O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
A dívida pública portuguesa tem vindo a aumentar, tal como o volume dos juros, a despeito da redução do deficit e isso leva a que se pergunte quais os limites para o desmantelamento dos serviços públicos e para o aumento das receitas. Esta situação, há muito deixou de ser um problema financeiro e o afundamento do BES, da empresa de regime PT e os casos judiciais de corrupção revelam que há um problema político, de regime.
Na UE o panorama é semelhante ainda que atenuado pela maior pujança económica dos países do Centro; porém, a falta de democracia, a aceitação do TTIP e o caso LuxLeaks revelam também uma aproximação dos limites físicos do capitalismo.
A redução dos deficits, mormente em Portugal, nada tem de virtuosa; baseia-se na redução dos saldos primários negativos que mais não representam que a expressão da perda de direitos e cortes em serviços públicos à população. E fazem o deficit quase coincidir com os crescentes pagamentos de juros, como manda o BCE, a UE e o sistema financeiro que os guia.
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívida 3GRAZIA TANTA
Uma captura é uma forma de violência. Uma dívida baseada na violência é ilegítima, mesmo que aceite pelas classes políticas, onde coabitam corruptos e distraídos. Só quanto a produtos derivados criados pelo sistema financeiro cabe a cada ser humano $ 125000; e, mesmo se se contentassem com juros na ordem dos 3%, cada ser humano, em média teria de contribuir, por ano com $ 3750 para a engorda do capital financeiro.
Sumário
4 – Ilegitimidade relativa aos meios de constituição de dívida
5 - A insustentabilidade da dívida
5.1 – A insustentabilidade da dívida portuguesa
Índice
1 - O papel dos Estados na crise
2 – O regresso do deficit
3 - A miserável gestão PS/PSD das contas públicas
3.1 – A dívida pública
3.2 – O PIB e a economia paralela
3.3 – Repartição do rendimento
3.4 – Apoios aos empresários
a. Ajudas do Estado às empresas
b. As parcerias público-privado
c. QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional
d. Os apoios anti-crise
e. Convites ao incumprimento fiscal e contributivo
f. Prescrições de dívida
g. Anulações
h. Os benefícios fiscais
i. A dívida fiscal e de contribuições para a Segurança Social
3.5 - Privatizações
4 - Quadro-síntese
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
Sumário
1- Apontamentos sobre o descrédito da teologia neoliberal
2 - Evoluções e involuções no capitalismo
3 - Os reformadores do capitalismo
4 - O que dizem e fazem alguns reformadores ilustres
a) Gordon Brown, primeiro-ministro inglês
b) Daniel Held, professor na London School of Economics
c) George Soros, especulador financeiro e filantropo
d) Bill Gates, o “special one” do dinheiro
e)Jeffrey Sachs, professor de Economia na Universidade de Columbia, onde é director do Earth Institute
f) Stiglitz, prémio Nobel da Economia, ex-quadro do Banco Mundial é, talvez o mais consistente dos reformadores
g) Obama, “powerpoint” promocional do capitalismo
A dívida de pessoas e empresas – a dependência eternaGRAZIA TANTA
Sumário
1 – Introdução ao modelo de dependência empobrecedora
2 – Cotejo da dívida com o PIB, a FBCF e os rendimentos do trabalho e da empresa
3 - Crédito concedido a particulares ou famílias e empresas
3.1 – Crédito concedido a particulares ou famílias
3.2 – Crédito concedido a empresas
3.2.1 – O crédito concedido por prazos de reembolso
3.2.2 – Distribuição do crédito pela dimensão da dívida
3.2.3 – Distribuição setorial do crédito – A formação da deriva imobiliária
3.2.4 – A distribuição setorial do crédito e do emprego
3.2.5 – A distribuição setorial do crédito e a destruição de capital
3.2.6 – O divórcio entre o crédito e o investimento
3.3 - Crédito malparado
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
A dívida pública portuguesa tem vindo a aumentar, tal como o volume dos juros, a despeito da redução do deficit e isso leva a que se pergunte quais os limites para o desmantelamento dos serviços públicos e para o aumento das receitas. Esta situação, há muito deixou de ser um problema financeiro e o afundamento do BES, da empresa de regime PT e os casos judiciais de corrupção revelam que há um problema político, de regime.
Na UE o panorama é semelhante ainda que atenuado pela maior pujança económica dos países do Centro; porém, a falta de democracia, a aceitação do TTIP e o caso LuxLeaks revelam também uma aproximação dos limites físicos do capitalismo.
A redução dos deficits, mormente em Portugal, nada tem de virtuosa; baseia-se na redução dos saldos primários negativos que mais não representam que a expressão da perda de direitos e cortes em serviços públicos à população. E fazem o deficit quase coincidir com os crescentes pagamentos de juros, como manda o BCE, a UE e o sistema financeiro que os guia.
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívida 3GRAZIA TANTA
Uma captura é uma forma de violência. Uma dívida baseada na violência é ilegítima, mesmo que aceite pelas classes políticas, onde coabitam corruptos e distraídos. Só quanto a produtos derivados criados pelo sistema financeiro cabe a cada ser humano $ 125000; e, mesmo se se contentassem com juros na ordem dos 3%, cada ser humano, em média teria de contribuir, por ano com $ 3750 para a engorda do capital financeiro.
Sumário
4 – Ilegitimidade relativa aos meios de constituição de dívida
5 - A insustentabilidade da dívida
5.1 – A insustentabilidade da dívida portuguesa
Índice
1 - O papel dos Estados na crise
2 – O regresso do deficit
3 - A miserável gestão PS/PSD das contas públicas
3.1 – A dívida pública
3.2 – O PIB e a economia paralela
3.3 – Repartição do rendimento
3.4 – Apoios aos empresários
a. Ajudas do Estado às empresas
b. As parcerias público-privado
c. QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional
d. Os apoios anti-crise
e. Convites ao incumprimento fiscal e contributivo
f. Prescrições de dívida
g. Anulações
h. Os benefícios fiscais
i. A dívida fiscal e de contribuições para a Segurança Social
3.5 - Privatizações
4 - Quadro-síntese
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
Sumário
1- Apontamentos sobre o descrédito da teologia neoliberal
2 - Evoluções e involuções no capitalismo
3 - Os reformadores do capitalismo
4 - O que dizem e fazem alguns reformadores ilustres
a) Gordon Brown, primeiro-ministro inglês
b) Daniel Held, professor na London School of Economics
c) George Soros, especulador financeiro e filantropo
d) Bill Gates, o “special one” do dinheiro
e)Jeffrey Sachs, professor de Economia na Universidade de Columbia, onde é director do Earth Institute
f) Stiglitz, prémio Nobel da Economia, ex-quadro do Banco Mundial é, talvez o mais consistente dos reformadores
g) Obama, “powerpoint” promocional do capitalismo
A dívida de pessoas e empresas – a dependência eternaGRAZIA TANTA
Sumário
1 – Introdução ao modelo de dependência empobrecedora
2 – Cotejo da dívida com o PIB, a FBCF e os rendimentos do trabalho e da empresa
3 - Crédito concedido a particulares ou famílias e empresas
3.1 – Crédito concedido a particulares ou famílias
3.2 – Crédito concedido a empresas
3.2.1 – O crédito concedido por prazos de reembolso
3.2.2 – Distribuição do crédito pela dimensão da dívida
3.2.3 – Distribuição setorial do crédito – A formação da deriva imobiliária
3.2.4 – A distribuição setorial do crédito e do emprego
3.2.5 – A distribuição setorial do crédito e a destruição de capital
3.2.6 – O divórcio entre o crédito e o investimento
3.3 - Crédito malparado
Os dez anos de crise – ganhadores e perdedoresGRAZIA TANTA
Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB mantém-se anémico baseado em salários baixos e no desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como alternativa....
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
A situação miserável da esmagadora maioria dos portugueses coexiste com um bloqueio político interno e no enquadramento geopolítico. Esse bloqueio, em paralelo com uma anemia da movimentação social, dá aso à elevação de um fetiche como solução.
Sumário
1 – A vida em Portugal antes do euro já não era fácil
2 – A caminhada até ao euro
3 - Centrar na moeda a causa das desgraças é um fetichismo
3.1 – A trama do capital financeiro
3.2 – A dívida pública e o euro
3.3 – O deficit externo e o euro
3.4 - Subfacturação e sobrefaturação
3.5 – A relação trabalho/capital e o euro
3.6 – O processo de transição para uma moeda nacional
3.7 - Os impactos sobre a dívida e o acesso ao crédito
Passos oferece a guia de marcha para a construção de um país imergente
Enquadramento global
A dívida reduziu-se?
A nebulosa das incertezas
Juros da dívida, a continuidade
O saldo primário, o grande indicador do empobrecimento
O tesouro do Passos
A longa marcha das desigualdades – 3 Portugal, desastre periférico e pasto...GRAZIA TANTA
O país mais pobre da Europa ocidental é dominado por capitais externos, vai pulando entre bolhas imobiliárias e alimenta uma classe política constituída por corruptos e aves canoras.
O que sobra é um território desertificado, atravessado pelas redes das multinacionais e onde o sistema financeiro montou uma renda ancorada em dívida.
Sumário
1 – Tempos de muita tempestade e pouca bonança
2 - A marcha das desigualdades no período 1995 – 2017
3 – Um empobrecimento quase contínuo no plano europeu
4 - Nem bom viver, nem democracia; apenas subalternidade e corrupção
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
Mesmo que os encargos por habitante se aproximem dos € 800 anuais, na classe política, uns acham que está tudo bem e outros defendem uma reestruturação tão mirífica como ineficaz.
Sumário
1 – O avolumar da dívida pública e as suas causas
2 – Onde está o destino útil da dívida pública portuguesa?
3 – E quanto a custos da dívida para a população?
Segurança Social - Os rabos de fora de gatos escondidosGRAZIA TANTA
A imagem da Segurança Social corresponde à de um eletroencefalograma do seu ministro – um caos
Sumário
1 – Burlas e falta de transparência
2 - O espetáculo das listas de devedores à Segurança Social
3 – Algumas soluções
Porque não é pagável a dívida pública portuguesaGRAZIA TANTA
Não há “uma única circunstância histórica" em que as políticas de austeridade tenham conduzido ao fim do pesado fardo de dívida
Ashoka Mody, ex- chefe de missão do FMI na Irlanda
Sumário
Conclusões
1 - A dívida é um instrumento de domínio.
2 – A geminação entre os Estados e os capitalistas
3 - Portugal – Cenários de continuidade no pagamento da dívida
3.1 – A continuidade pró-ativa e radical (Hipótese I)
3.2 – A continuidade pró-ativa amortecida (Hipótese II)
3.3 – A continuidade prolongada (Hipótese III)
4 – Avaliação das parcelas da dívida a não pagar
5 - Como sair disto?
Porque não se fala na enorme e crescente dívida pública?GRAZIA TANTA
A dívida pública, com a geringonça, entrou no esquecimento, apesar de nunca ter parado de aumentar, desde o início do século; e, a carga de juros desde 2012 anda em torno dos 800€ por habitante. Os números estão aí, neste texto onde também constam comparações com os outros países da UE
2002 Como se consolidam as desigualdades através do tempoGRAZIA TANTA
As desigualdades e o empobrecimento em 1995/2018 são evidentes e mostram-se de modo diferente entre os países da orla mediterrânica mais ou menos escrutinados e intervencionados pelas instituições do capitalismo europeu/global; mormente BCE, Eurogrupo, Comissão Europeia e FMI
Sumário
1 - Como se gere um aviário
2 - Importantes indicadores da regressão social
3 - Comparação entre as vítimas da Troika
Entre roteiros e manifestos, uma classe política pestilentaGRAZIA TANTA
Depois do homem do leme divulgar o seu roteiro, logo os 70 reumáticos senadores saltaram a terreiro. Retiraram a tampa da fossa e as natas pairam à superfície.
Europa - os devedores de uma dívida não pagávelGRAZIA TANTA
A submersão em dívida é de todo o interesse do sistema financeiro, favorece a aceitação de aumentos na punção fiscal e, ao aumentar as desigualdades entre os povos da Europa, alimenta taras nacionalistas e fascizantes, das quais nada virá de tranquilizador.
1 - O aumento geral dos níveis de endividamento
2 - A dívida global nos países da Zona Euro
2.1 - A dívida das famílias
2.2 - A dívida das empresas
2.3 - A dívida pública
2.4 - Composição da dívida em cada país (2000 e 2018)
2.5 – A submersão em dívida
2.6 - Evolução da divida portuguesa
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
Os dez anos de crise – ganhadores e perdedoresGRAZIA TANTA
Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB mantém-se anémico baseado em salários baixos e no desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como alternativa....
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
A situação miserável da esmagadora maioria dos portugueses coexiste com um bloqueio político interno e no enquadramento geopolítico. Esse bloqueio, em paralelo com uma anemia da movimentação social, dá aso à elevação de um fetiche como solução.
Sumário
1 – A vida em Portugal antes do euro já não era fácil
2 – A caminhada até ao euro
3 - Centrar na moeda a causa das desgraças é um fetichismo
3.1 – A trama do capital financeiro
3.2 – A dívida pública e o euro
3.3 – O deficit externo e o euro
3.4 - Subfacturação e sobrefaturação
3.5 – A relação trabalho/capital e o euro
3.6 – O processo de transição para uma moeda nacional
3.7 - Os impactos sobre a dívida e o acesso ao crédito
Passos oferece a guia de marcha para a construção de um país imergente
Enquadramento global
A dívida reduziu-se?
A nebulosa das incertezas
Juros da dívida, a continuidade
O saldo primário, o grande indicador do empobrecimento
O tesouro do Passos
A longa marcha das desigualdades – 3 Portugal, desastre periférico e pasto...GRAZIA TANTA
O país mais pobre da Europa ocidental é dominado por capitais externos, vai pulando entre bolhas imobiliárias e alimenta uma classe política constituída por corruptos e aves canoras.
O que sobra é um território desertificado, atravessado pelas redes das multinacionais e onde o sistema financeiro montou uma renda ancorada em dívida.
Sumário
1 – Tempos de muita tempestade e pouca bonança
2 - A marcha das desigualdades no período 1995 – 2017
3 – Um empobrecimento quase contínuo no plano europeu
4 - Nem bom viver, nem democracia; apenas subalternidade e corrupção
Dívida pública – cancro não se trata com paracetamolGRAZIA TANTA
Mesmo que os encargos por habitante se aproximem dos € 800 anuais, na classe política, uns acham que está tudo bem e outros defendem uma reestruturação tão mirífica como ineficaz.
Sumário
1 – O avolumar da dívida pública e as suas causas
2 – Onde está o destino útil da dívida pública portuguesa?
3 – E quanto a custos da dívida para a população?
Segurança Social - Os rabos de fora de gatos escondidosGRAZIA TANTA
A imagem da Segurança Social corresponde à de um eletroencefalograma do seu ministro – um caos
Sumário
1 – Burlas e falta de transparência
2 - O espetáculo das listas de devedores à Segurança Social
3 – Algumas soluções
Porque não é pagável a dívida pública portuguesaGRAZIA TANTA
Não há “uma única circunstância histórica" em que as políticas de austeridade tenham conduzido ao fim do pesado fardo de dívida
Ashoka Mody, ex- chefe de missão do FMI na Irlanda
Sumário
Conclusões
1 - A dívida é um instrumento de domínio.
2 – A geminação entre os Estados e os capitalistas
3 - Portugal – Cenários de continuidade no pagamento da dívida
3.1 – A continuidade pró-ativa e radical (Hipótese I)
3.2 – A continuidade pró-ativa amortecida (Hipótese II)
3.3 – A continuidade prolongada (Hipótese III)
4 – Avaliação das parcelas da dívida a não pagar
5 - Como sair disto?
Porque não se fala na enorme e crescente dívida pública?GRAZIA TANTA
A dívida pública, com a geringonça, entrou no esquecimento, apesar de nunca ter parado de aumentar, desde o início do século; e, a carga de juros desde 2012 anda em torno dos 800€ por habitante. Os números estão aí, neste texto onde também constam comparações com os outros países da UE
2002 Como se consolidam as desigualdades através do tempoGRAZIA TANTA
As desigualdades e o empobrecimento em 1995/2018 são evidentes e mostram-se de modo diferente entre os países da orla mediterrânica mais ou menos escrutinados e intervencionados pelas instituições do capitalismo europeu/global; mormente BCE, Eurogrupo, Comissão Europeia e FMI
Sumário
1 - Como se gere um aviário
2 - Importantes indicadores da regressão social
3 - Comparação entre as vítimas da Troika
Entre roteiros e manifestos, uma classe política pestilentaGRAZIA TANTA
Depois do homem do leme divulgar o seu roteiro, logo os 70 reumáticos senadores saltaram a terreiro. Retiraram a tampa da fossa e as natas pairam à superfície.
Europa - os devedores de uma dívida não pagávelGRAZIA TANTA
A submersão em dívida é de todo o interesse do sistema financeiro, favorece a aceitação de aumentos na punção fiscal e, ao aumentar as desigualdades entre os povos da Europa, alimenta taras nacionalistas e fascizantes, das quais nada virá de tranquilizador.
1 - O aumento geral dos níveis de endividamento
2 - A dívida global nos países da Zona Euro
2.1 - A dívida das famílias
2.2 - A dívida das empresas
2.3 - A dívida pública
2.4 - Composição da dívida em cada país (2000 e 2018)
2.5 – A submersão em dívida
2.6 - Evolução da divida portuguesa
O volátil domínio da riqueza financeiraGRAZIA TANTA
0 - Introdução
1 – Como se constrói a riqueza financeira
2 - A (ir)relevância da riqueza financeira por adulto
3 - Onde se acumula a riqueza financeira?
4 - As desigualdades na distribuição da riqueza financeira
1 - A hierarquização e o controlo dos seres humanos em capitalismo
2 - Os deficits e a dívida banalizaram-se
3 – O aprofundamento das desigualdades na Europa
O sistema financeiro como elemento dominante no capitalismo atualGRAZIA TANTA
Os efeitos do capitalismo resultam da sua lógica de crescimento infinito para o valor criado, tomando a produção de bens e serviços úteis para a Humanidade como subsequente e não o objetivo central. No topo das decisões pairam malfeitores inteligentes e imbecis ambiciosos cujo único desiderato é criar valor, no caso dos chamados empresários ou, elevar o PIB no caso das classes políticas.
Sumário
1 - A afirmação de um Big Brother
2 - Crédito total dirigido ao sector não financeiro (% do PIB)
3 - Crédito total concedido ao sector público (% do PIB)
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívidaGRAZIA TANTA
A dívida, ao tornar-se perpétua constitui uma renda que alimenta o parasitismo capitalista. Quer seja aquela que subscrevemos, quer seja aquela que a classe política nos endossa com o rótulo de dívida pública, por encomenda do sistema financeiro.
Sumário
1 - Da moeda até à dívida e o papel do Estado
2 - Como se constrói a dívida e a sua mansa aceitação
3 - O capitalismo existe, convém não esquecer
4 – O papel dos Estados na engorda do sistema financeiro
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
Dívida, deusa sem altar mas com um clero poderosoGRAZIA TANTA
Que tal anular a dívida através de uma imensa redução da dimensão do sistema financeiro que se apresenta como credor da Humanidade e que para nada serve no capítulo da satisfação das necessidades humanas ?
Sumário
1 - Nem sempre quem contrai dívida é quem a paga
2 - O dominante sistema financeiro
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívida 2GRAZIA TANTA
A dívida imputada pelo sistema financeiro e pela classe política não é nossa. É ilegítima porque dela nada resulta a favor do povo e aceitá-la é legalizar o roubo do nosso futuro.
Sumário
0 – Introdução
1 – A livre vontade das partes
2 - Uma ilegitimidade política originária
3 – Uma ilegitimidade quanto ao objetivo
3.1 – Ocultação, a mãe de todas as burlas
3.2 – Condições para a avaliação da legitimidade
Apesar de todos os artifícios para neutralizar a tendência da queda das taxas de lucro do sistema capitalista mundial conforme previsto por Karl Marx em sua grande obra O Capital, não impedirá a sua derrocada ao longo do tempo porque o custo político e social seria imenso para a humanidade com a sua manutenção. Antes do colapso, o sistema capitalista mundial será arruinado pela depressão econômica durante muitos anos gerando em sua escalada a falência de muitas empresas, a inviabilização econômica dos extremamente endividados Estados nacionais e o desemprego em massa em escala planetária. Diante da existência do caos que já domina a economia mundial que tende a se agravar, é chegada a hora de cada país e a humanidade se dotarem o mais urgentemente possível de instrumentos necessários a terem o controle de seu destino. Para ter o controle de seu destino a humanidade precisa levar ao fim o sistema capitalista mundial para exercer a governabilidade da economia mundial. Este é o único meio de sobrevivência da espécie humana.
Europa, periferias e desastres periféricosGRAZIA TANTA
1 – Elementos de enquadramento de um capitalismo subalterno
2 - Continuada quebra da parcela dos rendimentos do trabalho
3 - Cenários de evolução na geopolítica
a) Desagregação da UE e/ou da zona euro
b) Exclusão de um Estado da UE e/ou da zona euro
c) Uma saída portuguesa voluntária da UE/zona euro
Como o sistema financeiro se vem apossando da humanidadeGRAZIA TANTA
1 – Estado e sistema financeiro, vigiam o povo e debicam o que podem
2 - O parasitismo dos mercados financeiros
3 - A crise do coronavírus e suas sequelas
4 - Como cresce uma bolha financeira?
5 - Quando o sistema financeiro encomenda os governos de se apropriarem das nossas contas bancárias?
Reestruturar a dívida pública nada resolve na nossa vidaGRAZIA TANTA
No habitual discurso tecnocrático sobre o assunto por parte da classe política, tenta-se manter a plebe ensopada em refrescos gelados carregados de açúcar. Uns defendem o “pagamos obedientemente” ; outros preferem um “pagamos obedientemente mas agradecemos uma atençãozinha”
Ucrânia – Uma realidade pobre e volátil.pdfGRAZIA TANTA
1 - O que é historicamente a Ucrânia?
2 - O discreto papel dos EUA na manipulação da classe política ucraniana
3 - A demografia da Ucrânia; um país de …sucesso
As desigualdades entre mais pobres e menos pobres.docGRAZIA TANTA
Os países com grandes saldos positivos no comércio externo são a Alemanha, a China e a Rússia; os que acumulam grandes deficits são os EUA e o seu acólito Grã-Bretanha
Balofas palavras em dia de fuga para as praias.pdfGRAZIA TANTA
1 – MRS em seu esplendor no último 10 de junho
2 – A deificação de Portugal é uma elevação sem conteúdo
3 – O habitual verbo oco de MRS
4 - MRS e a arraia-miúda
5 – Periferia geográfica e de conhecimento
União Europeia – diferenciações nos dinamismos sectoriais.pdfGRAZIA TANTA
0 – Preâmbulo
1 - Agricultura, floresta e pesca
2 - Indústrias extrativas, transformadoras, produção e distribuição eletricidade, gás…
3 – Construção
4 - Comércio por grosso, retalho, transportes, alojamento
5 – Informação e comunicação
6 – Actividades financeiras e de seguros
7 – Actividades imobiliárias
8 – Actividades de consultoria, científicas e técnicas, administrativas e serviços de apoio
9 - Administração Pública, Defesa, Educação, Atividades de saúde humana e apoio social
10 - Actividades artísticas, de espectáculos, recreativas e outras de serviços, dos agregados domésticos e de organizações e entidades extraterritoriais
Sumário
1 - O BideNato em construção
2 - A Europa do futuro
3 - A decadência europeia tem a cara de von der Leyen
4 - As mudanças geopolíticas das últimas décadas
0 – Introduction
1 – Without an economy, there is no thriving military power
2 - US military proliferation on the planet
2.1 - East and Oceania
2.2 – Europe
2.3 - Middle East
2.4 – Africa
2.5 – America
3 – USA, a fated evildoer
EUA – Um perigo enorme para a Humanidade.pdfGRAZIA TANTA
1 – Sem economia não há poder militar pujante
2 - A proliferação militar dos EUA no planeta
2.1 - Oriente e Oceânia
2.2 - Europa
2.3 – Médio Oriente
2.4 – África
2.5 – América
3 – EUA, um predestinado malfeitor
A NATO na senda de Hitler – Drang nach Osten.pdfGRAZIA TANTA
A actual fascização dos poderes, brota, sob formas descuidadas e enganosas, de uma “informação” que se propaga, com superficialidades ou mentiras e, aceites por gente acéfala, com vidas precárias, desatentos manipulados pela grande maioria dos media que, na sua grande maioria, são infectas lixeiras. Ninguém se deverá admirar se a escalada militar conduzir a uma guerra devastadora na Europa, tomada como arena de treino do Pentágono.
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
Vivem-se tempos em que se chama democracia a uma rotatividade de gangs políticos que parasitam os orçamentos; em que a precariedade no trabalho e na vida campeia perante sindicatos amorfos; em que uma gripe ...
Speculative electricity prices in the EUGRAZIA TANTA
Summary
1 - Electricity prices in the EU - 2016 (2nd semester) and 2021 (1st semester)
2 – The tax puncture widens the inequalities inserted in the prices
3 - Remuneration and electricity prices
Eleições em portugal o assalto à marmitaGRAZIA TANTA
As leis são teias de aranha pelas quais as grandes moscas passam e as pequenas ficam presas”.
(Honoré de Balzac)
No dia 30 de janeiro do ano corrente, um conjunto de pessoas, na generalidade de fraca valia cultural, técnica ou ética, apresentam-se para um concurso eleitoral...
Os especulativos preços da energia elétrica na ueGRAZIA TANTA
1 - Preços da energia elétrica na UE – 2016 (2º semestre) e 2021 (1º semestre)
2 – A punção fiscal amplia as desigualdades inseridas nos preços
3 - Remunerações e preços da eletricidade
Human beings, servants of the financial systemGRAZIA TANTA
1 - The uncontrolled expansion of the financial system
2 - The power and size of the financial sector
3 - Financial sector liabilities and their evolution
4 - Financial liabilities and minimum wages
1 - A concorrência entre conferências
2 - Ataque judicial ao futebol. É a sério?
3 - O encravado Cravinho e os "casos" que, na tropa, são mais que muitos
4 - Marcelo, o Grande... e o próximo carnaval eleitoral
5 - Rendeiro e as instituições da paróquia
6 - Nota enviada a P--- sobre o militarismo e a NATO
7 – O domínio do eucaliptal
8 - Múmia falou!
9 - A reunião virtual da NATO foi um espetáculo…
10 - Medina e Moedas, a mesma luta, o mesmo lixo fedorento
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Seres humanos, servos do sistema financeiro
1 – A expansão descontrolada do sistema financeiro
2 - O poder e a dimensão do sector financeiro
3 - Os passivos do sector financeiro e a sua evolução
4 - Passivos financeiros e salários mínimos
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1 – A expansão descontrolada do sistema financeiro
Desde a Idade Média que se vem montando um sistema financeiro mais e mais
invasivo da vida dos povos. Logo no século XVI os banqueiros financiaram as
monarquias envolvidas em guerras e sem um sistema fiscal digno dessa designação;
como financiaram o comércio longínquo e o domínio global da Europa. A introdução
da moeda-papel e do papel-moeda, com o desenvolvimento das instituições bancárias,
generalizaram e agilizaram as trocas, no âmbito da consolidação do capitalismo até
que se chegou ao momento de desmaterialização do dinheiro, sob a forma de circuitos
eletrónicos. A ausência física do dinheiro tornará a Humanidade num objeto totalmente
dependente do sistema financeiro e completamente separado da vida real dos seres
humanos.
Os passivos dos bancos e das sociedades financeiras correspondem às
responsabilidades que têm para com terceiros. Entre estes estão os titulares - pessoas
ou empresas - de depósitos, títulos de dívida e empréstimos; de ações e participações
em fundos de investimento, direitos e provisões técnicas de seguros; de fundos de
pensões e reservas normalizadas de garantia; derivados financeiros e outros créditos de
terceiros; produtos de empréstimos emitidos pelas próprias entidades financeiras; e
ainda, obrigações fiscais ou contributivas em dívida. Os passivos bancários
correspondem a valores confiados por pessoas individuais, famílias, empresas,
especuladores, Estados, etc; e, renovam-se a todo o momento, mesmo que essas
alterações não produzam efeitos significativos no valor global do passivo. Neste último,
consideram-se dados não consolidados, isto é, os elementos a débito e a crédito entre
duas entidades, sem se compensarem, para o apuramento de um montante líquido.
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A aplicação desses fundos, disponibilizados aos bancos e às sociedades financeiras é
devolvida a empresas e famílias sob a forma de empréstimos concedidos, bem como a
entes públicos, mormente ao Estado. A concessão desses empréstimos pelos bancos é
acompanhada de hipotecas sobre imóveis (habitações e instalações comerciais ou
fabris) que visam acautelar os mutuantes perante dificuldades dos mutuados em
devolver os montantes emprestados e ainda os juros vencidos ou ainda por vencer.
E, por seu turno, o Estado, pelo seu poder político e coercivo sobre a população em
geral, constitui um devedor seguro, ainda que com prerrogativas próprias que fazem
com que tenha um poder negocial único para com os bancos nacionais mas,
naturalmente, muito menor perante os grandes bancos globais; e estes, por seu turno,
sabem cooptar para os seus quadros mandarins de alto quilate ou especialistas no
tráfego de influências, bem como exercer toda a pressão sobre a governação de países
pequenos e médios, sobretudo quando pobres, desestruturados e minados pela
corrupção.
Na dívida global o sector financeiro representa 18.8%; e, os seus credores são
particularmente as famílias e as empresas não financeiras que disponibilizam as suas
poupanças junto do sistema financeiro que se aproveita sabiamente da atomização dos
seus depositantes, pagando a estes, juros que se mostram um parco custo quando
comparado com reprodução teoricamente infinita em que o sistema financeiro se
insere, tirando partido de cascatas de operações no âmbito das pirâmides de Ponzi,
com o complacente apoio dos bancos centrais à especulação bolsista, através de um
jogo entre a colocação de títulos de dívida pública e a sua imediata inclusão na insana
criação de dinheiro, a nível global, devidamente patrocinada pelos Estados e seus
governos. Claro que no seio destes pululam elementos provenientes do sistema
financeiro ou, coniventes com as suas instituições.
Tendo em conta a enorme mobilidade dos mercados financeiros e das bolsas, a
velocidade a que se processam transações, na procura instantânea de uma margem de
lucro, mesmo que muito curta, conduziu ao surgimento dos designados produtos
derivados cuja nebulosa avaliação, há dois anos, se pautava por $ 558 triliões a $ 1
quadrilião, na nomenclatura europeia; e cuja existência é virtual, sob a forma de simples
registos contidos nos servidores das grandes instituições financeiras. Sobre este tema,
veja-se aqui1
.
1
O volátil domínio da riqueza financeira
http://grazia-tanta.blogspot.com/2020/08/o-volatil-dominio-da-riqueza-financeira.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/08/the-volatile-domain-of-financial-wealth.html (english)
A evolução da riqueza na Europa (2000/19)
3. Grazia.tanta@gmail.com 13/12/2021 3
2 - O poder e a dimensão do sector financeiro
O Eurostat divulga, a partir de 1995, elementos sobre os passivos do sector financeiro
medidos em termos de percentagem do PIB, para os países que atualmente fazem
parte da UE. As variações observadas para o período 1995/2020 evidenciam uma
tendência genérica para o aumento do parâmetro utilizado.
As irregularidades detetáveis, em geral, prendem-se com períodos de turbulência
financeira como o de 2000/2002; isto é, com crise dos dotcom a que se acrescentaram
as sequelas do 11 de setembro em New York e a segunda invasão ocidental do Îraque
em 2003, embora dali não tenham saído grandes abalos na relação entre os passivos
financeiros e a evolução da economia, medida pelo PIB.
As falências bancárias subsequentes aos subprimes americanos, declararam-se em
finais de 2007 e vieram a afetar o sistema financeiro europeu e a promover as
intervenções da Troika (ou fórmulas semelhantes) em países como a Irlanda e outros,
na orla Sul da UE. Nesse âmbito, essas intervenções foram mais duras e impositivas
para com a Grécia e Portugal; menos invasivas nos casos de Espanha e Itália, países
com maior grandeza demográfica, económica e política no seio da UE; e conduzidas
sem sobressaltos de maior na rica Irlanda.
A partir de 2008 abre-se um período de doze anos em que os passivos financeiros
medidos em percentagem do PIB apresentam anos de subida e outros de quebra, com
uma frequência muito superior ao verificado nos anos anteriores. Sinteticamente,
registam-se 20 casos de quebra em 1996/99; 43 em 2000/2007; e 155 de 2008 a 2020.
Isto representa uma irregularidade; e, que se vem acentuando. O sistema é frágil,
instável, imprevisível e daí que as suas sequelas tenham de ser nocivas.
https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/08/a-evolucao-da-riqueza-na-europa-200019.html
https://grazia-tanta.blogspot.com/2020/08/the-evolution-of-wealth-in-europe-200019_6.html?m=1
(english)
4. Grazia.tanta@gmail.com 13/12/2021 4
O aumento do peso das responsabilidades do sistema financeiro (isto é, do volume de
capitais depositados por famílias e empresas) comparativamente ao PIB é um elemento
de fragilidade do sistema financeiro, crescentemente dependente da posse de fundos
alheios. Porém, os bancos centrais têm a facilidade de gerar fundos a partir do nada,
como acontece no conhecido quantitative easing, essa criação de Mário Draghi para
almofadar até ao infinito a volúpia dos especuladores financeiros. E, sabendo-se das
distâncias que o sistema financeiro e as classes políticas mantêm relativamente aos
povos, para estes últimos sobram as más sequelas e faltam os devidos apoios para uma
vida boa. A próxima disseminação da moeda digital por parte dos bancos centrais, com
a desaparição do dinheiro físico irá introduzir um novo elemento de controlo das
populações, cujos fundos poderão a qualquer momento ser bloqueados ou interditos,
no âmbito de um estrutura política, social e económica de verdadeira escravização; isso
porém, fica para um próximo texto.
Em todo o período há um destaque absoluto no peso dos passivos bancários face ao
PIB do Luxemburgo; e, esse destaque vai-se acentuando através do tempo – 6889% em
1995, 10015% em 2000, 14689% em 2007 e 23878% em 2020. Trata-se de um caso
típico do efeito especulação, introduzido por Keynes, como um “desenvolvimento” dos
efeitos clássicos, como o de entesouramento. O Luxemburgo, como praça-forte
financeira que é, abarca um volume de capitais sem qualquer relação com a sua normal
economia – a que contempla a satisfação das necessidades das pessoas. O indicador
mais próximo daquele apresentado pelo Luxemburgo em 1995 cabe aos Países Baixos
(630.2%) e, que chega a 1463% em 2020; neste último ano, os países que se
apresentam logo a seguir ao Luxemburgo, são Chipre (2535%) e Malta (2468%),
relegando os Países Baixos para a quarta posição.
Inversamente, os países onde a relação entre os passivos e o PIB se mostra mais baixa -
inferior ao valor do PIB - são, em 1995 - Croácia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia,
Eslovénia, países que, à época, tinham um modelo económico próprio. Os países que
mantiveram essa situação até mais tarde foram, a Roménia (até 2008), a Lituânia (até
2005), bem como a Bulgária e a Polónia até 2003, momentos aproximados das
respetivas datas de inclusão na UE.
De modo mais abrangente, recorde-se o que escrevemos sobre a riqueza financeira e a
sua parcela nos países mais ricos;
No ano 2000 e 2008 os maiores indicadores de riqueza financeira revelam-se nos EUA
(80.1 e 85.2% do total respetivo) e na Suíça (76.8% e 72.2%). Em 2019, os EUA mantêm
o maior coeficiente mundial de riqueza financeira (84.4% do total), seguidos pela
Dinamarca (82.6%) e pela Holanda (79.9%).
5. Grazia.tanta@gmail.com 13/12/2021 5
Os mercados financeiros são constituídos por cascatas de créditos, nas quais só no
âmbito do titular inicial se encontra uma realidade; daí em diante, trata-se de um
encadeado, teoricamente, sem fim; e em que entre a maioria dos intervenientes,
ninguém sabe quem é o devedor inicial. A fé, domina; não se trata de fé em santos e
milagres mas a fé em que se eternizem as referidas cascatas... sem roturas ou crises de
pânico indutoras de enormes perdas.
3 - Os passivos do sector financeiro e a sua evolução
A variação anual média dos passivos das sociedades financeiras, em percentagem do
PIB pode ser repartida pelos três períodos atrás considerados – 1995/1999, 2000/2007
e 2008/2020. O primeiro finda, sensivelmente com a crise dos dotcom nos EUA; o
segundo abarca o abanão proveniente do episódio das Torres Gêmeas e termina no
dealbar das crises das dívidas públicas e das reestruturações bancárias; e no terceiro
inscreve-se o longo período de relativa estagnação económica, com o surgimento de
enormes dívidas públicas e a insana criação de dinheiro virtual para a manutenção dos
chamados mercados financeiros, em modo de crescimento infinito, no vácuo.
Variação anual média dos passivos do setor financeiro (%)
É evidente no gráfico, a tendência para a redução das médias globais das variações dos
passivos do sector financeiro, conducentes a uma maior homogeneidade – 31.7% em
1995/99, 26.2% em 2000/07 e 10.9% no período mais recente, 2008/20.
Em cada um dos períodos considerados, anotam-se os países com maiores e menores
indicadores, respetivamente;
1995/99 – Estónia (46.9%), Malta (43.9%) e Chipre (43.5%); Roménia (10.7%) e
Bulgária (13.8%).
No período designado nenhum daqueles países era membro da UE. Entre os então
membros, a evolução dos passivos era relativamente homogénea, cifrando-se entre os
30/37 % do PIB.
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2000/07 - Malta (87.9%) e Chipre (56.5%); Eslováquia (12.2%) e Rep. Checa (14.3%).
Na passagem para o âmbito da UE (2003/04) os passivos bancários em Chipre aumentaram
3.6 vezes. Quanto a Malta registou-se um aumento de 4.3 vezes, num período mais
alargado (2003/07).
2008/20 – Finlândia (15.3%, Luxemburgo (15.2%) e Rep. Checa (14.4%); Áustria
(7%), Malta e Portugal (7.8%) e Bélgica (7.9%).
Para além do caso excepcional do Luxemburgo, onde os passivos bancários
correspondem a milhares de vezes o valor do PIB, como atrás se referiu, há outras
situações em que, comparando os índices, se observa o endividamento do sistema
financeiro a crescer bastante mais que o normal crescimento do PIB. Assim, podem-se
classificar os países em função do crescimento dos passivos financeiros, em 2020,
relativamente ao PIB, tendo como base os indicadores relativos a 1995:
Crescimento [0 a 2 vezes] – Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Irlanda (2001/2020),
Portugal, Roménia, Eslováquia, Rep. Checa;
Crescimento [2 a 3 vezes] – Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Países
Baixos, Eslovénia, Suécia;
Crescimento [3 a 5 vezes] – Croácia, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo,
Polónia;
Crescimento [> 9 vezes] - Chipre e Malta.
4 - Passivos financeiros e salários mínimos
É interessante uma comparação entre a multiplicação dos passivos do sistema
financeiro, atrás referidos (ver ponto 3) e os acréscimos anuais médios, para os
períodos 1999/2007 e 2007/2021, dos salários mínimos médios para vários países da
UE. Isto é, a comparação entre a evolução dos capitais confiados aos bancos e a
variação do rendimento de pessoas reais, essencial para satisfação das suas
necessidades básicas.
Salário mínimo mensal
Variação anual
(%)
1999 2007 2021 2007/99 2021/08
Belgique 1 095,89 1 283,00 1 625,72 2,1 1,9
Bulgarie 34,26 92,03 332,34 21,1 18,7
Tchéquie 98,85 278,57 596,36 22,7 8,1
Allemagne - - 1 585,00 - 1,6
Estonie 79,89 230,08 584,00 23,5 11,0
Irlande - 1 461,85 1 723,80 - 1,3
7. Grazia.tanta@gmail.com 13/12/2021 7
Grèce 512,13 767,55 758,33 6,2 -0,1
Espagne 485,71 665,70 1 108,33 4,6 4,7
France 1 049,49 1 280,07 1 554,58 2,7 1,5
Croatie - 379,60 567,32 - 3,5
Lettonie 80,49 172,34 500,00 14,3 13,6
Lituanie 104,05 202,73 642,00 11,9 15,5
Luxembourg 1 162,08 1 570,28 2 201,93 4,4 2,9
Hongrie 90,13 266,10 476,00 24,4 5,6
Malte 482,98 601,90 784,68 3,1 2,2
Pays-Bas 1 078,40 1 317,00 1 701,00 2,8 2,1
Pologne 160,18 248,43 619,46 6,9 10,7
Portugal 356,72 470,17 775,83 4,0 4,6
Roumanie 27,46 124,44 466,72 44,1 19,6
Slovénie 347,72 521,80 1 024,24 6,3 6,9
Slovaquie 79,42 225,96 623,00 23,1 12,6
Fonte: Eurostat
Sublinham-se as taxas de crescimento dos salários mínimos mensais e as grandes
diferenças entre os valores efetivos, dos países com uma integração na UE mais antiga
e aqueles que naquela se incorporaram, no seguimento do desmembramento do
Comecon; essas dissemelhanças são mais evidentes no período 1999/2007 do que no
período seguinte, numa tendência de menores dissemelhanças.
Em suma, os passivos que se acumulam nos balanços dos componentes do sistema
financeiro crescem, claramente mais do que o poder de compra dos povos europeus;
dos países mais ricos, como dos mais pobres.
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