SlideShare uma empresa Scribd logo
A Par´abola
Quando um cone circular reto ´e interceptado por um plano secante paralelo a uma e
somente uma geratriz do cone, ´e gerada uma cˆonica chamada de par´abola.
Defini¸c˜ao. Uma par´abola ´e o conjunto de pontos em um plano equidistante de um ponto
e de uma reta fixos. O ponto fixo ´e chamado de foco e a reta fixa ´e chamada de diretriz.
A reta que passa pelo foco e ´e perpendicular `a diretriz ´e chamada de eixo de simetria
(ou eixo) da par´abola. O ponto de interse¸c˜ao da par´abola com seu eixo ´e chamado de
v´ertice da par´abola.
1
Para deduzir a equa¸c˜ao de uma par´abola de modo que tenha a forma mais simples
poss´ıvel, colocamos a origem sobre o v´ertice e escolhemos o eixo y perpendicular `a diretriz.
Ressaltamos que estamos fazendo uma escolha particular dos eixos (e n˜ao da par´abola).
Seja p a distˆancia orientada do v´ertice ao foco. As coordenadas do foco ser˜ao (0, p), e
a equa¸c˜ao da diretriz ser´a y = −p. Um ponto P(x, y) estar´a sobre a par´abola se e somente
se P for equidistante do foco e da diretriz. A distˆancia de P ao foco ´e
|PF| = (x − p)2 + y2
e a distˆancia de P `a diretriz ´e
|PQ| = (y + p)2
Assim, P est´a sobre a par´abola se e somente se
(x − p)2 + y2 = (y + p)2
Elevando ao quadrado ambos os membros da equa¸c˜ao acima e simplificando, obtemos
x2
= 4py
Provamos assim o teorema seguinte.
Teorema. A equa¸c˜ao da par´abola com foco no ponto F(0, p) e tendo a reta y = −p como
diretriz ´e
x2
= 4py
2
Na dedu¸c˜ao acima, se os eixos x e y forem trocados entre si, ent˜ao o foco ser´a o ponto
F(p, 0) e a diretriz ser´a a reta com equa¸c˜ao x = −p. Neste caso, temos o teorema seguinte.
Teorema. A equa¸c˜ao da par´abola com foco no ponto F(p, 0) e tendo a reta x = −p como
diretriz ´e
y2
= 4px
Observe que p pode ser negativo, pois ´e a distˆancia orientada do v´ertice ao foco da
par´abola. Para a equa¸c˜ao x2
= 4py, a par´abola abre-se para cima, se p > 0 e para baixo,
se p < 0. Em ambos os casos, o eixo da par´abola ´e o eixo y.
Por outro lado, para a equa¸c˜ao y2
= 4px, a par´abola abre-se para a direita, se p > 0
e para a esquerda, se p < 0. Em ambos os casos, o eixo da par´abola ´e o eixo x.
A corda que passa pelo foco, perpendicular ao eixo da par´abola ´e chamada de latus
rectrum da par´abola (ou corda focal m´ınima) e seu comprimento ´e |4p|.
Agora usaremos a transla¸c˜ao de eixos para encontrar a equa¸c˜ao geral de uma par´abola
com v´ertice em um ponto distinto da origem e com diretriz paralela a um eixo coordenado.
3
Consideremos uma par´abola com diretriz paralela ao eixo x e v´ertice no ponto V (h, k).
Ent˜ao, se p for a distˆancia orientada do v´ertice ao foco da par´abola, o foco estar´a no ponto
F(h, y + k) e a diretriz ter´a equa¸c˜ao y = k − p. Sejam x e y eixos tais que a origem O
esteja em V (h, k). A equa¸c˜ao da par´abola em rela¸c˜ao aos eixos x e y ´e
x 2
= 4py
Para obter uma equa¸c˜ao dessa par´abola em rela¸c˜ao aos eixos x e y, substitu´ımos x
por x − h e y por y − k, o que fornece
(x − h)2
= 4p(y − k)
O eixo dessa par´abola ´e paralelo ao eixo x. Temos ent˜ao o teorema a seguir.
Teorema. Se p for a distˆancia orientada do v´ertice ao foco, a equa¸c˜ao da par´abola com
v´ertice em (h, k) e com eixo paralelo ao eixo y ´e
(x − h)2
= 4p(y − k)
Uma par´abola com v´ertice em (h, k) e com eixo paralelo ao eixo x tem por equa¸c˜ao
(y − k)2
= 4p(x − h)
Exemplo. Encontre o v´ertice, o foco, a equa¸c˜ao da diretriz, a equa¸c˜ao do eixo e o
comprimento da latus rectrum da par´abola
x2
− 8x − 8y − 8 = 0
Solu¸c˜ao. Reescrevemos a equa¸c˜ao dada sob a forma
x2
− 8x = 8y + 8
Somando 16 a ambos os membros da igualdade, obtemos
x2
− 8x + 16 = 8y + 24
(x − 4)2
= 8(y + 3)
Comparando essa equa¸c˜ao com a equa¸c˜ao
(x − h)2
= 4p(y − k)
obtemos
4
h = 4, k = −3
e
4p = 8 ⇔ p = 2
Assim, o v´ertice da par´abola est´a em (4, −3), o foco est´a em (4, −1), a equa¸c˜ao da diretriz
´e y = −5, a equa¸c˜ao do eixo ´e x = 4 e o comprimento da latus rectrum ´e |4p| = 8. O
gr´afico est´a esbo¸cado na figura abaixo.
Os far´ois dianteiros dos autom´oveis tˆem o formato de um parabol´oide (superf´ıcie ge-
rada pela rota¸c˜ao da par´abola em torno do seu eixo). As se¸c˜oes do parabol´oide s˜ao
par´abolas, todas com foco no mesmo ponto. Raios de luz de uma lˆampada situada no
foco s˜ao refletidos numa mesma dire¸c˜ao segundo retas paralelas ao eixo da par´abola.
Para um espelho parab´olico, ocorre uma situa¸c˜ao inversa, onde raios de luz de um
objeto no c´eu, que incidem no espelho paralelamente ao eixo, s˜ao todos refletidos para o
foco. Por exemplo, o espelho pode ser apontado para o Sol, e os raios de luz ser˜ao refletidos
para o foco. Com isso ser´a produzida uma grande quantidade de calor. Da´ı o nome foco
(do latim focus que significa ”fogo”). Um princ´ıpio similar aplica-se na constru¸c˜ao de
antenas parab´olicas e espelhos para telesc´opios.
A trajet´oria de um proj´etil lan¸cado obliquamente, cujo movimento seja considerado
num plano, sobre o qual atue somente a for¸ca da gravidade ser´a uma par´abola.
5
Referˆencias
[1] LEITHOLD, Louis. O C´alculo com geometria anal´ıtica. 3. ed. S˜ao Paulo, SP:
Harbra, c1994. 2 v. ISBN 8529400941 v.1
6

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Seções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - HipérboleSeções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - Hipérbole
Gabriel Resende
 
Sc hiperbole
Sc hiperboleSc hiperbole
Sc hiperbole
con_seguir
 
CôNicas Como Lugar Geometrico
CôNicas Como Lugar GeometricoCôNicas Como Lugar Geometrico
CôNicas Como Lugar Geometrico
Paula Patricia de Oliveira Nicolau
 
Hipérbole
HipérboleHipérbole
Hipérbole
edithcolares2015
 
Geometria analítica conicas BY GLEDSON
Geometria analítica conicas BY GLEDSONGeometria analítica conicas BY GLEDSON
Geometria analítica conicas BY GLEDSON
PROFESSOR GLEDSON GUIMARÃES
 
Sessões Cônicas
 Sessões Cônicas Sessões Cônicas
Sessões Cônicas
Antonio Carneiro
 
Cônicas
CônicasCônicas
Cônicas
Adriana Araujo
 
Conicas elipse
Conicas elipseConicas elipse
Conicas elipse
con_seguir
 
Cônicas e parábolas phdnet
Cônicas e parábolas   phdnetCônicas e parábolas   phdnet
Cônicas e parábolas phdnet
Jeremias Barreto
 
Elipse
ElipseElipse
Conicas cordpolar parametrizada
Conicas cordpolar parametrizadaConicas cordpolar parametrizada
Conicas cordpolar parametrizada
Ananias Neto
 
1listamata01
1listamata011listamata01
1listamata01
fontouramail
 
Conicas
ConicasConicas
Conicas
chaves19
 
Estudo da reta
Estudo da retaEstudo da reta
Estudo da reta
Antonio Carneiro
 
Geometria analítica
Geometria analíticaGeometria analítica
Geometria analítica
Marianna Teixeira
 
Aula transformações de coordenadas
Aula  transformações de coordenadasAula  transformações de coordenadas
Aula transformações de coordenadas
ellensouza74
 
Geometria analítica cônicas
Geometria analítica cônicasGeometria analítica cônicas
Geometria analítica cônicas
Everton Moraes
 
Aula 04: Elipse
Aula 04: ElipseAula 04: Elipse
Aula 04: Elipse
Josimar M. Rocha
 
Hiperbole exercicios
Hiperbole exerciciosHiperbole exercicios
Hiperbole exercicios
Peurry Meyson
 
Geometria anali circ
Geometria anali circGeometria anali circ
Geometria anali circ
con_seguir
 

Mais procurados (20)

Seções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - HipérboleSeções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - Hipérbole
 
Sc hiperbole
Sc hiperboleSc hiperbole
Sc hiperbole
 
CôNicas Como Lugar Geometrico
CôNicas Como Lugar GeometricoCôNicas Como Lugar Geometrico
CôNicas Como Lugar Geometrico
 
Hipérbole
HipérboleHipérbole
Hipérbole
 
Geometria analítica conicas BY GLEDSON
Geometria analítica conicas BY GLEDSONGeometria analítica conicas BY GLEDSON
Geometria analítica conicas BY GLEDSON
 
Sessões Cônicas
 Sessões Cônicas Sessões Cônicas
Sessões Cônicas
 
Cônicas
CônicasCônicas
Cônicas
 
Conicas elipse
Conicas elipseConicas elipse
Conicas elipse
 
Cônicas e parábolas phdnet
Cônicas e parábolas   phdnetCônicas e parábolas   phdnet
Cônicas e parábolas phdnet
 
Elipse
ElipseElipse
Elipse
 
Conicas cordpolar parametrizada
Conicas cordpolar parametrizadaConicas cordpolar parametrizada
Conicas cordpolar parametrizada
 
1listamata01
1listamata011listamata01
1listamata01
 
Conicas
ConicasConicas
Conicas
 
Estudo da reta
Estudo da retaEstudo da reta
Estudo da reta
 
Geometria analítica
Geometria analíticaGeometria analítica
Geometria analítica
 
Aula transformações de coordenadas
Aula  transformações de coordenadasAula  transformações de coordenadas
Aula transformações de coordenadas
 
Geometria analítica cônicas
Geometria analítica cônicasGeometria analítica cônicas
Geometria analítica cônicas
 
Aula 04: Elipse
Aula 04: ElipseAula 04: Elipse
Aula 04: Elipse
 
Hiperbole exercicios
Hiperbole exerciciosHiperbole exercicios
Hiperbole exercicios
 
Geometria anali circ
Geometria anali circGeometria anali circ
Geometria anali circ
 

Semelhante a Parabola

Conicas Bom
Conicas BomConicas Bom
Conicas Bom
Antonio Carneiro
 
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
numerosnamente
 
Circulo trigonométrico
Circulo trigonométricoCirculo trigonométrico
Circulo trigonométrico
António Gomes
 
Identificacao de conicas
Identificacao de conicasIdentificacao de conicas
Identificacao de conicas
Mario Santana
 
Conicas Hoje
Conicas HojeConicas Hoje
Conicas Hoje
ISJ
 
Produções Pedagógicas
Produções PedagógicasProduções Pedagógicas
Produções Pedagógicas
alvarobr2
 
Representação Gràfica Rigorosa Geometria
Representação Gràfica Rigorosa   GeometriaRepresentação Gràfica Rigorosa   Geometria
Representação Gràfica Rigorosa Geometria
Carlos Teodoro
 
04 isometrias 2 (1)
04 isometrias 2 (1)04 isometrias 2 (1)
04 isometrias 2 (1)
Cecilia Beatriz
 
Isometrias ficha de revisão
Isometrias   ficha de revisãoIsometrias   ficha de revisão
Isometrias ficha de revisão
Carlos Lopez Gomes
 
05 teoria-isometria 8 ano
05 teoria-isometria 8 ano05 teoria-isometria 8 ano
05 teoria-isometria 8 ano
Conceição Lopes
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
Andrei Bastos
 
Tarefa Semana 3 E 4 Grupo Iluminados
Tarefa Semana 3 E 4 Grupo IluminadosTarefa Semana 3 E 4 Grupo Iluminados
Tarefa Semana 3 E 4 Grupo Iluminados
RFBH2910
 

Semelhante a Parabola (12)

Conicas Bom
Conicas BomConicas Bom
Conicas Bom
 
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
Geometria Analítica no Plano: Teoria e Exemplos de Aplicação.
 
Circulo trigonométrico
Circulo trigonométricoCirculo trigonométrico
Circulo trigonométrico
 
Identificacao de conicas
Identificacao de conicasIdentificacao de conicas
Identificacao de conicas
 
Conicas Hoje
Conicas HojeConicas Hoje
Conicas Hoje
 
Produções Pedagógicas
Produções PedagógicasProduções Pedagógicas
Produções Pedagógicas
 
Representação Gràfica Rigorosa Geometria
Representação Gràfica Rigorosa   GeometriaRepresentação Gràfica Rigorosa   Geometria
Representação Gràfica Rigorosa Geometria
 
04 isometrias 2 (1)
04 isometrias 2 (1)04 isometrias 2 (1)
04 isometrias 2 (1)
 
Isometrias ficha de revisão
Isometrias   ficha de revisãoIsometrias   ficha de revisão
Isometrias ficha de revisão
 
05 teoria-isometria 8 ano
05 teoria-isometria 8 ano05 teoria-isometria 8 ano
05 teoria-isometria 8 ano
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
 
Tarefa Semana 3 E 4 Grupo Iluminados
Tarefa Semana 3 E 4 Grupo IluminadosTarefa Semana 3 E 4 Grupo Iluminados
Tarefa Semana 3 E 4 Grupo Iluminados
 

Último

Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
WelberMerlinCardoso
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
edivirgesribeiro1
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
AdrianoMontagna1
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
Suzy De Abreu Santana
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
Giovana Gomes da Silva
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Forças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptx
Forças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptxForças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptx
Forças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptx
Danielle Fernandes Amaro dos Santos
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 

Último (20)

Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo FreireLivro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Livro: Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
 
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptxAula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
Aula história , caracteristicas e esteriótipos em relação a DANÇA DE SALAO.pptx
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
 
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinhaatividade 8º ano entrevista - com tirinha
atividade 8º ano entrevista - com tirinha
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática0002_matematica_6ano livro de matemática
0002_matematica_6ano livro de matemática
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
Forças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptx
Forças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptxForças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptx
Forças e leis de Newton 2024 - parte 1.pptx
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 

Parabola

  • 1. A Par´abola Quando um cone circular reto ´e interceptado por um plano secante paralelo a uma e somente uma geratriz do cone, ´e gerada uma cˆonica chamada de par´abola. Defini¸c˜ao. Uma par´abola ´e o conjunto de pontos em um plano equidistante de um ponto e de uma reta fixos. O ponto fixo ´e chamado de foco e a reta fixa ´e chamada de diretriz. A reta que passa pelo foco e ´e perpendicular `a diretriz ´e chamada de eixo de simetria (ou eixo) da par´abola. O ponto de interse¸c˜ao da par´abola com seu eixo ´e chamado de v´ertice da par´abola. 1
  • 2. Para deduzir a equa¸c˜ao de uma par´abola de modo que tenha a forma mais simples poss´ıvel, colocamos a origem sobre o v´ertice e escolhemos o eixo y perpendicular `a diretriz. Ressaltamos que estamos fazendo uma escolha particular dos eixos (e n˜ao da par´abola). Seja p a distˆancia orientada do v´ertice ao foco. As coordenadas do foco ser˜ao (0, p), e a equa¸c˜ao da diretriz ser´a y = −p. Um ponto P(x, y) estar´a sobre a par´abola se e somente se P for equidistante do foco e da diretriz. A distˆancia de P ao foco ´e |PF| = (x − p)2 + y2 e a distˆancia de P `a diretriz ´e |PQ| = (y + p)2 Assim, P est´a sobre a par´abola se e somente se (x − p)2 + y2 = (y + p)2 Elevando ao quadrado ambos os membros da equa¸c˜ao acima e simplificando, obtemos x2 = 4py Provamos assim o teorema seguinte. Teorema. A equa¸c˜ao da par´abola com foco no ponto F(0, p) e tendo a reta y = −p como diretriz ´e x2 = 4py 2
  • 3. Na dedu¸c˜ao acima, se os eixos x e y forem trocados entre si, ent˜ao o foco ser´a o ponto F(p, 0) e a diretriz ser´a a reta com equa¸c˜ao x = −p. Neste caso, temos o teorema seguinte. Teorema. A equa¸c˜ao da par´abola com foco no ponto F(p, 0) e tendo a reta x = −p como diretriz ´e y2 = 4px Observe que p pode ser negativo, pois ´e a distˆancia orientada do v´ertice ao foco da par´abola. Para a equa¸c˜ao x2 = 4py, a par´abola abre-se para cima, se p > 0 e para baixo, se p < 0. Em ambos os casos, o eixo da par´abola ´e o eixo y. Por outro lado, para a equa¸c˜ao y2 = 4px, a par´abola abre-se para a direita, se p > 0 e para a esquerda, se p < 0. Em ambos os casos, o eixo da par´abola ´e o eixo x. A corda que passa pelo foco, perpendicular ao eixo da par´abola ´e chamada de latus rectrum da par´abola (ou corda focal m´ınima) e seu comprimento ´e |4p|. Agora usaremos a transla¸c˜ao de eixos para encontrar a equa¸c˜ao geral de uma par´abola com v´ertice em um ponto distinto da origem e com diretriz paralela a um eixo coordenado. 3
  • 4. Consideremos uma par´abola com diretriz paralela ao eixo x e v´ertice no ponto V (h, k). Ent˜ao, se p for a distˆancia orientada do v´ertice ao foco da par´abola, o foco estar´a no ponto F(h, y + k) e a diretriz ter´a equa¸c˜ao y = k − p. Sejam x e y eixos tais que a origem O esteja em V (h, k). A equa¸c˜ao da par´abola em rela¸c˜ao aos eixos x e y ´e x 2 = 4py Para obter uma equa¸c˜ao dessa par´abola em rela¸c˜ao aos eixos x e y, substitu´ımos x por x − h e y por y − k, o que fornece (x − h)2 = 4p(y − k) O eixo dessa par´abola ´e paralelo ao eixo x. Temos ent˜ao o teorema a seguir. Teorema. Se p for a distˆancia orientada do v´ertice ao foco, a equa¸c˜ao da par´abola com v´ertice em (h, k) e com eixo paralelo ao eixo y ´e (x − h)2 = 4p(y − k) Uma par´abola com v´ertice em (h, k) e com eixo paralelo ao eixo x tem por equa¸c˜ao (y − k)2 = 4p(x − h) Exemplo. Encontre o v´ertice, o foco, a equa¸c˜ao da diretriz, a equa¸c˜ao do eixo e o comprimento da latus rectrum da par´abola x2 − 8x − 8y − 8 = 0 Solu¸c˜ao. Reescrevemos a equa¸c˜ao dada sob a forma x2 − 8x = 8y + 8 Somando 16 a ambos os membros da igualdade, obtemos x2 − 8x + 16 = 8y + 24 (x − 4)2 = 8(y + 3) Comparando essa equa¸c˜ao com a equa¸c˜ao (x − h)2 = 4p(y − k) obtemos 4
  • 5. h = 4, k = −3 e 4p = 8 ⇔ p = 2 Assim, o v´ertice da par´abola est´a em (4, −3), o foco est´a em (4, −1), a equa¸c˜ao da diretriz ´e y = −5, a equa¸c˜ao do eixo ´e x = 4 e o comprimento da latus rectrum ´e |4p| = 8. O gr´afico est´a esbo¸cado na figura abaixo. Os far´ois dianteiros dos autom´oveis tˆem o formato de um parabol´oide (superf´ıcie ge- rada pela rota¸c˜ao da par´abola em torno do seu eixo). As se¸c˜oes do parabol´oide s˜ao par´abolas, todas com foco no mesmo ponto. Raios de luz de uma lˆampada situada no foco s˜ao refletidos numa mesma dire¸c˜ao segundo retas paralelas ao eixo da par´abola. Para um espelho parab´olico, ocorre uma situa¸c˜ao inversa, onde raios de luz de um objeto no c´eu, que incidem no espelho paralelamente ao eixo, s˜ao todos refletidos para o foco. Por exemplo, o espelho pode ser apontado para o Sol, e os raios de luz ser˜ao refletidos para o foco. Com isso ser´a produzida uma grande quantidade de calor. Da´ı o nome foco (do latim focus que significa ”fogo”). Um princ´ıpio similar aplica-se na constru¸c˜ao de antenas parab´olicas e espelhos para telesc´opios. A trajet´oria de um proj´etil lan¸cado obliquamente, cujo movimento seja considerado num plano, sobre o qual atue somente a for¸ca da gravidade ser´a uma par´abola. 5
  • 6. Referˆencias [1] LEITHOLD, Louis. O C´alculo com geometria anal´ıtica. 3. ed. S˜ao Paulo, SP: Harbra, c1994. 2 v. ISBN 8529400941 v.1 6