O documento descreve a atuação do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na gestão de riscos e resposta a desastres naturais. A CPRM mapeou áreas de risco em 286 municípios brasileiros em 2012-2014 como parte do Plano Nacional de Gestão de Riscos. Seus objetivos incluíram mapear zonas de alto e muito alto risco a deslizamentos e inundações, desenvolver um sistema de cadastro de desastres, e capacitar técnicos municipais na gestão de riscos.
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2016. GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CENÁRIO 2000-2015 – Boletim do Instituto Geológico nº 67 – São Paulo : I G / SMA, 2016. 72p ; ISSN 0100-431X. Disponível em: http://igeologico.sp.gov.br/files/2016/10/boletim_IG_vol_67.pdf
Estudos desenvolvidos no Instituto Geológico desde 2009 resultaram em um sistema de indicadores de riscos de desastres do Estado de São Paulo que permitiu o estabelecimento de cenários anuais e de referência para o tema. Constitui, também, a base para um retrato da dimensão dos problemas e suas consequências, o que vem auxiliando a eficaz gestão das situações de risco e desastre no Estado. A presente publicação consolida este histórico, apresentando o cenário 2000-2015 da situação de riscos de desastres devido a fenômenos geodinâmicos no Estado de São Paulo em termos de ocorrência de problemas (acidentes e danos) e de gestão, destacando como os mesmos vem sendo enfrentados pelo Poder Público por meio de instrumentos de gestão de riscos. São expostos conceitos, bases de dados, forma de abordagem do assunto e o Sistema de Indicadores de Riscos de Desastres construído para o Estado de São Paulo, que abarca 5 indicadores (número de acidentes, número de óbitos, número de pessoas afetadas, número de edificações afetadas, número de municípios com instrumentos de gestão de risco), agrupados em 2 grupos-chave (Indicadores de Estado ou Situação, Indicadores de Resposta). Esta abordagem envolve a análise e discussão dos indicadores em um período de 16 anos, e do ano de 2015 em particular, promovendo uma comparação entre os mesmos, a análise de tendências e de criticidade de municípios, assim como a apresentação de perspectivas futuras.
O documento discute planos de contingência para desastres, incluindo a preparação para emergências e respostas a desastres. Ele fornece detalhes sobre como elaborar planos de contingência, incluindo a identificação de riscos, recursos disponíveis e responsabilidades das agências envolvidas. Além disso, discute a importância da prevenção de desastres, mas também a necessidade de preparação para respostas rápidas a desastres imprevisíveis.
Este trabalha fala sobre os eventos geodinâmicos que aconteceram entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015, com a somatória de todos os alagamentos, as inundações, os deslizamentos, etc.
Este guia apresenta a metodologia utilizada pelo Serviço Geológico do Brasil para a elaboração de setorizações de áreas de risco geológico nos municípios brasileiros. O documento descreve os conceitos, processos analisados, métodos e etapas do trabalho, que incluem pré-campo, levantamentos de campo, produção de dados e publicação. A setorização tem como objetivo mapear as áreas urbanas sujeitas a danos causados por eventos geológicos como deslizamentos e inundações,
O documento discute gestão urbana e desastres naturais em Santa Catarina, Brasil. Apresenta casos de desastres em Santa Catarina, incluindo um estudo de caso detalhado sobre Blumenau. Também discute o marco regulatório brasileiro para desastres, mudanças climáticas e planejamento, e conceitos como ciclo de gestão de desastres.
2017 Mudanças Climáticas e Desastres Naturais em Santa CatarinaClaudia Siebert
O documento discute os impactos das mudanças climáticas e desastres naturais no estado de Santa Catarina, Brasil. Aborda o contexto mundial e brasileiro das políticas ambientais e de gestão de desastres, analisa os principais desastres ocorridos no estado, e avalia as políticas públicas implementadas em Santa Catarina para lidar com desastres naturais e mudanças climáticas.
Este documento analisa a evolução da teoria do planejamento urbano sob a influência da mudança climática e investiga como as estruturas de planejamento, legislação e projetos urbanos brasileiros estão sendo afetados por desastres socioambientais mais frequentes. O estudo apresenta casos de planejamento urbano resiliente em Porto Alegre, Florianópolis, Blumenau e Curitiba que incorporaram conceitos como mitigação, adaptação e resiliência.
Este estudo encontrou áreas vulneráveis a inundações na cidade de Puerto Maldonado, especificamente na seção “Pueblo Viejo”. O estudo analisou o comportamento de uma avenida máxima nas margens do rio Tambopata na seção "Pueblo Viejo" foi analisado para 5, 10, 20, 50 é 100 anos de período de retorno para precipitação máxima, trazendo resultados em 50 anos para abrir uma inundação total na "cidade velha" sendo afetado terras agrícolas, o setor de infra-estrutura de terra e estado residencial.
GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃ...Maria José Brollo
BROLLO, M.J. & FERREIRA, C.J. 2016. GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES DEVIDO A FENÔMENOS GEODINÂMICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CENÁRIO 2000-2015 – Boletim do Instituto Geológico nº 67 – São Paulo : I G / SMA, 2016. 72p ; ISSN 0100-431X. Disponível em: http://igeologico.sp.gov.br/files/2016/10/boletim_IG_vol_67.pdf
Estudos desenvolvidos no Instituto Geológico desde 2009 resultaram em um sistema de indicadores de riscos de desastres do Estado de São Paulo que permitiu o estabelecimento de cenários anuais e de referência para o tema. Constitui, também, a base para um retrato da dimensão dos problemas e suas consequências, o que vem auxiliando a eficaz gestão das situações de risco e desastre no Estado. A presente publicação consolida este histórico, apresentando o cenário 2000-2015 da situação de riscos de desastres devido a fenômenos geodinâmicos no Estado de São Paulo em termos de ocorrência de problemas (acidentes e danos) e de gestão, destacando como os mesmos vem sendo enfrentados pelo Poder Público por meio de instrumentos de gestão de riscos. São expostos conceitos, bases de dados, forma de abordagem do assunto e o Sistema de Indicadores de Riscos de Desastres construído para o Estado de São Paulo, que abarca 5 indicadores (número de acidentes, número de óbitos, número de pessoas afetadas, número de edificações afetadas, número de municípios com instrumentos de gestão de risco), agrupados em 2 grupos-chave (Indicadores de Estado ou Situação, Indicadores de Resposta). Esta abordagem envolve a análise e discussão dos indicadores em um período de 16 anos, e do ano de 2015 em particular, promovendo uma comparação entre os mesmos, a análise de tendências e de criticidade de municípios, assim como a apresentação de perspectivas futuras.
O documento discute planos de contingência para desastres, incluindo a preparação para emergências e respostas a desastres. Ele fornece detalhes sobre como elaborar planos de contingência, incluindo a identificação de riscos, recursos disponíveis e responsabilidades das agências envolvidas. Além disso, discute a importância da prevenção de desastres, mas também a necessidade de preparação para respostas rápidas a desastres imprevisíveis.
Este trabalha fala sobre os eventos geodinâmicos que aconteceram entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015, com a somatória de todos os alagamentos, as inundações, os deslizamentos, etc.
Este guia apresenta a metodologia utilizada pelo Serviço Geológico do Brasil para a elaboração de setorizações de áreas de risco geológico nos municípios brasileiros. O documento descreve os conceitos, processos analisados, métodos e etapas do trabalho, que incluem pré-campo, levantamentos de campo, produção de dados e publicação. A setorização tem como objetivo mapear as áreas urbanas sujeitas a danos causados por eventos geológicos como deslizamentos e inundações,
O documento discute gestão urbana e desastres naturais em Santa Catarina, Brasil. Apresenta casos de desastres em Santa Catarina, incluindo um estudo de caso detalhado sobre Blumenau. Também discute o marco regulatório brasileiro para desastres, mudanças climáticas e planejamento, e conceitos como ciclo de gestão de desastres.
2017 Mudanças Climáticas e Desastres Naturais em Santa CatarinaClaudia Siebert
O documento discute os impactos das mudanças climáticas e desastres naturais no estado de Santa Catarina, Brasil. Aborda o contexto mundial e brasileiro das políticas ambientais e de gestão de desastres, analisa os principais desastres ocorridos no estado, e avalia as políticas públicas implementadas em Santa Catarina para lidar com desastres naturais e mudanças climáticas.
Este documento analisa a evolução da teoria do planejamento urbano sob a influência da mudança climática e investiga como as estruturas de planejamento, legislação e projetos urbanos brasileiros estão sendo afetados por desastres socioambientais mais frequentes. O estudo apresenta casos de planejamento urbano resiliente em Porto Alegre, Florianópolis, Blumenau e Curitiba que incorporaram conceitos como mitigação, adaptação e resiliência.
Este estudo encontrou áreas vulneráveis a inundações na cidade de Puerto Maldonado, especificamente na seção “Pueblo Viejo”. O estudo analisou o comportamento de uma avenida máxima nas margens do rio Tambopata na seção "Pueblo Viejo" foi analisado para 5, 10, 20, 50 é 100 anos de período de retorno para precipitação máxima, trazendo resultados em 50 anos para abrir uma inundação total na "cidade velha" sendo afetado terras agrícolas, o setor de infra-estrutura de terra e estado residencial.
Apresentação feita pelo Cel José Luiz D´Ávilla Fernandes (Diretor de Reabilitação e Recontrução da Secret. Nacional Defesa Civil) nas reuniões da Comissão Externa SC
- O documento discute a história e conceitos-chave da proteção e defesa civil no Brasil e em Mato Grosso, desde a Segunda Guerra Mundial até os dias atuais.
- A proteção e defesa civil evoluiu para gerenciar riscos de desastres de forma preventiva, mitigando danos à população e reconstruindo após eventos.
- O marco legal brasileiro estabelece a defesa civil como responsabilidade da União, estados e municípios atuarem de forma coordenada antes, durante e depois de desastres.
Prevenção de Desastres Naturais no Estado de São Paulo. Atuação do Instituto ...Maria José Brollo
Este documento descreve as atividades do Instituto Geológico no Estado de São Paulo para prevenção de desastres naturais, incluindo: 1) mapeamento de áreas de risco geológico, 2) análise de perigos e riscos, e 3) políticas públicas como planos preventivos de defesa civil.
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Maria José Brollo
1) O documento descreve o processo de coleta de dados sobre desastres naturais ocorridos em Campos do Jordão entre 1999-2013 a partir de notícias de jornais.
2) Foram levantadas 32 matérias sobre 27 eventos, gerando 94 registros de ocorrências em 43 bairros, principalmente de deslizamentos e inundações.
3) Os registros forneceram subsídios valiosos para mapear áreas de risco, apesar de limitações como informações imprecisas nas notícias.
Situação dos desastres e riscos no Estado de São Paulo e instrumentos de gere...Maria José Brollo
O documento discute a situação dos desastres naturais no Estado de São Paulo nos últimos 11 anos. Mais de 2.500 acidentes foram registrados, incluindo mais de 300 óbitos e mais de 100 mil pessoas afetadas por deslizamentos, inundações, tempestades e outros eventos. O governo estadual vem implementando instrumentos de gestão de riscos como mapeamentos de áreas de risco para lidar com o problema.
O documento discute acidentes geológicos urbanos, focando em inundações. As inundações ocorrem quando rios transbordam suas margens devido a chuvas intensas. A ocupação humana desordenada de áreas de várzea, sem considerar seu potencial de inundação, agrava o problema ao aumentar o escoamento superficial e impedir a infiltração da água no solo. Isso, somado a outros fatores como desmatamento, lixo e esgoto, eleva os riscos de enchentes em cidades construídas sobre planí
O documento discute a avaliação e gestão de perigosidades e riscos ambientais no contexto do ordenamento do território em Portugal. Aborda especificamente como os riscos são tratados nos principais instrumentos de ordenamento do território, incluindo o Programa Nacional, Planos Regionais e Planos Municipais. Também discute a articulação entre ordenamento do território e proteção civil na gestão de riscos.
Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e relevantes devido às mudanças climáticas no mundo e no Brasil. Vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, entre outros, têm sido fortemente afetados nos últimos anos por eventos climáticos extremos que causaram inundações, deslizamentos de terra e movimentos de massa de várias categorias. Cientistas e governos do mundo estão procurando compreender a natureza das alterações que ainda são possíveis de acontecer durante o século 21. Para as áreas sujeitas a riscos de desastres é importante identificar o processo que faz com que estes riscos ocorram além de analisar as características de sua dinâmica de evolução para posterior gestão dessas áreas. O estudo de novas técnicas para monitoramento de processos de erosão ganhou grande destaque, constituindo um grande desafio para os pesquisadores. Desenvolver uma nova tecnologia para monitorar encostas, a fim de ter um novo sistema de aviso de desastres naturais que combinam técnicas de geoprocessamento em forma de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamentos de campo sistemáticos (geológicas e geotécnicas seções) é algo a ser analisado. O objetivo deste estudo se trata de um monitoramento de encostas, próxima a Serra das Araras, tendo como base as melhores práticas internacionais, através da instrumentação, observação do seu comportamento, a análise do local de estudo e ainda o mapeamento de áreas de risco no trecho estudado na rodovia.
Geologia Ambiental: Tecnologias para o Desenvolvimento SustentávelAtena Editora
Este capítulo apresenta uma análise da suscetibilidade a deslizamentos na unidade geomorfológica das Serras Cristalinas Litorâneas no município de Blumenau, Santa Catarina, utilizando a técnica de pesos de evidência. Fatores geológicos, geomorfológicos e de uso do solo foram analisados em relação a 89 deslizamentos ocorridos em 2008, e diferentes combinações desses fatores foram testadas. O modelo que integrou distância de lineamentos, orientação de vertentes, curvatura horizontal
O documento discute desastres naturais no Estado de São Paulo, abordando como conhecer e prevenir esses riscos. Ele apresenta conceitos sobre diferentes tipos de desastres naturais e como mapear áreas de risco para reduzir danos e perdas.
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...Maria José Brollo
O documento apresenta informações sobre avaliação e mapeamento de áreas de risco no estado de São Paulo, incluindo um resumo dos principais riscos geológicos, acidentes ocorridos, e estrutura do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos.
Artigo legislação ambiental brasileira e os impactos socioambientais dos gran...Gabrieldibernardi
Este documento analisa os impactos socioambientais dos grandes empreendimentos turísticos em Florianópolis à luz da legislação ambiental brasileira, usando o caso do Condomínio Residencial Costão Golf. Identifica as principais fases de urbanização de Florianópolis e o surgimento dos grandes empreendimentos turísticos. Argumenta que esses empreendimentos muitas vezes desrespeitam princípios como precaução e participação comunitária, colocando em risco recursos como o Aquífero Ingleses.
O documento apresenta um resumo sobre defesa civil em Minas Gerais, incluindo conceitos básicos, estrutura do sistema, mapas de desastres, e ações de apoio do Centro de Controle de Emergências.
O documento discute a vigilância ambiental em eventos de massa em Minas Gerais, incluindo a Copa do Mundo de 2014. Apresenta o monitoramento da cólera e de acidentes com produtos perigosos nos municípios prioritários e fornece diretrizes para a notificação obrigatória e resposta a emergências.
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...Maria José Brollo
Este documento descreve o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos em São Paulo, estabelecido em 2011 para melhor gerenciar riscos de desastres no estado. O programa promove a articulação entre órgãos governamentais e possui objetivos, estrutura organizacional e planos de ação para avaliação de riscos, mitigação de áreas de risco e capacitação. Desde sua criação, vários avanços foram alcançados, porém ainda há desafios como o aumento da
Metodologia de avaliação de vulnerabilidade para mapeamento de áreas suscetív...Jonatha Monte
Este relatório apresenta sugestões de intervenções técnicas para mitigar riscos de desastres naturais no município de Anitápolis, Santa Catarina. As sugestões incluem medidas para prevenir inundações, deslizamentos e alagamentos, como limpeza de drenagem, remoção de moradias em áreas de risco e plantio de vegetação para proteção. No entanto, estudos hidrológicos e hidráulicos detalhados seriam necessários para sanar completamente os problemas de inundação na região.
O documento discute desastres naturais no Estado de São Paulo, abordando sua definição, causas e ocorrências. Ele busca disseminar conhecimento sobre processos naturais e induzidos pelo homem que podem causar deslizamentos, inundações, erosão e outros desastres, visando prevenção.
CENÁRIOS METODOLÓGICOS DISTINTOS PARA O MAPEAMENTO DE ÁREAS DE INUNDAÇÃOAna Paula
A rápida expansão urbana e a ocupação desordenada de alguns municípios do País são consideradas como uma
das principais causas de inundações que assola a população residente nessas áreas. Com as inundações, têm-se as
perdas materiais e humanas, a qual é irreversível e de valor incalculável, sempre que ocorre chuva elevada em
curto espaço de tempo.
Operação Guarda-Chuva 2015 - São Bernardo do CampoPref_SBC
Estratégias de São Bernardo do Campo para enfrentamento de riscos urbanos: ações contínuas de políticas urbanas; ações estruturantes para prevenção/solução dos riscos urbanos; ações de Monitoramento de Risco e Emergências (Operação Guarda-Chuva - OGC - planejamento e reconhecimento das ações).
O documento discute o papel e as responsabilidades da Defesa Civil no Brasil. Apresenta a estrutura organizacional da Defesa Civil nos níveis federal, estadual e municipal. Explica as ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas da Defesa Civil para evitar desastres e minimizar seus impactos.
1. O documento descreve o mapeamento de riscos de inundações em municípios do Vale do Paraíba no estado de São Paulo, Brasil.
2. A abordagem metodológica incluiu a coleta e georreferenciamento de dados históricos de inundações, escolha de áreas-alvo para inspeção de campo e análise conjunta de dados hidrológicos e históricos usando ferramentas de geoprocessamento e modelagem espacial.
3. O objetivo foi delimitar e classificar zonas de
Guia Cartas Geotécnicas/IPT -orientações básicas aos municípiosresgate cambui ong
1. O documento apresenta orientações sobre cartas geotécnicas para auxiliar municípios brasileiros no planejamento territorial e na proteção civil.
2. É obrigatório que municípios com áreas suscetíveis a desastres naturais tenham cartas geotécnicas de acordo com a legislação brasileira sobre proteção e defesa civil.
3. Existem três tipos principais de cartas geotécnicas recomendadas: de suscetibilidade, de aptidão à urbanização e de risco.
Apresentação feita pelo Cel José Luiz D´Ávilla Fernandes (Diretor de Reabilitação e Recontrução da Secret. Nacional Defesa Civil) nas reuniões da Comissão Externa SC
- O documento discute a história e conceitos-chave da proteção e defesa civil no Brasil e em Mato Grosso, desde a Segunda Guerra Mundial até os dias atuais.
- A proteção e defesa civil evoluiu para gerenciar riscos de desastres de forma preventiva, mitigando danos à população e reconstruindo após eventos.
- O marco legal brasileiro estabelece a defesa civil como responsabilidade da União, estados e municípios atuarem de forma coordenada antes, durante e depois de desastres.
Prevenção de Desastres Naturais no Estado de São Paulo. Atuação do Instituto ...Maria José Brollo
Este documento descreve as atividades do Instituto Geológico no Estado de São Paulo para prevenção de desastres naturais, incluindo: 1) mapeamento de áreas de risco geológico, 2) análise de perigos e riscos, e 3) políticas públicas como planos preventivos de defesa civil.
Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à ges...Maria José Brollo
1) O documento descreve o processo de coleta de dados sobre desastres naturais ocorridos em Campos do Jordão entre 1999-2013 a partir de notícias de jornais.
2) Foram levantadas 32 matérias sobre 27 eventos, gerando 94 registros de ocorrências em 43 bairros, principalmente de deslizamentos e inundações.
3) Os registros forneceram subsídios valiosos para mapear áreas de risco, apesar de limitações como informações imprecisas nas notícias.
Situação dos desastres e riscos no Estado de São Paulo e instrumentos de gere...Maria José Brollo
O documento discute a situação dos desastres naturais no Estado de São Paulo nos últimos 11 anos. Mais de 2.500 acidentes foram registrados, incluindo mais de 300 óbitos e mais de 100 mil pessoas afetadas por deslizamentos, inundações, tempestades e outros eventos. O governo estadual vem implementando instrumentos de gestão de riscos como mapeamentos de áreas de risco para lidar com o problema.
O documento discute acidentes geológicos urbanos, focando em inundações. As inundações ocorrem quando rios transbordam suas margens devido a chuvas intensas. A ocupação humana desordenada de áreas de várzea, sem considerar seu potencial de inundação, agrava o problema ao aumentar o escoamento superficial e impedir a infiltração da água no solo. Isso, somado a outros fatores como desmatamento, lixo e esgoto, eleva os riscos de enchentes em cidades construídas sobre planí
O documento discute a avaliação e gestão de perigosidades e riscos ambientais no contexto do ordenamento do território em Portugal. Aborda especificamente como os riscos são tratados nos principais instrumentos de ordenamento do território, incluindo o Programa Nacional, Planos Regionais e Planos Municipais. Também discute a articulação entre ordenamento do território e proteção civil na gestão de riscos.
Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e relevantes devido às mudanças climáticas no mundo e no Brasil. Vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, entre outros, têm sido fortemente afetados nos últimos anos por eventos climáticos extremos que causaram inundações, deslizamentos de terra e movimentos de massa de várias categorias. Cientistas e governos do mundo estão procurando compreender a natureza das alterações que ainda são possíveis de acontecer durante o século 21. Para as áreas sujeitas a riscos de desastres é importante identificar o processo que faz com que estes riscos ocorram além de analisar as características de sua dinâmica de evolução para posterior gestão dessas áreas. O estudo de novas técnicas para monitoramento de processos de erosão ganhou grande destaque, constituindo um grande desafio para os pesquisadores. Desenvolver uma nova tecnologia para monitorar encostas, a fim de ter um novo sistema de aviso de desastres naturais que combinam técnicas de geoprocessamento em forma de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e levantamentos de campo sistemáticos (geológicas e geotécnicas seções) é algo a ser analisado. O objetivo deste estudo se trata de um monitoramento de encostas, próxima a Serra das Araras, tendo como base as melhores práticas internacionais, através da instrumentação, observação do seu comportamento, a análise do local de estudo e ainda o mapeamento de áreas de risco no trecho estudado na rodovia.
Geologia Ambiental: Tecnologias para o Desenvolvimento SustentávelAtena Editora
Este capítulo apresenta uma análise da suscetibilidade a deslizamentos na unidade geomorfológica das Serras Cristalinas Litorâneas no município de Blumenau, Santa Catarina, utilizando a técnica de pesos de evidência. Fatores geológicos, geomorfológicos e de uso do solo foram analisados em relação a 89 deslizamentos ocorridos em 2008, e diferentes combinações desses fatores foram testadas. O modelo que integrou distância de lineamentos, orientação de vertentes, curvatura horizontal
O documento discute desastres naturais no Estado de São Paulo, abordando como conhecer e prevenir esses riscos. Ele apresenta conceitos sobre diferentes tipos de desastres naturais e como mapear áreas de risco para reduzir danos e perdas.
Avaliação e mapeamento de áreas de risco do Estado de São Paulo - Programa Es...Maria José Brollo
O documento apresenta informações sobre avaliação e mapeamento de áreas de risco no estado de São Paulo, incluindo um resumo dos principais riscos geológicos, acidentes ocorridos, e estrutura do Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos Geológicos.
Artigo legislação ambiental brasileira e os impactos socioambientais dos gran...Gabrieldibernardi
Este documento analisa os impactos socioambientais dos grandes empreendimentos turísticos em Florianópolis à luz da legislação ambiental brasileira, usando o caso do Condomínio Residencial Costão Golf. Identifica as principais fases de urbanização de Florianópolis e o surgimento dos grandes empreendimentos turísticos. Argumenta que esses empreendimentos muitas vezes desrespeitam princípios como precaução e participação comunitária, colocando em risco recursos como o Aquífero Ingleses.
O documento apresenta um resumo sobre defesa civil em Minas Gerais, incluindo conceitos básicos, estrutura do sistema, mapas de desastres, e ações de apoio do Centro de Controle de Emergências.
O documento discute a vigilância ambiental em eventos de massa em Minas Gerais, incluindo a Copa do Mundo de 2014. Apresenta o monitoramento da cólera e de acidentes com produtos perigosos nos municípios prioritários e fornece diretrizes para a notificação obrigatória e resposta a emergências.
PROGRAMA ESTADUAL DE PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS E DE REDUÇÃO DE RISCOS G...Maria José Brollo
Este documento descreve o Programa Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e de Redução de Riscos Geológicos em São Paulo, estabelecido em 2011 para melhor gerenciar riscos de desastres no estado. O programa promove a articulação entre órgãos governamentais e possui objetivos, estrutura organizacional e planos de ação para avaliação de riscos, mitigação de áreas de risco e capacitação. Desde sua criação, vários avanços foram alcançados, porém ainda há desafios como o aumento da
Metodologia de avaliação de vulnerabilidade para mapeamento de áreas suscetív...Jonatha Monte
Este relatório apresenta sugestões de intervenções técnicas para mitigar riscos de desastres naturais no município de Anitápolis, Santa Catarina. As sugestões incluem medidas para prevenir inundações, deslizamentos e alagamentos, como limpeza de drenagem, remoção de moradias em áreas de risco e plantio de vegetação para proteção. No entanto, estudos hidrológicos e hidráulicos detalhados seriam necessários para sanar completamente os problemas de inundação na região.
O documento discute desastres naturais no Estado de São Paulo, abordando sua definição, causas e ocorrências. Ele busca disseminar conhecimento sobre processos naturais e induzidos pelo homem que podem causar deslizamentos, inundações, erosão e outros desastres, visando prevenção.
CENÁRIOS METODOLÓGICOS DISTINTOS PARA O MAPEAMENTO DE ÁREAS DE INUNDAÇÃOAna Paula
A rápida expansão urbana e a ocupação desordenada de alguns municípios do País são consideradas como uma
das principais causas de inundações que assola a população residente nessas áreas. Com as inundações, têm-se as
perdas materiais e humanas, a qual é irreversível e de valor incalculável, sempre que ocorre chuva elevada em
curto espaço de tempo.
Operação Guarda-Chuva 2015 - São Bernardo do CampoPref_SBC
Estratégias de São Bernardo do Campo para enfrentamento de riscos urbanos: ações contínuas de políticas urbanas; ações estruturantes para prevenção/solução dos riscos urbanos; ações de Monitoramento de Risco e Emergências (Operação Guarda-Chuva - OGC - planejamento e reconhecimento das ações).
O documento discute o papel e as responsabilidades da Defesa Civil no Brasil. Apresenta a estrutura organizacional da Defesa Civil nos níveis federal, estadual e municipal. Explica as ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas da Defesa Civil para evitar desastres e minimizar seus impactos.
1. O documento descreve o mapeamento de riscos de inundações em municípios do Vale do Paraíba no estado de São Paulo, Brasil.
2. A abordagem metodológica incluiu a coleta e georreferenciamento de dados históricos de inundações, escolha de áreas-alvo para inspeção de campo e análise conjunta de dados hidrológicos e históricos usando ferramentas de geoprocessamento e modelagem espacial.
3. O objetivo foi delimitar e classificar zonas de
Guia Cartas Geotécnicas/IPT -orientações básicas aos municípiosresgate cambui ong
1. O documento apresenta orientações sobre cartas geotécnicas para auxiliar municípios brasileiros no planejamento territorial e na proteção civil.
2. É obrigatório que municípios com áreas suscetíveis a desastres naturais tenham cartas geotécnicas de acordo com a legislação brasileira sobre proteção e defesa civil.
3. Existem três tipos principais de cartas geotécnicas recomendadas: de suscetibilidade, de aptidão à urbanização e de risco.
O capítulo apresenta os conceitos de geodiversidade e origem da Terra, discutindo a evolução do conceito de geodiversidade e sua aplicação no Brasil. Explica que a geodiversidade compreende a diversidade natural entre aspectos geológicos, relevo e solos, em constante dinâmica por processos naturais. Aborda também a origem e evolução da geodiversidade no território brasileiro e sua importância para o planejamento territorial sustentável.
Geodiversidade do brasil conhecer o passado, para entender o presente e pre...Filipe Carvalho
O capítulo descreve que a geodiversidade refere-se à diversidade de aspectos geológicos, relevo e solos de uma região. Apresenta uma breve história da Terra desde sua formação há cerca de 4,6 bilhões de anos, destacando como os processos geológicos ao longo do tempo deram origem à geodiversidade encontrada no território brasileiro.
O capítulo apresenta os conceitos de geodiversidade e origem da Terra, discutindo a evolução do conceito de geodiversidade e sua aplicação no Brasil. Explica que a geodiversidade compreende a diversidade natural entre aspectos geológicos, relevo e solos, em constante dinâmica por processos naturais. Aborda também a origem e evolução da geodiversidade no território brasileiro ao longo do tempo geológico.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014 - ...Maria José Brollo
ANDRADE, E.& BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP): diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simp. Bras. Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
RESUMO
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
ABSTRACT
This paper refers to risk mapping of landslides, floods, erosions processes on Campos do Jordão County (SP). Finalized in 2014, this task was sponsored by Civil Defence Cordenadory of the Military House of the São Paulo State Government, and executed by the Geological Institute in order to update the existent risk evaluations on the studied municipality covering some kinds of hazards never had studied before, such as flood hazard.
It where identified 40 areas for later detailed studies by risk conditions reconnaissance. The studies resulted in 175 risk sectors (17% at very high risk, 26% at high risk, 38% at medium risk, and 19% at low risk), comprising 3,985 houses at risk (15,940 estimated population), and spreading through approximately 5% of the County´s urban sprawl. That means, about 33% of municipality population lives at risk zones, wherein 2,6% lives at sectors classified as very high landslinding risk.
Thus, the risk mapping must be considered an important instrument for control and risk reduction on municipality´s territory and should be appropriated proceed its constant update by the local government.
Atuação do serviço geológico do brasil sgb cprm em estudos geológico-geotécni...Alerj
O documento descreve as atividades do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em estudos geológico-geotécnicos e mapeamento de riscos, incluindo projetos de apoio a municípios, como mapeamento de áreas de risco e desenvolvimento de sistemas de dados. O CPRM tem realizado mapeamentos de risco em vários estados após desastres naturais em 2011.
Este capítulo introduz o tema do gerenciamento de áreas de risco, abordando o cenário político e social no Brasil. A urbanização acelerada levou muitas pessoas a ocuparem áreas de risco, como encostas e margens de rios, devido à falta de políticas habitacionais efetivas para baixa renda. Isso criou um problema socioambiental grave em diversos municípios brasileiros, com ocorrência frequente de deslizamentos e enchentes que afetam as populações mais vulneráveis. Há necessidade de novas
Este documento discute a importância de estatísticas de mergulho em áreas marinhas protegidas no Brasil, especialmente em Reservas Extrativistas Marinhas. Ele destaca que tais estatísticas são necessárias para uma gestão ambiental adequada, mas que atualmente faltam dados sobre visitação em unidades de conservação marinhas. O documento também examina diretrizes para o mergulho em áreas protegidas e os potenciais impactos ambientais negativos causados por mergulhadores.
PERIGOS E RISCOS GEOLÓGICOS EM CAMPOS DO JORDÃO (SP) : DIAGNÓSTICO EM 2014Maria José Brollo
ANDRADE, E.; BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP) : diagnóstico em 2014. In: ABGE, Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-85-7270-066-5.
Este trabalho refere-se ao mapeamento das áreas de risco associados a escorregamentos, inundações, erosão e solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão (SP), em diagnóstico finalizado em 2014. Promovido pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Casa Militar do Estado de São Paulo e executado pelo Instituto Geológico com o propósito de atualizar a avaliação de riscos no município, abrangendo perigos até então não estudados, como o de inundação.
Em síntese foram identificadas 40 áreas alvo para estudos de detalhe, com a identificação das situações de risco, com graus diferenciados quanto à probabilidade de ocorrência, à tipologia dos processos geodinâmicos envolvidos e à severidade dos potenciais eventos. Os estudos resultaram na delimitação de 175 setores de risco (17% em risco muito alto, 26% em risco alto, 38% em risco médio e 19% em risco baixo), compreendendo 3.985 moradias em risco (com estimativa de 15.940 moradores) e estendendo-se por aproximadamente 5% da mancha urbana do município. Ou seja, cerca de 33% da população do município encontra-se em áreas de risco, sendo que 2,6% situam-se em setores de risco de escorregamento com grau muito alto.
Assim, o mapeamento de áreas de riscos, de posse do poder público municipal, passa a ser importante instrumento de controle e redução do risco de Campos do Jordão, devendo passar por atualização constante pela prefeitura municipal, principal agente no adequado uso e ocupação do território.
ATUAÇÃO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (CPRM) NA PREVENÇÃO DE DESASTRES NATU...AsscomDF
O documento descreve a atuação do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na prevenção de desastres naturais, com foco em três áreas principais: 1) mapeamento geológico e avaliação de riscos; 2) capacitação de técnicos municipais; 3) desenvolvimento de sistemas de monitoramento e alerta.
O documento discute o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) no Brasil, apresentando seu marco legal, objetivos, vantagens e como é realizado. O ZEE tem como objetivo organizar o território de forma sustentável, compatibilizando desenvolvimento socioeconômico e conservação ambiental. É realizado por meio de diagnóstico, prognóstico e proposição de diretrizes considerando potencialidades, vulnerabilidades e tendências futuras.
Este documento discute a gestão da zona costeira portuguesa. Ele apresenta propostas de princípios, objetivos e opções estratégicas para uma gestão integrada da zona costeira nacional. Algumas das principais questões discutidas incluem a dinâmica fisiográfica e erosão, vulnerabilidades e riscos, e a necessidade de mitigar impactos humanos e riscos. O documento defende uma abordagem de gestão integrada coordenada para resolver problemas ambientais, econômicos e sociais na zona cost
O documento discute as ações da Defesa Civil em situações de desastres naturais em relação à saúde humana e animal. Ele descreve como o CCZ e a COVISA atuam nas fases de prevenção, resposta, recuperação para controlar doenças e cuidar dos animais afetados. Também mostra dados sobre esterilização de cães e gatos e mapeamento de áreas de risco de alagamento, deslizamento e leptospirose.
ENTRE OS RISCOS NATURAIS E OS DESASTRES SOCIOAMBIENTAIS: EXERCÍCIO SOBRE AS C...José Rafael
Trabalho apresentado à Coordenação do Curso de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Geografia.
Este documento discute movimentos de massa em vertentes e suas causas naturais e antrópicas. Primeiro, descreve os principais tipos de movimentos de massa como rastejos, corridas, deslizamentos, quedas, subsidências e colapsos. Em seguida, explica como a forma da vertente influencia sua dinâmica e relaciona os tipos de movimentos com as formas de vertente. Por fim, discute medidas preventivas e a importância do planejamento para reduzir riscos de desastres.
Semelhante a A atuação do serviço geológico do brasil (1) (16)
1. A ATUAÇÃO DO SERVIÇO GEOLÓGICO
DO BRASIL – CPRM NA GESTÃO DE
RISCOS E RESPOSTA A DESASTRES
NATURAIS
Abril de2013
Departamento de Gestão Territorial
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
2. A ATUAÇÃO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM
NA GESTÃO DE RISCOS E RESPOSTA A DESASTRES NATURAIS
Autores: Thales de Queiroz Sampaio
Jorge Pimentel
Cassio Roberto da Silva
Helion França Moreira
Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM/SGB – Serviço Geológico do Brasil
SGAN 603, Conjunto J, Parte A, 1º andar –
CEP: 70830-030 – Brasília – DF
Tel: (61) 3223-1166 / 3223-1059
Fax: (61) 3323-6600
E-mail: thales.sampaio@cprm.gov.br
RESUMO
No Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais do Governo
Federal (PPA 2012 – 2015), dentre os 4 eixos temáticos – Mapeamento, Prevenção,
Monitoramento e Alerta, e Resposta, a CPRM recebeu a incumbência de atuar no primeiro
eixo, ou seja, na produção do conhecimento geológico-geotécnico em municípios com alto
e muito alto risco a deslizamentos e inundações. Nesse processo procurou-se dar suporte à
prevenção de desastres naturais no país e ao atendimento às necessidades de um
planejamento urbano para ocupações futuras identificado com as boas práticas de redução
de risco. Assim, atuou em quatro linhas de ação, com total cumprimento às metas
estabelecidas em 2012, a saber: 1) Setorização de Riscos a Movimentos de Massa e
Inundações, que consiste na identificação e delimitação de áreas urbanas classificadas
como de risco Muito Alto e Alto, em escala variável de 1:1000 a 1: 2.000; para processos
de rupturas em encostas, enchentes e inundações; 2) Cartas Municipais de
Suscetibilidade a Movimentos de Massa e Inundações, que indicam no território
municipal, as áreas de suscetibilidade Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa para
processos de movimentos de massa, enchentes e inundações, na escala 1:25.000; 3)
Desenvolvimento e Implementação do Sistema de Cadastro de Deslizamentos e
Inundações – SCDI, que consiste de um sistema para cadastramento de dados
georreferenciados referentes a deslizamentos e inundações; e, 4) Cursos de Capacitação
de Técnicos Municipais na Gestão de Riscos, constituídos por cursos presenciais de 40
horas, abordando a tipificação e classificação dos processos geológicos geotécnicos e de
prática de gestão, visando à minimização dos danos resultantes dos processos de
deslizamentos em encostas e de inundações.
3. 1. INTRODUÇÃO
O planeta Terra está passando por um aumento na frequência e magnitude dos eventos
naturais em decorrência de processos geodinâmicos internos e externos. Os internos são
motivadores das erupções vulcânicas, terremotos e tsunamis, os externos são
responsáveis pela variação climática, cujos efeitos podem ser agravados pelas
intervenções humanas.
Os desastres naturais podem ocorrer em qualquer país, em razão dos fenômenos
naturais que os desencadeiam, como tempestades, terremotos, vulcões, ou ainda em
função da vulnerabilidade do sistema social.
Estudos revelados no relatório, produzido em 2007, no Emergency Events Database
(INPE, 2013), indicaram que a maioria dos desastres em questão ocorre em países em
desenvolvimento e, em grande parte, motivados pelo elevado adensamento populacional
em áreas de risco (figuras 1).
Figura1: Desastre na região serrana, ocorrido em 11/01/2011, Bairro da Posse-
Teresópolis - RJ
Atualmente, a sustentabilidade das cidades representa um dos maiores desafios
ambientais. A expansão urbana intensa nas últimas 5 décadas - fruto do êxodo rural,
ocupações em áreas de risco, ações deletérias sobre o quadro físico e sobre o tecido
urbano – converge para desafios de planejamento e gestão, que imprimam um novo
4. modelo de desenvolvimento capaz de emprestar uma nova imagem às cidades, com
novas formas de governar.
Para vencer este desafio é preciso superar a visão de desenvolvimento como simples ato
de ocupar espaços, entendendo-o sim, como possibilidade de uma construção
sustentável: econômica, social e ambiental.
Segundo o PPA 2012 - 2015, os eventos catastróficos que, de forma recorrente, afetam
regiões brasileiras sujeitas a intensas e/ou prolongadas precipitações, representados por
processos naturais, sociais (ocupações em áreas de risco) ou induzidos de natureza
geotécnica, envolvendo rupturas em encostas, enchentes e inundações, contribuíram
para que fosse reconhecida a importância das características geológico-geotécnicas
como informação fundamental para a aplicação de políticas públicas visando o
planejamento do uso do solo urbano. Com vistas a minimizar os danos resultantes de
eventos pluviométricos extremos, faz-se necessária a tomada de decisões tanto de
caráter estrutural, como de ações não estruturais, em que se destacam os procedimentos
de cunho preventivo.
Assim, é necessária a realização de mapeamento geológico-geotécnico para subsidiar o
planejamento do uso do solo (Planos Diretores Municipais), fornecendo informações e
orientações geotécnicas do meio físico para os mapeamentos de risco nos municípios
afetados por processos de instabilidade de encostas e de cheias, bem como outras
intervenções, tais como a adequada expansão urbana, a implantação de aterros
sanitários, etc.
O estudo geológico-geotécnico consiste em um documento cartográfico que contém os
diferentes compartimentos geotécnicos, cujas diferentes características e propriedades
resultam em distintas respostas frente às solicitações de um determinado
empreendimento ou intervenção. Indica, ainda, alternativas técnicas para que as
modificações impostas ao meio físico sejam realizadas da forma mais adequada, técnica
e economicamente. Nesses estudos, são incorporadas e tratadas as informações
geológicas, geomorfológicas e hidrológicas, principalmente as pluviométricas e
fluviométricas. Também é efetuada a integração dos cadastros já existentes de
deslizamentos (Figura 2), inundações e enchentes, bem como a inserção de novos
cadastramentos em todo o território, através do Sistema de Cadastro de Deslizamentos e
Inundações (SCDI). Estes dados contemplarão informações detalhadas de caráter
geológico-geotécnico das áreas de riscos do Brasil, os quais serão interligados ao sistema
da Defesa Civil (PPA2012 - 2015).
5. Figura 2: Escorregamentos planares seguidos por corridas de detritos, Córrego Dantas,
Nova Friburgo, 2011
A evolução histórica dos principais Serviços Geológicos do mundo revela que ao longo do
tempo tais instituições passaram por processos marcantes de mudanças em suas
funções, evidenciando que os seus objetivos iniciais e as transformações sofridas foram
regidos pela busca da perfeita integração dos anseios da sociedade e as peculiaridades
regionais e sociais dos seus países.
Assim, o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que vinha produzindo tradicionalmente
conhecimento geológico e hidrológico básico, através de uma perspectiva de
compreensão da geologia e dos recursos minerais do país voltadas para a produção de
riqueza econômica com os consequentes benefícios para toda a sociedade brasileira,
direciona a sua atenção para novas demandas, agora no campo dos desastres naturais,
responsáveis por expressivos danos, de caráter social, econômico e ambiental em nosso
país.
Neste particular, a CPRM que sempre esteve comprometida em participar de novas
frentes de ações e desafios, que dependam do conhecimento do meio físico e que criam
6. demandas por soluções sustentáveis, passa a atender os mais legítimos interesses e
necessidades do país e da sociedade.
É neste novo contexto social que a CPRM está cumprindo suas obrigações institucionais,
ampliando e consolidando sua atuação em estudos do meio físico, onde o foco é o
cidadão, a partir de um problema concreto na sociedade, referente às fragilidades e
vulnerabilidades dos espaços urbanos frente a desastres naturais.
Em decorrência, a partir das novas frentes de capacitações desenvolvidas na empresa,
na área de riscos geológicos, a CPRM foi convocada, pelo Governo Federal, a participar
em estreitas parcerias com o Ministério da Integração Nacional, Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Ministério das Cidades, Ministério da Defesa, Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, sob a coordenação da Casa Civil da Presidência da
República, na realização de ação emergencial em municípios selecionados onde se
registram graves desequilíbrios socioeconômicos, por contemplarem processos e
fenômenos, como deslizamentos, inundações, com vistas a subsidiar os agentes
envolvidos na análise, gerenciamento e intervenção de áreas de riscos.
No âmbito das parcerias destacam-se os excelentes trabalhos dos órgãos estaduais de
Geologia (DRM-RJ, IG-SP, IPT-SP e MINEROPAR) e de defesa civil, no desenvolvimento
dos mapeamentos de riscos geológicos em seus estados.
Dentro deste espírito é que o Serviço Geológico do Brasil-CPRM disponibilizou 60
geólogos, geógrafos e engenheiros para atuar nesta ação, que se iniciou em 07 de
novembro de 2011, abrangendo 286 municípios até de dezembro de 2012, distribuídos
pela maioria dos estados brasileiros, com vistas a proceder à identificação, delimitação e
caracterização dos setores considerados como de risco alto e muito alto.
Esta demanda provocou o redirecionamento de pesquisadores que atuavam em várias
atividades do SGB tais como: levantamentos da geodiversidade, hidrologia, mapeamento
geológico, resultando na reestruturação da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
para agregar a área de Riscos Geológicos e a consequente necessidade de efetuar
concurso público em 2013, para a contratação de 50 profissionais para atuar nessa área.
Este artigo registra, de forma sucinta, os resultados alcançados pela CPRM no Plano
Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, nesse esforço de
saudável parceria entre diversas instituições governamentais na construção e
implementação de estratégias que reforcem a imperiosa necessidade de planejamento
territorial, principalmente urbano, para disciplinar a ocupações futuras.
.
7. 2. OBJETIVOS
Inserido no Programa Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres o Ministério
de Minas e Energia, por intermédio da CPRM tem por objetivo efetuar até 2014, parte dos
estudos geológico geotécnicos (PPA 2012- 2015), através do mapeamento de risco nas
áreas urbanas em 821 municípios e a suscetibilidade em 286 municípios considerados
críticos, com foco naqueles recorrentemente afetados por inundações, enxurradas e
deslizamentos, visando contribuir para a total ou no mínimo diminuição das perdas de
vidas e materiais relacionadas a desastres naturais.
As informações levantadas pela setorização de riscos têm por objetivo disponibilizar ao
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – CEMADEN do
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, as áreas identificadas como de alto e muito
alto risco a deslizamentos e enchentes, para que o mesmo possa emitir alertas
prevenindo as comunidades da forte possibilidade da ocorrência de desastres.
Também envia as referidas informações para as ações de prevenção e respostas do
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres – CENAD/Secretaria Nacional
de Defesa Civil – SEDEC a cargo do Ministério da Integração Nacional, bem como a
elaboração de cartas geotécnicas a serem integradas aos planos diretores municipais
visando o planejamento adequado do uso e ocupação do solo e intervenções através de
obras de contenção nas áreas indicadas pela setorização, sob a responsabilidade do
Ministério das Cidades.
A carta de suscetibilidade a movimento de massa e inundações objetiva disponibilizar aos
gestores municipais, estaduais e federais, informações para o planejamento adequado da
expansão urbana, indicando às áreas inaptas e as adequadas à urbanização. Assim,
evitando o aumento das áreas de riscos nesses municípios que apresentam muito alta,
alta e média suscetibilidade em relação a movimentos de massa, enchentes e inundações
de alta energia.
O SCDI visa elaborar um banco de dados dos eventos ocorridos, tabulando os dados
históricos para contribuir no conhecimento dos processos geológicos e na elaboração de
programas e projetos para a gestão dos riscos geológicos dos municípios.
Os Cursos de Capacitação de Técnicos Municipais na Gestão de Riscos pretendem
transmitir conhecimentos relativos aos tipos e classificação dos processos geológicos
geotécnicos e práticas de gestão aos técnicos municipais e/ou defesa civil, visando à
8. conscientização dos moradores das áreas de riscos e para minimizar os danos
resultantes dos processos de deslizamentos em encosta e inundações.
3. METODOLOGIA
3.1Setorização de Riscos
Os procedimentos adotados para a setorização de riscos em região urbana foram
realizados em escala de detalhe, variando de 1:2.000 a 1:1.000, iniciando-se pela
utilização de sensores remotos e bases cartográficas, bem como de bibliografia
disponível, para o reconhecimento preliminar. A seguir é efetuado contato institucional
com SEDEC/COMDECs para efetivar a necessária integração de técnicos municipais e de
Defesa Civil com os pesquisadores da CPRM, constituídos por duplas de geólogos e/ou
geólogos e geógrafos ou engenheiros hidrólogos, que juntos percorrerem o município,
principalmente a área urbana e periurbana, para identificar os setores de risco alto e muito
alto a movimentos de massa e/ou sujeitas a processos de inundação.
A setorização consiste em um polígono envolvendo a porção de uma encosta ou planície
de inundação com potencial para sofrer algum tipo de processo natural ou induzido, que
possa causar danos, e será delimitado sobre imagens e/ou fotografias. Em continuidade
são elaborados os mapas (pranchas) de setorização (no formato A3) com fotos do setor
relativas aos indícios observados no terreno e moradias, e outras estruturas urbanas em
risco. O referido mapa contém a descrição da tipologia do processo e todas as
informações para o entendimento dos seus condicionantes.
A seguir é estimado o número de moradias (prédios) e pessoas afetadas ou passíveis de
serem afetadas. Também são indicadas as intervenções estruturais/não estruturais, tais
como obras de contenção, drenagem, educação ambiental, remoção ou relocação de
moradores e moradias, entre outras intervenções.
Na etapa de geoprocessamento, fazendo intenso uso de Sistemas de Informação
Geográfica (SIG), e com o apoio de imagens Google Earth georreferenciadas, ou de
imagens de sensores remoto de alta resolução, é gerado o polígono envolvendo as
moradias que estão sob risco, com a vetorização em tela. No ambiente SIG são adotados
os seguintes parâmetros cartográficos: o Sistema de Projeção: UTM; Datum: WGS-84
(posteriormente os dados são convertidos para coordenadas geográficas para
encaminhamento ao CEMADEN).
9. A finalização dos trabalhos é efetuada através da transferência do conhecimento para os
representantes do município e defesa civil, com apresentações e disponibilização das
pranchas em pdf impressas (Figura 3) e digital, bem como os dados vetoriais e base de
dados (Figura 4) para o próprio município, para o CEMADEN, CENAD, Ministério das
Cidades e outros órgãos e instituições integrantes do Plano Nacional de Gestão de Riscos
e Resposta a Desastres Naturais do Governo Federal.
10. Figura 3: Prancha no formato A3 com a setorização de riscos e descrição dos processos
11. Figura 04: Setores de risco em ambiente SIG com base de dados de atributos
Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Setorização de riscos de Ouro Preto MG – AMBIENTE SIG
12. 3.2. Carta Municipal de Suscetibilidade a Movimento de Massa e Inundações
A metodologia para o mapeamento, na escala de 1:25.000, da suscetibilidade a
movimentos de massa em encostas e inundações inicia-se com a pesquisa bibliográfica,
inventário dos registros de movimentos de massa ocorridos no município e elaboração da
carta preliminar, seguido de checagem no campo, finalizando-se no escritório com a
reanálise dos dados e construção do SIG associado a banco de dados.
A elaboração da carta é baseada principalmente na constituição litológica e estrutural, nas
características e formas do relevo, bem como dos solos de cada município, que devem
ser retratadas em um mapa de padrões de relevo. Os elementos do relevo identificados
devem estar associados a um mapa de declividades que deverá considerar para a sua
elaboração, os seguintes intervalos de declividades: 0o
2o
; 2o
5o
; 5o
10o
; 10o
20o
;
20o
30o
; 30o
45o
; >45o
.
As baixas declividades encontradas nos topos e nos sopés das elevações podem, em
muitos casos, mascarar situações de suscetibilidade muito alta a alta aos eventos
destrutivos analisados. A correção dessas distorções pode ser feita através da analise
conjunta de imagens, orto fotos ou bases cartográficas planialtimétricas.
O produto do cruzamento dos mapas de padrões de relevo com os de declividades, por
sua vez, deverá ser cruzado com os mapas geológico e pedológico do território municipal,
de modo que as características dos solos de cobertura e do substrato rochoso possam
ser avaliadas como fatores capazes de transmitir aos terrenos de maior ou menor
capacidade de resistência, à deflagração de movimentos de massa nas encostas.
A análise conjunta de todas essas informações permitirá a hierarquização da
suscetibilidade a movimentos de massa dos terrenos de cada município mapeado em 5
classes: muito alta, alta, média baixa e muito baixa.
A suscetibilidade a enchentes, inundações e enxurradas também deve ser definida em
função das características geológicas, geomorfológicas e hidrológicas do território de
cada município, associadas aos tipos de solos encontrados nas planícies (identificados
em mapas pedológicos).
A suscetibilidade a enchentes e inundações nas planícies foi estabelecida com base nos
tipos de solos que são encontrados nas mesmas, associados a pequenas variações do
relevo. Para tanto, observou-se que os solos gleys em geral mais úmidos, são
encontrados sempre mais próximos aos cursos d’água, onde praticamente não há
amplitude de relevo, sendo, portanto, os primeiros a serem atingidos por um evento de
13. cheia. As áreas de ocorrência desses solos foram, por tal motivo, consideradas de
suscetibilidade muito alta a tais eventos.
Também com amplitudes muito pequenas, porém um pouco mais elevadas que as áreas
descritas acima (<3m), são encontrados os aluviões mais arenosos que constituem os
Neossolos flúvicos. Por estarem um pouco acima das calhas dos cursos d’água esses
terrenos foram considerados como de suscetibilidade alta a eventos de enchentes e
inundações.
Como terrenos de suscetibilidade média a esses eventos foram considerados os terraços
de natureza fluvial com amplitudes entre 3 e 10m em relação às calhas dos rios, situados
junto aos flancos dos vales. As amplitudes indicam que tais terrenos só devem ser
atingidos por eventos de cheias com intensidade superior aos anteriores. Os terraços
fluviais situados nas bordas das planícies, com amplitudes superiores a 10m em relação
às calhas dos rios foram considerados de suscetibilidade baixa a eventos de enchentes e
inundações por ser menor a probabilidade de serem atingidos em relação aos demais
terrenos das planícies.
Para as enxurradas foi considerada a suscetibilidade alta a muito alta em todas as
drenagens encaixadas em regiões montanhosas, incluindo os domínios das escarpas
(frontal e reversa) e os sopés das mesmas. Com base na observação de eventos
ocorridos em regiões com esse tipo de relevo, estabeleceu-se que o alcance médio das
enxurradas poderá atingir terrenos situados a uma distância aproximada de 25m das
margens dessas drenagens (Figura 5).
14. Figura 05: Mapa de suscetibilidades a movimentos de massa e inundações, escala 1:25.000
15. 3.3 Sistema de Cadastro de Deslizamentos e Inundações – SCDI
Este Sistema foi desenvolvido pela CPRM para utilização pelas equipes de Defesa Civis
municipais no cadastramento de eventos ocorridos ou potenciais, relativos a movimentos
de massa, inundações e enchentes. O sistema é constituído de diversas telas
padronizadas para a inserção de dados, associadas a bibliotecas de atributos. O sistema
permite a entrada e o armazenamento de dados, exportação de relatórios no formato PDF
e a geração de planilhas XLS e CSV. Também é dotado de recursos de pesquisa e
recuperação de dados. O sistema teve seu desenvolvimento concluído e foi implantado
em Nova Petrópolis-RS, prevendo-se que será implementado nos municípios brasileiros
sujeitos a processos de movimentos de massa, enchentes e inundações de forma a
contribuir para a gestão dos processos condicionantes dos riscos, facilitando a
padronização e a descrição dos mesmos e criando uma base de dados histórica em cada
município onde o sistema for instalado (Figura 6).
Figura 6: Telas de abertura do Sistema de Cadastro de Deslizamentos
e Inundações – SCDI
16. 3.4 Cursos de Capacitação de Técnicos Municipais na Gestão de Riscos
Em 2007 o Serviço Geológico do Brasil – CPRM (SGB) firmou Acordo de Cooperação
Técnica (ACT) com o Ministério das Cidades, visando o desenvolvimento de ações
conjuntas destinadas a promover a capacitação de técnicos municipais para a prevenção
de riscos de desastres naturais. Dentre as ações, destaca-se o curso de capacitação de
técnicos municipais nas temáticas relacionadas ao diagnóstico, mapeamento e
planejamento de intervenções para redução de riscos geológicos. O curso tem por
finalidade ampliar o conhecimento desses profissionais sobre os condicionantes
desencadeadores, a tipologia dos processos dinâmicos de encostas e de áreas sujeitas a
inundações e enchentes, de forma a contribuir para o melhor desempenho de suas
funções nos municípios de origem.
Assim, desde 2008, após a finalização do ACT SGB e MCIDADES, a CPRM tem dado
continuidade a ação de capacitação de técnicos municipais, principalmente agentes de
Defesa Civil. O curso de capacitação tem carga horária de 40 horas, com aulas teóricas
presenciais e aula prática de campo, onde se faz a integração entre os conceitos teóricos
vistos na sala de aula e realidade das situações de campo. Ao final do curso são
distribuídos certificados aos participantes (Figura 9).
Figura 7: Integrantes do curso de capacitação na gestão dos riscos geológicos em
Caxias do Sul - RS (out. 2012)
17. 4. ASPECTOS REGIONAIS RELACIONADOS AOS PROCESSOS GEOLÓGICOS
PREDOMINANTES
Os trabalhos de setorização de riscos geológicos em 286 municípios, realizados ao longo
de 2012, abrangeram vasta área do território nacional, praticamente todas as regiões
fisiográficas brasileiras. Assim na região norte foi mapeado 37 municípios, onde se estima
que 54.650 moradias e 205.945 pessoas estejam sob riscos. No nordeste foram 63
municípios, 77.692 moradias e 317.074 pessoas. No centro oeste6 municípios, 11
moradias e 52 pessoas. No sudeste 105 municípios, 187.752 moradias e 582.431
pessoas. E, na região sul 75 municípios, 76.348 moradias e 214.001 pessoas encontram-
se, como as demais regiões visitadas, sob riscos a deslizamentos e inundações.
O território nacional apresenta uma vasta diversidade do meio físico, condicionada por
uma grande complexidade geológica e estrutural, que resulta em uma também marcante
diversidade morfológica, com terrenos de variadas formas de relevo. A dimensão
continental do Brasil condiciona, também, uma marcante variabilidade e interrelação
climáticas que resultam em regiões com diferentes regimes pluviométricos e marcantes
diferenças de amplitudes térmicas. A interação entre essas variáveis, entre outras,
condiciona também a grande variabilidade dos tipos de solos existentes no território
brasileiro.
Assim, resultante dessa grande variedade de características geológicas, morfológicas,
pedológicas e climáticas, o território brasileiro apresenta uma também marcante distintas
características e propriedades geológico-geotécnicas, que pode de modo simplificado, ser
definida como a resposta dos terrenos frente às solicitações de uso e ocupação. Essa
variabilidade de características geológico-geotécnica dos solos e rochas do território
nacional fica bem evidente quando se busca uma análise integrada dos tipos de
processos geológico-geotécnicos predominantes em cada região, abrangendo
principalmente aqueles relacionados com a dinâmica de encostas, envolvendo os
movimentos de massa, e aqueles resultantes da dinâmica fluvial.
Não considerando as causas, mas apenas constatando que as frequências e as
magnitudes dos eventos climáticos, principalmente aqueles relacionados com chuvas
intensas e/ou prolongadas, estão ocorrendo com índices de precipitação mais elevados e
com intervalos de tempo bastante pequenos, resultando em intervalos de recorrência
menores. Associado às questões referentes ao meio físico temos uma cultura social de
uso e ocupação dos espaços territoriais onde a população mais carente, e também uma
parcela mais abastada, ocupa os terrenos de forma desordenada, realizando intervenções
18. (cortes e aterros) que favorecem, quando não induzem, o desenvolvimento de processos
geológicos (deslizamentos e inundações) que resultam, via de regra em danos sociais e
perdas materiais.
Assim, de forma preliminar e buscando delinear um quadro com a distribuição dominante
dos processos geológicos e hidrológicos, sob a ótica da geologia de engenharia e riscos
geológicos nas diferentes regiões do Brasil, são descritas abaixo os principais processos
observados nos trabalhos de setorização de riscos realizada pelas equipes do Serviço
Geológico do Brasil – CPRM.
Região Sul
Na região sul, envolvendo os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no
domínio dos terrenos cristalinos antigos compostos predominantemente por granitóides,
gnaisses e migmatitos, cujo relevo dominante é caracterizado pelas escarpas da Serra do
Mar, os processos geológicos envolvem principalmente os deslizamentos planares
(translacionais) rasos, que ocorrem ordinariamente em encostas de diversos graus de
declividade e principalmente nas encostas ocupadas onde foram executados cortes e
aterros. Ao longo de vales e talvegues, que se desenvolvem, desde as cabeceiras de
drenagem até áreas planas a jusante, pode ocorrer corridas de massa, de alta energia
que podem mobilizar grande quantidade de material detrítico. Deslizamentos rotacionais
ou circulares podem ocorrer em perfis de solos mais profundos, condicionado por
estruturas geológicas, tais como, falhas, fraturas e outras descontinuidades existentes nos
produtos de intemperismo (solo residual e saprolito) que atuaram como importante
conduto hidrogeológico que potencializa e induz rupturas de taludes dessa natureza
(Figura 8).
Nas escarpas rochas basálticas da Bacia do Paraná, formadoras da Serra Geral, nos
estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina os processos predominantes consistem
das rupturas planares e corridas de massa. Ocorrem também de forma comum os
tombamentos e rolamentos de blocos e lascas de rocha. O município de Porto Alegre tem
suas porções mais elevadas ocupando terrenos graníticos cujos processos intempéricos
resultam comumente na geração de blocos e matacões de rocha que podem ser
mobilizados e causar danos. Nesse município é também comum à ocupação
desordenada de antigas pedreiras que apresentam grande potencial de causar danos a
população.
19. Nos terrenos sedimentares da Bacia do Paraná ocorrem rupturas planares e processos
erosivos que são importantes em relação aos danos materiais, mas raramente resultam
em danos a vida. Na região oeste do Rio Grande do Sul importantes focos de arenização
ocorrem em diversos municípios, onde os processos erosivos estão intensamente
instalados nas rochas sedimentares areníticas. No oeste do Paraná predominam
processos erosivos, incluindo ravinas e voçorocas.
Processos de rastejo, que ocorrem disseminados em todos os terrenos da região sul, e
são comuns em praticamente todos os domínios geológicos e geomorfológicos na região,
e são potencializados e incrementados pelo pisoteio do gado ao longo das encostas, os
quais são importantes, pois evidenciam a lenta mobilização do terreno, que pode resultar
em severos danos materiais e mesmo a vida, caso evoluam para processo de velocidade
e raio de alcance maior, como deslizamentos e corridas de massa.
Nas baixadas e ao longo das planícies fluviais da região ocorrem importantes processos
de inundações e enchentes como os recorrentes eventos na bacia do Itajaí- Açu em
Santa Catarina que quase anualmente atinge municípios como Itajaí, Brusque, Gaspar,
Ilhota, Blumenau, Benedito Novo e outros. Ainda e Santa Catarina a bacia do rio Tubarão
igualmente é afetado de forma recorrente por severas cheias. No Rio Grande do Sul todos
os rios que formam a bacia do rio Jacuí apresenta histórico de severos eventos de
inundações. Nos rios que drenam a região serrana, como o Antas/Taquari, o Caí e Sinos,
apenas para citar alguns, apresentam histórico de eventos de rápida elevação do seu
nível de água normal, atingindo cotas mais elevadas, com escoamento de alta energia,
potencializando danos materiais e sociais.
20. Figura 8: Rastejo evoluindo para rupturas rotacionais, Vale do Sol-RS. Bressani, 2013
Região Sudeste
A região sudeste apresenta um severo histórico de eventos de movimentos de massa,
enchentes e inundações que já resultaram na perda de milhares de vidas e prejuízos
materiais de grande monta nos estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Espírito Santo. Com recorrência quase anual a região é afetada por intensas e
prolongadas precipitações concentradas nos meses de novembro, dezembro, janeiro,
fevereiro e março. A grande diversidade morfológica e o predomínio, na faixa costeira de
rochas cristalinas que formam a Serra do Mar, definem e condicionam a tipologia de
processos geológicos. Assim, ocorrem de forma predominante os deslizamentos planares
(translacionais). Esses processos ocorrem também condicionados pelas formas de
ocupação dos terrenos pelas populações de baixa renda através dos cortes e aterros.
Rupturas rotacionais (circulares) são mais restritas, sendo condicionadas pelo perfil de
intemperismo mais profundo e por estruturas geológicas como falhas, fraturas e outras
descontinuidades que atuam como condutos hidrogeológicos.
Em Minas Gerais a grande complexidade litológica, onde a presença de rochas
metamórficas como gnaisses, filitos, xistos e itabitritos, apenas para citar algumas, que
21. apresentam marcante foliação metamórfica que controlam o desenvolvimento de rupturas
planares.
Processos erosivos são comuns instalados em relevo de montanhas com altas
declividades onde as encostas foram desprovidas da cobertura vegetal para a
implantação de pastagens e cultivos diversos. Nesse ambiente, processos erosivos,
incluindo ravinas e voçorocas, ocorrem amplamente. No estado de Minas Gerais,
principalmente, um novo fator antrópico passa a acelerar o processo erosivo a partir da
prática do MotoCross, onde as trilhas das motos desagregam o solo e formam os sulcos
iniciais que serão posteriormente ampliados pela ação das águas superficiais. Nas
regiões oeste de São Paulo, no domínio das rochas sedimentares da Bacia do Paraná os
processos erosivos são condicionados pela agricultura e em municípios específicos, como
São Pedro, pela implantação de loteamentos habitacionais sem os devidos estudos
técnicos necessários.
Processos de rastejo, que ocorrem disseminados em todos os terrenos da região sudeste,
e são comuns em praticamente todos os domínios geológicos e geomorfológicos na
região, são importantes, pois evidenciam a lenta mobilização do terreno, e são
potencializados e incrementados pelo pisoteio do gado ao longo das encostas, que pode
resultar em severos danos materiais e mesmo a vida, caso evoluam para processo de
velocidade e raio de grande alcance, como deslizamentos e corridas de massa (Figura 9).
Nas baixadas e ao longo das planícies fluviais da região sudeste ocorrem importantes
processos de inundações e enchentes como os recorrentes eventos na bacia do rio Doce
em Minas e Espírito Santo, cujos municípios são afetados de forma recorrente por
severas cheias. Em São Paulo a bacia do rio Tietê, hoje uma bacia totalmente urbana na
região metropolitana da cidade de São Paulo, apresenta histórico anual de severos
eventos de inundações. Nos rios que drenam a região serrana tanto em São Paulo, como
no Rio de Janeiro, representado pelo rio Paraíba do Sul, apenas para citar alguns,
apresentam histórico de eventos de inundações que resultam em elevados danos
materiais e sociais.
22. Figura 9: Corrida de detritos na região serrana, em 11/01/2011, Bairro da Posse-
Teresópolis - RJ
Região Nordeste
Na região nordeste do Brasil os processos de rupturas em encostas estão diretamente
associado aos hábitos construtivos de ocupação das encostas, tanto em terrenos
cristalinos onde ocorrem migmatitos, gnaisses e granitóides como nos sedimentos
areníticos terciários do Grupo Barreiras. Em Salvador e Recife, principalmente, o
adensamento populacional em áreas de declividade elevada, associada aos cortes e
aterros e a falta de infraestrutura urbana condicionam o estabelecimento de
deslizamentos planares em cortes e aterros. Ocorrem também, mas de forma mais restrita
rupturas circulares, como a que afetou a Av. Eduardo Magalhães em Salvador, que
ocorreu sobre litologias muito antigas e decompostas, sendo condicionadas pelo perfil de
intemperismo mais profundo e por estruturas geológicas como falhas, fraturas e outras
descontinuidades que atuam como condutos hidrogeológicos.
Além dos processos relacionados à dinâmica das encostas, a região nordeste é também
afetados por processos relacionados á dinâmica fluvial, onde inundações de alta energia
são comuns, principalmente as bacias da região da Mata nordestina, como as que
ocorreram em 2010, quando cidades como Jacuípe, Branquinha, Santana do Mundaú e
23. muitas outras nos estados de Alagoas e Pernambuco, sofreram severos danos materiais
e sociais(Figura 10).
.
Figura 10: Inundação do tipo enxurrada (alta energia) de junho de 2010, Jacuípe-AL
Região Centro-Oeste
A região centro-oeste apresenta um histórico menos severo de eventos destrutivos. Essa
situação menos grave resulta da sua compartimentação geológica e da morfologia mais
aplainada que condicionam processos destrutivos localizados. A vocação para a
agricultura e o menor adensamento dos núcleos populacionais de baixa renda também
favorecem a maior estabilidade da região. Aliado a isso temos um regime pluviométrico
também mais estável.
Na região os processos mais importantes são aqueles relacionados com a erosão dos
solos pelo desenvolvimento de ravinas e voçorocas e o assoreamento dos cursos d´água.
O regime de chuvas concentrado em determinados meses do ano também pode gerar
eventualmente enchentes de alta energia com alto poder destrutivo como a que afetou
184 moradias e o centro histórico de Goiás Velho em 2001 no estado de Goiás.
24. Região Norte
Nesta região os processos destrutivos relacionados aos riscos geológicos estão
concentrados nas áreas urbanas onde, a exemplo do que ocorre nas cidades de Manaus,
Belém e Santarém, ocorrem problemas relacionados à estabilidade de taludes de corte
que podem causar perdas de vida, onde deslizamentos planares e erosões,
representadas por ravinas e voçorocas, ocorrem nos arenitos da Formação Alter do Chão.
Na região o processo mais importante e também o menos conhecido, consiste no
fenômeno regional denominado de “Terras Caídas”. Esse processo ocorre amplamente ao
longo da bacia Amazônica afetando terrenos recentes onde as populações ribeirinhas e
mesmo cidades históricas estão instaladas. O fenômeno de Terras Caídas engloba um
conjunto de processos geológicos que inclui desde rupturas simples como o solapamento
de margens e o tombamento de blocos de solo nas margens dos corpos d´água, como
processos mais complexos envolvendo rupturas rotacionais, tanto em planta como em
perfil, que criam verdadeiras enseadas nos locais onde ocorreu o processo (Figura 11).
As Terras Caídas resultam da dinâmica de erosão-deposição intrínseca da dinâmica
fluvial, onde ocorre a migração lateral do curso d´água, que após ter depositado no
passado seus sedimentos. Assim, terrenos sedimentares, definidos como aluviões,
compostos por areia, silte e argila, que foram depositados em épocas pretéritas, são
submetidos, em tempos atuais, à processos de solapamento, erosão das margens e
rupturas rotacionais, como forma de devolução desses sedimentos ao rio, onde serão
transportados e depositados em outros locais fechando o ciclo.
Diversas comunidades ribeirinhas e cidades construídas ao longo das planícies
aluvionares dos rios na Amazônia são afetadas pelos processos de Terras Caídas,
incluindo Santarém, Tefé, São Pedro de Olivença, Oriximiná, e muitas outras. Destaca-se
a recente ruptura do porto de Chibatão em Manaus, onde a ruptura do aterro lançou
grande quantidade de containeres no rio e com uma vitima fatal.
Além do processo de Terras Caídas as população ribeirinhas da região são anualmente
severamente afetadas pelos regimes de cheias dos rios amazônicos.
25. Figura 11: margem do rio Solimões, vila do Cuia- Anamã - AM, local de ruptura rotacional
formando enseadas.
5. CONCLUSÕES
Na atividade de Setorização de Riscos a Movimentos de Massa e Inundações, até
dezembro de 2012, foram delimitadas as áreas onde há evidências da existência de
processos geológicos, incluindo rupturas em encostas e enchentes e inundações em
terrenos de baixada, classificadas como de risco Muito Alto e Alto, passíveis de
resultarem em danos sociais e materiais. Concluiu-se o trabalho em 286 municípios, nos
quais 3.041 setores de riscos, com 347.253 moradias e 1.435.787 moradores em áreas
de riscos. Até a presente data, a CPRM colocou à disposição do CEMADEN (MCT), do
CENAD (MI), bem como aos municípios envolvidos, conforme descrito no item 3.1, todos
os dados relativos à setorização de riscos (em papel e digital) contendo informações
sobre o meio físico em ambiente de Sistema de Informação Geográfica - SIG, associado a
uma base de dados de atributos, permitindo que os agentes envolvidos disponham de
subsídios para emitir alertas, gerenciamento e intervenções de áreas de riscos ou
potencialmente perigosas, com o objetivo de proteger vidas, garantir a segurança das
pessoas, minimizar os danos decorrentes de desastres e proteger o meio ambiente.
26. Em 2012, na atividade Cartas Municipais de Suscetibilidade a Movimentos de Massa
e Inundações foram mapeados 2 (dois) municípios, Santa Maria Madalena-RJ e Escada-
PE, considerados pilotos para o desenvolvimento de metodologia e treinamento de 6
pesquisadores, os quais serão os multiplicadores para as equipes que irão mapear os
restantes 284 municípios em 2013 e 2014.
O Sistema de Cadastro de Deslizamentos e Inundações - SCDI teve a sua etapa de
desenvolvimento concluída no final de 2012. Em continuidade, o sistema foi instalado no
município de Nova Petrópolis-RS para testes. No decorrer de 2013 será desenvolvido um
amplo programa de disseminação, implementação e treinamento na utilização do sistema.
A CPRM realizou 31 cursos de Capacitação de Técnicos Municipais na Gestão de
Riscos voltado para prevenção e gerenciamento de riscos de desastres naturais, em
vários estados brasileiros, no período de 2007 a dezembro de 2012, envolvendo mais de
840 técnicos treinados da Defesa Civil e das Secretarias Municipais.
É importante ressaltar a articulação institucional entre ministérios e órgãos de governos
tanto federal, quanto estaduais e municipais, para enfrentar esse grande desafio de
minimizar os danos materiais, perdas de vidas e ao meio ambiente, que os desastres
naturais vêm produzindo nas últimas décadas. Pode-se afirmar que o Plano Nacional de
Gestão de Riscos e Resposta a Desastres já representa um auspicioso sucesso, face a
excelente integração das instituições envolvidas, bem como da inovadora iniciativa da
elaboração democrática e participativa do PPA 2012-2015.
5. BIBILIOGRAFIA
Bressani, L.A. Palestra Processos de deslizamentos. Curso Capacitação Cartas de
Suscetibilidade. Curso interno SGB/CPRM. Fev. 2013
INPE, 2013. Núcleo de Pesquisa e Aplicação de Geotecnologias em Desastres Naturais e
Eventos Extremos para a Região Sul do Brasil. Instituto de Pesquisas Espaciais-INPE.
Disponível em: http://www.inpe.br/crs/geodesastres/no mundo. Acesso em: 19 mar. 2013.
PPA 2012 -2015. Programa Gestão de Riscos e Resposta a Desastres. SPI/Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. Brasília. 2011