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KARINA CORREIA MORAIS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA
CURITIBA
2013
Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Departamento de Educação
KARINA CORREIA MORAIS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA
Relatório final de estágio do Programa
Especial De Formação Pedagógica – Turma
28, da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná - Campus Curitiba
Professora: Marta Rejane Proença Filietaz
CURITIBA
2013
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda.”
FREIRE, Paulo (pag.67, 2000)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
3.1DADOS DA INSTITUIÇÃO
3.2 CURSOS E ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
OFERTADOS
3.2QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
3.4ORGANOGRAMA DA INSTITUIÇÃO
3.5FONTE DE RECURSOS FINANCEIROS
3.6 METODOLOGIAS PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL
3.7 METODOLOGIA PARA MANUTENÇÃO DO PRÉDIO
3.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS
3.8.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários
3.8.2 Conselho Escolar
3.8.3 Grêmio Estudantil
4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
5 CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA
ESCOLA
6 AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO REFERENTE À APRENDIZAGEM
DOS ALUNOS E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
7 VISÃO DA ESCOLA ENQUANTO ESTEVE APRECIANDO SUA
ROTINA
7.1 DISCIPLINA NA ESCOLA
7.2 ESTRUTURA FÍSICA NA ESCOLA
7.3 MATERIAL PEDAGÓGICO DISPONÍVEL AOS ALUNOS
7.4 AVALIAÇÃO DA REGENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS
7.5 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO
7.6 O CURRÍCULO
8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
8.1 O ESTÁGIO PROFISSIONAL
8.2 A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO
8.3 METODOLOGIAS DE ENSINO
8.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO
8.5 A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO
9 PRÁTICA DOCENTE
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
11 REFERÊNCIAS
ANEXOS
APÊNDICES
1 INTRODUÇÃO
O presente estágio foi realizado no Colégio Estadual Presidente Lamenha
Lins – Ensino Médio e Profissional, durante o período de setembro a novembro de
2013, totalizando 100 horas, com orientação da docente regente Luciane
Machado e supervisão da professora Marta Rejane Proença Filietaz da UTFPR. O
anexo I, descreve todo o plano de ação desenvolvido neste período, já o anexo II
marca a lista de presença.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Capacitar o aluno para o exercício profissional docente.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Buscar um maior equilíbrio entre a teoria e a prática.
 Compreender e avaliar criticamente os aspectos sociais, tecnológicos,
ambientais, políticos e éticos relacionados às aplicações da educação na
sociedade.
 Formar um professor que se aproprie dos conhecimentos e seja capaz de
refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
 Perfilhar os limites da ética e moral para os avanços da educação
 Buscar estratégias de ensino aprendizagem.
3 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
3.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO
Nome da instituição: Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins – Ensino Médio
e Profissional.
Endereço: Rua Lamenha Lins, nº 2.185.
Bairro: Rebouças.
Cidade: Curitiba – PR
CEP: 80220-080
Telefone: (41) 3332-6634
Fax: (41) 3332-2752
E-mail: col_lamenha_lins@hotmail.com
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado
da Educação.
Núcleo Regional de Educação de Curitiba: Setor Portão.
Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 3098/81 DOE 15/01/82.
Turnos e horário de funcionamento: Manhã (7h30min – 11h50min)
Tarde (13h10min – 17h30min)
Noite (19h – 22h40min)
Número de alunos matriculados:
Modalidade de ensino Número de
turmas
Matrículas
Regular 14 373
Integrado 17 370
Subsequente 7 165
Total 38 908
3.2 CURSOS E ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
OFERTADOS
Ensino Médio:
 Ensino Médio Regular – Reconhecimento do Curso: Resolução nº 4667/87
DOE 13/11/86.
Educação Profissional:
 Técnico em Administração em Nível Médio Integrado – Autorização de
funcionamento: Resolução nº 651/06.
 Técnico em Logística em Nível Médio Integrado – Autorização de
funcionamento: Resolução nº 3230/10.
 Técnico em Recursos Humanos em Nível Médio Integrado – Autorização
de funcionamento: Resolução nº 3229/10.
 Técnico em Secretariado em Nível Médio Integrado – Autorização de
funcionamento: Resolução nº 852/06.
 Técnico em Administração em Nível Médio Subsequente – Autorização de
funcionamento: Resolução nº 3346/06.
 Técnico em Logística em Nível Médio Subsequente – Autorização de
funcionamento: Resolução nº 3231/10.
 Técnico em Recursos Humanos em Nível Médio Subsequente –
Autorização de funcionamento: Resolução nº 2860/10.
CELEM:
 Centro de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol Básico.
3.3 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins possui um total de 96
colaboradores ativos, distribuídos em diferentes funções como explana o quadro
1.
Quadro 1: Quadro de funcionários
Diretores 1
Diretores auxiliares 2
Equipe pedagógico-administrativa 6
Professores ativos 65
Secretario 1
Técnico administrativo 7
Serviços gerais/serviços de apoio 10
Outros profissionais 4
3.4ORGANOGRAMA DA INSTITUIÇÃO
Não há registro documental do organograma da instituição.
3.5 FONTE DE RECURSOS FINANCEIROS
De acordo com a diretora auxiliar do referido estabelecimento de ensino, as
verbas da escola provem apenas de recursos estaduais e federais. Logo abaixo,
no quadro 2 está descrito a distribuição mensal de recursos pelo fundo rotativo
por cotas.
Quadro 2 - Distribuição Mensal de Recursos pelo Fundo Rotativo por Cotas
Cotas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Cota
Cota Extra -
Complementacao
da Merenda
0,00 0,00 0,00 694,32 0,00 0,00 0,00 0,00 694,32 0,00 0,00 0,00 1.388,64
Cota Extra -
Material
Permanente
0,00 0,00 7.650,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7.650,00
Cota Extra -
Servicos /
Brigada Escolar
0,00 0,00 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.500,00
Cota Normal
Consumo
0,00 4.111,00 0,00 8.636,00 4.211,00 4.211,00 0,00 4.211,00 8.188,00 0,00 4.094,00 0,00 37.662,00
Cota Normal
Servico
0,00 4.111,00 0,00 0,00 4.211,00 0,00 0,00 4.211,00 4.094,00 0,00 0,00 0,00 16.627,00
Total Mês 0,00 8.222,00 7.650,00 11.830,32 8.422,00 4.211,00 0,00 8.422,00 12.976,32 0,00 4.094,00 0,00 65.827,64
Fonte: SEED/PR, 2013
a
.
3.6 METODOLOGIAS PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL
O processo de contratação de pessoal ocorre por meio de concurso público
estadual ou através do Processo de Seleção Simplificado (PSS). No regime PSS,
o funcionário é contratado somente para o referido ano de exercício, podendo ou
não ter seu contrato renovado para o ano seguinte, ficando no máximo dois anos
com o contrato aberto.
3.7 METODOLOGIA PARA MANUTENÇÃO DO PRÉDIO
Como descrito no quadro 2, a manutenção do prédio provém de recursos
financeiros do governo, podendo contratar uma empresa terceirizada para
reparos. Quando o serviço é pequeno, “outros profissionais”, como aponta o
quadro 1, acaba fazendo serviços de manutenção.
3.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS
O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins, dispõe da Associação de
Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil que ainda
está sendo formado.
3.8.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários
É regido por um grupo de pessoas (Pais, Mestres e Funcionários) a fim de
acompanhar todo fundo rotativo da escola e buscar integrações entre família,
escola e toda a comunidade.
De acordo com Paraná (2013b
) o Art. 7º do estatuto das APMFs, de 2003,
seus recursos são provenientes de:
I- Contribuição voluntária dos integrantes;
II- Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes
públicos e pessoas físicas ou jurídicas;
III- Campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação
vigente;
IV- Juros bancários e correções monetárias provenientes em aplicações em
Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente;
V- Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas pelo
Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;
VI- Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos,
administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado,
observando-se a legislação em vigor;
VII- Exploração da cantina comercial, respeitando-se a legislação
específica.
3.8.2 Conselho Escolar
A participação do Conselho Escolar dentro da escola permite uma gestão
mais participativa e democrática. Desta maneira, também organiza o trabalho
pedagógico, dentro do Projeto Político e Pedagógico (PPP), uma vez que realiza
intervenções se necessário.
De acordo com o capítulo II no Art. 28° do Estatuto do Conselho Escolar,
referente ao seu funcionamento dispõe:
Art. 28 - O Conselho Escolar será um fórum permanente de debates e de articulação entre
os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais
e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e
financeiras, que possam interferir no funcionamento do estabelecimento de ensino
(PARANÁ, 2013
c
).
3.8.3 Grêmio Estudantil
O grêmio estudantil é a instância colegiada e deliberativa, a partir da qual
os estudantes se organizam de modo mais sistemático, considerando os
fundamentos históricos e políticos da constituição do movimento estudantil e sua
participação no processo de redemocratização do Brasil. Portanto, para constituir
a comissão do grêmio estudantil, formada por alunos representantes de turma, os
mesmos são eleitos democraticamente entre seus pares, tendo como primeira
função a elaboração de uma versão preliminar de Estatuto. Neste sentido, é
fundamental que os alunos se apropriem, a partir de situações reais, do conceito
de representação e do que significa representar seus pares em diferentes
espaços, com vistas a assegurar a defesa dos interesses e das necessidades do
segmento dos alunos (PARANÁ,2013d
).
De acordo com Paraná (2013e
), há várias ações do Grêmio Estudantil na
escola, entre elas pode-se destacar:
 A integração entre os alunos e a comunidade,
promovendo eventos culturais como projeção de filmes, peças teatrais,
gincanas, concursos de poesia, coral, festival de dança, de música, etc.;
 Organização de campeonatos esportivos nas
diversas modalidades;
 Organizar palestras sobre, violência, drogas, sexualidade, meio ambiente,
entre outras;
 Organizar e divulgar campanhas de agasalho, de alimentos e de outros
recursos para as populações carentes;
 Organizar o jornal e a rádio da escola;
 Organizar movimentos para discussão de assuntos de interesse da escola
e da comunidade escolar.
4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A escola como organismo vivo, reflete a convulsão da sociedade,
convivendo com questões de gêneros, saúde pública, mercado de trabalho, além
de ocupar espaço determinante deixado pela família, por conta da
desestruturação familiar. Cabe a escola, portanto, construir um diálogo reflexivo,
permitindo que questões que permeiam o dia a dia possam encontrar soluções
viáveis no âmbito escolar.
Quanto à situação sociocultural da comunidade escolar, torna-se
diversificada em virtude da composição heterogênea dos alunos que moram em
diferentes regiões, como do bairro Parolin, Portão, centro e cidade de Fazenda
Rio Grande. Além disto, compõe diferentes classes sociais, contudo, a escola
organiza um espaço democrático de convivência.
O corpo discente é formado por jovens na faixa etária compreendida entre
14 e 24 anos, nos cursos Técnicos Integrados e no Ensino Médio Regular. Nos
cursos de nível Médio Subsequente, além dos jovens que acabaram de concluir o
Ensino Médio Regular, matriculam-se adultos até 55 anos que retomam seus
estudos em busca de aperfeiçoamento profissional e melhoria nas condições de
trabalho e salário.
Conforme dados do rendimento escolar, constata-se que o maior número
de evasão do ensino regular apresenta-se nas turmas do período noturno e o
maior número de reprovação encontra-se nas primeiras séries. A fragmentação
do currículo, o excessivo número de disciplinas, tendo como consequência a
redução do número de aulas por disciplina, indica um dos determinantes que
contribui com o baixo rendimento escolar dos alunos. Também se percebe as
lacunas de conteúdos apresentadas pelos alunos que iniciam o ensino médio e
que necessitam de atendimento em contra turno, uma vez que as poucas aulas
semanais não são suficientes para a superação das mesmas.
Outro dado relevante é o número expressivo de abandono nas turmas dos
cursos técnicos subsequentes do período noturno, sendo que muitos alunos
matriculam-se e nem iniciam o curso, outros iniciam e relatam a dificuldade em
cotidiano dos estudantes oriundos de diversos bairros de Curitiba e Região
Metropolitana. Nesse contexto, o corpo discente enfrenta diariamente problemas
relacionados às violências de todas as formas, entre elas, assaltos, assédios e
venda/consumo de drogas nas regiões próximas a escola e a sua residência.
Os alunos do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins sofrem com a
crise de valores do mundo moderno e se deparam com a dificuldade em formar
seus próprios valores num universo em que são tantas as demandas de seu
grupo: Falta de perspectiva de empregos, dificuldades de acesso a programas de
saúde, cultura e lazer. Diante deste panorama sociocultural, a escola acaba se
tornando um local de encontro e relações sociais, sendo sua função de formação
e construção do conhecimento deixada em segundo plano.
Apesar disso, existe um número de alunos interessados em estudar, pois
considera o estudo uma possibilidade de ascensão social. Esses alunos
questionam seus professores e a equipe pedagógica quando discordam com os
métodos de ensino e reivindicam constantemente qualidade do processo de
ensino-aprendizagem, assim como domínio do conteúdo ministrado pelos
professores.
Os docentes do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins aceitam
convites e convocações para reflexão acerca dos problemas e desafios que são
vivenciados pela comunidade escolar. Participam das reuniões propostas sem
esquivar-se de posicionamentos nas questões educativas, mas nem todos,
porém, demonstram comprometimento com as questões discutidas e acordadas
em reuniões.
Em sua maioria, os docentes preocupam-se com os educandos, reportando
à equipe pedagógica situações que precisam de atenção mais específica e
encaminhamento de diversas ordens. A hora-atividade é utilizada para realização
de trabalho pedagógico, estando de acordo com a proposta original concebida
para este fim.
Enfrentam-se diversos problemas com as faltas excessivas dos
professores, seja por compromissos particulares, seja por licença médica, o que
compromete a qualidade da educação ofertada e a organização pedagógica da
instituição.
Percebe-se por meio do acompanhamento dos Planos de Trabalho
Docente que existe, por parte de alguns professores, uma dificuldade em utilizar
recursos tecnológicos e metodologias diferenciadas para enriquecer o trabalho
pedagógico e a prática docente. Embora se perceba grupos com focos de
resistência e descrença na melhoria da educação pública, temos em nosso corpo
docente, bons exemplos de profissionais dedicados, competentes, comprometidos
e motivados para o trabalho.
É importante ressaltar que a rotatividade dos professores e a demora na
substituição de docentes pela mantenedora prejudicam o planejamento coletivo e
a continuidade do trabalho pedagógico.
5 CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA ESCOLA
A escola insere-se em uma realidade dialética numa perspectiva histórico-
crítica, pois seu intento é formar sujeitos que busquem uma sociedade mais justa,
de forma consciente, percebendo, refletindo e agindo sobre ela, respeitando os
preceitos éticos adquiridos através da historicidade critico social, na qual se
engendra e se constitui um ser também histórico.
A construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) se deu de forma
coletiva e participativa pela comunidade educativa. Inicialmente foi realizado uma
avaliação diagnostica para verificar a realidade escolar e a parir disto iniciou-se a
construção do mesmo.
Equipe técnica pedagógica, docentes e direção compartilharam a tarefa. Ao
término, o PPP reflete em sua essência a identidade do colégio, seus
fundamentos e princípios.
De acordo com a instrução n° 007/10 SUED-SEED (2013f
), o PPP
expressa a autonomia e identidade do estabelecimento de ensino organizando a
pratica pedagógica e escolar. Permite ainda, delinear ações de curto, médio e
longo prazo que interfiram positivamente no processo de ensino aprendizagem
dos alunos.
A escola em toda a sua prática busca desenvolver ações que conduzam o
indivíduo a desempenhar sua cidadania. Engloba-a tanto na parte voltada à
aquisição de conhecimentos, quanto na convivência social, trabalhando atitudes e
valores que proporcionam ao individuo uma convivência justa e ética.
6 AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO REFERENTE À APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins pretende
superar a prática da verificação e da classificação, conceitos excludentes
manifestados numa educação seletiva.
Através do plano de ação do colégio, concebeu-se uma forma diferenciada
para avaliar discentes e docentes, não em um momento isolado, mas durante
ações contínuas, como pré-conselho e conselho de classe com acompanhamento
individualizado. Por outro lado a avaliação institucional permite consulta à
comunidade estudantil, para verificar as dimensões essenciais da organização do
trabalho pedagógico e a pratica docente dentro e fora da sala de aula.
De acordo com o PPP (2013) do Colégio Estadual Presidente Lamenha
Lins, alguns cuidados são necessários para a superação de práticas arraigadas e
autoritárias:
 Propiciar a auto compreensão, tanto do educando quanto do educador, no
nível e nas condições em que se encontram;
 Motivar o crescimento pelo reconhecimento de onde está e pela
consequente visualização de possibilidades;
 Aprofundar a aprendizagem;
 Estar atento às necessidades dos educandos.
Na prática da aferição do aproveitamento escolar e, de acordo com o
sistema estadual, utiliza-se o registro com notas. No Ensino Médio Regular e na
Educação Profissional de Nível Médio Integrado a avaliação é trimestral. Na
Educação Profissional de Nível Médio Subsequente a avaliação é semestral e, em
ambos os casos, a atribuição de notas é realizada por meio do registro cumulativo
dos resultados alcançados no decorrer do período.
O sistema de avaliação referendado pela comunidade escolar e registrado
no Regimento Escolar é organizado por instrumentos formais e informais. Aos
instrumentos formais são aferidos 80% da nota, ficando a critério do professor a
distribuição dos mesmos, sendo proibido possibilitar um único momento
avaliativo. Constituem-se instrumentos formais: prova oral, prova descritiva, prova
objetiva, prova com consulta, produções individuais ou coletivas, seminários,
produção de textos, análise de filmes, músicas e obras de arte, confecção de
cartazes e maquetes, apresentação de pesquisas e peças teatrais. Configuram-se
formais, pois são realizados em sala de aula com a mediação do Professor.
Aos instrumentos informais são atribuídos 20% da nota e poderão ser
realizados sem a presença do Professor. Cabe ressaltar que, apesar da
denominação informal, trata-se de um subsídio significativo da prática educativa
cuja finalidade é propiciar a autonomia de pesquisa, o estudo independente e a
atividade cooperativa, porém sempre com rigor científico e metodológico,
orientado pelo Professor.
Em consonância com o Regimento Escolar, a recuperação de estudos é
direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos
conhecimentos básicos. A recuperação de estudos, concomitante ao processo
letivo, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não
os instrumentos de avaliação. Os diferentes instrumentos de avaliação, já citados,
serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão
ser retomados no processo de recuperação de estudos. O peso da recuperação
de estudos será proporcional ao da avaliação trimestral/semestral, ou seja, 0 a
100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos.
Três dimensões norteiam a avaliação e a reavaliação:
1. Compreensão dos conteúdos por parte do aluno – ele entendeu de fato.
2. Capacidade de fazer relações entre o conteúdo com outros e com a sua
vida/contextualizar;
3. Capacidade de posicionar-se, emitir julgamento, criticar, argumentar.
Esses elementos devem estar claros para o Professor no seu Plano de
Trabalho Docente, para a Equipe Pedagógica que acompanha o processo e,
principalmente, para o aluno. Critérios claros de avaliação permitem analisar a
atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a
memorização.
O Livro Registro de Classe é o documento no qual se registram todas as
atividades do Professor, pontuadas, discriminadas e datadas com legibilidade. O
seu preenchimento correto é de extrema importância para garantir os direitos do
corpo docente e discente. Torna-se imprescindível que o Professor se utilize do
Livro Registro de Classe como um documento oficial, que constitua a perfeita
escrituração da vida escolar do aluno, garantindo a qualquer tempo a integridade
das informações.
O Pré-Conselho será feito primeiramente com o Professor Conselheiro e os
alunos. O Professor Conselheiro fará um levantamento das dificuldades e
necessidades da turma e dos alunos, individualmente, com foco nas questões de
aprendizagem e registrado em formulário próprio.
O Conselho de Classe contará com a participação de todos os professores,
da equipe pedagógica e da direção para a discussão dos diagnósticos e
proposições levantadas no Pré-Conselho. O Conselho de Classe deve ser um
momento privilegiado de reflexão que gera ações em benefício do processo de
ensino e aprendizagem, superando a fragmentação do trabalho escolar e
oportunizando formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os
alunos a aprendizagem.
7 VISÃO DA ESCOLA ENQUANTO ESTEVE APRECIANDO SUA ROTINA
7.1 DISCIPLINA NA ESCOLA
Quanto à disciplina dos alunos, foi possível perceber que é uma escola de
poucos problemas, uma vez que a maioria dos alunos estão matriculados no
ensino profissionalizante subsequente. No período noturno há apenas três turmas
do ensino médio regular, om um número bem reduzido de alunos.
Durante o período de estágio foi possível perceber duas situações de
indisciplina mais “graves”:
Situação A: Uma aluna do ensino profissionalizante ensaiava passos de
uma dança que apresentaria na semana cultural, mas não se sabe qual foi o
motivo, que a mesma se desentendeu com suas colegas. Brava ela quis sair da
escola, mas o portão estava fechado (como de costume). Foi quando a aluna
adentrou na sala dos professores gritando que não queria saber mais do colégio,
proferindo palavras de baixo calão. No momento de fúria jogou o seu celular no
chão. Depois, longe da equipe pedagógica, fugiu da escola pulando o muro da
mesma.
Atitude: A vice-diretora tentou acalmar os ânimos da aluna dirigindo-lhe
palavras de conforto, mas não adiantou e ela saiu pelo corredor desorientada e foi
quando ela fugiu. Imediatamente após o fato, o pai da aluna (antigo profº da
escola) foi comunicado e mesmo disse que iria pedir a transferência da aluna.
Pontos positivos:
 Foi buscado o diálogo com a aluna para tentar uma aproximação entre ela
e a equipe pedagógica.
 A equipe pedagógica tentou resolver juntos toda a situação.
 A família foi avisada da situação presente.
Pontos negativos:
 As alunas ensaiavam sozinhas e não foi possível saber o que de fato
ocorreu para desencadear todo o fato seguinte. Como isto se referia à
semana cultural o ideal seria ensaiar nas aulas de artes ou educação
física, por exemplo.
 O pai já alertou o pedido de transferência por telefone antes mesmo de ir à
escola para ter ciência dos fatos. O mesmo já conhecia um pouco mais
sobre à escola sendo antigo professor da instituição.
 Faltou segurança na escola, pois a aluna não foi observada e conseguiu
pular o muro da escola.
Situação B: Em um dia de observação, na primeira aula, a professora
regente entrou na sala do terceiro ano e como de costume foi escrever no quadro
giz. Enquanto isto, uma aluna, que sentava na primeira carteira pegou acetona e
retirou seu esmalte vermelho enchendo a carteira de algodão sujo. Depois disso
lixou a unha e logo começou a pintá-la.
Atitude: Quando a professora terminou de passar o conteúdo, saiu da sala
de aula em silêncio e logo retornou, dando inicio à explicação da matéria. Após
isto, passaram aproximadamente 3 minutos e a pedagoga veio até a sala,
chamou a atenção da aluna convidando a se retirar.
Pontos positivos:
 A aluna foi retirada da sala e os demais alunos começaram a prestar mais
atenção na aula.
 Os demais alunos perceberam a falta de respeito desta aluna com o
trabalho da professora.
Pontos negativos:
 A professora poderia ter resolvido o problema em sala de aula, não
expondo os demais alunos ao desconforto causado pelo cheiro do esmalte
e acetona que exalava em sala.
 A pedagoga chamou a atenção da aluna, convidando-a se retirar, porém, a
aluna deixou toda bagunça na carteira, incluindo o vidro de acetona aberto.
Situação C: O celular é algo que está muito presente em sala de aula.
Durante as explicações da professora os alunos estavam em silêncio, mas para
alguns a concentração estava voltada aos torpedos trocados. Em uma das aulas,
a aluna arrumou um suporte para o celular colocando-o sobre a carteira. Até o fim
da aula este foi o único material presente na carteira dos alunos.
Atitude: Durante as explicações, a professora andava em sala intimidando
os alunos. Algumas vezes a mesma chamava a atenção dos alunos. Quanto à
aluna que fez um suporte para o celular, nenhuma atitude foi tomada.
Pontos positivos:
 Andar pela sala, fixando o olhar para os alunos fazia com que os mesmos
guardassem o celular.
Pontos negativos:
 Não foi tomada nenhuma atitude quanto à aluna que usou o celular durante
toda a aula. Em uma próxima vez a professora pode ter algum tipo de
conflito se pedir para guardar o eletrônico com qualquer aluno desta turma.
7.2 ESTRUTURA FÍSICA NA ESCOLA
O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins - Ensino Médio e Profissional
dispõe de uma área de 3.560 m², dos quais 1.925,72 m² são construídos. Sua
estrutura conta com 13 salas de aula que funcionam durante os turnos matutino,
vespertino e noturno, 01 Laboratório de Química, Física, Biologia, 02 Laboratórios
de Informática (Proinfo e PR Digital), 01 Biblioteca e 01 quadra poliesportiva
coberta.
Mesmo o colégio estando situado próximo às ruas de movimento, o barulho
externo não interfere nas salas de aula, além disto, são arejadas e com carteiras
novas o que permite um bom aproveitamento das aulas.
O colégio possui refeitório e cantina, porém, para que haja mais
concentração e um melhor aproveitamento das aulas a escola oportuniza para os
alunos do período noturno um pequeno lanche antes do inicio das aulas, pois
alguns vêm direto do trabalho à escola.
7.3 MATERIAL PEDAGÓGICO DISPONÍVEL AOS ALUNOS
A instituição dispõe de acervo bibliográfico e multimídia, aparelhos de DVD,
televisões multimídias, rádios, retroprojetores, projetores multimídia,
computadores e impressoras, filmadora e máquina fotográfica.
Contudo, durante o período de observação, foi possível constatar que a
escola tem o “Arthur” que é o multimídia, porém pouco utilizado, pois requer
tempo para organizá-lo em sala de aula. Durante o período de observação a
professora regente não fez o uso deste equipamento, mas teve que esperar 10
minutos para entrar na sala do primeiro ano do ensino médio, pois a professora
anterior estava guardando todo o equipamento. Se não o bastante, três alunos se
ausentaram da sala de aula para auxiliar a professora carregar o equipamento até
a outra sala.
A TV pendrive está disponível em todas as salas, mas não há manutenção
do equipamento. A única vez que a regente foi usá-la durante o período de
observação, ela não funcionou. Primeiramente o controle remoto não estava
funcionando muito bem, pois a professora teve que “grudá-lo” até a TV, depois
disso a mesma testou três pendrives diferentes para que o equipamento
reconhecesse, mas foi em vão. Isto resultou a perda de quase 15 minutos de
aula.
Em relação ao livro didático, a professora faz uso constante dele durante
as aulas, pois inicialmente transcreve trechos do capítulo ao quadro giz. No
entanto, os alunos tem este material, mas em casa. Segundo a professora, fica
pesado para os alunos carregar o livro, principalmente que alguns alunos vêm
direto do trabalho, por isso faz a síntese dos capítulos.
Foi possível conhecer o espaço físico do laboratório de química/física/
biologia, no entanto, nenhuma aula de química foi observada neste espaço.
A tabela periódica não foi utilizada ou mencionada em nenhum momento
nas salas dos 2º e 3º ano. Na aula do 1º ano a professora pediu emprestada de
um aluno e alegou que todos já haviam recebido uma. Algum tempo depois um
aluno lhe entregou uma tabela (a aula tinha correlação com a tabela periódica).
O quadro giz e a aula expositiva foram os recursos pedagógicos mais
utilizados.
7.4 AVALIAÇÃO DA REGENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS
A escola destina em calendário específico uma semana com provas e
reavaliações das diversas disciplinas. Na primeira aula da semana há revisão de
conteúdos e na outra uma avaliação individual e escrita.
Todas as provas aplicadas pela regente são com consulta ao caderno. Os
trabalhos realizados em sala são passados no quadro e o aluno transcreve em
uma folha para resolvê-los, por isso os enunciados são curtos e objetivos.
Quanto os trabalhos de pesquisa, vários alunos não foram pontuais com a
entrega, sendo possível observar que a professora cobrou o mesmo durante
várias aulas.
A participação durante as aulas também foi avaliado, uma vez que a
professora anotou no livro o número do aluno que fez a tarefa de casa ou que foi
até o quadro giz fazer a resolução de algum exercício.
O anexo III, aponta o relatório de observação de aula da regente. A turma
escolhida para descrever a observação, foi o 3º ano D – Noturno do ensino médio.
7.5 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO
De acordo com o PPP (2013) do referido colégio, a função precípua do
Ensino Médio e da Educação Profissional vai além da formação e atinge a
construção da cidadania. É preciso oferecer aos adolescentes, jovens e adultos,
novas perspectivas culturais para que possam expandir seus horizontes e dotá-
los de autonomia intelectual, assegurando-lhes o acesso ao conhecimento
historicamente acumulado e à produção coletiva de novos conhecimentos, sem
perder de vista que a educação também é, em grande medida, uma chave para o
exercício dos demais direitos sociais.
A regente não tinha tanta aproximação do seu aluno. Como de costume, a
professora pegava seu livro didático, abria um capítulo do livro, fazia uma síntese
do mesmo no quadro e depois explicava o conteúdo. Contudo, algumas vezes a
professora só disse “boa noite” aos alunos quando iniciou a explicação, 20
minutos depois.
Os exemplos geralmente vinham prontos da própria professora e poucas
vezes os alunos relacionaram seu cotidiano. No entanto, quando isto ocorria, a
aula tinha mais participação dos mesmos e o uso do celular em sala de aula
quase não era percebido, pois havia maior envolvimento da turma.
Os alunos faziam silêncio durante a explicação dos conteúdos, respeitando
a professora, no entanto, não foi evidente uma relação mais afetiva/envolvimento
com o aluno.
7.6 O CURRÍCULO
A visão de currículo no PPP (2013) da referida escola, argumenta que a
escola precisa respeitar os saberes do aluno e de seu grupo social. Na
perspectiva da diversidade cultural, o respeito ao grupo social a que o aluno
pertence, significa também um acolhimento a pessoa que ele é. Não são aceitas
propostas de ensino que unifiquem os estudantes, a questão que se apresenta é
o respeito às diferenças e o crescimento de todos, cada um ao seu modo, no seu
querer, no seu fazer. A concepção histórico-crítica pressupõe que uma educação
de qualidade parta da realidade concreta do homem e durante o processo, esse
indivíduo se reconheça como sujeito histórico e transformador.
O Plano de Trabalho Docente (PTD) da professora regente não descreve a
justificativa em abordar determinado conteúdo, pois é nela que se aponta a
correlação do conteúdo ao cotidiano do aluno. Neste PTD a justificativa descreve
os critérios de avaliação.
O anexo VI exemplifica o PTD do 3º ano do ensino médio que a docente
segue com seus alunos. Os conteúdos neles mencionados estão descritos no
Projeto Político e Pedagógico (PPP), o qual segue as diretrizes do Estado.
8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
8.1 O ESTÁGIO PROFISSIONAL
Qualquer exercício profissional depende da ação do fazer “algo” e para isto
é necessário à correlação entre a teoria e prática, porém, se o curso de formação
de professores tem por função preparar o futuro profissional para praticar, é
adequado que se tenha a preocupação com a prática (PIMENTA, 2010).
Diante da ausência de saberes de seus alunos, todo professor tem o direito
a se indagar: Como fazer meu aluno aprender? É possível aumentar seus
conhecimentos, faze-lo acessar ainda mais suas capacidades e suas
inteligências? “Assim como o médico deve identificar na doença a inimiga a
vencer, cabe ao professor ver na ignorância o desafio a superar” (ANTUNES,
2002). Desta maneira, o estágio na formação de professores acaba viabilizando a
observação das diferentes estratégias de ensino aprendizagem aplicado pelo
professor regente. Estas podem ser boas ou não, por isso, a necessidade da
reflexão e discussão sobre o mesmo.
O estágio tem por objetivo ser uma fonte de reflexão e discussão sobre os
aspectos teórico-práticos do processo de ensino e aprendizagem, porém a
realidade escolar depende de cada escola ou mesmo de cada turma (PIMENTA,
2010).
Para González (2002), a formação inicial do professor deve durar toda a
sua vida profissional, por isso, os formadores de professores têm diante de si um
difícil desafio, que é a permissão de ideias e valores que favoreçam o processo
de mudança, uma vez que não é na formação inicial que o docente vai descobrir o
“produto acabado”, mas entendê-la como primeira fase de um processo longo e
diferenciado de desenvolvimento profissional.
O estágio na formação de professores é a preocupação deste profissional.
Luckesi (1994) descreve em seu livro que,
O ser humano se constitui numa trama de relações sociais, na medida em que ele adquire
o seu modo de ser, agindo no contexto das relações sociais nas quais vive, produz
consome e sobrevive [...] O ser humano é prático, ativo, uma vez que é pela ação que
modifica o meio ambiente que o cerca, tornando-o satisfatório às suas necessidades e
enquanto transforma realidade, constrói a si mesmo no seio de relações sociais
determinadas (Pag. 110).
Por isso, este profissional em formação precisa conhecer gradativamente
este meio de trabalho, para que aos poucos viva esta “trama de relações sociais”
e sobreviva de maneira satisfatória, buscando alternativas positivas para atender
às suas necessidades e de seus futuros educandos.
Contudo, é chagada a hora do professor se assumir como agente histórico
de transformação, comprometendo-se com a alteração tanto das condições
objetivas, quanto subjetivas de seu trabalho (VASCONCELLOS, 1998).
8.2 A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO
Capacidade é o poder humano de receber, aceitar, apossar. Para Antunes
(2002), esses verbos de ação definem a palavra e justificam sua presença na
escola, entretanto, nenhum professor pode “ensinar” um aluno a ser capaz, mas
pode ajuda-lo a se descobrir capaz. A escola não pode mais fixar-se apenas
como centro epistemológico e necessita propiciar aos alunos a recepção plena de
suas capacidades motoras, cognitivas e emocionais.
O professor tem por finalidade atender os aspectos do desenvolvimento,
amadurecimento, orientação e aprendizagem dos alunos, considerando-o
individualmente ou em grupo. Porém, é preciso conhecer profundamente seus
alunos nas diferentes facetas que formam sua personalidade, assim como servir
de elo entre família, a escola e entre os professores que atendem o mesmo grupo
de alunos (GONZÁLEZ, 2002).
A relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é uma
simples transmissão de conhecimento, esse processo não configura-se apenas
no fato de que se ter um professor que ensina para o aluno que aprende. Ao
contrário, é uma relação recíproca na qual se destacam o papel do dirigente, do
professor e da atividade dos alunos (SILVA e NAVARRO, 2012).
Siqueira (2003) faz uma distinção entre dois tipos de professores. Segundo
ele, professores que não medem esforços para levar os seus alunos à ação, à
reflexão crítica, à curiosidade, ao questionamento e à descoberta são essenciais.
Professores, ou melhor, educadores que, ao respeitar no aluno o
desenvolvimento que este adquiriu através de suas experiências de vida
(conhecimentos já assimilados), idade e desenvolvimento mental, são
imprescindíveis.
8.3 METODOLOGIAS DE ENSINO
Urge revolucionar o sistema de ensino de tal maneira que seria levar todos
os alunos a adquirir, além dos conteúdos curriculares específicos de cada
disciplina, algumas qualificações essenciais para a vida como saber pensar, falar,
ouvir, fazer e muitos outros saberes (ANTUNES, 2002).
Muitos professores escrevem no seu plano de trabalho docente que o seu
método de ensino é “aula expositiva, dinâmica de grupo, trabalho dirigido,
questionamento oral”, etc. No entanto, o que de fato ocorre é que os
planejamentos são documentos “formulários” em que geralmente o professor
começa descrevendo a coluna dos conteúdos que já estão explícitos e ordenados
nos livros didáticos, posteriormente criam os objetivos de acordo com a
correlação dos conteúdos. De fato, o planejamento deveria ser criado ao
contrário; em primeiro lugar é necessário estabelecer os objetivos e depois
encontrar os conteúdos que operacionalizem. Por isso, há necessidade de
estudar que procedimentos e atividades possibilitarão, da melhor forma, que os
alunos atinjam o objetivo de aprender o melhor possível daquilo que se pretende
ensinar (LUCKESI, 1994).
É interessante que o professor reflita sobre o que diz, mas principalmente
sobre como diz, e também que o aluno aprenda a observar e a usar o seu dizer.
Falar mais rápido, ou sem pensar, nada significa se não há profundidade e
sensibilidade (ANTUNES, 2002).
Para Freire (2000), uma coisa é a ação educativa de um educador
desesperançado e outra é a prática educativa de um educador que se funda na
interdisciplinaridade, uma vez que o primeiro nega a existência da própria prática,
e o outro explicita certa opção metodológica e epistemológica.
A cultura popular, embora seja em geral ignorada nas escolas, não é uma
força insignificante na formação da visão que o aluno tem de si mesmo e de suas
relações com diversas formas de pedagogia e de aprendizagem. A pedagogia e
cultura popular conseguem juntas oferecer relevantes elementos teóricos que
possibilitam repensar a escolarização como uma viável e valiosa forma política
cultural (GIROUX e SIMON, 2005).
8.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO
A idade dos “porquês” estimula o cérebro, mas infelizmente se encerra por
volta dos seis anos de idade. É importante que o aluno discipline os seus
“porquês” para a construção de respostas, por isso é essencial que o professor
estimule o aluno a se livrarem da condição de esperar a resposta pronta e
descubra no mestre aquele que jamais ensina o que se aprende sozinho, mas
que norteia caminhadas, aponta direções, ensina a pesquisar, a procurar em um
dicionário, a vasculhar uma enciclopédia, a entrevistar as pessoas certas em
ocasiões precisas, a navegar pela boa internet, enfim, a usar esse imenso saber
acumulado ao longo do tempo(ANTUNES, 2002).
A avaliação é capaz de oferecer um conhecimento sobre os alunos e sobre
seus processos de aprendizagem em contextos determinados, servirá como ajuda
valiosa para o desenvolvimento consciente da prática da aula e para adaptação
do ensino às condições do aluno, bem como para o tratamento de suas
dificuldades específicas (GONZÁLEZ, 2002).
Para Vasconcellos (1999), se o professor leva para a sala de aula uma
mediação fraca, mestificada, que não revela bem a estrutura do real, fica mais
difícil para o aluno chegar ao concreto. Portanto, antes de avaliar o aluno, é
preciso que o docente avalie sua própria pra tica de ensino.
8.5 A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO
A educação está intimamente ligada à política e a cultura, por esta razão, o
currículo nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimentos, que de alguma
forma saiu dos textos e é transmitida em sala de aula de uma maneira universal.
O mesmo é sempre parte de uma tradição seletiva, pois é produto das tensões,
conflitos e concessões culturais, políticas e econômicas que organizam e
desorganizam um povo (APPLE, 2005).
O currículo deve ser pensado como fator de mudança, que favorece o
processo de atenção à diversidade dos alunos, a partir das perspectivas de
projeto e desenvolvimento, além disto, ele deve estar delineado em nosso sistema
educacional e junto a uma proposta curricular compreensiva. Logo, o currículo é
um instrumento que a escola tem para se adaptar-se às necessidades dos alunos
(GONZÁLEZ, 2002).
É fundamental percebemos que já temos um currículo nacional com a
diferença de que o nosso é determinado pela complicada inter-relação entre as
políticas de adoção de livros didáticos do Estado e o mercado editorial que
publica estes livros (APPLE, 2005).
Luckesi (1994) descreve o significado do livro didático na prática
pedagógica, uma vez que este às vezes é assumido como uma “bíblia”, pois o
professor pode utilizar apenas o livro que é destinado, estando confinado e textos
e questões padronizadas. Os livros podem e devem ser usados, porém com a
criticidade, ultrapassando os elementos do senso comum e a crítica do próprio
livro para não haver submissão a ele.
Existindo ou não um currículo nacional, há, entretanto, um sentimento
crescente de que um conjunto padronizado de diretrizes e metas curriculares
nacionais é indispensável para “elevar o nível” e fazer com que as escolas sejam
responsabilizadas pelo sucesso ou fracasso de seus alunos (APPLE, 2005).
Desta maneira o currículo não é um documento pronto/acabado. Ele deve
contemplar sim os conteúdos básicos e traçar suas metas, mas para isto é
preciso conhecer a realidade escolar local a fim de inserir práticas pedagógicas
que de fato trará oportunidades de ensino aprendizagem.
Pensar no currículo é papel de todos os envolvidos na educação. Para
Vasconcellos (1998) no processo de transformação da escola e da realidade,
todos tem um papel a desempenhar, seja, professores, equipes de coordenação e
direção, alunos, pais, funcionários, supervisores, autoridades, comunidade local,
etc. o professor, no entanto, é um dos principais sujeitos responsáveis por esta
mudança do ensino, pois tem o contato direto com seus alunos, onde se
manifestam os problemas, é o profissional da educação e é potencialmente o
mais interessado a resolver estes problemas. Vasconcellos ainda ressalta:
A questão é o seguinte: o professor, se quer ser efetivamente professor, deve trabalhar
com a realidade que tem em sala de aula; não adianta ficar se lamuriando, jogando a
culpa aqui e acolá. São estes os aluno e com eles tem que trabalhar; é esta a escola, é
este o país. Este é o ponto de partida, a realidade (pág. 95).
Ainda não se sabe todos os processos usados pela mente para aprender,
entretanto, não há dúvidas de que existem diferentes processos de aprendizagem
e de que é importante que todo professor os conheçam bem (ANTUNES, 2002).
9 PRÁTICA DOCENTE
A prática docente foi realizada nos dias 21 e 28 de novembro, no Colégio
Estadual Presidente Lamenha Lins, sob observação da regente Luciane
Machado, a qual avaliou a prática desenvolvida, como descreve o anexo IV deste
relatório.
A turma escolhida foi o 3º ano D, do período noturno. Esta turma possui 52
alunos matriculados, porém apenas 34 alunos são frequentes. No dia 21 de
novembro a turma estava com 30 alunos presentes e no dia 28 de novembro,
contava apenas com 19 alunos, pois neste período (fim de ano letivo), diminui a
permanência dos alunos em sala.
Como a professora já havia feito as avalições coube apresentar uma
revisão de conteúdos, pois alguns alunos estavam para a reavaliação. Logo,
selecionei o conteúdo das funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas. O anexo
V aponta o plano de aula desenvolvido.
Para a realização do experimento, os alunos foram convidados para uma
problematização inicial “pintar a unha e remover o esmalte sem a acetona”.
Inicialmente os alunos ficaram na expectativa de qual aluno seria o
voluntário para pintar uma de suas unhas, até que uma aluna se prontificou. Logo
na sequência ela perguntou “E se não sair? A profª tem acetona? É que a minha
acabou...”. Com isto, foi possível perceber que os alunos estavam receosos ao
experimento.
Sugeri então, que os alunos arrumassem uma maneira de remover este
esmalte sem o uso da acetona. Alguns alunos sugeriram para “arrancar nos
dentes quando secasse” ou “limpar no tecido assim que passasse o mesmo”.
Outro aluno sugeriu para passar álcool, foi então que uma aluna respondeu ao
seu colega “não adianta... não sai” e outro completou “agora o álcool só tem
água”.
Com este diálogo inicial os alunos começaram a perguntar da “nova
formulação do álcool que não pega fogo”, então, foi explicado que antes o número
de acidentes (queimaduras) causado pelo álcool era maior, pois a porcentagem
de água no álcool era menor. Com isto, os alunos relataram histórias de pessoas
que se queimaram usando o álcool de maneira incorreta.
Para o aluno que sugeriu usar o álcool para remover o esmalte, lhe
entreguei um algodão embebecido com álcool e solicitei para que limpasse a
unha da colega. Não deu certo.
Na sequência pedi para que um aluno tentasse remover o esmalte da aluna
com a solução formada. “Deu certo!” a aluna exclamou. Depois disso, outros
alunos queriam fazer o teste em sua própria unha.
Os próprios alunos queriam saber “porque deu certo”, foi então que pude
explicar a correlação do grupo funcional cetona, presente no açúcar (glicose)... A
descrição da atividade avaliativa proposta, para esta aula, está descrita no
apêndice I.
Quanto ao jogo didático, foi trabalhado com os alunos o quadro
comparativo das funções orgânicas, pois contempla o nome da função, grupo
funcional e nomenclatura específica, como descrita no apêndice II. Alguns alunos
comentaram que gostaram do material e perguntaram a regente se era possível
usá-lo no dia da prova de reavaliação.
Aos alunos foi explicado, que a partir do referido quadro, era possível
construir um jogo didático contemplando os conceitos nele abordado. Como o
tempo era curto, levei o jogo pronto, elaborado por alunos de outra escola. O jogo
possui 40 cartas diferentes, sendo 13 cartas que contemplam o nome da função
orgânica, 13 com o grupo funcional, 13 com a nomenclatura correspondente e 1
coringa. As figuras I e II demonstram um dos jogos.
Figura I: Jogo didático das funções orgânicas
Fonte: Arquivo pessoal
Neste dia, a turma foi composta por 19 alunos, sendo possível trabalhar
com cinco grupos de alunos que usaram os jogos “quimemória”, “qui-mico” e
“cachequímica”, descritos no apêndice IV.
Os alunos se envolveram com o jogo, preferindo o “cachequímica” (três
grupos). Inicialmente sentiram dificuldades, pois não se lembravam das
correlações de nome, função e terminação dos diferentes grupos funcionais. Por
esta razão, alguns alunos decidiram fazer duplas para juntos serem um único
jogador, auxiliando um ao outro.
Fiigura II: Jogo didático das funções orgânicas
Fonte: Arquivo pessoal
Com este jogo, foi possível estabelecer um vínculo maior com os alunos,
pois a todo o momento me chamavam para mostrar quem estava ganhando,
apontar as trapaças de alguns colegas ou mesmo tirar dúvidas quanto às funções
orgânicas. Além disto, entre eles, foi possível perceber a ajuda do trabalho em
equipe, uma vez que decidiram se unir (fazer duplas) para “vencer o jogo”.
Não houve problemas de indisciplina de alunos. A maior dificuldade foi na
primeira aula ministrada, pois os alunos estavam no momento inicial de “avaliação
da estagiária” e receosos com o experimento. Como não sabia o nome dos
alunos, ficou mais difícil à aproximação entre os alunos. A relação professor X
aluno de uma forma mais próxima, só se constrói com o tempo, pois em ambas as
partes deve haver a confiança.
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade vem sendo marcada por rápidas transformações econômicas
e sociais, portanto, estes processos interpõe diretamente ao indivíduo desde suas
necessidades humanas, qualidade de vida, efeitos ambientais, quanto a questões
culturais e econômicas, ou seja, por aquilo que interfere seu cotidiano. Assim, é
condescendente que o discente, perceba que a Ciência Química surge
intrinsecamente com o desenvolvimento do homem.
Porém cabe ao docente em química viabilizar meios ao discente, para que
este cinja as transformações químicas que transcendem no mundo físico e de
forma abrangente, possa julgar as informações advindas da tradição cultural, da
mídia e da própria escola a fim de tomar decisões enquanto cidadãos. Portanto,
não basta formar pessoas que tenham conhecimento em química. É preciso
formar indivíduos críticos, capazes de produção do saber autônomo, visando
primordialmente o interesse social e as necessidades a fim.
Os alunos, especialmente os mais jovens, estão acostumados a aprender,
no mundo, por meio dos sons, das imagens, das cores. Envolve o lado afetivo,
emocional e o lado cognitivo, racional, lógico e analítico. Portanto, a metodologia
de ensino deve ser constantemente analisada e criticada pelo próprio docente e
toda equipe pedagógica, a fim de infligir melhorias na metodologia delineada ao
plano de trabalho docente.
No PTD (Plano de Trabalho Docente) em relação à avaliação, os critérios
devem condizer com os objetivos dos conteúdos descritos no mesmo e não aos
instrumentos de trabalho. No atual sistema educacional é imprescindível a
valoração das atividades elaboradas, portanto, as mesmas não devem ser os
únicos meios para a avaliação do aluno.
Como descreve Pimenta (2010), o estágio foi uma fonte de reflexão e discussão
sobre os aspectos teórico-práticos do processo de ensino e aprendizagem, porém a
realidade escolar depende de cada escola ou mesmo de cada turma.
11 REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender.
Editora Artmed. Porto Alegre – 2002.
APPLE, Michael W. In_MOREIRA, Antonio Flávio. SILVA, Tomaz Tadeu da Silva.
Currículo, cultura e sociedade. Editora Cortez. Capítulo III, 8ª edição. São Paulo
– 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: Cartas pedagógicas e outros
escritos. Editora UNESP. São Paulo – 2000.
GIROUX, Henry A. SIMON, Roger. In_MOREIRA, Antonio Flávio. SILVA, Tomaz
Tadeu da Silva. Currículo, cultura e sociedade. Editora Cortez. Capítulo IV, 8ª
edição. São Paulo – 2005.
GONZÁLEZ, José Antonio Torres. Educação e diversidade: Bases didáticas e
organizativas. Editora Artmed. Porto Alegre – 2002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. Editora Cortez. São Paulo –
1994.
PARANÁ. SUED/SEED. Consulta escolas. Disponível em<
http://www.consultaescolas.pr.gov.br/consultaescolas/f/fcls/escola/visao> Acesso
em novembro de 2013e
.
PARANÁ. SUED/SEED. A Associação de Pais, Mestres. Disponível em<
http://celepar7.pr.gov.br/apm/modelo_apm.asp> Acesso em novembro de 2013b
.
PARANÁ. SUED/SEED. Subsídios para elaboração do estatuto do conselho
escolar. 2ª edição, Curitiba, 2009. Disponível em<
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/estatuto_conselho_es
colar_2ed.pdf> Acesso em novembro de 2013c
.
PARANÁ. SUED/SEED. Grêmio Estudantil - O que é? Disponível em
<http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=
145> Acesso em novembro de 2013d
.
PARANÁ. SUED/SEED. Instâncias Colegiadas - Grêmio Estudantil. Disponível
em<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=7> Acesso em novembro de 2013e
.
PARANÁ. SUED/SEED. Instrução nº 007/2010. Disponível em
<http://www.nre.seed.pr.gov.br/amsul/arquivos/File/gestao/Instrucao_007_PPP.pd
f> Acesso em novembro de 2013f
.
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: Unidade
teoria e prática? Editora Cortez. 9ª edição. São Paulo – 2010.
SILVA, Ormenzina Garcia. NAVARRO, Elaine Cristina. A relação professor-aluno
no processo ensino –aprendizagem. Revista Eletrônica da Univar, n.º8 Vol – 3.
Ano de 2012. Páginas 95 -100
SIQUEIRA, Denise de Cássia Trevisan. Relação professor – aluno: uma revisão
crítica. Revista integração: ensino, pesquisa, extensão. Ano IX, nº 33.
Maio/2003. Páginas 97 a 101.
VASCONCELLOS, Celso. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e
projeto político-pedagógico. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1999.
VASCONCELLOS, Celso. Para onde vai o professor? Resgate do professor
como sujeito de transformação. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1998
.
ANEXOS
ANEXO I: Plano de ação do estágio supervisionado
ANEXO II: Ficha de presença
ANEXO III: Relatório de observação de aula
ANEXO IV: Ficha de avaliação da regência
ANEXO V: Plano de aula
Professor Avaliador: MARTA REJANE PROENÇA FILIETAZ Assinatura do Professor Avaliador:________________
ANEXO V
PLANO DE AULA
Colégio: ESTADUAL PRESIDENTE LAMENHA LINS
Aluna/Estagiária: KARINA CORREIA MORAIS
Disciplina: QUÍMICA Duração da Aula: 4h/AULA
Ano/série: 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Data: 21 e 28 DE NOVEMBRO
CONTEÚDO: Funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas.
OBJETIVOS: Diferenciar as diferentes funções orgânicas; Relacionar os conteúdos adquiridos em seu cotidiano.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS RECURSOS
UTILIZADOS
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO: Depois do carbono e do hidrogênio, o oxigênio é o elemento de
maior presença nos compostos orgânicos. As funções orgânicas também estão
Quadro giz.
Quadro
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Diferencia as cadeias
presentes em uma infinidade de compostos de grande importância biológica, como
no amido dos cereais, óleos vegetais, gordura animal, bebidas alcoólicas, além disto,
em plásticos, perfumes, fibras têxteis sintéticas, etc. Logo, o aluno poderá abalizar
aspectos químicos que estejam envolvidos na interação do ser humano com o
ambiente.
O nitrogênio é um elemento fundamental para a vida na terra. Compostos
nitrogenados mais complexos desempenham funções biológicas muito importantes,
pois aparecem em aminoácidos, proteínas, enzimas, etc. Na indústria é usado para
fabricar produtos sintéticos como medicamentos, explosivos e plásticos.
É por meio de reações que as indústrias químicas elaboram muitos produtos de uso
do cotidiano, como plásticos, tecidos sintéticos, borrachas, perfumes, aditivos
alimentares, medicamentos, dentre outros.
DESENVOLVIMENTO: Faz-se necessário a utilização de modelos e quadro de
resumos comparativos, desenhos e esquemas, para a classificação das funções
orgânicas. Uma demonstração prática servirá para elucidar a transformação química
entre o álcool e o açúcar. Será trabalhado com diferentes jogos didáticos “quimico”,
“quimemória”, “cachequímica”, para fixar as principais funções orgânicas.
ESTRATÉGIAS: Como surgiu nesta turma um momento de indisciplina em relação
ao uso da acetona em sala de aula, a demonstração da formação de um removedor
de esmaltes, servirá para aproximar mais o aluno ao seu cotidiano. O uso do jogo
didático será uma forma lúdica e divertida para relembrar as funções orgânicas já
vistas no decorrer do ano letivo.
comparativo das
funções
orgânicas.
Jogo didático das
funções
orgânicas.
Aula experimental
(laboratório).
carbônicas de acordo com o
grupo funcional, estrutura
(ligações e radicais) e pela
nomenclatura IUPAC. Escreve
as fórmulas estruturais planas
a partir da nomenclatura.
Utiliza os conceitos adquiridos
com o seu cotidiano.
Consegue identificar os
diferentes grupos funcionais
estudados através do jogo
didático.
INSTRUMENTOS
AVALIATIVOS: Elaboração de
um relatório (em grupo) sobre
a aula prática. Interação com o
uso do jogo didático (em
tempo maior, pedir para que
os alunos construam o seu
próprio jogo).
REFERÊNCIAS:
PERUZO, F. M. CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. Volume 3 – Química orgânica. Editora Moderna – 4ª edição. São
Paulo, 2010.
PEQUIS. Química cidadã. Volume 3. Editora Nova Geração. 1ª edição. São Paulo, 2010.
OBSERVAÇÕES: Esta aula contempla todas as funções, pois serve como aula de revisão para a prova da docente.
ANEXO VI: Plano de trabalho docente - Regente
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Relatório de estágio de licenciatura em química no Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins

  • 1. KARINA CORREIA MORAIS RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA CURITIBA 2013 Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Educação
  • 2. KARINA CORREIA MORAIS RELATÓRIO DE ESTÁGIO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA Relatório final de estágio do Programa Especial De Formação Pedagógica – Turma 28, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Curitiba Professora: Marta Rejane Proença Filietaz CURITIBA 2013
  • 3. “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” FREIRE, Paulo (pag.67, 2000)
  • 4. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 3.1DADOS DA INSTITUIÇÃO 3.2 CURSOS E ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR OFERTADOS 3.2QUADRO DE FUNCIONÁRIOS 3.4ORGANOGRAMA DA INSTITUIÇÃO 3.5FONTE DE RECURSOS FINANCEIROS 3.6 METODOLOGIAS PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL 3.7 METODOLOGIA PARA MANUTENÇÃO DO PRÉDIO 3.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS 3.8.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários 3.8.2 Conselho Escolar 3.8.3 Grêmio Estudantil 4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR 5 CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA ESCOLA 6 AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO REFERENTE À APRENDIZAGEM DOS ALUNOS E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 7 VISÃO DA ESCOLA ENQUANTO ESTEVE APRECIANDO SUA ROTINA 7.1 DISCIPLINA NA ESCOLA 7.2 ESTRUTURA FÍSICA NA ESCOLA 7.3 MATERIAL PEDAGÓGICO DISPONÍVEL AOS ALUNOS 7.4 AVALIAÇÃO DA REGENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS 7.5 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO 7.6 O CURRÍCULO 8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8.1 O ESTÁGIO PROFISSIONAL 8.2 A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO 8.3 METODOLOGIAS DE ENSINO 8.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO 8.5 A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO 9 PRÁTICA DOCENTE 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS ANEXOS APÊNDICES
  • 5. 1 INTRODUÇÃO O presente estágio foi realizado no Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins – Ensino Médio e Profissional, durante o período de setembro a novembro de 2013, totalizando 100 horas, com orientação da docente regente Luciane Machado e supervisão da professora Marta Rejane Proença Filietaz da UTFPR. O anexo I, descreve todo o plano de ação desenvolvido neste período, já o anexo II marca a lista de presença. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Capacitar o aluno para o exercício profissional docente. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Buscar um maior equilíbrio entre a teoria e a prática.  Compreender e avaliar criticamente os aspectos sociais, tecnológicos, ambientais, políticos e éticos relacionados às aplicações da educação na sociedade.  Formar um professor que se aproprie dos conhecimentos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.  Perfilhar os limites da ética e moral para os avanços da educação  Buscar estratégias de ensino aprendizagem. 3 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 3.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome da instituição: Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins – Ensino Médio e Profissional.
  • 6. Endereço: Rua Lamenha Lins, nº 2.185. Bairro: Rebouças. Cidade: Curitiba – PR CEP: 80220-080 Telefone: (41) 3332-6634 Fax: (41) 3332-2752 E-mail: col_lamenha_lins@hotmail.com Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado da Educação. Núcleo Regional de Educação de Curitiba: Setor Portão. Reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 3098/81 DOE 15/01/82. Turnos e horário de funcionamento: Manhã (7h30min – 11h50min) Tarde (13h10min – 17h30min) Noite (19h – 22h40min) Número de alunos matriculados: Modalidade de ensino Número de turmas Matrículas Regular 14 373 Integrado 17 370 Subsequente 7 165 Total 38 908 3.2 CURSOS E ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR OFERTADOS Ensino Médio:  Ensino Médio Regular – Reconhecimento do Curso: Resolução nº 4667/87 DOE 13/11/86. Educação Profissional:  Técnico em Administração em Nível Médio Integrado – Autorização de funcionamento: Resolução nº 651/06.  Técnico em Logística em Nível Médio Integrado – Autorização de funcionamento: Resolução nº 3230/10.
  • 7.  Técnico em Recursos Humanos em Nível Médio Integrado – Autorização de funcionamento: Resolução nº 3229/10.  Técnico em Secretariado em Nível Médio Integrado – Autorização de funcionamento: Resolução nº 852/06.  Técnico em Administração em Nível Médio Subsequente – Autorização de funcionamento: Resolução nº 3346/06.  Técnico em Logística em Nível Médio Subsequente – Autorização de funcionamento: Resolução nº 3231/10.  Técnico em Recursos Humanos em Nível Médio Subsequente – Autorização de funcionamento: Resolução nº 2860/10. CELEM:  Centro de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol Básico. 3.3 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins possui um total de 96 colaboradores ativos, distribuídos em diferentes funções como explana o quadro 1. Quadro 1: Quadro de funcionários Diretores 1 Diretores auxiliares 2 Equipe pedagógico-administrativa 6 Professores ativos 65 Secretario 1 Técnico administrativo 7 Serviços gerais/serviços de apoio 10 Outros profissionais 4 3.4ORGANOGRAMA DA INSTITUIÇÃO Não há registro documental do organograma da instituição.
  • 8. 3.5 FONTE DE RECURSOS FINANCEIROS De acordo com a diretora auxiliar do referido estabelecimento de ensino, as verbas da escola provem apenas de recursos estaduais e federais. Logo abaixo, no quadro 2 está descrito a distribuição mensal de recursos pelo fundo rotativo por cotas. Quadro 2 - Distribuição Mensal de Recursos pelo Fundo Rotativo por Cotas Cotas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Cota Cota Extra - Complementacao da Merenda 0,00 0,00 0,00 694,32 0,00 0,00 0,00 0,00 694,32 0,00 0,00 0,00 1.388,64 Cota Extra - Material Permanente 0,00 0,00 7.650,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7.650,00 Cota Extra - Servicos / Brigada Escolar 0,00 0,00 0,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.500,00 Cota Normal Consumo 0,00 4.111,00 0,00 8.636,00 4.211,00 4.211,00 0,00 4.211,00 8.188,00 0,00 4.094,00 0,00 37.662,00 Cota Normal Servico 0,00 4.111,00 0,00 0,00 4.211,00 0,00 0,00 4.211,00 4.094,00 0,00 0,00 0,00 16.627,00 Total Mês 0,00 8.222,00 7.650,00 11.830,32 8.422,00 4.211,00 0,00 8.422,00 12.976,32 0,00 4.094,00 0,00 65.827,64 Fonte: SEED/PR, 2013 a . 3.6 METODOLOGIAS PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL O processo de contratação de pessoal ocorre por meio de concurso público estadual ou através do Processo de Seleção Simplificado (PSS). No regime PSS, o funcionário é contratado somente para o referido ano de exercício, podendo ou não ter seu contrato renovado para o ano seguinte, ficando no máximo dois anos com o contrato aberto. 3.7 METODOLOGIA PARA MANUTENÇÃO DO PRÉDIO Como descrito no quadro 2, a manutenção do prédio provém de recursos financeiros do governo, podendo contratar uma empresa terceirizada para reparos. Quando o serviço é pequeno, “outros profissionais”, como aponta o quadro 1, acaba fazendo serviços de manutenção.
  • 9. 3.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins, dispõe da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil que ainda está sendo formado. 3.8.1 APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários É regido por um grupo de pessoas (Pais, Mestres e Funcionários) a fim de acompanhar todo fundo rotativo da escola e buscar integrações entre família, escola e toda a comunidade. De acordo com Paraná (2013b ) o Art. 7º do estatuto das APMFs, de 2003, seus recursos são provenientes de: I- Contribuição voluntária dos integrantes; II- Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes públicos e pessoas físicas ou jurídicas; III- Campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação vigente; IV- Juros bancários e correções monetárias provenientes em aplicações em Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente; V- Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar; VI- Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos, administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado, observando-se a legislação em vigor; VII- Exploração da cantina comercial, respeitando-se a legislação específica. 3.8.2 Conselho Escolar A participação do Conselho Escolar dentro da escola permite uma gestão mais participativa e democrática. Desta maneira, também organiza o trabalho
  • 10. pedagógico, dentro do Projeto Político e Pedagógico (PPP), uma vez que realiza intervenções se necessário. De acordo com o capítulo II no Art. 28° do Estatuto do Conselho Escolar, referente ao seu funcionamento dispõe: Art. 28 - O Conselho Escolar será um fórum permanente de debates e de articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento do estabelecimento de ensino (PARANÁ, 2013 c ). 3.8.3 Grêmio Estudantil O grêmio estudantil é a instância colegiada e deliberativa, a partir da qual os estudantes se organizam de modo mais sistemático, considerando os fundamentos históricos e políticos da constituição do movimento estudantil e sua participação no processo de redemocratização do Brasil. Portanto, para constituir a comissão do grêmio estudantil, formada por alunos representantes de turma, os mesmos são eleitos democraticamente entre seus pares, tendo como primeira função a elaboração de uma versão preliminar de Estatuto. Neste sentido, é fundamental que os alunos se apropriem, a partir de situações reais, do conceito de representação e do que significa representar seus pares em diferentes espaços, com vistas a assegurar a defesa dos interesses e das necessidades do segmento dos alunos (PARANÁ,2013d ). De acordo com Paraná (2013e ), há várias ações do Grêmio Estudantil na escola, entre elas pode-se destacar:  A integração entre os alunos e a comunidade, promovendo eventos culturais como projeção de filmes, peças teatrais, gincanas, concursos de poesia, coral, festival de dança, de música, etc.;  Organização de campeonatos esportivos nas diversas modalidades;  Organizar palestras sobre, violência, drogas, sexualidade, meio ambiente, entre outras;  Organizar e divulgar campanhas de agasalho, de alimentos e de outros recursos para as populações carentes;
  • 11.  Organizar o jornal e a rádio da escola;  Organizar movimentos para discussão de assuntos de interesse da escola e da comunidade escolar. 4 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR A escola como organismo vivo, reflete a convulsão da sociedade, convivendo com questões de gêneros, saúde pública, mercado de trabalho, além de ocupar espaço determinante deixado pela família, por conta da desestruturação familiar. Cabe a escola, portanto, construir um diálogo reflexivo, permitindo que questões que permeiam o dia a dia possam encontrar soluções viáveis no âmbito escolar. Quanto à situação sociocultural da comunidade escolar, torna-se diversificada em virtude da composição heterogênea dos alunos que moram em diferentes regiões, como do bairro Parolin, Portão, centro e cidade de Fazenda Rio Grande. Além disto, compõe diferentes classes sociais, contudo, a escola organiza um espaço democrático de convivência. O corpo discente é formado por jovens na faixa etária compreendida entre 14 e 24 anos, nos cursos Técnicos Integrados e no Ensino Médio Regular. Nos cursos de nível Médio Subsequente, além dos jovens que acabaram de concluir o Ensino Médio Regular, matriculam-se adultos até 55 anos que retomam seus estudos em busca de aperfeiçoamento profissional e melhoria nas condições de trabalho e salário. Conforme dados do rendimento escolar, constata-se que o maior número de evasão do ensino regular apresenta-se nas turmas do período noturno e o maior número de reprovação encontra-se nas primeiras séries. A fragmentação do currículo, o excessivo número de disciplinas, tendo como consequência a redução do número de aulas por disciplina, indica um dos determinantes que contribui com o baixo rendimento escolar dos alunos. Também se percebe as lacunas de conteúdos apresentadas pelos alunos que iniciam o ensino médio e que necessitam de atendimento em contra turno, uma vez que as poucas aulas semanais não são suficientes para a superação das mesmas.
  • 12. Outro dado relevante é o número expressivo de abandono nas turmas dos cursos técnicos subsequentes do período noturno, sendo que muitos alunos matriculam-se e nem iniciam o curso, outros iniciam e relatam a dificuldade em cotidiano dos estudantes oriundos de diversos bairros de Curitiba e Região Metropolitana. Nesse contexto, o corpo discente enfrenta diariamente problemas relacionados às violências de todas as formas, entre elas, assaltos, assédios e venda/consumo de drogas nas regiões próximas a escola e a sua residência. Os alunos do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins sofrem com a crise de valores do mundo moderno e se deparam com a dificuldade em formar seus próprios valores num universo em que são tantas as demandas de seu grupo: Falta de perspectiva de empregos, dificuldades de acesso a programas de saúde, cultura e lazer. Diante deste panorama sociocultural, a escola acaba se tornando um local de encontro e relações sociais, sendo sua função de formação e construção do conhecimento deixada em segundo plano. Apesar disso, existe um número de alunos interessados em estudar, pois considera o estudo uma possibilidade de ascensão social. Esses alunos questionam seus professores e a equipe pedagógica quando discordam com os métodos de ensino e reivindicam constantemente qualidade do processo de ensino-aprendizagem, assim como domínio do conteúdo ministrado pelos professores. Os docentes do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins aceitam convites e convocações para reflexão acerca dos problemas e desafios que são vivenciados pela comunidade escolar. Participam das reuniões propostas sem esquivar-se de posicionamentos nas questões educativas, mas nem todos, porém, demonstram comprometimento com as questões discutidas e acordadas em reuniões. Em sua maioria, os docentes preocupam-se com os educandos, reportando à equipe pedagógica situações que precisam de atenção mais específica e encaminhamento de diversas ordens. A hora-atividade é utilizada para realização de trabalho pedagógico, estando de acordo com a proposta original concebida para este fim.
  • 13. Enfrentam-se diversos problemas com as faltas excessivas dos professores, seja por compromissos particulares, seja por licença médica, o que compromete a qualidade da educação ofertada e a organização pedagógica da instituição. Percebe-se por meio do acompanhamento dos Planos de Trabalho Docente que existe, por parte de alguns professores, uma dificuldade em utilizar recursos tecnológicos e metodologias diferenciadas para enriquecer o trabalho pedagógico e a prática docente. Embora se perceba grupos com focos de resistência e descrença na melhoria da educação pública, temos em nosso corpo docente, bons exemplos de profissionais dedicados, competentes, comprometidos e motivados para o trabalho. É importante ressaltar que a rotatividade dos professores e a demora na substituição de docentes pela mantenedora prejudicam o planejamento coletivo e a continuidade do trabalho pedagógico. 5 CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA ESCOLA A escola insere-se em uma realidade dialética numa perspectiva histórico- crítica, pois seu intento é formar sujeitos que busquem uma sociedade mais justa, de forma consciente, percebendo, refletindo e agindo sobre ela, respeitando os preceitos éticos adquiridos através da historicidade critico social, na qual se engendra e se constitui um ser também histórico. A construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) se deu de forma coletiva e participativa pela comunidade educativa. Inicialmente foi realizado uma avaliação diagnostica para verificar a realidade escolar e a parir disto iniciou-se a construção do mesmo. Equipe técnica pedagógica, docentes e direção compartilharam a tarefa. Ao término, o PPP reflete em sua essência a identidade do colégio, seus fundamentos e princípios. De acordo com a instrução n° 007/10 SUED-SEED (2013f ), o PPP expressa a autonomia e identidade do estabelecimento de ensino organizando a pratica pedagógica e escolar. Permite ainda, delinear ações de curto, médio e
  • 14. longo prazo que interfiram positivamente no processo de ensino aprendizagem dos alunos. A escola em toda a sua prática busca desenvolver ações que conduzam o indivíduo a desempenhar sua cidadania. Engloba-a tanto na parte voltada à aquisição de conhecimentos, quanto na convivência social, trabalhando atitudes e valores que proporcionam ao individuo uma convivência justa e ética. 6 AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO REFERENTE À APRENDIZAGEM DOS ALUNOS E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A avaliação do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins pretende superar a prática da verificação e da classificação, conceitos excludentes manifestados numa educação seletiva. Através do plano de ação do colégio, concebeu-se uma forma diferenciada para avaliar discentes e docentes, não em um momento isolado, mas durante ações contínuas, como pré-conselho e conselho de classe com acompanhamento individualizado. Por outro lado a avaliação institucional permite consulta à comunidade estudantil, para verificar as dimensões essenciais da organização do trabalho pedagógico e a pratica docente dentro e fora da sala de aula. De acordo com o PPP (2013) do Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins, alguns cuidados são necessários para a superação de práticas arraigadas e autoritárias:  Propiciar a auto compreensão, tanto do educando quanto do educador, no nível e nas condições em que se encontram;  Motivar o crescimento pelo reconhecimento de onde está e pela consequente visualização de possibilidades;  Aprofundar a aprendizagem;  Estar atento às necessidades dos educandos. Na prática da aferição do aproveitamento escolar e, de acordo com o sistema estadual, utiliza-se o registro com notas. No Ensino Médio Regular e na Educação Profissional de Nível Médio Integrado a avaliação é trimestral. Na Educação Profissional de Nível Médio Subsequente a avaliação é semestral e, em
  • 15. ambos os casos, a atribuição de notas é realizada por meio do registro cumulativo dos resultados alcançados no decorrer do período. O sistema de avaliação referendado pela comunidade escolar e registrado no Regimento Escolar é organizado por instrumentos formais e informais. Aos instrumentos formais são aferidos 80% da nota, ficando a critério do professor a distribuição dos mesmos, sendo proibido possibilitar um único momento avaliativo. Constituem-se instrumentos formais: prova oral, prova descritiva, prova objetiva, prova com consulta, produções individuais ou coletivas, seminários, produção de textos, análise de filmes, músicas e obras de arte, confecção de cartazes e maquetes, apresentação de pesquisas e peças teatrais. Configuram-se formais, pois são realizados em sala de aula com a mediação do Professor. Aos instrumentos informais são atribuídos 20% da nota e poderão ser realizados sem a presença do Professor. Cabe ressaltar que, apesar da denominação informal, trata-se de um subsídio significativo da prática educativa cuja finalidade é propiciar a autonomia de pesquisa, o estudo independente e a atividade cooperativa, porém sempre com rigor científico e metodológico, orientado pelo Professor. Em consonância com o Regimento Escolar, a recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos, concomitante ao processo letivo, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Os diferentes instrumentos de avaliação, já citados, serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de recuperação de estudos. O peso da recuperação de estudos será proporcional ao da avaliação trimestral/semestral, ou seja, 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos. Três dimensões norteiam a avaliação e a reavaliação: 1. Compreensão dos conteúdos por parte do aluno – ele entendeu de fato. 2. Capacidade de fazer relações entre o conteúdo com outros e com a sua vida/contextualizar; 3. Capacidade de posicionar-se, emitir julgamento, criticar, argumentar. Esses elementos devem estar claros para o Professor no seu Plano de Trabalho Docente, para a Equipe Pedagógica que acompanha o processo e,
  • 16. principalmente, para o aluno. Critérios claros de avaliação permitem analisar a atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização. O Livro Registro de Classe é o documento no qual se registram todas as atividades do Professor, pontuadas, discriminadas e datadas com legibilidade. O seu preenchimento correto é de extrema importância para garantir os direitos do corpo docente e discente. Torna-se imprescindível que o Professor se utilize do Livro Registro de Classe como um documento oficial, que constitua a perfeita escrituração da vida escolar do aluno, garantindo a qualquer tempo a integridade das informações. O Pré-Conselho será feito primeiramente com o Professor Conselheiro e os alunos. O Professor Conselheiro fará um levantamento das dificuldades e necessidades da turma e dos alunos, individualmente, com foco nas questões de aprendizagem e registrado em formulário próprio. O Conselho de Classe contará com a participação de todos os professores, da equipe pedagógica e da direção para a discussão dos diagnósticos e proposições levantadas no Pré-Conselho. O Conselho de Classe deve ser um momento privilegiado de reflexão que gera ações em benefício do processo de ensino e aprendizagem, superando a fragmentação do trabalho escolar e oportunizando formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem. 7 VISÃO DA ESCOLA ENQUANTO ESTEVE APRECIANDO SUA ROTINA 7.1 DISCIPLINA NA ESCOLA Quanto à disciplina dos alunos, foi possível perceber que é uma escola de poucos problemas, uma vez que a maioria dos alunos estão matriculados no ensino profissionalizante subsequente. No período noturno há apenas três turmas do ensino médio regular, om um número bem reduzido de alunos. Durante o período de estágio foi possível perceber duas situações de indisciplina mais “graves”:
  • 17. Situação A: Uma aluna do ensino profissionalizante ensaiava passos de uma dança que apresentaria na semana cultural, mas não se sabe qual foi o motivo, que a mesma se desentendeu com suas colegas. Brava ela quis sair da escola, mas o portão estava fechado (como de costume). Foi quando a aluna adentrou na sala dos professores gritando que não queria saber mais do colégio, proferindo palavras de baixo calão. No momento de fúria jogou o seu celular no chão. Depois, longe da equipe pedagógica, fugiu da escola pulando o muro da mesma. Atitude: A vice-diretora tentou acalmar os ânimos da aluna dirigindo-lhe palavras de conforto, mas não adiantou e ela saiu pelo corredor desorientada e foi quando ela fugiu. Imediatamente após o fato, o pai da aluna (antigo profº da escola) foi comunicado e mesmo disse que iria pedir a transferência da aluna. Pontos positivos:  Foi buscado o diálogo com a aluna para tentar uma aproximação entre ela e a equipe pedagógica.  A equipe pedagógica tentou resolver juntos toda a situação.  A família foi avisada da situação presente. Pontos negativos:  As alunas ensaiavam sozinhas e não foi possível saber o que de fato ocorreu para desencadear todo o fato seguinte. Como isto se referia à semana cultural o ideal seria ensaiar nas aulas de artes ou educação física, por exemplo.  O pai já alertou o pedido de transferência por telefone antes mesmo de ir à escola para ter ciência dos fatos. O mesmo já conhecia um pouco mais sobre à escola sendo antigo professor da instituição.  Faltou segurança na escola, pois a aluna não foi observada e conseguiu pular o muro da escola. Situação B: Em um dia de observação, na primeira aula, a professora regente entrou na sala do terceiro ano e como de costume foi escrever no quadro giz. Enquanto isto, uma aluna, que sentava na primeira carteira pegou acetona e retirou seu esmalte vermelho enchendo a carteira de algodão sujo. Depois disso lixou a unha e logo começou a pintá-la.
  • 18. Atitude: Quando a professora terminou de passar o conteúdo, saiu da sala de aula em silêncio e logo retornou, dando inicio à explicação da matéria. Após isto, passaram aproximadamente 3 minutos e a pedagoga veio até a sala, chamou a atenção da aluna convidando a se retirar. Pontos positivos:  A aluna foi retirada da sala e os demais alunos começaram a prestar mais atenção na aula.  Os demais alunos perceberam a falta de respeito desta aluna com o trabalho da professora. Pontos negativos:  A professora poderia ter resolvido o problema em sala de aula, não expondo os demais alunos ao desconforto causado pelo cheiro do esmalte e acetona que exalava em sala.  A pedagoga chamou a atenção da aluna, convidando-a se retirar, porém, a aluna deixou toda bagunça na carteira, incluindo o vidro de acetona aberto. Situação C: O celular é algo que está muito presente em sala de aula. Durante as explicações da professora os alunos estavam em silêncio, mas para alguns a concentração estava voltada aos torpedos trocados. Em uma das aulas, a aluna arrumou um suporte para o celular colocando-o sobre a carteira. Até o fim da aula este foi o único material presente na carteira dos alunos. Atitude: Durante as explicações, a professora andava em sala intimidando os alunos. Algumas vezes a mesma chamava a atenção dos alunos. Quanto à aluna que fez um suporte para o celular, nenhuma atitude foi tomada. Pontos positivos:  Andar pela sala, fixando o olhar para os alunos fazia com que os mesmos guardassem o celular. Pontos negativos:  Não foi tomada nenhuma atitude quanto à aluna que usou o celular durante toda a aula. Em uma próxima vez a professora pode ter algum tipo de conflito se pedir para guardar o eletrônico com qualquer aluno desta turma.
  • 19. 7.2 ESTRUTURA FÍSICA NA ESCOLA O Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins - Ensino Médio e Profissional dispõe de uma área de 3.560 m², dos quais 1.925,72 m² são construídos. Sua estrutura conta com 13 salas de aula que funcionam durante os turnos matutino, vespertino e noturno, 01 Laboratório de Química, Física, Biologia, 02 Laboratórios de Informática (Proinfo e PR Digital), 01 Biblioteca e 01 quadra poliesportiva coberta. Mesmo o colégio estando situado próximo às ruas de movimento, o barulho externo não interfere nas salas de aula, além disto, são arejadas e com carteiras novas o que permite um bom aproveitamento das aulas. O colégio possui refeitório e cantina, porém, para que haja mais concentração e um melhor aproveitamento das aulas a escola oportuniza para os alunos do período noturno um pequeno lanche antes do inicio das aulas, pois alguns vêm direto do trabalho à escola. 7.3 MATERIAL PEDAGÓGICO DISPONÍVEL AOS ALUNOS A instituição dispõe de acervo bibliográfico e multimídia, aparelhos de DVD, televisões multimídias, rádios, retroprojetores, projetores multimídia, computadores e impressoras, filmadora e máquina fotográfica. Contudo, durante o período de observação, foi possível constatar que a escola tem o “Arthur” que é o multimídia, porém pouco utilizado, pois requer tempo para organizá-lo em sala de aula. Durante o período de observação a professora regente não fez o uso deste equipamento, mas teve que esperar 10 minutos para entrar na sala do primeiro ano do ensino médio, pois a professora anterior estava guardando todo o equipamento. Se não o bastante, três alunos se ausentaram da sala de aula para auxiliar a professora carregar o equipamento até a outra sala. A TV pendrive está disponível em todas as salas, mas não há manutenção do equipamento. A única vez que a regente foi usá-la durante o período de observação, ela não funcionou. Primeiramente o controle remoto não estava funcionando muito bem, pois a professora teve que “grudá-lo” até a TV, depois
  • 20. disso a mesma testou três pendrives diferentes para que o equipamento reconhecesse, mas foi em vão. Isto resultou a perda de quase 15 minutos de aula. Em relação ao livro didático, a professora faz uso constante dele durante as aulas, pois inicialmente transcreve trechos do capítulo ao quadro giz. No entanto, os alunos tem este material, mas em casa. Segundo a professora, fica pesado para os alunos carregar o livro, principalmente que alguns alunos vêm direto do trabalho, por isso faz a síntese dos capítulos. Foi possível conhecer o espaço físico do laboratório de química/física/ biologia, no entanto, nenhuma aula de química foi observada neste espaço. A tabela periódica não foi utilizada ou mencionada em nenhum momento nas salas dos 2º e 3º ano. Na aula do 1º ano a professora pediu emprestada de um aluno e alegou que todos já haviam recebido uma. Algum tempo depois um aluno lhe entregou uma tabela (a aula tinha correlação com a tabela periódica). O quadro giz e a aula expositiva foram os recursos pedagógicos mais utilizados. 7.4 AVALIAÇÃO DA REGENTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ALUNOS A escola destina em calendário específico uma semana com provas e reavaliações das diversas disciplinas. Na primeira aula da semana há revisão de conteúdos e na outra uma avaliação individual e escrita. Todas as provas aplicadas pela regente são com consulta ao caderno. Os trabalhos realizados em sala são passados no quadro e o aluno transcreve em uma folha para resolvê-los, por isso os enunciados são curtos e objetivos. Quanto os trabalhos de pesquisa, vários alunos não foram pontuais com a entrega, sendo possível observar que a professora cobrou o mesmo durante várias aulas. A participação durante as aulas também foi avaliado, uma vez que a professora anotou no livro o número do aluno que fez a tarefa de casa ou que foi até o quadro giz fazer a resolução de algum exercício. O anexo III, aponta o relatório de observação de aula da regente. A turma escolhida para descrever a observação, foi o 3º ano D – Noturno do ensino médio.
  • 21. 7.5 RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO De acordo com o PPP (2013) do referido colégio, a função precípua do Ensino Médio e da Educação Profissional vai além da formação e atinge a construção da cidadania. É preciso oferecer aos adolescentes, jovens e adultos, novas perspectivas culturais para que possam expandir seus horizontes e dotá- los de autonomia intelectual, assegurando-lhes o acesso ao conhecimento historicamente acumulado e à produção coletiva de novos conhecimentos, sem perder de vista que a educação também é, em grande medida, uma chave para o exercício dos demais direitos sociais. A regente não tinha tanta aproximação do seu aluno. Como de costume, a professora pegava seu livro didático, abria um capítulo do livro, fazia uma síntese do mesmo no quadro e depois explicava o conteúdo. Contudo, algumas vezes a professora só disse “boa noite” aos alunos quando iniciou a explicação, 20 minutos depois. Os exemplos geralmente vinham prontos da própria professora e poucas vezes os alunos relacionaram seu cotidiano. No entanto, quando isto ocorria, a aula tinha mais participação dos mesmos e o uso do celular em sala de aula quase não era percebido, pois havia maior envolvimento da turma. Os alunos faziam silêncio durante a explicação dos conteúdos, respeitando a professora, no entanto, não foi evidente uma relação mais afetiva/envolvimento com o aluno. 7.6 O CURRÍCULO A visão de currículo no PPP (2013) da referida escola, argumenta que a escola precisa respeitar os saberes do aluno e de seu grupo social. Na perspectiva da diversidade cultural, o respeito ao grupo social a que o aluno pertence, significa também um acolhimento a pessoa que ele é. Não são aceitas propostas de ensino que unifiquem os estudantes, a questão que se apresenta é o respeito às diferenças e o crescimento de todos, cada um ao seu modo, no seu querer, no seu fazer. A concepção histórico-crítica pressupõe que uma educação
  • 22. de qualidade parta da realidade concreta do homem e durante o processo, esse indivíduo se reconheça como sujeito histórico e transformador. O Plano de Trabalho Docente (PTD) da professora regente não descreve a justificativa em abordar determinado conteúdo, pois é nela que se aponta a correlação do conteúdo ao cotidiano do aluno. Neste PTD a justificativa descreve os critérios de avaliação. O anexo VI exemplifica o PTD do 3º ano do ensino médio que a docente segue com seus alunos. Os conteúdos neles mencionados estão descritos no Projeto Político e Pedagógico (PPP), o qual segue as diretrizes do Estado. 8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8.1 O ESTÁGIO PROFISSIONAL Qualquer exercício profissional depende da ação do fazer “algo” e para isto é necessário à correlação entre a teoria e prática, porém, se o curso de formação de professores tem por função preparar o futuro profissional para praticar, é adequado que se tenha a preocupação com a prática (PIMENTA, 2010). Diante da ausência de saberes de seus alunos, todo professor tem o direito a se indagar: Como fazer meu aluno aprender? É possível aumentar seus conhecimentos, faze-lo acessar ainda mais suas capacidades e suas inteligências? “Assim como o médico deve identificar na doença a inimiga a vencer, cabe ao professor ver na ignorância o desafio a superar” (ANTUNES, 2002). Desta maneira, o estágio na formação de professores acaba viabilizando a observação das diferentes estratégias de ensino aprendizagem aplicado pelo professor regente. Estas podem ser boas ou não, por isso, a necessidade da reflexão e discussão sobre o mesmo. O estágio tem por objetivo ser uma fonte de reflexão e discussão sobre os aspectos teórico-práticos do processo de ensino e aprendizagem, porém a realidade escolar depende de cada escola ou mesmo de cada turma (PIMENTA, 2010). Para González (2002), a formação inicial do professor deve durar toda a sua vida profissional, por isso, os formadores de professores têm diante de si um
  • 23. difícil desafio, que é a permissão de ideias e valores que favoreçam o processo de mudança, uma vez que não é na formação inicial que o docente vai descobrir o “produto acabado”, mas entendê-la como primeira fase de um processo longo e diferenciado de desenvolvimento profissional. O estágio na formação de professores é a preocupação deste profissional. Luckesi (1994) descreve em seu livro que, O ser humano se constitui numa trama de relações sociais, na medida em que ele adquire o seu modo de ser, agindo no contexto das relações sociais nas quais vive, produz consome e sobrevive [...] O ser humano é prático, ativo, uma vez que é pela ação que modifica o meio ambiente que o cerca, tornando-o satisfatório às suas necessidades e enquanto transforma realidade, constrói a si mesmo no seio de relações sociais determinadas (Pag. 110). Por isso, este profissional em formação precisa conhecer gradativamente este meio de trabalho, para que aos poucos viva esta “trama de relações sociais” e sobreviva de maneira satisfatória, buscando alternativas positivas para atender às suas necessidades e de seus futuros educandos. Contudo, é chagada a hora do professor se assumir como agente histórico de transformação, comprometendo-se com a alteração tanto das condições objetivas, quanto subjetivas de seu trabalho (VASCONCELLOS, 1998). 8.2 A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO Capacidade é o poder humano de receber, aceitar, apossar. Para Antunes (2002), esses verbos de ação definem a palavra e justificam sua presença na escola, entretanto, nenhum professor pode “ensinar” um aluno a ser capaz, mas pode ajuda-lo a se descobrir capaz. A escola não pode mais fixar-se apenas como centro epistemológico e necessita propiciar aos alunos a recepção plena de suas capacidades motoras, cognitivas e emocionais. O professor tem por finalidade atender os aspectos do desenvolvimento, amadurecimento, orientação e aprendizagem dos alunos, considerando-o individualmente ou em grupo. Porém, é preciso conhecer profundamente seus alunos nas diferentes facetas que formam sua personalidade, assim como servir de elo entre família, a escola e entre os professores que atendem o mesmo grupo de alunos (GONZÁLEZ, 2002).
  • 24. A relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é uma simples transmissão de conhecimento, esse processo não configura-se apenas no fato de que se ter um professor que ensina para o aluno que aprende. Ao contrário, é uma relação recíproca na qual se destacam o papel do dirigente, do professor e da atividade dos alunos (SILVA e NAVARRO, 2012). Siqueira (2003) faz uma distinção entre dois tipos de professores. Segundo ele, professores que não medem esforços para levar os seus alunos à ação, à reflexão crítica, à curiosidade, ao questionamento e à descoberta são essenciais. Professores, ou melhor, educadores que, ao respeitar no aluno o desenvolvimento que este adquiriu através de suas experiências de vida (conhecimentos já assimilados), idade e desenvolvimento mental, são imprescindíveis. 8.3 METODOLOGIAS DE ENSINO Urge revolucionar o sistema de ensino de tal maneira que seria levar todos os alunos a adquirir, além dos conteúdos curriculares específicos de cada disciplina, algumas qualificações essenciais para a vida como saber pensar, falar, ouvir, fazer e muitos outros saberes (ANTUNES, 2002). Muitos professores escrevem no seu plano de trabalho docente que o seu método de ensino é “aula expositiva, dinâmica de grupo, trabalho dirigido, questionamento oral”, etc. No entanto, o que de fato ocorre é que os planejamentos são documentos “formulários” em que geralmente o professor começa descrevendo a coluna dos conteúdos que já estão explícitos e ordenados nos livros didáticos, posteriormente criam os objetivos de acordo com a correlação dos conteúdos. De fato, o planejamento deveria ser criado ao contrário; em primeiro lugar é necessário estabelecer os objetivos e depois encontrar os conteúdos que operacionalizem. Por isso, há necessidade de estudar que procedimentos e atividades possibilitarão, da melhor forma, que os alunos atinjam o objetivo de aprender o melhor possível daquilo que se pretende ensinar (LUCKESI, 1994). É interessante que o professor reflita sobre o que diz, mas principalmente sobre como diz, e também que o aluno aprenda a observar e a usar o seu dizer.
  • 25. Falar mais rápido, ou sem pensar, nada significa se não há profundidade e sensibilidade (ANTUNES, 2002). Para Freire (2000), uma coisa é a ação educativa de um educador desesperançado e outra é a prática educativa de um educador que se funda na interdisciplinaridade, uma vez que o primeiro nega a existência da própria prática, e o outro explicita certa opção metodológica e epistemológica. A cultura popular, embora seja em geral ignorada nas escolas, não é uma força insignificante na formação da visão que o aluno tem de si mesmo e de suas relações com diversas formas de pedagogia e de aprendizagem. A pedagogia e cultura popular conseguem juntas oferecer relevantes elementos teóricos que possibilitam repensar a escolarização como uma viável e valiosa forma política cultural (GIROUX e SIMON, 2005). 8.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO A idade dos “porquês” estimula o cérebro, mas infelizmente se encerra por volta dos seis anos de idade. É importante que o aluno discipline os seus “porquês” para a construção de respostas, por isso é essencial que o professor estimule o aluno a se livrarem da condição de esperar a resposta pronta e descubra no mestre aquele que jamais ensina o que se aprende sozinho, mas que norteia caminhadas, aponta direções, ensina a pesquisar, a procurar em um dicionário, a vasculhar uma enciclopédia, a entrevistar as pessoas certas em ocasiões precisas, a navegar pela boa internet, enfim, a usar esse imenso saber acumulado ao longo do tempo(ANTUNES, 2002). A avaliação é capaz de oferecer um conhecimento sobre os alunos e sobre seus processos de aprendizagem em contextos determinados, servirá como ajuda valiosa para o desenvolvimento consciente da prática da aula e para adaptação do ensino às condições do aluno, bem como para o tratamento de suas dificuldades específicas (GONZÁLEZ, 2002). Para Vasconcellos (1999), se o professor leva para a sala de aula uma mediação fraca, mestificada, que não revela bem a estrutura do real, fica mais difícil para o aluno chegar ao concreto. Portanto, antes de avaliar o aluno, é preciso que o docente avalie sua própria pra tica de ensino.
  • 26. 8.5 A ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO A educação está intimamente ligada à política e a cultura, por esta razão, o currículo nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimentos, que de alguma forma saiu dos textos e é transmitida em sala de aula de uma maneira universal. O mesmo é sempre parte de uma tradição seletiva, pois é produto das tensões, conflitos e concessões culturais, políticas e econômicas que organizam e desorganizam um povo (APPLE, 2005). O currículo deve ser pensado como fator de mudança, que favorece o processo de atenção à diversidade dos alunos, a partir das perspectivas de projeto e desenvolvimento, além disto, ele deve estar delineado em nosso sistema educacional e junto a uma proposta curricular compreensiva. Logo, o currículo é um instrumento que a escola tem para se adaptar-se às necessidades dos alunos (GONZÁLEZ, 2002). É fundamental percebemos que já temos um currículo nacional com a diferença de que o nosso é determinado pela complicada inter-relação entre as políticas de adoção de livros didáticos do Estado e o mercado editorial que publica estes livros (APPLE, 2005). Luckesi (1994) descreve o significado do livro didático na prática pedagógica, uma vez que este às vezes é assumido como uma “bíblia”, pois o professor pode utilizar apenas o livro que é destinado, estando confinado e textos e questões padronizadas. Os livros podem e devem ser usados, porém com a criticidade, ultrapassando os elementos do senso comum e a crítica do próprio livro para não haver submissão a ele. Existindo ou não um currículo nacional, há, entretanto, um sentimento crescente de que um conjunto padronizado de diretrizes e metas curriculares nacionais é indispensável para “elevar o nível” e fazer com que as escolas sejam responsabilizadas pelo sucesso ou fracasso de seus alunos (APPLE, 2005). Desta maneira o currículo não é um documento pronto/acabado. Ele deve contemplar sim os conteúdos básicos e traçar suas metas, mas para isto é preciso conhecer a realidade escolar local a fim de inserir práticas pedagógicas que de fato trará oportunidades de ensino aprendizagem.
  • 27. Pensar no currículo é papel de todos os envolvidos na educação. Para Vasconcellos (1998) no processo de transformação da escola e da realidade, todos tem um papel a desempenhar, seja, professores, equipes de coordenação e direção, alunos, pais, funcionários, supervisores, autoridades, comunidade local, etc. o professor, no entanto, é um dos principais sujeitos responsáveis por esta mudança do ensino, pois tem o contato direto com seus alunos, onde se manifestam os problemas, é o profissional da educação e é potencialmente o mais interessado a resolver estes problemas. Vasconcellos ainda ressalta: A questão é o seguinte: o professor, se quer ser efetivamente professor, deve trabalhar com a realidade que tem em sala de aula; não adianta ficar se lamuriando, jogando a culpa aqui e acolá. São estes os aluno e com eles tem que trabalhar; é esta a escola, é este o país. Este é o ponto de partida, a realidade (pág. 95). Ainda não se sabe todos os processos usados pela mente para aprender, entretanto, não há dúvidas de que existem diferentes processos de aprendizagem e de que é importante que todo professor os conheçam bem (ANTUNES, 2002). 9 PRÁTICA DOCENTE A prática docente foi realizada nos dias 21 e 28 de novembro, no Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins, sob observação da regente Luciane Machado, a qual avaliou a prática desenvolvida, como descreve o anexo IV deste relatório. A turma escolhida foi o 3º ano D, do período noturno. Esta turma possui 52 alunos matriculados, porém apenas 34 alunos são frequentes. No dia 21 de novembro a turma estava com 30 alunos presentes e no dia 28 de novembro, contava apenas com 19 alunos, pois neste período (fim de ano letivo), diminui a permanência dos alunos em sala. Como a professora já havia feito as avalições coube apresentar uma revisão de conteúdos, pois alguns alunos estavam para a reavaliação. Logo, selecionei o conteúdo das funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas. O anexo V aponta o plano de aula desenvolvido. Para a realização do experimento, os alunos foram convidados para uma problematização inicial “pintar a unha e remover o esmalte sem a acetona”.
  • 28. Inicialmente os alunos ficaram na expectativa de qual aluno seria o voluntário para pintar uma de suas unhas, até que uma aluna se prontificou. Logo na sequência ela perguntou “E se não sair? A profª tem acetona? É que a minha acabou...”. Com isto, foi possível perceber que os alunos estavam receosos ao experimento. Sugeri então, que os alunos arrumassem uma maneira de remover este esmalte sem o uso da acetona. Alguns alunos sugeriram para “arrancar nos dentes quando secasse” ou “limpar no tecido assim que passasse o mesmo”. Outro aluno sugeriu para passar álcool, foi então que uma aluna respondeu ao seu colega “não adianta... não sai” e outro completou “agora o álcool só tem água”. Com este diálogo inicial os alunos começaram a perguntar da “nova formulação do álcool que não pega fogo”, então, foi explicado que antes o número de acidentes (queimaduras) causado pelo álcool era maior, pois a porcentagem de água no álcool era menor. Com isto, os alunos relataram histórias de pessoas que se queimaram usando o álcool de maneira incorreta. Para o aluno que sugeriu usar o álcool para remover o esmalte, lhe entreguei um algodão embebecido com álcool e solicitei para que limpasse a unha da colega. Não deu certo. Na sequência pedi para que um aluno tentasse remover o esmalte da aluna com a solução formada. “Deu certo!” a aluna exclamou. Depois disso, outros alunos queriam fazer o teste em sua própria unha. Os próprios alunos queriam saber “porque deu certo”, foi então que pude explicar a correlação do grupo funcional cetona, presente no açúcar (glicose)... A descrição da atividade avaliativa proposta, para esta aula, está descrita no apêndice I. Quanto ao jogo didático, foi trabalhado com os alunos o quadro comparativo das funções orgânicas, pois contempla o nome da função, grupo funcional e nomenclatura específica, como descrita no apêndice II. Alguns alunos comentaram que gostaram do material e perguntaram a regente se era possível usá-lo no dia da prova de reavaliação. Aos alunos foi explicado, que a partir do referido quadro, era possível construir um jogo didático contemplando os conceitos nele abordado. Como o
  • 29. tempo era curto, levei o jogo pronto, elaborado por alunos de outra escola. O jogo possui 40 cartas diferentes, sendo 13 cartas que contemplam o nome da função orgânica, 13 com o grupo funcional, 13 com a nomenclatura correspondente e 1 coringa. As figuras I e II demonstram um dos jogos. Figura I: Jogo didático das funções orgânicas Fonte: Arquivo pessoal Neste dia, a turma foi composta por 19 alunos, sendo possível trabalhar com cinco grupos de alunos que usaram os jogos “quimemória”, “qui-mico” e “cachequímica”, descritos no apêndice IV. Os alunos se envolveram com o jogo, preferindo o “cachequímica” (três grupos). Inicialmente sentiram dificuldades, pois não se lembravam das correlações de nome, função e terminação dos diferentes grupos funcionais. Por esta razão, alguns alunos decidiram fazer duplas para juntos serem um único jogador, auxiliando um ao outro.
  • 30. Fiigura II: Jogo didático das funções orgânicas Fonte: Arquivo pessoal Com este jogo, foi possível estabelecer um vínculo maior com os alunos, pois a todo o momento me chamavam para mostrar quem estava ganhando, apontar as trapaças de alguns colegas ou mesmo tirar dúvidas quanto às funções orgânicas. Além disto, entre eles, foi possível perceber a ajuda do trabalho em equipe, uma vez que decidiram se unir (fazer duplas) para “vencer o jogo”. Não houve problemas de indisciplina de alunos. A maior dificuldade foi na primeira aula ministrada, pois os alunos estavam no momento inicial de “avaliação da estagiária” e receosos com o experimento. Como não sabia o nome dos alunos, ficou mais difícil à aproximação entre os alunos. A relação professor X aluno de uma forma mais próxima, só se constrói com o tempo, pois em ambas as partes deve haver a confiança.
  • 31. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS A sociedade vem sendo marcada por rápidas transformações econômicas e sociais, portanto, estes processos interpõe diretamente ao indivíduo desde suas necessidades humanas, qualidade de vida, efeitos ambientais, quanto a questões culturais e econômicas, ou seja, por aquilo que interfere seu cotidiano. Assim, é condescendente que o discente, perceba que a Ciência Química surge intrinsecamente com o desenvolvimento do homem. Porém cabe ao docente em química viabilizar meios ao discente, para que este cinja as transformações químicas que transcendem no mundo físico e de forma abrangente, possa julgar as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola a fim de tomar decisões enquanto cidadãos. Portanto, não basta formar pessoas que tenham conhecimento em química. É preciso formar indivíduos críticos, capazes de produção do saber autônomo, visando primordialmente o interesse social e as necessidades a fim. Os alunos, especialmente os mais jovens, estão acostumados a aprender, no mundo, por meio dos sons, das imagens, das cores. Envolve o lado afetivo, emocional e o lado cognitivo, racional, lógico e analítico. Portanto, a metodologia de ensino deve ser constantemente analisada e criticada pelo próprio docente e toda equipe pedagógica, a fim de infligir melhorias na metodologia delineada ao plano de trabalho docente. No PTD (Plano de Trabalho Docente) em relação à avaliação, os critérios devem condizer com os objetivos dos conteúdos descritos no mesmo e não aos instrumentos de trabalho. No atual sistema educacional é imprescindível a valoração das atividades elaboradas, portanto, as mesmas não devem ser os únicos meios para a avaliação do aluno. Como descreve Pimenta (2010), o estágio foi uma fonte de reflexão e discussão sobre os aspectos teórico-práticos do processo de ensino e aprendizagem, porém a realidade escolar depende de cada escola ou mesmo de cada turma.
  • 32. 11 REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Editora Artmed. Porto Alegre – 2002. APPLE, Michael W. In_MOREIRA, Antonio Flávio. SILVA, Tomaz Tadeu da Silva. Currículo, cultura e sociedade. Editora Cortez. Capítulo III, 8ª edição. São Paulo – 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: Cartas pedagógicas e outros escritos. Editora UNESP. São Paulo – 2000. GIROUX, Henry A. SIMON, Roger. In_MOREIRA, Antonio Flávio. SILVA, Tomaz Tadeu da Silva. Currículo, cultura e sociedade. Editora Cortez. Capítulo IV, 8ª edição. São Paulo – 2005. GONZÁLEZ, José Antonio Torres. Educação e diversidade: Bases didáticas e organizativas. Editora Artmed. Porto Alegre – 2002. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. Editora Cortez. São Paulo – 1994. PARANÁ. SUED/SEED. Consulta escolas. Disponível em< http://www.consultaescolas.pr.gov.br/consultaescolas/f/fcls/escola/visao> Acesso em novembro de 2013e . PARANÁ. SUED/SEED. A Associação de Pais, Mestres. Disponível em< http://celepar7.pr.gov.br/apm/modelo_apm.asp> Acesso em novembro de 2013b . PARANÁ. SUED/SEED. Subsídios para elaboração do estatuto do conselho escolar. 2ª edição, Curitiba, 2009. Disponível em< http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/estatuto_conselho_es colar_2ed.pdf> Acesso em novembro de 2013c .
  • 33. PARANÁ. SUED/SEED. Grêmio Estudantil - O que é? Disponível em <http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo= 145> Acesso em novembro de 2013d . PARANÁ. SUED/SEED. Instâncias Colegiadas - Grêmio Estudantil. Disponível em<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php? conteudo=7> Acesso em novembro de 2013e . PARANÁ. SUED/SEED. Instrução nº 007/2010. Disponível em <http://www.nre.seed.pr.gov.br/amsul/arquivos/File/gestao/Instrucao_007_PPP.pd f> Acesso em novembro de 2013f . PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: Unidade teoria e prática? Editora Cortez. 9ª edição. São Paulo – 2010. SILVA, Ormenzina Garcia. NAVARRO, Elaine Cristina. A relação professor-aluno no processo ensino –aprendizagem. Revista Eletrônica da Univar, n.º8 Vol – 3. Ano de 2012. Páginas 95 -100 SIQUEIRA, Denise de Cássia Trevisan. Relação professor – aluno: uma revisão crítica. Revista integração: ensino, pesquisa, extensão. Ano IX, nº 33. Maio/2003. Páginas 97 a 101. VASCONCELLOS, Celso. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1999. VASCONCELLOS, Celso. Para onde vai o professor? Resgate do professor como sujeito de transformação. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1998 .
  • 35. ANEXO I: Plano de ação do estágio supervisionado
  • 36. ANEXO II: Ficha de presença
  • 37. ANEXO III: Relatório de observação de aula
  • 38.
  • 39. ANEXO IV: Ficha de avaliação da regência
  • 40.
  • 41.
  • 42. ANEXO V: Plano de aula Professor Avaliador: MARTA REJANE PROENÇA FILIETAZ Assinatura do Professor Avaliador:________________ ANEXO V PLANO DE AULA Colégio: ESTADUAL PRESIDENTE LAMENHA LINS Aluna/Estagiária: KARINA CORREIA MORAIS Disciplina: QUÍMICA Duração da Aula: 4h/AULA Ano/série: 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Data: 21 e 28 DE NOVEMBRO CONTEÚDO: Funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas. OBJETIVOS: Diferenciar as diferentes funções orgânicas; Relacionar os conteúdos adquiridos em seu cotidiano. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS RECURSOS UTILIZADOS CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO INTRODUÇÃO: Depois do carbono e do hidrogênio, o oxigênio é o elemento de maior presença nos compostos orgânicos. As funções orgânicas também estão Quadro giz. Quadro CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Diferencia as cadeias
  • 43. presentes em uma infinidade de compostos de grande importância biológica, como no amido dos cereais, óleos vegetais, gordura animal, bebidas alcoólicas, além disto, em plásticos, perfumes, fibras têxteis sintéticas, etc. Logo, o aluno poderá abalizar aspectos químicos que estejam envolvidos na interação do ser humano com o ambiente. O nitrogênio é um elemento fundamental para a vida na terra. Compostos nitrogenados mais complexos desempenham funções biológicas muito importantes, pois aparecem em aminoácidos, proteínas, enzimas, etc. Na indústria é usado para fabricar produtos sintéticos como medicamentos, explosivos e plásticos. É por meio de reações que as indústrias químicas elaboram muitos produtos de uso do cotidiano, como plásticos, tecidos sintéticos, borrachas, perfumes, aditivos alimentares, medicamentos, dentre outros. DESENVOLVIMENTO: Faz-se necessário a utilização de modelos e quadro de resumos comparativos, desenhos e esquemas, para a classificação das funções orgânicas. Uma demonstração prática servirá para elucidar a transformação química entre o álcool e o açúcar. Será trabalhado com diferentes jogos didáticos “quimico”, “quimemória”, “cachequímica”, para fixar as principais funções orgânicas. ESTRATÉGIAS: Como surgiu nesta turma um momento de indisciplina em relação ao uso da acetona em sala de aula, a demonstração da formação de um removedor de esmaltes, servirá para aproximar mais o aluno ao seu cotidiano. O uso do jogo didático será uma forma lúdica e divertida para relembrar as funções orgânicas já vistas no decorrer do ano letivo. comparativo das funções orgânicas. Jogo didático das funções orgânicas. Aula experimental (laboratório). carbônicas de acordo com o grupo funcional, estrutura (ligações e radicais) e pela nomenclatura IUPAC. Escreve as fórmulas estruturais planas a partir da nomenclatura. Utiliza os conceitos adquiridos com o seu cotidiano. Consegue identificar os diferentes grupos funcionais estudados através do jogo didático. INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: Elaboração de um relatório (em grupo) sobre a aula prática. Interação com o uso do jogo didático (em tempo maior, pedir para que os alunos construam o seu próprio jogo). REFERÊNCIAS:
  • 44. PERUZO, F. M. CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. Volume 3 – Química orgânica. Editora Moderna – 4ª edição. São Paulo, 2010. PEQUIS. Química cidadã. Volume 3. Editora Nova Geração. 1ª edição. São Paulo, 2010. OBSERVAÇÕES: Esta aula contempla todas as funções, pois serve como aula de revisão para a prova da docente.
  • 45. ANEXO VI: Plano de trabalho docente - Regente
  • 46.