1. Jequié-BA
2016
AÇÕES INTEGRADAS DE MANEJO DE ÁGUAS
PLUVIAIS NO ESTADO DA BAHIA: O ESTUDO
DE CASO DO MUNICÍPIO DE LAURO DE
FREITAS/BA
Docente: Prof. Fabian Costa De Azevedo
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Discentes:
ALAN SANTOS
CARINA OLIVEIRA
DARLAN DUARTE
GEISA CERQUEIRA
LIANA NOGUEIRA
NATIELE BARROS
ROMUALDO FRANÇA
2. Introdução
Renavan Andrade Sobrinho
Engenheiro Civil/Sanitarista e Ambiental pela UFBA, Mestre em Meio
Ambiente, Águas e Saneamento, MBA em Gestão Empresarial e
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Professor
Assistente, Universidade Federal da Bahia.
(renavansobrinho@gmail.com).
Raimundo Freitas Neves
Engenheiro Civil pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em
Administração Pública pela Universidade de Lisboa. Diretor de Águas
Urbanas na Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia.
(raimundo.freitas@sihs.ba.gov.br)
Autores:
3. Introdução
Chuvas.
Catástrofes.
Áreas Urbanas.
Impermeabilização da superfície do solo impede a infiltração
natural das águas proveniente das chuvas.
Aumento dos escoamentos superficiais.
Desenvolvimento urbano.
Ocorrências dos desastres naturais.
Causas principais:
Á ausência de planejamento;
Controle de uso do solo;
Ocupações de áreas de risco em fundo de vales;
Sistemas de drenagens inadequadas.
4. Introdução
Este artigo visa analisar a solução proposta para a sede
do município de Lauro de Freitas, pelo Governo do Estado
da Bahia, que se refere à implantação de reservatórios de
amortecimento de cheias ao longo do rio Ipitanga e seus
efluentes.
5. Caracterização da área de estudo
Munícipio de Laura de Freitas, situado numa faixa costeira do Estado
da Bahia.( Figura 1), com cerca de 184 mil habitantes( IBGE, 2013).
6. Caracterização da área de estudo
Os rios que cruzam o município de Lauro de Freitas não possuem sua
foz no Oceano Atlântico.
Rio principal : Rio Ipitanga.
Esse rio corta o núcleo urbano de Lauro de Freitas, desde as
imediações do Aeroporto Internacional Deputado Luiz Eduardo
Magalhães até a sua foz, o rio Joanes, onde deságua após percorrer um
trajeto da ordem de 8 km pelo interior da sede municipal.
Fator problema: Enchentes frequentes.
Mais severas ocorridas nos anos: 1999, 2003 e 2005. Recentemente,
em 2010, ocorreu nova inundação, afetando milhares de pessoas.
7. Caracterização da área de estudo
A Figura 2 apresenta algumas enchentes ocorridas, mostrando a
magnitude do problema.
8. MATERIAIS E MÉTODOS
Metodologia analítica, modalidade de estudo de caso.
Foram analisados os estudos realizados para avaliação da
condição estrutural e a situação ocupacional do Rio Ipitanga e dos
canais Urbanos.
Buscou-se avaliar a natureza das ações preventivas e/ou
mitigadoras que considerem a correção das vazões ao longo do
curso d’água, de forma a propiciar a infiltração natural da bacia de
drenagem.
Implantação da Drenagem sustentável.
9. Análise do Projeto Proposto
O projeto proposto para mitigação das cheias nas áreas urbanas da cidade
de Lauro de Freitas (BA) considerou a implantação de reservatórios de
amortecimentos, objetivando diminuir as cheias que afluem à área urbana.
Foi proposta efetuar intervenções que aumentem a capacidade de
escoamento do rio, por meio do aumento e desassoreamento da calha
principal do curso d’água, conforme apresenta a Figura 3( BAHIA,2012).
10. Análise do Projeto Proposto
O projeto proposto para mitigação das cheias nas áreas urbanas da cidade
de Lauro de Freitas (BA) considerou a implantação de reservatórios de
amortecimentos, objetivando diminuir as cheias que afluem à área urbana.
Foi proposta efetuar intervenções que aumentem a capacidade de
escoamento do rio, por meio do aumento e desassoreamento da calha
principal do curso d’água, conforme apresenta a Figura 3( BAHIA,2012).
11. Resultados e discussão
Analisando-se os resultados obtidos nas simulações
hidrodinâmicas do trecho mais crítico, entre o Reservatório de
Amortecimento 4 e a foz no rio Joanes, a partir dos dados
hidrológicos.
14. Conclusão
O estudo desenvolvido para o manejo de águas pluviais de Lauro de
Freitas trata-se de experiência única no Estado da Bahia, em que há,
pela primeira vez, um descolamento do modelo tradicional de
drenagem urbana, que prezava apenas pela retificação e revestimento
dos rios urbanos.
O modelo apresentado busca uma inter-relação entre a necessidade de
obras de intervenção nos cursos d'água urbanos e a premência de
harmonização com o meio ambiente, cujas medidas mitigadoras
adotadas levem em consideração a infiltração natural da bacia de
drenagem; porém, faltam no projeto analisado medidas não-estruturais
para o controle de enchentes.
15. Conclusão
Sugere-se que as ações estruturais e não-estruturais sejam realizadas
de forma conjunta, o que realmente seria um grande avanço, pois
haveria o planejamento da gestão territorial urbana, incluindo, aí, o
saneamento, a mobilidade e a habitação.
O modelo em questão vem sendo implantado em países da Europa e,
no Brasil, mais precisamente, nos municípios de São Paulo, Belo
Horizonte e Curitiba, já há mais de duas décadas.
A resolução dos problemas das enchentes vai além de uma questão
técnica de engenharia.
Ela envolve uma integralização entre o poder público e a comunidade,
principalmente através de medidas não-estruturais, como a educação e
conscientização dos habitantes.
Tais medidas visam à melhor convivência da população com as enchentes,
sendo fundamental a sua combinação com as medidas estruturais, podendo
minimizar, significativamente, os prejuízos que hoje ocorrem no município
de Lauro de Freitas por conta das recorrentes inundações.
16. REFERÊNCIAS
BAHIA. Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia – SEDUR. Intervenções Integradas para o
Manejo de Águas Pluviais no
Município de Lauro de Freitas. Não publicado e disponível para consulta. Salvador-BA, 2012
CAMPOS, E. F. Avaliação da distribuição da chuva nas vazões máximas urbanas usando dados de
radar e pluviógrafo. 151f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
CANHOLI A.P. Soluções estruturais não convencionais em drenagem urbana. Tese (Doutorado) –
Escola Politécnica da USP, São Paulo, 1995.
_______. Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo: Oficina de Textos, 2005.
CORSINI R. Piscinões para controle de cheias (dimensionamento, projeto, custos e manutenção de
reservatórios de contenção de enchentes em espaços públicos). São
Paulo: Editora PINI, 2011.
GIROLDO J. Reservatórios de contenção de cheias existentes na R.M.S.P.: contribuição para análise
de projeto, operação e manutenção. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da USP, São Paulo,
2003.
GUERRA, A. E. Qualidade e eficiência dos serviços de saneamento. In: Atlas de saneamento. Rio de
Janeiro: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2011. p. 27-44.