O documento discute soluções arquitetônicas para uso eficiente de energia, abordando tópicos como conforto ambiental, insolação e projeto, e instrumentos de incentivo à sustentabilidade. O conforto ambiental é definido e explicam-se seus aspectos térmico, visual e acústico. Discute-se também a insolação e sua importância no projeto arquitetônico, ilustrando com exemplos. Por fim, apresentam-se selos e programas de incentivo à eficiência energética em edificações.
5. Conforto Ambiental O Homem: é um ser homeotérmico, i.é, sua energia vital é conseguida pelo metabolismo que mantém a temperatura interna constante, em torno de 36,7 o C . Entretanto, apenas 20% da energia útil é metabolizada, o restante (80%) é transformado em calor e eliminado para o meio através das trocas térmicas para a manutenção do equilíbrio interno. Trocas térmicas entre o homem e o meio: a diferença de temperatura promove o fluxo de calor , sempre do quente para o frio. São elas: R – por Radiação . Entre o Sol e o corpo, entre o corpo e a abóbada celeste, entre o corpo e os demais corpos, mas não se tocam. C – por Condução , contato. Entre o corpo e toda superfície em que ele toca. Cv – por Convecção . Entre o corpo e o ar, que está em contato direto. E – por Evaporação . Eliminação do calor na expiração e através da pele, pelos poros. CONFORTO = M + R + C + Cv - E = 0
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9. Conforto Ambiental Na Natureza, os principais responsáveis pelas trocas por convecção são os VENTOS. Este fenômeno acontece graças às Correntes de Convecção . À medida que o ar se aquece, ele fica mais leve (ou menos denso) e sobe, cedendo espaço para outra massa de ar mais frio. Cria-se uma zona de depressão (sucção) e o ar mais frio – que por ser mais denso tende a descer – gera uma força de pressão sobre a terra. Pode acontecer nas montanhas e encostas durante o dia e a noite.
10. Conforto Ambiental As Correntes de Convecção também podem ser observadas no interior das edificações. O ar aquecido tende a subir, rumo ao forro ou andar de cima e, uma vez sem ter para onde se deslocar, cria uma camada quente estacionária, aquecendo o ambiente. Se existem aberturas, o ar quente se deslocará pelo interior da edificação buscando por uma saída na parte superior .
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12. b e d – equinócios (mar/set) a – solstício Norte (jul) c – solstício Sul (dez) Insolação e Projeto Relação Terra-Sol
13. Insolação e Projeto junho Carta Solar meio-dia pôr do sol nascer do sol (inverno) (verão) (primavera) (outono)
23. Insolação e Projeto Onde está o sol às 15 horas do dia 22 de junho em SP? 23º 30´ S
24. Insolação e Projeto Onde está o sol às 8 horas do dia 22 de dezembro em SP? 23º 30´ S
25. Insolação e Projeto Freqüentemente os projetistas se deparam com a necessidade de projetar elementos que protejam a edificação em determinadas horas ou estações do ano. Heliodon Varandas, sacadas, beirais, marquises, toldos, brises, cobogós, os instrumentos e as possibilidades de uso são enormes. Entretanto todas obedecem a mesma regra: o cálculo da trajetória solar sobre a edificação.
26. Insolação e Projeto Software Heliodon Para efeitos de projeto, o que queremos saber é, no período desejado, onde está o Sol, ou seja, conhecer a direção de seus raios, sobretudo, nas fachadas, para calcular formas de proteção e prever aberturas.
39. Insolação e Projeto Residência Jacobs House – “HEMICICLO SOLAR ” Arquiteto : Frank Lloyd Wright Ano: 1948 O corte transversal da residência mostra as diferentes inclinações solares (inverno e verão) e a eficiência do beiral nestas situações. Mostra também a eficiência da ventilação cruzada durante o verão e a proteção dos ventos na face norte durante o inverno.
40. Insolação e Projeto Solução adotada pelos arquitetos da Construtora PRISMA para a proteção das portas da cobertura, a partir do estudo da carta solar Verão Inverno Opção: proteção horizontal com pérgula. Arquitetos: Leonardo Ozenda e Simone de Albuquerque
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43. Dentro de cada categoria, tem-se cinco temas: matérias e recursos (MR); energia e atmosfera (EA); espaço sustentável (SS); qualidade ambiental interna (EQ); uso racional da água (WE), que devem atender aos critérios: Instrumentos de Incentivo 1- local da obra , se for uma área recuperada gera pontos; 2- uso racional da água , através de sistemas de tratamento de efluentes e captação de água da chuva; 3- eficiência energética do empreendimento, que deve utilizar iluminação e ventilação naturais; 4- matéria-prima utilizada na construção, preferencialmente de reciclados ou recicláveis, considerando a proximidade do local da obra; 5- qualidade do ambiente construído , considerando questões como conforto ambiental.
47. Classificação Geral da edificação: Para a classificação geral do nível de eficiência energética da edificação devem ser calculados os pontos para cada requisito e atribuídos pesos: Instrumentos de Incentivo Pesos: envoltória=30%; iluminação=30%; condicionamento de ar=40%
49. SELO PROCEL EDIFICAÇÕES O selo PROCEL EDIFICA deverá ser concedido, anualmente, às edificações que apresentarem os melhores índices de eficiência energética, normalmente classificados na Faixa A. Além do SELO, existe o PRÊMIO PROCEL para Edificações , que anualmente reconhece o trabalho voltado para o planejamento de edificações eficientes, desenvolvido por profissionais da construção civil e arquitetos. Instrumentos de Incentivo
67. Para reflexão “ Enquanto o custo é praticamente o mesmo, a economia operacional é significativa e as pessoas que usam o prédio ficam mais saudáveis, felizes e produtivas, porque alguém não iria construir Green?” (Richard Fedrizzi - President and CEO, USGBC) “ Com o movimento de green building em alta, as edificações convencionais vão rapidamente se tornar obsoletas e perder o seu valor.” (Building the Green Way - Harvard Business Review, June 2006) “ Sustentabilidade não é um problema e sim uma oportunidade. (Bill Clinton – Ex presidente do USA)