2. HANSENÍASE
Profª. Me. Enfª. Shelma Feitosa
CENTRO INTEGRADO DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – CIESF
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
3. Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo
Mycobacterium leprae.
O alto potencial incapacitante. Também conhecida com Mal de Hansen(MH), a
hanseníase ainda se configura como grave problema de Saúde Pública em muitos
países, inclusive no Brasil.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno da hanseníase são dificultados pelo
estigma e discriminação associados ao medo e à falta de conhecimento sobre a
doença, além da qualificação inadequada de grande parte dos profissionais de
saúde.
(BRASIL, 2022)
4. TRANSMISSÃO
.
PESSOA PARA PESSOA
vias aéreas superiores,
por contato com
gotículas de saliva ou
secreção nasal.
Principalmente no
convívio com doentes de
forma bacilares(MB)
sem tratamento.
Período de incubação
- Em média, 2 a 7
anos. Há referências a
períodos mais curtos,
de 7 meses, como
também mais longos,
de 10 anos
TEM ALTA INFECTIVIDADE E BAIXA
PATOGENICIDADE, ISTO É INFECTA MUITAS
PESSOAS NO ENTANTO SÓ POUCAS ADOECEM.
5. ASPECTOS CLÍNICOS DA HANSENÍASE
Lesões de pele que se apresentam com
diminuição ou ausência de
sensibilidade.
Manchas pigmentares ou
discrômicas
6. DEFINIÇÃO DE CASO
O diagnóstico de caso de hanseníase é ESSENCIALMENTE CLÍNICO e
epidemiológico, e é realizado por meio da análise da história e das
condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para
identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou
comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou
autonômico).
Considera-se um caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais
dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento
poliquimioterápico:
a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade;
b) acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento,
associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e
c) baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico ou na biópsia cutânea.
(PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010)
9. Casos de hanseníase que suscitem dúvida sobre a classificação operacional, devem ser
tratados como MB.
10. TRATAMENTO
NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS recomenda um regime de
três medicamentos (rifampicina, clofazimina e dapsona) para todos os
pacientes com hanseníase, com duração de tratamento de 6 meses para
hanseníase paucibacilar e 12 meses para hanseníase multibacilar.
Agendar
retorno com
28 dias
DOSE
SUPERVISIONADA
MEDICAÇÃO DIÁRIA
AUTOADMINISTRADA
11. CRITÉRIOS DE CURA
Cumprimento do
número de doses
preconizadas (6 doses
paciente paucibacilar
e 12 doses paciente
multibacilar) dentro
do critério de
regularidade do
tratamento.
12. EFEITOS COLATERAIS
Não são muito frequentes mas devem ser
motivo de atenção:
• Pigmentação e ressecamento da pele (volta
gradualmente ao normal após o término do
tratamento);
• Sensação de cansaço;
• Urina avermelhada;
13. Baciloscopia Direta para Bacilos Álcool-
Ácido Resistentes (BAAR)
BAAR
Complementar ao
diagnóstico clínico
Indicado nos casos de dúvidas no
diagnóstico da hanseníase, para
diagnóstico diferencial com outras
doenças dermatológicas ou
neurológicas, dúvidas para
classificação operacional e
definição do esquema terapêutico
e nos casos suspeitos de recidiva.
Negativo nos casos
paucibacilares
Classifica o paciente
como multibacilar
Apresente alta
especificidade, baixo
custo e execução
relativamente simples
quando realizada por
profissionais
capacitados
Profundidade da
incisão, a quantidade
de tecido coletado, a
espessura do esfregaço
e a técnica de
coloração podem
influenciar
diretamente no
resultado do teste
Raspado
intradérmico
lóbulos
auriculares e
cotovelos
14. Reação Hansênica Tipo 1
(Reação Reversa)
• Acomete especialmente pacientes com
formas dimorfas da hanseníase podem
surgir tanto em casos classificados como
paucibacilares como nos multibacilares ;
• Caracteriza-se por processo inflamatório
agudo, as lesões cutâneas tornam-se mais
visíveis, com coloração eritematovinhosa,
edemaciadas, algumas vezes dolorosas;
• O tratamento da reação tipo 1 deve ser
instituído imediatamente pelo risco de
dano neural - corticosteróides sistêmicos
em doses altas
Reação Hansênica Tipo 2
(Eritema Nodoso Hansênico)
• Acomete exclusivamente pacientes
multibacilares - forma virchowiana e
dimorfos com altas cargas bacilares. ;
• Quadro pode vir acompanhado por
sintomas gerais como febre, artralgias,
mialgias, dor óssea, edema periférico,
linfadenomegalia, além do
comprometimento inflamatório dos nervos
periféricos (neurite), olhos (irite,
episclerite), testículos (orquite) e rins
(nefrite);
• A manifestação clássica da reação é o
eritema nodoso hansênico (ENH), que são
nódulos subcutâneos, dolorosos,
geralmente múltiplos e caracterizados
histopatologicamente por paniculite;
• Tratada com talidomida ou pentoxifilina.
REAÇÕES HANSÊNICAS
15. Contatos intradomiciliares:
Pessoas que nos últimos 5
anos conviveram, no domicílio,
com o portador de hanseníase.
Contatos intradomiciliares
Precisam ser examinados
porque o ambiente
intradomiciliar é considerado
de risco para a transmissão da
hanseníase.
EXAMES DE CONTATOS
16. AVALIAÇÃO DA CICATRIZ VACINAL CONDUTA
SEM CICATRIZ PRESCREVER UMA DOSE
COM UMA CICATRIZ DE BCG PRESCREVER UMA DOSE
COM DUAS CICATRIZ DE BCG NÃO PRESCREVER NENHUMA DOSE
A vacina BCG-ID deverá se aplicada nos
contatos intradomiciliares sem presença de
sinais e sintomas de hanseníase no momento
da avaliação, independentemente se forem
contato de casos PB ou MB.
Deve seguir as orientações abaixo:
Crianças com menos de um ano de
idade, já vacinadas, não necessitam da
aplicação de outra dose de BCG quando
em contato intradomiciliar com
portadores de hanseníase.
17. CUIDADOS / ORIENTAÇÕES DE
ENFERMAGEM
Oriente e agende exame clínico de contatos e vacinação dos contatos sem sinais de
doença;
Providenciar cartão de agendamento: para registro das datas do retorno e controle
do tratamento;
Fornecer colírio para reposição de lágrima se for o caso;
Orientar sobre os efeitos adversos das drogas utilizadas no tratamento;
Fornecer soro fisiológico para ressecamento nasal se for o caso;
Fornecer óleo com ácidos graxos essenciais e creme com uréia a 10% para lubrificar e
hidratar a pele;
REALIZAR EXAME DERMATONEUROLÓGICO
18. Doença de notificação compulsória e
investigação obrigatória.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
19. QUEM FORAM AS TRÊS
ÚLTIMAS PESSOAS QUE
ENTRARAM NA SALA DE
AULA HOJE?
20. PESQUISA PARA CASA
Como realizar o exame dermatoneurológico em
pacientes com hanseníase?
Quais as incapacidades provocada pela
hanseníase?
Quais principais efeitos colaterais provocados
por cada uma das drogas utilizada no
tratamento da hanseníase?
21. REFERÊNCIAS
PORTARIA Nº 3.125, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010.
NOTA TÉCNICA Nº 4/2020-CGDE/.DCCI/SVS/MS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e
parasitárias : guia de bolso - 8. ed. rev. – Brasília
: Ministério da Saúde, 2010.