O documento descreve o caso de um espírito sofredor que se jogou de joelhos durante uma sessão espírita, pedindo misericórdia a Jesus. Após uma prece coletiva, o espírito se acalmou e sentiu alívio de seus sofrimentos. O texto defende que a prece pelos espíritos em sofrimento pode trazer consolo, mesmo que não mude seu destino, e é um ato de compaixão cristã.
2. “ Antes de elevar sua O objeto de seu desejo
rogativa a terá mais benefícios ao
Deus, observe o teor seu espírito?
de sua aspiração. Sendo afirmativas as
Três princípios respostas, fique certo:
devem ser levados em sua oração encontrará
conta: fé, merecimento acesso nos pórticos do
e utilidade. Infinito e sua Vontade
será satisfeita.
Suas preces são
movidas pela força Pense antes de pedir.
Seja razoável.
da fé? Reconheça suas
Você possuirá mérito limitações e suas
suficiente para ter possibilidades, e peça
sua súplica somente o que for justo e
atendida? necessário.”
1 Minuto com Jesus – Ariston Teles
3. “ A Prece é reclamada pelos
espíritos sofredores; ela lhes é
útil porque vendo que se pensa
neles, sentem-se menos
abandonados, menos
infelizes...”
(Allan Kardec – ítem 18)
4. “Certas pessoas não admitem
a prece pelos
mortos, porque, na sua
crença, não há para a alma
senão duas alternativas: ser
salva ou condenada às penas
eternas, e, num e noutro
caso, a prece é inútil[...]
5. [...] PERGUNTAMOS:
É lógico, caridoso e cristão rejeitar a prece pelos
condenados?
Essas preces, por impotentes que sejam para os
livrar, não são, para eles, um sinal de piedade que
pode dulcificar seu sofrimento?
Sobre a Terra, quando um homem é condenado
perpetuamente, no caso mesmo, que ele não
tenha nenhuma esperança de obter graça, é
proibido a uma pessoa caridosa ir sustentar suas
correntes para lhe aliviar o peso?
6. Quando alguém está atacado de um mal
incurável, porque não oferece nenhuma
esperança de cura, é preciso abandoná-lo
sem nenhum alívio?
Imaginai que, entre os condenados, pode se
encontrar uma pessoa que vos foi cara, um
amigo, talvez um pai, uma mãe ou um filho, e
porque, segundo vós, não poderá esperar sua
graça, lhe recusaríeis um copo de água para
estancar-lhe a sede?
7. [...] recusarieis...
Um bálsamo para secar-lhe as feridas?
Não faríeis por ele o que faríeis por um
prisioneiro...
Não lhe daríeis um testemunho de
amor, uma consolação...
Não, isso não seria cristão.”
(Allan Kardec – E.S.E. cap.XXVII – 19)
8. “Uma crença que resseca o
coração não pode aliar-se com
a crença em um Deus que põe
em primeiro lugar entre os
deveres o amor ao próximo.”
Allan Kardec – E.S.E. Cap. XXVII - 19
9. “ A não eternidade das penas não
implica de uma penalidade
temporária, pois Deus, em sua justiça,
não pode confundir o bem e o mal.
Ora, nesse caso, negar a eficácia da
prece seria negar a eficácia da
consolação, dos encorajamentos e dos
bons conselhos ; seria negar a força que
se busca na assistência moral daqueles
que nos querem bem.”
Allan Kardec – E.S.E. Cap. XXVII - 19
10. [...] De súbito, brado angustioso, de suprema
desesperação, feriu a majestade do
religioso silêncio que abendiçoava o cenáculo!
Um dos nossos míseros pares, justamente
daqueles a quem denominávamos
"retalhados", durante o cativeiro no Vale
Sinistro, por conservarem no corpo astral as
trágicas sombras do esfacelamento do
envoltório carnal sob as rodas de pesados
veículos de ferro,[...]
11. [...]arrojou-se de joelhos ao solo e suplicou por
entre lágrimas, tão pungentes que sacudiram de
compaixão as fibras dos circunstantes ...
"- Jesus-Cristo! Meu Senhor e Salvador!
Compadecei-vos também de mim!
Eu creio, Senhor! e quero a vossa misericórdia!
Não posso mais! Não posso mais!
Enlouqueci no sofrimento! Socorrei-me, Jesus de
Nazaré, a mim também, por piedade!...”
12. “[...]Comovido - a afiançando-lhe ainda,
personagem principal com sua palavra de
da mesa – o
presidente, a quem honra, a qual não tem
tutelares invisíveis dúvidas em
amorosamente empenhar, tal a
inspiram, fala-lhe
piedosamente, consol certeza do que afirma,
a-o apontando a luz a intervenção do
sacrossanta do Médico Celeste, que
Evangelho do Mestre proporcionará alívio
Divino como o recurso
supremo e único imediato aos estranhos
capaz de socorrê-lo, males que o
afligem[...]
13. [...]Eleva então uma que precisa
prece, serenidade a fim de
singela e expungir da mente a
amorosa, depois de visão macabra
convidar todos os
corações presentes a com que os próprios
galgar com ele o delitos lhe fustigam a
espaço infindo, em alma e a continuação
busca do seio da Vida, as quais
amorável de pretendeu aniquilar
Jesus, para a súplica com a deserção pelos
de mercês imediatas atalhos do suicídio![...]
para o desgraçado
14. [...]Acompanham-no de vigilantes, assistentes
boamente todos guias da Casa, lanceiros
quantos se interessam e até nós outros, os
pelo infeliz delinqüentes mais
alucinado: - serenos, profundamente
encarnados que comovidos.
compõem a mesa, Oram ainda os diretores
desencarnados que de nossa Colônia, que,
realizam a do segredo do Templo,
magnificência da assistem quanto
sessão, isto é, se desenrola entre nós[...]
instrutores,
15. [...] a prece ilibada e santa transformou-se em
corrente vigorosa de luz resplendente, que dentro
de curtos minutos atingiu o Alvo Sagrado e voltou
fecundada pelo amplexo da Sua divina
misericórdia! Cada pensamento, que se unifica
aos demais em anseios compassivos, cada
expressão caridosa extraída do coração, que
subia à procura do Pai Altíssimo em favor do
infeliz ferreteado pelo suicídio, que precisou do
concurso humano para se adaptar ao além-
túmulo.[...]
16. [...]Lentamente a médium se aquietou,
porque o desgraçado "retalhado" se
acalmara. Já não via os reflexos mentais
do ato temerário, o que equivale adiantar
que desaparecera a satânica visão dos
fragmentos do próprio corpo, que em vão
tentara recolher para recompor.
Grata sensação de alívio perpassava suas
fibras perispirituais doloridas pelos
amargores longamente suportados[...]
17. ... Continuava o silêncio augusto propício às
dulçorosas revelações imateriais do amparo
maternal de Maria, da misericórdia inefável de seu
Filho Imaculado. Pelo recinto repercutiam ainda as
tonalidades blandiciosas da melodia
evangélica, quais cavatinas siderais harpejando
esperanças:
"- Vinde a mim, vós que sofreis e vos achais
sobrecarregados, e eu vos aliviarei."
enquanto ele chorava em grandes
desabafos, entrevendo possibilidade de melhor
situação. Suas lágrimas, porém, já não traduziam os
estertores violentos do inicio, mas expressão
agradecida de quem sente a intervenção
beneficente...”
18. “[...]
o Espírito culpado e infeliz sempre
pode salvar a si mesmo: a lei de Deus
lhe diz em que condição pode fazê-lo.
O que lhe falta mais frequentemente é
a vontade, a força, a coragem...
19. [...]
Se, por nossas preces, inspiramos-lhe essa
vontade ; se o sustentamos e encorajamos; se,
através de nossos conselhos, damos-lhe as luzes
que lhe faltam, em vez de pedir a Deus que
derrogue sua lei, tornamo-nos instrumentos
para a execução de sua lei de amor e caridade,
e nós passamos assim a participar dela – com a
permissão d’Ele - , dando, nós mesmos, uma
prova de caridade.” – ítem 21