Expansão da geração e do transporte de energia elétrica; os papéis e ações do Governo e da Aneel para que o preço de energia não restrinja a competitividade do país e os ajustes necessários frente aos cenários nacionais e internacionais.
1. Bienal da Energia - CEMIG
Soluções Energéticas para o Brasil:
Principais Desafios
Nelson Hubner
•13 de maio de 2009 Diretor- Geral
2. Oferta Interna de Energia – Brasil 2007 (%)
RENOVÁVEIS:
Brasil: 46 %
238,8 milhões tep (2% da energia mundial) OECD: 6,7 %
Mundo: 12,9 %
BIOMASSA
31,1%
PETRÓLEO e
DERIVADOS
37,4%
HIDRÁULICA E GÁS NATURAL
ELETRICIDADE URÂNIO CARVÃO 9,3%
14,9% 1,4% MINERAL
6,0%
Biomassa:
Lenha: 12%
Produtos da cana: 15,9%
Outras: 3,2 %
3. Matriz da Oferta de Energia Elétrica Brasil - 2007 (%)
TWh
TOTAL 483,4
IMPORTAÇÃO
8,0% HIDRO 374,0
GÁS NATURAL 15,5
GÁS
DER. PETRÓLEO 13,3
INDUSTRIAL
NUCLEAR 12,4
0,9%
CARVÃO 6,8
BIOMASSA BIOMASSA 18,1
3,7% GÁS INDUST. 4,5
IMPORTAÇÃO 38,8
DERIVADOS DE HIDRO
PETRÓLEO 77,4%
2,8%
CARVÃO
RENOVÁVEIS:
MINERAL
Brasil: 89 %
1,4%
OECD: 16 %
GÁS Mundo: 18 %
NATURAL
3,6% NUCLEAR
2,6%
Nota: inclui
Autoprodutores
(47,1 TWh)
4. Plano Nacional de Energia 2030
Cenário Demográfico de Referência
300
2030: 238 Milhões Hab
PIB per Capita:
250 US$ (2005) 9.125,5
Milhões de habitantes
2005: 185 Milhões Hab
PIB per Capita:
200 US$ (2005) 4.301,00
150
100
Aumento de 53 Milhões Hab
Taxa de Crescimento de 1,01% aa
50
0
2005 2030
5. Plano Nacional de Energia 2030
Taxas de Crescimento 2005/2030
Histórico Cenários Prospectivos
Crescimento do Consumo de Energia
Taxa de Crescimento do PIB (%)
6. PNE - Consumo Final de Energia: Evolução
milhões de tEP
500
CRESCIMENTO DO CONSUMO 474,5
1970 2005 2,9% ao ano Cenário A
400 1980 2005 2,3% ao ano
402,8
Cenário B1
(2005-2030)
356,5
A B1 B2 C
Cenário B2
300 4,3% 3,7% 3,1% 2,5% 309,3
200
,
Cenário C
100
59,1 165,0 (2005)
0
1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
Obs.: exclusive consumo não energético e consumo do setor energético
7. PNE - Projeção de Consumo Final: Eletricidade
TWh
1250 1.243,8
CRESCIMENTO DO CONSUMO
Cenário A
1970 2005 6,7% ao ano
Cenário B1 1.045,6
1980 2005 4,5% ao ano
1000
(2005-2030) 941,2
A B1 B2 C Cenário B2 847,0
5,1% 4,1% 3,9% 3,5%
750
500 ,
Cenário C
250
361,3 (2005)
37,2
0
1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
Obs.: inclusive autoprodução clássica/transportada e inclui conservação (progresso autônomo), excluindo
contudo consumo setor energético
8. Síntese da Evolução da Matriz Energética
Aumento da participação relativa do Gás Natural (9% - 15%).
Redução da utilização de Lenha e Carvão Vegetal (13% -
5%),decorrente da evolução tecnológica e de pressões
ambientais.
Aumento na participação de fontes energéticas oriundas da
Agroenergia, como o etanol, H-BIO (?) e Biodiesel (17% - 23%).
Manutenção da proporção de Fontes Renováveis.
Na Matriz de Energia Elétrica, a Hidroeletricidade se manterá
predominante (76%) dentre as diversas fontes de geração (84%
hoje). Por sua vez, o Gás Natural, manterá a atual participação
de 9%.
12. Política Energética - Estratégia de Governo
Preocupação com o consumidor (custo)
Tratamento adequado das questões social e
ambiental, inserindo fontes limpas e
encorajando o uso eficiente da energia
Manutenção da participação de energia
renovável na Matriz, mantendo a posição de
destaque do no cenário internacional
Utilização de fontes energética em que o país é
auto-suficiente
13. Política Energética - Estratégia de Governo
Desenvolvimento das fontes levando em conta
sua disponibilidade e sua potencialidade até
2030
Utilização de tecnologia Nacional
Otimização do transporte de energia entre a área
de produção até o consumidor final, reduzindo
perdas.
Concretização da interligação do Sistema
Elétrico Nacional
14. Hidroeletricidade - Vocação natural do País
Terceiro maior potencial hidrelétrico do mundo,
cerca de 260.000 MW, tendo aproveitado 27%.
Renovável, competitivo e com tecnologia
nacional.
Aproveitamento estratégico do potencial
hidrelétrico da Amazônia.
Tratamento adequado das questões sociais,
ambientais e uso múltiplo da água
Até 2030, acréscimo de cerca de 100.000 MW,
dos quais 60.000 MW na Região Amazônica
totalizando 170.000 MW ao final do horizonte .
15. Política Energética - Geração Nuclear
Inserção estratégica da geração nuclear no País.
Utilização da sexta maior reserva de Urânio
Opção mais atrativa após geração hidrelétrica com
benefício de redução de emissões – operação na
base
Solução definitiva para tratamento de resíduos
Opções de continuidade do programa nuclear após
Angra III, definindo suas localizações.
Cenários considerados de 4.000 MW, 6.000 MW e
8.000 MW de acréscimos até 2030.
16. Recursos Nacionais de Urânio
Brasil: 6ª Reserva Mundial
Prospecção:
• 30% da área até 100 m de profundidade
• 309 mil toneladas equivalem:
• Dobro das reservas de gás da
Bolívia
• 520 anos das usinas Angra 1, 2 e 3.
Urânio (U) Medidas Inferidas Total
Depósito-Jazida <40 US$/Kg U <80 US$/Kg U Sub-Total <80 US$/Kg U <80 US$/Kg U
Caldas (MG) 500 500 4.000 4.500
Lagoa Real/Caetité (BA) 24.200 69.800 94.000 6.770 100.770
Itataia/Santa Quitéria (CE) 42.000 41.000 83.000 59.500 142.500
Outras 61.600 61.600
TOTAL 66.200 111.300 177.500 131.870 309.370
17. Ciclo do Combustível Nuclear
Urânio + ciclo = Rússia, EUA, Brasil
U235 Enriquecimento
Conversão para INB Reconversão
Hexafluoreto de urânio Para Dióxido
Marinha / usina piloto de urânio em pó
INB
Mineração /
beneficiamento
(yellow cake)
INB
Pastilhas de
dióxido de
urânio
INB
Fabricação do
Geração de Energia elemento Combustível
Eletronuclear INB
18. Política Energética - Geração a Carvão Mineral
Recurso energético nacional localizado na Região
Sul, com grande disponibilidade
Capacidade instalada atual de 1.415 MW
Utilização de tecnologias limpas
O PNE 2030 está considerando um cenário onde
essa capacidade pode atingir 6.500 MW
Possibilidade de expansão a partir de carvão
mineral importado nas regiões Nordeste e Sudeste
19. Política Energética - Geração a partir da Biomassa
Real complementaridade com sistema hídrico
O aproveitamento do bagaço como combustível é
competitivo com as demais opções térmicas do
sistema
Valores adicionais de geração elétrica por bagaço
de cana da ordem de 6.400 MW até 2030
Considerados 1.300 MW de outras biomassas,
destaque para o aproveitamento do lixo urbano
Questão biocombustíveis x alimentos
Questão tecnológica
20. Tecnologia para produção de etanol
Processo de hidrólise enzimática para produção de
etanol (lignocelulose)
Aproveitamento da palha e bagaço
Competição:
Geração de energia elétrica
Produção de etanol
Produção de Células de Hidrogênio
21. Política Energética - Geração a partir do
Gás Natural
Utilização de gás natural e GNL para geração de
energia elétrica com valores entre 7.000 e 11.000
MW até 2030.
Definição de políticas para utilização do gás natural:
indústria química, geração de calor e cogeração,
transporte veicular e geração de energia elétrica.
Definição da política energética para a integração
gasífera no continente.
Perspectivas de aumento da produção nacional.
23. Política Energética - Geração a partir de
Fontes Alternativas
Visualiza-se o desenvolvimento de geração eólica
com incremento da ordem de 4.700 MW até 2030,
limitada por razões de custos e impactos tarifários.
Programa de incentivo da criação de um mercado
sustentável para fontes limpas de energia.
Utilização de energia solar (térmico e energético).
24. Tecnologias disponíveis
Cilindro Parabólico - exemplo
Nevada Solar One, 64 MW (construção).
Concepção básica da tecnologia de
cilindros parabólicos
Solar Electric Generation Station – SEGS
354 MW (9 unidades), Deserto de Mojave, USA
Fonte: CEPEL 0,65 km2/100MW, 2300 a 2900 kWh/m2.ano
25. Tecnologias disponíveis
Torre Central - exemplo
Concepção básica da tecnologia
de torre central (5 a 7 km2/100MW)
Planta PS10 (11 MW, com armazenagem de
Fonte: CEPEL energia), Espanha, Sevilla.
26. Política Energética - Eficiência Energética
Opção que menos agride o meio ambiente e que
tem expectativa crescente do aumento de
competitividade
Necessidade de estabelecimento de programas de
forma a reduzir em 5% o mercado de energia em
2030
Necessidade de definção de uma Política e um
Plano Nacional de Eficiência Energética
Conhecimento da realidade brasileira
27. Aspectos Legais e Regulatórios
Lei no 9.991, de 24 de julho de 2000
Art. 1o As concesionárias e permisionárias de serviços públicos de
distribuição de energia elétrica estão obrigadas a aplicar, anualmente, o
montante de, no mínimo, setenta e cinco centésimos por cento de sua
receita operacional liquida em pesquisa e desenvolvimento do setor
elétrico e, no mínimo, vinte e cinco centésimos por cento em
programas de eficiência energética no uso final...
I – Até 31 de diezembro de 2005, os percentuais mínimos definidos no
caput deste artigo serão de cinquenta centésimos por cento, tanto para
pesquisa e desenvolvimento , como para programas de eficiência energética
na oferta e no uso final da energia.
Lei no 11.465, de março de 2007: I – até 31 de dezembro de 2010...
28. A Eficiência Energética no Brasil
PBE – Programa Brasileiro de 1984
Etiquetagem
PROCEL – Programa Nacional de 1985
Conservação de Energia Elétrica
PEE – Programas de Eficiencia das 2000
Concesionarias de Energia Elétrica
Lei no 10.295, de 17 de outubro de 2001
2001 – Lei de Eficiência Energética
29. Lei de Eficiência Energética - Lei no 10.295
Proíbe a comercialização de produtos que não atendem
ao nivel mínimo de eficiência energética
Refrigerador
horizontal
30. Lei de Eficiência Energética - Lei nº 10.295
Regulamentação em vigor: motores elétricos trifásicos (portaria e
plano de metas), lâmpadas fluorescentes compactas (portaria), ar
condicionado (portaria), fornos e fogões (portaria) e refrigeradores e
congeladores (portaria)
Portarias em trâmite: aquecedeores de agua a gás, edificações
comerciais e públicas
Equipamentos em estudo: aquecedores solares de água, reatores
eletromagnéticos para lâmpadas fluorescentes tubulares, reatores
eletromagnéticos para lâmpadas de vapor de sódio, lâmpadas
incandescentes
Edificações residenciais: regulamento em fase de elaboração
Economia estimada: 2.300 GWh/ano (somente motores elétricos e
LFCs)
32. PRINCIPAIS DESAFIOS
Consolidação das transformações do setor energético
o Pré-sal – adequação da legislação e exploração
o Renovação das concessões setor elétrico
o Regulamentação Lei do Gás e consolidação da indústria
Enfrentar o debate Meio ambiente x Desenvolvimento
Política tarifária para um desenvolvimento homogêneo do país
ANEEL: Regulação setor elétrico
Atratividade para capital privado X Modicidade tarifária