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       PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARQUITETÔNICO
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                GÉSICA TARNOSKI




           EXERCÍCIO DE ANÁLISE CRÍTICA
  TEATRO ERÓTIDES DE CAMPOS – ENGENHO CENTRAL




                   LAGUNA – SC
OBRA/HISTÓRICO

         Teatro Erótides de Campos – Engenho Central

       A obra analisada, o teatro Erótides de Campos, pertence a um conjunto
formado pelo Engenho Central e o qual, desde 2004, os arquitetos Marcelo
Ferraz e Francisco Fanucci trabalham na requalificação do patrimônio
arquitetônico, na cidade de Piracicaba, a noroeste de São Paulo. Os dois
arquitetos são autores do plano para ocupação dos seis galpões
remanescentes no local com novo programa cultural. O conjunto é localizado
próximo ao Centro e às margens do rio Piracicaba, possuindo uma densa mata
ao fundo. O teatro Erótides de Campos, antes da intervenção conhecido como
‘’Armazém 6’’ é um dos mais antigos galpões, sendo uma das edificações de
escala mediana dentro do conjunto e lindeira à uma praça que articula os
vários galpões.
       O complexo foi inaugurado em 1882, e é marcado por edifícios cuja
linguagem industrial e fechamentos em bloco de alvenaria aparente dão certa
coesão ao conjunto de chaminés, galpões e linhas de trem que é cartão postal
                                                               e ponto de
                                                               referência aos
                                                               habitantes da
                                                                      cidade,
                                                               compondo um
                                                               cenário que
                                                               singulariza a
                                                                    paisagem
                                                               urbana      de
                                                               Piracicaba.




Imagem 1 - Implantação – Engenho Central. Fonte: www.revistaau.com.br




Imagem 2 - Complexo do Engenho Central às margens do rio Piracicaba, aos fundos o Teatro Erótides de Campos
(Armazém 6) Fonte: www.revistaau.com.br
Imagem 3 - O
                                                             teatro Erótides de Campos,
                                                             com uma das extensões no
                                                             exterior (ampliação do palco)
                                                             demarcada        pela     cor
                                                             vermelha.              Fonte:
                                                             www.revistaau.com.br

                                                                     O complexo
                                                              deixou           de
                                                              funcionar       em
                                                              meados dos anos
                                                              1970, quando foi
                                                              reconhecido como
                                                                      patrimônio
histórico e se tornou ponto informal de atividades públicas. Até 2002 o local era
um parque em meio às ruínas dos edifícios – apropriação que reflete a boa
localização do complexo e a intensa vida cultural piracicabana.
        O conjunto mantém-se com a integridade de quando foi desativado,
como cidadela resistente às grandes mudanças por que passou seu entorno
nas últimas décadas. Porém, não nasceu como está. Ao contrário, ao longo de
sua vida foi recebendo acréscimos, reformas, desenvolvimentos e, assim,
guarda registro de várias de suas idades.
        Foi perante iniciativas da prefeitura, que se iniciou a mobilização de
esforços para recuperar os edifícios do Engenho, tornando-o um centro
cultural. Vários galpões já foram restaurados pelo órgão de projetos da
municipalidade, e o Teatro Erótides de Campos foi o primeiro a receber um
projeto de arquitetura mais elaborado, sendo este o objeto desta análise crítica.

       TOMBAMENTO
       O Engenho Central compõe o sítio histórico mais significativo da
evolução urbana de Piracicaba e por isso o CODEPAC - Conselho de Defesa
do Patrimônio Cultural de Piracicaba abriu processo de tombamento do
complexo em 16 de julho de 1982. O Engenho Central foi tombado como
patrimônio histórico, cultural e ambiental de Piracicaba pelo Decreto n.º 5036
assinado no dia 11 de agosto de 1989.
       O Auto de Emissão de posse foi assinado no dia 10 de novembro de
1989, ficando o patrimônio disponível para a ocupação e uso. Possui uma área
livre de 75.865 m2 e 17.865m2 de área construída, sendo o Engenho Central o
maior conjunto arquitetônico em alvenaria do Brasil.
       No âmbito estadual, o Complexo do Engenho Central está em fase de
tombamento pelo CONDEPHAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico, órgão vinculado à Secretaria da Cultura do
Estado de São Paulo.

       A INTERVENÇÃO
       A edificação de tijolos aparentes é dividida em três gomos longitudinais
que correspondem aos caimentos da cobertura, sendo duas águas centrais -
com altura de quatro pés-direitos - e uma em cada lateral, com alturas de até
dois andares.
       Ferraz e Fanucci ocuparam o setor central com foyer, plateia e palco,
invertendo a lógica da distinção das fachadas frontal e posterior.
A entrada, assim, ocorre pelo que se considera a parte de trás do
galpão, enquanto a face voltada para a praça funciona como parede do palco.
        A iniciativa decorreu da ideia de abrir o espaço cênico para a praça, o
que incluiu a expansão física do palco através da inserção de um módulo
retangular metálico na área pública, pintado na cor vermelha.
        Na outra extremidade, o foyer e a bilheteria são delimitados pela parede
de concreto que veda as plateias superior e principal, e ocupam área
qualificada pelo pé-direito elevado e pela farta iluminação natural.
        O ideal era haver o menor desnível possível entre os dois últimos, o que
demandou o desbaste do piso para a acomodação dos assentos.
        Também as paredes longitudinais que dividem as faixas central e
laterais da edificação ganharam aberturas junto à plateia, por onde se dá a
circulação do público.
        Nas laterais assimétricas do galpão foram inseridos, de um lado,
restaurante/ área técnica e, do outro (o menor), a sala de ensaios/camarim,
localizada no pavimento superior.
        A exemplo do volume externo do palco, a escada de acesso a este
ambiente é conformada por volume metálico, pintado de vermelho.
        O projeto é engenhoso na distribuição dos espaços e eixos verticais de
circulação, o que possibilitou a confortável inserção de um programa denso
para a escala do galpão, que soma quase 3 mil metros quadrados de área
construída.




      Imagem 4 - À esquerda, a fachada posterior transformada em fachada principal do teatro.
      Imagem 5 - Ênfase no pé-direito quádruplo.
      Imagem 6 - As duas extensões do teatro no exterior (ampliação do palco e escada de acesso aos camarins)
      demarcadas                pela cor vermelha.
      Fonte: www.arcoweb.com.br
Imagem 7 - Entre as placas acústicas vermelhas, concreto, cimento, serralheria na cor preta e pintura
branca configurando o foyer.
Imagem 8 - Plateia/palco ocupando o modulo central do galpão.
Fonte: www.arcoweb.com.br




Imagem 9 - Croqui do projeto de intervenção. Fonte: www.arcoweb.com.br




Imagem 10 - Fonte: www.arcoweb.com.br
Imagem 11 – Fonte: www.arcoweb.com.br




Imagem 12 – Fonte: www.arcoweb.com.br




Imagem 13 – Fonte: www.arcoweb.com.br
Imagem 14 – Fonte: www.arcoweb.com.br


FICHA TÉCNICA
       Obra Teatro Erótides de Campos – Engenho Central
       Local Piracicaba, SP
       Início do projeto 2009              Conclusão da obra 2012
       Área de intervenção 2850 m²
       Arquitetura Brasil Arquitetura - Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz
(autores);
       Operação projetual Restauro e adaptação de galpão no Engenho
Central de Piracicaba para abrigar teatro, salas de ensaio e restaurante
       Status Construído
       EstruturaFT Oyamada
       Instalações elétricas Energel
       Instalações hidráulicas Sergio Luiz Pavani
       Ar condicionado TR Thermica
       Acústica e cênica Acústica & Sônica
       Luminotécnica Luz Projetos
       Consultoria de restaurante Gisela Porto

AS ACÕES DE INTERVENÇÃO E A CARTA DE VENEZA (1964)

        DEFINIÇÕES
        O teatro do Engenho se enquadra no Artigo 1º por fazer parte de um
sítio histórico extremamente significativo para a evolução urbana de Piracicaba,
sendo um símbolo muito importante para um período da Economia desta
cidade e também da história do açúcar e do álcool no estado de São Paulo e
no Brasil.
        A respeito do Artigo 2º, o material divulgado sobre o
restauro/adequação da obra não cita a colaboração de outros campos do
saber, o projeto foi realizado por um escritório de Arquitetura e as divulgações
creditam apenas a eles todas as escolhas realizadas na intervenção. A única
colaboração externa citada foi a do artista plástico Edmar de Almeida, que fez
painéis geométricos no interior da edificação.

       FINALIDADE
       A obra está de acordo com o Artigo 3º, visto que a sua conservação e
restauração visam salvaguardar o testemunho histórico, em respeito
incondicional às gerações passadas, que dele tiraram o sustento de suas
famílias, buscando manter viva boa parte da história da cidade de Piracicaba e
da história do açúcar e do álcool no Estado de São Paulo e no Brasil. O valor
histórico sobressai-se ao valor estético, que é mínimo nesta obra.

        CONSERVAÇÃO
         A obra se enquadra no Artigo 4º, pois o fato de receber o uso de teatro
multifuncional, fazendo parte da vida cultural da cidade, implica na sua
manutenção permanente, visto que havendo uso, é provável que haja
manutenção com certa regularidade.
        Enquadra-se no Artigo 5º, pois o Armazém 6, antes não utilizado, agora
ganha o uso de teatro multifuncional, possuindo uma função útil à sociedade.
Não tendo, esta destinação alterado a disposição ou decoração da obra.
Portanto, foram realizadas intervenções adequadas para a evolução dos usos e
costumes exigida.
        A obra está de acordo com o Artigo 6º visto que houve uma
preservação do esquema de escala. Duas extensões foram adicionadas ao
exterior, a escada de acesso aos camarins e o palco reversível, ambos em
estrutura metálica, na cor vermelha, porém, o esquema tradicional foi
preservado e estas modificações e acréscimos não alteraram de forma
significativa a relação de volume. Apesar da cor utilizada nos anexos, o
vermelho, competir com a cor laranja dos tijolos de vedação, estes, ocupam
pouco da fachada, sendo a maior área ocupada pelos tijolos aparentes
originais do galpão, estando em evidência, portanto, as cores originais da
edificação (imagem 6).
        Enquadra-se no Artigo 7º por não ter sofrido deslocamento,
permanecendo no local original, como monumento inseparável da história que
é testemunho e do meio em que se situa.
        A respeito do Artigo 8º, a obra não possui elementos de escultura,
pintura ou decoração, que evidenciariam o seu valor estético, seu valor de obra
de arte. Seu valor histórico é o predominante. A única remoção efetuada na
obra foi a abertura das paredes que separavam as naves do armazém,
mantendo-se somente os pilares que sustentam a cobertura, porém, estas
paredes não possuíam valor estético/de obra de arte.

RESTAURAÇÃO
        Enquadra-se no Artigo 9º por ter o objetivo de conservar e revelar os
valores históricos do monumento, respeitando o material original e os
documentos autênticos. Os arquitetos tiveram o cuidado de recuperar a
pavimentação original de pedra da área externa e demarcar uma antiga área
de máquinas com piso de cimento, conservando e revelando, assim, os valores
históricos da obra. A estrutura metálica original teve tratamento distinto,
visando reforçar o contraste entre o novo e o antigo e ressaltar este último. Os
delgados pilares, vigas e tesouras do armazém receberam uma pintura de um
tom claro de verde, marcando a sua diferença com os vermelhos maciços dos
anexos metálicos vermelhos. Não foi feita nenhuma reconstituição, pois o
edifício se encontrava íntegro, apenas dois anexos para suprir necessidades
técnicas da obra, sendo estes feitos com materiais modernos, ostentando a
marca do seu tempo.
        A respeito do Artigo 10º, não houve necessidade de consolidação de
nenhuma parte do monumento, pois este se encontrava íntegro ao ser
realizado o projeto.
Enquadra-se no Artigo 11º, pois as contribuições de todas as épocas
foram respeitadas, não se buscou uma unidade estilística. Conforme descrição
dos arquitetos houve um cuidado em relação à preservação das marcas destas
mudanças.
       A respeito do Artigo 12º, não havia partes faltantes na obra.
       Enquadra-se no Artigo 13º, visto que, no exterior, os acréscimos
realizados, palco e escada, em estrutura metálica vermelha, respeitaram as
partes interessantes do edifício, bem como o seu esquema tradicional, o
equilíbrio de sua composição e suas relações com o meio ambiente, visto que
ambos ocupam uma pequena área das fachadas, mantendo em destaque a
composição original do edifício (imagem 6). Já no interior da sala, a metálica
nova é em tom grafite, camuflando-se com as paredes de concreto (imagem
15). Para dar conta do numero de lugares exigidos para o projeto, o teatro
precisou de uma área lateral maior, para tal, foram abertas as paredes que
separavam as naves do armazém, mantendo-se somente os pilares que
sustentavam a cobertura. O piso também foi rebaixado para uma melhor
relação do palco com o exterior, e para o que o urdimento coubesse acima do
palco (imagem 8). As paredes do teatro foram erguidas em cortinas de
concreto, feitas com fôrma que desenha linhas verticais nas paredes, com uma
clara distinção dos tijolos aparentes originais (imagem 15). Porém, todas estas
intervenções internas também respeitaram as partes interessantes do edifício,
sem violar o seu esquema tradicional ou o equilíbrio de sua composição. As
máquinas de ar-condicionado e outros aparatos que precisaram ser inseridos
no edifício foram explicitados em um estrado que se projeta na lateral do
galpão, a justificativa do arquiteto é que se trata de um antigo prédio industrial,
e uma fábrica possui equipamentos em toda a parte, dentro ou fora, portanto a
linguagem geral é respeitada, ainda que não seja de modo literal (imagem 16).




      Imagem 15 - Volume de concreto da bilheteria faz a intermediação do foyer com a plateia.
      Imagem 16 - Solução para as máquinas de ar-condicionado. Fonte: www.arcoweb.com.br




SÍTIOS MONUMENTAIS
       Não se enquadra no Artigo 14º, que fala dos sítios monumentais, pois
se trata de um pequeno conjunto arquitetônico isolado.

ESCAVAÇÕES
    Artigo 15º - não foram realizados trabalhos de escavação nesta obra.
DOCUMENTAÇÃO E PUBLICAÇÕES
       A respeito do Artigo 16º, o restauro/adaptação da obra foi bastante
divulgado. Há inúmeros sítios eletrônicos que disponibilizam informações a
respeito do projeto, com plantas, cortes, imagens, croquis, textos e ficha
técnica, bem como o estado da obra antes da intervenção, durante e depois de
concluída. Alguns dos sites que disponibilizam informações são o da prefeitura
de Piracicaba/SP, do CODEPAC (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural
de Piracicaba), da Brasil Arquitetura e alguns sites específicos de Arquitetura e
Urbanismo, bem como a revista Arquitetura & Urbanismo, bastante conhecida
no Brasil.

Posicionamento Crítico
        O projeto é bastante interessante, considerando que atendeu uma forte
necessidade da cidade de Piracicaba, que possui uma vida cultural muito ativa,
mas necessitava de espaços próprios e específicos para receber atividades
culturais. A escolha da edificação, que foi intermediada pela Prefeitura da
Piracicaba, também foi bastante positiva, visto que o Engenho Central compõe
um belo cenário arquitetônico, além de ter sido um dos sítios históricos de
maior importância para a evolução urbana da cidade, bem como testemunho
da história do álcool e do açúcar no estado de São Paulo e do Brasil. O projeto
considera e requalifica a obra preexistente, sem desfazer as características
essenciais do armazém. Os novos elementos introduzidos, tanto internamente
quanto externamente, se distinguem e acabam dando um maior destaque do
edifício no conjunto, sem comprometer a volumetria do galpão. Através de
cores e materiais diferentes, cria-se um distinguibilidade entre o novo e o
antigo, o teatro é perfeitamente distinguível do armazém. Tanto no exterior com
a escada e o palco reversível em material metálico, vermelho; quanto no
interior, com as paredes do teatro erguidas em cortinas de concreto, com
fôrmas que desenham linhas verticais na parede, criando uma clara distinção
dos tijolos aparentes originais. Também, o uso a que foi destinada à edificação,
além de ser útil a sociedade, implica na sua manutenção periódica, e a melhor
maneira de se conservar uma edificação é atribuindo uso à mesma. A criação
de uma área externa contígua também é bastante positiva, sendo um terreiro
que pode servir de espaço de congregação dos visitantes.

Referências bibliográficas

‘’CARTA DE VENEZA’’. (Adotada no II Congresso Internacional de Arquitetos
Técnicos dos Monumentos Históricos, Veneza: maio de 1964).
Revista Arquitetura e Urbanismo, ano 27, nº 221, Agosto 2012.
www.brasilarquitetura.com Acesso em 02 de novembro de 2012.
www.archdaily.com.br Acesso em 02 de novembro de 2012.
semac.piracicaba.sp.gov.br Acesso em 02 de novembro de 2012.
www.ipplap.com.br/projetos_engenhocentral_anteprojeto.php Acesso em 02 de
novembro de 2012.
www.arcoweb.com.br. Acesso em 03 de novembro de 2012.
dandonota.wordpress.com Acesso em 04 de novembro de 2012.
arqfigurinhas.blogspot.com.br Acesso em 10 de novembro de 2012.
bugalhos.blogspot.com.br Acesso em 10 de novembro de 2012.
www.ipplap.com.br Acesso em 10 de novembro de 2012.
O Teatro Erótides de Campos e a Carta de Veneza (1964)

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O Teatro Erótides de Campos e a Carta de Veneza (1964)

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA REGIÃO SUL – CERES DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARQUITETÔNICO PROFESSORA ALICE DE OLIVEIRA VIANA GÉSICA TARNOSKI EXERCÍCIO DE ANÁLISE CRÍTICA TEATRO ERÓTIDES DE CAMPOS – ENGENHO CENTRAL LAGUNA – SC
  • 2. OBRA/HISTÓRICO Teatro Erótides de Campos – Engenho Central A obra analisada, o teatro Erótides de Campos, pertence a um conjunto formado pelo Engenho Central e o qual, desde 2004, os arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci trabalham na requalificação do patrimônio arquitetônico, na cidade de Piracicaba, a noroeste de São Paulo. Os dois arquitetos são autores do plano para ocupação dos seis galpões remanescentes no local com novo programa cultural. O conjunto é localizado próximo ao Centro e às margens do rio Piracicaba, possuindo uma densa mata ao fundo. O teatro Erótides de Campos, antes da intervenção conhecido como ‘’Armazém 6’’ é um dos mais antigos galpões, sendo uma das edificações de escala mediana dentro do conjunto e lindeira à uma praça que articula os vários galpões. O complexo foi inaugurado em 1882, e é marcado por edifícios cuja linguagem industrial e fechamentos em bloco de alvenaria aparente dão certa coesão ao conjunto de chaminés, galpões e linhas de trem que é cartão postal e ponto de referência aos habitantes da cidade, compondo um cenário que singulariza a paisagem urbana de Piracicaba. Imagem 1 - Implantação – Engenho Central. Fonte: www.revistaau.com.br Imagem 2 - Complexo do Engenho Central às margens do rio Piracicaba, aos fundos o Teatro Erótides de Campos (Armazém 6) Fonte: www.revistaau.com.br
  • 3. Imagem 3 - O teatro Erótides de Campos, com uma das extensões no exterior (ampliação do palco) demarcada pela cor vermelha. Fonte: www.revistaau.com.br O complexo deixou de funcionar em meados dos anos 1970, quando foi reconhecido como patrimônio histórico e se tornou ponto informal de atividades públicas. Até 2002 o local era um parque em meio às ruínas dos edifícios – apropriação que reflete a boa localização do complexo e a intensa vida cultural piracicabana. O conjunto mantém-se com a integridade de quando foi desativado, como cidadela resistente às grandes mudanças por que passou seu entorno nas últimas décadas. Porém, não nasceu como está. Ao contrário, ao longo de sua vida foi recebendo acréscimos, reformas, desenvolvimentos e, assim, guarda registro de várias de suas idades. Foi perante iniciativas da prefeitura, que se iniciou a mobilização de esforços para recuperar os edifícios do Engenho, tornando-o um centro cultural. Vários galpões já foram restaurados pelo órgão de projetos da municipalidade, e o Teatro Erótides de Campos foi o primeiro a receber um projeto de arquitetura mais elaborado, sendo este o objeto desta análise crítica. TOMBAMENTO O Engenho Central compõe o sítio histórico mais significativo da evolução urbana de Piracicaba e por isso o CODEPAC - Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba abriu processo de tombamento do complexo em 16 de julho de 1982. O Engenho Central foi tombado como patrimônio histórico, cultural e ambiental de Piracicaba pelo Decreto n.º 5036 assinado no dia 11 de agosto de 1989. O Auto de Emissão de posse foi assinado no dia 10 de novembro de 1989, ficando o patrimônio disponível para a ocupação e uso. Possui uma área livre de 75.865 m2 e 17.865m2 de área construída, sendo o Engenho Central o maior conjunto arquitetônico em alvenaria do Brasil. No âmbito estadual, o Complexo do Engenho Central está em fase de tombamento pelo CONDEPHAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, órgão vinculado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A INTERVENÇÃO A edificação de tijolos aparentes é dividida em três gomos longitudinais que correspondem aos caimentos da cobertura, sendo duas águas centrais - com altura de quatro pés-direitos - e uma em cada lateral, com alturas de até dois andares. Ferraz e Fanucci ocuparam o setor central com foyer, plateia e palco, invertendo a lógica da distinção das fachadas frontal e posterior.
  • 4. A entrada, assim, ocorre pelo que se considera a parte de trás do galpão, enquanto a face voltada para a praça funciona como parede do palco. A iniciativa decorreu da ideia de abrir o espaço cênico para a praça, o que incluiu a expansão física do palco através da inserção de um módulo retangular metálico na área pública, pintado na cor vermelha. Na outra extremidade, o foyer e a bilheteria são delimitados pela parede de concreto que veda as plateias superior e principal, e ocupam área qualificada pelo pé-direito elevado e pela farta iluminação natural. O ideal era haver o menor desnível possível entre os dois últimos, o que demandou o desbaste do piso para a acomodação dos assentos. Também as paredes longitudinais que dividem as faixas central e laterais da edificação ganharam aberturas junto à plateia, por onde se dá a circulação do público. Nas laterais assimétricas do galpão foram inseridos, de um lado, restaurante/ área técnica e, do outro (o menor), a sala de ensaios/camarim, localizada no pavimento superior. A exemplo do volume externo do palco, a escada de acesso a este ambiente é conformada por volume metálico, pintado de vermelho. O projeto é engenhoso na distribuição dos espaços e eixos verticais de circulação, o que possibilitou a confortável inserção de um programa denso para a escala do galpão, que soma quase 3 mil metros quadrados de área construída. Imagem 4 - À esquerda, a fachada posterior transformada em fachada principal do teatro. Imagem 5 - Ênfase no pé-direito quádruplo. Imagem 6 - As duas extensões do teatro no exterior (ampliação do palco e escada de acesso aos camarins) demarcadas pela cor vermelha. Fonte: www.arcoweb.com.br
  • 5. Imagem 7 - Entre as placas acústicas vermelhas, concreto, cimento, serralheria na cor preta e pintura branca configurando o foyer. Imagem 8 - Plateia/palco ocupando o modulo central do galpão. Fonte: www.arcoweb.com.br Imagem 9 - Croqui do projeto de intervenção. Fonte: www.arcoweb.com.br Imagem 10 - Fonte: www.arcoweb.com.br
  • 6. Imagem 11 – Fonte: www.arcoweb.com.br Imagem 12 – Fonte: www.arcoweb.com.br Imagem 13 – Fonte: www.arcoweb.com.br
  • 7. Imagem 14 – Fonte: www.arcoweb.com.br FICHA TÉCNICA Obra Teatro Erótides de Campos – Engenho Central Local Piracicaba, SP Início do projeto 2009 Conclusão da obra 2012 Área de intervenção 2850 m² Arquitetura Brasil Arquitetura - Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz (autores); Operação projetual Restauro e adaptação de galpão no Engenho Central de Piracicaba para abrigar teatro, salas de ensaio e restaurante Status Construído EstruturaFT Oyamada Instalações elétricas Energel Instalações hidráulicas Sergio Luiz Pavani Ar condicionado TR Thermica Acústica e cênica Acústica & Sônica Luminotécnica Luz Projetos Consultoria de restaurante Gisela Porto AS ACÕES DE INTERVENÇÃO E A CARTA DE VENEZA (1964) DEFINIÇÕES O teatro do Engenho se enquadra no Artigo 1º por fazer parte de um sítio histórico extremamente significativo para a evolução urbana de Piracicaba, sendo um símbolo muito importante para um período da Economia desta cidade e também da história do açúcar e do álcool no estado de São Paulo e no Brasil. A respeito do Artigo 2º, o material divulgado sobre o restauro/adequação da obra não cita a colaboração de outros campos do saber, o projeto foi realizado por um escritório de Arquitetura e as divulgações creditam apenas a eles todas as escolhas realizadas na intervenção. A única colaboração externa citada foi a do artista plástico Edmar de Almeida, que fez painéis geométricos no interior da edificação. FINALIDADE A obra está de acordo com o Artigo 3º, visto que a sua conservação e restauração visam salvaguardar o testemunho histórico, em respeito incondicional às gerações passadas, que dele tiraram o sustento de suas famílias, buscando manter viva boa parte da história da cidade de Piracicaba e
  • 8. da história do açúcar e do álcool no Estado de São Paulo e no Brasil. O valor histórico sobressai-se ao valor estético, que é mínimo nesta obra. CONSERVAÇÃO A obra se enquadra no Artigo 4º, pois o fato de receber o uso de teatro multifuncional, fazendo parte da vida cultural da cidade, implica na sua manutenção permanente, visto que havendo uso, é provável que haja manutenção com certa regularidade. Enquadra-se no Artigo 5º, pois o Armazém 6, antes não utilizado, agora ganha o uso de teatro multifuncional, possuindo uma função útil à sociedade. Não tendo, esta destinação alterado a disposição ou decoração da obra. Portanto, foram realizadas intervenções adequadas para a evolução dos usos e costumes exigida. A obra está de acordo com o Artigo 6º visto que houve uma preservação do esquema de escala. Duas extensões foram adicionadas ao exterior, a escada de acesso aos camarins e o palco reversível, ambos em estrutura metálica, na cor vermelha, porém, o esquema tradicional foi preservado e estas modificações e acréscimos não alteraram de forma significativa a relação de volume. Apesar da cor utilizada nos anexos, o vermelho, competir com a cor laranja dos tijolos de vedação, estes, ocupam pouco da fachada, sendo a maior área ocupada pelos tijolos aparentes originais do galpão, estando em evidência, portanto, as cores originais da edificação (imagem 6). Enquadra-se no Artigo 7º por não ter sofrido deslocamento, permanecendo no local original, como monumento inseparável da história que é testemunho e do meio em que se situa. A respeito do Artigo 8º, a obra não possui elementos de escultura, pintura ou decoração, que evidenciariam o seu valor estético, seu valor de obra de arte. Seu valor histórico é o predominante. A única remoção efetuada na obra foi a abertura das paredes que separavam as naves do armazém, mantendo-se somente os pilares que sustentam a cobertura, porém, estas paredes não possuíam valor estético/de obra de arte. RESTAURAÇÃO Enquadra-se no Artigo 9º por ter o objetivo de conservar e revelar os valores históricos do monumento, respeitando o material original e os documentos autênticos. Os arquitetos tiveram o cuidado de recuperar a pavimentação original de pedra da área externa e demarcar uma antiga área de máquinas com piso de cimento, conservando e revelando, assim, os valores históricos da obra. A estrutura metálica original teve tratamento distinto, visando reforçar o contraste entre o novo e o antigo e ressaltar este último. Os delgados pilares, vigas e tesouras do armazém receberam uma pintura de um tom claro de verde, marcando a sua diferença com os vermelhos maciços dos anexos metálicos vermelhos. Não foi feita nenhuma reconstituição, pois o edifício se encontrava íntegro, apenas dois anexos para suprir necessidades técnicas da obra, sendo estes feitos com materiais modernos, ostentando a marca do seu tempo. A respeito do Artigo 10º, não houve necessidade de consolidação de nenhuma parte do monumento, pois este se encontrava íntegro ao ser realizado o projeto.
  • 9. Enquadra-se no Artigo 11º, pois as contribuições de todas as épocas foram respeitadas, não se buscou uma unidade estilística. Conforme descrição dos arquitetos houve um cuidado em relação à preservação das marcas destas mudanças. A respeito do Artigo 12º, não havia partes faltantes na obra. Enquadra-se no Artigo 13º, visto que, no exterior, os acréscimos realizados, palco e escada, em estrutura metálica vermelha, respeitaram as partes interessantes do edifício, bem como o seu esquema tradicional, o equilíbrio de sua composição e suas relações com o meio ambiente, visto que ambos ocupam uma pequena área das fachadas, mantendo em destaque a composição original do edifício (imagem 6). Já no interior da sala, a metálica nova é em tom grafite, camuflando-se com as paredes de concreto (imagem 15). Para dar conta do numero de lugares exigidos para o projeto, o teatro precisou de uma área lateral maior, para tal, foram abertas as paredes que separavam as naves do armazém, mantendo-se somente os pilares que sustentavam a cobertura. O piso também foi rebaixado para uma melhor relação do palco com o exterior, e para o que o urdimento coubesse acima do palco (imagem 8). As paredes do teatro foram erguidas em cortinas de concreto, feitas com fôrma que desenha linhas verticais nas paredes, com uma clara distinção dos tijolos aparentes originais (imagem 15). Porém, todas estas intervenções internas também respeitaram as partes interessantes do edifício, sem violar o seu esquema tradicional ou o equilíbrio de sua composição. As máquinas de ar-condicionado e outros aparatos que precisaram ser inseridos no edifício foram explicitados em um estrado que se projeta na lateral do galpão, a justificativa do arquiteto é que se trata de um antigo prédio industrial, e uma fábrica possui equipamentos em toda a parte, dentro ou fora, portanto a linguagem geral é respeitada, ainda que não seja de modo literal (imagem 16). Imagem 15 - Volume de concreto da bilheteria faz a intermediação do foyer com a plateia. Imagem 16 - Solução para as máquinas de ar-condicionado. Fonte: www.arcoweb.com.br SÍTIOS MONUMENTAIS Não se enquadra no Artigo 14º, que fala dos sítios monumentais, pois se trata de um pequeno conjunto arquitetônico isolado. ESCAVAÇÕES Artigo 15º - não foram realizados trabalhos de escavação nesta obra.
  • 10. DOCUMENTAÇÃO E PUBLICAÇÕES A respeito do Artigo 16º, o restauro/adaptação da obra foi bastante divulgado. Há inúmeros sítios eletrônicos que disponibilizam informações a respeito do projeto, com plantas, cortes, imagens, croquis, textos e ficha técnica, bem como o estado da obra antes da intervenção, durante e depois de concluída. Alguns dos sites que disponibilizam informações são o da prefeitura de Piracicaba/SP, do CODEPAC (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba), da Brasil Arquitetura e alguns sites específicos de Arquitetura e Urbanismo, bem como a revista Arquitetura & Urbanismo, bastante conhecida no Brasil. Posicionamento Crítico O projeto é bastante interessante, considerando que atendeu uma forte necessidade da cidade de Piracicaba, que possui uma vida cultural muito ativa, mas necessitava de espaços próprios e específicos para receber atividades culturais. A escolha da edificação, que foi intermediada pela Prefeitura da Piracicaba, também foi bastante positiva, visto que o Engenho Central compõe um belo cenário arquitetônico, além de ter sido um dos sítios históricos de maior importância para a evolução urbana da cidade, bem como testemunho da história do álcool e do açúcar no estado de São Paulo e do Brasil. O projeto considera e requalifica a obra preexistente, sem desfazer as características essenciais do armazém. Os novos elementos introduzidos, tanto internamente quanto externamente, se distinguem e acabam dando um maior destaque do edifício no conjunto, sem comprometer a volumetria do galpão. Através de cores e materiais diferentes, cria-se um distinguibilidade entre o novo e o antigo, o teatro é perfeitamente distinguível do armazém. Tanto no exterior com a escada e o palco reversível em material metálico, vermelho; quanto no interior, com as paredes do teatro erguidas em cortinas de concreto, com fôrmas que desenham linhas verticais na parede, criando uma clara distinção dos tijolos aparentes originais. Também, o uso a que foi destinada à edificação, além de ser útil a sociedade, implica na sua manutenção periódica, e a melhor maneira de se conservar uma edificação é atribuindo uso à mesma. A criação de uma área externa contígua também é bastante positiva, sendo um terreiro que pode servir de espaço de congregação dos visitantes. Referências bibliográficas ‘’CARTA DE VENEZA’’. (Adotada no II Congresso Internacional de Arquitetos Técnicos dos Monumentos Históricos, Veneza: maio de 1964). Revista Arquitetura e Urbanismo, ano 27, nº 221, Agosto 2012. www.brasilarquitetura.com Acesso em 02 de novembro de 2012. www.archdaily.com.br Acesso em 02 de novembro de 2012. semac.piracicaba.sp.gov.br Acesso em 02 de novembro de 2012. www.ipplap.com.br/projetos_engenhocentral_anteprojeto.php Acesso em 02 de novembro de 2012. www.arcoweb.com.br. Acesso em 03 de novembro de 2012. dandonota.wordpress.com Acesso em 04 de novembro de 2012. arqfigurinhas.blogspot.com.br Acesso em 10 de novembro de 2012. bugalhos.blogspot.com.br Acesso em 10 de novembro de 2012. www.ipplap.com.br Acesso em 10 de novembro de 2012.