Notas sobre a deriva fascizante em cursoGRAZIA TANTA
Em torno da pandemia, os governos mostram-se autoritários e fascizantes; o capitalismo mostra-se totalmente incapaz de parar a sua demente deriva baseada no crescimento. Nesse contexto, os seres humanos valem enquanto têm utilidade para a acumulação capitalista.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
Paródia na paróquia – a eleição presidencial GRAZIA TANTA
Sumário
1 – Democracia, sim; palhaçada não!
2 - As figuras de Presidente da República (PR) no atual regime
3 - O crescente desinteresse pela eleição presidencial… e não só…
4 – A inutilidade de um cargo marcado por saudosismo monárquico
5 – Que filosofia e instrumentos para a construção da democracia?
O sistema financeiro como elemento dominante no capitalismo atualGRAZIA TANTA
Os efeitos do capitalismo resultam da sua lógica de crescimento infinito para o valor criado, tomando a produção de bens e serviços úteis para a Humanidade como subsequente e não o objetivo central. No topo das decisões pairam malfeitores inteligentes e imbecis ambiciosos cujo único desiderato é criar valor, no caso dos chamados empresários ou, elevar o PIB no caso das classes políticas.
Sumário
1 - A afirmação de um Big Brother
2 - Crédito total dirigido ao sector não financeiro (% do PIB)
3 - Crédito total concedido ao sector público (% do PIB)
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
As últimas eleições autárquicas. observações e comparaçõesGRAZIA TANTA
Sumário
1 – Rotina eleitoral típica em democracia de mercado
2 - Os campeonatos autárquicos recentes
3 - Generalidades sobre o último campeonato autárquico
O que se esconde na sombra da campanha do coronavírusGRAZIA TANTA
Toda a narrativa ancorada no coronavírus baseia-se em duas taras que se cruzam para controlar a Humanidade – o capitalismo nesta sua fase neoliberal e genocida; e os propósitos de redução do efetivo de seres humanos. A segunda componente não é muito visível em Portugal mas a primeira teve a sua peça principal no layoff simplificado e no desemprego que se lhe seguirá
Sumário
0 – Prólogo
1 - O regime oligárquico e autoritário em seu esplendor
2 - A vida dos confinados
3 - As grandes instâncias globais
Notas sobre a deriva fascizante em cursoGRAZIA TANTA
Em torno da pandemia, os governos mostram-se autoritários e fascizantes; o capitalismo mostra-se totalmente incapaz de parar a sua demente deriva baseada no crescimento. Nesse contexto, os seres humanos valem enquanto têm utilidade para a acumulação capitalista.
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
Paródia na paróquia – a eleição presidencial GRAZIA TANTA
Sumário
1 – Democracia, sim; palhaçada não!
2 - As figuras de Presidente da República (PR) no atual regime
3 - O crescente desinteresse pela eleição presidencial… e não só…
4 – A inutilidade de um cargo marcado por saudosismo monárquico
5 – Que filosofia e instrumentos para a construção da democracia?
O sistema financeiro como elemento dominante no capitalismo atualGRAZIA TANTA
Os efeitos do capitalismo resultam da sua lógica de crescimento infinito para o valor criado, tomando a produção de bens e serviços úteis para a Humanidade como subsequente e não o objetivo central. No topo das decisões pairam malfeitores inteligentes e imbecis ambiciosos cujo único desiderato é criar valor, no caso dos chamados empresários ou, elevar o PIB no caso das classes políticas.
Sumário
1 - A afirmação de um Big Brother
2 - Crédito total dirigido ao sector não financeiro (% do PIB)
3 - Crédito total concedido ao sector público (% do PIB)
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
As últimas eleições autárquicas. observações e comparaçõesGRAZIA TANTA
Sumário
1 – Rotina eleitoral típica em democracia de mercado
2 - Os campeonatos autárquicos recentes
3 - Generalidades sobre o último campeonato autárquico
O que se esconde na sombra da campanha do coronavírusGRAZIA TANTA
Toda a narrativa ancorada no coronavírus baseia-se em duas taras que se cruzam para controlar a Humanidade – o capitalismo nesta sua fase neoliberal e genocida; e os propósitos de redução do efetivo de seres humanos. A segunda componente não é muito visível em Portugal mas a primeira teve a sua peça principal no layoff simplificado e no desemprego que se lhe seguirá
Sumário
0 – Prólogo
1 - O regime oligárquico e autoritário em seu esplendor
2 - A vida dos confinados
3 - As grandes instâncias globais
União dos Povos da Europa ou o nacionalismo à soltaGRAZIA TANTA
Nunca se esteve tão perto da unificação do género humano, nem nunca aquela foi tão necessária; basta manter a globalização e enterrar o capitalismo. É urgente ir criando uma Weltanschauung, uma cosmovisão que enquadre as estratégias e as táticas adequadas.
Portugal esfarela ao sol. É apenas um sítio, virado para o Atlântico, um Cabo Cadaveral.
Seria aconselhável que os elencos autárquicos fossem bem mais pequenos; que as assembleias tivessem reais poderes e que fosse a população a escolher os seus representantes, de modo direto e, não os partidos .
O mundo de hoje é o produto de imensas migrações – através de invasões ou de pequenos grupos - que contribuíram para o enriquecimento da espécie humana, em termos genéticos e culturais. Falar de pátrias e estados-nação é um disparate que convém a alguns. Simbolicamente, somos todos netos da Lucy.
Sumário
1 - Imigrantes e emigrantes, todos nativos do planeta
2 - População nativa e de estrangeiros residentes
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
Para uma constituição democrática com caráter de urgência – 1GRAZIA TANTA
Se a atual Constituição tem sido um brinquedo nas mãos de uns e um tabu para outros, com a imensa maioria a assistir, é tempo de criar uma democracia e uma Constituição Democrática.
Sumário
0 - Introdução
1 - Os grandes condicionantes da democracia
2 - Um sistema político que não serve os “de baixo”
2.1 - A base material da organização política de hoje
2.2 - Classe política é parasitismo
3 - Os direitos que preenchem uma democracia
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
2106 - Europa – um continente que se transforma em penínsulaGRAZIA TANTA
Habituámo-nos a considerar a Europa como um continente. E se a realidade política e económica a transformarem de dependência norte-americana em península asiática?
Quando a dívida aumenta a democracia encolhe 1-GRAZIA TANTA
Eles,
para utilizarem a dívida como instrumento do nosso empobrecimento precisam de sequestrar a democracia.
Nós,
para nos libertarmos, temos de mandar este regime político, com a dívida, pelo cano abaixo.
Sumário
1 - A dívida e as abordagens institucionais
2 Quatro elementos de ordem sistémica
Os desequilíbrios geopolíticos
A financiarização e o predomínio do capital financeiro global
As agendas próprias dos capitalismos nacionais
As caricaturas de democracia política
3 - A formação da dívida em Portugal
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
Vivem-se tempos em que se chama democracia a uma rotatividade de gangs políticos que parasitam os orçamentos; em que a precariedade no trabalho e na vida campeia perante sindicatos amorfos; em que uma gripe ...
Decrescimento, capitalismo e democracia de mercadoGRAZIA TANTA
O capitalismo é um sistema global e invasivo. E nenhuma contestação assente numa temática sectorial, localizada ou num grupo de ungidos, é suficiente para o extirpar
1 - O capitalismo é um sistema global e invasivo
2 – Como combater os grandes auxiliares da gestão capitalista
a) – Áreas para articulação na luta anticapitalista
b) - Elementos para enformar uma rede anticapitalista
Para um novo paradigma político; a re criação da democraciaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - Civilização ou barbárie? Democracia ou ditadura dos “mercados”?
2 – Democracia de mercado
3 - Reforço da pulsão anti-democrática em curso
4 – Entre os pides, qual o pior? O que dá porrada ou o “compreensivo”?
5 – Qual a função do Estado?
6 - O papel das ideologias
7 - O partido
8 – Como construir uma alternativa?
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
A globalização é tão velha como a Humanidade e a sua aceleração pelo capitalismo gerou imensas desigualdades. Nenhuma luta social ou política de combate às desigualdades tem seriedade ou validade se não tiver como objetivo último, o fim do capitalismo.
1 – Síntese da evolução recente do capitalismo
2 – As alternativas possíveis para estados periféricos
3 - A formação de desigualdades na Europa – 1
4 - A formação de desigualdades na Europa – 2
5 – Notas para uma solução
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
Há quem considere que a globalização tem de ser cavalgada pelo capitalismo e quem entenda que o nacionalismo deve substituir a globalização, aceitando o capitalismo. Duas vias, um só vencedor, o capital
O Pib, o Imi e outros modos de mercantilização da vidaGRAZIA TANTA
1 - O mercado, o PIB e a punção fiscal
2 - O banco de ideias de extorsão fiscal
3 - A habitação própria e o ilegítimo IMI
4 - Energias renováveis. Como os Estados se apropriam do sol e do vento
5 - Os latrineiros
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesGRAZIA TANTA
Em 2007, no Tratado de Lisboa, com pompa e circunstância, prometia-se uma coesão territorial e social no seio da UE. Em 2021 as discrepâncias demográficas continuam enormes e permanentes
Desigualdades na dinâmica demográfica na Península Ibérica (1990/2019)GRAZIA TANTA
Espanha e Portugal são duas realidades demográficas muito distintas. Em Espanha há elevada imigração e crescimento da população autóctone. Em Portugal, observa-se uma imigração comparativamente modesta e quebra na população autóctone. Por outro lado, são evidentes as diferenças na formação de riqueza (aumento do PIB), muito mais baixa em Portugal no século XXI.
O teatro eleitoral em portugal – 2005 15GRAZIA TANTA
1 - Uma década em dez pontos perdida
2 - As eleições nos últimos dez anos e a estagnação política
2.1 - O desempenho do partido-estado (PSD/PS)
2.2 - Os comportamentos na esquerda
2.3 - A direita assumida
União dos Povos da Europa ou o nacionalismo à soltaGRAZIA TANTA
Nunca se esteve tão perto da unificação do género humano, nem nunca aquela foi tão necessária; basta manter a globalização e enterrar o capitalismo. É urgente ir criando uma Weltanschauung, uma cosmovisão que enquadre as estratégias e as táticas adequadas.
Portugal esfarela ao sol. É apenas um sítio, virado para o Atlântico, um Cabo Cadaveral.
Seria aconselhável que os elencos autárquicos fossem bem mais pequenos; que as assembleias tivessem reais poderes e que fosse a população a escolher os seus representantes, de modo direto e, não os partidos .
O mundo de hoje é o produto de imensas migrações – através de invasões ou de pequenos grupos - que contribuíram para o enriquecimento da espécie humana, em termos genéticos e culturais. Falar de pátrias e estados-nação é um disparate que convém a alguns. Simbolicamente, somos todos netos da Lucy.
Sumário
1 - Imigrantes e emigrantes, todos nativos do planeta
2 - População nativa e de estrangeiros residentes
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
Para uma constituição democrática com caráter de urgência – 1GRAZIA TANTA
Se a atual Constituição tem sido um brinquedo nas mãos de uns e um tabu para outros, com a imensa maioria a assistir, é tempo de criar uma democracia e uma Constituição Democrática.
Sumário
0 - Introdução
1 - Os grandes condicionantes da democracia
2 - Um sistema político que não serve os “de baixo”
2.1 - A base material da organização política de hoje
2.2 - Classe política é parasitismo
3 - Os direitos que preenchem uma democracia
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
2106 - Europa – um continente que se transforma em penínsulaGRAZIA TANTA
Habituámo-nos a considerar a Europa como um continente. E se a realidade política e económica a transformarem de dependência norte-americana em península asiática?
Quando a dívida aumenta a democracia encolhe 1-GRAZIA TANTA
Eles,
para utilizarem a dívida como instrumento do nosso empobrecimento precisam de sequestrar a democracia.
Nós,
para nos libertarmos, temos de mandar este regime político, com a dívida, pelo cano abaixo.
Sumário
1 - A dívida e as abordagens institucionais
2 Quatro elementos de ordem sistémica
Os desequilíbrios geopolíticos
A financiarização e o predomínio do capital financeiro global
As agendas próprias dos capitalismos nacionais
As caricaturas de democracia política
3 - A formação da dívida em Portugal
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
Vivem-se tempos em que se chama democracia a uma rotatividade de gangs políticos que parasitam os orçamentos; em que a precariedade no trabalho e na vida campeia perante sindicatos amorfos; em que uma gripe ...
Decrescimento, capitalismo e democracia de mercadoGRAZIA TANTA
O capitalismo é um sistema global e invasivo. E nenhuma contestação assente numa temática sectorial, localizada ou num grupo de ungidos, é suficiente para o extirpar
1 - O capitalismo é um sistema global e invasivo
2 – Como combater os grandes auxiliares da gestão capitalista
a) – Áreas para articulação na luta anticapitalista
b) - Elementos para enformar uma rede anticapitalista
Para um novo paradigma político; a re criação da democraciaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - Civilização ou barbárie? Democracia ou ditadura dos “mercados”?
2 – Democracia de mercado
3 - Reforço da pulsão anti-democrática em curso
4 – Entre os pides, qual o pior? O que dá porrada ou o “compreensivo”?
5 – Qual a função do Estado?
6 - O papel das ideologias
7 - O partido
8 – Como construir uma alternativa?
Centro e periferias na europa – a dinâmica das desigualdades desde 1990 (1)GRAZIA TANTA
A globalização é tão velha como a Humanidade e a sua aceleração pelo capitalismo gerou imensas desigualdades. Nenhuma luta social ou política de combate às desigualdades tem seriedade ou validade se não tiver como objetivo último, o fim do capitalismo.
1 – Síntese da evolução recente do capitalismo
2 – As alternativas possíveis para estados periféricos
3 - A formação de desigualdades na Europa – 1
4 - A formação de desigualdades na Europa – 2
5 – Notas para uma solução
O grande problema chama se capitalismo e não globalizaçãoGRAZIA TANTA
Há quem considere que a globalização tem de ser cavalgada pelo capitalismo e quem entenda que o nacionalismo deve substituir a globalização, aceitando o capitalismo. Duas vias, um só vencedor, o capital
O Pib, o Imi e outros modos de mercantilização da vidaGRAZIA TANTA
1 - O mercado, o PIB e a punção fiscal
2 - O banco de ideias de extorsão fiscal
3 - A habitação própria e o ilegítimo IMI
4 - Energias renováveis. Como os Estados se apropriam do sol e do vento
5 - Os latrineiros
Demografia na Europa – um mundo de desigualdadesGRAZIA TANTA
Em 2007, no Tratado de Lisboa, com pompa e circunstância, prometia-se uma coesão territorial e social no seio da UE. Em 2021 as discrepâncias demográficas continuam enormes e permanentes
Desigualdades na dinâmica demográfica na Península Ibérica (1990/2019)GRAZIA TANTA
Espanha e Portugal são duas realidades demográficas muito distintas. Em Espanha há elevada imigração e crescimento da população autóctone. Em Portugal, observa-se uma imigração comparativamente modesta e quebra na população autóctone. Por outro lado, são evidentes as diferenças na formação de riqueza (aumento do PIB), muito mais baixa em Portugal no século XXI.
O teatro eleitoral em portugal – 2005 15GRAZIA TANTA
1 - Uma década em dez pontos perdida
2 - As eleições nos últimos dez anos e a estagnação política
2.1 - O desempenho do partido-estado (PSD/PS)
2.2 - Os comportamentos na esquerda
2.3 - A direita assumida
Social democracia. afunda-se ou renova-se (concl.)GRAZIA TANTA
A velha social-democracia mostrou-se totalmente incapaz de fazer frente à crise iniciada em 2008 e ao avanço do fascismo; a nova, também nada veio acrescentar.
A nova social-democracia deixou as vestes leninistas sem perder o seu amor ao capitalismo, restringindo-o ao neoliberalismo dominante; pretende que a democracia de mercado e a apropriação do pote passam a estar legitimados com a sua inserção no aparelho de estado e na animação parlamentar.
A Constituição (CRP) e alguns dos seus princípios oligárquicosGRAZIA TANTA
A CRP conseguiu juntar estimáveis princípios de ordem geral com uma clara preocupação em centralizar a decisão numa classe política, avessa e desconfiada de qualquer forma de poder democrático. Os deméritos da CRP são não ter evitado a rapina dos bens públicos nem ter potenciado o aprofundamento da democracia.
Sumário
1 – Introdução
2 - A soberania
3 - O povo cria o Estado ou é o Estado que cria o povo ?
4 - Quem constitui o povo?
5 - A captura da democracia
6 – A invalidação dos referendos
A - Democracia direta - para uma definição operacional
B - Lições a tirar das manobras de Trump no “quintal” latino-americano
C – Na paróquia lusa um prémio Nobel costuma ser seguido com beata veneração
D - Os 44 anos do 25 de Novembro e o cumprimento dos seus objetivos
E - Sobre o patriotismo
Sobre a democracia - a democracia e a sua usurpação 1a parte-GRAZIA TANTA
Sumário
1- Um contexto civilizacional para mudança urgente
2- Estado não rima com democracia
3- Exemplos democráticos na Antiguidade
Ciro, o Grande, rei dos persas
A democracia ateniense
4 - Factores de neutralização da participação democrática
Presidente da república – figura dispensável num regime democráticoGRAZIA TANTA
Nada melhor do que uma campanha presidencial para uma reflexão sobre a inutilidade do cargo, emanação oligárquica de um chamado poder moderador construído para controlar os parlamentos, as verdadeiras representações dos povos em regimes genuinamente democráticos; como não é o caso português
1 – Um problema central – o regime político
2 - A luta entre a democracia e as oligarquias; a invenção do poder moderador
3 - A figura do PR na história portuguesa
4 - O papel do PR na Constituição portuguesa
4.1 - As funções presidenciais; as potenciais, as inúteis e as burocráticas
Esta 'esquerda' é a tranquilidade da direitaGRAZIA TANTA
Sumário
Uma justificação
1 – A sombria realidade que entra por portas e janelas
2 – O continuado empenho da esquerda institucional na conservação do sistema
3 – Para a multidão em Portugal, a esquerda institucional de pouco tem servido
a) Uma repartição escandalosa do rendimento
b) O salário médio em Portugal e na Europa
c) O salário mínimo em Portugal e na Europa
d) A conflitualidade – o número de greves
e) A conflitualidade – o número de dias de greve
f) A conflitualidade – o número de trabalhadores grevistas
g) Conflitualidade em Portugal (1990/2007)
h) Votação na esquerda institucional em legislativas
4 - A necessidade de reflexão e mudança de paradigma
Porque não há uma estratégia popular anticapitalistaGRAZIA TANTA
Sumário
1 - O fim da História ou o eterno retorno?
2 – A vitória do mercado assentou-se na barbárie
3 – Os objetivos comuns entre classes políticas e capitalistas
4 - Sobre o chamado socialismo
5 – Para uma estratégia de sobrevivência e de mudança
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
Sumário
1 - O BideNato em construção
2 - A Europa do futuro
3 - A decadência europeia tem a cara de von der Leyen
4 - As mudanças geopolíticas das últimas décadas
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
1 – Sem economia não há poder militar pujante
2 - A proliferação militar dos EUA no planeta
2.1 - Oriente e Oceânia
2.2 - Europa
2.3 – Médio Oriente
2.4 – África
2.5 – América
3 – EUA, um predestinado malfeitor
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
1 – A expansão descontrolada do sistema financeiro
2 - O poder e a dimensão do sector financeiro
3 - Os passivos do sector financeiro e a sua evolução
4 - Passivos financeiros e salários mínimos
1 - A concorrência entre conferências
2 - Ataque judicial ao futebol. É a sério?
3 - O encravado Cravinho e os "casos" que, na tropa, são mais que muitos
4 - Marcelo, o Grande... e o próximo carnaval eleitoral
5 - Rendeiro e as instituições da paróquia
6 - Nota enviada a P--- sobre o militarismo e a NATO
7 – O domínio do eucaliptal
8 - Múmia falou!
9 - A reunião virtual da NATO foi um espetáculo…
10 - Medina e Moedas, a mesma luta, o mesmo lixo fedorento
2110 - As últimas eleições autárquicas. Detalhe de um campeonato (2)
O Estado e a mediação política
1. Grazia.tanta@gmail.com 10/9/2020 1
O Estado e a mediação política
- o funcionamento de uma sociedade de controlo -
1 - O modelo social-democrata
2 - Partidos, sindicatos e associações patronais
(((((((((( + ))))))))))
1 - O modelo social-democrata
A atribuição a cada pessoa de uma caraterização individualizada, tipo mónada, na
construção da paz social-democrata do pós-guerra, foi acompanhada da
construção de enormes aparelhos de Estado; um, militar na sequência da guerra
mas, também um administrativo, vocacionado para reconstruir o tecido produtivo
e as suas relações económicas internas mas também uma forte intervenção na
área social, com a criação da Segurança Social, por exemplo, desenvolvida por
Beveridge, na sequência de Bismark, décadas atrás.
Pretendia-se um posicionamento entre pessoas isoladas, atomizadas, por um
lado e, um poderoso aparelho de Estado como seu representante único, por
outro; como único era, também, para a população, um estado-nação, como
referência ancorada numa narrativa histórica, mais ou menos falsificada, à medida
das conveniências das camadas possidentes. A própria designação de estado-
nação revela a fusão entre duas entidades únicas e inquestionáveis impostas aos
indígenas de um território – o Estado - como aparelho, gestor supremo de uma
realidade, a Nação, mesmo quando nesse território se encontrassem várias
nações, com as suas tradições e culturas específicas.
Naturalmente, o Estado teria de encontrar estruturas de enquadramento das
pessoas singulares e, as Igrejas que no passado haviam desempenhado quase em
2. Grazia.tanta@gmail.com 10/9/2020 2
monopólio essa função, perderam a sua atração, no contexto de sociedades
laicizadas, como consequência da própria lógica materialista da acumulação de
capital; e, com a salvação das almas como preocupação, remetida aos mais
crentes.
Assim, foi criado um modelo dito democrático através do relevo político e
institucional atribuído a três estruturas, tidas como de enquadramento da
população – os partidos, os sindicatos e as associações patronais. Os seus
interesses, naturalmente, não são coincidentes mas, objeto de uma confeção
última ou tornada unitária por decisão do Estado, através da chancela do
governo. Essas estruturas, sendo dominantes e mais mediatizadas, não
representam toda a sociedade; por exemplo, as hierarquias militares, os credos
religiosos dominantes, o sistema financeiro, os grandes capitalistas, o capital
estrangeiro, certas embaixadas, o mundo do futebol… contribuem para o
preenchimento da matriz de relações que envolvem o Estado. Mas, relacionam-se
com aquele de modo menos formal ou menos mediatizado, quando não sem
qualquer notoriedade pública.
Esse modelo – que se chamou social-democrata – pretendia e pretende a
harmonização entre as partes, através de uma cúpula decisória que mediatize a
unidade política e a conciliação dos interesses económicos e sociais. Uma
aplicação prática foi definida por Cunhal, em Portugal, no princípio dos anos 60,
como a “unidade dos portugueses honrados” - um conceito moralista e pouco…
marxista - que deixava de fora os grandes grupos económicos e financeiros da
época que naturalmente, tratavam dos seus interesses diretamente com o
governo se, não mesmo com Salazar1
. Hoje, também não consta que a EDP, a
Galp, a Volkswagen, a Lone Star ou o sistema financeiro vejam os seus interesses
tratados em sede da Concertação Social mas antes, em instância mais elevada e
1
Salazar recebia a visita frequente de Gulbenkian, mantendo ambos laços de amizade. E, sendo ambos,
francamente forretas, Gulbenkian nas suas visitas comprava ovos à D. Maria que geria uma capoeira em S. Bento.
Este testemunho foi prestado por Fernando Dacosta num programa de rádio há alguns anos.
3. Grazia.tanta@gmail.com 10/9/2020 3
mais discreta, como um ministro ou um primeiro-ministro. Uma maior e
determinante inserção de um pequeno e pouco influente país no plano global,
tende, de facto, a tornar a Concertação Social como uma montra para pequenas e
médias empresas, para dar voz, direito a mediatização formal, a estruturas
esvaziadas como os sindicatos e as associações patronais.
No âmbito de uma concertação social – tomada como algo mais abrangente
politicamente do que a figura institucional com o mesmo nome, o papel do
governo será a gestão do aparelho de Estado de modo a harmonizar aqueles
interesses políticos e sociais, acompanhar as discussões no âmbito das instâncias
internacionais, mormente no seio da UE - independentemente do que os lobbies
instalados em Bruxelas possam conseguir – lutar por fundos comunitários,
discutir os níveis do deficit e do endividamento público, etc.
2 - Partidos, sindicatos e associações patronais
Voltando atrás, ao modelo social-democrata, o enquadramento da população
faz-se através dos partidos, dos sindicatos e das associações patronais.
Os partidos tendem a ser estruturas fechadas, oligárquicas, autoritárias, onde a
hierarquia é pesada e a democracia apenas propaganda para o exterior; algo que
não preocupa outras estruturas oligárquicas, como as empresas, o aparelho de
Estado ou as estruturas religiosas. No seu seio desenvolvem-se lutas intestinas
para cargos internos, como por nomeações para instituições que detenham
poder e/ou permitam desvios de fundos, remunerações interessantes, subsídios
estatais ou autárquicos e despachos constituintes de direitos; ou, simplesmente
uma maior notoriedade pública, como degraus conducentes a futuros cargos. As
nomeações de quadros partidários para órgãos do poder são uma via habitual de
promoção a um patamar superior quanto a remunerações legais ou ilegais; neste
ponto, note-se que referir corrupção é sinónimo de envolvimento de quadros
partidários, obviamente, com maior incidência dos pertencentes aos partidos do
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poder – em Portugal o PS/PSD. E daí, lutas intestinas acerbas num quadro muito
concorrencial dentro de cada partido, como no seio da oligarquia que constitui o
sistema partidário.
Como são, de facto, estruturas do Estado, aos partidos são-lhes atribuídos
fundos, mordomias e, a garantia de que as decisões políticas lhes competem
mesmo que a sua representatividade real seja bastante baixa. Como os sistemas
políticos, historicamente, são oligárquicos, é norma a vigência de modelos de
representação em que só os membros dos partidos ou, tolerados pelas suas
autocráticas chefias, se podem candidatar a uma representação. Assim, as
eleições, de facto, nada têm de democráticas; os candidatos que se apresentam
são escolhidos diretamente pelos diretórios partidários e, os seus mandatos não
podem ser revogados por quem neles votou; até porque as votações são em
listas partidárias, sem possibilidade de escolhas individualizadas, na maior parte
dos países. As castas partidárias tornam-se, pela relativa estabilidade da sua
presença em órgãos estatais – por via de eleições ou não – como pelas suas
mordomias e direitos especiais, uma verdadeira nobreza; replicam a vida política
dos séculos XVIII e XIX, constituindo, por rejeição aristocrática, uma nova classe
de sans-coulotes mais pacificados e embrutecidos do que os seus antepassados.
São estas castas nobres, hierarquizadas entre si, que ocupam todas as situações
de representação e tomam todas as decisões no âmbito dos governos –
nacionais, regionais e autárquicos; que ocupam o Tribunal Constitucional, as altas
esferas da administração pública, das empresas públicas e ainda a inútil figura de
Presidente da República. Tudo isso, devidamente selado numa Constituição, tão
sacralizada como incumprida, na proporção dos detalhes ridículos que lá se
encontram e que a torna uma das mais compridas do mundo. E que, nunca
cumpriu os nobres intuitos do seu preâmbulo colocando Portugal com uma
população forçada a emigrar, correspondente a 18.8% dos residentes, contra
apenas 3.7% no estado espanhol.
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O modelo de representação nas democracias de mercado exclui, liminarmente,
quem não pertença a partidos e exige que uma candidatura seja incluída sob a
sigla de um partido, com o aval da sua chefia, em regra, com poderes muito
marcados para o efeito. O nº 2 do artº 10º da Constituição refere que “os
partidos políticos concorrem para a organização e para a expressão da vontade
popular”. E, de facto, fora de um partido, ninguém se pode candidatar a
deputado à AR, pelo que ninguém ali pode ser apontado como representante de
ninguém. Por outro lado, as circunscrições eleitorais para a AR baseiam-se nos
distritos – que não existem – tal como as regiões administrativas que os deveriam
ter substituído (artº 291º da CRP), o que também não aconteceu. Passados… 44
anos…
O realismo oportunista dos partidos ditos de direita tende a fundir-se com o dos
partidos referidos como de esquerda; todos, em confortável acomodação a uma
bipolarização bolorenta, num plano alargado de social-democracia, destinada a
manter ad aeternum a mansidão da plebe e que esta continue, a aceitar a
precariedade como norma de vida.
Neste contexto, sedimentado e putrefacto de democracia, o modelo de
representação vigente é um dado adquirido que se não discute. Vigora a ideia de
que o povo é enganado mas não sabe que o é ou, que não quer saber, mais
preocupado com a hipótese de despedimento, de encontrar algo que permita um
regular (mesmo baixo) salário, com o pagamento das prestações da habitação, do
carro e de um telemóvel repleto de inutilidades, sendo as mais dispensáveis a de
um geolocalizador do seu portador e a da serialização de pessoas, seus dados e
opiniões.
Gera-se assim um ambiente de alienação, em que tudo o que está à superfície é
falso, precário, insatisfatório, um mau teatro; tal como acontece com o dominante
sistema financeiro que acresce os seus ativos, sabendo que nada representam
que não a crença no seu crescimento infinito. A vida em capitalismo atulha-se de
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um virtual chamado à realidade pelo atual coronavírus sabendo-se que o seu
sucessor virá dentro de pouco tempo.
Os sindicatos, na sua origem, integravam os processos reivindicativos próprios de
uma conjuntura económica e política, na procura da valorização profissional e
salarial dos seus membros. Como se vulgarizou a sua ligação a partidos políticos,
daí surgiu a integração dos processos reivindicativos nos calendários políticos e
eleitorais, a cargo de funcionários sindicais e, o surgimento de
trabalhadores/funcionários/quadros partidários em funções durante décadas e no
seio de pesadas burocracias.
A precarização acelerada das funções laborais, com regulares e alternados
períodos de trabalho e de desemprego foi integrada pelo Estado, como gestor de
subsídios de desemprego e da paz social, em favor do empresariato e do infinito
crescimento do PIB. Pretende-se uma paz social que atraia os investidores,
mormente estrangeiros, um desígnio comum ao Estado como às burocracias
sindicais; ambas necessitam de mais “crescimento”, de gerar mais emprego, para
a eternização do capitalismo e do trabalho assalariado, de preferência precário.
O Estado, ao gerir o desemprego e os rendimentos de substituição, assumiu
essas funções, coletivizando-as, integrando-as, como naturalidade, na ordem
capitalista, ao mesmo tempo que os sindicatos se tornaram instituições
burocráticas, geridas, de facto, por funcionários; ainda que de inscrição
voluntária, ao contrário de muitas ordens.
Mais recentemente, inflacionou-se o número de ordens, como um retorno a um
medievo corporativismo, de integração obrigatória, de controlo de profissionais
que, trabalhando ou não por conta de outrem, encontram ali uma supervisão
cara, exigente, favorecendo os instalados, deixando os iniciados ao sabor das
contingências do incontornável mercado. Algumas, apesar da designação de
ordem, não passam de associações na qual não há a obrigação de inscrição.
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No âmbito mais claramente político, as confederações sindicais, mesmo
enfraquecidas, com uma representatividade em queda, pela não sindicalização ou
pela criação de sindicatos autónomos integram, em regra, corporativivismos
grupais. A UGT – uma criatura inventada nos anos 70, paga em marcos alemães,
para rivalizar com a CGTP – visou a instituição de um “mercado” sindical que
conduziu à inclusão de ambas as centrais na Concertação Social. Esta, continua a
ser uma cortina mediática para a feira de favorecimentos ao patronato mais
rasteiro, com algumas concessões à representação dos trabalhadores por parte
do governo de turno. Na política é vulgar que algo tenha de mudar para que
tudo fique na mesma, depois de lavada a cara.
As associações patronais representadas na referida Concertação, têm como
mister, a indústria, o comércio e os serviços, a agricultura e o turismo, incluindo,
nomeadamente o vasto conjunto de pequenas e médias empresas que têm uma
caraterística, porventura única na Europa - a dos seus donos terem um perfil de
habilitações inferior ao dos trabalhadores que os servem.
Portugal -2017 (%)
Básico Secundário Superior
Trab. C/Outrem 43,7 28,6 27,7
Trab C/Própria 70,6 13,3 16,1
Patrões 56,4 23,5 20,1
Portugal – 2009
Trab. C/Outrem 62,3 19,6 18,1
Patrões 78,9 10,3 10,8
Espanha -2009
Trab. C/Outrem 39,0 24,3 36,8
Patrões 48,1 22,9 29,0
Fonte - Península Ibérica em Números
%
d
a
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Dados sobre os países europeus relativos a 2016 - população empregada (%)
Básico Secundário Superior
Valores mais baixos Lituânia - 3,6
Espanha - 24,3
Portugal - 25,7
Roménia 20,5
Portugal - 26
Valores mais elevados
Portugal - 48,4
Espanha - 33,0
Eslováquia - 72,0
Chipre - 45,7
Espanha - 42,7
Employment and Unemployment Statistics, EU-Labour Force Survey (Eurostat)
É na Concertação que os governos, o poder de Estado, dialoga com o baixo
empresariato e as estruturas de enquadramento do trabalho. A relação dos
governos com as grandes empresas de capital estrangeiro presentes em Portugal
processa-se com uma grande discrição, fora da referida Concertação. No que se
refere ao sistema financeiro, quase todo ele dominado pelo capital estrangeiro,
depois da crise de 2013, a situação é de subserviência governamental, como se
tem visto no processo do “polinómio” – BES, Banco bom, Banco mau, Novo
Banco, Fundo de Resolução – onde o papel do Estado português é o de canalizar
fundos, antecipadamente dados como perdidos, oriundos da massa tributária
extorquida à população do país mais pobre da Europa Ocidental.
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