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Profª. Me. Enfª. Shelma Feitosa
HANSENÍASE
Profª. Me. Enfª. Shelma Feitosa
CENTRO INTEGRADO DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – CIESF
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo
Mycobacterium leprae.
O alto potencial incapacitante. Também conhecida com Mal de Hansen(MH), a
hanseníase ainda se configura como grave problema de Saúde Pública em muitos
países, inclusive no Brasil.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno da hanseníase são dificultados pelo
estigma e discriminação associados ao medo e à falta de conhecimento sobre a
doença, além da qualificação inadequada de grande parte dos profissionais de
saúde.
(BRASIL, 2022)
TRANSMISSÃO
.
PESSOA PARA PESSOA
vias aéreas superiores,
por contato com
gotículas de saliva ou
secreção nasal.
Principalmente no
convívio com doentes de
forma bacilares(MB)
sem tratamento.
Período de incubação
- Em média, 2 a 7
anos. Há referências a
períodos mais curtos,
de 7 meses, como
também mais longos,
de 10 anos
TEM ALTA INFECTIVIDADE E BAIXA
PATOGENICIDADE, ISTO É INFECTA MUITAS
PESSOAS NO ENTANTO SÓ POUCAS ADOECEM.
ASPECTOS CLÍNICOS DA HANSENÍASE
Lesões de pele que se apresentam com
diminuição ou ausência de
sensibilidade.
Manchas pigmentares ou
discrômicas
DEFINIÇÃO DE CASO
O diagnóstico de caso de hanseníase é ESSENCIALMENTE CLÍNICO e
epidemiológico, e é realizado por meio da análise da história e das
condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para
identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou
comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou
autonômico).
Considera-se um caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais
dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento
poliquimioterápico:
a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade;
b) acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento,
associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e
c) baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico ou na biópsia cutânea.
(PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010)
CLASSIFICAÇÃO
A baciloscopia positiva
classifica o caso como MB,
independentemente do
número de lesões.
O resultado NEGATIVO
da baciloscopia não
exclui o diagnóstico de
hanseníase.
CLASSIFICAÇÃO
“Lesões foveolares”
Chamada também de Borderlaine
“Coloração ferruginosa ou acastanhada”
Casos de hanseníase que suscitem dúvida sobre a classificação operacional, devem ser
tratados como MB.
TRATAMENTO
NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS recomenda um regime de
três medicamentos (rifampicina, clofazimina e dapsona) para todos os
pacientes com hanseníase, com duração de tratamento de 6 meses para
hanseníase paucibacilar e 12 meses para hanseníase multibacilar.
Agendar
retorno com
28 dias
DOSE
SUPERVISIONADA
MEDICAÇÃO DIÁRIA
AUTOADMINISTRADA
CRITÉRIOS DE CURA
Cumprimento do
número de doses
preconizadas (6 doses
paciente paucibacilar
e 12 doses paciente
multibacilar) dentro
do critério de
regularidade do
tratamento.
EFEITOS COLATERAIS
Não são muito frequentes mas devem ser
motivo de atenção:
• Pigmentação e ressecamento da pele (volta
gradualmente ao normal após o término do
tratamento);
• Sensação de cansaço;
• Urina avermelhada;
Baciloscopia Direta para Bacilos Álcool-
Ácido Resistentes (BAAR)
BAAR
Complementar ao
diagnóstico clínico
Indicado nos casos de dúvidas no
diagnóstico da hanseníase, para
diagnóstico diferencial com outras
doenças dermatológicas ou
neurológicas, dúvidas para
classificação operacional e
definição do esquema terapêutico
e nos casos suspeitos de recidiva.
Negativo nos casos
paucibacilares
Classifica o paciente
como multibacilar
Apresente alta
especificidade, baixo
custo e execução
relativamente simples
quando realizada por
profissionais
capacitados
Profundidade da
incisão, a quantidade
de tecido coletado, a
espessura do esfregaço
e a técnica de
coloração podem
influenciar
diretamente no
resultado do teste
Raspado
intradérmico
lóbulos
auriculares e
cotovelos
Reação Hansênica Tipo 1
(Reação Reversa)
• Acomete especialmente pacientes com
formas dimorfas da hanseníase podem
surgir tanto em casos classificados como
paucibacilares como nos multibacilares ;
• Caracteriza-se por processo inflamatório
agudo, as lesões cutâneas tornam-se mais
visíveis, com coloração eritematovinhosa,
edemaciadas, algumas vezes dolorosas;
• O tratamento da reação tipo 1 deve ser
instituído imediatamente pelo risco de
dano neural - corticosteróides sistêmicos
em doses altas
Reação Hansênica Tipo 2
(Eritema Nodoso Hansênico)
• Acomete exclusivamente pacientes
multibacilares - forma virchowiana e
dimorfos com altas cargas bacilares. ;
• Quadro pode vir acompanhado por
sintomas gerais como febre, artralgias,
mialgias, dor óssea, edema periférico,
linfadenomegalia, além do
comprometimento inflamatório dos nervos
periféricos (neurite), olhos (irite,
episclerite), testículos (orquite) e rins
(nefrite);
• A manifestação clássica da reação é o
eritema nodoso hansênico (ENH), que são
nódulos subcutâneos, dolorosos,
geralmente múltiplos e caracterizados
histopatologicamente por paniculite;
• Tratada com talidomida ou pentoxifilina.
REAÇÕES HANSÊNICAS
Contatos intradomiciliares:
Pessoas que nos últimos 5
anos conviveram, no domicílio,
com o portador de hanseníase.
Contatos intradomiciliares
Precisam ser examinados
porque o ambiente
intradomiciliar é considerado
de risco para a transmissão da
hanseníase.
EXAMES DE CONTATOS
AVALIAÇÃO DA CICATRIZ VACINAL CONDUTA
SEM CICATRIZ PRESCREVER UMA DOSE
COM UMA CICATRIZ DE BCG PRESCREVER UMA DOSE
COM DUAS CICATRIZ DE BCG NÃO PRESCREVER NENHUMA DOSE
A vacina BCG-ID deverá se aplicada nos
contatos intradomiciliares sem presença de
sinais e sintomas de hanseníase no momento
da avaliação, independentemente se forem
contato de casos PB ou MB.
Deve seguir as orientações abaixo:
Crianças com menos de um ano de
idade, já vacinadas, não necessitam da
aplicação de outra dose de BCG quando
em contato intradomiciliar com
portadores de hanseníase.
CUIDADOS / ORIENTAÇÕES DE
ENFERMAGEM
Oriente e agende exame clínico de contatos e vacinação dos contatos sem sinais de
doença;
Providenciar cartão de agendamento: para registro das datas do retorno e controle
do tratamento;
Fornecer colírio para reposição de lágrima se for o caso;
Orientar sobre os efeitos adversos das drogas utilizadas no tratamento;
Fornecer soro fisiológico para ressecamento nasal se for o caso;
Fornecer óleo com ácidos graxos essenciais e creme com uréia a 10% para lubrificar e
hidratar a pele;
REALIZAR EXAME DERMATONEUROLÓGICO
Doença de notificação compulsória e
investigação obrigatória.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
QUEM FORAM AS TRÊS
ÚLTIMAS PESSOAS QUE
ENTRARAM NA SALA DE
AULA HOJE?
PESQUISA PARA CASA
Como realizar o exame dermatoneurológico em
pacientes com hanseníase?
Quais as incapacidades provocada pela
hanseníase?
Quais principais efeitos colaterais provocados
por cada uma das drogas utilizada no
tratamento da hanseníase?
REFERÊNCIAS
PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010.
NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e
parasitárias : guia de bolso - 8. ed. rev. – Brasília
: Ministério da Saúde, 2010.

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DOENÇAS TRANSMISSIVEIS HANSENIASEEEEEEEE

  • 1. Profª. Me. Enfª. Shelma Feitosa
  • 2. HANSENÍASE Profª. Me. Enfª. Shelma Feitosa CENTRO INTEGRADO DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – CIESF FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF BACHARELADO EM ENFERMAGEM
  • 3. Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. O alto potencial incapacitante. Também conhecida com Mal de Hansen(MH), a hanseníase ainda se configura como grave problema de Saúde Pública em muitos países, inclusive no Brasil. O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno da hanseníase são dificultados pelo estigma e discriminação associados ao medo e à falta de conhecimento sobre a doença, além da qualificação inadequada de grande parte dos profissionais de saúde. (BRASIL, 2022)
  • 4. TRANSMISSÃO . PESSOA PARA PESSOA vias aéreas superiores, por contato com gotículas de saliva ou secreção nasal. Principalmente no convívio com doentes de forma bacilares(MB) sem tratamento. Período de incubação - Em média, 2 a 7 anos. Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos TEM ALTA INFECTIVIDADE E BAIXA PATOGENICIDADE, ISTO É INFECTA MUITAS PESSOAS NO ENTANTO SÓ POUCAS ADOECEM.
  • 5. ASPECTOS CLÍNICOS DA HANSENÍASE Lesões de pele que se apresentam com diminuição ou ausência de sensibilidade. Manchas pigmentares ou discrômicas
  • 6. DEFINIÇÃO DE CASO O diagnóstico de caso de hanseníase é ESSENCIALMENTE CLÍNICO e epidemiológico, e é realizado por meio da análise da história e das condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). Considera-se um caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento poliquimioterápico: a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade; b) acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e c) baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico ou na biópsia cutânea. (PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010)
  • 7. CLASSIFICAÇÃO A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. O resultado NEGATIVO da baciloscopia não exclui o diagnóstico de hanseníase.
  • 8. CLASSIFICAÇÃO “Lesões foveolares” Chamada também de Borderlaine “Coloração ferruginosa ou acastanhada”
  • 9. Casos de hanseníase que suscitem dúvida sobre a classificação operacional, devem ser tratados como MB.
  • 10. TRATAMENTO NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS recomenda um regime de três medicamentos (rifampicina, clofazimina e dapsona) para todos os pacientes com hanseníase, com duração de tratamento de 6 meses para hanseníase paucibacilar e 12 meses para hanseníase multibacilar. Agendar retorno com 28 dias DOSE SUPERVISIONADA MEDICAÇÃO DIÁRIA AUTOADMINISTRADA
  • 11. CRITÉRIOS DE CURA Cumprimento do número de doses preconizadas (6 doses paciente paucibacilar e 12 doses paciente multibacilar) dentro do critério de regularidade do tratamento.
  • 12. EFEITOS COLATERAIS Não são muito frequentes mas devem ser motivo de atenção: • Pigmentação e ressecamento da pele (volta gradualmente ao normal após o término do tratamento); • Sensação de cansaço; • Urina avermelhada;
  • 13. Baciloscopia Direta para Bacilos Álcool- Ácido Resistentes (BAAR) BAAR Complementar ao diagnóstico clínico Indicado nos casos de dúvidas no diagnóstico da hanseníase, para diagnóstico diferencial com outras doenças dermatológicas ou neurológicas, dúvidas para classificação operacional e definição do esquema terapêutico e nos casos suspeitos de recidiva. Negativo nos casos paucibacilares Classifica o paciente como multibacilar Apresente alta especificidade, baixo custo e execução relativamente simples quando realizada por profissionais capacitados Profundidade da incisão, a quantidade de tecido coletado, a espessura do esfregaço e a técnica de coloração podem influenciar diretamente no resultado do teste Raspado intradérmico lóbulos auriculares e cotovelos
  • 14. Reação Hansênica Tipo 1 (Reação Reversa) • Acomete especialmente pacientes com formas dimorfas da hanseníase podem surgir tanto em casos classificados como paucibacilares como nos multibacilares ; • Caracteriza-se por processo inflamatório agudo, as lesões cutâneas tornam-se mais visíveis, com coloração eritematovinhosa, edemaciadas, algumas vezes dolorosas; • O tratamento da reação tipo 1 deve ser instituído imediatamente pelo risco de dano neural - corticosteróides sistêmicos em doses altas Reação Hansênica Tipo 2 (Eritema Nodoso Hansênico) • Acomete exclusivamente pacientes multibacilares - forma virchowiana e dimorfos com altas cargas bacilares. ; • Quadro pode vir acompanhado por sintomas gerais como febre, artralgias, mialgias, dor óssea, edema periférico, linfadenomegalia, além do comprometimento inflamatório dos nervos periféricos (neurite), olhos (irite, episclerite), testículos (orquite) e rins (nefrite); • A manifestação clássica da reação é o eritema nodoso hansênico (ENH), que são nódulos subcutâneos, dolorosos, geralmente múltiplos e caracterizados histopatologicamente por paniculite; • Tratada com talidomida ou pentoxifilina. REAÇÕES HANSÊNICAS
  • 15. Contatos intradomiciliares: Pessoas que nos últimos 5 anos conviveram, no domicílio, com o portador de hanseníase. Contatos intradomiciliares Precisam ser examinados porque o ambiente intradomiciliar é considerado de risco para a transmissão da hanseníase. EXAMES DE CONTATOS
  • 16. AVALIAÇÃO DA CICATRIZ VACINAL CONDUTA SEM CICATRIZ PRESCREVER UMA DOSE COM UMA CICATRIZ DE BCG PRESCREVER UMA DOSE COM DUAS CICATRIZ DE BCG NÃO PRESCREVER NENHUMA DOSE A vacina BCG-ID deverá se aplicada nos contatos intradomiciliares sem presença de sinais e sintomas de hanseníase no momento da avaliação, independentemente se forem contato de casos PB ou MB. Deve seguir as orientações abaixo: Crianças com menos de um ano de idade, já vacinadas, não necessitam da aplicação de outra dose de BCG quando em contato intradomiciliar com portadores de hanseníase.
  • 17. CUIDADOS / ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM Oriente e agende exame clínico de contatos e vacinação dos contatos sem sinais de doença; Providenciar cartão de agendamento: para registro das datas do retorno e controle do tratamento; Fornecer colírio para reposição de lágrima se for o caso; Orientar sobre os efeitos adversos das drogas utilizadas no tratamento; Fornecer soro fisiológico para ressecamento nasal se for o caso; Fornecer óleo com ácidos graxos essenciais e creme com uréia a 10% para lubrificar e hidratar a pele; REALIZAR EXAME DERMATONEUROLÓGICO
  • 18. Doença de notificação compulsória e investigação obrigatória. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
  • 19. QUEM FORAM AS TRÊS ÚLTIMAS PESSOAS QUE ENTRARAM NA SALA DE AULA HOJE?
  • 20. PESQUISA PARA CASA Como realizar o exame dermatoneurológico em pacientes com hanseníase? Quais as incapacidades provocada pela hanseníase? Quais principais efeitos colaterais provocados por cada uma das drogas utilizada no tratamento da hanseníase?
  • 21. REFERÊNCIAS PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010. NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso - 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.