico e tabular, que servirão para mostrar como efetivamente podemos implementar em computador, pelo método simplex, a resolução de programação linear. Neste capítulo serão tratados os seguintes tópicos de programação linear: Resolução gráfica. Tipos de soluções. Resolução analítica. Teoremas de programação linear. Resolução tabular. Resolução de problemas de forma não padrão. Como foi dito anteriormente, um problema de programação linear (PPL) é um problema de programação matemática em que as funções-objetivo e de restrição são lineares, isto é:
  • 64. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ em que: f(X) = f(x1, x2, ..., xn) = c1x1 + c2x2 + ... + cnxn gi(x1, x2, ..., xn) = ai1x1 + ai2x2 + ai3x3+ ... + ainxn (i = 1, ..., m) n é o número de variáveis do problema m é o número de restrições do problema i é o índice de determinada restrição (i = 1, 2, ..., m) j é o índice de determinada variável (j = 1, 2, ..., n) cj é o coeficiente (constante) da variável xj, da função-objetivo aij é o coeficiente (constante) na i-ésima restrição e da variável xj bi é a constante da i-ésima restrição Dentre as áreas de aplicação de programação linear encontramos: Administração da produção Análise de investimentos Alocação de recursos limitados Planejamento regional Logística Custo de transporte Localização da rede de distribuição Alocação de recursos de publicidade entre diversos meios de comunicação
  • 65. ■ Diremos que um problema de programação linear está em sua forma- padrão se tivermos uma maximização da função-objetivo e se todas as restrições forem do tipo menor ou igual, bem como se os termos constantes (bi) e as variáveis de decisão assumirem valores não negativos. Matematicamente, podemos representar um problema na forma-padrão por: Max z = c1x1 + c2x2 + ...+ cnxn Sujeito a restriçães a11x1 + a12x2 + ...+ a1nxn ≤ b1 a21x1 + a22x2 + ...+ a2nxn ≤ b2 am x1 + am2x2 + ...+ amnxn ≤ bm x1, x2, ..., xn ≤ 0 ou na forma de reduzida: A fim de facilitar nossa explicação, os tipos de padronização de terminologia devem ser introduzidos. Entendemos por: Solução: qualquer especificação de valores, dentro do domínio da função- objetivo, f(X), para as variáveis de decisão, independentemente de se
  • 66. ■ ■ ■ ■ ■ ■ tratar de uma escolha desejável ou permissível. Solução viável: uma solução em que todas as restrições são satisfeitas. Solução ótima: uma solução viável que tem o valor mais favorável da função-objetivo, f(X), isto é, maximiza ou minimiza a função-objetivo, podendo ser única ou não. Todo problema de programação linear parte de algumas hipóteses que são consideradas quando tentamos resolvê-lo: Proporcionalidade: o valor da função-objetivo é diretamente proporcional ao valor de cada variável de decisão. Aditividade: considera as atividades (variáveis de decisão) do modelo como entidades totalmente independentes, não permitindo que haja interdependência entre elas, isto é, não permitindo a existência de termos cruzados, tanto na função-objetivo como nas restrições. Divisibilidade: supõe-se que todas as variáveis de decisão possam ser divididas em qualquer número de partes, isto é, qualquer variável de decisão pode assumir qualquer valor fracionário. Certeza: considera-se que todos os parâmetros do modelo sejam constantes e conhecidos. Em problemas reais, a hipótese de certeza quase nunca é satisfeita, provocando a necessidade de análise de sensibilidade dos resultados. 2.1 Problemas de programação linear — Resolução gráfica Quando envolve apenas duas variáveis de decisão, a solução ótima de um problema de programação linear pode ser encontrada graficamente. Considere o seguinte problema de programação linear:
  • 67. Max Z = 5x1 + 2x2 s.r. x1 ≤ 3 (a) x2 ≤ 4 (b) x1 + 2x2 ≤ 9 (c) x1, x2 ≥ 0 (d) Para resolvê-lo graficamente, o primeiro passo é estabelecer os dois eixos que irão representar as quantidades de x1 e x2. O passo seguinte é encontrar o conjunto de soluções viáveis do problema. Para tal, podemos utilizar a representação gráfica imposta por cada uma das restrições, ou seja, determinar qual subárea do plano x1 × x2 seria aceita por cada restrição. Algumas dessas restrições são de fácil interpretação. As restrições (a), (b) e (d) impõem o conjunto de soluções viáveis representado na Figura 2.1. A restrição (c) não pode ser representada imediatamente. Para podermos fazê-lo, devemos nos lembrar da representação de uma reta em R2 . Se consideramos x1 a variável independente e x2 a variável dependente (x2 sendo uma função de x1), a equação de uma reta é dada por x2 = ax1 + b, em que a é o coeficiente angular da reta e b é o coeficiente linear. Como temos uma inequação do tipo menor ou igual, todos os pontos abaixo e sobre a reta satisfazem a restrição. Portanto, podemos analiticamente definir: x1 + 2x2 ≤ 9 2x2 ≤ 9 – x1
  • 68. Figura 2.1 Representação gráfica do conjunto de soluções viáveis para (a), (b) e (d). Graficamente, podemos representar o conjunto de soluções viáveis por meio da Figura 2.2. Um procedimento simples, porém não muito eficiente, consiste em atribuir valores a Z, tornando a função-objetivo uma equação de uma reta. Por um processo de tentativa e erro, podemos chegar ao valor ótimo verificando a existência de pontos da reta que fazem parte do conjunto de soluções viáveis. Ao encontrarmos o maior valor de Z possível, estaremos encontrando o valor máximo para a função-objetivo sob esse conjunto de restrições. Esse procedimento pode ser representado como mostrado na Figura 2.3. Nesse caso, o máximo valor de Z é igual a 21, em uma solução ótima de x1 = 3 e x2 = 3. O mesmo procedimento pode ser utilizado para obter uma solução ótima para um problema de minimização. Considere o seguinte problema:
  • 69. Min Z = 7x1 + 9x2 s.r. – x1 + x2 ≤ 2 x1 ≤ 5 x2 ≤ 6 3x1 + 5x2 ≥ 15 5x1 + 4x2 ≥ 20 x1, x2 ≥ 0 Primeiro, devemos encontrar o conjunto de soluções viáveis a partir do conjunto de restrições. A Figura 2.4 representa o conjunto de soluções viáveis. Utilizando, então, o mesmo procedimento de tentativa e erro (Figura 2.5) usado no problema de maximização, podemos chegar à solução mínima. Algumas vezes, uma ou mais restrições não participam da determinação do conjunto de soluções viáveis. Essas restrições são denominadas redundantes. Em outras palavras, uma restrição é dita redundante quando sua exclusão do conjunto de restrições não altera o conjunto de soluções viáveis de um problema. Portanto, toda vez que existirem restrições redundantes em um PPL, existirá outro problema sem essa restrição com o mesmo conjunto de soluções viáveis e a mesma solução ótima.
  • 70. Figura 2.2 Figura 2.3 Representação gráfica do conjunto de soluções viáveis do problema. Procedimento de procura da solução ótima.
  • 71. Figura 2.4 Conjunto de soluções viáveis do problema de minimização.
  • 72. Figura 2.5 Processo de tentativa e erro para minimização do problema. Com o mesmo processo de otimização usado até agora, podemos determinar o conjunto de soluções viáveis do problema a seguir, representado na Figura 2.6. Min Z = 6x1 + 10x2 s.r. – x1 + x2 ≤ 2 x1 + 2x2 ≥ 1 x1 ≤ 5 x1 ≤ 6 3x1 + 5x2 ≥ 15 5x1 + 4x2 ≥ 20 x1, x2 ≥ 0 Como podemos notar, a restrição x1 + 2x2 ≥ 1 não participa da determinação do conjunto de soluções viáveis, já que, nesse caso, 3x1 + 5x2 ≥ 15 é dominante sobre ela. Logo, a primeira restrição é redundante nesse problema, podendo ser retirada dele sem afetar sua solução ótima. Um problema de programação linear também pode apresentar mais de uma solução ótima, um ou mais conjuntos de valores que produzem o melhor valor possível na função-objetivo. Considere o problema a seguir. Min Z = 6x1 + 10x2 s.r.
  • 73. Figura 2.6 –x1 + x2 ≤ 2 x1 ≤ 5 x2 ≤ 6 3x1 + 5x2 ≥ 15 5x1 + 4x2 ≥ 20 x1, x2 ≥ 0 Com o mesmo procedimento usado até agora, poderíamos determinar o conjunto de soluções viáveis e as soluções ótimas. A Figura 2.7 representa as soluções ótimas encontradas. Restrições redundantes.
  • 74. Figura 2.7 Múltiplas soluções ótimas. Como podemos notar, o coeficiente angular da reta limite da restrição 3x1 + 5x2 ≥ 15 é igual a –0,6, que coincide com o coeficiente angular da reta da função-objetivo. Nesse caso, todos os pontos que formam esse lado do polígono serão simultaneamente soluções ótimas do problema. Outro caso especial pode ocorrer quando da resolução de um PPL. Observe o que acontece quando tentamos resolver o seguinte problema. Max Z = 6x1 + 10x2 s.r. –x1 + x2 ≤ 2 x2 ≤ 6 3x1 + 5x2 ≥ 15 5x1 + 4x2 ≥ 20
  • 75. x1, x2 ≥ 0 Usando o mesmo procedimento anterior, podemos encontrar o conjunto de soluções viáveis representado na Figura 2.8. Como podemos observar nessa figura, não existe limite ao crescimento de x1, o que nos leva a concluir que também não existirá limite ao crescimento do valor de Z (função-objetivo). Portanto, nesse caso, existem infinitas soluções viáveis e o problema é dito ilimitado, isto é, a solução viável existe, porém não conseguimos determinar a solução ótima. O último caso especial de um PPL que gostaríamos de ressaltar é exatamente o oposto do exemplo anterior. Nesse caso, em vez de existirem infinitas soluções viáveis, o conjunto dessas soluções será vazio, isto é, não existirão soluções para o problema. Considere o seguinte problema: Max Z = x1 + x2 s.r. x1 + x2 ≤ 12 x1 + x2 ≥ 20 x1, x2 ≥ 0 Por meio da análise gráfica, poderemos novamente encontrar o conjunto de soluções viáveis (vazio), representado na Figura 2.9.
  • 76. Figura 2.8 Figura 2.9 Conjunto de soluções viáveis de um PPL com solução ilimitada. Conjunto de soluções viáveis (vazio) de um PPL inviável. Exercícios 2.1
  • 77. 1. 2. 3. Obtenha graficamente a solução ótima para o problema abaixo por meio do deslocamento da função-objetivo: Max Z = 4x1 + 3x2 s.r. x1 + 3x2 ≤ 7 2x1 + 2x2 ≤ 8 x1 + x2 ≤ 3 x2 ≤ 2 x1, x2 ≥ 0 Resolva o seguinte problema de programação linear por meio da análise gráfica, deslocando a função-objetivo: Min Z = x1 + 2x2 s.r. x1 + x2 ≥ 1 – 5x1 + 2x2 ≥ –10 3x1 + 5x2 ≥ 15 x1, x2 ≥ 0 Solucione o problema de programação linear abaixo utilizando o método de deslocamento da função-objetivo:
  • 78. 4. 5. Max Z = 4x1 + 8x2 s.r. 3x1 + 2x2 ≤ 18 x1 + x2 ≤ 5 x1 ≤ 4 x1, x2 ≥ 0 Resolva o seguinte problema de programação linear por meio do deslocamento da função-objetivo: Min Z = 8x1 + 10x2 s.r. – x1 + x2 ≤ 2 4x1 + 5x2 ≥ 20 x1 ≤ 6 x2 ≥ 4 x1, x2 ≥ 0 Obtenha graficamente a solução ótima do problema de programação linear a seguir: Max Z = x1 + 3x2 s.r. 4x1 + x2 ≥ 30 10x1 + 2x2 ≤ 10
  • 79. 6. 7. x1, x2 ≥ 0 A indústria Alumilâminas S.A. iniciou suas operações há um mês e vem conquistando espaço no mercado brasileiro de laminados, com contratos fechados de fornecimento para todos os três tipos diferentes de lâminas de alumínio que fabrica: espessuras fina, média e grossa. Toda a produção da companhia é realizada em duas fábricas, uma localizada em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro. Segundo os contratos fechados, a empresa precisa entregar 16 toneladas de lâminas finas, 6 toneladas de lâminas médias e 28 toneladas de lâminas grossas. Devido à qualidade dos produtos da Alumilâminas S.A., há uma demanda extra para cada tipo de lâmina. A fábrica de São Paulo tem um custo de produção diária de R$ 100.000,00 para uma capacidade produtiva de 8 lâminas finas, 1 lâmina média e 2 lâminas grossas por dia. O custo de produção diário da fábrica do Rio de Janeiro é de R$ 200.000,00 para uma produção de 2 lâminas finas, 1 lâmina média e 7 lâminas grossas. Quantos dias cada uma das fábricas deverá operar para atender aos pedidos ao menor custo possível? (Resolva pela análise gráfica.) Um pizzaiolo trabalha 8 horas por dia e faz 16 pizzas por hora, caso faça somente pizzas, e 9 calzones por hora, se fizer somente calzones. Ele gasta 40 g de queijo para preparar uma pizza e 60 g de queijo para fazer um calzone. Sabendo que o total disponível de queijo é de 5 kg por dia, e que a pizza é vendida a R$ 18,00 e o calzone a R$ 22,00, pergunta-se: quantas unidades de pizzas e calzones uma pizzaria deve vender diariamente para maximizar a sua receita, considerando que ela tem três pizzaiolos? (Resolva pela análise gráfica.)
  • 80. 8. 9. 10. A Esportes Radicais S.A. produz paraquedas e asas-delta em duas linhas de montagem. A primeira linha tem 100 horas semanais disponíveis para a fabricação dos produtos, e a segunda linha tem um limite de 42 horas semanais. Cada um dos produtos requer 10 horas de processamento na linha 1, enquanto na linha 2 o paraquedas requer 3 horas e a asa-delta, 7 horas. Sabendo que o mercado está disposto a comprar toda a produção da empresa e que o lucro unitário do paraquedas é de R$ 60,00 e o da asa-delta é de R$ 40,00, encontre a programação de produção que maximize o lucro da Esportes Radicais S.A. (Resolva pela análise gráfica.) A empresa Have Fun S.A. produz uma bebida energética muito consumida pelos frequentadores de danceterias noturnas. Dois dos componentes utilizados na preparação da bebida são soluções compradas de laboratórios terceirizados — solução Red e solução Blue — que proveem os principais ingredientes ativos do energético: extrato de guaraná e cafeína. A companhia quer saber quantas doses de 10 ml de cada solução deve incluir em cada lata da bebida, para satisfazer as exigências mínimas padronizadas de 48 g de extrato de guaraná e 12 g de cafeína e, ao mesmo tempo, minimizar o custo de produção. Por acelerar o batimento cardíaco, a norma-padrão também prescreve que a quantidade de cafeína seja de, no máximo, 20 g por lata. Uma dose da solução Red contribui com 8 g de extrato de guaraná e 1 g de cafeína, enquanto uma dose da solução Blue contribui com 6 g de extrato de guaraná e 2 g de cafeína. Uma dose de solução Red custa R$ 0,06 e uma dose de solução Blue custa R$ 0,08. (Resolva pela análise gráfica.) A empresa de logística Deixa Comigo S.A. tem uma frota de
  • 81. caminhões para realizar transportes de cargas para terceiros. A frota é composta por caminhões médios com condições especiais para transportar sementes e grãos prontos para o consumo, como arroz e feijão. A frota tem uma capacidade de peso de 70.000 kg e um limite de volume de 30.000 m3 . O próximo contrato de transporte refere-se a uma entrega de 100.000 kg de sementes e 85.000 kg de grãos, sendo que a Deixa Comigo S.A. pode aceitar levar tudo ou somente uma parte da carga, deixando o restante para outra transportadora. O volume ocupado pelas sementes é de 0,4 m3 por kg, e o volume dos grãos é de 0,2 m3 por kg. Sabendo que o lucro para transportar as sementes é de R$ 0,12 por kg e o lucro para transportar os grãos é de R$ 0,35 por kg, descubra quantos quilogramas de sementes e de grãos a Deixa Comigo S.A. deve transportar para maximizar o seu lucro. (Resolva pela análise gráfica.) 2.2 Resolução analítica O método utilizado na seção anterior só pode ser empregado quando existem duas ou, no máximo, três variáveis (de difícil visualização). Quando esse limite for ultrapassado, uma maneira de tentar resolver o problema é a utilização do método analítico. Para tal, utilizaremos o procedimento representado na Figura 2.10. Considere o problema abaixo, proposto por Chvátal (1980). Ele está na forma-padrão, por se tratar de um problema de maximização, com apenas restrições do tipo menor ou igual e constantes das restrições e variáveis de decisão não negativas.
  • 82. Figura 2.10 Fluxo de resolução analítica. Max Z = 5x1 + 5x2 + 3x3 s.r. x1 + 3x2 + x3 ≤ 3 –x1 + 3x3 ≤ 2 2x1 – x2 + 2x3 ≤ 4 2x1 + 3x2 – x3 ≤ 2 x1, x2, x3 ≥ 0 O primeiro passo do nosso procedimento é a determinação de uma solução inicial viável, que será iterativamente melhorada. Se, em vez de inequações, tivéssemos um conjunto de equações, vários procedimentos tradicionais de cálculo poderiam ser utilizados para encontrar
  • 83. a primeira solução. Portanto, nosso primeiro passo é transformar o conjunto de restrições em um conjunto de equações equivalentes, com a introdução de variáveis que representarão a folga entre os lados direito (right hand side — RHS) e esquerdo (left hand side — LHS) das inequações (por se tratar de um problema na forma-padrão). No conjunto de equações a seguir, as variáveis x4, x5, x6 e x7 representam a diferença entre os LHS e os RHS das restrições. Desde que todas as variáveis sejam maiores ou iguais a zero, os sinais das inequações serão garantidos e tornarão o conjunto de equações equivalente ao conjunto de restrições. x4 = 3 – x1 – 3x2 – x3 x5 = 2 + x1 – 3x3 x6 = 4 – 2x1 + x2 – 2x3 x7 = 2 – 2x1 – 3x2 + x3 Condição de não negatividade x1, x2, x3, x4, x5, x6, x7 ≥ 0 As novas variáveis são denominadas variáveis de folga por representarem a diferença entre o LHS e o RHS. Se adicionarmos a equação Z = 5x1 + 5x2 + 3x3, que representa a função-objetivo, o conjunto resultante de equações receberá o nome de dicionário.
  • 84. x4 = 3 – x1 – 3x2 – x3 x5 = 2 + x1 – 3x3 x6 = 4 – 2x1 + x2 – 2x3 x7 = 2 – 2x1 – 3x2 + x3 Z = 5x1 + 5x2 + 3x3 Por questão de terminologia, definiremos como variáveis básicas as que se encontram do lado esquerdo das expressões de um dicionário, e como variáveis não básicas as que se encontram do lado direito das expressões do dicionário. O número de elementos dos conjuntos de variáveis básicas (base) e não básicas é fixo para cada problema. A cada nova solução, as variáveis básicas e não básicas se alternam. Em cada ciclo do processo de busca de uma solução ótima, uma variável entra na base e outra sai e vai para o conjunto de variáveis não básicas. Vale notar que nosso sistema possui 8 variáveis e 5 equações. Portanto, para encontrar uma solução para ele, devemos atribuir valores a três variáveis e então utilizar métodos matemáticos para resolvê-lo. Poderemos agora encontrar facilmente a solução inicial para o nosso problema. Se atribuirmos o valor zero a todas as variáveis não básicas, isto é, x1, x2 e x3, poderemos determinar os valores de todas as outras variáveis por mera substituição de valores. No nosso caso, os valores são: x4= 3, x5 = 2, x6 = 4, x7 = 2 e Z = 0. Naturalmente, esse não será o valor máximo para Z, exceto por muita coincidência, mas com certeza será uma solução viável para o nosso problema. Essa solução viável obtida pela atribuição do valor zero a todas as variáveis não básicas (à direita do conjunto de equações) é chamada de solução óbvia. A Figura 2.11 representa a transformação do problema de
  • 85. maximização em um dicionário com sua solução óbvia viável. Como desejamos maximizar Z = 5x1 + 5x2 + 3x3, podemos facilmente verificar que essa não é a solução ótima. Um incremento em qualquer uma das variáveis, x1, x2 ou x3 (que nessa solução têm valores iguais a zero), fará Z aumentar de valor, já que os coeficientes dessas variáveis são positivos na linha Z do dicionário. Devemos, portanto, escolher uma variável para ser incrementada a fim de prosseguirmos no intuito de maximizar o valor de Z. Qualquer uma das variáveis citadas poderia ser escolhida. Um critério poderia ser o de selecionar aquela variável que, para um mesmo incremento de valor, gerasse maior incremento em Z, isto é, aquela que apresentasse o maior coeficiente positivo na linha Z do dicionário. Outro critério, mais utilizado por motivos de eficiência computacional, é escolher a primeira variável da equação Z que apresente coeficiente positivo. Esse será o critério a ser utilizado no decorrer deste livro. No nosso caso, isso nos leva a selecionar a variável x1, para ser incrementada a partir de seu valor original (zero) para o maior valor positivo possível. Em cada ciclo do nosso processo, iremos alterar apenas uma variável do conjunto de variáveis básicas, isto é, apenas uma variável entrará na base e, consequentemente, uma sairá, a fim de que o número total de variáveis básicas e não básicas permaneça o mesmo. No nosso caso, a variável x1 entrará na base. Precisamos encontrar uma variável que cederá o lugar na base para a variável x1, isto é, determinar a variável que sairá da base. Como apenas uma das variáveis que não pertence à base entrará, as demais permanecerão com o mesmo valor (igual a zero) na solução óbvia do próximo dicionário. Logo, se observarmos em nosso dicionário as linhas referentes às restrições, considerando x2 e x3 iguais a zero, chegaremos a:
  • 86. Figura 2.11 Figura 2.12 x4 = 3 – x1 x5 = 2 + x1 x6 = 4 – 2x1 x7 = 2 – 2x1 Transformação do problema de PL em dicionário de equações. Análise gráfica imposta ao crescimento de x1. Como x4, x5, x6 e x7 devem ser maiores ou iguais a zero por restrições do nosso problema, então: x4 = 3 – x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≤ 3
  • 87. x5 = 2 + x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≥ –2 x6 = 4 – 2x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≤ 2 x7 = 2 – 2x1 ≥ 0 ⇒ x1 ≤ 1 Analisando graficamente (Figura 2.12) sobre o eixo dos números reais as restrições anteriores, notaremos que a restrição que impõe maior limitação ao crescimento de x1 é imposta pela última equação (x7). O intervalo [0; 1] contém o conjunto de soluções viáveis para x1 (0 ≤ x1 ≤ 1). Como desejamos maximizar o valor de Z, devemos fazer com que x1 assuma o valor máximo, isto é, o valor 1. Para que isso aconteça, devemos alterar o valor de x7, já que x7 = 2 – 2 x1 (considerando x2 = x3 = 0), isto é, x7 = 0. Vale ressaltar que, se o valor de x1 ultrapassasse o valor de 1, x7 seria menor do que zero, o que tornaria a solução inviável. Para modificarmos o dicionário atual de forma a contemplar essa alteração, devemos expressar a variável que entrará na base, x1, como uma função das novas variáveis não básicas (x2, x3, x7). Isso pode ser feito levando a variável x1 para o lado esquerdo e x7 para o lado direito da equação que apresenta as duas variáveis simultaneamente. Logo: x7 = 2 − 2x1 – 3x2 + x3 Dicionário atual ⇕ x1 = 1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7 Novo dicionário Podemos, então, substituir o valor de x1 em função de x2, x3, x7 (nova equação) em todas as outras equações do dicionário atual, obtendo assim o novo dicionário. x4 = 3 − x1 − 3x2 − x3 Dicionário atual ⇕ x4 = 3 − (1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) − 3x2 − x3 x4 = 2 − 1,5x2 − 1,5x3 + 0,5x7 Novo dicionário
  • 88. x5 = 2 + x1 − 3x3 Dicionário atual ⇕ x5 = 2 + (1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) −3x3 x5 = 3 − 1,5x2 − 2,5x3 − 0,5x7 Novo dicionário x6 = 4 − 2x1 + x2 − 2x3 Dicionário atual x6 = 4 − 2(1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) + x2 − 2x3 x6 = 2 + 4x2 − 3x3 + x7 Novo dicionário Z = 5x1 + 5x2 + 3x3 Dicionário atual ⇕ Z = 5(1 − 1,5x2 + 0,5x3 − 0,5x7) + 5x2 + 3x3 Z = 5 − 2,5x2 + 5,5x3 − 2,5x7 Novo dicionário Colocando todas as novas equações juntas, chegamos ao novo dicionário a seguir. Dicionário inicial Dicionário após a 1 a iteração x4 = 3 – x1 – 3x2 – x3 x4 = 2 – 1,5x2 – 1,5x3 + 0,5x7 x5 = 2 + x1 – 3x2 x5 = 3 – 1,5x2 – 2,5x3 – 0,5x7 x6 = 4 – 2x1 + x2 – 2x3 x6 = 2 + 4x2 – 3x3 + x7 x7 = 2 – 2x1 – 3x2 + x3 x1 = 1 – 1,5x2 + 0,5x3 – 0,5x7 Z = 5x1 + 5x2 + 3x3 Z = 5 – 2,5x2 + 5,5x3 – 2,5x7 Com o novo dicionário, podemos também chegar a uma nova solução. Atribuindo a todas as variáveis do lado direito das equações o valor zero, podemos obter a seguinte solução após a primeira iteração (x1 = 1, x2 = 0, x3 = 0, x4 = 2, x5 = 3, x6 = 2, x7 = 0) e Z = 5. Duas observações devem ser feitas. Primeiro, os valores de x1 = 1 e x7 = 0. Esses valores foram encontrados anteriormente. Depois, o novo valor de Z, que passou de 0 na solução inicial para 5 após a primeira iteração. Logo, estamos caminhando na direção correta, isto é, da maximização do valor de Z. Observando a linha Z do novo dicionário, verificamos que o coeficiente de x3 é positivo, o que significa que o valor de Z aumentaria se o valor de x3 fosse aumentado de zero (seu valor atual) para algum valor positivo. Logo, a
  • 89. nova solução encontrada não é a ótima. Portanto, devemos seguir os mesmos passos para obter uma nova solução viável. A variável que entrará na base será x3, já que nenhuma outra variável fora da base tem coeficiente positivo. O passo seguinte é achar a variável que sairá da base. Considerando x2 = x7 = 0, reduzimos o dicionário às equações abaixo. x4 = 2 – 1,5x3 x5 = 3 – 2,5x3 x6 = 2 – 3x3 x1 = 1 + 0,5x3 Como todas as variáveis devem ser maiores ou iguais a zero, temos as seguintes restrições ao crescimento de x3: x4 = 2 – 1,5x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≤ 4/3 x5 = 3 – 2,5x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≤ 6/5 x6 = 2 – 3 x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≤ 2/3 x1 = 1 + 0,5x3 ≥ 0 ⇒ x3 ≥ –2 A restrição mais rigorosa é a imposta pela equação de x6, que, portanto, deve deixar a base. O valor máximo que x3 poderá assumir é de 2/3, o que fará com que x6 seja levado a zero, já que x6 = 2 – 3x3. Como apenas uma das equações apresenta ambas as variáveis (a que entra e a que sai da base) simultaneamente, podemos utilizá-la para explicitar x3
  • 90. como uma função de x2, x6 e x7 e, depois, utilizar esse valor para obter as outras equações do novo dicionário. Dicionário após a 1 a iteração Dicionário após a 2 a iteração Substituindo o valor de x3 nas outras equações do dicionário da 1 a iteração, podemos obter o dicionário completo após a 2 a iteração. Tente obter o novo dicionário. Dicionário após a 2 a iteração Solução após a 2 a iteração
  • 91. Mais uma vez, Z teve seu valor aumentado (de 5 para 26/3). A variável de entrada (x3) foi para o máximo permitido (2/3) e a variável que deixa a base (x6) foi levada ao valor zero. Como a linha Z do dicionário da 2 a iteração ainda apresenta um coeficiente positivo na variável x2, podemos afirmar que o valor de Z ainda poderá ser incrementado se a variável x2 for aumentada de zero para qualquer valor positivo. Portanto, mais uma iteração deverá ser efetuada, pois a solução ótima ainda não foi encontrada. Executando um novo ciclo de nosso procedimento, a variável x2 entra na base e a variável x5 sai dela (verifique por que isso acontece). Chegaremos ao seguinte dicionário após a 3 a iteração: Dicionário após a 3 a iteração Solução após a 3 a iteração
  • 92. Como nenhuma variável na linha Z do dicionário após a 3 a iteração apresenta coeficiente positivo, nenhuma variável fora da base (x5, x6 e x7) pode ser incrementada a partir de seus valores atuais (zero) para qualquer valor positivo sem que o valor da função-objetivo (Z) diminua. Logo, chegamos ao melhor valor possível para a nossa função-objetivo, isto é, o seu valor máximo (Z = 10), ou seja, x1 = 32/29, x2 = 8/29, x3 = 30/29, x4 = 1/29, x5 = 0, x6 = 0 e x7 = 0 constituem a nossa solução ótima. Esses valores correspondem àqueles que, colocados em nosso problema original, resultariam no melhor valor para Z sem que nenhuma das restrições fosse rompida. Do lado direito da Figura 2.13 são apresentados os valores da solução ótima substituídos nas restrições. Como podemos notar, nem todas as restrições chegam a seu limite (igualam LHS a RHS). Existe uma relação entre as variáveis de folga (x4, x5, x6 e x7) e os valores da diferença do LHS e do RHS das restrições. Isso porque as variáveis de folga representam essa diferença. Portanto, não é por acaso que x4 assumiu o valor de 1/29 na solução ótima e que o valor da diferença do LHS e do RHS da 1 a restrição é 1/29 (3 2 86/29). Pela mesma lógica, as diferenças nas outras três restrições são iguais a zero, já que as outras três variáveis de folga apresentam valor igual a zero. Podemos resumir o procedimento analítico na Figura 2.14, na qual são destacadas as diversas etapas realizadas no problema anterior. Deveríamos, por fim, fazer uma comparação entre os procedimentos iterativo e gráfico. Se ambos os métodos podem ser utilizados para determinar a solução ótima, deve haver uma relação entre os dois. Vamos então resolver o problema de duas variáveis proposto na Seção 2.1 e mostrado na Figura 2.15.
  • 93. Figura 2.13 Substituição da solução ótima nas restrições.
  • 94. Figura 2.14 Figura 2.15 Procedimento de solução analítico. Resolução gráfica de um problema de duas variáveis. Para resolver esse problema pela forma analítica, deveremos achar o dicionário inicial e proceder à procura de novos dicionários e suas soluções óbvias. Como as variáveis originais são x1 e x2, prestaremos atenção nos valores que elas assumem a cada nova solução e observaremos esses valores no gráfico. A solução associada ao dicionário inicial está representada na Figura 2.16. Continuando o processo de procura, teríamos de encontrar os próximos dicionários, representados nas Figuras 2.17 e 2.18. Vale notar que cada solução óbvia associada a um dicionário é um ponto extremo do conjunto de soluções viáveis. Isso não é apenas uma coincidência. Ocorre porque tentamos maximizar o valor de cada variável que entra na base. A restrição que mais limita o crescimento da variável tem como representação gráfica uma aresta do polígono. Ela é, portanto, o limite do conjunto de soluções viáveis em determinada direção. Ultrapassar esse
  • 95. Figura 2.17 Figura 2.16 limite significa deixar o conjunto de soluções viáveis. Representação do dicionário inicial na forma gráfica. Representação gráfica da solução do dicionário após a 1a iteração.
  • 96. Figura 2.18 1. Representação gráfica da solução do dicionário após a 2a iteração. Exercícios 2.2 Obtenha a solução ótima para o problema abaixo pelo método analítico apresentado nesta seção. (Compare o resultado com a solução encontrada para a questão 1 dos Exercícios 2.1.) Max Z = 4x1 + 3x2 s.r. x1 + 3x2 ≤ 7 2x1 + 2x2 ≤ 8 x1 + x2 ≤ 3 x2 ≤ 2 x1, x2 ≥ 0
  • 97. 2. 3. 4. Solucione o problema de programação linear abaixo utilizando o método analítico visto nesta seção. (Compare o resultado com a solução encontrada na questão 3 dos Exercícios 2.1.) Max Z = 4x1 + 8x2 s.r. 3x1 + 2x2 ≤ 18 x1 + x2 ≤ 5 x1 ≤ 4 x1, x2 ≥ 0 Resolva pelo método analítico (dicionário) o seguinte problema de programação linear: Max Z = 2x1 + 6x2 s.r. 4x1 + 3x2 ≤ 12 2x1 + x2 ≤ 8 x1, x2 ≥ 0 Encontre a solução ótima do problema de programação linear abaixo por meio do método analítico (dicionário): Max Z = 2x1 – x2 + x3 s.r. 3x1 + x2 + x3 ≤ 60
  • 98. 5. 6. 7. x1 – x2 + x3 ≤ 10 x1 + x2 – x3 ≤ 20 x1, x2, x3 ≥ 0 Determine, usando o método analítico (dicionário), a solução ótima do seguinte PPL: Max Z = 8x1 + 6x2 + 6x3 + 8x4 s.r. x1 + 2x2 + 3x3 + x4 ≤ 15 x1 + x2 + 2x3 + 3x4 ≤ 13 x1, x2, x3, x4 ≥ 0 Um agricultor tem uma fazenda com 200 km2 onde planeja cultivar trigo, arroz e milho. A produção esperada é de 1.800 kg por km2 plantado de trigo, 2.100 kg por km2 plantado de arroz e 2.900 kg por km2 plantado de milho. Ele tem condições de armazenar no máximo 700.000 kg de qualquer um dos produtos. Sabendo que o trigo dá um lucro de R$ 1,20 por kg, o arroz, R$ 0,60 por kg, e o milho, R$ 0,28 por kg, usando o método analítico (dicionário), determine quantos km2 de cada produto devem ser plantados para maximizar o lucro do agricultor. A Capitão Caverna S.A., localizada em Pedra Lascada, aluga três tipos de barcos para passeios marítimos: jangadas, supercanoas e arcas com cabines. A companhia fornece com o barco um capitão para navegá-lo e uma tripulação, que varia de acordo com a embarcação: 1 funcionário para jangadas, 2 para supercanoas e 3
  • 99. 8. a. para arcas. A companhia tem 4 jangadas, 8 supercanoas e 3 arcas, e, em seu corpo de funcionários, 10 capitães e 18 tripulantes. O aluguel é por diárias e a Capitão Caverna S.A. lucra 50 marfins por jangada, 70 marfins por supercanoas e 100 marfins por arca. Quantos barcos de cada tipo devem ser alugados para que a empresa tenha o maior lucro possível? De quanto é esse lucro? (Resolva pelo método analítico visto nesta seção.) A empresa de artigos de couro Pele Mimosa Ltda. fabrica dois tipos de produtos: malas e mochilas. As malas são vendidas com um lucro de R$ 50,00 por unidade e o lucro unitário por mochila é igual a R$ 40,00. A quantidade de horas necessária para confeccionar cada produto, assim como o número total de horas disponíveis em cada departamento, são apresentados na tabela a seguir. Departamento Capacidade por departamento (horas por dia) Horas necessárias Mala Mochila 1. Corte 300 2 0 2. Tingimento 540 0 3 3. Costura 440 2 2 4. Embalagem 300 6/5 3/2 Sabendo que há uma demanda excedente tanto de malas quanto de mochilas, determine quantas unidades de cada produto a Pele Mimosa Ltda. deve fabricar diariamente para maximizar o seu lucro. (Resolva pelo método analítico.)
  • 100. b. 9. 10. Se temos a informação de que a empresa produz diariamente 120 unidades de malas e 30 unidades de mochilas, em quanto o planejamento ótimo aumenta o lucro em relação ao existente? A Picolé Lelé é a marca local preferida pelos habitantes das Ilhas Calorândicas, que consomem todos os picolés cremosos que a empresa consegue fabricar. No entanto, por se localizar no meio do oceano, a Picolé Lelé Ltda. tem algumas restrições de fabricação, devido à escassez de matéria-prima fresca. Preocupados em maximizar o lucro da firma, seus dirigentes elaboraram o seguinte quadro informativo, para que possamos ajudá-los, por meio do método analítico estudado nesta seção, a descobrir quantos picolés de cada sabor devem produzir diariamente de forma a maximizar o lucro da companhia. Sabor Lucroporpicolé Quantidadede leite emcada picolé (litros) Quantidadede açúcar emcada picolé (por 100 gramas) Polpa de fruta em cada picolé (litros) Morango R$ 1,00 0,45 0,50 0,10 Uva R$ 0,90 0,50 0,40 0,15 Limão R$ 0,95 0,40 0,40 0,20 Máximo disponível 200 150 60 A empresa Serra Serra Serrador fabrica três tipos de madeiras compensadas (placas de aglomerados). Os dados a seguir resumem a produção em horas por unidade em cada uma das três operações
  • 101. de produção, o tempo máximo disponível em cada operação e o lucro unitário de cada placa. Aglomerado Operações em horas Lucro por unidade I II III Placa A 2 2 4 R$ 40,00 Placa B 5 5 2 R$ 30,00 Placa C 10 3 2 R$ 20,00 Tempo máximo disponível 900 400 600 Quantas unidades de cada placa de aglomerado devem ser produzidas, de maneira a otimizar o lucro da serraria? Resolva pelo método analítico (dicionário). 2.3 Programação linear e seus teoremas Vamos agora apresentar alguns teoremas a respeito das soluções de um problema de programação linear. Para tal, necessitamos da definição de um conjunto convexo. Em vez de tentarmos defini-lo com o rigor matemático, utilizaremos uma definição intuitiva. Um conjunto convexo é um conjunto de pontos em que todos os segmentos de reta que unem dois de seus pontos são internos ao conjunto, isto é, todos os pontos de cada segmento também pertencem ao conjunto original. Graficamente, um exemplo de conjunto convexo e não convexo é representado na Figura 2.19.
  • 102. Figura 2.19 Representação gráfica de conjuntos convexos e não convexos. Naturalmente, só podemos visualizar essa definição graficamente quando existem apenas duas variáveis no PPL. Passemos, então, à definição de alguns teoremas pertinentes ao estudo de programação linear. Foge do escopo deste texto a demonstração desses teoremas. Sugerimos aos leitores interessados em suas demostrações alguns textos mais avançados, como Hiller & Liberman (1995). Teorema I O conjunto de todas as soluções viáveis de um modelo de programação linear é um conjunto convexo. Teorema II Toda solução compatível básica (solução óbvia) do sistema de equações lineares (dicionário) de um modelo de programação linear é um ponto extremo do conjunto de soluções viáveis, isto é, do conjunto convexo de soluções. Teorema III Se uma função-objetivo possui um único ponto ótimo finito, então esse é um ponto extremo do conjunto convexo de soluções viáveis.
  • 103. 1. Figura 2.20 Teorema IV Se a função-objetivo assume o valor ótimo em mais de um ponto do conjunto de soluções viáveis (soluções múltiplas), então ela assume esse valor para pelo menos dois pontos extremos do conjunto convexo e para qualquer combinação convexa desses pontos extremos, isto é, todos os pontos do segmento de reta que une esses dois extremos, ou seja, a aresta do polígono que os contém. Com base nos teoremas anteriores, uma maneira prática de resolver pequenos problemas de duas variáveis é verificar o valor da função-objetivo nos pontos extremos do polígono de soluções viáveis. A Figura 2.20 representa tal procedimento para o problema que acabamos de resolver. Representação gráfica do valor de Z nos pontos extremos. Exercícios 2.3 Encontre a solução ótima do problema de programação linear abaixo, desenhando o conjunto de soluções viáveis e testando o valor da função-objetivo em cada um dos pontos extremos.
  • 104. 2. 3. (Compare o resultado com as soluções encontradas na questão 1 dos Exercícios 2.1 e 2.2.) Max Z = 4x1 + 3x2 s.r. x1 + 3x2 ≤ 7 2x1 + 2x2 ≤ 8 x1 + x2 ≤ 3 x2 ≤ 2 x1, x2 ≥ 0 Resolva o seguinte problema de programação linear por meio do teste do valor da função-objetivo em cada ponto extremo do conjunto de soluções viáveis e conforme os teoremas vistos nesta seção. (Compare a resposta com a solução encontrada na questão 2 dos Exercícios 2.1.) Min Z = x1 + 2x2 s.r. x1 + x2 ≥ 1 –5x1 + 2x2 ≥ –10 3x1 + 5x2 ≥ 15 x1, x2 ≥ 0 Solucione o problema de programação linear abaixo testando o valor da função-objetivo nos pontos extremos do conjunto de soluções viáveis. (Compare o resultado com a solução da questão 3 dos Exercícios 2.1 e da questão 2 dos Exercícios 2.2.) Max Z = 4x1 + 8x2 s.r.
  • 105. 4. 5. 6. 3x1 + 2x2 ≤ 18 x1 + x2 ≤ 5 x1 ≤ 4 x1, x2 ≥ 0 Encontre a solução ótima do seguinte problema de programação linear testando o valor da função-objetivo em cada um dos pontos extremos do conjunto de soluções viáveis: Max Z = 80x1 + 75x2 s.r. x1 + 3x2 ≤ 4 2x1 + 5x2 ≤ 150 x1, x2 ≥ 0 Resolva o problema de programação linear abaixo testando o valor da função-objetivo em cada um dos pontos extremos do conjunto de soluções viáveis: Min Z = 4x1 + 8x2 s.r. 3x1 + 2x2 ≤ 18 x1 + x2 ≥ 5 x1 ≤ 4 x1, x2 ≥ 0 As indústrias Saracura Produtos Farmacêuticos desejam produzir dois medicamentos, um analgésico e um antibiótico, que dependem de duas matérias-primas A e B, disponíveis em quantidades de 8 e 5 toneladas, respectivamente. Na fabricação de 1 t de analgésico são empregadas 1 t da matéria A e 1 t da matéria B, e na fabricação de 1
  • 106. 7. t de antibiótico são empregadas 4 t de A e 1 t de B. Sabendo que cada tonelada de antibiótico é vendida a R$ 8,00 e de analgésico a R$ 5,00, encontre, por meio da determinação dos pontos extremos do conjunto de soluções viáveis, a quantidade de toneladas de medicamentos a ser produzida pelas indústrias Saracura, de maneira a maximizar sua receita. Uma pequena malharia produz dois tipos de camisas: de manga curta e de manga comprida. Toda a produção é feita e vendida para um distribuidor, que compra tudo o que é produzido. A confecção de cada camisa passa por três seções de trabalho: corte, costura e acabamento. A Tabela 1 mostra os tempos necessários em cada seção: Tabela 1 Tempo de fabricação de uma camisa em cada seção de trabalho Produto Tempo de fabricação (em horas) Corte Costura Acabamento Manga curta 3 1,5 5 Manga comprida 3 3 3 A quantidade de horas por semana disponíveis em cada seção de trabalho é apresentada na Tabela 2: Tabela 2 Limites de capacidade de fabricação Seção de trabalho Homens/hora por semana Corte 210
  • 107. 8. Costura 180 Acabamento 330 Utilize os teoremas apresentados na Seção 2.3 para determinar a quantidade de cada tipo de camisa que deve ser fabricada de maneira a maximizar o lucro da empresa, sabendo que o lucro unitário proporcionado pela camisa de manga curta é de R$ 2,00 e o proporcionado pela camisa de manga comprida é de R$ 3,00. A indústria Bonecas Sinistras S.A. produz dois tipos de boneca: a Vampiresca e a Lobimulher. O processo de montagem de cada uma dessas bonecas requer duas pessoas. Os tempos de montagem são os seguintes: Modelo Montador 1 Montador 2 Vampiresca 6 min 2 min Lobimulher 3 min 4 min Máximo de horas disponíveis 8 8 A política da companhia é a de balancear toda a mão de obra em todos os processos de montagem. Na verdade, a gerência deseja programar o trabalho de modo que nenhum montador tenha mais de 30 minutos de trabalho por dia do que o outro. Isso quer dizer que, em um período regular de oito horas, os dois montadores deverão ter um mínimo de sete horas e meia de trabalho. Considerando que o mercado está disposto a comprar toda a produção da Bonecas Sinistras S.A. e que a firma tem um lucro de R$ 2,00 por unidade de
  • 108. 9. 10. Vampiresca e R$ 1,00 por Lobimulher, quantas unidades de cada boneca devem ser produzidas por dia? Quanto tempo trabalhará cada montador por dia? (Resolva por meio da determinação dos pontos extremos do conjunto de soluções viáveis.) Um jovem está saindo com duas namoradas: Sheila e Ana Paula. Ele sabe, por experiência, que: ■ Ana Paula, elegante, gosta de frequentar lugares sofisticados, mais caros, de modo que uma saída de três horas custará R$ 240,00. ■ Sheila, mais simples, prefere um divertimento mais popular, de modo que uma saída de três horas lhe custará R$ 160,00. ■ Seu orçamento permite-lhe dispor de R$ 960,00 mensais para diversão. ■ Seus afazeres escolares lhe dão liberdade de, no máximo, 18 horas e 40.000 calorias de sua energia para atividades sociais. ■ Cada saída com Ana Paula consome 5.000 calorias, mas com Sheila, mais alegre e extrovertida, ele gasta o dobro. ■ Ele gosta das duas com a mesma intensidade. Como o jovem deve planejar a sua vida social para obter o número máximo de saídas? (Encontre a solução ótima determinando os pontos extremos do conjunto de soluções viáveis.) A Cat Without Fat S.A. é uma empresa fabricante de comida enlatada para gatos, cujo principal diferencial competitivo é o baixo nível de gordura de seus produtos. A empresa utiliza, na produção, uma mistura de frango (75% de proteína e 25% de gordura) que custa R$ 3,00 por quilo e/ou uma mistura de peixe (90% de proteína e 10% de gordura) que custa R$ 5,00 por quilo. Que
  • 109. a. b. combinação de matérias-primas a empresa deve utilizar a fim de preparar uma comida para gatos com, no máximo, 15% de gordura ao menor custo possível por quilo? Modele o problema. Dica: as variáveis de decisão deste problema representam os percentuais de matérias-primas utilizados para preparar o enlatado, devendo, portanto, ter valores entre 0 e 1 (ou entre 0% e 100%). Encontre a solução ótima por meio da determinação do valor da função-objetivo em cada ponto extremo do conjunto de soluções viáveis. 2.4 Programação linear e a forma tabular O procedimento que relatamos na Seção 2.2 é chamado de método simplex analítico. Quando estivermos resolvendo um problema de programação linear manualmente, será conveniente utilizar a forma tabular do método simplex. Em vez de utilizar os dicionários, devemos usar o quadro simplex para registrar apenas as informações essenciais: os coeficientes das variáveis, as constantes das restrições e as variáveis básicas e não básicas. Devemos, portanto, simplificar a forma de um dicionário, estabelecendo um quadro equivalente. Depois, devemos verificar como cada operação analítica realizada pode ser automatizada por meio de regras de comando. Por fim, devemos verificar como tomar a decisão de parada do algoritmo. Voltemos ao nosso primeiro exemplo e ao seu respectivo dicionário inicial, já com a introdução das variáveis de folga. Problema forma-padrão Dicionário inicial Max Z = 5x1 + 2 x2 Z = 5x1 + 2x2
  • 110. s.r. x1 ≤ 3 x3 = 3 – x1 x2 ≤ 4 x4 = 4 – x2 x1 + 2x2 ≤ 9 x5 = 9 – x1 – 2x2 x1 ≥ 0, x2 ≥ 0 x1, x2, x3, x4, x5 ≥ 0 Lembre-se de que as variáveis originais do problema são as não básicas e as variáveis de folga são as básicas (lado esquerdo das equações). O próximo passo para a obtenção do quadro inicial é a modificação do dicionário inicial para obter o dicionário inicial modificado, que servirá como ponto de partida para a formação do quadro simplex inicial. Para efetuar essa modificação, devemos trocar de lado todas as variáveis do problema (nesse rol estão incluídas as variáveis originais, as de folga e Z), isto é, levar todas as variáveis para o lado esquerdo das equações. Dessa maneira, podemos conseguir o dicionário inicial modificado para o problema dado: Dicionário inicial modificado Z – 5x1 – 2x2 = 0 x1 + x3 = 3 x2 + x4 = 4 x1 + 2x2 + x5 = 9 Vale notar que, no dicionário inicial modificado, as variáveis da equação que representam a função-objetivo trocaram de lado, isto é, quando queríamos aumentar o valor de Z, procurávamos as variáveis da equação que tinham coeficientes positivos. Como as variáveis mudaram de lado na equação, devemos agora procurar as que tenham sinais negativos. A decisão de parar ocorrerá quando não tivermos mais variáveis com coeficientes negativos, ou seja, quando todos os coeficientes tiverem sinal não negativo (positivo ou zero).
  • 111. Agora, a transformação do dicionário inicial modificado para o quadro inicial é direta. Primeiro, vamos definir o formato do quadro, de maneira a facilitar sua compreensão. O quadro terá, do lado esquerdo, as variáveis básicas e, do lado direito, as constantes das equações. No meio ficarão todos os coeficientes das restrições e da função-objetivo. Para padronização, colocaremos na primeira linha a equação (zero) que representa a função- objetivo. Isso não é obrigatório, mas facilita a explanação e a compreensão do método. A Tabela 2.1 representa o quadro inicial do nosso problema. Tabela 2.1 Quadro inicial do problema Variável básica No da eq. Coeficientes de Z x1 x2 x3 x4 x5 Const. Z 0 1 –5 –2 0 0 0 0 x3 1 0 1 0 1 0 0 3 x4 2 0 0 1 0 1 0 4 x5 3 0 1 2 0 0 1 9 Devemos aprender como ler a solução associada ao quadro. Cada variável básica é apresentada na primeira coluna e o seu valor atual aparece na mesma linha, na coluna final (Const.); neste caso, leríamos: x3 = 3, x4 = 4 e x5 = 9. As variáveis que não aparecem na primeira coluna, neste caso x1 e x2, têm o valor atual igual a zero. O valor de Z (função-objetivo) é lido da mesma maneira que as variáveis básicas, isto é, o valor da última coluna na linha correspondente ao valor da função-objetivo (Z), neste caso, zero. Portanto,