3. A África foi também o berço de civilizações
antigas, entre as quais estão a civilização
Egípcia e a civilização Núbia.
A civilização Núbia floresceu ao sul do
Egito, entre a primeira e a sexta catarata
do Rio Nilo.
4.
5. A Núbia foi um importante
elo entre os povos da África
central e os do Mar
Mediterrâneo; uma prova
disso é a cabeça de bronze
do imperador romano
Augusto, encontrada
recentemente em um
território núbio.
6. Dentre os reinos núbios, um merece
destaque: Kush (ou Cush). Não se sabe ao
certo quando surgiu o reino de Kush, mas
documentos egípcios já citam os kushitas
desde o século XX(20) a.C.
7. A história de Kush está estreitamente ligada
à do Egito: os arqueólogos encontraram
grande número de objetos egípcios (vasos e
pérolas) em terras núbias, e produtos núbios
(marfim, ébano e ouro) em terras egípcias,
prova de que o contato comercial entre eles
foi intenso.
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9. Em 713 a.C. o rei kushita Shabaka invadiu e
controlou o Egito, iniciando assim a 25ª
Dinastia. No Antigo Testamento, encontramos
várias citações sobre os temíveis guerreiros
negros do império kushita.
Esse momento ficou conhecido como
“dinastia dos faraós Negros”
10.
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12.
13. Em sua expansão pelo delta do Nilo, os
kushitas entraram em contato com guerreiros
ainda mais poderosos: os assírios (da
Mesopotâmia). Os Assírios tentaram
conquistar o Egito, que era governado pelos
kushitas, mas foram derrotados. O Rei
Assurbanipal, no entanto, ocupou o delta do
Nilo em 663 a.C.
14.
15. A partir de então os kushitas se retiraram
para o sul e mantiveram o controle sobre a
Núbia, a partir de Napata. A fim de se
afastarem ainda mais dos conflitos do
território egípcio, os kushitas transferiram
sua capital para Méroe (século 6 a.C.), ainda
mais ao sul.
23. Essa cidade era um dos mais importantes
entrepostos comerciais entre a África e o mar
Vermelho, além de possuir ricas minas de ferro.
A tecnologia de fundição do ferro é uma das
principais características dos povos africanos
dessa região.
24.
25.
26.
27. • Enquanto o Egito foi sucessivamente conquistado
por assírios, persas, macedônicos e romanos, o
reino de Kush (a partir de então também
conhecido como reino Meroíta) manteve sua
independência por mais 9 séculos (alguns
historiadores falam em 8 séculos), controlando
várias rotas comerciais que ligavam o interior da
África ao mar Vermelho, e ainda mantiveram
relações amistosas com os faraós da linhagem
macedônica(ptolomaicos).
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30. Os Cuxitas assim como os egípcios
construíram diques (para reprezar as águas
do Nilo) e canais (para levá-las as áreas mais
distantes), criando, assim, condições para a
prática da agricultura.
31. A prática da agricultura favoreceu o
surgimento de povoações permanentes, do
artesanato, do comércio feito com
regularidade e das cidades.
Por volta de 2000 a.c. como
desdobramento de um processo de
disputas e alianças, essas aldeias
passaram a obedecer um único líder, o rei,
dando origem ao reino de kush.
32.
33. A pesar de ter mantido estreitas relações
comerciais e culturais com o Egito, o Reino de
Kush conservou sua originalidade, que pode
ser percebido em alguma de suas
características principais como:
o sistema de escolha do rei;
O papel das rainhas-mãe
A estabilidade e a longa duração de suas
dinastias.
34.
35. A ESCOLHA DO REI
Enquanto no Egito, o filho sucedia o pai, em
Kush, o rei era escolhido de maneira peculiar.
Inicialmente, os líderes das comunidades
elegiam aqueles que acreditavam ser o mais
preparado para exercer a realeza.depois
lançando sementes ao chão, perguntavam se
o deus da cidade concordava com a escolha
e pelo desenho que se formava ficava
sabendo sua resposta.
36. A ESCOLHA DO REI
Depois, lançando sementes ao chão,
perguntavam se o deus da cidade concordava
com a escolha e pelo desenho que se formava
ficava sabendo sua resposta. Essa consulta ao
deus legitimava a escolha, o escolhido era
homenageado com uma procissão que
terminava com a festa de coroação do novo rei.
37. A ESCOLHA DO REI
O rei tinha uma guarda permanente para
protegê-lo e era auxiliado por um grupo de
altos funcionários, como o chefe de tesouro, o
escriba-mor e o comandante militar. No reino
de Kush, os militares eram valorizados, o que
era de se esperar, tendo o poderoso Egito
como vizinho.
38. A ESCOLHA DO REI
Em caso de necessidade, todos os homens
eram convocados para a guerra. O exército
cuxita, composto de infantaria e cavalaria, era
constantemente convocado, seja para defender
as fronteiras, seja para conquistar terras e
riquezas.
40. Quando os romanos conquistaram o Egito e
não conseguiram submeter os kushitas,
cortaram o comércio kushita com o Oriente
Médio e o Mediterrâneo, o que levou Méroe a
uma progressiva crise econômica. No século
IV(4 d.C.), a já decadente Méroe foi
conquistada por povos vindo do Chifre da África
(ou península Somali): os aksumitas.
46. Os altos Planaltos da Atual Etiópia, na África
oriental com altura média de 2 mil metros,
dão à região um clima fresco com chuvas de
verão. O solo fértil de
origem vulcânica garantia uma agricultura
farta capaz de alimentar uma grande
população.
47. No início da Era Cristã, ali nasceu o reino de
Aksum ou Axum. Sua riqueza vinha da
agricultura e do comércio realizado no porto
de Adulis, no Mar Vermelho. Em Adulis era
comercializado o ouro, marfim e escravos da
África, vinho romano, incenso da Arábia, seda
da China, corantes e especiarias.
53. • A Riqueza proporcionada pelo comércio
fortaleceu o reino aksumita que estendeu seu
poder ao sul da Arábia e sobre o reino de Kush. A
cidade de Aksum, capital do reino, tornou-se um
centro cosmopolita com populações de judeus,
cristãos, árabes, indianos, gregos e outros. As
cidades aksumitas se encheram de construções
reais, como castelos e enormes obeliscos
monolíticos possivelmente erguidos em honra
aos soberanos mortos.
55. A Religião original de Aksum era
politeísta;eles ofereciam animais e erguiam
tronos de pedra aos deuses, em
agradecimento pelas vitórias militares. Por
volta do ano 300, o cristianismo começou a
se espalhar pelo reino e se tornou a religião
oficial quando o rei Ezana se converteu e foi
batizado. Aksum (Axum) foi o primeiro reino
cristão da História.
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61. No Século VIII, árabes muçulmanos invadiram
o reino destruíram Adulis e passaram a
dominar o comércio; então o reino de Axum
enfraqueceu e empobreceu.
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63. Um novo crescimento voltou a ocorrer nos
séculos XII e XIII durante o governo do rei
Lalibela que procurou restaurar a grandeza de
Axum. Nessa época, floresceram a arquitetura,
a pintura, a escultura e a literatura com livros
ricamente ilustrados. Lalibela mandou escavar
na pedra onze igrejas cristãs consideradas,
atualmente, um dos mais extraordinários
conjunto de templos do mundo.