1. O AGENTE COMUNITÁRIO DE
SAÚDE E A HANSENÍASE
Coordenação das Linhas de Cuidado das Doenças
Crônicas Transmissíveis
Gerência de Doenças Dermatológicas Prevalentes
SMSRJ
5. Acolhimento as pessoas com Hanseníase
• História de isolamento obrigatório
• Afastamento da família
• Deformidade
• Medo de reviver o passado de horror e sofrimento
• Estigma
Pergunte a si mesmo:
Qual o seu medo em relação a essa
doença?
6. FAMÍLIAS
COMUNIDADE
ESCOLAS
TRABALHO
CUIDADOS
DE SAÚDE
LINHA DE CUIDADO
LEPRA X HANSENÍASE
ESTIGMA
Estigma - “Sinal desencadeador de uma emoção que se manifesta numa conduta de afastamento imediato”.
PORTADOR X
AUTOESTIMA
HANSENÍASE- Como e onde o estigma se manifesta?
9. A vida não para: reconhecendo e curando a Hanseníase
• A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica ,
causada por uma bactéria, Mycobacterium leprae,
também denominada Bacilo de Hansen.
• No Brasil é um grave problema de Saúde Pública.
• O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número
de casos.
• É de NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
11. Patogenia
• Apenas 10% da população que entra em contato
com a pessoa multibacilar, sem tratamento, pode
desenvolver a hanseníase, por isso a doença é
considerada de baixa patogenicidade
• Somente as formas multibacilares da doença são
contagiosas.
• Não é hereditária.
• Período de incubação longo
12. Reconhecendo a Hanseníase
• Acomete a pele e nervos periféricos
• Manchas ou lesões de pele com alteração de
sensibilidade
• Falhas de pelo e alteração na produção de suor na
área afetada
• Sensação de choque ou fisgada
• Perda de força muscular
22. Termos que você deve saber
A classificação operacional define
o tempo de tratamento
• CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL:
Forma como a Organização Mundial da Saúde classifica os tipos de
Hanseníase:
Paucibacilar (PB) - até 5 lesões
Multibacilar (MB) - >5 lesões
23. É um exame importante para o acompanhamento,
mas...
O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO E NÃO
DEPENDE DA BACILOSCOPIA
Baciloscopia Negativa Não afasta o diagnóstico
de Hanseníase
BACILOSCOPIA
Fonte: Hanseníase Manejo diagnóstico e terapêutico
28. Após a primeira dose do tratamento, o
paciente multibacilar na maioria das vezes
deixa de transmitir a doença.
IMPORTANTE seguir tratamento até o fim
ATENÇÃO !!!!!
29. Drogas, Efeitos colaterais e Orientações
• Rifampicina - Pode ocorrer urina avermelhada ou alaranjada, 24 a 48h
após a tomada da medicação
• Pode ocorrer cefaleia, intolerância gástrica, vômitos - Tratar com
sintomáticos; anemia – avaliação clínica e hematológica
• Clofazimina - Pode ocorrer xerose (ressecamento cutâneo), alteração da
coloração da pele (hiperpigmentação difusa) e constipação. Podemos
utilizar o creme de uréia e/ou óleo mineral no corpo.
• HAS, DM, HIV, tuberculose, alcoolismo, não contraindicam o tratamento
O suporte da família e do ACS é muito
importante para a adesão ao tratamento
30. Efeitos adversos
A PQT- U É BEM TOLERADA - RARAMENTE CAUSA EFEITOS GRAVES
EM CASO DE QUALQUER EFEITO ADVERSO, A EQUIPE
DEVERÁ SER COMUNICADA IMEDIATAMENTE E O PACIENTE
DEVERÁ SER ACOLHIDO
32. Acompanhamento do paciente
Após o diagnóstico da hanseníase seguir os seguintes passos:
• Notificação da doença
• É recomendado realizar baciloscopia do raspado intradérmico
• Realizar exames complementares
• Passar por avaliação odontológica
• Passar por Avaliação neurológica simplificada e do Grau de
incapacidade
• Tratamento- orientação de tomada, verificação periódica do blister,
alertar situações especiais
• Solicitar a presença dos contatos domiciliares e dos contatos sociais
que tem convivência próxima e prolongada. Vacina BCG?
• Atualização no SINANRio
33. Exame dos Contatos
Solicitar a presença dos contatos domiciliares e dos contatos sociais que
tem convivência próxima e prolongada para serem examinados e avaliados
quanto a indicação de vacina BCG.
35. -Indicador epidemiológico em < 15
anos: Ficha-Protocolo de Investigação
Diagnóstica de Casos em Menores de
15 anos
-Acolhimento X estigma/discriminação
na escola e na família.
-Incentivar a participação dos
cuidadores no processo de tratamento.
-Exame dos contatos intradomiciliares.
HANSENÍASE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
36. Gravidez e Aleitamento
. A gravidez e o aleitamento não
contraindicam o tratamento PQT-U padrão
. A bactéria da Hanseníase não atravessa a
placenta
. A clofazimina aumenta pigmentação pode
alterar a coloração do leite e da pele do RN
. Ofertar à paciente outros métodos
contraceptivos opcionais - diminuição da
ação do anticoncepcional pela Rifampicina
38. O que são as reações hansênicas?
• Inflamação do nervo (inchaço)
• As lesões de pele pioram ou
podem surgir novas lesões
• Podem surgir outros
sintomas
• Podem acontecer ANTES,
DURANTE O TRATAMENTO
ou APÓS A CURA
39. O que é recidiva?
• É um novo adoecimento
• Lesões novas
• Ocorre anos após a cura
43. Quando desconfiar?
• Tem “micoses” que nunca
curam?
• Tem “manchas de alergia” que
não coçam?
• Tem fisgadas nas mãos ou
pés?
• Tem área dormente no corpo?
• Alguma área do corpo com
falha de pelos?
• Alguma área do corpo não
gruda pó?
• O nariz fica entupido ou
ressecado com frequência?
• O olho fica ressecado com
frequência?
• As coisas caem com
facilidade da mão?
• O chinelo sai do pé sem
perceber?
• Teve queimadura que não
sentiu?
45. O ACS e as orientações para o autocuidado
Perguntar se está fazendo:
•Hidratação e lubrificação da pele
• Massagens, Exercícios, quando
orientados, para mãos, pés e olho. Uso
de colírio.
•Cuidados com queimaduras,
ferimentos.
•Fazer repouso da área afetada em
caso de dor.
•Exame diário dos olhos, mãos, ´pés.
•Uso de Luvas antitérmica, sapatos
adequados
46. Importante enfatizar ao paciente a importância da leitura do conteúdo da caderneta.
Caderneta de Saúde da Pessoa acometida pela Hanseníase
A caderneta deverá ser entregue ao paciente no momento do diagnóstico
e atualizada pelo médico a cada consulta.
47. O ACS é o olho e o ouvido da equipe na comunidade
• Descontruindo o estigma
• Realizando atividades educativas para divulgar
informações sobre a doença
• Realizando suspeição precoce
• Monitorando o acompanhamento do paciente
• Reforçando as orientações de cuidado dadas pela
equipe
• Sinalizando para equipe as dificuldades do paciente em
seu cotidiano
• Colaborando na diminuição do Abandono - busca de
faltosos
• Sendo elo entre paciente, equipe, família e comunidade
49. Para mim
é...
Cartaz da CAP 2.1
Para você,
o que é a
hanseníase?
ACS organizando ação na CAP 5.2
No dia a dia do
serviço...
ACOLHIMENTO
DIÁLOGO
ESCUTA
CONVERSA
INFORMAÇÃO
DIVULGAÇÃO
50. Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PORTARIA GM/MS 3.125 de 7 de outubro de 2010. Brasília. 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO Nº 11. Dispõe sobre o controle da substância Talidomida e do medicamento que a contenha. Mar. 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Avaliação Neurológica simplificada . Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/avaliacao_neuro_hanseniase.pdf. Acesso em fev.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para vigilância, atenção eliminação da hanseníase como problema de saúde pública – Brasilia. 2016
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase. Disponivel em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_procedimentos_tecnicos_corticosteroides_hanseniase.pdf. Acesso em fev.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Prevenção de Incapacidades. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_prevencao_incapacidades.pdf. Acesso em fev.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para uso: corticosteroides em hanseníase. Disponivel em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_para_corticosteroides_hanseniase.pdf. Acesso em fev.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico] /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. Ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2019. 740 p. : il.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em
Eliminação. NOTA TÉCNICA No 13/2021-CGDE/.DCCI/SVS/MS - Implantação do Sistema de Investigação da Resistência Antimicrobiana na Hanseníase -SIRH em subtituição ao FormSUS.
51. Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. Ofício circular
1/2019/CGHDE/DEVIT/SVS/MS. Utilização do formulário eletrõnico – FormSUS, Formulário de investigação dos casos de hanseníase em menores de 15 anos com GIF 2.14.mar.2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Coordenação Geral de Hanseníase e
Doenças em Eliminação. Nota Técnica nº 8/220-CGDE/DCCI/SVS/MS. Vigilância da resistência antimicrobiana em hanseníase. 17 mar. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 68 p. : il.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Hanseníase no Brasil : caracterização das
incapacidades físicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – Brasília : Ministério da Saúde,
2020.
às drogas. 1. ed. Rio de Janeiro: SMS, 2020. 44 p. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) (Coleção Guia de Referência Rápida, n. 15)
RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde. Superintendência de
Atenção Primária. Hanseníase: Reações hansênicas e efeitos adversos Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde. Superintendência de Atenção Primária. Hanseníase: manejo
diagnóstico e terapêutico. 1. ed. Rio de Janeiro: SMS, 2020. 68 p. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) (Coleção Guia de Referência Rápida, n. 15)
http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=233
http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=231
http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=232
http://www.atlasdermatologico.com.br/disease.jsf?diseaseId=235
52. ➢- Coordenadora de Doenças Crônicas Transmissíveis:
Emanuelle Pereira de Oliveira Corrêa
➢- Gerente das Doenças Dermatológicas Prevalentes
Márcia Cristiana Borges Vilas Bôas
- Técnicas :Cristina Monteiro Bernardes
Denise Alves Silva
Gabriela T. de Oliveira Cardoso
Lia Raquel Araujo
Tatiana Siqueira
Viviani Christini Lima
Equipe Técnica
53. Gerência da Área Técnica das Doenças
Dermatológicas Prevalentes
Email: dermatologiario.rj@gmail.com
Contato: 21 3971-1639 / 21 3971-3035