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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Rio de Janeiro / 2009
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Orientação Educacional / Universidade Castelo Branco. – Rio de Janeiro:
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1. Ensino a Distância. 2. Título.
CDD – 371.39
Apresentação
Prezado(a) Aluno(a):
É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de gradu-
ação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando
oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente es-
peram retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma
estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.
Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhe-
cimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.
Seja bem-vindo(a)!
Paulo Alcantara Gomes
Reitor
Orientações para o Autoestudo
O presente instrucional está dividido em quatro unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e
conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam
atingidos com êxito.
Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades com-
plementares.
As Unidades 1 e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1.
Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das quatro unidades.
Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o
conteúdo de todas as Unidades Programáticas.
A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com
os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que
você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros
presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.
Bons Estudos!
Dicas para o Autoestudo
1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja
disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.
2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite
interrupções.
3 - Não deixe para estudar na última hora.
4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.
5 - Não pule etapas.
6 - Faça todas as tarefas propostas.
7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento
da disciplina.
8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a autoavaliação.
9 - Não hesite em começar de novo.
SUMÁRIO
Quadro-síntese do conteúdo programático ................................................................................................. 09
Contextualização da disciplina ................................................................................................................... 11
UNIDADE I
ORIENTADOR EDUCACIONAL: A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE?
1.1 - O Orientador educacional no Brasil: histórico e legislação ............................................................... 13
1.2 - Concepções de educação e Orientação Educacional .......................................................................... 14
1.3 - Dimensões filosóficas, políticas, sociais, e pedagógicas da escola:
qual o papel da orientação educacional? ............................................................................................. 14
UNIDADE II
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLA
2.1 - Sociedade e escola – manutenção, transformação e participação ...................................................... 15
2.2 - Compromisso profissional e ético do orientador educacional ............................................................ 19
2.3 - A orientação educacional face às questões do trabalho ...................................................................... 21
2.4 - O orientador educacional como intelectual transformador ................................................................. 21
UNIDADE III
A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
3.1 - A orientação educacional face á organização da escola ...................................................................... 22
3.2 - A democratização da escola: as instâncias colegiadas ........................................................................ 22
3.3 - Escola, inclusão e cidadania ............................................................................................................... 22
Atividades Complementares ....................................................................................................................... 25
Glossário ..................................................................................................................................................... 26
Gabarito ....................................................................................................................................................... 27
Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 28
9Quadro-síntese do conteúdo
programático
UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS
I - ORIENTADOR EDUCACIONAL: A QUEM
SERVE, PARA QUE SERVE?
1.1 - O orientador educacional no Brasil; histórico
e legislação
1.2 - Concepções de educação e Orientação educacional
1.3-Dimensõesfilosóficas,políticas,sociaisepedagógi-
cas da escola: qual o papel da Orientação Educacional?
II - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE
E ESCOLA
2.1 - Sociedade escola: manutenção, transformação
e participação
2.2 - Compromisso profissional e ético do Orientador
Educacional
2.3 - A orientação educacional face às questões
do trabalho
2.4 - O orientador educacional como intelectual
transformador
III -AORIENTAÇÃO EDUCACIONALEADEMO-
CRATIZAÇÃO DAEDUCAÇÃO
3.1 - A orientação educacional face à organização
da escola
3.2-Ademocratizaçãodaescola:asinstanciaiscolegiadas
3.3 - Escola, inclusão e cidadania
• Revisar leis que nortearam e norteiam a ação do
Orientador educacional;
• Permitir o conhecimento, detalhado do art. 64, da
lei 9394/96, que trata dos profissionais da educação;
• Possibilitar um conhecimento teórico sobre a
Educação e o Orientador Educacional;
• Conhecer o papel do Orientador educacional.
• Analisar e entender as relações entre sociedade
e escola;
•ConhecerocódigodeéticadoOrientadorEducacional;
• Ampliar, com o corpo docente e discente, o co-
nhecimento das oportunidades de trabalho, permi-
tindo também, ao aluno, entender as mudanças rápi-
das de características das profissões.
• Participar da dinâmica escolar;
•Analisar criticamente as chamadas variáveis intra e
extra-escolares que influem no rendimento do aluno;
• Transformar a “miséria” educacional, restabele-
cendo o elo entre escola, inclusão e cidadania.
11Contextualização da Disciplina
A disciplina Orientação Educacional pretende dar fundamentos ao percurso de formação de pedagogo e/ou
professor, no entendimento das questões cruciais da educação.
Essa disciplina exige, do aluno, muita reflexão diante dos questionamentos, que ela provoca e, esforço
constante, para resolvê-lo.
A Lei 9394/96 – TÍTULO VI – DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, no seu Art. 64, não apresenta
soluções definitivas para a escola, que hoje temos, mas redimensiona a prática desse profissional, da sua ação
como trabalhador, comprometido com todas as questões educacionais, intra e extra-muros escolares, incluindo,
nela, a informação profissional.
Dessa forma, e nesse contexto, entendemos que os problemas educacionais poderão ser enfrentados, por
esses profissionais, sozinhos ou em equipe, com competência técnica, tornando-se agentes de transformação.
13UNIDADE I
ORIENTADOR EDUCACIONAL:ORIENTADOR EDUCACIONAL:
A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE?A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE?
1.11.1 - O Orientador Educacional no Brasil:
Histórico e Legislação
A especificidade do trabalho do Orientador Educa-
cional tem sido questionada e investigada por parte de
muitos educadores. Como resultado desses estudos,
uma das correntes, onde se destaca Pimenta (1981),
preconiza a necessidade de implementação de polí-
ticas que resgatem a prática desse profissional, não
como imposição legal, mas para responder às neces-
sidades presentes nas instituições escolares em que os
mesmos estão inseridos.
Essa perspectiva situa-se no âmbito de discussões
que procuram reorientar o espaço de atuação da es-
cola, assumindo-se uma concepção progressista da
educação escolar.
Historicamente, no contexto brasileiro, a função
do Orientador Educacional é estabelecida pelas leis
que a referenciam – Leis Orgânicas 1942 e 1946, em
São Paulo, Lei 5692/1971 e 9394/96 no Brasil – e
traduzem uma ideologia que define suas finalidades
e significado. Essa ideologia enfatiza a orientação
profissional e o desenvolvimento das habilidades e
condutas que ajustam os alunos às expectativas dos
grupos sociais dominantes.
Esse ajustamento é justificado, inspirando-se
principalmente na psicologia e na biologia, onde a
educação teria a função de adaptação à vida sócio-
profissional, cabendo-lhe atuar no sentido de obter
correspondência entre interesses individuais e as exi-
gências da sociedade.
Entretanto, após décadas de trabalho com essa orien-
tação, o que se percebe é que tais “compromissos”
não têm sido levados a bom termo. Por mais superfi-
cial que seja a análise dos resultados da ação escolar,
o que se observa é que o pretendido ajustamento não
tem sido alcançado. O que o cotidiano das institui-
ções de ensino permite constatar é, em termos ferais,
atitudes de resistência, quando não de rejeição dos es-
tudantes, às práticas escolares e ao seu currículo. As
elevadas taxas de evasão, aliadas às de reprovação,
particularmente nas séries iniciais do ensino Funda-
mental, parecem constituir importante indicador do
insucesso da instituição escolar, no que diz respeito
ao pretendido objetivo de ajustamento da criança seja
à escola, ao mercado de trabalho ou às “exigências da
sociedade”. Outra forma de perceber essa problemá-
tica pode vincular-se às relações aluno-escola, aluno-
professsor e escola-família. Neste sentido, parecem
sempre mais freqüentes as manifestações de descon-
tentamento de professores quanto a comportamentos,
hábitos e atitudes da maior parte dos estudantes no
contexto escolar.
Resumindo, pode-se supor que, ao invés do almeja-
do ajustamentos, existem indicações de uma grande
separação entre escola-professor-aluno e sua família.
É evidente que essa problemática produz reflexos
em muitos aspectos do processo educativo escolar,
onde se destacam os resultados do processo ensino-
aprendizagem. Por exemplo, no caso de crianças ma-
triculadas nas séries iniciais do ensino fundamental
os estudantes oriundos de famílias marginalizadas, do
ponto de vista sócio-econômico e cultural, esses efei-
tos têm se apresentado de forma acentuada.
Não é difícil compreender que o processo dessa na-
tureza é lento, não só porque requer modificações em
termos de infra-estrutura, mas também mudança de
mentalidade.
Quanto ao primeiro aspecto – infra-estrutura – já
dispões de informações, obtidas através de estudos,
que analisaram a política educacional brasileira (Pai-
va, 1985; Arroyo, 1985; Nosella, 1988).
A esse respeito, as conclusões dessas investigações,
de uma ou outra forma, sugerem não só a ausência
de efetiva política educacional, numa linha de conti-
nuidade, como evidente descompromisso com a es-
colarização das camadas mais pobres da população.
Apesar disso, o discurso político, no plano da retó-
rica, vem, ao longo do tempo, declarando prioridade
às questões educacionais. Tem-se, então, uma grande
distância entre o discurso e a prática, no âmbito da
política educacional brasileira.
Por outro lado, do ponto de vista de profissionais de
ensino, parece possível perceber certas inconsistên-
cias entre um discurso que defende a escola demo-
14
crática e uma ação pedagógica repressiva, autoritária
e discriminadora. A esse respeito são elucidativos,
entre outros, os estudos de Lelis (1989).
Do esforço coletivo desses profissionais (OE – SE –
ADM: orientação educacional; supervisão educacional
e administração escolar), junto aos professores, poderá
resultar a construção de uma escola democrática e mais
igualitária, permitindo coerência entre o discurso e a
prática, abandonando-se, entre outros procedimentos
distorcidos, a prática da improvisação. Torna-se visível
então um projeto pedagógico que responda às questões
educacionais, para que os alunos se apropriem dos co-
nhecimentos e habilidades socialmente valorizados.
1.21.2 - Concepções de Educação e Orientação Educacional
O manifesto dos pioneiros da educação nova já des-
tacava, há 67 anos, ser a educação o mais importante
e grave problema nacional. A observação, registrada
naquela época permanece válida.
Aeducaçãotemumpapelhistóricoesocialeodocente,
que não reflete sobre ela, tecnicamente, mas tecnocrati-
camente, é levada a reduzi-la à racionalidade mecânica.
Abandona-se o porquê da educação e o tecnocrata admi-
nistra o como educar. O fim transforma-se em meio, nas
mãos de um tecnocrata (Niskier, 1996, p.15).
Diante da citação, exposta acima, cabe-nos colocar
em evidência a profissão do Orientador educacional,
que representa um elo entre todos os profissionais,
que atuam em educação.
A partir de 1996, superando críticas passadas, o
Orientador educacional retoma seu papel, enfrentando
desafios e preenchendo lacunas, como por exemplo,
trabalhar para o desenvolvimento integral do educan-
do em seus múltiplos aspectos físicos, intelectuais,
social, emocional, profissional, etc.
1.31.3 - Dimensões Filosóficas, Políticas, Sociais e
Pedagógicas da Escola: Qual o Papel da Orientação
Educacional?
Entendendo-se que a educação é um direito funda-
mental da pessoa humana e possui um valor humano
universal, compreende-se que: a) a aprendizagem e a
educação são fins em si mesmo; b) constituem objetivos
a alcançar, tanto pelo indivíduo, como pela sociedade;
c) devem ser desenvolvido e mantido ao longo da vida.
O papel do Orientador Educacional, já citado ante-
riormente, é considerado uma ação importante e uma
necessidade urgente para entender que trabalhar em
cima das demandas do desenvolvimento pessoal e
social do aluno e dessa sociedade pluralista é, conse-
quentemente, uma escola também em ebulição.
15UNIDADE II
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLAORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLA
2.12.1 - Sociedade e Escola – Manutenção, Transformação
e Participação.
Considerando a escola como instituição social, o peda-
gogo nela inserido e a multiplicidade de facetas e inter-
relação dos fenômenos alfabetização, evasão e repetên-
cia, é oportuno ter presente a questão da idéia de ensinar,
proposta por Paulo Freire (1992) para explicar o proces-
so de apropriação do conhecimento, pelo aluno. Para este
autor, na linha progressista, ensinar implica, pois, que:
Os educandos, em certo sentido, “penetrando” o discurso do
professor, se apropriam da significação profunda do conteúdo
sendo ensinado. O ato de ensinar, vivido pelo professor ou pro-
fessora, vai desdobrando-se, da parte dos educandos, no ato de
estes conhecerem o ensinado.
Por sua vez, o (a) professor (a) só ensina em termos verdadei-
ros na medida em que conhece o conteúdo que ensina, quer
dizer, na medida em que se apropria dele, em que o apreende.
Neste caso, ao ensinar, o professor ou a professora re-conhece
o objeto já conhecido. Em outras palavras, refaz a sua cognos-
citividade na cognoscitividade dos educandos. Ensinar é assim
a forma que toma o ato de conhecimento que o (a) professor (a)
necessariamente faz na busca de saber o que ensina para provo-
car nos alunos seu ato criador, um ato crítico e não mecânico.
A curiosidade do (a) professor (a) e dos alunos, em ação, se
encontra na base do ensinar-aprender. (p.81) citação
Admitindo-se o exposto, tem-se, como consequên-
cia, algumas implicações para a prática pedagógica,
com seus problemas intra e extraescolares.
Nunca é demais salientar que a recuperação do nexo
escola-vida, da teoria-prática e da auto-estima dos estu-
dantes das classes populares são contribuições, e gran-
des, para a melhoria do ensino e de seus resultados.
Trabalhar no sentido de promover a auto-estima des-
ses alunos, de fazê-los perceber o quanto são capazes,
produtivos e inventivos, amplia sua noção de mundo,
rompe com odiscurso da incompetência dos mais po-
bres e contribui para que os estudantes participem do
mundo letrado. Essa ação será orientada, não só no
sentido de recuperar o autoconceito individual e gru-
pal, mas funcionará como alavanca que os colocará
nos caminhos da participação, colaboração, tomada
de decisão, responsabilidade, iniciativa e trabalho.
Como Orientador Educacional, você ficará a par dos
“desencontros” não só de uma turma, mas de toda a
Escola. O que fazer? Está claro que você deve tra-
balhar para que a escola e as turmas não “adoeçam”,
mas poderão ser convocados para resolver vários pro-
blemas. Sugerimos divulgar as fichas que o professor
Libâneo (2001) sugeriu:
Desenvolvimento intelectual:
Presta atenção nas aulas e no trabalho independente.
É persistente na realização das tarefas.
Tem facilidade de assimilação da matéria.
Demonstra atitude positiva em relação ao estudo.
Tem facilidade de expressão verbal.
Lê e escreve corretamente.
Tem pensamento criativo e independente.
Relacionamento com os colegas e com o professor:
Tem facilidade em fazer amizades.
É leal e sincero com os outros.
Respeita os colegas e o professor.
Tem espírito de solidariedade e cooperação.
Observa as normas coletivas de disciplina.
Coopera com o professor e os colegas nas tarefas.
Desenvolvimento afetivo:
Tem interesse e disposição para o estudo.
Resolve suas próprias dificuldades.
É responsável em relação às tarefas de estudo.
Controla suas emoções e seu nervosismo.
Tem iniciativa.
Faz uma imagem positiva de suas próprias pos-
sibilidades.
É bem-humorado e alegre.
É expansivo e espontâneo.
Organização e hábitos pessoais:
Mantêm em ordem seus cadernos e materiais.
Cuidamdahigienepessoal(roupas,cabelos,unhas,etc.)
Tem presteza para iniciar as tarefas.
Apresenta as tarefas no prazo solicitado.
Tem boa postura do corpo.
Tem boa disposição e aparenta boa saúde.
Tem hábitos de urbanidade e cortesia.
(Libâneo p.215).
A escola, apesar de atuar como legitimadora da or-
dem social ao nível da ideologia, não é percebida des-
sa maneira. E exatamente por ter esta função camufla-
da é que ela é agência socializadora poderosa.
16
Na sua aparência, a escola é percebida como o lu-
gar onde buscamos conhecimentos para “progredir”
na vida. Progredir na vida, traz embutida a noção de
ascensão social, que é uma representação ideológica.
E como tal ela é imaginária, já que nem todos os que
vão à escola sobem na vida. Os poucos que ascendem
servem de exemplo para manter a ilusão, mas na rea-
lidade representam a exceção e não a regra, como nos
fazem acreditar.
Nesse sentido, o indivíduo que atinge altos níveis de
escolarização é muito valorizado. A pergunta “O que
você vai ser quando crescer?” receberá sempre como
resposta uma carreira que dependa de uma longa es-
colarização. A carreira é a maneira que encontramos
para ascender na escala social.
A escola, em sua prática cotidiana, é uma institui-
ção eminentemente reprodutora. Ela reproduz o co-
nhecimento disponível, para que a criança e o jovem
tenham instrumentos para enfrentar o mundo do tra-
balho. Mas, ao mesmo tempo, a exemplo da família,
reproduz as relações de autoridade e seleção presen-
tes em nossa sociedade.
Em termos de autoridade, a figura do professor
substituirá a figura do pai. Ele representará a norma e
os valores transmitidos na escola. Será valorizado ou
temido pelo poder que lhe é atribuído.
Alguns professores são valorizados pelos alunos por
seu conhecimento e pela boa relação que mantêm com
eles. Tais professores são ouvidos com muita atenção
e têm função bem parecida com a do pai protetor. Ou-
tros são temidos pela severidade e têm função pare-
cida com a do pai autoritário. A partir dessas relações
na escola e na família, a criança vai aprendendo a es-
tabelecer as relações de poder e submissão que regem
nossa sociedade.
Quanto à seletividade, é na escola que a criança
começa a ser classificada. No interior da família, ela
não tem um modelo de diferenciação social. Mas na
escola ela conhece aqueles que passam por mais ou
menos coisas que ela. Serão os mais ricos ou os mais
pobres. O desempenho da criança também é marcado
por desigualdade: ela é mais ou menos inteligente.
Esses fatores dão base para o entendimento da se-
leção dos mais aptos feita em nossa sociedade. Atri-
bui-se ao indivíduo toda a responsabilidade por seu
sucesso ou fracasso, sem levar em consideração as
condições objetivas que determinam o resultado.
Uma criança pobre não tem as mesmas oportunida-
des que uma criança rica e certamente terá uma defa-
sagem em termos culturais.
Já a criança considerada menos inteligente, quando se
trata do mesmo nível socioeconômico, poderá estar en-
frentando uma metodologia de ensino ou não adequada
às características de sua personalidade. Podemos usar
como exemplo o método de ensino de um professor au-
toritário, que obriga seus alunos a decorarem um deter-
minado item da matéria dada em sala de aula. Depois
de ministrado o conteúdo, o professor chama aleato-
riamente alguns alunos, para que respondam a pergun-
tas sobre o conteúdo exposto. Alunos que não se dão
bem com o método coercitivo, muito provavelmente,
não conseguirão responder às perguntas, terão aquele
esquecimento repentino, que, no jargão estudantil, é
conhecido como “branco”. O aluno tem bom desem-
penho com outros professores que não usam métodos
coercitivos e, nesse caso, seu baixo desempenho não
pode ser atribuído à sua inteligência. Pense no caso de
uma escola que use o método coercitivo em todas as
matérias. O que aconteceria com esse aluno?
A maneira como se organiza a escola enquanto agên-
cia socializadora, apresentando um conteúdo explícito
– conhecimento técnico e normas de conduta – e um
conteúdo implícito – a relação com a autoridade e a
questão da desigualdade atribuída ao próprio aluno
- leva a um sentimento de culpa por parte da criança:
“Sou eu quem está errada”. Essa culpa será, futuramen-
te, em termos da repressão social internalizada, um for-
te controlador social. Assim, ao mesmo tempo em que
a escola fica isenta de culpa, há o controle do desejo da
criança, que será o cadinho do moralismo no adulto.
Somente abrindo espaço para uma escola crítica ou,
pelo menos, a possibilidade do pensamento crítico ou,
pelo menos, a possibilidade do pensamento crítico na
escola tradicional – tarefa que cabe a todos nós, pro-
fessores e alunos, se pretendem uma escola melhor.
17
A Escola: Onde Só é Permitido o Que Não é Proibido
18
A Escola, ao Lado da Família, é Responsável pela Transmissão das Normas e Valores de
Caráter Mais Feral, Necessários à Inserção do Indivíduo na Sociedade
19
Questões para debate em grupo
1. “Certas crianças, para não correr o risco de serem criticadas por falar “errado”, preferirão calar a boca”.
Qual o papel do Orientador Educacional, em face destas questões?
2. Analise com o grupo a ilustração do trecho sobre a escola. Em que ela se parece com sua escola?
Filmes indicados
Crazy people. Direção Tony Hill (EUA, 1990).
Filme muito interessante, que trata do mundo publicitário.
Rede de intrigas. Direção Sidney Lumet (EUA, 1976)
O filme relata os bastidores de um telejornal e é bastante esclarecedor.
A rosa púrpura do Cairo. Direção Woody Allen (EUA, 1985).
Trata do poder de sedução exercido pela imagem nas telas do cinema e pode facilmente ser generalizado para
a tela de tevê.
Sobre família:
Kramer x Kramer. Direção Robert Benton (EUA, 1979)
É interessante para debater os papéis sociais na família.
Pai patrão. Direção Paolo e Vittorio [Taviani (Itália, 1977)]
Mostra o conflito de um jovem com seu pai conservador.
Anos dourados. Direção Roberto Talma (Brasil, 1986)
Excelente seriado brasileiro, que permite o debate sobre os conflitos de jovens com suas famílias.
Sobre escola:
Sociedade dos poetas mortos. Direção Peter Weir (EUA, 1989)
Permite um bom debate sobre o sistema educacional.
2.22.2 - Compromisso Profissional e Ético do Orientador
Educacional
Código de Ética dos Orientadores Educacionais
O DIÁRIO OFICIAL NA SESSÃO 1 – PARTE
1 DE 5 DE MARÇO DE 1979. PUBLICOU O
SEGUINTE:
CÓDIGO DE ÉTICA dos Orientadores Educacionais
O presente Código de ética tem por objetivo
estabelecer normas de conduta profissional para os
Orientadores Educacionais.
Somente pode intitular-se Orientador Edu-
cacional e, nesta qualidade, exercer a profissão no
Brasil, a pessoa legalmente habilitada, nos termos da
legislação em vigor.
TÍTULO I – Das Responsabilidades gerais
CAPÍTULO 1 - Deveres Fundamentais
Artigo 1º São deveres fundamentais do Orientador
Educacional:
a- Exercer suas funções com elevado padrão de
competência, senso de responsabilidade, zelo, discri-
ção e honestidade;
b- Atualizar constantemente seus conhecimentos;
c- Colocar-se a serviço do bem comum da socie-
dade, sem permitir que prevaleça qualquer interesse
particular ou de classe;
d- Ter uma filosofia de vida que permita, pelo amor
à verdade e respeito à justiça, transmitir segurança e
firmeza a todos aqueles com quem se relaciona pro-
fissionalmente;
20
e- Respeitar os códigos sociais e expectativas mo-
rais da comunidade em que trabalha;
f- Assumir somente responsabilidades de tarefas
para as quais esteja capacitado, recorrendo a outros
especialistas sempre que for necessário;
g- Lutar pela expansão da Orientação educacional e
defender a profissão;
h- Respeitar a dignidade e os direitos fundamentais
da pessoa humana;
i- Prestar serviços profissionais desinteressadamente
em campanhas educativas e situações de emergência
dentro de suas possibilidades.
CAPÍTULO 2 – Impedimentos
Artigo 2º Ao Orientador Educacional é vedado:
a- Encaminhar o orientando a outros profissionais,
visando a fins lucrativos;
b- Aceitar remuneração incompatível com a digni-
dade da profissão;
c-Atendercasosemqueestejaemocionalmenteenvol-
vido, por certos fatores pessoais ou relações íntimas;
d- Aconselhamento individual através da imprensa
falada ou escrita;
e- Desviar para atendimento particular próprio, os
casos da instituição onde trabalha;
f- Favorecer, de qualquer forma, pessoa que exerça
ilegalmente e, em desacordo a este Código de ética, a
profissão de Orientador Educacional.
CAPÍTULO 3 – Do Sigilo Profissional
Artigo 3º Guardar sigilo de tudo que tem conheci-
mento, como decorrência de sua atividade profissio-
nal, que possa prejudicar o orientando.
Parágrafo único. Será admissível a quebra de sigilo
quando se tratar de caso que constitua perigo iminen-
te:
a- Para o orientando;
b- Para terceiros
Artigo 4º Assegurar que qualquer informação sobre
o orientando só seja comunicada à pessoa que a utili-
ze para fins profissionais, com autorização escrita por
parte do mesmo, se maior, ou dos pais, se menor.
TÍTULO II – Das Relações Profissionais
CAPÍTULO 1 – Com o Orientando
Artigo 5º Esclarecer orientando os objetivos da
orientação educacional, garantindo-lhe o direito de
aceitar ou não sua assistência profissional.
Artigo 6º Proteger a identidade orientando, asseguran-
do o sigilo dos dados que lhe dizem respeito.
Artigo 7º Promover assistência contínua, sem inter-
rupção, exceto por motivos relevantes.
Artigo 8º Usar, quando necessário e com a devida
cautela, instrumentos de medida-teste de nível men-
tal, de interesses, de aptidões e escala de atitudes –
como técnicas pertinentes ao trabalho do Orientador
Educacional.
CAPÍTULO 2 – Com os Orientadores Profissio-
nais
Artigo 9º Abster-se de interferir junto ao orientando,
cujo processo de orientação educacional esteja a cargo
de um colega, salvo quando solicitado.
Artigo 10º Dispensar a seus colegas apreço, consi-
deração e solidariedade, que reflitam a harmonia da
classe.
Parágrafo único. O espírito de solidariedade não
pode induzir o orientador a ser conivente com condu-
ta profissional inadequada de colega.
CAPÍTULO 3 – Com outros Profissionais
Artigo 11º desenvolver bom relacionamento com os
componentes de outras categorias profissionais.
Artigo 12º Reconhecer os casos pertinentes aos de-
mais campos de especialização, encaminhando-os
aos profissionais competentes.
CAPÍTULO 4 – Com a Instituição Empregado-
ra
Artigo 13º Respeitar as posições filosóficas, políti-
cas e religiosas da instituição em que trabalha, tendo
em vista o princípio constitucional de autodetermi-
nação.
Artigo 14º Realizar seu trabalho em conformidade
com as normas propostas pela instituição e conheci-
das no ato de admissão, procurando o crescimento e a
integração de todos.
CAPÍTULO 5 – Com a Comunidade
Artigo 15º Facilitar o bom relacionamento Institui-
ção x Comunidade.
Artigo 16º Respeitar os direitos da família na educa-
ção do orientando.
Artigo 17º Empenhar-se por uma crescente aproxi-
mação ente a família e a instituição.
CAPÍTULO 6 – Com a Entidade de Classe
Artigo18º Procurar filiar-se à entidade de classe.
Artigo 19º Colaborar com os órgãos representativos
de sua classe, zelando pelos seus dirigentes e jamais
se excusando de prestar-lhes colaboração, salvo por
justa causa.
Artigo 20º Comunicar à entidade de classe compe-
tente, os casos de exercício ilegal da profissão ou de
conduta profissional em desacordo com este Código.
TÍTULO III – Do Trabalho Científico
Artigo 21º Divulgar resultados de investigações e
experiências, quando isso importar em benefício do
21
desenvolvimento educacional.
Artigo 22º Observar, nas divulgações dos trabalhos
científicos, as seguintes normas:
a- Omitir a identificação do orientando;
b- Seguir as normas estabelecidas pelas instituições
que regulam as publicações científicas.
TÍTULO IV – Das Disposições Gerais
CAPÍTULO 1 - Da Divulgação e Cumprimento
do Código de Ética
Artigo 23º Divulgar este Código de ética é obriga-
ção das entidades de classe.
Artigo 24º Transmitir os preceitos deste código de
ética aos estudantes de Orientação educacional é de-
ver das instituições responsáveis pela sua formação.
Artigo 25º Fazer cumprir, fiscalizar, prever e apli-
car as penalidades aos infratores deste Código de Éti-
ca é competência exclusiva dos conselhos Federal e
Regional de Orientação Educacional.
Artigo 26º Este Código de ética entrará em vigor
após a sua publicação no diário Oficial da União.
Curitiba, 18 de novembro de 1976.
Comissão responsável pela elaboração:
Coordenação: Ivone Froldi Ramos
Roseli Cecília Rocha de Carvalho Baumel
Membros: Antonia A. Gama Ferrão
Lucia Corona
Maria do Carmo Eutrópio Pimenta
Maria do Carmo S. Freitas
Este Código de Ética está registrado no Livro de Atas
nº. 02 Federação Nacional dos Orientadores Educacio-
nais, na Ata nº. 88 – folhas 59,60. 61,62.
2.32.3 - O Orientador Educacional Face às Questões
do Trabalho
Vale insistir que, agora a Orientação Profissio-
nal volta ao cenário educacional, com objetivos
articulados com o ensino regular ou em modali-
dades, que contemplem estratégias de educação
continuada.
A Lei investe na formação de profissionais e edu-
cação e, dentre eles, do Orientador Educacional.
Dessa forma, é imperioso, também, pensar a vida
cidadã e isto significa pensar relações: relações entre
as pessoas e seu meio ambiente, o trabalho, a produ-
ção cultural e as linguagens.
A formação de profissionais de educação para ad-
ministração, planejamento, inspeção, supervisão
e orientação educacional para a educação básica,
será feira em cursos de graduação em pedagogia ou
em nível de pós-graduação, a critério da instituição
de ensino, garantida, nesta formação, a base comum
nacional. CAPÍTULO V- TÍTULO VI - Artigo 64 – da
Lei 9394/96.
2.42.4 - O Orientador Educacional como Intelectual
Transformador
Nas sociedades letradas, é através da aprendizagem
da leitura que o indivíduo pode apossar-se de qual-
quer conhecimento formal. Essa apropriação permite
ao homem assumir a responsabilidade pela própria
vida e destino, acompanhando e influindo nos proces-
sos de mudança, nos planos individuais e coletivo-so-
cial, transformando assim, a “miséria” educacional.
Ao nos referirmos à autoestima, lembramos que:
É interessante notar que, quanto maiores as desvantagens da crian-
ça, mais provável é que ela seja enviada para uma escola depesso-
as de sua espécie e que conheça mais rapidamente a opinião que
o público em geral tem dela. Dir-lhe-ão que junto à “seus iguais”
se sentirá melhor, e assim aprenderá que aquilo que o considerava
como o universo de seus iguais estava errado e que o mundo que é
realmente o seu é bem menor. (Goffman, 1982, p. 42) (citação)
Além de caracterizar com profundo realismo as
ações dos dois primeiros pólos que envolvem a crian-
ça - família e escola -, os fatos decorrentes desta du-
pla relação permitem compreender os processos re-
lacionados ao desempenho do aluno, que geralmente
é insatisfatório, na avaliação docente. Entretanto, de
hábito não só consideradas na avaliação, entre outras
variáveis, as dificuldades de um ego estigmatizado.
Para reverter tal quadro, duas coisas precisam acon-
tecer. Primeiramente, ressuscitar o conceito de uni-
cidade individual e, como segunda ideia, investir no
professor, para que alcance o desempenho de media-
dor necessário entre aluno, família e conhecimento.
É determinante, então, a atuação do professor pedagogo
no processo de constituição de conhecimento e valor por
parte dos alunos. O educador deverá perceber-se como
um agente de transformações, estando preocupado não
só com o processo de ensino-aprendizagem, mas com a
escola, como um todo.
22 UNIDADE III
A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃOA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃO
DA EDUCAÇÃODA EDUCAÇÃO
3.13.1 - A Orientação Educacional Face à Organização
da Escola
A qualidade de ensino não pode ser obtida só por
meio de ações metodológicas, o domínio dos conte-
údos pelos professores ou a melhora das condições
físicas e materiais da escola.
Há necessidade de um movimento pedagógico
dinâmico, democrático e solidário, conduzido pela
equipe técnico-pedagógica para atender às demandas
da sociedade que acontece na escola e o Orientador
Educacional tem um papel importante no Projeto Pe-
dagógico dando ênfase a sua ação, dar suporte técnico
ao planejamento global da escola e particulares, tais
como: avaliação, alfabetização, planejamento, currí-
culo, inclusão etc.
3.23.2 - A Democratização da Escola: As Instâncias
Colegiadas
O trabalho docente é parte integrante do processo edu-
cativo mais global, pelo quais os membros da socieda-
de são preparados para a participação na vida social.
A educação – ou seja, a prática educativa – é um fenô-
meno social e universal, sendo uma atividade humana
necessária à existência e funcionamento de todas as so-
ciedades. Cada sociedade precisa cuidar da formação
dos indivíduos, auxiliar no desenvolvimento de suas
capacidades físicas e espirituais, prepará-los para a par-
ticipação ativa e transformadora nas várias instâncias
sociais, tendo o pedagogo o mesmo ponto de partia do
docente. (Libâneo, 2001 p. 17)
Nesse contexto, devemos entender o papel impor-
tante da democratização escolar. Para isso, devemos
ter clareza de nossas convicções políticas e pedagó-
gicas em relação ao trabalho escolar, ou seja: o que
pensamos sobre o papel da escola na formação de ci-
dadãos ativos e participantes na vida social.
Isto indica que não se trata, somente, de copiar
os objetivos previstos no programa oficial, mas re-
avaliá-los, constantemente, em função das contra-
dições existentes em nossa sociedade. Isso é tarefa
de todos.
3.33.3 - Escola, Inclusão e Cidadania
A função social da escola é a de criar um contexto
que garanta a todos o desenvolvimento pleno de suas
personalidades e habilidades por meio da constituição
de conteúdo, conceito e valores necessários à vida em
sociedade, oferecendo instrumentos de compreensão
e de ressignificação da realidade. Deve ainda favo-
recer a participação dos alunos nas relações sociais
diversificadas, cada vez mais amplas.
Embora a constituição do cidadão comesse no ambiente fa-
miliar e ocorra em diversas formas de convívio, é a escola,
por excelência, o espaço responsável pela sua formação in-
telectual, socioafetiva, cognitiva, de modo a que atue com
competência e significados, a partir de significados já exis-
tente. Por isto, e preciso oferecer uma educação que possa
ampliar suas referências no mundo, beneficiando todas as
formas de expressão, de linguagem e de participação críti-
ca e construtiva. (DCN – Diretrizes Curriculares nacionais
p.48. RJ).
Ao estabelecermos o encontro escola, inclusão e
cidadania devem ter em mente, reflexões coletivas
sobre os direitos que as pessoas (crianças, jovens
e adultos) têm, independentemente de apresenta-
rem algumas diferenças, pois estão em um espaço
pedagógico, de serem incluídos. Esse processo de
inclusão relaciona-se com as desigualdades de uma
sociedade de classes, por exemplo, como a nossa.
Assim, começa, lentamente, um movimento em prol
de uma inclusão emancipatória.
23
Como professores pedagogos precisam investir nesse
conhecimento sobre inclusão de alunos, na escola, sobre
suas reais possibilidades, sobre nossa formação, sobre
como trabalhar com eles, entendendo que todos esses
processos excludentes de pessoas com necessidades es-
peciais, precisam ser revertidos, contemplando a popula-
ção brasileira, mais especificamente, os “despossuídos”
de oportunidades iguais, pois a Constituição brasileira
de 1988 nos diz: “Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza...”
24
Se você:
1) concluiu o estudo deste guia;
2) participou dos encontros;
3) fez contato com seu tutor;
4) realizou as atividades previstas;
Então, você está preparado para as
avaliações.
Parabéns!
25
Atividades Complementares
Unidade I
Entreviste um Orientador Educacional, da rede Pública ou Privada, e compare essas informações com
suas leituras.
Unidade II
Comente:
“Não posso ser professor se não percebo, cada vez melhor, que por não ser neutra, minha prática exige de mim
uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não
posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê...”.
(FREIRE, 1996, p.45)
Unidade III
Pense, reflita e responda.
Planejar é um ato humano. Fazer projetos é aplicar a ação de planejar na vida social.
Na escola, que faz parte da vida social, o movimento de planejar, coletiva e democraticamente, significa res-
ponder aos direitos e deveres de toda a comunidade.
Você concorda com isso? O Orientador Educacional deve planejar? Explique.
26
Glossário
Estigma - do grego stígma, pelo lat. Stigma – marca sinal; Aquilo que marca que assinala.
Retórica - Arte de bem falar. Conjunto de regras relativas à eloquência; oratória.
27
Gabarito
Unidade I
Resposta pessoal.
Unidade II
Resposta pessoal, que pode estar ancorada no pensamento abaixo:
‘Educar é intervir no mundo, é fazer escolhas diante dos dilemas e desafios, que se apresentam a todo instante.
É preciso, portanto, ter muita clareza dos princípios que orientam nossas práticas.’
Unidade III
Conferir a sua resposta com o tratamento que os livros de didática dão ao tema, ‘Planejamento’.
Planejamento é uma tarefa docente, que inclui tanto a previsão das atividades didáticas, em termos da sua
organização e coordenação, em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer
do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão, intimamente ligado à avaliação.
28
Referências Bibliográficas
ARROYO, Miguel G. Quem deforma a educação? Revista Educacional da AEC, nº 2, 7-15. setembro, 1985.
BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair & TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologia, uma introdução ao
estudo de psicologia. Ed. SARAIVA10ª ed., 1997.
Constituição Federativa do Brasil – Capítulo III, Título VIII, 1988.
DCN – Diretrizes Curriculares Nacional. Prefeitura da Cidade do rio de Janeiro – Secretaria de Educação
– Multi Rio.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança, um encontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1992.
____________ Pedagogia da Autonomia. São Paulo. Paz e Terra, 1996.
GARCIA, Regina L. (Org). Orientação Educacional – o trabalho na escola. São Paulo: Loyola, 1990 (Coleção
Educar nº. 12).
GIACAGLIA, Lia Renata Angelini & PENTEADO, Wilma Millan Alves. Orientação educacional na Prática.
Princípios, técnicas e instrumentos 5.ª ed. Ver. Atual. São Paulo: Cengage Learnig, 2008.
GOFFMAN, Erving. Estigma. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
GUIMARÃES, Lêda de Carvalho. Orientação Educacional: uma proposta de Trabalho com alfabetização.
UFRJ. 1993. (Dissertação de Mestrado)
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, 2001
LELIS, Isabel A. A formação da professora primária: da denúncia ao anúncio. São Paulo: Cortez, 1989.
NISKIER, Arnaldo. LDB: a nova lei da educação. 4ª ed. Rio de Janeiro: Consultor, 1996.
NOSELLA, Paolo. Em busca da identidade política. Trabalho apresentado na V Conferência Brasileira de
Educação. Brasília, 1988.
PAIVA, Vanilda. Perspectiva da Educação Brasileira, Em Aberto, Brasília, 1985, Ano 4, nº 25.
PIMENTA, Selma G. Orientação vocacional e decisão – estudo crítico da situação no Brasil. 2º ed. São Paulo:
Loyola, 1981.
Sugestões
PERRENOUD, Philippe. A Pedagogia na escola das diferenças. Artmed, 2001.
PIMENTA, Selma G. O pedagogo na escola pública. São Paulo: Loyola, 1988.

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  • 1. VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Rio de Janeiro / 2009 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ConteudistaConteudista Leda de Carvalho Guimarães
  • 2. UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB. Universidade Castelo Branco - UCB Avenida Santa Cruz, 1.631 Rio de Janeiro - RJ 21710-250 Tel. (21) 3216-7700 Fax (21) 2401-9696 www.castelobranco.br Un3o Universidade Castelo Branco Orientação Educacional / Universidade Castelo Branco. – Rio de Janeiro: UCB, 2008. - 28 p.: il. ISBN 978-85-7880-059-8 1. Ensino a Distância. 2. Título. CDD – 371.39
  • 3. Apresentação Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de gradu- ação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente es- peram retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua. Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhe- cimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica. Seja bem-vindo(a)! Paulo Alcantara Gomes Reitor
  • 4. Orientações para o Autoestudo O presente instrucional está dividido em quatro unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito. Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades com- plementares. As Unidades 1 e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1. Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das quatro unidades. Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o conteúdo de todas as Unidades Programáticas. A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso. Bons Estudos!
  • 5. Dicas para o Autoestudo 1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo. 2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções. 3 - Não deixe para estudar na última hora. 4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor. 5 - Não pule etapas. 6 - Faça todas as tarefas propostas. 7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina. 8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a autoavaliação. 9 - Não hesite em começar de novo.
  • 6.
  • 7. SUMÁRIO Quadro-síntese do conteúdo programático ................................................................................................. 09 Contextualização da disciplina ................................................................................................................... 11 UNIDADE I ORIENTADOR EDUCACIONAL: A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE? 1.1 - O Orientador educacional no Brasil: histórico e legislação ............................................................... 13 1.2 - Concepções de educação e Orientação Educacional .......................................................................... 14 1.3 - Dimensões filosóficas, políticas, sociais, e pedagógicas da escola: qual o papel da orientação educacional? ............................................................................................. 14 UNIDADE II ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLA 2.1 - Sociedade e escola – manutenção, transformação e participação ...................................................... 15 2.2 - Compromisso profissional e ético do orientador educacional ............................................................ 19 2.3 - A orientação educacional face às questões do trabalho ...................................................................... 21 2.4 - O orientador educacional como intelectual transformador ................................................................. 21 UNIDADE III A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO 3.1 - A orientação educacional face á organização da escola ...................................................................... 22 3.2 - A democratização da escola: as instâncias colegiadas ........................................................................ 22 3.3 - Escola, inclusão e cidadania ............................................................................................................... 22 Atividades Complementares ....................................................................................................................... 25 Glossário ..................................................................................................................................................... 26 Gabarito ....................................................................................................................................................... 27 Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 28
  • 8.
  • 9. 9Quadro-síntese do conteúdo programático UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS I - ORIENTADOR EDUCACIONAL: A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE? 1.1 - O orientador educacional no Brasil; histórico e legislação 1.2 - Concepções de educação e Orientação educacional 1.3-Dimensõesfilosóficas,políticas,sociaisepedagógi- cas da escola: qual o papel da Orientação Educacional? II - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLA 2.1 - Sociedade escola: manutenção, transformação e participação 2.2 - Compromisso profissional e ético do Orientador Educacional 2.3 - A orientação educacional face às questões do trabalho 2.4 - O orientador educacional como intelectual transformador III -AORIENTAÇÃO EDUCACIONALEADEMO- CRATIZAÇÃO DAEDUCAÇÃO 3.1 - A orientação educacional face à organização da escola 3.2-Ademocratizaçãodaescola:asinstanciaiscolegiadas 3.3 - Escola, inclusão e cidadania • Revisar leis que nortearam e norteiam a ação do Orientador educacional; • Permitir o conhecimento, detalhado do art. 64, da lei 9394/96, que trata dos profissionais da educação; • Possibilitar um conhecimento teórico sobre a Educação e o Orientador Educacional; • Conhecer o papel do Orientador educacional. • Analisar e entender as relações entre sociedade e escola; •ConhecerocódigodeéticadoOrientadorEducacional; • Ampliar, com o corpo docente e discente, o co- nhecimento das oportunidades de trabalho, permi- tindo também, ao aluno, entender as mudanças rápi- das de características das profissões. • Participar da dinâmica escolar; •Analisar criticamente as chamadas variáveis intra e extra-escolares que influem no rendimento do aluno; • Transformar a “miséria” educacional, restabele- cendo o elo entre escola, inclusão e cidadania.
  • 10.
  • 11. 11Contextualização da Disciplina A disciplina Orientação Educacional pretende dar fundamentos ao percurso de formação de pedagogo e/ou professor, no entendimento das questões cruciais da educação. Essa disciplina exige, do aluno, muita reflexão diante dos questionamentos, que ela provoca e, esforço constante, para resolvê-lo. A Lei 9394/96 – TÍTULO VI – DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, no seu Art. 64, não apresenta soluções definitivas para a escola, que hoje temos, mas redimensiona a prática desse profissional, da sua ação como trabalhador, comprometido com todas as questões educacionais, intra e extra-muros escolares, incluindo, nela, a informação profissional. Dessa forma, e nesse contexto, entendemos que os problemas educacionais poderão ser enfrentados, por esses profissionais, sozinhos ou em equipe, com competência técnica, tornando-se agentes de transformação.
  • 12.
  • 13. 13UNIDADE I ORIENTADOR EDUCACIONAL:ORIENTADOR EDUCACIONAL: A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE?A QUEM SERVE, PARA QUE SERVE? 1.11.1 - O Orientador Educacional no Brasil: Histórico e Legislação A especificidade do trabalho do Orientador Educa- cional tem sido questionada e investigada por parte de muitos educadores. Como resultado desses estudos, uma das correntes, onde se destaca Pimenta (1981), preconiza a necessidade de implementação de polí- ticas que resgatem a prática desse profissional, não como imposição legal, mas para responder às neces- sidades presentes nas instituições escolares em que os mesmos estão inseridos. Essa perspectiva situa-se no âmbito de discussões que procuram reorientar o espaço de atuação da es- cola, assumindo-se uma concepção progressista da educação escolar. Historicamente, no contexto brasileiro, a função do Orientador Educacional é estabelecida pelas leis que a referenciam – Leis Orgânicas 1942 e 1946, em São Paulo, Lei 5692/1971 e 9394/96 no Brasil – e traduzem uma ideologia que define suas finalidades e significado. Essa ideologia enfatiza a orientação profissional e o desenvolvimento das habilidades e condutas que ajustam os alunos às expectativas dos grupos sociais dominantes. Esse ajustamento é justificado, inspirando-se principalmente na psicologia e na biologia, onde a educação teria a função de adaptação à vida sócio- profissional, cabendo-lhe atuar no sentido de obter correspondência entre interesses individuais e as exi- gências da sociedade. Entretanto, após décadas de trabalho com essa orien- tação, o que se percebe é que tais “compromissos” não têm sido levados a bom termo. Por mais superfi- cial que seja a análise dos resultados da ação escolar, o que se observa é que o pretendido ajustamento não tem sido alcançado. O que o cotidiano das institui- ções de ensino permite constatar é, em termos ferais, atitudes de resistência, quando não de rejeição dos es- tudantes, às práticas escolares e ao seu currículo. As elevadas taxas de evasão, aliadas às de reprovação, particularmente nas séries iniciais do ensino Funda- mental, parecem constituir importante indicador do insucesso da instituição escolar, no que diz respeito ao pretendido objetivo de ajustamento da criança seja à escola, ao mercado de trabalho ou às “exigências da sociedade”. Outra forma de perceber essa problemá- tica pode vincular-se às relações aluno-escola, aluno- professsor e escola-família. Neste sentido, parecem sempre mais freqüentes as manifestações de descon- tentamento de professores quanto a comportamentos, hábitos e atitudes da maior parte dos estudantes no contexto escolar. Resumindo, pode-se supor que, ao invés do almeja- do ajustamentos, existem indicações de uma grande separação entre escola-professor-aluno e sua família. É evidente que essa problemática produz reflexos em muitos aspectos do processo educativo escolar, onde se destacam os resultados do processo ensino- aprendizagem. Por exemplo, no caso de crianças ma- triculadas nas séries iniciais do ensino fundamental os estudantes oriundos de famílias marginalizadas, do ponto de vista sócio-econômico e cultural, esses efei- tos têm se apresentado de forma acentuada. Não é difícil compreender que o processo dessa na- tureza é lento, não só porque requer modificações em termos de infra-estrutura, mas também mudança de mentalidade. Quanto ao primeiro aspecto – infra-estrutura – já dispões de informações, obtidas através de estudos, que analisaram a política educacional brasileira (Pai- va, 1985; Arroyo, 1985; Nosella, 1988). A esse respeito, as conclusões dessas investigações, de uma ou outra forma, sugerem não só a ausência de efetiva política educacional, numa linha de conti- nuidade, como evidente descompromisso com a es- colarização das camadas mais pobres da população. Apesar disso, o discurso político, no plano da retó- rica, vem, ao longo do tempo, declarando prioridade às questões educacionais. Tem-se, então, uma grande distância entre o discurso e a prática, no âmbito da política educacional brasileira. Por outro lado, do ponto de vista de profissionais de ensino, parece possível perceber certas inconsistên- cias entre um discurso que defende a escola demo-
  • 14. 14 crática e uma ação pedagógica repressiva, autoritária e discriminadora. A esse respeito são elucidativos, entre outros, os estudos de Lelis (1989). Do esforço coletivo desses profissionais (OE – SE – ADM: orientação educacional; supervisão educacional e administração escolar), junto aos professores, poderá resultar a construção de uma escola democrática e mais igualitária, permitindo coerência entre o discurso e a prática, abandonando-se, entre outros procedimentos distorcidos, a prática da improvisação. Torna-se visível então um projeto pedagógico que responda às questões educacionais, para que os alunos se apropriem dos co- nhecimentos e habilidades socialmente valorizados. 1.21.2 - Concepções de Educação e Orientação Educacional O manifesto dos pioneiros da educação nova já des- tacava, há 67 anos, ser a educação o mais importante e grave problema nacional. A observação, registrada naquela época permanece válida. Aeducaçãotemumpapelhistóricoesocialeodocente, que não reflete sobre ela, tecnicamente, mas tecnocrati- camente, é levada a reduzi-la à racionalidade mecânica. Abandona-se o porquê da educação e o tecnocrata admi- nistra o como educar. O fim transforma-se em meio, nas mãos de um tecnocrata (Niskier, 1996, p.15). Diante da citação, exposta acima, cabe-nos colocar em evidência a profissão do Orientador educacional, que representa um elo entre todos os profissionais, que atuam em educação. A partir de 1996, superando críticas passadas, o Orientador educacional retoma seu papel, enfrentando desafios e preenchendo lacunas, como por exemplo, trabalhar para o desenvolvimento integral do educan- do em seus múltiplos aspectos físicos, intelectuais, social, emocional, profissional, etc. 1.31.3 - Dimensões Filosóficas, Políticas, Sociais e Pedagógicas da Escola: Qual o Papel da Orientação Educacional? Entendendo-se que a educação é um direito funda- mental da pessoa humana e possui um valor humano universal, compreende-se que: a) a aprendizagem e a educação são fins em si mesmo; b) constituem objetivos a alcançar, tanto pelo indivíduo, como pela sociedade; c) devem ser desenvolvido e mantido ao longo da vida. O papel do Orientador Educacional, já citado ante- riormente, é considerado uma ação importante e uma necessidade urgente para entender que trabalhar em cima das demandas do desenvolvimento pessoal e social do aluno e dessa sociedade pluralista é, conse- quentemente, uma escola também em ebulição.
  • 15. 15UNIDADE II ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLAORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, SOCIEDADE E ESCOLA 2.12.1 - Sociedade e Escola – Manutenção, Transformação e Participação. Considerando a escola como instituição social, o peda- gogo nela inserido e a multiplicidade de facetas e inter- relação dos fenômenos alfabetização, evasão e repetên- cia, é oportuno ter presente a questão da idéia de ensinar, proposta por Paulo Freire (1992) para explicar o proces- so de apropriação do conhecimento, pelo aluno. Para este autor, na linha progressista, ensinar implica, pois, que: Os educandos, em certo sentido, “penetrando” o discurso do professor, se apropriam da significação profunda do conteúdo sendo ensinado. O ato de ensinar, vivido pelo professor ou pro- fessora, vai desdobrando-se, da parte dos educandos, no ato de estes conhecerem o ensinado. Por sua vez, o (a) professor (a) só ensina em termos verdadei- ros na medida em que conhece o conteúdo que ensina, quer dizer, na medida em que se apropria dele, em que o apreende. Neste caso, ao ensinar, o professor ou a professora re-conhece o objeto já conhecido. Em outras palavras, refaz a sua cognos- citividade na cognoscitividade dos educandos. Ensinar é assim a forma que toma o ato de conhecimento que o (a) professor (a) necessariamente faz na busca de saber o que ensina para provo- car nos alunos seu ato criador, um ato crítico e não mecânico. A curiosidade do (a) professor (a) e dos alunos, em ação, se encontra na base do ensinar-aprender. (p.81) citação Admitindo-se o exposto, tem-se, como consequên- cia, algumas implicações para a prática pedagógica, com seus problemas intra e extraescolares. Nunca é demais salientar que a recuperação do nexo escola-vida, da teoria-prática e da auto-estima dos estu- dantes das classes populares são contribuições, e gran- des, para a melhoria do ensino e de seus resultados. Trabalhar no sentido de promover a auto-estima des- ses alunos, de fazê-los perceber o quanto são capazes, produtivos e inventivos, amplia sua noção de mundo, rompe com odiscurso da incompetência dos mais po- bres e contribui para que os estudantes participem do mundo letrado. Essa ação será orientada, não só no sentido de recuperar o autoconceito individual e gru- pal, mas funcionará como alavanca que os colocará nos caminhos da participação, colaboração, tomada de decisão, responsabilidade, iniciativa e trabalho. Como Orientador Educacional, você ficará a par dos “desencontros” não só de uma turma, mas de toda a Escola. O que fazer? Está claro que você deve tra- balhar para que a escola e as turmas não “adoeçam”, mas poderão ser convocados para resolver vários pro- blemas. Sugerimos divulgar as fichas que o professor Libâneo (2001) sugeriu: Desenvolvimento intelectual: Presta atenção nas aulas e no trabalho independente. É persistente na realização das tarefas. Tem facilidade de assimilação da matéria. Demonstra atitude positiva em relação ao estudo. Tem facilidade de expressão verbal. Lê e escreve corretamente. Tem pensamento criativo e independente. Relacionamento com os colegas e com o professor: Tem facilidade em fazer amizades. É leal e sincero com os outros. Respeita os colegas e o professor. Tem espírito de solidariedade e cooperação. Observa as normas coletivas de disciplina. Coopera com o professor e os colegas nas tarefas. Desenvolvimento afetivo: Tem interesse e disposição para o estudo. Resolve suas próprias dificuldades. É responsável em relação às tarefas de estudo. Controla suas emoções e seu nervosismo. Tem iniciativa. Faz uma imagem positiva de suas próprias pos- sibilidades. É bem-humorado e alegre. É expansivo e espontâneo. Organização e hábitos pessoais: Mantêm em ordem seus cadernos e materiais. Cuidamdahigienepessoal(roupas,cabelos,unhas,etc.) Tem presteza para iniciar as tarefas. Apresenta as tarefas no prazo solicitado. Tem boa postura do corpo. Tem boa disposição e aparenta boa saúde. Tem hábitos de urbanidade e cortesia. (Libâneo p.215). A escola, apesar de atuar como legitimadora da or- dem social ao nível da ideologia, não é percebida des- sa maneira. E exatamente por ter esta função camufla- da é que ela é agência socializadora poderosa.
  • 16. 16 Na sua aparência, a escola é percebida como o lu- gar onde buscamos conhecimentos para “progredir” na vida. Progredir na vida, traz embutida a noção de ascensão social, que é uma representação ideológica. E como tal ela é imaginária, já que nem todos os que vão à escola sobem na vida. Os poucos que ascendem servem de exemplo para manter a ilusão, mas na rea- lidade representam a exceção e não a regra, como nos fazem acreditar. Nesse sentido, o indivíduo que atinge altos níveis de escolarização é muito valorizado. A pergunta “O que você vai ser quando crescer?” receberá sempre como resposta uma carreira que dependa de uma longa es- colarização. A carreira é a maneira que encontramos para ascender na escala social. A escola, em sua prática cotidiana, é uma institui- ção eminentemente reprodutora. Ela reproduz o co- nhecimento disponível, para que a criança e o jovem tenham instrumentos para enfrentar o mundo do tra- balho. Mas, ao mesmo tempo, a exemplo da família, reproduz as relações de autoridade e seleção presen- tes em nossa sociedade. Em termos de autoridade, a figura do professor substituirá a figura do pai. Ele representará a norma e os valores transmitidos na escola. Será valorizado ou temido pelo poder que lhe é atribuído. Alguns professores são valorizados pelos alunos por seu conhecimento e pela boa relação que mantêm com eles. Tais professores são ouvidos com muita atenção e têm função bem parecida com a do pai protetor. Ou- tros são temidos pela severidade e têm função pare- cida com a do pai autoritário. A partir dessas relações na escola e na família, a criança vai aprendendo a es- tabelecer as relações de poder e submissão que regem nossa sociedade. Quanto à seletividade, é na escola que a criança começa a ser classificada. No interior da família, ela não tem um modelo de diferenciação social. Mas na escola ela conhece aqueles que passam por mais ou menos coisas que ela. Serão os mais ricos ou os mais pobres. O desempenho da criança também é marcado por desigualdade: ela é mais ou menos inteligente. Esses fatores dão base para o entendimento da se- leção dos mais aptos feita em nossa sociedade. Atri- bui-se ao indivíduo toda a responsabilidade por seu sucesso ou fracasso, sem levar em consideração as condições objetivas que determinam o resultado. Uma criança pobre não tem as mesmas oportunida- des que uma criança rica e certamente terá uma defa- sagem em termos culturais. Já a criança considerada menos inteligente, quando se trata do mesmo nível socioeconômico, poderá estar en- frentando uma metodologia de ensino ou não adequada às características de sua personalidade. Podemos usar como exemplo o método de ensino de um professor au- toritário, que obriga seus alunos a decorarem um deter- minado item da matéria dada em sala de aula. Depois de ministrado o conteúdo, o professor chama aleato- riamente alguns alunos, para que respondam a pergun- tas sobre o conteúdo exposto. Alunos que não se dão bem com o método coercitivo, muito provavelmente, não conseguirão responder às perguntas, terão aquele esquecimento repentino, que, no jargão estudantil, é conhecido como “branco”. O aluno tem bom desem- penho com outros professores que não usam métodos coercitivos e, nesse caso, seu baixo desempenho não pode ser atribuído à sua inteligência. Pense no caso de uma escola que use o método coercitivo em todas as matérias. O que aconteceria com esse aluno? A maneira como se organiza a escola enquanto agên- cia socializadora, apresentando um conteúdo explícito – conhecimento técnico e normas de conduta – e um conteúdo implícito – a relação com a autoridade e a questão da desigualdade atribuída ao próprio aluno - leva a um sentimento de culpa por parte da criança: “Sou eu quem está errada”. Essa culpa será, futuramen- te, em termos da repressão social internalizada, um for- te controlador social. Assim, ao mesmo tempo em que a escola fica isenta de culpa, há o controle do desejo da criança, que será o cadinho do moralismo no adulto. Somente abrindo espaço para uma escola crítica ou, pelo menos, a possibilidade do pensamento crítico ou, pelo menos, a possibilidade do pensamento crítico na escola tradicional – tarefa que cabe a todos nós, pro- fessores e alunos, se pretendem uma escola melhor.
  • 17. 17 A Escola: Onde Só é Permitido o Que Não é Proibido
  • 18. 18 A Escola, ao Lado da Família, é Responsável pela Transmissão das Normas e Valores de Caráter Mais Feral, Necessários à Inserção do Indivíduo na Sociedade
  • 19. 19 Questões para debate em grupo 1. “Certas crianças, para não correr o risco de serem criticadas por falar “errado”, preferirão calar a boca”. Qual o papel do Orientador Educacional, em face destas questões? 2. Analise com o grupo a ilustração do trecho sobre a escola. Em que ela se parece com sua escola? Filmes indicados Crazy people. Direção Tony Hill (EUA, 1990). Filme muito interessante, que trata do mundo publicitário. Rede de intrigas. Direção Sidney Lumet (EUA, 1976) O filme relata os bastidores de um telejornal e é bastante esclarecedor. A rosa púrpura do Cairo. Direção Woody Allen (EUA, 1985). Trata do poder de sedução exercido pela imagem nas telas do cinema e pode facilmente ser generalizado para a tela de tevê. Sobre família: Kramer x Kramer. Direção Robert Benton (EUA, 1979) É interessante para debater os papéis sociais na família. Pai patrão. Direção Paolo e Vittorio [Taviani (Itália, 1977)] Mostra o conflito de um jovem com seu pai conservador. Anos dourados. Direção Roberto Talma (Brasil, 1986) Excelente seriado brasileiro, que permite o debate sobre os conflitos de jovens com suas famílias. Sobre escola: Sociedade dos poetas mortos. Direção Peter Weir (EUA, 1989) Permite um bom debate sobre o sistema educacional. 2.22.2 - Compromisso Profissional e Ético do Orientador Educacional Código de Ética dos Orientadores Educacionais O DIÁRIO OFICIAL NA SESSÃO 1 – PARTE 1 DE 5 DE MARÇO DE 1979. PUBLICOU O SEGUINTE: CÓDIGO DE ÉTICA dos Orientadores Educacionais O presente Código de ética tem por objetivo estabelecer normas de conduta profissional para os Orientadores Educacionais. Somente pode intitular-se Orientador Edu- cacional e, nesta qualidade, exercer a profissão no Brasil, a pessoa legalmente habilitada, nos termos da legislação em vigor. TÍTULO I – Das Responsabilidades gerais CAPÍTULO 1 - Deveres Fundamentais Artigo 1º São deveres fundamentais do Orientador Educacional: a- Exercer suas funções com elevado padrão de competência, senso de responsabilidade, zelo, discri- ção e honestidade; b- Atualizar constantemente seus conhecimentos; c- Colocar-se a serviço do bem comum da socie- dade, sem permitir que prevaleça qualquer interesse particular ou de classe; d- Ter uma filosofia de vida que permita, pelo amor à verdade e respeito à justiça, transmitir segurança e firmeza a todos aqueles com quem se relaciona pro- fissionalmente;
  • 20. 20 e- Respeitar os códigos sociais e expectativas mo- rais da comunidade em que trabalha; f- Assumir somente responsabilidades de tarefas para as quais esteja capacitado, recorrendo a outros especialistas sempre que for necessário; g- Lutar pela expansão da Orientação educacional e defender a profissão; h- Respeitar a dignidade e os direitos fundamentais da pessoa humana; i- Prestar serviços profissionais desinteressadamente em campanhas educativas e situações de emergência dentro de suas possibilidades. CAPÍTULO 2 – Impedimentos Artigo 2º Ao Orientador Educacional é vedado: a- Encaminhar o orientando a outros profissionais, visando a fins lucrativos; b- Aceitar remuneração incompatível com a digni- dade da profissão; c-Atendercasosemqueestejaemocionalmenteenvol- vido, por certos fatores pessoais ou relações íntimas; d- Aconselhamento individual através da imprensa falada ou escrita; e- Desviar para atendimento particular próprio, os casos da instituição onde trabalha; f- Favorecer, de qualquer forma, pessoa que exerça ilegalmente e, em desacordo a este Código de ética, a profissão de Orientador Educacional. CAPÍTULO 3 – Do Sigilo Profissional Artigo 3º Guardar sigilo de tudo que tem conheci- mento, como decorrência de sua atividade profissio- nal, que possa prejudicar o orientando. Parágrafo único. Será admissível a quebra de sigilo quando se tratar de caso que constitua perigo iminen- te: a- Para o orientando; b- Para terceiros Artigo 4º Assegurar que qualquer informação sobre o orientando só seja comunicada à pessoa que a utili- ze para fins profissionais, com autorização escrita por parte do mesmo, se maior, ou dos pais, se menor. TÍTULO II – Das Relações Profissionais CAPÍTULO 1 – Com o Orientando Artigo 5º Esclarecer orientando os objetivos da orientação educacional, garantindo-lhe o direito de aceitar ou não sua assistência profissional. Artigo 6º Proteger a identidade orientando, asseguran- do o sigilo dos dados que lhe dizem respeito. Artigo 7º Promover assistência contínua, sem inter- rupção, exceto por motivos relevantes. Artigo 8º Usar, quando necessário e com a devida cautela, instrumentos de medida-teste de nível men- tal, de interesses, de aptidões e escala de atitudes – como técnicas pertinentes ao trabalho do Orientador Educacional. CAPÍTULO 2 – Com os Orientadores Profissio- nais Artigo 9º Abster-se de interferir junto ao orientando, cujo processo de orientação educacional esteja a cargo de um colega, salvo quando solicitado. Artigo 10º Dispensar a seus colegas apreço, consi- deração e solidariedade, que reflitam a harmonia da classe. Parágrafo único. O espírito de solidariedade não pode induzir o orientador a ser conivente com condu- ta profissional inadequada de colega. CAPÍTULO 3 – Com outros Profissionais Artigo 11º desenvolver bom relacionamento com os componentes de outras categorias profissionais. Artigo 12º Reconhecer os casos pertinentes aos de- mais campos de especialização, encaminhando-os aos profissionais competentes. CAPÍTULO 4 – Com a Instituição Empregado- ra Artigo 13º Respeitar as posições filosóficas, políti- cas e religiosas da instituição em que trabalha, tendo em vista o princípio constitucional de autodetermi- nação. Artigo 14º Realizar seu trabalho em conformidade com as normas propostas pela instituição e conheci- das no ato de admissão, procurando o crescimento e a integração de todos. CAPÍTULO 5 – Com a Comunidade Artigo 15º Facilitar o bom relacionamento Institui- ção x Comunidade. Artigo 16º Respeitar os direitos da família na educa- ção do orientando. Artigo 17º Empenhar-se por uma crescente aproxi- mação ente a família e a instituição. CAPÍTULO 6 – Com a Entidade de Classe Artigo18º Procurar filiar-se à entidade de classe. Artigo 19º Colaborar com os órgãos representativos de sua classe, zelando pelos seus dirigentes e jamais se excusando de prestar-lhes colaboração, salvo por justa causa. Artigo 20º Comunicar à entidade de classe compe- tente, os casos de exercício ilegal da profissão ou de conduta profissional em desacordo com este Código. TÍTULO III – Do Trabalho Científico Artigo 21º Divulgar resultados de investigações e experiências, quando isso importar em benefício do
  • 21. 21 desenvolvimento educacional. Artigo 22º Observar, nas divulgações dos trabalhos científicos, as seguintes normas: a- Omitir a identificação do orientando; b- Seguir as normas estabelecidas pelas instituições que regulam as publicações científicas. TÍTULO IV – Das Disposições Gerais CAPÍTULO 1 - Da Divulgação e Cumprimento do Código de Ética Artigo 23º Divulgar este Código de ética é obriga- ção das entidades de classe. Artigo 24º Transmitir os preceitos deste código de ética aos estudantes de Orientação educacional é de- ver das instituições responsáveis pela sua formação. Artigo 25º Fazer cumprir, fiscalizar, prever e apli- car as penalidades aos infratores deste Código de Éti- ca é competência exclusiva dos conselhos Federal e Regional de Orientação Educacional. Artigo 26º Este Código de ética entrará em vigor após a sua publicação no diário Oficial da União. Curitiba, 18 de novembro de 1976. Comissão responsável pela elaboração: Coordenação: Ivone Froldi Ramos Roseli Cecília Rocha de Carvalho Baumel Membros: Antonia A. Gama Ferrão Lucia Corona Maria do Carmo Eutrópio Pimenta Maria do Carmo S. Freitas Este Código de Ética está registrado no Livro de Atas nº. 02 Federação Nacional dos Orientadores Educacio- nais, na Ata nº. 88 – folhas 59,60. 61,62. 2.32.3 - O Orientador Educacional Face às Questões do Trabalho Vale insistir que, agora a Orientação Profissio- nal volta ao cenário educacional, com objetivos articulados com o ensino regular ou em modali- dades, que contemplem estratégias de educação continuada. A Lei investe na formação de profissionais e edu- cação e, dentre eles, do Orientador Educacional. Dessa forma, é imperioso, também, pensar a vida cidadã e isto significa pensar relações: relações entre as pessoas e seu meio ambiente, o trabalho, a produ- ção cultural e as linguagens. A formação de profissionais de educação para ad- ministração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feira em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. CAPÍTULO V- TÍTULO VI - Artigo 64 – da Lei 9394/96. 2.42.4 - O Orientador Educacional como Intelectual Transformador Nas sociedades letradas, é através da aprendizagem da leitura que o indivíduo pode apossar-se de qual- quer conhecimento formal. Essa apropriação permite ao homem assumir a responsabilidade pela própria vida e destino, acompanhando e influindo nos proces- sos de mudança, nos planos individuais e coletivo-so- cial, transformando assim, a “miséria” educacional. Ao nos referirmos à autoestima, lembramos que: É interessante notar que, quanto maiores as desvantagens da crian- ça, mais provável é que ela seja enviada para uma escola depesso- as de sua espécie e que conheça mais rapidamente a opinião que o público em geral tem dela. Dir-lhe-ão que junto à “seus iguais” se sentirá melhor, e assim aprenderá que aquilo que o considerava como o universo de seus iguais estava errado e que o mundo que é realmente o seu é bem menor. (Goffman, 1982, p. 42) (citação) Além de caracterizar com profundo realismo as ações dos dois primeiros pólos que envolvem a crian- ça - família e escola -, os fatos decorrentes desta du- pla relação permitem compreender os processos re- lacionados ao desempenho do aluno, que geralmente é insatisfatório, na avaliação docente. Entretanto, de hábito não só consideradas na avaliação, entre outras variáveis, as dificuldades de um ego estigmatizado. Para reverter tal quadro, duas coisas precisam acon- tecer. Primeiramente, ressuscitar o conceito de uni- cidade individual e, como segunda ideia, investir no professor, para que alcance o desempenho de media- dor necessário entre aluno, família e conhecimento. É determinante, então, a atuação do professor pedagogo no processo de constituição de conhecimento e valor por parte dos alunos. O educador deverá perceber-se como um agente de transformações, estando preocupado não só com o processo de ensino-aprendizagem, mas com a escola, como um todo.
  • 22. 22 UNIDADE III A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃOA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃODA EDUCAÇÃO 3.13.1 - A Orientação Educacional Face à Organização da Escola A qualidade de ensino não pode ser obtida só por meio de ações metodológicas, o domínio dos conte- údos pelos professores ou a melhora das condições físicas e materiais da escola. Há necessidade de um movimento pedagógico dinâmico, democrático e solidário, conduzido pela equipe técnico-pedagógica para atender às demandas da sociedade que acontece na escola e o Orientador Educacional tem um papel importante no Projeto Pe- dagógico dando ênfase a sua ação, dar suporte técnico ao planejamento global da escola e particulares, tais como: avaliação, alfabetização, planejamento, currí- culo, inclusão etc. 3.23.2 - A Democratização da Escola: As Instâncias Colegiadas O trabalho docente é parte integrante do processo edu- cativo mais global, pelo quais os membros da socieda- de são preparados para a participação na vida social. A educação – ou seja, a prática educativa – é um fenô- meno social e universal, sendo uma atividade humana necessária à existência e funcionamento de todas as so- ciedades. Cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxiliar no desenvolvimento de suas capacidades físicas e espirituais, prepará-los para a par- ticipação ativa e transformadora nas várias instâncias sociais, tendo o pedagogo o mesmo ponto de partia do docente. (Libâneo, 2001 p. 17) Nesse contexto, devemos entender o papel impor- tante da democratização escolar. Para isso, devemos ter clareza de nossas convicções políticas e pedagó- gicas em relação ao trabalho escolar, ou seja: o que pensamos sobre o papel da escola na formação de ci- dadãos ativos e participantes na vida social. Isto indica que não se trata, somente, de copiar os objetivos previstos no programa oficial, mas re- avaliá-los, constantemente, em função das contra- dições existentes em nossa sociedade. Isso é tarefa de todos. 3.33.3 - Escola, Inclusão e Cidadania A função social da escola é a de criar um contexto que garanta a todos o desenvolvimento pleno de suas personalidades e habilidades por meio da constituição de conteúdo, conceito e valores necessários à vida em sociedade, oferecendo instrumentos de compreensão e de ressignificação da realidade. Deve ainda favo- recer a participação dos alunos nas relações sociais diversificadas, cada vez mais amplas. Embora a constituição do cidadão comesse no ambiente fa- miliar e ocorra em diversas formas de convívio, é a escola, por excelência, o espaço responsável pela sua formação in- telectual, socioafetiva, cognitiva, de modo a que atue com competência e significados, a partir de significados já exis- tente. Por isto, e preciso oferecer uma educação que possa ampliar suas referências no mundo, beneficiando todas as formas de expressão, de linguagem e de participação críti- ca e construtiva. (DCN – Diretrizes Curriculares nacionais p.48. RJ). Ao estabelecermos o encontro escola, inclusão e cidadania devem ter em mente, reflexões coletivas sobre os direitos que as pessoas (crianças, jovens e adultos) têm, independentemente de apresenta- rem algumas diferenças, pois estão em um espaço pedagógico, de serem incluídos. Esse processo de inclusão relaciona-se com as desigualdades de uma sociedade de classes, por exemplo, como a nossa. Assim, começa, lentamente, um movimento em prol de uma inclusão emancipatória.
  • 23. 23 Como professores pedagogos precisam investir nesse conhecimento sobre inclusão de alunos, na escola, sobre suas reais possibilidades, sobre nossa formação, sobre como trabalhar com eles, entendendo que todos esses processos excludentes de pessoas com necessidades es- peciais, precisam ser revertidos, contemplando a popula- ção brasileira, mais especificamente, os “despossuídos” de oportunidades iguais, pois a Constituição brasileira de 1988 nos diz: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”
  • 24. 24 Se você: 1) concluiu o estudo deste guia; 2) participou dos encontros; 3) fez contato com seu tutor; 4) realizou as atividades previstas; Então, você está preparado para as avaliações. Parabéns!
  • 25. 25 Atividades Complementares Unidade I Entreviste um Orientador Educacional, da rede Pública ou Privada, e compare essas informações com suas leituras. Unidade II Comente: “Não posso ser professor se não percebo, cada vez melhor, que por não ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê...”. (FREIRE, 1996, p.45) Unidade III Pense, reflita e responda. Planejar é um ato humano. Fazer projetos é aplicar a ação de planejar na vida social. Na escola, que faz parte da vida social, o movimento de planejar, coletiva e democraticamente, significa res- ponder aos direitos e deveres de toda a comunidade. Você concorda com isso? O Orientador Educacional deve planejar? Explique.
  • 26. 26 Glossário Estigma - do grego stígma, pelo lat. Stigma – marca sinal; Aquilo que marca que assinala. Retórica - Arte de bem falar. Conjunto de regras relativas à eloquência; oratória.
  • 27. 27 Gabarito Unidade I Resposta pessoal. Unidade II Resposta pessoal, que pode estar ancorada no pensamento abaixo: ‘Educar é intervir no mundo, é fazer escolhas diante dos dilemas e desafios, que se apresentam a todo instante. É preciso, portanto, ter muita clareza dos princípios que orientam nossas práticas.’ Unidade III Conferir a sua resposta com o tratamento que os livros de didática dão ao tema, ‘Planejamento’. Planejamento é uma tarefa docente, que inclui tanto a previsão das atividades didáticas, em termos da sua organização e coordenação, em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão, intimamente ligado à avaliação.
  • 28. 28 Referências Bibliográficas ARROYO, Miguel G. Quem deforma a educação? Revista Educacional da AEC, nº 2, 7-15. setembro, 1985. BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair & TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologia, uma introdução ao estudo de psicologia. Ed. SARAIVA10ª ed., 1997. Constituição Federativa do Brasil – Capítulo III, Título VIII, 1988. DCN – Diretrizes Curriculares Nacional. Prefeitura da Cidade do rio de Janeiro – Secretaria de Educação – Multi Rio. FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança, um encontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. ____________ Pedagogia da Autonomia. São Paulo. Paz e Terra, 1996. GARCIA, Regina L. (Org). Orientação Educacional – o trabalho na escola. São Paulo: Loyola, 1990 (Coleção Educar nº. 12). GIACAGLIA, Lia Renata Angelini & PENTEADO, Wilma Millan Alves. Orientação educacional na Prática. Princípios, técnicas e instrumentos 5.ª ed. Ver. Atual. São Paulo: Cengage Learnig, 2008. GOFFMAN, Erving. Estigma. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. GUIMARÃES, Lêda de Carvalho. Orientação Educacional: uma proposta de Trabalho com alfabetização. UFRJ. 1993. (Dissertação de Mestrado) LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, 2001 LELIS, Isabel A. A formação da professora primária: da denúncia ao anúncio. São Paulo: Cortez, 1989. NISKIER, Arnaldo. LDB: a nova lei da educação. 4ª ed. Rio de Janeiro: Consultor, 1996. NOSELLA, Paolo. Em busca da identidade política. Trabalho apresentado na V Conferência Brasileira de Educação. Brasília, 1988. PAIVA, Vanilda. Perspectiva da Educação Brasileira, Em Aberto, Brasília, 1985, Ano 4, nº 25. PIMENTA, Selma G. Orientação vocacional e decisão – estudo crítico da situação no Brasil. 2º ed. São Paulo: Loyola, 1981. Sugestões PERRENOUD, Philippe. A Pedagogia na escola das diferenças. Artmed, 2001. PIMENTA, Selma G. O pedagogo na escola pública. São Paulo: Loyola, 1988.