O documento descreve aspectos geográficos, econômicos, políticos e culturais do antigo Egito, com ênfase no seguinte: (1) O Rio Nilo era fundamental para a agricultura egípcia através de suas enchentes anuais; (2) Por volta de 3200 a.C., o rei Menés unificou o Alto e Baixo Egito, dando origem ao primeiro império egípcio; (3) A sociedade egípcia era estratificada e hierárquica, liderada pelo far
2. CONDIÇÕES NATURAIS E A CAPACIDADE RACIONAL
DA ESPÉCIE HUMANA.
▪ O Rio Nilo possuía um regime regular de cheias que irrigava o solo
durante os meses de julho a novembro.
▪ Organização do trabalho humano: controle sobre a força das águas,
aumento na capacidade de produção e modificação da natureza
por meio do trabalho coletivo.
3. LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA
▪ O Egito está situado no
Nordeste da África em meio a
dois imensos desertos: o da
Líbia e o da Arábia.
▪ O Egito Antigo possuía um
território estreito e comprido
que compreendia duas
grandes regiões: o Alto Egito
(região do vale) e o Baixo
Egito região do Delta do
Nilo).
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7. ▪ Extremo nordeste da África;
▪ As margens do rio serviram para a fixação da população;
▪ Obras mais comuns:diques, canais de irrigação...
▪ No 1° momento: construções de pequeno porte (feita de forma
comunitária);
▪ No 2° Momento: obras maiores (compondo uma organização mais
complexa do trabalho).
11. A LÍNGUA OFICIAL DO EGITO É O ÁRABE.
A MOEDA É A LIBRA E 80% DA POPULAÇÃO
É MUÇULMANA.
12. EGITO, DÁDIVA DO NILO
• O Nilo corta o Egito de sul a norte e deságua no mar
Mediterrâneo.
• Anualmente, de junho a setembro, o Nilo transborda e
rega a terra, tornando-a favorável à agricultura.A
partir de outubro, inicia-se o período de semeadura,
que se prolonga até mais ou menos fevereiro.A colheita
ocorre de abril a junho.
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15. ECONOMIA:
▪ Agricultura:
▪ Cevada, trigo, legumes e árvores frutíferas.
▪ Pecuária:
▪ Porcos, cabras bois e cavalos (trazidos pelos Hicsos).
▪ O Estado era proprietário dos meios de produção.
▪ Os excedentes recolhidos eram depositados em grandes
armazéns do Estado, sua distribuição não era igualitária.
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17. ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA
A agricultura era a base da economia egípcia e, como já vimos,
dependia das águas do Nilo. O trigo, a cevada, os legumes e as uvas
constituíam as principais culturas.
18. ▪ Os egípcios dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos e cabritos.
Além disso, praticavam também a mineração de ouro, pedras preciosas e cobre,
este último muito usado nas trocas comerciais com outros povos. O comércio era
feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno comércio e à permutação de
artigos de luxo com o exterior.
▪ O artesanato do Egito era conhecido no mundo antigo. Com a madeira, o cobre,
o ouro, o marfim, o couro, o papiro, o bronze, seus artesãos produziam móveis,
brinquedos, jóias, tecidos, barcos, armas, tijolos e uma variedade de outros
objetos.
20. POLÍTICA:▪ No primeiro momento surgiram os Nomos (Comunidades
autônomas).
▪ Se espalharam pelas margens do rio Nilo.
▪ A fusão entre alguns Nomos originou diversas cidades.
▪ 3500 a.C = Existem dois reinos:
▪ Alto Egito = ao Sul
▪ Baixo Egito = ao Norte.
▪ 3200 a.C. = Unificação!
▪ Menés (rei do sul) conquista o norte e torna-se o primeiro Faraó.
▪ Surge uma monarquia poderosa e teocrática.
21. • Por volta do ano 3200 a.C.,
o rei Menés, do Alto Egito
(no vale do Nilo),
conquistou o Baixo Egito
(no delta do Nilo),
unificando os dois reinos.
• Menés tornou-se então o
primeiro faraó (nome que
se dava ao rei entre os
egípcios) e o fundador da
primeira dinastia
(sucessão de reis
pertencentes a uma
mesma família).
22. A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o soberano
do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no Baixo Egito.
Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o faraó, a coroa
tornou-se dupla: vermelha e branca, simbolizando a união dos dois reinos. Ao
comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.
23. POLÍTICA:▪ ANTIGO IMPÉRIO: entre 3.200 a.C. e 2.300 a.C.
▪ Grandes construções!
▪ Pirâmides do Vale de Gizé.
▪ Maioria da população vivia na servidão coletiva trabalhando na
agricultura e nas obras públicas.
▪ Forte burocracia estatal.
▪ 2300 a.C. = Péssimas colheitas + muitos impostos: resultam em
várias rebeliões que levaram o Antigo Império ao fim.
▪ MÉDIO IMPÉRIO: entre 2.050 a.C. e 1.750 a.C.
▪ Faraós recuperam o poder dentro do Egito.
▪ Restabelecendo a organização anterior.
▪ Período de crescimento econômico e territorial.
▪ Hicsos (da Mesopotâmia) e Hebreus (da Palestina) penetram no
Estado.
▪ Essa migração traz problemas sócio-políticos.
24. POLÍTICA:▪ NOVO IMPÉRIO: entre 1580 a.C e 1080 a.C.
▪ Início da expulsão dos Hicsos.
▪ Período mais rico e desenvolvido dos Egípcios.
▪ Ocorreu a fuga (Êxodo) dos Hebreus, estes eram escravizados.
▪ Novas técnicas são implantadas como a utilização do cavalo e do ferro.
▪ Vão conquistar a Fenícia e a Síria ao Norte, chegando até ao rio Eufrates.
▪ Período de obras colossais, conhecidas obras faraônicas = templos
Luxor, Karnak e Abusimbel.
▪ Amenófis IV (1372 a.C.) tenta implantar o monoteísmo, mas após a sua
morte,Tutakamon permitiu o politeísmo.
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26. ▪ BAIXA ÉPOCA: a partir de 1080 a.C.
▪ Caracterizado pelo declínio do Império ocasionado pelas disputas
internas e ataques externos (invasão dos Assírios).
▪ Enfraquecimento do poder central e a independência dos
Nomarcas.
▪ RENASCÍMENTO SAÍTA: (663 a.C. – 525 a.C.)
▪ Breve recuperação: grande desenvolvimento comercial e artesanal.
▪ Intercâmbio comercial e cultural com a Grécia.
▪ 525 a.C. = foram invadidos pelos Persas (Batalha de Pelusa).
▪ depois foram dominados pelos: Macedônicos, Gregos,
Romanos, Bizantinos e Árabes.
27. A MONARQUIA EGÍPCIA
▪ Despótica:
autoritária.
▪ Teocrática:
centralizada
no poder
divino.
Sociedade
desigual,
estamental
ou
estratificada
28. A MONARQUIA EGÍPCIA.
▪ Faraó: rei, juiz, chefe militar e grande sacerdote.
▪ Funcionários reais: escribas, sacerdotes e militares.
▪ Camada média: artesãos e comerciantes.
▪ Camponeses: (ou Felás) responsáveis pela manutenção e
construção das obras do governo, além da produção agrícola.
▪ Escravos: Prestadores de serviços domésticos ou em minas e
pedreiras.
Faraó
Tutankamon
29. ▪ Vizir: A maior autoridade depois do faraó. Cabia a ele tomar
decisões jurídicas, administrativas e financeiras em nome do
faraó.
▪ Nobres: Descendentes das famílias mais importantes dos
antigos nomos cuidavam da administração das províncias ou
ocupavam os postos mais altos do exército.
▪ Sacerdotes: Detinham muito poder, administravam todos os
bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam aos deuses e
tinham muita influência junto ao faraó. Enriqueciam porque
ficavam com parte das oferendas feitas pela população aos
deuses, além de serem dispensados do pagamento de
impostos.
30. ESCRIBAS
Os que dominavam
a difícil escrita
egípcia,
encarregavam-se da
cobrança dos
impostos, da
organização das
leis e dos decretos e
da fiscalização da
atividade
econômica em
geral.
31. ▪ Soldados: Nunca atingiam os postos de comando, pois estes eram
reservados à nobreza.Eles viviam dos produtos recebidos como pagamento
e dos saques que podiam realizar durante as guerras de conquista.
▪ Artesãos: Exerciam as mais diversas profissões. Trabalhavam como
pedreiros, carpinteiros, desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives,
etc. Muitas de suas atividades eram realizadas nas grandes obras públicas
(templos, túmulos, palácios, etc.).
▪ Camponeses: Chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria
da população. Trabalhavam nas propriedades do faraó e dos sacerdotes e
tinham o direito de conservar para si apenas uma pequena parte dos
produtos colhidos. Eram também obrigados a trabalhar na construção de
obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpeza de canais,
transportes de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos, templos
e palácios.
33. CIÊNCIA NO ANTIGO EGITO.
▪ Matemática: seu desenvolvimento possibilitou a construção de
canais de irrigação, barragens para conter as cheias e as
pirâmides.
▪ Arquitetura: de proporções gigantescas, larga utilização da pedra
como matéria prima.
▪ Medicina: o processo de mumificação levou a um conhecimento
mais apurado do corpo humano, além do diagnóstico de algumas
doenças e a descoberta de remédio para curá-las.
▪ Pinturas e Esculturas.
Busto de
Nefertiti
34. ESCRITA HIERÓGLIFA:
▪ Do grego, escrita sagrada:
▪ Símbolos egípcios também denominados pictogramas, era um
complexo sistema de escrita, exigiu dos escribas uma
simplificação:
▪ Hierática: letra cursiva, resultante da união dos hieróglifos ;
▪ Demótica: de uso comum, abreviação dos hieróglifos.
Escribas: pequena parcela da população que sabia ler e
escrever, possuíam imenso prestígio perante a sociedade.
36. O PAPIRO:
▪ Encontrado em pântanos e às margens do
rio Nilo;
▪ Material utilizado para a produção de
documentos escritos;
▪ Utilizado também em construção de casas e
de embarcações.
37. ▪ Politeísta: vários deuses;
▪ Antropozoomórfica: deuses com formas de humanos, animais
ou os dois juntos;
▪ Alguns deuses representados pelas forças da natureza;
▪ Acreditavam na imortalidade da alma, no juízo final e no
retorno da alma ao mesmo corpo.
▪ Construíam Pirâmides, Mastabas e Hipogeus para câmaras
funerárias.
41. CULTURA:
▪ Quase a totalidade das obras de arte
tinham funções num contexto religioso
e político.
▪ Arquitetura:
▪ Destacaram-se as pirâmides gigantescas;
▪ Os Hipogeus (subterrâneos);
▪ Mastabas (trapezoidal)
▪ Esculturas:
▪ Lei da frontalidade (corpo humano
representado de frente e dividido em
duas partes iguais);
▪ Hieratismo (rigidez, contenção).
▪ Pinturas:
▪ Técnicas do Afresco.
▪ Representavam o cotidiano.
Obras Literárias:
Forte ideologia religiosa e
moral.
Ex: O Livro dos Mortos.
Ciências:
Caráter prático pautado
nos cálculos e previsões
das cheias do Nilo.
Destacaram-se em
algumas áreas como:
Química;
Matemática;
Astronomia;
Medicina
42. O deus Osíris foi assassinado e retalhado por
Set, seu irmão. Ísis, sua irmã e esposa,
auxiliada por Hórus, Totem e Anúbis, recolheu
os pedaços do corpo de seu marido e os
colou. Aros e Totem sopraram-lhe a boca,
devolvendo-lhe a vida. Este mito simboliza a
regressão das águas no outono e a volta da
inundação na primavera.
O MITO DE OSÍRIS
43. O tribunal de Osíris é um regulador social no mundo da civilização egipcia pois no citado livro
dos mortos estavam regras de conduta social que deveriam ser obedecidas, sob pena de
sofrimento no pós-vida.
Página do livro dos mortos que representa o morto
sendo apresentado no tribunal de Osíris.
Fora das paredes,a representação é feita em rolos de papiros denominados “O livro dos mortos”
que contêm, além de gravuras, orações, feitiços, hinos e suplicas que pretendiam afiançar a
passagem segura e curta do falecido ao outro mundo. Esses rolos de papiro eram colocados nos
túmulos junto das múmias.
O LIVRO DOS MORTOS
44. PIRÂMIDESHá no Egito 80 pirâmides, construídas aproximadamente 4000 a.C. distam apenas
10Km da cidade do Cairo.
A maior pirâmide, e a mais antiga é a de QUEOPS. Possui 148 metros de altura,
234 metros de base. A área que ocupa é de 54.000 m².
As pedras foram trazidas da
Arábia e transportadas em
grandes barcaças pelo Rio
Nilo. No transporte de terra
eram colocadas em enormes
pranchas que por sua vez
deslocavam sob troncos
roliços de grandes dimensões.
Trabalharam na construção
cerca de 100.000 operários
durante 20 anos
46. As pirâmides, grandes construções de blocos de pedras, era o túmulo dos
faraós e de seus familiares.
Seu interior era decorado, possuía móveis, armas e jóias.
Alguns deles passaram toda a vida organizando a construção
e a decoração de seus túmulos.
Ordenavam aos seus auxiliares e escravos que
colocassem alimentos, animais de estimação, roupas
e objetos pessoais – acreditando que precisariam de
tudo isso na vida após a morte.
Os egípcios acreditavam que, após a morte, teriam de passar pelo tribunal dos
deuses, que julgaria quem mereceria uma vida.
Os premiados com a vida iriam precisar do corpo bem conservado para abrigar
sua alma quando ela retornasse.
Com esse objetivo, desenvolveram técnicas de mumificação para a preservação
dos corpos.
47. Arte Egípcia
A arte egípcia se caracteriza pela "lei da
frontalidade", ou seja, as figuras com rostos de
perfil e os olhos de frente.
O corpo está de frente e as pernas e pés de
perfil. Isto porque eles acreditavam que, com o
corpo de frente, a figura poderia receber
inteiramente as reverências e a admiração de
quem as contemplasse.
Os egípcios acreditavam que a vida continuava
após a morte, e o morto reviveria tudo aquilo que
fosse pintado no túmulo.
Costumavam mumificar os faraós, e faziam uma
estátua igual ao morto, para que, na volta da
alma, o corpo ali estivesse para recebê-la.
48. Jardim de Nebamun 1400 a.C.
Mural de um túmulo em Tebas
Os principais temas das gravuras egípcias
eram
as ações dos deuses, a vida de reis e rainhas,
autoridades, vida após a morte, religião e
cotidiano.
Nas gravuras tumulares, por exemplo, os
temas
eram sempre a história do morto e a passagem
para o
mundo dos mortos. Nos templos, os temas
eram sempre
as ações dos deuses e a divindade do rei, o
faraó.
49. Detalhe do trono de Tutankamon que
mostra ele e sua esposa.
Trono de Tutankamon
50. Existe provas
arqueológicas que provam
que marcas de tatuagens
foram feitas em seres
humanos no Egito entre
4000 e 2000 a.C. Foi no
Egito, também, que a arte
da tatuagem viajou o
mundo.
A história da tatuagem é muito mais antiga do que muitos pensam. A história da tatuagem
parece estar ligada com a evolução do homem e do desenvolvimento da consciência do
"eu". Foi no Egito antigo que a tatuagem feita com perfurações introduzindo um pigmento
na pele foi praticada.
Tatuagem