O documento discute a importância da leitura para a formação do cidadão e do leitor. Aborda como tornar a leitura uma atividade prazerosa através de atividades envolventes propostas pelo professor. Também reflete sobre como a leitura e a escrita estão interligadas e como a prática constante leva à melhoria dessas habilidades.
1. O PRAZER DA LEITURA SE ENSINA
Rejane Lieberknecht1
Geovane Alves Barros 2
Rosane Maria Liberknecht³
Schaiane Pasquali Machado
Resumo: O presente artigo trata de uma pesquisa bibliográfica sobre a leitura e os caminhos
por onde passam a formação do leitor. Com intuito de compreender melhor o processo de
leitura e sua importância para a formação do leitor e de sua cidadania, far-se-á um estudo
sobre o ato de ler e os aspectos do processo da leitura um ato mais prazeroso. Adicionalmente,
reflete-se sobre a importância da leitura para a formação da cidadania e a capacitação
profissional dos professores como elementos indispensáveis ao ensino ao ensino de leitura. E,
com a finalidade de contribuir para a prática pedagógica pretende-se sugerir atividades para
transformar as aulas de leitura em momentos de prazer e satisfação das necessidades de
conhecimentos. Neste trabalho, procura-se evidenciar a importância da leitura nos vários
aspectos como ferramenta de formação e transformação social, a partir do contexto escolar.
Para tanto, foi desenvolvido um projeto de leitura, análise e produção textual tendo como foco a
leitura e interpretação de textos e registros, em seus diversos gêneros. Os resultados
alcançados são analisados e apresentam-se as conclusões obtidas.
Palavras-chave: Leitura. Importância da leitura. Prazer de ler. Conquista do
leitor.
Abstract: This article is a literature on reading and the ways through which the formation of the
reader. In order to better understand the reading process and its importance to the formation of
the reader and its citizenship far will a study on the act of reading and aspects of the process of
reading a more pleasurable act. Additionally, reflects on the importance of reading for
citizenship training and professional development of teachers as indispensable elements to
education to teach reading. And, in order to contribute to the teaching practice is intended to
suggest activities to transform the reading classes in moments of pleasure and satisfaction of
the needs of knowledge. This work aims to highlight the importance of reading in various
1
Especializando em Psicopedagogia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia Equipe Darwim
2
Professor Orientador
2. aspects as training tool and social transformation, from the school context. To this end, a project
was developed reading, textual analysis and production with a focus on reading and interpreting
texts and records in its various genres. The results are analyzed and present the findings.
Keywords: Reading. Importance of reading. Pleasure to read. Conquest of the
reader.
Introdução
Todos fazem leituras, analfabetos ou não, independentemente do
grau de sapiência. Aprende-se a ler independente da presença de professores,
necessitando apenas de algumas informações, estabelecendo relações entre a
língua, o conhecimento e as circunstâncias, levantando hipóteses e
vivenciando, conforme o contexto existencial. Lemos com os sentidos, com a
emoção, com o raciocínio e cada uma dessas leituras indica o nosso nível de
aproximação com o que é lido. A reação de cada indivíduo frente a leitura é
diferente, assim como a linguagem em uso também se diferencia.
Nesse trabalho, são considerados os aspectos do processo de
leitura que tornam o ato de ler mais prazeroso. Adicionalmente, reflete-se sobre
a importância da leitura para a formação da cidadania e a capacitação
profissional dos professores como elementos indispensáveis ao ensino de
leitura. Por fim, são apresentadas algumas atividades para conquistar o jovem
leitor.
1. O Que é Leitura
Quando se pensa em leitura remete-se à modalidade ligada a
palavra escrita e, enquanto leitor, o indivíduo é visto como decodificador de
letras, embora não baste decodificar para que a leitura ocorra.
Na maioria das vezes, convive-se com objetos, obras de arte, livros,
coisas enfim e não e não se percebe, até que algo chame a atenção e passa-
se a percebê-las, a pensar sobre sua criação e quem as criou, é quando elas
passam a fazer sentido e se estabelece uma ligação entre o eu e o objeto.
3. O homem começa a ler desde o momento que sai do ventre e entra
em contato, com o ar, com a claridade, com o mundo, passa da respiração pelo
cordão umbilical a respiração pelas narinas, experimenta e percebe o
aconchego do berço e dos braços da mãe. Este é um aprendizado natural, mas
solitário e complexo como a leitura, porque faz parte das experiências
individuais, embora ocorra na convivência com os outros e com o ambiente.
Aprende-se a ler independente da presença de professores, pode-se
ser autodidata necessitando apenas de algumas informações, estabelecendo
relações entre a língua o conhecimento e as circunstâncias, levantando
hipóteses e vivenciando. O problema de aprender a ler sozinho, na infância, é o
fato de não saber como ler e o que ler. Quando o leitor consegue organizar os
conhecimentos adquiridos, relacioná-lo com suas experiências e solucionar
problemas é que a leitura se efetiva e o individuo passa a poder realizar leituras
do que quiser.
A aprendizagem da leitura está ligada a formação do indivíduo e sua
qualificação para desempenhar seu papel social no grupo em que vive. Paulo
Freire chama a atenção essa educação em que o aluno (sem saber) silencia-se
para receber o conhecimento do professor (sábio). Entre os problemas que
acarretam a crise na leitura estão o poder aquisitivo e a precariedade de
ensino, fatores que determinam e limitam as opções de leitura. E como a leitura
está restringida ao âmbito escolar a maioria das crianças só tem contato com
os livros pedagógicos, material de caráter científico, condensado e não muito
incentivador ao gosto de ler. Para mudar essa situação é preciso investir na
melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos, bem como repensar a
prática docente, ampliando inclusive a noção de leitura para além das salas de
aulas e do texto escrito, incentivando o aluno a leituras que permitam uma
visão de mundo muito maior.
Durante o ato de ler o leitor pode realizar leitura sensorial, emocional
e racional. São a história, as experiências de vida de cada leitor, as
circunstâncias no ato de ler, que evidenciam o nível de leitura de cada leitor. É
difícil o leitor realizar um tipo de leitura separada das demais, porque o homem
4. não consegue separar o momento de sentir do de se emocionar ou de
raciocinar.
As condições ambientais, os recursos materiais e as primeiras
experiências de vida influenciam na efetivação dos níveis de leitura, e mesmo
às vezes precários podem favorecer. Assim como há variação do tipo de
leitura, há variação na existência de leitores e cada leitura uma aproximação
maior do leitor ao texto. Para se compreender o processo de leitura e para que
ela se realize, é preciso que tenhamos a necessidade dela, de que tenhamos o
desejo de sentir, se emocionar, ou raciocinar algo. Cada leitor, dentro de suas
necessidades criará seu modo de se aproximar e realizar a leitura, como por
exemplo: procurando ambientes adequados, lendo em uma fila de banco, no
ônibus, etc. Já na escola, o professor deve ser criativo para proporcionar ao
aluno um momento prazeroso para a realização da leitura.
2. O Prazer do Texto
Segundo Roland Barthes (1974), se as palavras são lidas com
prazer é porque foram escritas no prazer, porém isso não garantirá ao escritor
o prazer do seu leitor. Há uma relação de necessidades entre autor e leitor, o
escritor seleciona o léxico, as referências, expõe sua opinião e isso pode atrair
ou não o leitor para a leitura.
O ritmo da leitura é estabelecido diferentemente, não se lê tudo com
a mesma intensidade de leitura, desrespeitamos a integridade do texto, o
conhecimento do leitor o leva a sobrevoar ou a saltar certas páginas. O autor
não pode prever o que será lido, entretanto é o poder escolher que proporciona
o prazer das grandes narrativas.
O julgar o texto segundo o seu prazer, não permite valorar, dizer se
é bom ou mau, até porque será diferente para cada leitor.
A sociedade é marcada por lados opostos de poder, de ideais, isso é
cultural e aparece no texto. Um texto sem essas marcas torna-se estéril, sem
presença de ideologia, sem ângulos opostos, geralmente presentes na palavra,
5. na fala, na escrita e que são objetos de estudo da linguística que é a ciência da
linguagem. A linguagem e conteúdos são repetidos constantemente pelas
escolas, filmes, livros. O novo é fundamentado na crítica, em cima de algo já
existente. Em alguns casos a palavra pode ser prazerosa pela repetição
forçada, ou ao contrário, se for uma novidade.
Um texto pode proporcionar prazer a um leitor e a outro não, assim
como pode ocorrer de não sentir-se prazer lendo-o pela segunda vez. E na
leitura de um texto fruição, tudo se vai no primeiro contato, após ser
compreendido é preciso passar para outra atividade.
Existe uma dependência mutua entre escritor e leitor. Essa
dependência pressupõe uma ação diferenciada do escritor e do leitor diante do
texto. O primeiro, a ação de conquistar o leitor, oferecendo-lhe uma leitura
prazerosa e o segundo uma ação livre de ler o que lhe agradar, inclusive o
direito de não ler todo o texto. Sendo que a atitude do escritor não garantirá o
seu sucesso, pois poderá atrair ou não o seu leitor e ainda há de se pensar em
qualquer leitor, pois o que agrada a um indivíduo pode não agradar a outro.
3. Importância da leitura e da Escrita
O texto “Ler, Pensar e Escrever” de Gabriel Perissé (1998)
proporciona acerca de três ações que ocorrem simultaneamente à existência
humana: ler, pensar e escrever. Exige uma certa doação para que aconteça o
aprendizado, pois é uma leitura comprometedora que pretende conquistar o
leitor a praticar mais a escrita, ler mais e pensar melhor.
O autor afirma que o único modo de aprender a escrever é
praticando a escrita, dentro das possibilidades e limitações de cada indivíduo.
Escrever bem exige dedicação e vontade, pois para essa prática o sujeito
necessita dispensar energia intelectual, criativa e emocional.
Trabalhar a linguagem possibilita, a quem escreve, maior intimidade
com o meio de expressão oral e escrito. Portanto, saber usar as palavras é ter
6. um grande poder em mãos, pois elas permitem que nada seja esquecido, nos
reportemos ao passado ou ao futuro. Além disto, são muito perigosas já que se
pode usá-las para o bem ou para o mal, de acordo com o equilíbrio mental de
cada um.
Um bom texto é construído com reflexão e raciocínio tranquilo, para
não deixar margem à obscuridade e contradições. As palavras têm que ter
significados precisos. Se assim realizada, a escrita transforma-se em uma
pequena obra de arte devido a dedicação do escritor na construção de
parágrafos com ritmo agradável e equilíbrio lógico.
Escrevemos o que pensamos, então, algo de nós está no texto. Por
isso o estilo é pessoal, único, porém podemos expressar as mesmas ideias de
varias formas e, para isso, faz-se necessário ter domínio dos recursos do
idioma. Para dominar a gramática não necessariamente precisamos estudar
uma. Podemos, também, fazer leitura de bons autores, pois os estudiosos da
língua fazem uso de obras consagradas para o que se deve ou não usar.
Como já foi mencionado, um pouco de quem escreve fica
impregnado no texto. Então, pode-se dizer que o escritor se doa ao seu leitor e
esse merece o melhor. Sendo assim, o ato da escrita exige responsabilidade
daquele que escreve para com os que dedicam parte de seu tempo à leitura.
Ler bem proporciona ao homem uma transformação, um
aperfeiçoamento, pois ao pensamento individual, acrescentam-se contribuições
de outras pessoas e isso repercutirá nas ações. O homem se modifica, mas
não deixa de ser ele mesmo.
A leitura influencia o indivíduo, leva-o a pensar e reformular ideias, a
melhorar a comunicação, a elevação intelectual e, por conseguinte, melhora a
escrita, pois ela resulta do que somos interiormente. Quem não lê fica
estagnado no tempo, não acompanha a época em que vive, embora muitos
consigam superar a falta de leitura com amigos, diálogos edificantes e uma
convivência intensa, isso se dá pelo fato de se poder perceber a realidade que
nos cerca fazendo leitura pelo olhar, pelo tato, pela audição.
7. Deve-se pensar também na leitura de poemas que não leva o leitor
simplesmente a acumular informações, porém os leva a uma nova
compreensão da realidade. Pela linguagem conhecemos o mundo material que
existe a nossa volta, refletimos as questões inerentes à existência humana.
Segundo Gabriel Perissé, a falta de leitura não é acarretada somente pelo
baixo domínio gramatical, ou pelo desconhecimento de uma boa literatura, ou
pelo vocabulário pobre, ou pelas dificuldades na vida cotidiana, mas,
principalmente, pela pobreza e insegurança existencial.
Fazer uso de boas leituras proporciona o enriquecimento existencial
e, paralelamente, o desenvolvimento gramatical e vocabular, fatores
necessários para uma boa comunicação oral ou verbal. É necessário conhecer
o assunto sobre o qual se vai escrever. Ter boas ideias para a construção do
texto e criar intimidade com a escrita. E aos professores cabe o papel de refletir
na atuação profissional, pois devemos mostrar ao aluno que o bem escrever
exige um esforço caracterizado pela aquisição de conhecimento intelectual,
criativo e emocional. Selecionar o que se lê é um dever de todo leitor crítico e
sensato, pois nem tudo que se lê acrescenta algo de bom.
Como em outras atividades, só se torna bom na escrita praticando.
Pessoas convictas de que podem ser bons escritores ao praticara escrita, se
sentem mais inspiradas para esse tipo de atividade.
Logo, percebe-se que o conhecimento e a inspiração nascem do
esforço do indivíduo e do incentivo à prática, os quais lhe permitem expressar-
se com convicções conquistadoras, a fazer um bom uso da linguagem e isso
inspira a ler e escrever mais e mais.
4. Como Conquistar o Jovem Leitor
Segundo GAGLIARI (1989), tudo o que a escola pode oferecer de
bom aos alunos é a leitura, sem dúvida, a melhor herança da educação. É na
escola que o aluno efetivamente terá maior contato com o mundo dos livros.
Entretanto, percebe-se que muitos alunos não gostam quando lhes é proposto
leitura de livros e textos em sala de aula. Nesse caso, é necessário rever como
8. se está procedendo ao oferecer a leitura aos alunos, pois o professor precisa ir
além dos limites da escola, para que o aluno faça a leitura do mundo real
libertando-se de moldes pré-estabelecidos e se forme cidadão consciente
através do ato de ler.
Se quisermos conquistar o aluno é preciso que se faça da leitura
uma atividade livre, lúdica, prazerosa, pois o que é feito por obrigação tende a
ficar desmotivador. E é importante também sugerir que os alunos falem sobre
os livros que leem e escrevam a respeito. E como o professor é exemplo para
seus alunos, ler para eles de forma expressiva, comentar entusiasmadamente
os livros que leu são maneiras de cativar a leitura, de provocar interesse e
contagiá-los. Sendo assim, o professor que gosta de ler terá mais facilidade
para despertar no aluno o interesse e o prazer de ler.
Naturalmente, é preciso dar ao aluno a oportunidade de viver a
plenitude da vida, abrindo espaço para o seu entretenimento, mas também de
enfrentar os desafios da sua idade. E para cativá-los à leitura é preciso
oferecer a eles uma boa variedade de livros, como por exemplo: obras
cômicas, dramáticas, poesias, ficção. Para os livros mais complicados, cria-se
um horário de leitura em classe. Assim os alunos poderão pedir auxílio, bem
como o professor poderá ler em voz alta e comentá-los com seus alunos.
Tendo em vista tudo o exposto, fica perceptível que é necessário
usar, durante o processo de ensino de leitura, meios adequados para levar o
aluno a criar o hábito de ler. Para tanto, algumas técnicas que podem
conquistar o jovem leitor, são sugeridas por mim, conforme segue:
Promover atividades de leitura espontânea e de contar aos
colegas o livro lido;
Proporcionar, ao aluno, leitura de livros com a quantidade de
páginas e assuntos adequados a faixa etária;
Transformar a leitura em uma dramatização junto com os
alunos, fazendo uma reinterpretação do texto;
Levar os alunos a comentar sobre o enredo, as personagens
e trechos que mais lhe chamaram a atenção;
9. Organizar um cantinho na sala de aula, onde os livros possam
ficar à disposição das crianças;
Contar, com frequência, boas histórias da literatura para os
alunos;
Estimular os alunos a criar e escreverem suas próprias
histórias;
Pedir para os alunos contarem o que viram na TV,
descrevendo, analisando, criticando e refletindo sobre a
leitura feita;
Criar novos desfechos e ilustrações para histórias lidas
individualmente ou em grupos;
Trabalhar com quadrinhas populares, sugerindo que os
alunos criem outras rimas;
Combinar com os alunos as horas destinadas à leitura;
Desenhar, pintar, fazer máscaras, para encenar as leituras;
Estimular a leitura de textos que as crianças trazem de casa,
comparando-os, classificando-os em um álbum, portfólios ou
pequenos livros;
Interpretar textos de rótulos que lhe sejam familiares e deixar
que o aluno recrie novos rótulos, organizando um mercado na
sala de aula e fazer a leitura do valor do produto em questão;
Fazer brincadeiras envolvendo expressões faciais, gestuais e
corporais;
Estimular os alunos a escrever cartas para os autores
comentando sobre a obra lida.
Enfim, podem ser criadas outras sugestões a partir dessas que
foram elaboradas e usadas por mim, ao longo de minha prática docente, mas
que, algumas delas, podem eventualmente terem sido já utilizadas por outros
10. professores em algum lugar, em algum momento, pois os mesmos
pensamentos e ideias podem partir de várias mentes ao mesmo tempo, em
diversos lugares e contextos.
Considerações Finais
O ser humano é dotado de várias capacidades, mas precisa se
dedicar para desenvolver certas habilidades. Por isso frequenta institutos de
ensino mesmo já tendo se desenvolvido, em maior ou menor grau. Até que se
chegue a fase escolar, é no lar que se tem o primeiro contato com a leitura,
ouvindo histórias contadas ao pé da cama ou tendo contato com livros dos
pais. Mas é na escola que tudo se afirma e deve-se tomar cuidado para que o
ler ou ouvir histórias não se torne algo cansativo com fins puramente didáticos,
pois o professor tem a missão de educar os alunos para a vida social, levando
a eles informações e conhecimentos que possibilitem sua formação para que
sejam capazes de modificar a sua própria realidade.
Percebe-se, pelo que foi exposto, que a aquisição normal do hábito
de ler deve acontecer de forma natural sem imposições. Portanto, os
educadores necessitam ter em mente que leitura, análise e produção de texto
são atividades realizadas em todas as disciplinas e, para que os estudantes
interpretem corretamente as informações, é necessário o desenvolvimento
adequado de habilidades de leitura desde as primeiras séries iniciais. Logo, por
meio da leitura, se conhece um pouco mais o próprio país, ou quem sabe o
mundo, sem sair do lugar onde vivemos.
Dessa maneira se realiza a democratização do conhecimento para
que a língua não se torne um meio de discriminação social e sim um processo
de construção de cidadania. Então, a aplicação de técnicas que auxiliem os
educandos, por parte dos professores, resulta em um melhor desempenho na
leitura de textos didáticos e auxiliares. A leitura deve ser resultado de uma
relação afetiva entre leitor e o texto numa pedagogia de diálogo em que se
estabelece relação entre o psicológico e o social. O amor pelos livros é algo
11. que não aparece repentinamente. É necessário ajudar a criança a descobrir as
ideias novas, o prazer, enfim a sabedoria que a leitura pode lhe oferecer.
Deseja-se que este trabalho possa contribuir para a ampliação dos
conhecimentos, acerca das dificuldades em leitura e os caminhos para se
desenvolver no aluno o gosto pelo hábito de ler. Assim como a prática
realizada para a completude desse projeto de pesquisa, por todas as razões
acima descritas, pode ser considerada de grande valia para professores em
geral de forma a enriquecer suas propostas de intervenção pedagógica futuras.
Referências Bibliográficas
BARBOSA, Raquel Lazzari L. Dificuldades de leitura: a busca da chave do
segredo. São Paulo: Arte & Ciência, 1998. Coleção Universidade Aberta.
BARTHES, Roland. O Prazer do Texto. Tradução: Maria Margarida Barahona.
Coleção Signos. Lisboa: Edições 70, 1974.
FREIRE, Paulo. A importância do Ato de ler: em três artigos que se
completam. 22 edição. São Paulo: Cortez, 1988. 80p.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19ª edição. São Paulo: Brasiliense,
2007.
PENNAC, Daniel. Como um romance. Tradução de Leny Werneck. Rio de
Janeiro: ed. Rocco, 1993.
PERISSÉ, Gabriel. Ler, pensar e escrever. 2ª ed. Pelotas: Arte e Ciência,
1998.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Unidades de Leitura - Trilogia pedagógica.
Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2003. Linguagens e sociedade.