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Bom dia, sejam todos muito benvindos a nossa casa espírita,
para continuarmos o nosso estudo dos ensinamentos de Jesus Cristo!
Hoje vamos falar sobre o tema “Desejando ver Jesus”,
retirado do cap. 23: O servo bom; do livro Boa Nova, pelo espírito
Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
São Paulo, 20 de Agosto de 2016 – Casa do Caminho
Palestrante: Tiburcio Santos
Zaqueu recebe Jesus
 Jesus na casa de Zaqueu (Lucas 19,1-10):
 E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
 E vivia nela um homem chamado Zaqueu,
e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.
 E procurava ver Jesus, para saber quem era...
 ... e não o podia conseguir, por causa da muita gente,
porque era pequeno de estatura.
 E correndo adiante, subiu a um sicômoro para O ver,
porque por ali havia de passar.
 E quando Jesus chegou aquele lugar,
levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse:
 Zaqueu, desce depressa,
 porque importa que eu fique hoje em tua casa.
 E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso.
 E vendo isto todos murmuravam,
dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador.
 Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe:
 Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens,
e naquilo em que eu tiver defraudado alguém,
pagar-lho-ei quadruplicado.
 Sobre o que Jesus lhe disse:
 Hoje entrou a salvação nesta casa,
porque este também é filho de Abraão.
 Porque o Filho do Homem veio buscar e
salvar o que tinha perecido.
Vamos refletir sobre essa passagem,
cujo pano de fundo trata da
evolução moral e espiritual,
e também encontramos
valiosos ensinamentos!
 E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
 E vivia nela um homem chamado Zaqueu,
e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.
 E procurava ver Jesus, para saber quem era...
E tendo entrado em Jericó,...
 Alguns dados interessantes sobre Jericó:
E tendo entrado em Jericó,...
 Alguns dados interessantes sobre Jericó:
Distâncias:
 15 km de Betel;
 20 km do Mar Morto;
 30 km de Jerusalém.
 Presente para Cleópatra!
 Perfumada...
E tendo entrado em Jericó,...
 Jericó era uma antiquíssima cidade, (9 a 10 mil anos!!)
construída na espaçosa planície onde o vale do Jordão alarga-se entre
os montes de Moabe (*) e os precipícios ocidentais.
 Produzia certo número de importantes produtos,
e era uma próspera comunidade comercial ao tempo de Jesus.
 Era um centro de cobrança de impostos.
 Na qualidade do mais importante centro comercial de Israel,
tinha Jericó uma alfândega movimentada que, nesse tempo,
se achava arrendada pelos senhores de Roma
a um judeu abastado por nome Zaqueu,
homem de pequena estatura e de grande atividade.
 Tomando a cidade de Jericó como símbolo das coisas do mundo,
temos que nos esforçar para passar por elas sem valorizá-las em demasia,
evitando, assim, dar mais valor às questões materiais
em detrimento das espirituais.
 A cidade de Jericó, hoje, constitui-se na região mental, a província
psíquica em que ficamos vinculados aos interesses materiais.
E tendo entrado em Jericó,...
 Jesus ressuscita Lázaro...
 Jesus cura o cego Bartimeu...
 Indo-se de Jerusalém para Jericó, afinal se sobe ou desce?
 Jerusalém: 800 m
 Jericó: –250 m
E tendo entrado em Jericó,...
 Jesus dirigia-se para a cidade de Jerusalém, o que se comprova:
 Lucas 18,31:
“Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus:
Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto
está escrito por intermédio dos profetas,
no tocante ao Filho do Homem.”
 Lucas 19,1-10: Zaqueu recebe Jesus.
 Lucas 19,28:
“E, dito isso, prosseguia Jesus subindo para Jerusalém.”
 Há uma outra narrativa na qual as cidades de Jerusalém e Jericó
são também citadas. Alguém se lembra dela?
 Trata-se da Parábola do bom samaritano,
relatada em Lucas 10,25-37, que, como o episódio com Zaqueu,
consta apenas no Evangelho segundo Lucas.
E tendo entrado em Jericó,...
 Há um detalhe bem interessante nessas duas narrativas.
 Na do bom Samaritano, o homem descia de Jerusalém para Jericó,
na relativa a Zaqueu, Jesus subia de Jericó para Jerusalém.
 Cada uma dessas ações gerou consequências diferentes.
Valores
espirituais
Valores
materiais
E tendo entrado em Jericó,...
 Essas narrativas, apresentam-nos dois preciosos ensinamentos
a respeito da salvação.
 Na da parábola do Bom Samaritano, temos a caridade com a
qual se prova o amor ao próximo, como sendo a base da “salvação”.
 Na de Zaqueu, temos a “salvação” também sendo confirmada
na reparação de todo o mal que se faz ao próximo.
 E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
 E vivia nela um homem chamado Zaqueu,
e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.
 E procurava ver Jesus, para saber quem era...
Um homem chamado Zaqueu...
 Alguém sabe quem é Zaqueu?
 ... Matias – o 13º apóstolo (suicídio de Judas); e também?
Ismael o convida para
reencarnar no Ceará...
Zaqueu... publicano
 Vejamos o significado de publicano:
 Publicano: cobrador de impostos.
 Aos olhos dos judeus, passava o publicano por um traidor da pátria,
pelo fato de colaborar com a dominação estrangeira
e recordar a perda da independência nacional.
 O israelita ortodoxo evitava qualquer contato com esses 'pecadores'.
 Há três passagens bíblicas em que os publicanos são citados:
 Mateus 9,10-11: “[…] estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos
e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos.
[…] os fariseus perguntaram aos discípulos:
Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?”
 Mateus 11,19: “Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis
aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!”
 Mateus 21,31: “[…] Declarou-lhes Jesus:
Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no
reino de Deus.”
Zaqueu... publicano, e pessoa rica
 “A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos
prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual:
 Mateus 19,23: “Então, disse Jesus a seus discípulos:
Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos
céus.” Ao que completou:
 Mateus 19,24: “E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo
pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.”
... passar um camelo pelo fundo de uma agulha
 Kardec, explica no ESE, cap. XVI, item 2:
 “Esta arrojada figura pode parecer um pouco forçada,
pois que não se percebe que relação possa existir
entre um camelo e uma agulha.
 Acontece, no entanto, que, em hebreu, a mesma palavra serve para
designar um camelo e um cabo ou corda.
 Na tradução, deram-lhe o primeiro desses significados;
mas é provável que Jesus a tenha empregado com a outra significação.
 É, pelo menos, mais natural.”
Zaqueu... publicano, e pessoa rica
 Kardec, explica no ESE, cap. XVI, item 7:
 “Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa,
pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce,
a riqueza constitui uma prova muito arriscada,
mais perigosa do que a miséria.
 É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo
e da vida sensual.
 É o laço mais forte que prende o homem à Terra
e lhe desvia do céu os pensamentos.
 Outras passagens relativas:
 Marcos 8,34: “Então Jesus chamou a multidão e os discípulos.
E disse: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e me siga.”
 Lucas 14,33: “Do mesmo modo, portanto, qualquer de vocês,
se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.”
 Mateus 16,26: “Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma?”
Zaqueu... publicano, e pessoa rica
 Kardec, explica no ESE, cap. XVI, item 8:
 “A riqueza é um meio de o experimentar moralmente.
[…] Cada um tem de possuí-la,
para se exercitar em utilizá-la
e demonstrar que uso sabe fazer dela.
 […] cada um a possui por sua vez.
Assim, um que não a tem hoje,
já a teve ou terá noutra existência;
outro, que agora a tem, talvez não a tenha amanhã.
 […] A pobreza é, para os que a sofrem,
a prova da paciência e da resignação;
a riqueza é, para os outros,
a prova da caridade e da abnegação.”
 ... e não o podia conseguir, por causa da muita gente,
porque era pequeno de estatura.
 E correndo adiante, subiu a um sicômoro para O ver,
porque por ali havia de passar.
Zaqueu... pequeno de estatura
 Decidido a ver Jesus, Zaqueu busca vencer a sua natural
dificuldade, que era o fato de ser de pequena estatura, para isso,
sem qualquer constrangimento, sobe numa árvore.
 O fato de Zaqueu procurar uma melhor forma de ver Jesus,
revela uma predisposição à mudança dos atos, pois a simples
presença do Rabi Galileu provocava profundas reflexões.
Zaqueu... pequeno de estatura
 Quando alguém aspira por mudanças para melhor,
irradia energias saudáveis, do campo mental,
que contribuem para a realização da meta.
 Através de contínuos esforços, direcionados para o objetivo,
cria novos condicionamentos que levam ao êxito,
como decorrência normal do querer.
 Nenhum milagre ou inusitado ocorre, nessa atitude que resulta
do empenho individual (O ser consciente, J.A.- Divaldo Franco)
Zaqueu... pequeno de estatura
 Em Missionários da Luz, o instrutor Alexandre fala a André Luiz:
 Os rolos brancos que conduzem são pequenos mapas de formas
orgânicas, elaborados por orientadores de nosso plano,
especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena.
 Conforme o grau de adiantamento do futuro re-encarnante
e de acordo com o serviço que lhe é designado no corpo carnal,
é necessário estabelecer planos adequados aos fins essenciais.
Zaqueu... pequeno de estatura
 Nessa mesma obra, um pouco mais à frente, um trecho do diálogo
de Silvério, que se preparava para reencarnar, com o seu instrutor:
 “– Pode informar se o meu modelo está pronto?
 – Creio que poderá procurá-lo amanhã, tornou Manassés, bem disposto,
já fui observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado
a sugestão amorosa dos amigos bem orientados,
sobre o defeito da perna.
 Certamente, lutará você com grandes dificuldades nos princípios da nova luta,
mas a resolução lhe fará grande bem.
 – Sim, – disse o outro, algo confortado –,
preciso defender-me contra certas tentações
de minha natureza inferior e a perna doente me auxiliará,
ministrando-me boas preocupações.
 Ser-me-á um antídoto à vaidade,
uma sentinela contra a devastação do amor-próprio excessivo.”
 Quanta dor e sofrimento muitos de nós não passa por recusar a
aceitar o corpo que tem, justamente aquele escolhido por julgá-lo
ser o melhor para o seu progresso na presente encarnação.
 ... e não o podia conseguir, por causa da muita gente,
porque era pequeno de estatura.
 E correndo adiante, subiu a um sicômoro para O ver,
porque por ali havia de passar.
Zaqueu... subiu a um sicômoro
 Na Wikipédia encontramos:
 Ficus sycomorus L., conhecida pelos nomes comuns de sicómoro,
sicômoro ou figueira-doida,
 é uma espécie de figueira de raízes profundas e ramos fortes
que produz figos de qualidade inferior,
cultivada no Médio Oriente e em partes da África há milênios.
Zaqueu... subiu a um sicômoro
 E onde está a figueira hoje?
 Ela se expressa hoje nas pessoas, situações e coisas que nos
alcançam de forma imperiosa.
 Manifesta-se situações inconvenientes e desagradáveis em nossa vida.
 Com sabedoria Zaqueu subiu na figueira brava,
e a usou para ver Jesus, nós a desprezamos e
queremos tirá-la do nosso caminho.
 Subir na figueira é utilizar o obstáculo, a dificuldade
como instrumento de reerguimento e elevação.
 Mateus 11,28: “
Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei.”
 E quando Jesus chegou aquele lugar,
levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse:
 Zaqueu, desce depressa,
 porque importa que eu fique hoje em tua casa.
Jesus... levantando os olhos
 O detalhe de ter “levantando os olhos, ali o viu” é interessante,
pois bem demonstra que Jesus estava atento ao que acontecia
à sua volta, razão pela qual percebeu Zaqueu na árvore.
 Elevados em consciência, motivados pelo sincero desejo de
crescer, o Cristo imediatamente penetra nossa casa mental,
ultrapassa os umbrais das portas do coração.
Zaqueu, desce depressa
 Diante de tão inusitado pedido, Zaqueu não vacila um só minuto,
mais do que depressa, desce da árvore para, com o maior prazer,
receber Jesus em sua casa.
 “Desce” é o chamamento do Cristo íntimo,
é o chamado para o trabalho operacional, para a ação.
 É preciso descer, colocar-nos ao nível de Jesus,
que sendo de condição divina, quis ser um de nós,
para no meio de nós nos ensinar a ser irmãos,
porque somos todos filhos de Deus, do mesmo Pai.
 E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso.
 E vendo isto todos murmuravam,
dizendo que tinha ido hospedar-se
em casa de um homem pecador.
... todos murmuravam
 Murmuravam, ou seja, comentavam entre si,
por certo, fazendo juízo da atitude de Jesus
em hospedar-se na casa de Zaqueu, um “detestável” publicano.
 Não se comia com um impuro! Homem solitário.
 Jesus não se impôs a Zaqueu nem lhe pediu que abandonasse suas
riquezas e o seguisse: apenas o homenageia com Sua presença.”
 Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe:
 Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens,
e naquilo em que eu tiver defraudado alguém,
pagar-lho-ei quadruplicado.
... pagar-lho-ei quadruplicado
 segundo o Êxodo (21:37) a restituição quádrupla devia
ser feita em caso de roubo; mas tratando-se de simples fraude,
a Lei (Lev. 5:24 e Núm. 5:6-7) mandava que se restituísse a
importância mais um quinto (isto é, mais 20%).
 Pelo texto, não temos como saber se Zaqueu somente tinha o
interesse em ver Jesus ou se, dentro de seu coração, alimentava
o desejo de conversar com ele para conhecer sua doutrina.
 O que é mais provável é que Zaqueu sabia da fama de Jesus,
porquanto, numa outra oportunidade, à porta de Jericó, ele curou
um cego (Marcos 10,46-52 e Lucas 18,35-43) ou dois (Mateus
20,29-34), fato esse que deve ter se espalhado por toda a cidade.
 Mas o que importa é que Zaqueu, após ver as coisas
de um ponto de vista mais elevado (de cima da árvore),
foi tocado pela presença de Jesus,
por isso propõe primeiro dividir seus bens com os
necessitados, depois restituir quatro vezes mais aqueles
que, porventura, tivesse prejudicado.
 Sobre o que Jesus lhe disse:
 Hoje entrou a salvação nesta casa,
porque este também é filho de Abraão.
 Porque o Filho do Homem veio buscar e
salvar o que tinha perecido.
Hoje entrou a salvação nesta casa
 Qual teria sido o motivo que levou Jesus afirmar:
“hoje entrou a salvação nessa casa”?
 Foi por que Zaqueu acreditou nele?
 Foi por que este rico publicano pertencia a alguma Igreja específica?
 Foi por que Deus o havia predestinado para a isso? ou
 Foi por que resolveu mudar suas atitudes para com o próximo,
procurando tratá-lo de outra forma, incluindo a reparação de algum
prejuízo que, porventura, lhe havia feito?!!
Hoje entrou a salvação nesta casa
 Zaqueu abre mão de tudo e com o ato de fazer e dar alguma coisa,
a alma se estende sempre mais além.
 Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito,
muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza
de que é portador, cresce constantemente (Fonte Viva).
 Mateus 16,27: “Porque o Filho do homem há de vir na glória
de seu Pai, com os seus anjos,
e então retribuirá a cada um conforme suas obras.”
 O amor cobre uma
multidão de pecados...
 Foi na casa de Zaqueu que
Jesus contou a parábola
dos talentos.
este também é filho de Abraão
 Os judeus consideravam-se descendentes de Abraão,
daí a expressão “filho de Abraão”, a ideia por detrás era a de que
somente eles poderiam ser considerados como filhos de Deus.
 Ao dizer que esse é também filho de Abraão,
Jesus estabelece a igualdade entre todos os seres humanos.
 E numa visão mais ampliada, todos nós sendo filhos do mesmo Pai,
que é Deus, também somos iguais e, portanto,
nenhum tipo de privilégio há entre cada um de nós e os outros,
sejam quem eles forem.
o Filho do Homem
 E quem, na humanidade, pode dizer que não está perdido?
 Então, podemos ter certeza que Jesus ainda continua
“buscando para salvar” a cada um de nós,
só que através de seus mensageiros, os Espíritos Superiores,
que amparam a todos nós, sem discriminação,
seja ela por fator cultural, social ou físico.
o Filho do Homem
 Bem-aventurado és tu que agora contemplas em tua casa a
verdadeira salvação.
 Alguns dos discípulos, notadamente Filipe e Simão, não
conseguiam ocultar suas deduções desagradáveis. Mais ou menos
aferrados às leis judaicas e atentando somente no sentido literal
das lições do Messias, estranhavam aquela afabilidade de Jesus,
aprovando os atos de um rico do mundo, confessadamente
publicano e pecador.
 E como o dono da casa se ausentasse da reunião por alguns
minutos, a fim de providenciar sobre a vinda de seus filhos para
conhecerem o Messias, Pedro e outros prorromperam numa chuva
de pequeninas perguntas:
 Por que tamanha aprovação a um rico mesquinho?
As riquezas não eram condenadas pelo Evangelho do Reino?
Por que não se hospedarem numa casa humilde e, sim,
naquela vivenda suntuosa, em contraposição aos ensinos da
humildade?
Poderia alguém servir a Deus e ao mundo de pecados?
o Filho do Homem
 O Mestre deixou que cessassem as interrogações e esclareceu com
generosa firmeza:
 Amigos, acreditais, porventura, que o Evangelho tenha
vindo ao mundo para transformar todos os homens em
miseráveis mendigos?
Qual a esmola maior: a que socorre as necessidades de um
dia ou a que adota providências para uma vida inteira?
 No mundo vivem os que entesouram na Terra e os que entesouram
no Céu. Os primeiros escondem suas possibilidades no cofre da
ambição e do egoísmo e, por vezes, atiram moedas douradas ao
faminto que passa, procurando livrar-se de sua presença; os
segundos ligam suas existências a vidas numerosas, fazendo de
seus servos e dos auxiliares de esforços a continuação de sua
própria família. Estes últimos sabem empregar o sagrado depósito
de Deus e são seus mordomos fiéis, à face do mundo.
 Os apóstolos ouviam-no, espantados. Filipe, desejoso de se
justificar, depois da argumentação incisiva do Cristo, exclamou:
o Filho do Homem
 Senhor, eu não compreendia bem, porque trazia o meu
pensamento fixado nos pobres que a vossa bondade nos ensinou a
amar.
 Entretanto, Filipe elucidou o Mestre —, é necessário não nos
perdermos em viciações do sentimento. Nunca ouviste falar
numa terra pobre, numa árvore pobre, em animais
desamparados? E acima de tudo, nesses quadros da
natureza a que Zaqueu procura atender, não vês o homem,
nosso irmão? Qual será o mais infeliz: o mendigo sem
responsabilidade, a não ser a de sua própria manutenção,
ou um pai carregado de filhinhos a lhe pedirem pão?
 Como André o observasse, com grande brilho nos olhos,
maravilhado com as suas explicações, o Mestre acentuou:
 Sim, amigos! ditosos os que repartirem os seus bens com os
pobres; mas, bem-aventurados também os que consagrarem
suas possibilidades aos movimentos da vida, cientes de que
o mundo é um grande necessitado, e que sabem, assim,
servir a Deus com as riquezas que lhes foram confiadas!
o Filho do Homem
 Em seguida, Zaqueu mandou servir uma grande mesa ao Senhor e
aos discípulos, onde Jesus partiu o pão, partilhando do
contentamento geral.
 Impulsionado por um júbilo insopitável, o chefe publicano de Jericó
apresentou seus filhos a Jesus e mandou que seus servos
festejassem aquela noite memorável para o seu coração.
 Nos terreiros amplos da casa, crianças e velhos felizes cantaram
hinos de cariciosa ventura, enquanto jovens em grande número
tocavam flautas, enchendo de harmonias o ambiente.
 Foi então que Jesus, reunidos todos, contou a formosa parábola
dos talentos, conforme a narrativa dos apóstolos, e foi também
que, pousando enternecido e generoso olhar sobre a figura de
Zaqueu, seus lábios divinos pronunciaram as imorredouras
palavras:
 “Bem-aventurado sejas tu, servo bom e fiel!”
Pela sua atenção e paciência, meu muito obrigado!
Tenham todos um ótimo final de semana.
Chico Xavier

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O encontro de Jesus com Zaqueu

  • 1. Bom dia, sejam todos muito benvindos a nossa casa espírita, para continuarmos o nosso estudo dos ensinamentos de Jesus Cristo! Hoje vamos falar sobre o tema “Desejando ver Jesus”, retirado do cap. 23: O servo bom; do livro Boa Nova, pelo espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier. São Paulo, 20 de Agosto de 2016 – Casa do Caminho Palestrante: Tiburcio Santos
  • 2. Zaqueu recebe Jesus  Jesus na casa de Zaqueu (Lucas 19,1-10):
  • 3.  E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.  E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.  E procurava ver Jesus, para saber quem era...
  • 4.  ... e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura.  E correndo adiante, subiu a um sicômoro para O ver, porque por ali havia de passar.
  • 5.  E quando Jesus chegou aquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse:  Zaqueu, desce depressa,  porque importa que eu fique hoje em tua casa.
  • 6.  E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso.  E vendo isto todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador.
  • 7.  Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe:  Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lho-ei quadruplicado.
  • 8.  Sobre o que Jesus lhe disse:  Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão.  Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido.
  • 9. Vamos refletir sobre essa passagem, cujo pano de fundo trata da evolução moral e espiritual, e também encontramos valiosos ensinamentos!
  • 10.  E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.  E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.  E procurava ver Jesus, para saber quem era...
  • 11. E tendo entrado em Jericó,...  Alguns dados interessantes sobre Jericó:
  • 12. E tendo entrado em Jericó,...  Alguns dados interessantes sobre Jericó: Distâncias:  15 km de Betel;  20 km do Mar Morto;  30 km de Jerusalém.  Presente para Cleópatra!  Perfumada...
  • 13. E tendo entrado em Jericó,...  Jericó era uma antiquíssima cidade, (9 a 10 mil anos!!) construída na espaçosa planície onde o vale do Jordão alarga-se entre os montes de Moabe (*) e os precipícios ocidentais.  Produzia certo número de importantes produtos, e era uma próspera comunidade comercial ao tempo de Jesus.  Era um centro de cobrança de impostos.  Na qualidade do mais importante centro comercial de Israel, tinha Jericó uma alfândega movimentada que, nesse tempo, se achava arrendada pelos senhores de Roma a um judeu abastado por nome Zaqueu, homem de pequena estatura e de grande atividade.  Tomando a cidade de Jericó como símbolo das coisas do mundo, temos que nos esforçar para passar por elas sem valorizá-las em demasia, evitando, assim, dar mais valor às questões materiais em detrimento das espirituais.  A cidade de Jericó, hoje, constitui-se na região mental, a província psíquica em que ficamos vinculados aos interesses materiais.
  • 14. E tendo entrado em Jericó,...  Jesus ressuscita Lázaro...  Jesus cura o cego Bartimeu...  Indo-se de Jerusalém para Jericó, afinal se sobe ou desce?  Jerusalém: 800 m  Jericó: –250 m
  • 15. E tendo entrado em Jericó,...  Jesus dirigia-se para a cidade de Jerusalém, o que se comprova:  Lucas 18,31: “Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem.”  Lucas 19,1-10: Zaqueu recebe Jesus.  Lucas 19,28: “E, dito isso, prosseguia Jesus subindo para Jerusalém.”  Há uma outra narrativa na qual as cidades de Jerusalém e Jericó são também citadas. Alguém se lembra dela?  Trata-se da Parábola do bom samaritano, relatada em Lucas 10,25-37, que, como o episódio com Zaqueu, consta apenas no Evangelho segundo Lucas.
  • 16. E tendo entrado em Jericó,...  Há um detalhe bem interessante nessas duas narrativas.  Na do bom Samaritano, o homem descia de Jerusalém para Jericó, na relativa a Zaqueu, Jesus subia de Jericó para Jerusalém.  Cada uma dessas ações gerou consequências diferentes. Valores espirituais Valores materiais
  • 17. E tendo entrado em Jericó,...  Essas narrativas, apresentam-nos dois preciosos ensinamentos a respeito da salvação.  Na da parábola do Bom Samaritano, temos a caridade com a qual se prova o amor ao próximo, como sendo a base da “salvação”.  Na de Zaqueu, temos a “salvação” também sendo confirmada na reparação de todo o mal que se faz ao próximo.
  • 18.  E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade.  E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica.  E procurava ver Jesus, para saber quem era...
  • 19. Um homem chamado Zaqueu...  Alguém sabe quem é Zaqueu?  ... Matias – o 13º apóstolo (suicídio de Judas); e também? Ismael o convida para reencarnar no Ceará...
  • 20. Zaqueu... publicano  Vejamos o significado de publicano:  Publicano: cobrador de impostos.  Aos olhos dos judeus, passava o publicano por um traidor da pátria, pelo fato de colaborar com a dominação estrangeira e recordar a perda da independência nacional.  O israelita ortodoxo evitava qualquer contato com esses 'pecadores'.  Há três passagens bíblicas em que os publicanos são citados:  Mateus 9,10-11: “[…] estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. […] os fariseus perguntaram aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?”  Mateus 11,19: “Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!”  Mateus 21,31: “[…] Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.”
  • 21. Zaqueu... publicano, e pessoa rica  “A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual:  Mateus 19,23: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.” Ao que completou:  Mateus 19,24: “E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.”
  • 22. ... passar um camelo pelo fundo de uma agulha  Kardec, explica no ESE, cap. XVI, item 2:  “Esta arrojada figura pode parecer um pouco forçada, pois que não se percebe que relação possa existir entre um camelo e uma agulha.  Acontece, no entanto, que, em hebreu, a mesma palavra serve para designar um camelo e um cabo ou corda.  Na tradução, deram-lhe o primeiro desses significados; mas é provável que Jesus a tenha empregado com a outra significação.  É, pelo menos, mais natural.”
  • 23. Zaqueu... publicano, e pessoa rica  Kardec, explica no ESE, cap. XVI, item 7:  “Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria.  É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual.  É o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos.  Outras passagens relativas:  Marcos 8,34: “Então Jesus chamou a multidão e os discípulos. E disse: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.”  Lucas 14,33: “Do mesmo modo, portanto, qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.”  Mateus 16,26: “Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
  • 24. Zaqueu... publicano, e pessoa rica  Kardec, explica no ESE, cap. XVI, item 8:  “A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. […] Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela.  […] cada um a possui por sua vez. Assim, um que não a tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não a tenha amanhã.  […] A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.”
  • 25.  ... e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura.  E correndo adiante, subiu a um sicômoro para O ver, porque por ali havia de passar.
  • 26. Zaqueu... pequeno de estatura  Decidido a ver Jesus, Zaqueu busca vencer a sua natural dificuldade, que era o fato de ser de pequena estatura, para isso, sem qualquer constrangimento, sobe numa árvore.  O fato de Zaqueu procurar uma melhor forma de ver Jesus, revela uma predisposição à mudança dos atos, pois a simples presença do Rabi Galileu provocava profundas reflexões.
  • 27. Zaqueu... pequeno de estatura  Quando alguém aspira por mudanças para melhor, irradia energias saudáveis, do campo mental, que contribuem para a realização da meta.  Através de contínuos esforços, direcionados para o objetivo, cria novos condicionamentos que levam ao êxito, como decorrência normal do querer.  Nenhum milagre ou inusitado ocorre, nessa atitude que resulta do empenho individual (O ser consciente, J.A.- Divaldo Franco)
  • 28. Zaqueu... pequeno de estatura  Em Missionários da Luz, o instrutor Alexandre fala a André Luiz:  Os rolos brancos que conduzem são pequenos mapas de formas orgânicas, elaborados por orientadores de nosso plano, especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena.  Conforme o grau de adiantamento do futuro re-encarnante e de acordo com o serviço que lhe é designado no corpo carnal, é necessário estabelecer planos adequados aos fins essenciais.
  • 29. Zaqueu... pequeno de estatura  Nessa mesma obra, um pouco mais à frente, um trecho do diálogo de Silvério, que se preparava para reencarnar, com o seu instrutor:  “– Pode informar se o meu modelo está pronto?  – Creio que poderá procurá-lo amanhã, tornou Manassés, bem disposto, já fui observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado a sugestão amorosa dos amigos bem orientados, sobre o defeito da perna.  Certamente, lutará você com grandes dificuldades nos princípios da nova luta, mas a resolução lhe fará grande bem.  – Sim, – disse o outro, algo confortado –, preciso defender-me contra certas tentações de minha natureza inferior e a perna doente me auxiliará, ministrando-me boas preocupações.  Ser-me-á um antídoto à vaidade, uma sentinela contra a devastação do amor-próprio excessivo.”  Quanta dor e sofrimento muitos de nós não passa por recusar a aceitar o corpo que tem, justamente aquele escolhido por julgá-lo ser o melhor para o seu progresso na presente encarnação.
  • 30.  ... e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura.  E correndo adiante, subiu a um sicômoro para O ver, porque por ali havia de passar.
  • 31. Zaqueu... subiu a um sicômoro  Na Wikipédia encontramos:  Ficus sycomorus L., conhecida pelos nomes comuns de sicómoro, sicômoro ou figueira-doida,  é uma espécie de figueira de raízes profundas e ramos fortes que produz figos de qualidade inferior, cultivada no Médio Oriente e em partes da África há milênios.
  • 32. Zaqueu... subiu a um sicômoro  E onde está a figueira hoje?  Ela se expressa hoje nas pessoas, situações e coisas que nos alcançam de forma imperiosa.  Manifesta-se situações inconvenientes e desagradáveis em nossa vida.  Com sabedoria Zaqueu subiu na figueira brava, e a usou para ver Jesus, nós a desprezamos e queremos tirá-la do nosso caminho.  Subir na figueira é utilizar o obstáculo, a dificuldade como instrumento de reerguimento e elevação.  Mateus 11,28: “ Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”
  • 33.  E quando Jesus chegou aquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse:  Zaqueu, desce depressa,  porque importa que eu fique hoje em tua casa.
  • 34. Jesus... levantando os olhos  O detalhe de ter “levantando os olhos, ali o viu” é interessante, pois bem demonstra que Jesus estava atento ao que acontecia à sua volta, razão pela qual percebeu Zaqueu na árvore.  Elevados em consciência, motivados pelo sincero desejo de crescer, o Cristo imediatamente penetra nossa casa mental, ultrapassa os umbrais das portas do coração.
  • 35. Zaqueu, desce depressa  Diante de tão inusitado pedido, Zaqueu não vacila um só minuto, mais do que depressa, desce da árvore para, com o maior prazer, receber Jesus em sua casa.  “Desce” é o chamamento do Cristo íntimo, é o chamado para o trabalho operacional, para a ação.  É preciso descer, colocar-nos ao nível de Jesus, que sendo de condição divina, quis ser um de nós, para no meio de nós nos ensinar a ser irmãos, porque somos todos filhos de Deus, do mesmo Pai.
  • 36.  E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso.  E vendo isto todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador.
  • 37. ... todos murmuravam  Murmuravam, ou seja, comentavam entre si, por certo, fazendo juízo da atitude de Jesus em hospedar-se na casa de Zaqueu, um “detestável” publicano.  Não se comia com um impuro! Homem solitário.  Jesus não se impôs a Zaqueu nem lhe pediu que abandonasse suas riquezas e o seguisse: apenas o homenageia com Sua presença.”
  • 38.  Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe:  Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lho-ei quadruplicado.
  • 39. ... pagar-lho-ei quadruplicado  segundo o Êxodo (21:37) a restituição quádrupla devia ser feita em caso de roubo; mas tratando-se de simples fraude, a Lei (Lev. 5:24 e Núm. 5:6-7) mandava que se restituísse a importância mais um quinto (isto é, mais 20%).  Pelo texto, não temos como saber se Zaqueu somente tinha o interesse em ver Jesus ou se, dentro de seu coração, alimentava o desejo de conversar com ele para conhecer sua doutrina.  O que é mais provável é que Zaqueu sabia da fama de Jesus, porquanto, numa outra oportunidade, à porta de Jericó, ele curou um cego (Marcos 10,46-52 e Lucas 18,35-43) ou dois (Mateus 20,29-34), fato esse que deve ter se espalhado por toda a cidade.  Mas o que importa é que Zaqueu, após ver as coisas de um ponto de vista mais elevado (de cima da árvore), foi tocado pela presença de Jesus, por isso propõe primeiro dividir seus bens com os necessitados, depois restituir quatro vezes mais aqueles que, porventura, tivesse prejudicado.
  • 40.  Sobre o que Jesus lhe disse:  Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão.  Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido.
  • 41. Hoje entrou a salvação nesta casa  Qual teria sido o motivo que levou Jesus afirmar: “hoje entrou a salvação nessa casa”?  Foi por que Zaqueu acreditou nele?  Foi por que este rico publicano pertencia a alguma Igreja específica?  Foi por que Deus o havia predestinado para a isso? ou  Foi por que resolveu mudar suas atitudes para com o próximo, procurando tratá-lo de outra forma, incluindo a reparação de algum prejuízo que, porventura, lhe havia feito?!!
  • 42. Hoje entrou a salvação nesta casa  Zaqueu abre mão de tudo e com o ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além.  Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito, muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza de que é portador, cresce constantemente (Fonte Viva).  Mateus 16,27: “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme suas obras.”  O amor cobre uma multidão de pecados...  Foi na casa de Zaqueu que Jesus contou a parábola dos talentos.
  • 43. este também é filho de Abraão  Os judeus consideravam-se descendentes de Abraão, daí a expressão “filho de Abraão”, a ideia por detrás era a de que somente eles poderiam ser considerados como filhos de Deus.  Ao dizer que esse é também filho de Abraão, Jesus estabelece a igualdade entre todos os seres humanos.  E numa visão mais ampliada, todos nós sendo filhos do mesmo Pai, que é Deus, também somos iguais e, portanto, nenhum tipo de privilégio há entre cada um de nós e os outros, sejam quem eles forem.
  • 44. o Filho do Homem  E quem, na humanidade, pode dizer que não está perdido?  Então, podemos ter certeza que Jesus ainda continua “buscando para salvar” a cada um de nós, só que através de seus mensageiros, os Espíritos Superiores, que amparam a todos nós, sem discriminação, seja ela por fator cultural, social ou físico.
  • 45. o Filho do Homem  Bem-aventurado és tu que agora contemplas em tua casa a verdadeira salvação.  Alguns dos discípulos, notadamente Filipe e Simão, não conseguiam ocultar suas deduções desagradáveis. Mais ou menos aferrados às leis judaicas e atentando somente no sentido literal das lições do Messias, estranhavam aquela afabilidade de Jesus, aprovando os atos de um rico do mundo, confessadamente publicano e pecador.  E como o dono da casa se ausentasse da reunião por alguns minutos, a fim de providenciar sobre a vinda de seus filhos para conhecerem o Messias, Pedro e outros prorromperam numa chuva de pequeninas perguntas:  Por que tamanha aprovação a um rico mesquinho? As riquezas não eram condenadas pelo Evangelho do Reino? Por que não se hospedarem numa casa humilde e, sim, naquela vivenda suntuosa, em contraposição aos ensinos da humildade? Poderia alguém servir a Deus e ao mundo de pecados?
  • 46. o Filho do Homem  O Mestre deixou que cessassem as interrogações e esclareceu com generosa firmeza:  Amigos, acreditais, porventura, que o Evangelho tenha vindo ao mundo para transformar todos os homens em miseráveis mendigos? Qual a esmola maior: a que socorre as necessidades de um dia ou a que adota providências para uma vida inteira?  No mundo vivem os que entesouram na Terra e os que entesouram no Céu. Os primeiros escondem suas possibilidades no cofre da ambição e do egoísmo e, por vezes, atiram moedas douradas ao faminto que passa, procurando livrar-se de sua presença; os segundos ligam suas existências a vidas numerosas, fazendo de seus servos e dos auxiliares de esforços a continuação de sua própria família. Estes últimos sabem empregar o sagrado depósito de Deus e são seus mordomos fiéis, à face do mundo.  Os apóstolos ouviam-no, espantados. Filipe, desejoso de se justificar, depois da argumentação incisiva do Cristo, exclamou:
  • 47. o Filho do Homem  Senhor, eu não compreendia bem, porque trazia o meu pensamento fixado nos pobres que a vossa bondade nos ensinou a amar.  Entretanto, Filipe elucidou o Mestre —, é necessário não nos perdermos em viciações do sentimento. Nunca ouviste falar numa terra pobre, numa árvore pobre, em animais desamparados? E acima de tudo, nesses quadros da natureza a que Zaqueu procura atender, não vês o homem, nosso irmão? Qual será o mais infeliz: o mendigo sem responsabilidade, a não ser a de sua própria manutenção, ou um pai carregado de filhinhos a lhe pedirem pão?  Como André o observasse, com grande brilho nos olhos, maravilhado com as suas explicações, o Mestre acentuou:  Sim, amigos! ditosos os que repartirem os seus bens com os pobres; mas, bem-aventurados também os que consagrarem suas possibilidades aos movimentos da vida, cientes de que o mundo é um grande necessitado, e que sabem, assim, servir a Deus com as riquezas que lhes foram confiadas!
  • 48. o Filho do Homem  Em seguida, Zaqueu mandou servir uma grande mesa ao Senhor e aos discípulos, onde Jesus partiu o pão, partilhando do contentamento geral.  Impulsionado por um júbilo insopitável, o chefe publicano de Jericó apresentou seus filhos a Jesus e mandou que seus servos festejassem aquela noite memorável para o seu coração.  Nos terreiros amplos da casa, crianças e velhos felizes cantaram hinos de cariciosa ventura, enquanto jovens em grande número tocavam flautas, enchendo de harmonias o ambiente.  Foi então que Jesus, reunidos todos, contou a formosa parábola dos talentos, conforme a narrativa dos apóstolos, e foi também que, pousando enternecido e generoso olhar sobre a figura de Zaqueu, seus lábios divinos pronunciaram as imorredouras palavras:  “Bem-aventurado sejas tu, servo bom e fiel!”
  • 49. Pela sua atenção e paciência, meu muito obrigado! Tenham todos um ótimo final de semana. Chico Xavier